SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 23
Vacinação
Professor Adalvane Nobres Damaceno
Enfermeiro COREN 408.140
AO PERCEBEREM QUE OS SOBREVIVENTES de um ataque de varíola não voltavam a sofrer da
doença, muitos povos tentaram provocar a moléstia numa forma mais branda.
Os primeiros registros desta prática, que recebeu o nome de variolização, remontam aos
chineses. Era conhecida entre diversos povos da África e da Ásia, como hindus, egípcios, persas,
circassianos, georgianos, árabes.
As técnicas diferiam: algodão, com pó de crostas ou pus inserido no nariz, vestir roupas íntimas
de doentes, incrustar crostas em arranhões, picar a pele com agulhas contaminadas, fazer um
corte na pele e colocar um fio de linha infectado ou uma gota de pus.
Embora a variolização pareça ter sido praticada em algumas regiões da França, na Escócia, no
País de Gales e na Itália, atribui-se sua introdução na Europa à Lady Mary Wortley Montagu,
mulher do embaixador britânico na Turquia, que fez inocular seus filhos.
De Londres, a prática se espalhou pelo continente, popularizada pela adesão da aristocracia.
Foram imunizados as princesas reais Amélia e Caroline, na Inglaterra, Luís XVI, na França,
Catarina II, na Rússia
 A varíola é uma doença infecciosa, contagiosa e grave.
 Antiga
 México
 América - Colombo
 A primeira causa registrada no Brasil ocorreu em 1563,
matando várias pessoas, principalmente os índios.
 O último caso ocorreu na Somália em 1977.
 Década de 80
EDWARD JENNER, um médico inglês, observou que um número expressivo de
pessoas mostrava-se imune à varíola. Todas eram ordenhadoras e tinham se
contaminado com cowpox, uma doença do gado semelhante à varíola, pela
formação de pústulas, mas que não causava a morte dos animais. Após uma
série de experiências, constatou que estes indivíduos mantinham-se refratários
à varíola, mesmo quando inoculados com o vírus.
Em 14 de maio de 1796, Jenner inoculou James Phipps, um
menino de 8 anos, com o pus retirado de uma pústula de Sarah
Nelmes, uma ordenhadora que sofria de cowpox O garoto
contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois,
estava recuperado. Meses depois, Jenner inoculava Phipps com
pus varioloso. O menino não adoeceu. Era a descoberta da
vacina
Para muitos, a imunização causava repulsa
A 6 DE JULHO DE 1885, chegava ao laboratório de Louis Pasteur
um menino de 9 anos, Joseph Meister, que havia sido mordido por
um cão raivoso.
Pasteur, que vinha desenvolvendo pesquisas na atenuação do vírus
da raiva, injetou na criança material proveniente de medula de um
coelho infectado.
Ao todo, foram 13 inoculações, cada uma com material mais
virulento. Meister não chegou a contrair a doença.
A 26 de outubro, o cientista francês comunicava à Academia de
Ciências a descoberta do imunizante contra a raiva.
Raiva
A raiva é uma zoonose (doença transmitida de animais para o
homem) causada por um vírus.
É uma das doenças mais graves que se tem conhecimento, com
taxa de mortalidade de quase 100%.
Geralmente através da mordida e inoculação do vírus presente na
saliva dentro da pele.
• Confusão mental.
• Desorientação.
• Agressividade.
• Alucinações.
• Dificuldade de deglutir.
• Paralisia motora.
• Espasmos musculares.
• Salivação excessiva.
O vírus da raiva tem atração pelas células do
sistema nervoso, invadindo imediatamente os
nervos periféricos após ser inoculado através da
pele. Quando nos nervos, o vírus passa a se
mover lentamente, cerca de 12 milímetros por dia,
em direção ao sistema nervoso central. Ao chegar
no cérebro, o vírus causa a encefalite rábica, a
temida complicação que leva os pacientes à
morte.
Em 1909, Albert Calmette e Camille Guerin, do Instituto Pasteur,
comunicavam à Academia de Ciências Francesa o desenvolvimento de
um bacilo de virulência atenuada, proveniente de sucessivas culturas
em bile de boi, com capacidade imunizante contra a tuberculose.
BCG
Era o BCG, que, após uma série de testes, passou a ser
regularmente utilizado como vacina. Primeiro imunizante
bacteriano atenuado, o BCG foi introduzido no Brasil em
1925 e é atualmente aplicado em crianças recém-nascidas
Bacilo Calmette-Guérin
Meningite tuberculosa e a Tuberculose miliar
Como meu conhecido teve TB?
NENHUM IMUNIZANTE CONTRIBUIU TANTO para a popularização das vacinas como o contra a
poliomielite. Conhecida desde a Antiguidade, a doença passou a assumir importância como problema de
saúde pública no final do século passado, ao irromper de forma epidêmica nos Estados Unidos e na
Europa.
Foi o primeiro imunizante no mundo a ser produzido em cultura
de tecidos (células de rim de macaco) e reunir mais de uma
subespécie de vírus (poliovírus I, II e III)
 A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive
no intestino, denominado Poliovírus;
 A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e
estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções
respiratórias como gripe - febre e dor de garganta - ou infecções gastrintestinais como
náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarréia.
 Paralisia de MMII (assimétrica)
 Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra através da boca, com material
contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições
sanitárias e de higiene são inadequadas - Crianças mais novas, que ainda não
adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença.
 O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos
por fezes.
Vídeo
Em meados de 1904, chegava a 1.800 o número de internações devido à varíola no Hospital São Sebastião.
Mesmo assim, as camadas populares rejeitavam a vacina, que consistia no líquido de pústulas de vacas
doentes.
A principal causa foi a campanha de vacinação obrigatória
contra a varíola, realizada pelo governo brasileiro e
comandada pelo médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz.
O clima de descontentamento popular com outras
medidas tomadas pelo governo federal, que afetaram
principalmente as pessoas mais pobres.
VACINA DE VÍRUS VIVO ATENUADO
 São feitas de vírus vivos que passaram por procedimentos que os enfraqueceram
 Elas possuem maior risco de causar efeitos adversos
 Os seus efeitos adversos podem ocorrer mais tardiamente (de 5 a 20 dias após a vacina)
 Os efeitos adversos se parecem mais com o da doença selvagem, apesar de mais brandos
 A resposta imunológica a uma vacina de vírus vivo atenuado pode interferir em outra do mesmo tipo
 São contraindicadas para gestantes e pessoas com imunidade baixa
 Sofrem interferência de células imunológicas específicas. Por isso, que pessoas que recebem imunoglobulinas,
soros, sangue total, etc, devem aguardar de 3 a 11 meses, antes de receber uma vacina desse tipo.
•BCG
•Dengue
•Febre amarela
•Herpes zoster
•Poliomielite oral
•Rotavírus
•Tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela)
•Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
•Varicela
VACINAS DE VÍRUS INATIVADOS OU MORTOS
 São compostas de vírus inteiros que não estão vivos ou apenas pedações desses vírus.
 Os eventos adversos em geral são precoces, de 24 a 48 horas após a vacinação.
 Como esses vírus não são capazes de se multiplicar, essas vacinas não são capazes de produzirem doenças.
 Os efeitos adversos são relacionados com resposta inflamatória como dor, inchaço, calor ou vermelhidão no local
da aplicação.
 Geralmente necessitam de várias aplicações para conseguir gerar uma resposta duradoura.
 A resposta de uma vacina não interfere na outra e por isso podem ser aplicadas sem intervalo mínimo entre
elas, ou ao mesmo tempo.
 Podem ser usadas em gestantes ou pessoas imunodeprimidas.
•Dupla do tipo adulto (difteria e tétano)
•Haemophilus influenzae do tipo b
•Hepatite A
•Hepatite B
VACINEI... ESTOU 100% PROTEGIDO?
 A primeira publicação de normas e instruções sobre vacinações
integrava o conteúdo do Manual de Vigilância Epidemiológica e
Imunizações, editado no ano de 1977. O primeiro Manual de
Vacinação foi publicado em 1984, seguindo-se, a partir dai, uma serie
de edições e reedições de documentos técnicos que abordavam os
diferentes aspectos da pratica de imunização;
 Em um pais de dimensoes continentais;
 O SUS conta hoje com aproximadamente 35 mil salas de vacinação.
Fatores que influenciam a resposta imune
Idade
No primeiro ano de vida, o sistema imunológico ainda esta em
desenvolvimento. Para algumas vacinas, devido a sua
composição, e necessária a administração de um numero maior
de doses, de acordo com a idade, como ocorre com a vacina
conjugada pneumocócica 10 valente, a meningocócica C e a
vacina hepatite B.
Gestação
As gestantes não devem receber vacinas vivas, pois existe a
possibilidade de passagem dos antígenos
vivos atenuados para o feto e de causar alguma alteração, como
malformação, aborto ou trabalho de
parto prematuro.
Amamentação
De maneira geral, não ha contraindicação de aplicação
de vacinas virais atenuadas para as mães que estejam
amamentando, pois não foram observados eventos
adversos associados a passagem desses vírus para o
recém-nascido. No entanto, a vacina febre amarela
não esta indicada para mulheres que estejam
amamentando, razão pela qual a vacinação deve ser
adiada ate a criança completar seis meses de idade.
Na impossibilidade de adiar a vacinação, deve-se
avaliar o beneficio pelo risco. Em caso
de mulheres que estejam amamentando e tenham
recebido a vacina, o aleitamento materno deve ser
suspenso preferencialmente por 28 dias apos a
vacinação (com o mínimo de 15 dias).
Fatores que influenciam a resposta imune
Reação anafilática
Alguns indivíduos poderão apresentar reação
anafilática a alguns componentes dos imunobiologicos.
No mecanismo dessa reação, estão envolvidos os
mastócitos. A reação ocorre nas primeiras duas horas
apos a aplicação e é caracterizada pela presença de
urticaria, sibilos, laringe espasmo, edema de lábios,
podendo evoluir com hipotensão e choque anafilático.
Geralmente, a reação anafilática ocorre na primeira vez
em que a pessoa
Pacientes imunodeprimidos
Os pacientes imunodeprimidos – devido as neoplasias ou ao
tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia, corticoide em
doses elevadas, HIV/aids – deverão ser avaliados caso a caso
para a administração adequada de imunobiologicos. Tais
pacientes não deverão receber vacinas vivas.
Conceitos Básicos em Vacinação I - Simples

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Conceitos Básicos em Vacinação I - Simples

ICSA32 - História da vacinologia
ICSA32 - História da vacinologiaICSA32 - História da vacinologia
ICSA32 - História da vacinologiaRicardo Portela
 
Slides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Sistema Imunológico
Slides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Sistema ImunológicoSlides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Sistema Imunológico
Slides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Sistema ImunológicoTurma Olímpica
 
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptxOBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptxMarcosErnestoCome
 
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (3).pdf
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (3).pdfAB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (3).pdf
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (3).pdfarymurilo123
 
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (2).pdf
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (2).pdfAB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (2).pdf
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (2).pdfarymurilo123
 
VACINA E SORO - VS.pptx.pdf
VACINA E SORO - VS.pptx.pdfVACINA E SORO - VS.pptx.pdf
VACINA E SORO - VS.pptx.pdfDeboraLima101044
 
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptx
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptxSlide Aula Imunização - Dr Claudio.pptx
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptxJssicaBizinoto
 
Imunização em saúde do trabalhador
Imunização em saúde do trabalhadorImunização em saúde do trabalhador
Imunização em saúde do trabalhadorIsmael Costa
 
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose Enfº Ícaro Araújo
 
Epidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosasEpidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosasAdriana Mércia
 
Descaso com vacinação faz doenças ressurgirem
Descaso com vacinação faz doenças ressurgiremDescaso com vacinação faz doenças ressurgirem
Descaso com vacinação faz doenças ressurgiremAlexandre Naime Barbosa
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaFranciskelly
 

Semelhante a Conceitos Básicos em Vacinação I - Simples (20)

ICSA32 - História da vacinologia
ICSA32 - História da vacinologiaICSA32 - História da vacinologia
ICSA32 - História da vacinologia
 
Vacina triviral
Vacina triviralVacina triviral
Vacina triviral
 
Slides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Sistema Imunológico
Slides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Sistema ImunológicoSlides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Sistema Imunológico
Slides da aula de Biologia (Marcelo) sobre Sistema Imunológico
 
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptxOBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
OBJECTIVOS DO PAV-TOE-4.pptx
 
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (3).pdf
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (3).pdfAB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (3).pdf
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (3).pdf
 
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (2).pdf
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (2).pdfAB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (2).pdf
AB 2018 IMUNIZAÇÃO dias 15,16 e 21 08 (2).pdf
 
VACINA E SORO - VS.pptx.pdf
VACINA E SORO - VS.pptx.pdfVACINA E SORO - VS.pptx.pdf
VACINA E SORO - VS.pptx.pdf
 
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptx
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptxSlide Aula Imunização - Dr Claudio.pptx
Slide Aula Imunização - Dr Claudio.pptx
 
Imunização em saúde do trabalhador
Imunização em saúde do trabalhadorImunização em saúde do trabalhador
Imunização em saúde do trabalhador
 
Varicela 5
Varicela 5Varicela 5
Varicela 5
 
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
Doenças na Gestação - Rubéola e Toxoplasmose
 
Vacinas - o que são?
Vacinas - o que são?Vacinas - o que são?
Vacinas - o que são?
 
Epidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosasEpidemiologia das doenças infecciosas
Epidemiologia das doenças infecciosas
 
Varicela.pptx
Varicela.pptxVaricela.pptx
Varicela.pptx
 
Descaso com vacinação faz doenças ressurgirem
Descaso com vacinação faz doenças ressurgiremDescaso com vacinação faz doenças ressurgirem
Descaso com vacinação faz doenças ressurgirem
 
Cartilha imunizacao
Cartilha imunizacaoCartilha imunizacao
Cartilha imunizacao
 
Trabalho vacinas
Trabalho vacinas Trabalho vacinas
Trabalho vacinas
 
Poliomielite
PoliomielitePoliomielite
Poliomielite
 
Esquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologiaEsquema conceitual de imunologia
Esquema conceitual de imunologia
 
Trabalho vacinas-2
Trabalho vacinas-2Trabalho vacinas-2
Trabalho vacinas-2
 

Último

Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfzsasukehdowna
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfGiza Carla Nitz
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagemvaniceandrade1
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfSC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfTHIALYMARIASILVADACU
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfGiza Carla Nitz
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdfGiza Carla Nitz
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadojosianeavila3
 
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdfAula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfGiza Carla Nitz
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAgabriella462340
 

Último (20)

Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Médica -Organização, Estrutura, Funcionamento.pdf
 
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdfHistologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
Histologia- Tecido muscular e nervoso.pdf
 
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdfAula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
Aula 2 - Contrução do SUS - Linha do Tempo da Saúde no Brasil.pdf
 
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagemaula de codigo de etica dos profissionais da  enfermagem
aula de codigo de etica dos profissionais da enfermagem
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdfSC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
SC- Mortalidade infantil 2 aula .pptx.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
 
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdfAula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
Aula 5 - Sistema Muscular- Anatomia Humana.pdf
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
 
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizadoXABCDE - atendimento ao politraumatizado
XABCDE - atendimento ao politraumatizado
 
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdfAula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia  Humana.pdf
Aula 9 - Sistema Respiratório - Anatomia Humana.pdf
 
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdfAula 02 -Biologia Celular -  Células Procariontes e  Eucariontes .pdf
Aula 02 -Biologia Celular - Células Procariontes e Eucariontes .pdf
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
 

Conceitos Básicos em Vacinação I - Simples

  • 1. Vacinação Professor Adalvane Nobres Damaceno Enfermeiro COREN 408.140
  • 2.
  • 3.
  • 4. AO PERCEBEREM QUE OS SOBREVIVENTES de um ataque de varíola não voltavam a sofrer da doença, muitos povos tentaram provocar a moléstia numa forma mais branda. Os primeiros registros desta prática, que recebeu o nome de variolização, remontam aos chineses. Era conhecida entre diversos povos da África e da Ásia, como hindus, egípcios, persas, circassianos, georgianos, árabes. As técnicas diferiam: algodão, com pó de crostas ou pus inserido no nariz, vestir roupas íntimas de doentes, incrustar crostas em arranhões, picar a pele com agulhas contaminadas, fazer um corte na pele e colocar um fio de linha infectado ou uma gota de pus. Embora a variolização pareça ter sido praticada em algumas regiões da França, na Escócia, no País de Gales e na Itália, atribui-se sua introdução na Europa à Lady Mary Wortley Montagu, mulher do embaixador britânico na Turquia, que fez inocular seus filhos. De Londres, a prática se espalhou pelo continente, popularizada pela adesão da aristocracia. Foram imunizados as princesas reais Amélia e Caroline, na Inglaterra, Luís XVI, na França, Catarina II, na Rússia
  • 5.  A varíola é uma doença infecciosa, contagiosa e grave.  Antiga  México  América - Colombo  A primeira causa registrada no Brasil ocorreu em 1563, matando várias pessoas, principalmente os índios.  O último caso ocorreu na Somália em 1977.  Década de 80
  • 6. EDWARD JENNER, um médico inglês, observou que um número expressivo de pessoas mostrava-se imune à varíola. Todas eram ordenhadoras e tinham se contaminado com cowpox, uma doença do gado semelhante à varíola, pela formação de pústulas, mas que não causava a morte dos animais. Após uma série de experiências, constatou que estes indivíduos mantinham-se refratários à varíola, mesmo quando inoculados com o vírus. Em 14 de maio de 1796, Jenner inoculou James Phipps, um menino de 8 anos, com o pus retirado de uma pústula de Sarah Nelmes, uma ordenhadora que sofria de cowpox O garoto contraiu uma infecção extremamente benigna e, dez dias depois, estava recuperado. Meses depois, Jenner inoculava Phipps com pus varioloso. O menino não adoeceu. Era a descoberta da vacina Para muitos, a imunização causava repulsa
  • 7. A 6 DE JULHO DE 1885, chegava ao laboratório de Louis Pasteur um menino de 9 anos, Joseph Meister, que havia sido mordido por um cão raivoso. Pasteur, que vinha desenvolvendo pesquisas na atenuação do vírus da raiva, injetou na criança material proveniente de medula de um coelho infectado. Ao todo, foram 13 inoculações, cada uma com material mais virulento. Meister não chegou a contrair a doença. A 26 de outubro, o cientista francês comunicava à Academia de Ciências a descoberta do imunizante contra a raiva. Raiva
  • 8. A raiva é uma zoonose (doença transmitida de animais para o homem) causada por um vírus. É uma das doenças mais graves que se tem conhecimento, com taxa de mortalidade de quase 100%. Geralmente através da mordida e inoculação do vírus presente na saliva dentro da pele. • Confusão mental. • Desorientação. • Agressividade. • Alucinações. • Dificuldade de deglutir. • Paralisia motora. • Espasmos musculares. • Salivação excessiva. O vírus da raiva tem atração pelas células do sistema nervoso, invadindo imediatamente os nervos periféricos após ser inoculado através da pele. Quando nos nervos, o vírus passa a se mover lentamente, cerca de 12 milímetros por dia, em direção ao sistema nervoso central. Ao chegar no cérebro, o vírus causa a encefalite rábica, a temida complicação que leva os pacientes à morte.
  • 9. Em 1909, Albert Calmette e Camille Guerin, do Instituto Pasteur, comunicavam à Academia de Ciências Francesa o desenvolvimento de um bacilo de virulência atenuada, proveniente de sucessivas culturas em bile de boi, com capacidade imunizante contra a tuberculose. BCG Era o BCG, que, após uma série de testes, passou a ser regularmente utilizado como vacina. Primeiro imunizante bacteriano atenuado, o BCG foi introduzido no Brasil em 1925 e é atualmente aplicado em crianças recém-nascidas Bacilo Calmette-Guérin Meningite tuberculosa e a Tuberculose miliar Como meu conhecido teve TB?
  • 10. NENHUM IMUNIZANTE CONTRIBUIU TANTO para a popularização das vacinas como o contra a poliomielite. Conhecida desde a Antiguidade, a doença passou a assumir importância como problema de saúde pública no final do século passado, ao irromper de forma epidêmica nos Estados Unidos e na Europa. Foi o primeiro imunizante no mundo a ser produzido em cultura de tecidos (células de rim de macaco) e reunir mais de uma subespécie de vírus (poliovírus I, II e III)
  • 11.  A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus;  A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe - febre e dor de garganta - ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarréia.  Paralisia de MMII (assimétrica)  Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas - Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença.  O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes.
  • 13. Em meados de 1904, chegava a 1.800 o número de internações devido à varíola no Hospital São Sebastião. Mesmo assim, as camadas populares rejeitavam a vacina, que consistia no líquido de pústulas de vacas doentes. A principal causa foi a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, realizada pelo governo brasileiro e comandada pelo médico sanitarista Dr. Oswaldo Cruz. O clima de descontentamento popular com outras medidas tomadas pelo governo federal, que afetaram principalmente as pessoas mais pobres.
  • 14.
  • 15. VACINA DE VÍRUS VIVO ATENUADO  São feitas de vírus vivos que passaram por procedimentos que os enfraqueceram  Elas possuem maior risco de causar efeitos adversos  Os seus efeitos adversos podem ocorrer mais tardiamente (de 5 a 20 dias após a vacina)  Os efeitos adversos se parecem mais com o da doença selvagem, apesar de mais brandos  A resposta imunológica a uma vacina de vírus vivo atenuado pode interferir em outra do mesmo tipo  São contraindicadas para gestantes e pessoas com imunidade baixa  Sofrem interferência de células imunológicas específicas. Por isso, que pessoas que recebem imunoglobulinas, soros, sangue total, etc, devem aguardar de 3 a 11 meses, antes de receber uma vacina desse tipo. •BCG •Dengue •Febre amarela •Herpes zoster •Poliomielite oral •Rotavírus •Tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) •Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) •Varicela
  • 16. VACINAS DE VÍRUS INATIVADOS OU MORTOS  São compostas de vírus inteiros que não estão vivos ou apenas pedações desses vírus.  Os eventos adversos em geral são precoces, de 24 a 48 horas após a vacinação.  Como esses vírus não são capazes de se multiplicar, essas vacinas não são capazes de produzirem doenças.  Os efeitos adversos são relacionados com resposta inflamatória como dor, inchaço, calor ou vermelhidão no local da aplicação.  Geralmente necessitam de várias aplicações para conseguir gerar uma resposta duradoura.  A resposta de uma vacina não interfere na outra e por isso podem ser aplicadas sem intervalo mínimo entre elas, ou ao mesmo tempo.  Podem ser usadas em gestantes ou pessoas imunodeprimidas. •Dupla do tipo adulto (difteria e tétano) •Haemophilus influenzae do tipo b •Hepatite A •Hepatite B
  • 17. VACINEI... ESTOU 100% PROTEGIDO?
  • 18.
  • 19.
  • 20.  A primeira publicação de normas e instruções sobre vacinações integrava o conteúdo do Manual de Vigilância Epidemiológica e Imunizações, editado no ano de 1977. O primeiro Manual de Vacinação foi publicado em 1984, seguindo-se, a partir dai, uma serie de edições e reedições de documentos técnicos que abordavam os diferentes aspectos da pratica de imunização;  Em um pais de dimensoes continentais;  O SUS conta hoje com aproximadamente 35 mil salas de vacinação.
  • 21. Fatores que influenciam a resposta imune Idade No primeiro ano de vida, o sistema imunológico ainda esta em desenvolvimento. Para algumas vacinas, devido a sua composição, e necessária a administração de um numero maior de doses, de acordo com a idade, como ocorre com a vacina conjugada pneumocócica 10 valente, a meningocócica C e a vacina hepatite B. Gestação As gestantes não devem receber vacinas vivas, pois existe a possibilidade de passagem dos antígenos vivos atenuados para o feto e de causar alguma alteração, como malformação, aborto ou trabalho de parto prematuro. Amamentação De maneira geral, não ha contraindicação de aplicação de vacinas virais atenuadas para as mães que estejam amamentando, pois não foram observados eventos adversos associados a passagem desses vírus para o recém-nascido. No entanto, a vacina febre amarela não esta indicada para mulheres que estejam amamentando, razão pela qual a vacinação deve ser adiada ate a criança completar seis meses de idade. Na impossibilidade de adiar a vacinação, deve-se avaliar o beneficio pelo risco. Em caso de mulheres que estejam amamentando e tenham recebido a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso preferencialmente por 28 dias apos a vacinação (com o mínimo de 15 dias).
  • 22. Fatores que influenciam a resposta imune Reação anafilática Alguns indivíduos poderão apresentar reação anafilática a alguns componentes dos imunobiologicos. No mecanismo dessa reação, estão envolvidos os mastócitos. A reação ocorre nas primeiras duas horas apos a aplicação e é caracterizada pela presença de urticaria, sibilos, laringe espasmo, edema de lábios, podendo evoluir com hipotensão e choque anafilático. Geralmente, a reação anafilática ocorre na primeira vez em que a pessoa Pacientes imunodeprimidos Os pacientes imunodeprimidos – devido as neoplasias ou ao tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia, corticoide em doses elevadas, HIV/aids – deverão ser avaliados caso a caso para a administração adequada de imunobiologicos. Tais pacientes não deverão receber vacinas vivas.

Notas do Editor

  1. Não é porque uma pessoa se vacinou contra uma doença que ela está 100% protegida contra a mesma. Resposta vacinal é a criação de anticorpos específicos que nosso sistema imune produz ao ser estimulado por uma vacina. A resposta vacinal varia de uma pessoa para outra. Pessoas com imunodeficiências também terão uma menor resposta às vacinas. Esta situação cria um paradoxo onde as pessoas que mais têm risco de evoluir com complicações caso fiquem doentes, são justamente as que podem apresentar menor resposta à vacina. É por isso que quando vacinamos todas as pessoas, aquelas que tem maior risco de complicações e as que não, além de proteger as pessoas saudáveis, ajudamos também as que não tomaram ou responderam pouco. Pois, as pessoas com boa imunidade que tomam a vacina e ficam protegidas da doença funcionam como um escudo protegendo aquelas que não ficaram totalmente imunes ou que não podem tomar a vacina. É a chamada Imunização de rebanho. Veja na ilustração abaixo como funciona a Imunização de rebanho: