O documento fornece informações sobre vacinas, incluindo o que são vacinas, como funcionam, histórico das vacinas, por que vacinar, onde vacinar, tipos de vacinas existentes e o calendário nacional de vacinação no Brasil.
1. VACINAS
O que são vacinas?
Tags:agentes, doenças, histórico, imunidade, sistema imunitário, vacinas
As vacinas são substâncias derivadas ou quimicamente parecidas com o agente que provoca doenças.
Ao ser vacinado, o sistema imunitário (de defesa) identifica a substância e automaticamente reage,
promovendo uma ação de proteção com a produção de anticorpos (leucócitos) contra aquela substância.
Se houver uma infecção, o sistema de defesa está equipado para agir rapidamente e de maneira eficaz,
impedindo o desenvolvimento da doença ou, em alguns casos, contribuindo para que os sintomas sejam
mais bandos.
Hoje em dia existem vacinas para diversas doenças, como gripe, malária, poliomielite, febre amarela,
rubéola, tétano, HPV, meningite, entre outras, e para determinados tipos de alergias.
Histórico
1796 – Edward Jenner infecta James Phipps com cowpox e dá início ao processo de vacinação
1870 – Louis Pasteur cria a primeira vacina com bactéria viva atenuada
1937 – Iniciada a utilização da vacina contra a febre amarela
1961 – Início da produção da vacina liofilizada contra a varíola
1973 – Certificação internacional da erradicação da varíola no Brasil . Instituição do Programa Nacional
de Imunização – PNI
1974 – Programa ampliado de Imunizações, criado pela OPAS/OMS
1977 – Definição das vacinas obrigatórias para menores de 1 ano, em todo o Brasil e aprovação do
modelo da Caderneta de Vacinações
1980 – Extingue a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola. Início dos Dias Nacionais contra a
Paralisia Infantil
1983 – A estratégia de “Dias Nacionais de Vacinação” passa a ser recomendada pela OPAS e pelo Unicef
e adotada por diversos países
1986 – Criação do “Zé Gotinha”, personagem símbolo da erradicação da poliomielite
1989 – Ocorrência do último caso de poliomielite no Brasil
1992 – Início da implantação da tríplice viral em todas as unidades da federação
1993 – Início da implantação dos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais
1998 – Ampliação da vacinação contra a Hepatite B em todo o Brasil
1999 – Brasil inicia uso da vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B
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Por que vacinar?
Tags:doenças, imunidade, proteção, vacinação, vacinas
A vacinação é uma das ações de saúde pública mais importante dos últimos tempos. Estima-se que as
vacinas impedem, anualmente, cerca de 3 milhões de mortes em todo o mundo.
Benefícios das vacinas
* Protegem milhões de pessoas contra a dor, sofrimento e a incapacitação permanente.
* Economia para os indivíduos e governos, já que reduzem os custos com doença, medicamentos,
cuidados hospitalares e perda de tempo de trabalho.
* Reduzem a velocidade de disseminação da doença.
* Erradicação de doenças
* Reduzem o uso de medicamentos que combatam os microrganismos, prevenindo a
resistência aos antibióticos
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2. Onde vacinar?
Tags:clínicas particulares, locais de vacinação, posto de saúde, vacina
As vacinas consideradas obrigatórias, segundo o Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da
Saúde, podem ser encontradas nos Postos de Saúde e também são aplicadas durante campanhas
nacionais, e não custam nada.
Já as vacinas opcionais, que ainda não foram adotadas pelo governo, podem ser aplicadas em clínicas
particulares, e têm preços variados.
Nos dois casos, é necessário apresentar a carteirinha de vacinação.
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Tipos de Vacinas
Tags:Doença, nome da vacina, Tipos de vacinas
NOME DA VACINA
DOENÇA
BCG-ID
Formas graves de tuberculose
Salk (vacina de vírus inativados)*
Paralisia infantil
Sabin (vacina de vírus atenuados)
Paralisia infantil
Antipneumocócica conjugada
heptavalente*
Pneumonia, otite e meningite
Antipneumocócica 23-valente*
Pneumonia, otite e meningite
Antimeningocócica C conjugada*
Meningite meningocócica
Hepatite A
Hepatite A
Hepatite B
Hepatite B
Hepatite A+B*
Hepatite A e B
DT
(Dupla bacteriana)
Difteria e tétano
DTP
(Tríplice bacteriana)**
Difteria, tétano, coqueluche
DTPa
(Tríplice bacteriana acelular)**
Difteria, tétano, coqueluche
Hib
Meningite por Haemophilus
Tríplice viral
Sarampo, rubéola e caxumba
Palivizumabe
Bronquiolite
Varicela*
Catapora
Rotavírus
Diarréias graves
Raiva
Raiva
Influenza*
Gripe
Febre amarela
Febre amarela
HPV*
Contra o Papilomavírus Humano
Mulheres
* Aplicadas em clínicas particulares
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Calendário de Vacinas
Vacinação Influenza H1N1
Tags:gripe a, gripe H1N1, gripe suina, vacina, vacinação
3. A vacinação acontecerá no período de 8 de março a 21 de maio de 2010, perfazendo nove semanas de
trabalho, e acontecerá ao mesmo tempo em todo território nacional. Os grupos de maior risco serão
vacinados em etapas. Serão cinco etapas envolvendo, em cada uma, um ou mais de um desses grupos,
de acordo com o seguinte cronograma:
Etapas e grupos selecionados
Período de realização
1ª Etapa
Trabalhador de saúde (1)
8 a 19 de março
População indígena aldeada
2ª Etapa
Gestante em qualquer idade gestacional
Doentes crônicos
22 de março a 2 de abril
Crianças com idade entre seis meses a menor de dois
anos
3ª Etapa
População de 20 a 29 anos
4ª Etapa
População com mais de 60 anos com doenças crônicas
5ª Etapa
População de 30 a 39 anos
5 a 23 de abril
24 de abril a 7 de maio
10 a 21 de maio
Fonte:
CGPNI/DEVEP/SVS/MS
Para alguns grupos alvo que têm como especificidade a faixa etária será solicitada a apresentação de
documento de identificação que comprove a idade. Para os portadores de doenças crônicas preexistentes
a adesão será de iniciativa do próprio portador da doença, não sendo indicada a exigência de atestado
médico para não burocratizar o acesso à vacinação. Já no caso das gestantes, também é esperada a
adesão espontânea, confiando-se também na informação verbal da mulher, ou, de outra maneira, o
encaminhamento a partir do pré-natal.
Calendário Resumido
Entenda Melhor
Trabalhadores da Saúde
Trabalhadores da Saúde são aqueles que estão na rede de serviços prestando atendimento diretamente
à população, ou seja, aqueles que, em razão das suas funções, estão sob potencial risco de contrair a
infecção pelo H1N1 no contato com possíveis doentes. Nesse sentido estão aí incluídos os trabalhadores
da atenção básica (estratégia saúde da família e modelo tradicional), dos serviços de média e de alta
complexidade (pequeno, médio e grande portes) e aqueles que atuam na vigilância epidemiológica,
especialmente na investigação de casos e no laboratório.
A vacinação dos trabalhadores da Saúde tem como principal finalidade proteger esse grupo de modo a
garantir o funcionamento dos serviços de saúde na eventualidade de uma segunda onda da pandemia, ou
seja, com os profissionais protegidos não haverá risco de colapso no atendimento da população pela rede
de serviços. A vacinação dos trabalhadores da Saúde acontecerá nas duas primeiras semanas da
operação, ou seja, no período de 8 a 19 de março.
População Indígena
A população indígena aldeada é sempre considerada como grupo prioritário na prevenção de qualquer
doença respiratória. Os indígenas são considerados grupo prioritário, seja pela maior vulnerabilidade a
infecções, seja pela maior dificuldade de acesso às unidades hospitalares. A vacinação iniciará no dia 8
de março e irá até 19 de março, dentro de uma programação que já é rotina no âmbito do Programa
Nacional de Imunizações (PNI), em articulação com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) e com o
apoio de outras instituições.
4. Gestantes
As grávidas são consideradas como grupo de risco para a Influenza pandêmica H1N1 porque, durante a
pandemia, dentre as mulheres em idade fértil que apresentaram a síndrome respiratória aguda grave
(SRAG) em decorrência da Influenza H1N1, 22% eram gestantes. A vacinação será realizada a partir do
dia 22 de março e enquanto durar a vacinação (até 21 de maio), ou seja, serão sete semanas para
mobilização da mulher grávida a buscar a sala de vacinação dos serviços de Saúde. Depois desse
período, as mulheres que engravidarem poderão se vacinar.
Como será utilizada a vacina que não contém o adjuvante – substância imuno-estimulante que entra na
composição de uma vacina – mulheres em qualquer idade gestacional poderão ser imunizadas. A vacina
que contém o adjuvante só poderia ser administrada a partir do 2º trimestre da gravidez. O Ministério da
Saúde optou por vacinar a gestante somente com a vacina sem adjuvante por dois motivos: não
atrapalhar a operacionalização da vacinação e evitar que qualquer intercorrência na gestação de mulher
inadvertidamente vacinada antes do 2º trimestre da gravidez viesse a ser atribuída à vacina.
Não há risco em vacinar grávidas. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e de acordo com os
padrões de segurança declarados pelos laboratórios produtores, a vacina contra o vírus Influenza A H1N1
é segura para a gestante. Não há evidências de que a vacina possa causar dano ao feto ou afetar a
capacidade reprodutiva, ou, também, sobre a ocorrência de aborto provocado pela vacina nos países em
que esta foi administrada para o enfrentamento da pandemia.
Portadores de Doenças Crônicas
Na pandemia de 2009, dentre os casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) pelo vírus Influenza
H1N1 observou-se um alto percentual de pessoas com doenças crônicas. Os portadores de doenças
respiratórias crônicas, por exemplo, foram o de maior frequência com 24,4% dos registros, seguido das
doenças cadiovasculares e outras doenças crônicas. Essas situações caracterizam pessoas que
precisam de proteção por já se encontrarem em situação de vulnerabilidade, podendo apresentar quadros
de maior gravidade e morte.
Até
o
momento
estão
incluídos
nesse
segmento:
• Pessoas com grande obesidade (Grau III), incluídas atualmente nos seguintes parâmetros:
- crianças com idade igual ou maior que dez anos com índice de massa corporal (IMC) igual ou maior que
25;
- criança e adolescente com idade maior de dez anos e menor de 18 anos com IMC igual ou maior que
35;
- adolescentes e adultos com idade igual ou maior que 18 anos, com IMC maior de 40;
• Indivíduos com doença respiratória crônica desde a infância (ex.: fibrose cística, displasia
broncopulmonar);
• Indivíduos asmáticos (portadores das formas graves, conforme definições do protocolo da Sociedade
Brasileira
de
Pneumologia;
• Indivíduos com doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (ex.: distrofia
neuromuscular);
• Pessoas com imunodepressão por uso de medicação ou relacionada às doenças crônicas;
•
Pessoas
com
diabetes;
• Pessoas com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras doenças respiratórias crônicas com
insuficiência respiratória crônica (ex.: fibrose pulmonar, sequelas de tuberculose, pneumoconioses);
• Pessoas com doença hepática: atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática
e/ou
terapêutica
antiviral;
• Pessoas com doença renal: insuficiência renal crônica, principalmente em doentes em diálise;
•
Pessoas
com
doença
hematológica:
hemoglobinopatias;
• Pessoas com terapêutica contínua com salicilatos, especialmente indivíduos com idade igual ou menor
que
18
anos
(ex.:
doença
reumática
auto-imune,
doença
de
Kawasaki);
•
Pessoas
portadoras
da
síndrome
clínica
de
insuficiência
cardíaca;
5. • Pessoas portadoras de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica:
Hipertensão
arterial
pulmonar;
Valvulopatias;
• Pessoas com cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular (fração de ejeção do ventrículo esquerdo
[FEVE]
menor
do
que
0.40);
• Pessoa com cardiopatia hipertensiva com disfunção ventricular [FEVE] menor do que 0.40;
•
Pessoa
com
cardiopatias
congênitas
cianóticas;
• Pessoas com cardiopatias congênitas acianóticas, não corrigidas cirurgicamente ou por intervenção
percutânea;
•
Pessoas
com
miocardiopatias
(Dilatada,
Hipertrófica
ou
Restritiva);
• Pessoas com pericardiopatias.
Fonte: Ministério da Saúde
Leia mais: http://www.calendariodevacinas.com.br/vacinacao-influenza-h1n1/#ixzz24ieQ5ksh
Calendário de Vacinação de Prematuro
Recomendações da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm) –
2010
RECOMENDAÇÕES E CUIDADOS ESPECIAIS
Deverá ser aplicada em recém-nascidos com peso maior ou igual a 2.000g.
Aplicar ao nascer no esquema habitual de três doses (0, 1 e 6 meses). Naqueles com menos de 2.000g, aplicar esquema de 4 doses: 0, 1, 2 e
Durante o período de circulação do Vírus Sincicial Respiratório.
Iniciar o mais precocemente possível (aos 2 meses). Respeitando a idade cronológica: três doses aos 2, 4 e 6 meses e um reformço aos 15 m
Respeitando a idade cronológica: duas doses aos 6 e 7 meses.
Utilizar somente vacina inativada IPV em recém nascidos internados na unidade neonatal.
Não utilizar a vacina em ambiente hospitalar.
Preferencialmente utilizar vacinas acelulares.
Devem ser aplicadas de acordo com a idade cronológica.
ENTENDA MELHOR
BCG – Poucos estudos mostram eventual diminuição da resposta imune ao
BCG em menores de 1.500 g a 2.000 g. Por precaução aguardar 2.000 g ou
idade de 1 mês para vacinar.
HEPATITE B – Os RN de mães portadoras do vírus B devem receber ao nascer,
além da vacina, imunoglobulina específica para Hepatite B (HBIG) na dose de
0,5 ml via intramuscular até no máximo 7 dias de vida. Devido à menor
resposta à vacina em bebês nascidos com IG < 33 semanas e/ou com menos
de 2.000 g, desconsidera-se a primeira dose e aplicam-se mais três doses
(esquema 0, 1, 2 e a última dose de seis a 12 meses após a primeira dose).
PALIVIZUMAB – Não se trata de uma vacina, mas de imunização passiva com
anticorpo monoclonal contra o vírus sincicial respiratório, indicado para o prétermo de risco, nos meses de maior circulação do mesmo (março a setembro).
É altamente recomendado para prematuros com idade gestacional menor de
28 semanas com até 1 ano de idade, e para RN com displasia broncopulmonar
e cardiopatas em tratamento clínico nos últimos seis meses com até 2 anos de
idade. É recomendado para os demais prematuros até o sexto mês de vida,
especialmente para aqueles com idade gestacional de 29 a 32 semanas, ou
6. maiores de 32 semanas que apresentem dois ou mais fatores de risco: criança
institucionalizada, irmão em idade escolar, poluição ambiental, anomalias
congênitas de vias aéreas e doenças neuromusculares severas. Emprega-se a
dose habitual de 15 mg/kg de peso, em cinco doses mensais consecutivas,
aplicadas por via intramuscular.
ANTIPNEUMOCÓCICA CONJUGADA – Recém-nascidos pré-termos e de baixo
peso apresentam maior incidência de doença invasiva pneumocócica, sendo
que o risco aumenta quanto menor a idade gestacional e o peso de
nascimento.
INFLUENZA – A indicação rotineira da vacina contra o influenza em lactentes de
6 a 23 meses, nos prematuros, é reforçada, pois estes apresentam maior
morbidade e mortalidade pelo vírus. Deve-se sempre respeitar a sazonalidade
da doença.
Poliomielite – Devido ao risco teórico de disseminação do vírus vacinal em uma
população de imunodeprimidos (UTI neonatal) o uso da vacina oral está contraindicado enquianto o RN permanecer no berçário.
Rotavírus – Por se tratar de vacinas de vírus vivos atenuados, a imunização
contra o rotavírus só deve ser realizada após a alta hospitalar, respeitando-se a
idade limite para administração da primeira dose.
Tríplice bacteriana – A utilização de vacinas acelulares reduz o risco de apnéias
e episódios convulsivos pós aplicação da vacina tríplice bacteriana.
Demais vacinas – O calendário infantil deve ser seguido de acordo com a idade
cronológica. A resposta imune às demais vacinas pode ser menor, mas em
geral atinge níveis satisfatórios de proteção.
OBSERVAÇÕES
Recém-nascido hospitalizado: Deverá ser vacinado com as vacinas habituais,
desde que clinicamente estável. Evitar o uso de vacinas de vírus vivos: pólio
oral e rotavírus. No caso da vacina contra o rotavírus não administrar antes de
6 semanas de vida.
Profissionais de saúde e cuidadores: Todos os funcionários da Unidade Neonatal,
pais e cuidadores devem ser vacinados contra o influenza e receber uma dose
da vacina tríplice acelular do tipo adulto, a fim de evitar a transmissão da
Bordetella pertussis ao RN.
Vacinação em gestantes e puérperas: A imunização da gestante contra o influenza
é uma excelente estratégia na prevenção da doença em RNs nos primeiros 6
meses de vida, época que ele ainda não pode receber a vacina. A prevenção
do tétano neonatal não deve ser esquecida, e o momento do puerpério é
oportuno para receber as vacinas contra doenças para as quais a puérpera é
suscetível: hepatite B, hepatite A, rubéola, varicela e febre amarela.
Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES – SBIM
Leia mais: http://www.calendariodevacinas.com.br/calendario-de-vacinacao-de-prematuro/#ixzz24ierv7ep
Calendário de Vacinação da Criança
Recomendações da Associação Brasileira de Imunizações (SBIm) –
2010
VACINAS
7. Ao
nascer
BCG ID
Hepatite B
1º
mês
2
meses
1ª dose
1ª
dose
2ª
dose
Tríplice Bacteriana (DTP ou DTAPa) (1)
1ª
dose
Hemófilo B
1ª
dose
Poliomielite (vírus inativados)
1ª
dose
Rotavírus (2)
1ª
dose
Antipeneumocócia conjugada heptavalente (3)
1ª
dose
Antimeningocócica C conjugada (4)
Influenza (gripe) (5)
Poliomielite oral (vírus vivos atenuados)
Febre amarela (6)
Hepatite A
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
Varicela (catapora) (7)
HPV (8)
Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa)
VACINAS
3
anos
a
BCG ID
Hepatite B
Tríplice Bacteriana (DTP ou DTAPa) (1)
Hemófilo B
Poliomielite (vírus inativados)
Rotavírus (2)
Antipeneumocócia conjugada heptavalente (3)
Antimeningocócica C conjugada (4)
Influenza (gripe) (5)
Poliomielite oral (vírus vivos atenuados)
Febre amarela (6)
Hepatite A
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
Varicela (catapora) (7)
HPV (8)
Tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa)
DIAS N
DE VA
8. * Desde março de 2010, as crianças de até dois anos de idade passaram a seren
imunizadas contra doenças como meningite, pneumonia, sinusite e otite em todo
o país atravpes das vacinas pneumocócica 10-valente e a anti-meningococo C
VACINAS COMBINADAS:
o uso da vacina combinada com seis componentes
– vacinas contra hepatite B, tríplice bacteriana acelular, contra infecções por
hemófilos do tipo b e contra a poliomielite (com vírus inativados) – deve ser
adotado sempre que possível, com o intuito de diminuir o número de injeções e
reduzir a frequencia e a intensidade de eventos adversos.
VACINA QUÍNTUPLA (“PENTA ”): o uso da vacina combinada com cinco
componentes – vacinas tríplice bacteriana acelular, contra infecções por
hemófilos do tipo b e contra a poliomielite (com vírus inativados) – deve ser
adotado sempre que possível, pelos mesmos motivos citados para a vacina
sêxtupla, quando não se pretende incluir na administração a vacina contra a
hepatite B.
COMENTÁRIOS
(1) O uso da vacina tríplice bacteriana acelular (DTPa) é preferível ao da vacina
tríplice bacteriana de células inteiras (DTP), pois a sua eficiência é semelhante
à da DTP e porque os eventos adversos associados com sua administração
são menos freqüentes e menos intensos do que os induzidos pela DTP. Além
disso, as apresentações combinadas à DTPa permitem o uso da vacina
inativada contra poliomielite.
(2) As vacinas contra infecções por rotavírus licenciadas para uso no Brasil
devem ser indicadas o mais precocemente possível, a partir de seis semanas
de idade. A vacina produzida pelo laboratório GSK está disponível na rede
pública, no esquema: primeira dose aos 2 meses e a segunda dose aos 4
meses, sendo que a primeira dose não poderá ser aplicada após 14 semanas
de vida e a segunda após 24 semanas de vida. A vacina produzida pelo
laboratório MSD está disponível apenas na rede privada, com esquema de três
doses: a primeira dose aos 2 meses, a segunda dose aos 4 meses e a terceira
dose aos 6 meses, sendo que a primeira dose não poderá ser aplicada após 12
semanas de vida, a segunda após 22 semanas de vida e a terceira 32
semanas de vida. As vacinas contra o rotavírus estão contra-indicadas para
imunodeprimidos.
(3) Começar o esquema de vacinação com a vacina antipneumocócica
conjugada heptavalente o mais precocemente possível (no segundo mês de
vida). Quando a aplicação dessa vacina não tiver sido iniciada aos dois meses
de vida, o esquema de sua administração varia conforme a idade em que a
vacinação
for
iniciada:
entre
7
e
11
meses
de
idade:
duas doses com intervalo de dois meses, e terceira dose aos 15 meses de
idade; entre 12 e 23 meses de idade: duas doses com intervalo de dois meses;
a partir do segundo ano de vida, dose única, exceto em imunodeprimidos que
devem receber 2 doses com intervalo de dois meses entre elas.
(4) A vacina antimeningocócica C conjugada pode ser aplicada a partir dos 2
meses de idade. Recomenda-se iniciar a vacinação ainda no primeiro ano de
vida visto a incidência e letalidade maior nessa faixa etária. Como as demais
vacinas conjugadas é recomendada dose de reforço no segundo ano de vida.
(5) A vacina contra a influenza (gripe) deve ser aplicada a partir dos 6 meses
de
idade,
respeitando-se
a
sazonalidade
da doença.
VACINA SÊXTUPLA (“HEXA”):
9. (6) A vacina contra a febre amarela deve ser indicada para habitantes de áreas
endêmicas
e
pessoas
que
vão
viajar para essas regiões.
(7) Estima-se que uma só dose da vacina contra a varicela induza imunidade
contra
a
infecção
em
70%
a
90%
das
crianças que a receberam, e em 95% a 98%, contra as formas graves da
doença. Contudo, não é incomum a ocorrência dessa virose em crianças já
vacinadas. Portanto, recomenda-se duas doses da vacina com um intervalo
mínimo de 3 a 4 meses.
(8) A princípio, apenas as meninas deverão ser vacinadas. Sempre que
possível, a vacina anti-HPV deve ser aplicada preferencialmente na
adolescência, antes de iniciada a vida sexual, entre 11 e 12 anos de idade.
Duas vacinas estão disponíveis no Brasil: Vacina Quadrivalente Recombinante
contra o papilomavírus humano (tipos 6,11,16,18) da MSD, com esquemas de
intervalos de 0-2-6 meses, indicada para meninas e mulheres de 9 a 26 anos
de idade e a Vacina contra HPV oncogênico (16 e 18, recombinante, com adjuvante
AS04), da GSK, com esquemas de intervalos de 0-1-6 meses em meninas e
mulheres de 9 a 25 anos de idade.
Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES – SBIM
Leia mais: http://www.calendariodevacinas.com.br/calendario-de-vacinacao-da-crianca/#ixzz24if1NiaG
Calendário de Vacinação de Adolescentes
Recomendações da Associação Brasileira de Imunizações (Sbim) –
2010
VACINAS
Tríplice Viral (sarampo,
rubéola e caxumba)
ESQUEMA BÁSICO
Dose única para adolescentes previamente vacinados. Duas doses (com intervalo
mínimo de 4 meses entre elas) para aqueles que receberam anteriormente uma dose.
Hepatite A
Duas doses: A segunda seis meses após a primeira
Vacinas contra as
hepatites A, B e A+B
Hepatite B
Três doses: a segunda um mês depois da primeira e a terceira cinco meses depois da segunda
Hepatites A+B
Três doses: a segunda um mês depois da primeira e a terceira cinco meses depois da segunda
HPV
Para meninas a partir de 9 anos de idade na prevenção da infecção pelo papiloma vírus humano:
até 26 anos em três doses, no esquema 0-2-6 meses com a vacina do laboratório MSD ou até 25
anos em três doses, no esquema 0-1-6 meses com a vacina
do laboratório GSK.
Com esquema de vacinação básico contra o tétano completo: reforço aos 14 anos com dTpa.
Vacinas contra difteria,
tétano e coqueluche
Com esquema de vacinação básico contra o tétano incompleto: uma dose de dTpa a qualquer
momento e completar a vacinação básica com uma ou duas doses da vacina dupla do tipo adulto
(dT) de forma a totalizar três doses de vacina contendo o componente tetânico.
Em ambos os casos, na impossibilidade do uso da vacina dTpa, substituir a mesma pela vacina dT.
Varicela
A partir dos 13 anos de idade: duas doses com intervalo de 2 meses.
Influenza (gripe)
Dose única anual
Vacina
1. A va
Hepatit
imunida
2.Esqu
crônico
normal
e a seg
3. Para
aprese
aplicad
A princ
deverã
prefere
A dispo
uso em
coquelu
reduzir
impacto
Vacina
10. Meningocócica C
conjugada
Febre amarela
Dose única
Sem ev
Uma dose de dez em dez anos
1. Indic
ou mud
viagens
2. Vaci
doença
3. Vaci
Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES – SBIM
Leia mais:
http://www.calendariodevacinas.com.br/calendario-de-vacinacao-de-adolescentes/#ixzz24if9Nnwv
Calendário de Vacinação de Adultos e Idosos
Recomendações da Associação Brasileira de Imunizações (Sbim) –
2010
VACINAS
Tríplice Viral (sarampo,
rubéola e caxumba)
ESQUEMA BÁSICO
Uma ou duas doses (com intervalo mínimo de 4 meses) para mulheres até 49 anos, de acordo com Vacina
histórico vacinal, de forma que todas recebam no mínimo duas doses na vida.Dose única para
mulheres com mais de 49 anos.
Hepatite ADuas doses: A segunda seis meses após a primeira
Hepatite BTrês doses: a segunda um mês depois da primeira e a terceira cinco meses depois da
segunda
Vacinas contra as
hepatites A, B e A+B
HPV
Vacinas contra difteria,
tétano e coqueluche
Hepatites A+B
Três doses: a segunda um mês depois da primeira e a terceira cinco meses depois da segunda
1. A va
Hepatit
imunida
2.Esqu
crônico
normal
e a seg
3. Para
aprese
aplicad
Para mulheres na prevenção da infecção pelo papiloma vírus humano: até 26 anos em três doses,
A princ
no esquema 0-2-6 meses com a vacina do laboratório MSD ou até 25 anos em três doses, no
deverã
esquema 0-1-6 meses com a vacina do
prefere
laboratório GSK.
Com esquema de vacinação básico completo: reforço com dtpa (tríplice
bacteriana acelular do tipo adulto) e após, uma dose de dt (vacina dupla
bacteriana do tipo adulto) a cada dez anos.
Com esquema de vacinação básico incompleto ou desconhecido (Com
menos de três doses anteriores de vacina dT, DTP ou DTPa): completar o
esquema de três doses, aplicando uma dose de dTpa e uma ou duas doses
de dT.
• O uso
lactente
para es
• Deve• Uma
bacteria
Indicad
imunod
Varicela
A partir dos 13 anos de idade: duas doses com intervalo de 2 meses.
Influenza (gripe)
Dose única anual
Antipneumocócica23valente
Dose única
Recom
pneum
pneum
AntimeningocócicaC
conjugada
Dose única
Ainda q
recome
Uma dose de dez em dez anos
1. Indic
ou mud
viagens
2. Vaci
doença
3. Vaci
Febre amarela
11. Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES – SBIM
Leia mais:
http://www.calendariodevacinas.com.br/calendario-de-vacinacao-de-adultos-e-idosos/#ixzz24ifMtcHC
Calendário de Vacinação da Mulher
Recomendações da Associação Brasileira de Imunizações (Sbim) –
2010
VACINAS
ESQUEMAS
HPV
Para mulheres na prevenção da infecção pelo papiloma vírus humano: até 26 a
2-6 meses coma vacina do laboratório MSD ou até 25 anos em três doses, no
esquema 0-1-6 meses com a vacina do laboratório GSK.
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
Uma ou duas doses (com intervalo mínimo de 4 meses) para mulheres até 49
vacinal, de forma que todas recebam no mínimo duas doses na vida.
Dose única para mulheres com mais de 49 anos.
Hepatite A
Duas doses, com intervalo de seis meses após a primeira.
Hepatites A, B ou A e B
Hepatite B
Três doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda e de seis
(0-1-6).
Hepatite A e B
Três doses, com intervalos de um mês entre a primeira e a segunda e de seis
(0-1-6).
Vacinas contra difteria, tétano e coqueluche
Com esquema de vacinação básica completo
Reforço com dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) e após, uma dos
tipo adulto) a cada dez anos.
Com
esquema
de
vacinação
Uma dose de dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) e uma ou
bacteriana
do
tipo
para
completar
esquema
de
três
doses.
Para a gestante, mesmo que esteja com o esquema de vacinação contra
recebido
a
última
mais de cinco anos: uma dose da vacina dupla bacteriana do tipo adulto (dT).
Varicela (catapora)
A partir de 13 anos de idade: duas doses com intervalo de dois meses.
Influenza (gripe)
Dose única anual
Febre Amarela
Uma dose de dez em dez anos para quem vive ou vai se deslocar para áreas e
Vacina antimeringocócica C conjugada
Dose única
Observação:
Sempre que possível, evitar a aplicação de vacinas no primeiro trimestre de
gravidez. Vacinas de vírus vivos (tríplice viral, varicela e febre amarela), se
possível e de preferência devem ser aplicadas pelo menos um mês antes do
início da gravidez e nunca durante a gestação.
Comentários
1. Estão licenciadas duas vacinas contra o HPV. A Vacina Quadrivalente
Recombinante contra o papilomavírus humano (tipos 6,11,16,18) da MSD, com
esquemas de intervalos de 0-2-6 meses indicada para meninas e mulheres de
9 a 26 anos de idade e a Vacina contra HPV oncogênico (16 e 18,
recombinante, com adjuvante AS04), da GSK, com esquemas de intervalos de
0-1-6 meses em meninas e mulheres de 9 a 25 anos de idade.
2. Vacina de vírus atenuados de risco teórico para o feto, portanto, contraindicada em gestantes.
12. 3. A vacina contra hepatite A é vacina inativada, portanto sem evidências de riscos teóricos para a
gestante e o feto e não contra-indicada nessa fase. Deve ser preferencialmente aplicada fora do período
da
gestação,
mas
em
situações
de
risco a exposição ao vírus não está contraindicada em gestantes.
4. A vacina Tríplice bacteriana do tipo adulto (dTpa) é vacina inativada, portanto sem evidências de riscos
teóricos para a gestante e o feto e não contra-indicada nessa fase. O uso de dTpa em gestantes está
recomendado por ora, somente em situações de risco especial para pertussis, definidas como: gestantes
adolescentes; gestantes profissionais de saúde; mulheres grávidas que cuidam diretamente de crianças
menores de 12 meses de idade; gestantes que vivem ou trabalhem em comunidades com alta prevalência
de coqueluche. Para esses casos, o esquema recomendado é:
Em gestantes previamente vacinadas (com pelo menos três doses de vacina contendo a antitetânica (dT,
ATT, DTP ou DTPa): aplicar uma única dose de dTpa, de preferência no segundo ou terceiro trimestre da
gestação.
Em gestantes com vacinação incompleta ou desconhecida: aplicar uma dose de dTpa seguida de duas
doses de dT com intervalo de dois meses entre elas.
Nos casos em que não se justifique o uso de dTpa em gestantes, o esquema recomendado é:
Em gestantes previamente vacinadas (com pelo menos três doses de vacina contendo a antitetânica (dT,
ATT, DTP ou DTPa), tendo recebido a última dose há mais de cinco anos: aplicar uma dose de dT no
segundo ou terceiro trimestre e uma dose de dTpa no pós-parto, seis meses após a dT.
Em gestantes com vacinação incompleta: completar o esquema de três doses com uma ou duas doses de
dT com intervalo de seis meses entre elas (se já recebeu duas ou uma dose anteriormente e
respectivamente) no segundo ou terceiro trimestre e uma dose de dTpa no pós-parto, seis meses após a
dT.
Em gestantes com vacinação desconhecida: duas doses de dT com intevalo de dois meses entre elas e
uma dose de dTpa no pós-parto, seis meses após a dT.
5. A gestante é grupo de risco para as complicações da infecção pelo influenza.
6. A vacina contra a febre amarela, apesar de vacina de vírus atenuado de risco teórico para o feto (e por
isso contra-indicada para gestantes) em regiões onde a doença seja altamente endêmica e o risco da
doença, portanto, supere os da vacina, deve ser aplicada mesmo durante a gestação.
7. A vacina meningocócica C conjugada é vacina inativada, portanto sem evidências de riscos teóricos
para a gestante e o feto. No entanto, na gestação está indicada apenas nas situações de surtos da
doença.
Vale destacar que a amamentação não contra-indica a vacinação.
Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES – SBIM
Leia mais: http://www.calendariodevacinas.com.br/calendario-de-vacinacao-da-mulher/#ixzz24ifWLIAf
Calendário de Vacinação Ocupacional
Recomendações da Associação Brasileira de Imunizações (Sbim) –
2010
VACINAS
ESQUEMAS
PROFISSIONAIS POR ÁREA DE ATUAÇÃO
13. ESPECIALMENTE
INDICADAS
Tríplice Viral
(sarampo,
caxumba e
rubéola)
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim sim
sim
Hepatite A
Duas doses: A
segunda seis sim
meses após a
primeira
Hepatites A,
B ou A e B
Dose única
sim
sim
sim
sim
-
sim
-
sim
sim
-
sim
-
sim
sim
-
-
sim
-
sim
sim sim
sim
Hepatite B
Três doses: a
segunda um
mês depois
da primeira e
a terceira
cinco meses
depois da
segunda
sim
Hepatites
A+B
Três doses: a
segunda um
mês depois
da primeira e
a terceira
cinco meses
depois da
segunda
HPV
Vacinas contra
difteria,
tétano e
coqueluche
Para mulheres
na prevenção
da infecção
pelo papiloma
vírus
humano: até
26 anos em
três doses, no
esquema 0-26 meses
com a vacina
do laboratório
MSD ou até 25
anos em três
doses, no
esquema 0-16 meses com
a vacina do
laboratório
GSK.
sim
-
Com esquema dTpa
de vacinação
básica
completo
Reforço com
dTpa (tríplice
bacteriana
acelular do
tipo adulto) e
-
-
-
-
-
sim
-
-
-
-
-
dT
dT
dT
dTpa
dT
-
-
dT
-
dT
dT
14. após, uma
dose de dT
(vacina dupla
bacteriana do
tipo adulto) a
cada dez
anos.
Com
esquema de
vacinação
básica
incompleto
Uma dose de
dTpa (tríplice
bacteriana
acelular do
tipo adulto) e
uma ou duas
doses de dT
(vacina dupla
bacteriana do
tipo adulto).
Varicela
(catapora)
A partir dos 13
anos de idade:
duas doses
sim
com intervalo
de 2 meses.
Influenza
Dose única
anual
Antimeningocócic
a
Dose única
C conjugada
Febre amarela
Uma dose de
dez em dez
anos
Três doses: a
segunda sete
Raiva (vacina
dias depois da
obtida em
primeira e a
cultura de células) terceira 14 a
21 dias após a
segunda
Febre tifoide
Dose única da
vacina
polissacarídica
capsular Vi,
por via
intramuscular
ou
subcutânea,
para adultos e
crianças a
partir de dois
anos de idade.
-
sim
-
sim
-
-
-
sim
-
-
-
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
sim
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-
sim
-
-
-
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-
-
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-
-
-
sim
-
-
-
-
-
sim
sim
-
sim
-
-
-
-
-
sim
-
-
-
-
-
sim(5)
sim
sim
Fonte: SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES – SBIM
Leia mais: http://www.calendariodevacinas.com.br/calendario-de-vacinacao-ocupacional/#ixzz24ifeni55
O perigo de não vacinar as crianças
Tags:Calendário de Vacinas, vacinas, vacinas em crianças
15. Antes de ser erradicada com o uso maciço de vacinas, no final dos
anos 1970, a varíola matou 300 milhões de pessoas, contando apenas o século XX. O sarampo, uma
doença altamente contagiosa, foi responsável por cerca de 2,6 milhões de mortes por ano, antes de 1980,
época em que começaram as intensas campanhas de vacinação. Já os casos de poliomielite, doença que
pode causar paralisia infantil, apresentaram uma queda de 99% desde 1988, quando, mais uma vez, a
prevenção com vacina teve início. Criadas em 1796, pelo médico britânico Edward Jenner, as vacinas
deram início a uma revolução na medicina preventiva – tornando possível evitar a ocorrência de doenças
letais e contagiosas. Há quem, no entanto, na contramão de todas as evidências científicas, opte por não
vacinar seus filhos. A lamentável ideia encontrou abrigo entre um grupo de pais, grande parte da classe
média alta, que vem optando por não imunizar os filhos para doenças que deixaram de ser comuns, como
o sarampo e a difteria. Alguns por acreditarem em teorias exóticas e fraudulentas, outros por medo de
que a vacina prejudique a saúde da criança e outros ainda, por questões ideológicas, pensam resistir ao
que seria uma imposição criada pela indústria farmacêutica. Por um motivo ou outro, a irresponsabilidade
pode colocar em risco não só a saúde da criança, mas de todos à sua volta, alertam especialistas.
“O que estamos percebendo é que há um aumento, mesmo que pequeno, no número de pais que buscam
médicos que orientam a não vacinar a criança”, diz Eitan Berezin, presidente do Departamento Científico
Infeccioso da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Apesar de representarem ainda uma pequena
parcela da população brasileira, esses pais que optam por não imunizar os filhos para determinadas
doenças se concentram nas classes mais altas da sociedade, aquelas que, pelo menos na teoria, tiveram
e têm acesso a informação de boa qualidade. Entre os argumentos mais triviais para a recusa está o
medo de que a vacina traga problemas sérios de saúde, como o autismo, e a sensação de que é
desnecessário se prevenir contra doenças que têm ocorrência baixa.
“Os riscos de a criança desenvolver uma complicação séria em função da vacina são muito menores do
que os de ela contrair a doença. Não há nem comparação. E isso não é algo que eu acho ou acredito, é
um fato comprovado cientificamente”, diz o pediatra americano Paul Offit, um dos maiores especialistas
no assunto. Além de professor da Universidade da Filadélfia, é ex-membro do Centro para Controle e
Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês) e autor dos livros Deadly Choices: How the Anti-Vaccine
Movement Threatens Us All (Escolhas mortais: como o movimento anti-vacina ameaça a todos nós, sem
edição em português) e Autism’s False Prophets: Bad Science, Risky Medicine, and the Search for a
Cure (Falsos profetas do autismo: ciência ruim, medicina de risco e a procura pela cura, também sem
edição em português).
Abastados e desprotegidos — De acordo com um levantamento recente feito a pedido do Ministério da
Saúde, e publicado no periódico médico Vaccine, 82,6% das crianças brasileiras tomaram todas as
vacinas recomendadas até os 18 meses de idade. O estudo, que avaliou 17.295 crianças das 27 capitais,
descobriu, no entanto, um dado inusitado: nas classes mais ricas das capitais mais ricas a vacinação era
deficitária. Em São Paulo, por exemplo, 71% das crianças do estrato A (o mais rico) haviam recebido a
imunização completa — enquanto no estrato E (o mais pobre), a cobertura era de 81%. “Uma das razões
para essa discrepância é a ideia de que é exagero vacinar os filhos contra algumas doenças”, diz José
Cassio de Moraes, professor da Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, membro do Comitê
Técnico Assessor de Imunização do Ministério da Saúde e coordenador da pesquisa.
As vacinas que costumeiramente são mais descartadas são a de sarampo, difteria, hepatite B e da gripe.
“Desde a década de 1970 os casos dessas doenças são muito baixos. Esses pais nunca tiveram de lidar,
de temer essas doenças, então deixam de vacinar acreditando que o filho não corre riscos”, diz Edécio
16. Cunha Neto, diretor do Laboratório de Investigação Médica de Imunologia Clínica e Alergia da USP. Mas,
se para muitos a redução drástica nos casos dessas doenças é motivo para burlar o calendário básico de
vacinação, para outros, ela pode significar sérias complicações de saúde.
Imunidade coletiva — Há dentro dos programas de vacinação o que se costuma chamar de imunidade
de rebanho. A ideia é que quando você vacina, no mínimo, 95% das crianças de uma comunidade, todas
ficam protegidas. Nesses 5% restantes, explicam os especialistas, estariam aquelas que por algum
motivo não podem tomar vacina. No grupo estão, segundo Renato Kfouri, presidente da Sociedade
Brasileira de Imunizações (Sbim), crianças com câncer, aids, com insuficiência renal ou com outras
doenças crônicas que comprometem o sistema imunológico. “Elas se protegem quando há a garantia de
que as outras crianças não vão transmitir a doença para ela. Vacinar o filho é mais do que uma ação
individual”, diz.
Quando uma criança é vacinada, formas amenizadas ou mortas de vírus ou de bactérias que causam
doenças são injetadas dentro do corpo. O sistema imunológico reconhece esses organismos e
desenvolve anticorpos contra eles. Esses anticorpos ficam, então, armazenados dentro do batalhão de
células de defesa do corpo, para combater a doença em caso de uma exposição futura. Se a criança não
é vacinada, no entanto, ela obviamente se torna suscetível à doença — e pode se tornar um potencial
agente de transmissão e até mesmo iniciar um surto.
Vacinas demais? — É esse mecanismo usado para criar os anticorpos que preocupa algumas pessoas.
Há quem diga que os riscos de efeitos adversos não valham a pena, se a criança tem uma saúde plena.
“Não sou contra vacinar, mas acredito que existe hoje um exagero. Há vacinas demais”, afirma Liliane
Azambuja, pediatra homeopata e criadora da comunidade virtual Tem Vacina D+. De acordo com a
médica, as chamadas doenças da infância, como o sarampo, ajudam a fortalecer o sistema imunológico
da criança saudável. “Cerca de 90% das crianças que chegam ao meu consultório têm algum tipo de
alergia. Elas são mais atópicas do que as crianças de décadas atrás. Claro que há outros fatores
envolvidos, mas a vacina tem um papel importante”, diz.
Para a pediatra, seria ideal ainda que o calendário fosse repensado e as vacinas fossem dadas em
períodos mais esparsos e tardios. A época de início da imunização mais adequada, seria, então, aos seis
meses de idade, quando o sistema imunológico do bebê já está mais amadurecido. “Uma enorme
quantidade de organismos inoculados é dado de uma vez a uma criança de meses. Acho isso muito
agressivo, além de acreditar que possa ajudar a desenvolver doenças autoimunes”, diz Liliane. É bom
lembrar que o sarampo é uma doença altamente contagiosa e, embora na maioria dos casos não coloque
em risco crianças saudáveis, pode ser fatal para pessoas com o sistema imunológico sem resistência.
Vizinhança de risco — Felizmente, o movimento antivacinação ainda engatinha no Brasil. Em países da
Europa e nos Estados Unidos, no entanto, ele vem causando surtos que preocupam as autoridades de
saúde. Grupos antivacinação sempre existiram, mas em 1998 ganharam o reforço que sempre
esperaram. Um estudo publicado em um dos principais periódicos médicos do mundo, o britânico Lancet,
de autoria do médico Andrew Wakefield, alegava que 12 crianças que eram normais até receberem a
vacina tríplice viral se tornaram autistas depois de desenvolverem inflamações intestinais. O estrago
provocado foi grande. Após a divulgação da pesquisa, muitos pais optaram por deixar de vacinar os filhos
contra as doenças infantis. Como resultado, houve um aumento dos casos de sarampo na Europa e nos
Estados Unidos, onde a ideia de que vacinas fazem mal também prosperou. Em 2008, tanto o País de
Gales quanto a Inglaterra registraram epidemias de rubéola.
O estudo, porém, era uma fraude. O jornalista Brian Deer desmascarou Wakefield, no British Medical
Journal, ao provar que cinco das 12 crianças já tinham problemas de desenvolvimento, fato encoberto
pelo médico. Várias pesquisas e investigações (britânica, canadense e americana) foram feitas depois do
controvertido estudo, que só levou em conta a pequena amostragem de 12 crianças, e não encontraram
relação entre o aparecimento do autismo e a vacina tríplice.
Wakefield perdeu a licença médica, mas continua com certo prestígio nos Estados Unidos, onde vive e
ainda defende a ideia de que vacinas podem causar autismo. Influenciada por Wakefield, uma
celebridade de miolo mole chamada Jenny McCarthy, cujas grandes credenciais científicas incluem ser
17. ex-namorada de Jim Carrey e ex-coelhinha da Playboy, atribui o autismo de seu filho às vacinas e vai
frequentemente à TV convencer os pais a não vacinarem seus filhos. O resultado da nefasta dupla ainda
pode ser sentido em dois continentes. De acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controle de
Doenças, em 2011 foram registrados 30.567 casos de sarampo em 29 países da Europa. Em 2009, foram
7.175. Nos Estados Unidos, o estado de Indiana registrou 14 casos de sarampo, em fevereiro, depois que
duas pessoas contaminadas foram assistir aos jogos do Super Bowl. Dos contaminados, 13 não haviam
sido imunizados.
No Brasil, surtos do gênero ainda são pequenos. No estado de São Paulo, foram registrados, em 2011,
26 casos de sarampo. Desses, 60% ocorreram em pessoas não vacinadas — sete em crianças menores
de um ano, cinco em indivíduos não vacinados por opção e quatro casos sem vacina documentada. Já na
capital paulista foram 13 casos, com 10 ocorrendo em função da falta de vacina. O surto teve início em
uma creche no bairro do Butantã, em seis bebês menores de um ano (idade indicada para a primeira
dose), passando para quatro crianças com idades entre cinco e 10 anos (que não haviam sido
imunizadas). “Esses surtos costumam acontecer em bolsões pequenos, porque essas crianças não
vacinadas frequentam as mesmas escolas. Mas há sempre o risco, porque o vírus continua em
circulação”, diz Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Dentro da lei — A garantia da vacinação está, no entanto, institucionalizada no Estatuto da Criança e do
Adolescente (ECA). Consta no artigo quarto que é dever da família assegurar a efetivação dos direitos à
saúde. Não há, no entanto, nenhuma fiscalização que obrigue os pais a vacinar corretamente os filhos.
Mas, de acordo com Ricardo Cabezón, presidente da Comissão de Estudos do ECA da Ordem dos
Advogados de São Paulo, cabe aos pais gerenciar esses direitos, e não dispor deles. “Se a criança vier a
adoecer em função de uma falha na vacinação, isso pode levar à perda do poder familiar. Os pais podem
responder por crime de abandono, omissão dolosa ou culposa”, diz.
Para o advogado, há uma diferença entre a escolha pessoal entre diversos tratamentos (que podem ser
guiados pelas crenças e filosofias dos pais) e a recusa dos mesmos. “Só se pode tomar uma decisão
como essa quando há embasamento científico que o fundamente. Não vai vacinar porque tem medo de
alguma complicação? Então, tenha todas as provas científicas emitidas por autoridades médicas”, diz. Do
contrário, garante Cabezón, os pais correm o risco até mesmo de perder a guarda da criança. “Há uma
série de medidas que um juiz pode tomar para garantir o direito da criança à saúde.”