Este estudo analisou a relação entre a percepção de estudantes sobre a cidadania de seus professores e indicadores de desempenho como rendimento escolar e criatividade. A amostra incluiu 246 estudantes de 7o, 9o e 11o ano de escolas de Lisboa. Os resultados mostraram diferenças significativas na percepção de cidadania docente de acordo com os indicadores de desempenho.
Este documento discute como as políticas públicas de avaliação externa, como o SARESP, impactam o processo de desenvolvimento curricular nas escolas. O objetivo é analisar como as escolas lidam com os resultados da avaliação externa e como isso afeta a prática pedagógica. A metodologia inclui entrevistas e questionários com professores de duas escolas públicas em São Paulo para investigar como as ações decorrentes da avaliação são refletidas na prática.
1) Pesquisa mostra que a maioria dos estados brasileiros adota avaliações docentes baseadas em bônus por resultados dos alunos;
2) Isso leva a uma abordagem de "responsabilização" que pode afetar políticas educacionais, carreiras e práticas em sala de aula;
3) A ênfase excessiva nessas avaliações pode limitar o currículo e tratar professores e alunos como "insumos", em vez de sujeitos ativos.
Este estudo analisa registros de ocorrências de livros de escolas públicas no leste de Minas Gerais para verificar sua utilidade no encaminhamento de atos de indisciplina. Os registros são marcados por linguagem policial e raramente fornecem detalhes ou perspectivas múltiplas dos incidentes. O estudo sugere que os registros são pontuais e isolados, sem acompanhamento educativo contínuo, contrariando princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Este documento discute o conceito de qualidade da educação considerando suas múltiplas dimensões e significados. Aponta que a qualidade da educação envolve fatores internos e externos à escola e depende de contextos históricos, políticos e sociais. Também ressalta desafios para a garantia de uma educação de qualidade para todos no Brasil.
O documento discute a avaliação mediadora versus a avaliação tradicional classificatória. A autora argumenta que a avaliação deve considerar o aluno em sua integralidade, incluindo sua realidade social, ao invés de apenas notas. Uma escola de qualidade deve promover o desenvolvimento máximo de cada estudante, não a memorização e obediência. A avaliação mediadora investiga o processo de aprendizagem, não apenas o produto final.
Avaliação de sistema escolar e de escolaUESPI - PI
O documento discute os conceitos e objetivos da avaliação de sistemas escolares e escolas. A avaliação visa emitir um juízo valorativo sobre um fenômeno educacional com base na coleta de dados para verificar se os objetivos estão sendo atingidos. Ela pode ser feita para diagnosticar o sistema educacional de um país ou região e reorientar políticas.
Educação Ambiental, avaliação e aprendizagemWagner da Luz
A apresentação é uma síntese sobre conceitos em torno da avaliação educacional, educação ambiental e os resultados de duas pesquisas em torno destes assuntos.
Por fim, propõe-se uma perspectiva que envolva as pessoas em uma reflexão sobre a própria prática em que estão inseridas.
Apresentamos alguns indicadores e parâmetros para avaliação em educação ambiental.
Este documento discute as visões de mundo mecanicista e sistêmica e suas implicações na educação. A abordagem mecanicista trata os alunos e pesquisas de forma isolada e quantitativa, enquanto a abordagem sistêmica enfatiza o contexto dos alunos e pesquisas qualitativas. Embora o modelo mecanicista ainda influencie a escola, um currículo funcional e sistêmico melhor atenderia as necessidades dos alunos.
Este documento discute como as políticas públicas de avaliação externa, como o SARESP, impactam o processo de desenvolvimento curricular nas escolas. O objetivo é analisar como as escolas lidam com os resultados da avaliação externa e como isso afeta a prática pedagógica. A metodologia inclui entrevistas e questionários com professores de duas escolas públicas em São Paulo para investigar como as ações decorrentes da avaliação são refletidas na prática.
1) Pesquisa mostra que a maioria dos estados brasileiros adota avaliações docentes baseadas em bônus por resultados dos alunos;
2) Isso leva a uma abordagem de "responsabilização" que pode afetar políticas educacionais, carreiras e práticas em sala de aula;
3) A ênfase excessiva nessas avaliações pode limitar o currículo e tratar professores e alunos como "insumos", em vez de sujeitos ativos.
Este estudo analisa registros de ocorrências de livros de escolas públicas no leste de Minas Gerais para verificar sua utilidade no encaminhamento de atos de indisciplina. Os registros são marcados por linguagem policial e raramente fornecem detalhes ou perspectivas múltiplas dos incidentes. O estudo sugere que os registros são pontuais e isolados, sem acompanhamento educativo contínuo, contrariando princípios do Estatuto da Criança e do Adolescente.
Este documento discute o conceito de qualidade da educação considerando suas múltiplas dimensões e significados. Aponta que a qualidade da educação envolve fatores internos e externos à escola e depende de contextos históricos, políticos e sociais. Também ressalta desafios para a garantia de uma educação de qualidade para todos no Brasil.
O documento discute a avaliação mediadora versus a avaliação tradicional classificatória. A autora argumenta que a avaliação deve considerar o aluno em sua integralidade, incluindo sua realidade social, ao invés de apenas notas. Uma escola de qualidade deve promover o desenvolvimento máximo de cada estudante, não a memorização e obediência. A avaliação mediadora investiga o processo de aprendizagem, não apenas o produto final.
Avaliação de sistema escolar e de escolaUESPI - PI
O documento discute os conceitos e objetivos da avaliação de sistemas escolares e escolas. A avaliação visa emitir um juízo valorativo sobre um fenômeno educacional com base na coleta de dados para verificar se os objetivos estão sendo atingidos. Ela pode ser feita para diagnosticar o sistema educacional de um país ou região e reorientar políticas.
Educação Ambiental, avaliação e aprendizagemWagner da Luz
A apresentação é uma síntese sobre conceitos em torno da avaliação educacional, educação ambiental e os resultados de duas pesquisas em torno destes assuntos.
Por fim, propõe-se uma perspectiva que envolva as pessoas em uma reflexão sobre a própria prática em que estão inseridas.
Apresentamos alguns indicadores e parâmetros para avaliação em educação ambiental.
Este documento discute as visões de mundo mecanicista e sistêmica e suas implicações na educação. A abordagem mecanicista trata os alunos e pesquisas de forma isolada e quantitativa, enquanto a abordagem sistêmica enfatiza o contexto dos alunos e pesquisas qualitativas. Embora o modelo mecanicista ainda influencie a escola, um currículo funcional e sistêmico melhor atenderia as necessidades dos alunos.
ESTUDO SOBRE O TRABALHO E SOCIALIZAÇÃO DOCENTE DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍS...ProfessorPrincipiante
1) O documento descreve uma pesquisa etnográfica sobre a socialização profissional de professores de educação física no início de carreira.
2) A pesquisa foi realizada em uma escola de educação infantil e teve como foco entender as relações entre a cultura escolar e uma professora inicante.
3) A metodologia incluiu observação, entrevista e análise de dados qualitativa para compreender a experiência da professora no contexto escolar.
Este documento apresenta o projeto de pesquisa de uma monografia sobre a transmissão familiar da leitura e escrita em uma família de classe média. A pesquisa será realizada através de um estudo de caso de uma família com dois filhos que tiveram sucesso escolar. O documento descreve a justificativa, os objetivos, a metodologia e o cronograma da pesquisa, além de apresentar referências teóricas sobre a influência da família no sucesso escolar.
Este documento analisa as percepções e representações de 20 alunos com dificuldades de aprendizagem sobre si mesmos e sobre os julgamentos de seus professores. Os resultados indicam que a maioria dos alunos acredita que os professores os veem como ruins e têm baixas expectativas sobre seu desempenho. Isso afeta negativamente como eles se veem, considerando-se também ruins. A pesquisa sugere que as relações entre alunos e professores e as representações mútuas são importantes para o processo de aprendizagem.
A influência da conduta dos funcionários da escolaNRTE
Este documento apresenta um estudo sobre a influência da conduta dos funcionários escolares no comportamento dos alunos. A pesquisa exploratória aplicou questionários com alunos e concluiu que os alunos preferem interagir com adultos calmos e atenciosos, ao contrário do tratamento rígido recebido na escola. A formação de valores morais na criança é influenciada pelas relações afetivas no ambiente escolar.
Este documento discute os desafios da avaliação no contexto educacional contemporâneo. Primeiro, aborda a importância histórica da avaliação e como sua função mudou ao longo do tempo, de um enfoque mais pedagógico para um mais de controle. Também examina a cultura da avaliação nas escolas e como é vista por diferentes atores. Finalmente, discute como a sociedade contemporânea trouxe novos desafios para a educação e avaliação acompanharem as transformações sociais.
1) O documento discute três temas relacionados à qualidade do ensino: progressão continuada, supervisão escolar e avaliação externa.
2) A progressão continuada visa eliminar a reprovação escolar e organizar o ensino em ciclos que levem em conta o desenvolvimento das crianças. No entanto, algumas experiências mantiveram a lógica da reprovação.
3) A supervisão escolar deve apoiar a coordenação pedagógica e o aperfeiçoamento dos professores, em vez de se limitar a aspectos
O processo que forma uma grande massa de conexões sinápticas durante a infância apresenta seu ápice durante os 8 a 10 anos de idade, quando começa a se estabelecer o período da pré-adolescência, este momento já nos alerta de que transformações dramáticas no corpo e no cérebro irão acontecer.
Avaliar para promover as setas do caminho Jussara Hoffman Ivanylde Santos
O documento discute a importância da avaliação ser direcionada à promoção da aprendizagem dos estudantes, em vez de classificá-los. Defende que a avaliação deve ter como objetivo observar os alunos para melhorar continuamente as estratégias pedagógicas e favorecer sua evolução, em vez de apenas explicar resultados passados. Também argumenta que os regimes não-seriados, com progressão contínua respeitando os ritmos individuais, podem ser uma alternativa à problemática do regime seriado tradicional.
Este documento analisa a produção científica nacional sobre moradias estudantis universitárias no Brasil entre 2000-2009. Foram encontrados 23 estudos que abordaram diferentes temas: 1) o estudante morador, examinando aspectos como saúde, socialização e privacidade; 2) a moradia estudantil, analisando estrutura e serviços; e 3) a assistência estudantil, avaliando programas de apoio. Apesar da ampla pesquisa estrangeira, a produção nacional sobre o tema ainda é escassa e raramente enfatiza
O documento discute três modelos teóricos de avaliação educacional (positivista, subjetivo-interpretativo e crítico) e suas implicações na prática avaliativa dos professores. A orientação positivista valoriza dados quantitativos e tem como objetivo classificar e selecionar alunos. Já as abordagens qualitativas e críticas visam compreender o processo de aprendizagem e fornecer feedback para melhoria.
A avaliação da_escola_pública_-_entre_qualidade_do_mercado_e_a_qualidade_soci...VIRGÍLIO ALBERTO S. PINTO
Este documento discute a avaliação da educação pública brasileira e o conceito de qualidade da educação no contexto da reforma educacional influenciada pelo neoliberalismo. A avaliação da escola pública passou a considerar indicadores de desempenho dos alunos e professores influenciados por conceitos econômicos de eficiência e eficácia. Questiona-se que tipo de qualidade educacional interessa aos organismos internacionais e se atende às necessidades dos alunos e professores das escolas públicas.
Este documento discute a relação entre políticas públicas de reforma educacional e a gestão do cotidiano escolar. Apresenta como as políticas educacionais influenciam e são influenciadas pelo cotidiano escolar. Também descreve os desafios enfrentados pelos gestores escolares na implementação de reformas, como lidar com resistências e garantir a participação de todos os envolvidos.
Partindo do pressuposto de que os professores na fase inicial da carreira docente
são sujeitos mobilizadores de questionamentos e reflexões, tanto de sua formação
inicial quanto da realidade encontrada em suas práticas cotidianas, desenvolvemos
uma análise de suas primeiras experiências em sala de aula e na escola. Essa
investigação teve como objetivo compreender a prática dos professores dos dois
primeiros ciclos do ensino fundamental, iniciantes na carreira docente, a partir de
sua inserção na escola. Buscamos identificar o papel da organização escolar, as
necessidades dos professores e a reflexão que fazem sobre a formação inicial.
Realizamos estudo de caso de quatro professoras iniciantes, em três escolas da
rede municipal do Recife, com base em observações realizadas em sala de aula e
nas escolas, seguidas de entrevistas. Os dados evidenciaram que apesar de as
escolas exercerem um papel central na inserção do professor no mundo do trabalho
docente, não têm clareza de sua importância e não vêm desenvolvendo ações no
sentido de provocar reflexões sobre as práticas pedagógicas cotidianas de seus
membros. Nesse estudo, evidenciamos, também, que as primeiras experiências das
professoras são marcadas pelas práticas cotidianas que se desenvolvem no
contexto da escola onde trabalham e, portanto, são vividas de formas tão
diferenciadas quanto os espaços onde se situam. Em relação às reflexões que essas
professoras fazem sobre a formação inicial, fica evidente a necessidade de se
criarem mecanismos que promovam a aproximação dos futuros docentes com as
práticas cotidianas vividas pelos professores em seu contexto escolar.
Este documento apresenta um projeto de pesquisa sobre a relação entre família e escola na orientação da sexualidade. O projeto visa compreender esta relação em uma escola municipal em Cotia e identificar as dificuldades dos educadores em abordar o tema sexualidade. Serão realizadas entrevistas e observações para coletar dados e espera-se que os resultados contribuam para a reflexão de famílias e escola sobre educação sexual.
Este documento resume uma pesquisa sobre as especificidades da Educação de Jovens e Adultos (EJA) presentes em quatro propostas de EJA no Brasil. As principais especificidades identificadas foram: 1) o legado da educação popular nas propostas curriculares; 2) a diversidade dos sujeitos envolvidos; 3) o desenvolvimento de recursos didáticos criativos; 4) a formação de educadores voltada para jovens e adultos. A análise mostrou que essas especificidades influenciam positivamente a formação dos educadores n
O documento descreve a organização e gestão das escolas brasileiras. Apresenta as principais concepções de organização escolar, a estrutura organizacional típica de uma escola e os elementos constitutivos do processo organizacional, como o conselho escolar, a direção e os setores técnico-administrativo e pedagógico.
Projeto Integrado de Aprendizagem, trata de um projeto executado com Adolescentes.
Na Escola 16 de junho, com alunos do 9] ano, na cidade de Colorado.
Objetivo principal foi socializar as diferenças entre gerações e aspectos culturais entre outros.
Realizado em 2008 no decorrer do ano letivo.
Este documento defende um sistema educativo mais flexível e aberto que promova a criatividade e o pensamento crítico nas crianças para formar cidadãos participativos e enriquecer a sociedade.
O documento discute a criatividade na escola e como desenvolver o potencial criativo dos alunos. Define criatividade como a criação de algo novo e discute abordagens ambientalista, inatista e metafísica. Também apresenta ações para romper limites como incentivar o pensamento crítico, explicar riscos de ser criativo e ensinar a importância de saber o que se desconhece.
Este documento descreve o programa de controle da tuberculose no Estado do Rio de Janeiro, incluindo informações sobre a vacina BCG, prevenção, reconstituição da vacina, evolução normal da lesão vacinal e condutas para complicações.
O documento discute conceitos básicos sobre imunização, incluindo tipos de agentes imunizantes, composição de vacinas, contraindicações, vias de administração e calendários vacinais.
Aula 10 O adolescente na escola, na família e na sociedadeAna Filadelfi
Este documento discute o adolescente na escola, família e sociedade. Aborda como a escola oferece oportunidades para o desenvolvimento do adolescente, mas também os riscos da evasão escolar. Explora também a importância da família e amigos no desenvolvimento da identidade do adolescente e os riscos da delinquência na sociedade.
ESTUDO SOBRE O TRABALHO E SOCIALIZAÇÃO DOCENTE DE PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍS...ProfessorPrincipiante
1) O documento descreve uma pesquisa etnográfica sobre a socialização profissional de professores de educação física no início de carreira.
2) A pesquisa foi realizada em uma escola de educação infantil e teve como foco entender as relações entre a cultura escolar e uma professora inicante.
3) A metodologia incluiu observação, entrevista e análise de dados qualitativa para compreender a experiência da professora no contexto escolar.
Este documento apresenta o projeto de pesquisa de uma monografia sobre a transmissão familiar da leitura e escrita em uma família de classe média. A pesquisa será realizada através de um estudo de caso de uma família com dois filhos que tiveram sucesso escolar. O documento descreve a justificativa, os objetivos, a metodologia e o cronograma da pesquisa, além de apresentar referências teóricas sobre a influência da família no sucesso escolar.
Este documento analisa as percepções e representações de 20 alunos com dificuldades de aprendizagem sobre si mesmos e sobre os julgamentos de seus professores. Os resultados indicam que a maioria dos alunos acredita que os professores os veem como ruins e têm baixas expectativas sobre seu desempenho. Isso afeta negativamente como eles se veem, considerando-se também ruins. A pesquisa sugere que as relações entre alunos e professores e as representações mútuas são importantes para o processo de aprendizagem.
A influência da conduta dos funcionários da escolaNRTE
Este documento apresenta um estudo sobre a influência da conduta dos funcionários escolares no comportamento dos alunos. A pesquisa exploratória aplicou questionários com alunos e concluiu que os alunos preferem interagir com adultos calmos e atenciosos, ao contrário do tratamento rígido recebido na escola. A formação de valores morais na criança é influenciada pelas relações afetivas no ambiente escolar.
Este documento discute os desafios da avaliação no contexto educacional contemporâneo. Primeiro, aborda a importância histórica da avaliação e como sua função mudou ao longo do tempo, de um enfoque mais pedagógico para um mais de controle. Também examina a cultura da avaliação nas escolas e como é vista por diferentes atores. Finalmente, discute como a sociedade contemporânea trouxe novos desafios para a educação e avaliação acompanharem as transformações sociais.
1) O documento discute três temas relacionados à qualidade do ensino: progressão continuada, supervisão escolar e avaliação externa.
2) A progressão continuada visa eliminar a reprovação escolar e organizar o ensino em ciclos que levem em conta o desenvolvimento das crianças. No entanto, algumas experiências mantiveram a lógica da reprovação.
3) A supervisão escolar deve apoiar a coordenação pedagógica e o aperfeiçoamento dos professores, em vez de se limitar a aspectos
O processo que forma uma grande massa de conexões sinápticas durante a infância apresenta seu ápice durante os 8 a 10 anos de idade, quando começa a se estabelecer o período da pré-adolescência, este momento já nos alerta de que transformações dramáticas no corpo e no cérebro irão acontecer.
Avaliar para promover as setas do caminho Jussara Hoffman Ivanylde Santos
O documento discute a importância da avaliação ser direcionada à promoção da aprendizagem dos estudantes, em vez de classificá-los. Defende que a avaliação deve ter como objetivo observar os alunos para melhorar continuamente as estratégias pedagógicas e favorecer sua evolução, em vez de apenas explicar resultados passados. Também argumenta que os regimes não-seriados, com progressão contínua respeitando os ritmos individuais, podem ser uma alternativa à problemática do regime seriado tradicional.
Este documento analisa a produção científica nacional sobre moradias estudantis universitárias no Brasil entre 2000-2009. Foram encontrados 23 estudos que abordaram diferentes temas: 1) o estudante morador, examinando aspectos como saúde, socialização e privacidade; 2) a moradia estudantil, analisando estrutura e serviços; e 3) a assistência estudantil, avaliando programas de apoio. Apesar da ampla pesquisa estrangeira, a produção nacional sobre o tema ainda é escassa e raramente enfatiza
O documento discute três modelos teóricos de avaliação educacional (positivista, subjetivo-interpretativo e crítico) e suas implicações na prática avaliativa dos professores. A orientação positivista valoriza dados quantitativos e tem como objetivo classificar e selecionar alunos. Já as abordagens qualitativas e críticas visam compreender o processo de aprendizagem e fornecer feedback para melhoria.
A avaliação da_escola_pública_-_entre_qualidade_do_mercado_e_a_qualidade_soci...VIRGÍLIO ALBERTO S. PINTO
Este documento discute a avaliação da educação pública brasileira e o conceito de qualidade da educação no contexto da reforma educacional influenciada pelo neoliberalismo. A avaliação da escola pública passou a considerar indicadores de desempenho dos alunos e professores influenciados por conceitos econômicos de eficiência e eficácia. Questiona-se que tipo de qualidade educacional interessa aos organismos internacionais e se atende às necessidades dos alunos e professores das escolas públicas.
Este documento discute a relação entre políticas públicas de reforma educacional e a gestão do cotidiano escolar. Apresenta como as políticas educacionais influenciam e são influenciadas pelo cotidiano escolar. Também descreve os desafios enfrentados pelos gestores escolares na implementação de reformas, como lidar com resistências e garantir a participação de todos os envolvidos.
Partindo do pressuposto de que os professores na fase inicial da carreira docente
são sujeitos mobilizadores de questionamentos e reflexões, tanto de sua formação
inicial quanto da realidade encontrada em suas práticas cotidianas, desenvolvemos
uma análise de suas primeiras experiências em sala de aula e na escola. Essa
investigação teve como objetivo compreender a prática dos professores dos dois
primeiros ciclos do ensino fundamental, iniciantes na carreira docente, a partir de
sua inserção na escola. Buscamos identificar o papel da organização escolar, as
necessidades dos professores e a reflexão que fazem sobre a formação inicial.
Realizamos estudo de caso de quatro professoras iniciantes, em três escolas da
rede municipal do Recife, com base em observações realizadas em sala de aula e
nas escolas, seguidas de entrevistas. Os dados evidenciaram que apesar de as
escolas exercerem um papel central na inserção do professor no mundo do trabalho
docente, não têm clareza de sua importância e não vêm desenvolvendo ações no
sentido de provocar reflexões sobre as práticas pedagógicas cotidianas de seus
membros. Nesse estudo, evidenciamos, também, que as primeiras experiências das
professoras são marcadas pelas práticas cotidianas que se desenvolvem no
contexto da escola onde trabalham e, portanto, são vividas de formas tão
diferenciadas quanto os espaços onde se situam. Em relação às reflexões que essas
professoras fazem sobre a formação inicial, fica evidente a necessidade de se
criarem mecanismos que promovam a aproximação dos futuros docentes com as
práticas cotidianas vividas pelos professores em seu contexto escolar.
Este documento apresenta um projeto de pesquisa sobre a relação entre família e escola na orientação da sexualidade. O projeto visa compreender esta relação em uma escola municipal em Cotia e identificar as dificuldades dos educadores em abordar o tema sexualidade. Serão realizadas entrevistas e observações para coletar dados e espera-se que os resultados contribuam para a reflexão de famílias e escola sobre educação sexual.
Este documento resume uma pesquisa sobre as especificidades da Educação de Jovens e Adultos (EJA) presentes em quatro propostas de EJA no Brasil. As principais especificidades identificadas foram: 1) o legado da educação popular nas propostas curriculares; 2) a diversidade dos sujeitos envolvidos; 3) o desenvolvimento de recursos didáticos criativos; 4) a formação de educadores voltada para jovens e adultos. A análise mostrou que essas especificidades influenciam positivamente a formação dos educadores n
O documento descreve a organização e gestão das escolas brasileiras. Apresenta as principais concepções de organização escolar, a estrutura organizacional típica de uma escola e os elementos constitutivos do processo organizacional, como o conselho escolar, a direção e os setores técnico-administrativo e pedagógico.
Projeto Integrado de Aprendizagem, trata de um projeto executado com Adolescentes.
Na Escola 16 de junho, com alunos do 9] ano, na cidade de Colorado.
Objetivo principal foi socializar as diferenças entre gerações e aspectos culturais entre outros.
Realizado em 2008 no decorrer do ano letivo.
Este documento defende um sistema educativo mais flexível e aberto que promova a criatividade e o pensamento crítico nas crianças para formar cidadãos participativos e enriquecer a sociedade.
O documento discute a criatividade na escola e como desenvolver o potencial criativo dos alunos. Define criatividade como a criação de algo novo e discute abordagens ambientalista, inatista e metafísica. Também apresenta ações para romper limites como incentivar o pensamento crítico, explicar riscos de ser criativo e ensinar a importância de saber o que se desconhece.
Este documento descreve o programa de controle da tuberculose no Estado do Rio de Janeiro, incluindo informações sobre a vacina BCG, prevenção, reconstituição da vacina, evolução normal da lesão vacinal e condutas para complicações.
O documento discute conceitos básicos sobre imunização, incluindo tipos de agentes imunizantes, composição de vacinas, contraindicações, vias de administração e calendários vacinais.
Aula 10 O adolescente na escola, na família e na sociedadeAna Filadelfi
Este documento discute o adolescente na escola, família e sociedade. Aborda como a escola oferece oportunidades para o desenvolvimento do adolescente, mas também os riscos da evasão escolar. Explora também a importância da família e amigos no desenvolvimento da identidade do adolescente e os riscos da delinquência na sociedade.
O documento discute o papel da família e da escola na educação e desenvolvimento da criança. Ele destaca que a família é responsável por cuidados físicos e pelo desenvolvimento psicológico, emocional e cultural da criança, enquanto a escola também desempenha um papel importante na educação. O documento argumenta que família e escola devem trabalhar juntas como parceiras na educação da criança.
O documento discute diferentes tipos de vacinas, incluindo vacinas atenuadas, inativadas e outras. Detalha vários exemplos de vacinas atenuadas como a BCG e a vacina oral contra a poliomielite. Também descreve vacinas inativadas como a vacina contra poliomielite (Salk) e a vacina tríplice bacteriana contra difteria, tétano e coqueluche.
O documento discute a adolescência e sua relação com a família. Aponta que a adolescência marca a transição do indivíduo da dependência à família para a autonomia, requerendo mudanças nos papéis familiares. Destaca também que o diálogo entre pais e filhos é essencial nessa fase, para orientar os adolescentes em meio às rápidas transformações biopsicossociais que ocorrem.
Pesquisa qualitativa: Relação escola e famíliamarlova2012
O documento discute as ações que o coordenador pedagógico pode implementar para integrar a família no processo de aprendizagem dos estudantes. Ele analisa a percepção de professores, pais, alunos e do coordenador sobre o envolvimento da família e busca identificar como o coordenador pode articular a participação dos pais na escola.
O documento discute o papel da família e do adolescente na família. A família é vista como um laboratório moral para a evolução espiritual através de experiências que trabalham os sentimentos e as emoções. O adolescente deve compreender a situação familiar, mesmo em lares desajustados, e procurar ajudar os familiares.
Palestra EC46 - Limites em casa e na escolaAnaí Peña
O documento discute a importância dos limites na educação de crianças tanto em casa quanto na escola. Aponta que a falta de limites em casa pode gerar comportamentos indesejáveis e que limites ajudam no desenvolvimento da autonomia e responsabilidade das crianças. Também ressalta que a educação é um compromisso compartilhado entre a família e a escola.
Este documento discute a relação entre família e escola na educação infantil. Ele argumenta que família e escola compartilham o objetivo comum de educar as crianças e que uma abordagem colaborativa baseada na confiança e no conhecimento mútuo pode garantir o crescimento harmônico das crianças. O papel do professor é compreender os determinantes da ação familiar sem julgá-la e estabelecer critérios educativos comuns entre a escola e a família.
O documento resume as principais informações sobre vacinação no Brasil, incluindo o Programa Nacional de Imunização, vacinas incluídas no programa, contraindicações gerais à vacinação, e detalhes sobre as vacinas contra poliomielite e rotavírus.
A importância da parceria família e escola(chico mendes)Isabela Rodrigues
Slide apresentado na noite 30 de Setembro de 2011, durante a socialização do projeto Família e Escola, uma parceria que dá certo, na E.E.F. Francisco Mendes e Silva.
O documento define família como um grupo de pessoas relacionadas que vivem juntos, geralmente pais e filhos. Explora como a família influencia o desenvolvimento social e transmite valores. Também discute diferentes estruturas familiares modernas, incluindo famílias monoparentais, comunitárias e arco-íris.
O documento discute como construir uma família feliz através do diálogo, respeito e afeto entre os membros, enquanto evita brigas que surgem de opiniões diferentes, mágoas e egoísmos. Também enfatiza a importância da obediência aos pais e do perdão.
Tacca e Branco%2c 2008_Processos de significação relação professores-alunos.pdfThainJaine1
Este artigo analisa os processos de significação na relação entre professores e alunos à luz da perspectiva sociocultural construtivista. Ele discute como as interações sociais na sala de aula influenciam a construção do conhecimento e podem favorecer ou dificultar o processo de aprendizagem. O artigo também enfatiza a importância da unidade entre cognição e afeto nesse processo.
Da Natureza do Conceito de Avaliação Pedagógica de alunos do 1.º ciclo com Ne...Joaquim Colôa
Este documento discute a natureza do conceito de avaliação pedagógica de alunos do 1o ciclo com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Apresenta diferentes perspectivas teóricas sobre avaliação e discute os resultados de um estudo sobre como professores e outros profissionais percecionam e implementam a avaliação destes alunos. Conclui-se que atribuem-se significados diversos ao conceito de avaliação, variando entre abordagens classificativas e de medição versus abordagens que reconhecem a avalia
XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras". Evento realizado de 22 a 24 de novembro de 2013. Site do evento: http://seminarioefe.com
O documento discute a educação entre a cidadania e a liberdade de uma perspectiva filosófica. Aborda o histórico da educação no Brasil e como ela evoluiu para chegar no modelo atual. Também discute a importância da filosofia na educação e como ela pode ser usada para promover transformações sócio-educacionais.
Interação entre professora e alunos em salas de aula com proposta pedagógica ...Temas para TCC
Trabalho acadêmico relacionado a pedagogia e educação inclusiva. Você pode ver mais TCCs prontos a respeito de Inclusão escolar em https://temasparatcc.com/tcc-pronto-e-modelo-de-tcc/
GESTÃO E SUCESSO ESCOLAR: VISÃO DE DIRETORES VERSUS INDICADORESIasmin Marinho
O documento apresenta os resultados de um estudo realizado em escolas públicas brasileiras sobre a relação entre gestão e sucesso escolar. Inicialmente, seis escolas foram investigadas e observou-se descontinuidades nos indicadores de desempenho e uma gestão baseada mais no senso comum do que em evidências. Posteriormente, vinte escolas adicionais participaram, aplicando-se um questionário aos diretores sobre fatores associados ao sucesso. Percebeu-se visões heterogêneas dos diretores nem sempre alinhadas aos indicadores, sendo
1) O documento descreve um estudo que compara dimensões de estudantes, famílias e escolas em escolas secundárias portuguesas com melhores e piores resultados académicos.
2) O estudo encontrou que estudantes de escolas com melhores resultados tiveram indicadores mais positivos na maioria das dimensões avaliadas.
3) Os resultados têm implicações para os esforços de melhoria das escolas portuguesas, ao ajudar a desenhar estratégias para promover resultados académicos positivos.
Este documento resume um livro sobre prática educativa de Antoni Zabala. Ele discute vários tópicos como planejamento de aulas, tipos de conteúdo, interações na sala de aula e organização dos alunos. O documento argumenta que o livro fornece uma estrutura útil para analisar a prática educativa e como ela pode ser melhorada, especialmente na educação física.
CONTRIBUIÇÕES DA PESQUISA COLABORATIVA PARA A FORMAÇÃO E A PRÁTICA DE FUTUROS...ProfessorPrincipiante
Acreditamos que o professor, polivalente ou não, precisa ter ao longo da sua formação a oportunidade de constituir uma base de conhecimentos que lhe permita compreender a disciplina que vai ensinar, combinando esse conhecimento com o conhecimento do “modo de ensinar”. Além disso, necessita compreender o programa curricular, conhecer os diferentes materiais disponíveis para ensinar, fazer articulações horizontais e verticais do conteúdo a ser ensinado, bem como conhecer a história da evolução curricular desse conteúdo (Shulman, 1987).
Esta tese analisa as relações de subjetivação de alunos com necessidades especiais e seus professores no processo de inclusão escolar. A pesquisa observou três professoras e cinco alunos de uma escola particular durante um ano letivo. Os resultados demonstraram os desafios dos professores em oferecer atividades pedagógicas diferenciadas e considerar a complexidade do desenvolvimento dos alunos. Já os alunos enfrentaram a burocratização do ensino, o estereótipo do "aluno perfeito" e a dificuldade em considerar
Este documento descreve uma disciplina de Didática Aplicada ao Ensino Superior. A disciplina tem 4 créditos e 60 horas de carga horária, cobrindo tópicos como didática no ensino superior, projetos pedagógicos, novas tecnologias e avaliação. Os objetivos são analisar papéis de professores e alunos, refletir sobre ensino universitário e utilizar metodologias que desenvolvam pensamento crítico. A avaliação inclui leituras, participação e projetos individuais e em grupo.
Este documento discute um estudo de mestrado sobre os sentidos atribuídos à educação superior por estudantes de graduação de uma instituição privada brasileira. O estudo analisou os valores subjacentes a esses sentidos com base na psicologia histórico-cultural. Os resultados indicam que os alunos veem a formação acadêmica como prioritária apenas se proporcionar acesso a bens materiais, emprego e autoestima, revelando a prevalência de valores não morais.
1. O documento discute a importância da prática dos bibliotecários escolares ser informada por pesquisas e evidências. Apresenta resultados de pesquisas em grande e pequena escala que mostram como o trabalho dos bibliotecários pode melhorar os resultados de aprendizagem dos alunos.
2. Duas grandes áreas de pesquisa são identificadas: macro pesquisas que analisam a relação entre diversos aspectos da biblioteca e os resultados dos alunos, e micro pesquisas que examinam dinâmicas específicas de uso da informação. Ambas
Nadal 0 cultura escolar e conselho de classe gestão democrática do trabalho...Beatriz Nadal
O documento discute a cultura escolar em relação ao conselho de classe como instância de gestão do trabalho pedagógico em duas escolas públicas no Paraná. A pesquisa mostra que, apesar da política educacional configurar o conselho como momento democrático, a cultura escolar o vê como etapa burocrática. A institucionalização do conselho se deu nas reformas da década de 1970, mas pesquisas indicam que ele muitas vezes atua de modo contraditório aos interesses sociais.
Relação Família Escola_Monografia_Michele_Cristine_Costa_Fonseca_ UFMG_2011Michele Costa
O documento discute a relação entre família e escola e suas implicações no desempenho escolar dos alunos do ensino fundamental no Brasil a partir da década de 1990. Apresenta como as transformações sócio-econômicas impactaram essa relação e como novas dinâmicas familiares e mudanças na educação influenciam o desempenho dos alunos. Também analisa como programas de políticas públicas, como o Bolsa Família, e a participação das famílias na escola podem melhorar os resultados escolares.
Este documento discute a importância do orientador educacional no Brasil. Historicamente, a orientação educacional tem sido exercida pelo pedagogo, mas sem clareza sobre seu papel. O documento defende que o orientador educacional deve atuar em cinco áreas: apoiando o aluno, a escola, a família, a comunidade e a sociedade de forma crítica e emancipatória. Há necessidade de definir melhor o papel do orientador educacional em todas as escolas brasileiras.
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Cidadania em função da dotação (sobredotação versus infradotação)ao longo da adolescência
1. 1115
Cidadania em função da dotação (sobredotação versus infradotação),
ao longo da adolescência*
Feliciano H. Veiga
Fernando Garcia
Maria José Caldeira
Resumo. Este estudo teve como objectivo a análise da relação entre as representações dos
alunos acerca da cidadania dos professores e os seguintes indicadores de dotação:
rendimento escolar (excelente versus baixo), criatividade (“os teus professores consideram-
te um aluno criativo”; “consideras-te criativo”), facilidade de aprendizagem (“os teus
professores acham que tens facilidade de aprendizagem”) e gosto pelo trabalho difícil (“os
teus professores acham que sentes atracção pelo trabalho difícil”). A amostra foi constituída
por 246 sujeitos de diferentes anos de escolaridade (7º, 9º e 11º anos), de escolas da Grande
Lisboa, englobando sujeitos dos dois sexos. Como instrumento de avaliação, foi utilizada a
“Escala de representações dos alunos acerca da cidadania dos professores”, ERA-CIP,
que, para além de incluir as dimensões de um questionário de Rego e outros (1999, 2004),
— participação, orientação prática, conscienciosidade e cortesia — contém novas
dimensões, especificamente a interpessoalidade e a normatividade (gestão das normas),
apresenta uma variância total explicada de 58.64% e qualidades psicométricas manifestas
(Veiga et al., no prelo). A análise dos resultados permitiu observar, na generalidade das
situações, diferenças significativas nas dimensões da cidadania docente inferida pelos
alunos, em função da dotação. Observou-se, ainda, o efeito da interacção da variável ano de
escolaridade com indicadores da dotação. O estudo termina com a discussão dos resultados
e sua comparação com outras investigações, remetendo para a necessidade de novas
pesquisas, em função de variáveis pessoais e familiares.
Palavras-chave. Cidadania dos professores, Desempenho docente, Rendimento escolar,
Dotação, Adolescência.
Abstract. This study’s goal was to analyze the relationship between the students
representation of teachers citizenship and the following indicators of endowment: school
results (excellent versus low), creativity (“your teachers see you as a creative student”;
“you consider yourself creative”), learning ability (“your teachers thing that you learn
easily”) and taste for the hard work (“your teachers think you like hard work”). The sample
was constituted by 246 individuals of different grades (7º, 9º and 11º), from schools of
great Lisbon area, with individuals of both genders. As evaluation instrument, was used the
“Scale of students representations of teachers citizenship” that, besides including the
dimensions of one of Rego’s questionnaire and others (1999, 2004), — participation,
practical orientation, consciousness and politeness — has new dimensions, as the
interpersonalness and normativity (rules management), presents a total variance difference
of 58.64% and visible psychometric qualities (Veiga et al., in prelo). The results analyses
allowed to observe, in most situations, significant differences in teachers citizenship
inferred by the students, in function of endowment. It was also observed the effect of the
grade variable with indicators of endowment. The study ends with the results discussion
and its comparison with parallel investigations, remitting to the necessity of new
researches, relating to personal and familiar varieties.
Keywords. Teachers’ citizenship, Teaching performance, School achievement,
Endowment, Adolescence.
* Veiga, F. H., García, F., & Caldeira, M. J. (2005). Cidadania em função da dotação (Sobredotação
versus infradotação), ao longo da adolescência. Sobredotação, Vol.6, pp. 293-310.
2. 1116
Este artigo dá conta dos resultados de um estudo empírico acerca da relação entre
a cidadania dos professores inferida pelos alunos e a dotação (sobredotação versus
infradotação) destes últimos sujeitos, em indicadores como o rendimento escolar e a
criatividade. A literatura acerca da relação entre as referidas variáveis apresenta-se,
ainda, algo escassa. A importância do estudo da cidadania dos professores inferida pelos
alunos com diferentes graus de dotação assenta em vários pilares, com destaque para a
consideração da cidadania inferida como núcleo de valorização dos professores
enquanto referências do desenvolvimento e das aprendizagens dos alunos. Depois da
apresentação de elementos relativos à literatura, quer da cidadania quer da dotação,
apresenta-se a metodologia e os resultados obtidos.
Cidadania
Se os comportamentos de cidadania organizacional têm sido bastante investigados
(Organ, 1997; Mackenzie, Podsakoff & Ahearne, 1998; Netemeyer et al., 1997), e
embora o estudo do impacto que o comportamento dos professores tem sobre o
desempenho escolar dos seus alunos tenha sido objecto de estudos vários (Almeida,
1995; Morais, 2001; Rego, 2004; Veiga, 2001), é notória a falta de estudos acerca da
cidadania docente (Skarlicki & Latham, 1995; Rego, 2004). Os comportamentos de
cidadania organizacional aparecem caracterizados por contribuírem para a eficácia da
organização, não estarem relacionados (ou apresentarem maior probabilidade de não
estarem) com obrigações formais e, ainda, por terem uma baixa probabilidade de serem
formalmente recompensados (Organ, 1997; Rego, 2004). Partindo de contextos
organizacionais, os comportamentos de cidadania docente aparecem entendidos
(Borman & Motowidlo, 1997; Rego, 2004) como acções que contribuem para modelar o
ambiente organizacional, social e psicológico em que as tarefas formais dos sujeitos se
desenvolvem, concorrendo para a eficácia das escolas (Podsakoff & Mackenzie, 1997)
e, assim, para o sucesso dos estudantes.
Num estudo com estudantes universitários acerca da relação entre cidadania
docente e as notas dos respectivos alunos (Rego, 2004), foram encontradas correlações
significativas (p<0.001), respectivamente, as seguintes: 0.64, no comportamento
empático; 0.47, na conscienciosidade pedagógica; e 0.73, na cortesia. Acontece, porém,
que, como o autor do estudo admite, tais correlações podem estar inflacionadas, pelo
facto de os estudantes inquiridos terem descrito o comportamento de cidadania (variável
independente) ao mesmo tempo que conheceram a nota que tiveram na disciplina
leccionada pelo docente classificado (variável dependente), admitindo a hipótese de os
estudantes terem procedido às descrições comportamentais dos seus professores sob a
influência da classificação que estes lhes atribuíram.
Tal suposição foi confirmada num estudo (Rego, 2004) em que foi pedido aos
estudantes (N = 142), pertencentes a 24 cursos, que avaliassem, anonimamente, um
professor à sua escolha, respondendo ao questionário de cidadania, já na fase final do 1º
semestre e, portanto, antes do conhecimento da classificação obtida na disciplina do
professor classificado. A suposição foi a de que a “longitudinalidade” (entendida como
a separação de dois meses entre a cidadania classificada pelos alunos e o conhecimento
da nota destes na disciplina) poderia fazer baixar as correlações entre a cidadania
atribuída e a nota obtida pelos alunos. Os resultados encontrados foram os seguintes:
0.18 (p<0.5), para o comportamento participativo; 0.18 (p<0.5), para a orientação
prática; -0.05, para a conscienciosidade pedagógica; e 0.35 (p<0.001), para a cortesia.
Este estudo permitiu observar que apenas uma das dimensões da cidadania docente
3. 1117
apresentou potencial explicativo para a nota obtida pelo estudante, a dimensão
denominada cortesia, com uma variância total explicada de 15%.
Atendendo aos dois anteriores estudos — em que o objectivo foi analisar como é
que as dimensões da cidadania docente universitária se relacionavam com o
desempenho escolar dos estudantes —, podemos admitir que, à medida que for
aumentando o intervalo de tempo entre a cidadania inferida e a nota atribuída aos
alunos, vai também aumentando a independência entre estas variáveis, deixando de
aparecer significativamente associadas. Esta suposição foi tomada como uma das bases
do estudo aqui apresentado, envolvendo a cidadania e a dotação.
Dotação
No presente estudo, foram considerados os seguintes indicadores de dotação:
rendimento escolar, criatividade, facilidade de aprendizagem e gosto do aluno pelo
trabalho difícil. Elementos de estudos empíricos acerca da relação entre o rendimento
escolar dos alunos universitários e a cidadania dos professores, inferida pelos
estudantes, já anteriormente foram apresentados, tendo-se observado escassez de
estudos e falta de consistência entre os resultados encontrados (Rego, 2004). No
entanto, os estudos acerca da criatividade em contexto escolar, bem como da sua
consideração como elemento de sobredotação, adquirem já relevância (Alencar, 1996;
Almeida & Tavares, 1998; Morais, 2001; Oliveira & Serra, no prelo).
Num estudo em Portugal (Morais, 2001), são sistematizadas definições e
interdependências da criatividade, bem como a dimensão cognitiva e o contexto de
avaliação da criatividade, contrapondo uma avaliação tradicional e uma avaliação de
produtos criativos. Nesta mesma investigação, aparece o estudo da relação entre
variáveis cognitivas e diferentes desempenhos criativos (construção de textos e de
cartazes), em alunos universitários. O estudo identificou um número restrito de
preditores do desempenho criativo e um conjunto de variáveis diferenciadores de
realizações criativas e não criativas. A avaliação do pensamento criativo não é pacífica
até porque, segundo Pereira (1998, 273), “procuram-se meios estandardizados de
avaliação para um comportamento que, na sua essência, foge a padrões normativos”,
além de que a multidimensionalidade da criatividade contribui para a dificuldade de
uma definição (Morais, 2001). No meio da subjectividade e da controvérsia da
avaliação, tem sido desenvolvida uma “perspectiva que afirma a criatividade do produto
na medida em que observadores qualificados (familiarizados com o domínio) o avaliam
consensualmente” (Morais, 2001, p. 207), num destaque da denominada “avaliação
consensual de produtos criativos” radicada em investigações realizadas por Amabile
(1996).
Para além da criatividade, também a inteligência tem sido frequentemente tomada
no âmbito da sobredotação (Almeida, 1994; 1995; Monks & Van Boxtel, 1985; Pereira,
1998). A consideração do rendimento escolar aparece, porém, como um dos indicadores
de dotação, frequentemente utilizados, dada a sua mais fácil operacionalização. Num
recente estudo envolvendo o autoconceito e o rendimento (alto versus baixo) em
matemática e em ciências (Veiga et al., 2003), a análise dos resultados revelou, na
globalidade das dimensões do autoconceito, diferenças significativas com superiores
níveis de autoconceito nos alunos com alto rendimento; no entanto, os alunos de baixo
rendimento académico apresentaram um autoconceito superior aos dos alunos de alto
rendimento, na dimensão “aparência física”; a dimensão “popularidade” não apresentou
diferenciação significativa. Num estudo longitudinal (Mulcahy et al., 1991), foram
4. 1118
avaliados 660 alunos, sobredotados, não sobredotados e com dificuldades de
aprendizagem, do 4.º e do 7.º anos de escolaridade, ao longo de dois anos, através de
medições da competência percebida na habilidade cognitiva e do autoconceito.
Verificou-se que, em geral, a competência avaliada e o autoconceito eram mais altos
nos alunos sobredotados, e que se mantiveram estáveis para todos os grupos em estudo,
durante o período em que este decorreu.
Os resultados obtidos num estudo de Garzarelli et al. (1993), com alunos do 7º e
do 8º anos de escolaridade, indicaram que, embora o autoconceito e o desempenho
académico se encontrem relacionados em alunos sobredotados (N = 33), não existe
relação entre estas duas variáveis nos alunos academicamente fracos (N = 33). Num
outro estudo (Veiga, 1996), os resultados no autoconceito foram correlacionados com as
notas em Ciências e Matemática, considerando os sujeitos por grupos com diferentes
contextos de vida (NSE, zona geográfica, sexo e idade); foram ainda analisados em
função do número de reprovações, considerando os sujeitos repartidos por anos de
escolaridade (7º, 8º e 9º anos). A diferenciação da pressão cultural para o sucesso
académico justificou a análise dos resultados por grupos de pertença variados. Os
resultados indicam que as variáveis autoconceito e realização escolar aparecem em
geral associadas, sugerem uma reconceptualização do modelo explicativo proposto por
Skaalvic (1983), e valorizam a promoção de dimensões específicas do autoconceito dos
jovens, sobretudo dos inseridos em subgrupos com menor estimulação cultural para o
sucesso escolar.
Antes de passarmos à apresentação da metodologia, acrescente-se que a
consideração de grupos extremos de rendimento escolar como indicadores de dotação
aparece com uma justificação reforçada, sobretudo se atendermos aos baixos resultados
nacionais obtidos nas diferentes disciplinas. No que respeita à matemática, no ano de
2003, a nota média na primeira chamada do 12º ano foi de 9,3 valores. Na segunda chamada, a
média foi 7,4 valores, considerando apenas as classificações dos alunos internos. Quanto às
ciências, especificamente a física, esta foi a disciplina que piores resultados apresentou, das
18 disciplinas em que houve exames. Considerando o universo dos alunos internos, na primeira
fase a nota foi de 8,1 valores e na segunda de 7 valores.
O objectivo do estudo agora apresentado foi a análise da relação entre as
representações dos alunos acerca da cidadania dos professores e os seguintes
indicadores de dotação: rendimento escolar (excelente versus baixo), criatividade do
aluno percepcionada como atribuída pelos professores, criatividade professada,
facilidade de aprendizagem percepcionada como atribuída pelos professores, e atracção
pelo trabalho difícil percepcionada como atribuída pelos professores. A definição
operacional das variáveis envolvidas é feita no âmbito da metodologia. Com base nos
trabalhos revistos, levantaram-se as seguintes questões de estudo: como se correlaciona
a cidadania dos professores inferida pelos alunos e os indicadores de dotação desses
mesmos alunos? Como evoluem as dimensões da cidadania ao longa dos anos de
escolaridade? Será que existem diferenças significativas nas dimensões da cidadania dos
professores inferida pelos alunos, em função da dotação destes mesmos sujeitos? Se
sim, em que grupos de sujeitos se apresentarão tais diferenças favoráveis? Ocorrerá
algum efeito da interacção da variável ano de escolaridade com algum dos indicadores
da dotação considerada? A procura de respostas a estas questões recorreu a elementos
vários, numa metodologia que em seguida se apresenta.
5. 1119
Metodologia
No âmbito da metodologia utilizada, apresentam-se os sujeitos da amostra,
especificam-se os instrumentos de avaliação e relata-se a operacionalização das
variáveis em estudo.
Sujeitos
A amostra foi constituída por 246 sujeitos de diferentes anos de escolaridade
(7º, 9º e 11º anos), de escolas da Grande Lisboa, englobando sujeitos dos dois sexos. Os
sujeitos apresentam-se repartidos por grupos extremos quanto ao rendimento escolar,
um com fraco rendimento e outro com rendimento excelente; o interesse pelo grupo
com rendimento médio nas disciplinas consideradas aparece neste estudo
deliberadamente subsumido.
Instrumentos
A cidadania docente poderia ser avaliada recorrendo aos próprios professores
(auto e hétero-avaliação) ou aos alunos. No presente estudo, optou-se por considerar os
alunos como a fonte privilegiada de avaliação da cidadania docente. Como instrumento
de avaliação, foi utilizada a Escala de representações dos alunos acerca da cidadania
dos professores (ERA-CIP) que, para além de incluir as quatro dimensões de um
questionário, com 14 itens, de Rego e outros (1999, 2001, 2004), — participação,
orientação prática, conscienciosidade e cortesia —, contém duas novas dimensões,
especificamente a interpessoalidade e a normatividade, com qualidades psicométricas
manifestas (Veiga et al., no prelo). A inclusão destas duas novas dimensões ficou a
dever-se à importância do seu conteúdo semântico como intrínseco ao construto
cidadania docente no ensino básico e secundário. Trata-se de um instrumento com 24
itens, inseridos numa escala tipo Likert (discordância – concordância, de 1 a 6), com
uma variância total explicada de 58.64%. No seu início, a escala ERA-CIP contém a
seguinte afirmação: “No questionário que se segue, todas as frases têm a ver com o que
pensas acerca dos professores na escola em geral”. Os factores abrangem 6 categorias
de comportamentos, assim descritos: participação (estímulo à participação dos alunos);
orientação prática (utilização de exemplos e ligações à prática); conscienciosidade (ou
ensino, cuidado havido na preparação e execução do acto de ensinar); cortesia (respeito
pelo aluno e pelas suas dificuldades escolares); interpessoalidade (disponibilidade para
a relação e apoio); normatividade (gestão das normas, clareza das regras e orientações).
Procedimento
Os questionários foram administrados em ambiente de sala de aula com a
presença do investigador ou de alguém credenciado, e após autorização dos órgãos
directivos das escolas contactadas. Aos alunos foi dito que a colaboração era voluntária
e foi-lhes garantido o anonimato.
Variáveis do estudo
Como referido, o objectivo do estudo foi a análise da relação entre as
representações dos alunos acerca das dimensões da cidadania dos professores e os
seguintes indicadores de dotação: rendimento escolar (excelente versus baixo),
criatividade do aluno percepcionada como atribuída pelos professores (“os teus
professores consideram-te um aluno criativo?”), criatividade professada (“consideras-te
um aluno criativo?”), facilidade de aprendizagem percepcionada como atribuída pelos
6. 1120
professores (“os teus professores acham que tens facilidade de aprendizagem?”) e
atracção pelo trabalho difícil percepcionada como atribuída pelos professores (“os teus
professores acham que sentes atracção pelo trabalho difícil?”). A resposta a estes
últimos indicadores de dotação foi do tipo sim - não, formando os grupos de contraste
sobredotado versus infradotado. A definição operacional de dotação, no que respeita ao
rendimento escolar (excelente versus fraco) foi determinada com base nas notas
escolares, obtidas no ano lectivo anterior; um resultado foi considerado fraco se — na
escala de 0 a 5 valores de avaliação escolar — fosse inferior a 3, e excelente caso fosse
5 (entre tais valores, situaram-se os alunos de rendimento médio). As percentagens para
os grupos extremos (fraco versus excelente) foram respectivamente as seguintes:
matemática – 31,1 versus 9,4; português – 21,7 versus 3,1; história – 11,9 versus 6,6; e
ciências – 18,5 versus 13,3. De referir que, previamente à determinação dos valores
apresentados, as notas dos alunos do 11º ano foram reconvertidas da escala de 0 a 20
para a escala de 0 a 5. Outros valores de interesse aparecem indicados na apresentação
dos resultados.
Resultados
No quadro 1, aparecem as correlações entre as variáveis tomadas como
indicadores de dotação e as dimensões da cidadania. Observam-se correlações
significativas e negativas, embora baixas, entre o rendimento escolar (matemática,
português, história e ciências) e as dimensões da cidadania (participação, ensino, prática
e normatividade), apresentando-se nestas duas os níveis de significância mais elevados.
A criatividade do aluno percepcionada como atribuída pelo professor (criatiprof)
aparece significativa e positivamente relacionada com todas as dimensões da cidadania,
com excepção da normatividade.
Quadro 1. Índices de correlação entre os indicadores de dotação e as dimensões da cidadania
Participação Prática Ensino Cortesia Interpessoalidade Normatividade
matemática -,125* -,220** -,118* ,016 -,080 -,238**
português -,126* -,231** -,126* ,015 -,078 -,249**
história -,124* -,211** -,129* ,026 -,106 -,284**
ciências -,164** -,256** -,152* ,002 -,108 -,268**
criatiprof ,152** ,155** ,145* ,199** ,146* ,016
criatieu
,073
,027
-,027 ,074 ,021 ,005
trabprof
,093
,088
,094 ,057 ,058 ,013
apreprof ,092 ,034 ,034 ,123 ,053 ,100
* p< 0.05; ** p< 0.01; *** p< 0.001; ns = não significativo
Legenda: criatiprof (criatividade do aluno percepcionada como atribuída pelo professor); criatieu (criatividade professada);
apreprof (facilidade de aprendizagem percepcionada como atribuída pelos professores); trabprof (atracção pelo trabalho
difícil percepcionada como atribuída pelos professores).
Os resultados apresentados no quadro 2 mostram como evolui a cidadania ao
longo da escolaridade. Na comparação dos alunos do 7º com os do 11º ano, observou-se
uma diminuição significativa (p<0.001) em todas as dimensões da cidadania, excepto na
cortesia. Esta dimensão não registou qualquer diferença significativa. Também do 7º
para o 9º ano, todas as dimensões da cidadania diminuem significativamente, com
elevados níveis de significância nas diferentes dimensões (p<0.001), mas já no limiar da
significância na participação (T = 1,988; gl. = 185; p<0.05) e na interpessoalidade (T =
7. 1121
2,223; gl. = 185; p<0.05). Nos contrastes 9º versus 11º anos, sobressai a estabilidade,
em todas as dimensões da cidadania, menos na normatividade que continua em
decrescendo (T = 2,359; gl. = 200; p<0.01), como aparece ilustrado (Gráficos 1).
Quadro 2. Resultados nas dimensões da cidadania, em função do ano de escolaridade
Cidadania / Ano N Média Desvio-padrão Contraste T Sig
7º 103 17,8689 3,70212 7º> 9º 1,988 *
9º 84 16,5238 3,31654 7º >11º 2,976 ***Participação
11º 112 16,0089 3,00898 9º =11º 1,066 ns
7º 106 18,0283 3,47085 7º> 9º 4,331 ***
9º 85 15,8824 3,75567 7º>11º 6,075 ***Prática
11º 116 15,2500 3,05280 9º =11º 1,301 ns
7º 101 17,8020 3,44389 7º> 9º 3,029 ***
9º 87 16,4368 3,43613 7º>11º 4,050 ***Ensino
11º 114 16,0965 2,37602 9º =11º ,776 ns
7º 102 15,2255 4,14563 7º= 9º 1,398 ns
9º 85 14,4000 4,22915 7º=11º ,915 nsCortesia
11º 111 14,7207 3,73234 9º =11º -,553 ns
7º 101 18,1287 4,42191 7º> 9º 2,223 *
9º 86 16,8605 4,01808 7º>11º 2,635 ***Interpessoalidade
11º 113 16,7257 3,22448 9º =11º ,242 ns
7º 107 14,3832 2,70445 7º> 9º 3,083 ***
9º 86 13,2442 2,39085 7º>11º 5,836 ***Normatividade
11º 116 12,3879 2,51870 9º >11º 2,359 **
* p< 0.05; ** p< 0.01; *** p< 0.001; ns = não significativo
Gráficos 1. Representação das médias na cidadania, dimensão prática (Prat) e normatividade (Norm),
em função do ano de escolaridade
7,00 9,00 11,00
ano
15,00
16,00
17,00
18,00
MeanofPrat
7,00 9,00 11,00
ano
12,50
13,00
13,50
14,00
14,50
MeanofNorm
8. 1122
7,00 9,00 11,00
ano
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
EstimatedMarginalMeans
criatiprof
Nao
Sim
Estimated Marginal Means of Prat
Para o estudo do efeito da interacção de cada um dos indicadores da dotação e do
ano de escolaridade na cidadania, procedeu-se a análises de variância específicas.
Atendendo às análises correlacionais anteriormente apresentadas, foram aqui
consideradas apenas as variáveis com correlações significativas. A análise dos
resultados na cidadania, considerando simultaneamente a criatividade e o ano de
escolaridade (ANOVA), procurou estudar não apenas o efeito principal das variáveis na
variância dos resultados, mas também conhecer o eventual efeito da interacção das
variáveis presentes, ampliando o quadro informativo de análise. Quanto à criatividade
dos alunos percepcionada como atribuída pelos professores, as percentagens dos grupos
de contraste foram 33,2 (não criativo) versus 66,8 (criativo).
O quadro 3 apresenta os resultados na dimensão prática (Pract), e o Gráfico 2 a
sua representação gráfica. Os resultados nas diferentes dimensões são do mesmo tipo
dos obtidos na dimensão prática (Prat), pelo que se opta pela ilustração dos dados aqui
obtidos (Gráfico 2) e, dada a grande quantidade e similitude de dados, se escusa a
apresentação dos restantes. Nas diferentes situações, observou-se uma diferenciação
significativa dos resultados no 7º ano — favorável aos alunos mais criativos —, no 9º
ano, mas já menor, desaparecendo no 11º ano qualquer diferenciação na cidadania entre
os alunos mais criativos e os menos criativos. Note-se que o decréscimo da cidadania ao
longo dos anos de escolaridade ocorre sobretudo do 7º para o 9º ano.
Quadro 3. Análise de variância dos resultados na dimensão prática da cidadania (Prat),
segundo a criatividade (Criatiprof) e o ano de escolaridade
Fonte Somatório dos quadrados gl F Sig.
ano 297,194 2 12,636 ,000
criatiprof 73,179 1 6,223 ,013
ano * criatiprof 26,582 2 1,130 ,324
Gráfico 2. Representação das médias na dimensão prática da cidadania (Prat),
segundo a criatividade (Criatiprof) e o ano de escolaridade
A análise dos resultados na cidadania, considerando o ano de escolaridade e cada
um dos tipos de rendimento escolar (matemática, português, história e ciências),
procurou aprofundar os elementos correlacionais (correlações significativas e negativas,
embora com baixos índices). Nas múltiplas análises realizadas, os resultados são muito
similares, pelo que, também aqui e pelas razões antes referidas, se apresentam apenas os
resultados na dimensão prática (Pract), como aparece no quadro 4 e no Gráfico 3.
9. 1123
7,00 9,00 11,00
ano
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
EstimatedMarginalMeans
mattn
fraco
medio bom
excelente
Estimated Marginal Means of Prat
Quadro 4. Análise de variância dos resultados na dimensão prática da cidadania (Prat),
segundo a dotação em matemática (mattn) e o ano de escolaridade
Fonte Somatório dos quadrados gl F Sig.
ano 95,763 2 4,192 ,016
mattn 37,945 2 1,661 ,192
ano * mattn 68,407 4 1,497 ,203
Gráfico 3. Representação das médias na dimensão prática da cidadania (Prat),
segundo a dotação em matemática (mattn) e o ano de escolaridade
Nas diferentes situações de contraste dos grupos extremos (rendimento fraco
versus excelente), observou-se uma diferenciação significativa dos resultados no 7º ano
— com maior cidadania inferida pelos alunos com rendimento escolar fraco —, no
9º ano, mas já menor, desaparecendo no 11º ano qualquer diferenciação na cidadania
entre os alunos com rendimento escolar fraco e os que apresentam rendimento
excelente. Observa-se, assim, que o decréscimo da cidadania ao longo dos anos de
escolaridade ocorre no grupo com fraco rendimento, permanecendo estável no grupo
com rendimento excelente.
Discussão
Destaque-se, em primeiro, que a natureza do estudo realizado não permite extrair
relações de causalidade, sendo admissível a existência de variáveis intermediárias, não
controladas, ou que: sejam os comportamentos de cidadania dos professores a
influenciar a criatividade dos alunos; seja a dotação dos alunos mais criativos a
desencadear comportamentos de maior cidadania docente; ocorram efeitos recíprocos.
Os resultados obtidos vão, em geral, de encontro ao esperado, com base na literatura
revista. Observou-se a superioridade na avaliação da cidadania pelos alunos criativos
quando comparados com os não criativos, bem como dos alunos fracos quando
comparados com os alunos excelentes (rendimento em matemática, português, história e
ciências).
Quanto às relações entre a criatividade e as dimensões da cidadania, é provável
que os professores que estimulam a participação contribuam para o desenvolvimento da
criatividade dos alunos. De forma semelhante, a ilustração prática dos conteúdos, os
cuidados no ensino dos conteúdos e a disponibilidade para a relação humana
(interpessoalidade) revelam-se como importantes meios com impacto na dotação
criativa dos alunos. De relevar que o respeito pelas dificuldades escolares do aluno
(cortesia: a não culpabilização dos alunos pelos maus resultados, a não utilização da
troça, da indiferença ou da marginalização dos alunos menos dotados) poderá levar o
aluno a perceber que pode “dar asas” à imaginação, ao pensamento divergente, sem
10. 1124
medo de críticas, justificando-se, assim, a obtenção de níveis superiores de criatividade.
Já o tipo de gestão das regras (normatividade) se mostrou independente da criatividade
percepcionada, o que pode ter a ver com os estudos em que a liderança de tipo
permissiva é apontada como facilitador temporário da estimulação do espírito criativo
(Koh et al., 1995; Organ, 1990; Van Dyne et al. 1995; Veiga, 2001).
Contrariamente ao ocorrido com a criatividade percepcionada como atribuída, as
relações supostas entre a cidadania e outros indicadores de dotação — criatividade
professada, facilidade de aprendizagem percepcionada como atribuída, e atracção pelo
trabalho difícil — não apresentaram qualquer significância estatística. É provável que,
mais que qualquer um destes últimos indicadores, a criatividade percepcionada como
atribuída esteja mais ligada a uma comunicação do professor direccionada para
apreciações positivas de tarefas realizadas — ou possíveis de realizar pelos alunos, que,
por sua vez, mais facilmente são retidas na memória a longo prazo, alimentando a auto-
estima escolar —, que em anterior trabalho denominámos de competências
comunicacionais tranquilizadoras de tipo dois (Veiga, 2001).
A falta de correlações significativas entre o rendimento escolar e algumas
dimensões da cidadania (cortesia, interpessoalidade) apresenta-se parcialmente de
acordo com os resultados obtidos em anterior estudo (Rego, 2004), em que apenas a
cortesia se relacionou significativamente com as classificações dos alunos, podendo,
também aqui, ter a ver com o afastamento temporal entre a cidadania inferida e as notas
às disciplinas. As correlações significativas entre o rendimento escolar e a cidadania
inferida (nas dimensões, participação, prática, ensino e normatividade) apresentam-se
negativas, com sinal contrário ao que em princípio seria de esperar (pareceria
expectável um impacto positivo e significativo dos comportamentos dos professores no
desempenho académico dos seus alunos). Salientando que os índices de tais correlações
são notoriamente baixos e que, portanto, não permitem falar em valor preditivo, admite-
se que tais resultados poderão ter algo a ver com razões como as seguintes: os alunos
menos dotados para a aprendizagem escolar terem mais necessidade de comportamentos
de cidadania docente do que os alunos mais dotados; os alunos mais dotados serem mais
exigentes, quanto à cidadania docente, do que os alunos menos dotados; os professores
apresentarem-se mais preocupados com os alunos menos dotados do que com os mais
dotados, numa posição camoniana de que “fraqueza é dar ajuda ao mais potente”.
Embora se possa admitir que quanto mais os alunos entendam que os professores
os avaliam positivamente mais eles também os considerem competentes, é também
provável que os melhores alunos exijam mais dos professores e dos seus
comportamentos de cidadania. Esta suposição (centrada na exigência) ganha
consistência nos resultados encontrados, que permitiram observar que as diferenças na
cidadania ocorrem no 7º ano, um pouco ainda no 9º, mas não no 11º ano. No 7º ano e no
9º, os alunos fracos atribuem maior cidadania aos professores do que os alunos
excelentes, ocorrendo, portanto, ao longo da escolaridade, uma diminuição da cidadania
atribuída pelos alunos fracos. É provável que tal declínio tenha a ver com o progressivo
aumento da exigência dos jovens face aos adultos (numa relativização dos símbolos da
autoridade em geral) ao longo da adolescência, num paralelismo com o aproximar do
idealismo típico e do pensamento formal que o sustenta. Também a heterogeneidade dos
alunos diminui do 7º para o 11º ano, altura em que a escola já perdeu os alunos mais
fracos e em que o ensino já não é obrigatório.
É admissível que a avaliação que os alunos fazem do comportamento de cidadania
dos professores seja influenciada pela percepção que estes têm da avaliação que os
professores fazem deles. Assim se entenderia que os alunos que referem ser avaliados
11. 1125
como criativos pelos professores sejam levados a avaliá-los como detentores de maior
cidadania. Os resultados permitiram observar que as diferenças na cidadania em função
da criatividade ocorrem no 7º ano, um pouco ainda no 9º, mas desaparecem no 11º ano.
No 7º ano e no 9º, os alunos criativos atribuíram maior cidadania aos professores do que
os alunos não criativos, ocorrendo, portanto, ao longo da escolaridade, uma diminuição
da cidadania atribuída, sobretudo pelos alunos criativos. Tais resultados poderão ficar a
dever-se a um progressivo aumento da independência dos jovens face aos adultos e,
consequentemente, a uma objectividade maior na avaliação que deles fazem; é provável
que, também aqui, tal declínio tenha a ver com o progressivo aumento da exigência dos
jovens face aos adultos, para além da diminuição da heterogeneidade do 7º para o 11º
ano.
Para além da recomendação de elementos de promoção da cidadania dos
professores para todos os alunos, excelentes e fracos, sobredotados e não sobredotados,
os resultados desta investigação parecem conter um apelo dos alunos infradotados, do
tipo: — “Façam com que, também nós, tenhamos confiança nas nossas capacidades para
aprender e ter sucesso na escola, e mais tarde na vida”.
A natureza exploratória do presente estudo e a falta de estudos prévios algo
similares aconselham a realização de novos estudos. Para além da cidadania docente, o
desempenho escolar e a criatividade dos alunos são, naturalmente, explicados por uma
multiplicidade de variáveis. A inclusão de outras variáveis (pessoais ou familiares),
consideradas simultaneamente com o ano de escolaridade, poderá, em futuras análises,
clarificar os resultados agora apresentados e contribuir para o prosseguimento do estudo
da validade externa da “Escala de representações dos alunos acerca da cidadania dos
professores”. É ainda importante que, em posteriores estudos, se proceda à consideração
da dotação atendendo também a capacidades e competências de natureza mais
cognitiva, e numa abordagem de natureza mais cognitivo-social em grupos com
diferente pressão cultural para o sucesso.
Por último e em suma, as relações encontradas apresentam-se parcialmente de
acordo com os resultados de anterior estudo (Rego, 2004) e sugerem a necessidade de
continuação da investigação da relação entre os comportamentos de cidadania dos
professores e o desempenho escolar dos alunos. Recomenda-se a utilização de novos
indicadores de dotação, e ainda a reformulação dos indicadores utilizados no presente
estudo, passando a figurar numa escala de resposta não dicotómica, mas tipo Likert (de
1 a 6). Recorrer a formas complementares de avaliação da cidadania docente, utilizar
amostras mais variadas, avaliar comportamentos de cidadania mais específicos dos
professores das várias áreas disciplinares, não apenas através das representações dos
alunos, mas também através dos próprios professores, ou dos seus pares, podem
constituir orientações úteis para novos estudos.
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