Este documento apresenta as diretrizes para o planejamento e execução do embarque e carregamento de grupamentos operativos de fuzileiros navais em navios da Marinha do Brasil. Aborda tópicos como definições, responsabilidades, organização, planejamento e execução do embarque, além de anexos com modelos e exemplos. Tem como objetivo garantir que a força de desembarque seja projetada de forma rápida e eficaz, atendendo aos requisitos táticos da operação.
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América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisValéria Shoujofan
Aula voltada para alunos do Ensino Médio focando nos processos de Independência da América Latina a partir dos antecedentes até a consolidação dos Estados Nacionais.
CGCFN-334.2 - Manual de Embarque e Carregamento dos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais
1. CGCFN-334.2 OSTENSIVO
MANUAL DE
EMBARQUE E CARREGAMENTO DOS
GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
2. OSTENSIVO CGCFN-334.2
MANUAL DE EMBARQUE E CARREGAMENTO DOS GRUPAMENTOS
OPERATIVOS DE FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
FINALIDADE: BÁSICA
1ª Edição
3. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
ATO DE APROVAÇÃO
APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-334.2 - MANUAL DE
EMBARQUE E CARREGAMENTO DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS.
RIO DE JANEIRO, RJ.
Em 12 de novembro de 2008.
ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO
Almirante-de-Esquadra (FN)
Comandante-Geral
ASSINADO DIGITALMENTE
AUTENTICADO
PELO ORC
RUBRICA
Em_____/_____/_____ CARIMBO
4. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - III - ORIGINAL
ÍNDICE
PÁGINA
Folha de Rosto ............................................................................................................. I
Ato de Aprovação ........................................................................................................ II
Índice............................................................................................................................ III
Introdução .................................................................................................................... VI
CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTOS DO EMBARQUE E CARREGAMENTO
1.1 - Definições............................................................................................................ 1-1
1.2 - Importância do Embarque.................................................................................... 1-2
1.3 - Coordenação com as Forças Navais .................................................................... 1-2
1.4 - Flexibilidade ........................................................................................................ 1-2
1.5 - A Influência dos Meios e do Armamento no Planejamento do Embarque.......... 1-2
1.6 - Embarque em Navios de Combate ...................................................................... 1-3
1.7 - Número-Série....................................................................................................... 1-4
1.8 - Categorias de Desembarque ................................................................................ 1-5
CAPÍTULO 2 - PLANEJAMENTO DO EMBARQUE
2.1 - Generalidades ...................................................................................................... 2-1
2.2 - Responsabilidades................................................................................................ 2-1
2.3 - Princípios do Planejamento para o Embarque..................................................... 2-2
2.4 - Considerações para o Planejamento .................................................................... 2-3
2.5 - Seqüência do Planejamento ................................................................................. 2-4
2.6 - Determinação das necessidades de navios........................................................... 2-7
2.7 - Alocação de navios.............................................................................................. 2-7
2.8 - Organização para o Embarque............................................................................. 2-8
2.9 - Seleção e Preparo das Áreas de Concentração e Embarque................................ 2-8
2.10 - Planos de Embarque .......................................................................................... 2-8
CAPÍTULO 3 - ORGANIZAÇÃO PARA O EMBARQUE
3.1 - Generalidades ...................................................................................................... 3-1
3.2 - Organização da Força-Tarefa Anfíbia para o Embarque..................................... 3-1
3.3 - Organização da Força de Desembarque .............................................................. 3-2
3.4 - Quadro Resumo ................................................................................................... 3-9
3.5 - Organização para o Embarque e Distribuição das Unidades pelos Navios ........ 3-9
5. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - IV - ORIGINAL
CAPÍTULO 4 - OFICIAIS DE EMBARQUE E DE CARGA
4.1 - Generalidades....................................................................................................... 4-1
4.2 - Correspondência de Funções ............................................................................... 4-1
4.3 - Conhecimentos Comuns Básicos......................................................................... 4-1
4.4 - Oficial de Embarque da Força de Desembarque.................................................. 4-2
4.5 - Oficial de Embarque do Grupo de Embarque...................................................... 4-2
4.6 - Oficial de Embarque da Unidade de Embarque................................................... 4-3
4.7 - Oficial de Embarque do Elemento de Embarque................................................. 4-3
4.8 - Oficial de Embarque e Carregamento do Grupamento de Embarque.................. 4-4
CAPÍTULO 5 - EXECUÇÃO DO EMBARQUE
5.1 - Generalidades ...................................................................................................... 5-1
5.2 - Seleção das Áreas de Concentração e Embarque ................................................ 5-2
5.3 - Responsabilidades................................................................................................ 5-3
5.4 - Programa de Embarque e Organização Naval ..................................................... 5-5
5.5 - Preparação do Ponto de Embarque ...................................................................... 5-6
5.6 - Escritórios de Controle de Embarque .................................................................. 5-7
5.7 - Facilidades de Comunicações para Embarque..................................................... 5-8
5.8 - Movimento para a Área de Embarque ................................................................. 5-8
5.9 - Áreas de Reunião de Carga e Viatura.................................................................. 5-8
5.10 - Segurança........................................................................................................... 5-9
5.11 - Destacamento de Carregamento e Equipes de Manuseio .................................. 5-9
5.12 - Estiva.................................................................................................................. 5-10
CAPÍTULO 6 - EMBARQUE EM AERONAVES
6.1 - Propósito .............................................................................................................. 6-1
6.2 - Tipos de Movimentos Aéreos.............................................................................. 6-1
6.3 - Planejamento........................................................................................................ 6-1
CAPÍTULO 7 - DOCUMETAÇÃO BÁSICA
7.1 - Propósito .............................................................................................................. 7-1
7.2 - Navios .................................................................................................................. 7-1
7.3 - Aeronaves ............................................................................................................ 7-3
ANEXO A - Determinação Inicial das Necessidades de Navios para Embarque ................. A-1
ANEXO B - Exemplo de Determinação das Necessidades de Navios para o Embarque ..... B-1
ANEXO C - Modelo de Plano (ou Ordem) de Embarque e seus Anexos ............................. C-1
6. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - V - ORIGINAL
ANEXO D - Exemplos de Organização da ForDbq para o Embarque ................................. D-1
ANEXO E - Exemplo de Distribuição das Unidades pelos Navios ...................................... E-1
ANEXO F - Confecção do Anexo “A” - Organização para o Embarque e Distribuição
das Unidades pelos Navios............................................................................... F-1
ANEXO G - Documentos do Plano de Carregamento e Instruções para Preenchimento..... G-1
7. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - VI - ORIGINAL
INTRODUÇÃO
1 - PROPÓSITO
A rapidez com que uma Força de Desembarque (ForDbq) se projeta sobre terra, de forma
ordenada e eficaz, contribui para o sucesso de uma Operação Anfíbia (OpAnf). Isto é obtido
por meio de um criterioso embarque de tropas, equipamentos e suprimentos.
O planejamento minucioso do embarque permite que a ForDbq atinja seu potencial
máximo, partindo de um “zero inicial”, no menor intervalo de tempo possível. Desta forma,
este planejamento visa atender a uma seqüência lógica para o desembarque, estabelecida em
um Plano de Desembarque e atendendo ao disposto no Conceito da Operação em Terra.
2 - DESCRIÇÃO
Esta publicação discorrerá sobre o embarque de um Grupamento Operativo de Fuzileiros
Navais (GptOpFuzNav), contendo 8 capítulos e 5 anexos. No capítulo 1, são abordados os
Fundamentos do Embarque e Carregamento; no capítulo 2, é apresentada a seqüência do
Planejamento do Embarque; o capítulo 3 apresenta, com mais detalhes, a Organização para o
Embarque; o capítulo 4 trata das tarefas dos Oficiais de Embarque e de Carga; o capítulo 5
trata da Execução do Embarque; o capítulo 6 aborda o Embarque em Aeronaves; e o capítulo
7 trata da documentação relativa ao embarque e ao carregamento. Os anexos complementam
as normas previstas nos capítulos.
3 - CLASSIFICAÇÃO
Esta publicação é classificada, de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da
Marinha, em: Publicação da Marinha do Brasil (PMB), não controlada, ostensiva, básica e
manual.
4 - SUBSTITUIÇÃO
Esta publicação substitui a CGCFN-1130 - Manual de Embarque e Carregamento de
Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, edição 2005, aprovada em 20 de dezembro de
2005, preservando seu conteúdo, que será adequado ao previsto no Plano de Desenvolvimento
da Série CGCFN (PDS-2008), quando de sua próxima revisão.
8. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 1
FUNDAMENTOS DO EMBARQUE E CARREGAMENTO
1.1 - DEFINIÇÕES
Embarque é a fase de uma OpAnf durante a qual as forças, com seus equipamentos e
suprimentos, são embarcadas nos navios designados.
Essa fase compreende a reunião ordenada de pessoal e material e seu embarque nos navios
para tal designados, numa seqüência destinada a atender as necessidades decorrentes do
Conceito da Operação em Terra.
Carregamento é o embarque e a distribuição de equipamentos, suprimentos e carga no
navio, para atender a critérios tais como: aproveitamento de espaço, facilidade de descarga
e flexibilidade, dentre outros. Estes critérios influenciarão no tipo de carregamento que
será utilizado.
Os carregamentos são classificados como:
1.1.1 - Carregamento Administrativo ou Comercial
A carga é distribuída, procurando obter-se o máximo aproveitamento de todo o espaço
existente, sem que haja a preocupação da seqüência de descarga. É usado,
particularmente, pelos navios mercantes, em tempo de paz, mas, também, pelos navios
militares, quando a relevância não é a ordem tática.
1.1.2 - Carregamento Especificado
Vários tipos de carga são embarcados juntos, mas arrumados de maneira que cada
espécie possa ser desembarcada sem interferir com as demais. Implica o menor
aproveitamento do espaço de carga no navio, porém, facilita a descarga e a separação
das cargas nos portos.
1.1.3 - Carregamento Seletivo
É aquele que facilita a distribuição de suprimentos e equipamentos às unidades em
determinados momentos.
1.1.4 - Carregamento de Combate
O embarque de equipamentos e suprimentos é executado de modo que o desembarque
seja realizado na seqüência e momento necessários para atender ao Conceito da
Operação em Terra. Este tipo de carregamento não utiliza economicamente os espaços
de bordo, porém provê flexibilidade no desembarque, pois além de atender aos
requisitos táticos da operação, facilita o desembarque dos pedidos de emergência.
O Carregamento de Combate pode ser realizado das seguintes formas:
9. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL
- por Unidade de Combate (UCmb): A UCmb ou parte dela é embarcada em um único
navio, com seus equipamentos e suprimentos, de maneira a permitir um imediato
emprego tático.
- por Unidade Administrativa: A UCmb é embarcada em um único navio, com seus
equipamentos e suprimentos, sem preocupações táticas, pois só será empregada após a
reorganização em terra.
- em Comboio: A UCmb é embarcada em vários navios. Normalmente, é empregado
para unidades com equipamentos pesados.
1.2 - IMPORTÂNCIA DO EMBARQUE
O êxito de uma OpAnf depende, dentre outros fatores, da rapidez e da eficácia com que as
tropas de assalto se estabelecem em terra. O poder de combate da ForDbq precisa atingir o
máximo de seu potencial no menor intervalo de tempo possível e de forma ordenada.
A seqüência de desembarque das tropas, com seus suprimentos e equipamentos, precisa
atender ao Plano de Desembarque e ao Conceito da Operação em Terra. Isto depende, em
grande parte, da maneira pela qual os navios são carregados. O adequado carregamento nos
navios garante a flexibilidade inerente à Força-Tarefa Anfíbia (ForTarAnf) e é um fator-
chave para garantir o sucesso. Por outro lado, o carregamento impróprio pode afetar
seriamente a execução da operação.
1.3 - COORDENAÇÃO COM AS FORÇAS NAVAIS
O embarque é um trabalho conjunto entre os escalões navais e da tropa. Depende de um
perfeito entendimento dos propósitos e das possibilidades de cada um e de total cooperação
no seu planejamento e execução.
Durante o planejamento e a execução do embarque, oficiais da tropa deverão trabalhar
junto com seus correspondentes da Força Naval.
1.4 - FLEXIBILIDADE
É desejável que as unidades da tropa, prontas para o combate, sejam embarcadas de forma
a permitir uma flexibilidade quase ilimitada na descarga. A máxima flexibilidade será
obtida, normalmente, quando o Plano de Embarque for capaz de atender a, pelos menos,
um plano contingente.
1.5 - A INFLUÊNCIA DOS MEIOS E DO ARMAMENTO NO PLANEJAMENTO DO
EMBARQUE
O emprego de armas nucleares e de novos meios aéreos bem como o aperfeiçoamento dos
navios exerce um pronunciado efeito sobre as OpAnf, o qual não anula os procedimentos
10. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL
básicos para o embarque. Entretanto, em alguns casos, determinarão o aparecimento de
novas técnicas de planejamento, organização e execução para o embarque.
1.5.1 - Emprego de armas nucleares
Por ocasião do embarque, a vulnerabilidade da ForTarAnf a um ataque nuclear é
minimizada pela observância da rapidez, da mobilidade e da dispersão.
Unidades da ForDbq são embarcadas de forma a melhor atender ao Conceito da
Operação em Terra, procurando-se reduzir, ao máximo, os efeitos decorrentes da perda
de navios e de tropas embarcadas. Concentrações de navios, em grandes áreas
portuárias, podem ser reduzidas pela utilização de vários portos separados e de praias
abertas. Navios, tropas e suprimentos devem ser escalonados nas áreas de embarque, a
fim de reduzir ao máximo as concentrações.
1.5.2 - Uso de aeronaves de decolagem e pouso vertical (V/STOL) e de helicópteros
Navios específicos são capazes de transportar uma significativa quantidade de
helicópteros ou aeronaves de decolagem e pouso vertical (V/STOL), proporcionando
um acréscimo de flexibilidade no desembarque da tropa, de equipamentos e de
suprimentos.
1.5.3 - Emprego de novos navios
Os novos tipos de navios utilizados para o transporte dos escalões de assalto permitem o
aumento na utilização de aviões e de helicópteros a bordo, aumentando a flexibilidade
no desembarque. O Navio de Desembarque-Doca (NDD), o Navio-Aeródromo (NAe) e
o Navio de Assalto Anfíbio (NAAnf) estão entre os navios capazes de transportar
helicópteros. As restrições quanto ao movimento da carga, para embarque nos
helicópteros, têm sido contornadas com a modernização dos equipamentos de manobra,
com uma melhor arrumação da carga nos espaços (pré-posicionados) e com a utilização
de cargas paletizadas ou em contêineres com suprimentos balanceados (pré-
acondicionados).
1.6 - EMBARQUE EM NAVIOS DE COMBATE
Nos últimos conflitos, vimos ocorrerem situações de emergência, nas quais unidades de
tropa foram embarcadas em navios de combate, para que, rapidamente, pudessem ser
deslocadas para a Área do Objetivo Anfíbio (AOA). Em todos os casos, impõe-se a
necessidade de uma familiarização dos elementos da tropa com as características desses
navios. A fim de que se obtenha um adequado grau de aprestamento e de flexibilidade, que
normalmente tais embarques exigem, deverão ser mantidos, em arquivos, dados
11. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL
atualizados sobre as características e as possibilidades dos navios de combate que,
eventualmente, possam ser empregados no transporte de tropa.
1.7 - NÚMERO-SÉRIE
Série é um número designativo de tropas, seus equipamentos e suprimentos iniciais de
combate, embarcados em um mesmo navio, que desembarcam, aproximadamente, ao
mesmo tempo e na mesma praia ou zona de desembarque (ZDbq).
Os números-série são empregados como um meio para identificar elementos da ForDbq e
facilitar o seu controle durante o movimento navio-para-terra (MNT).
Um único número-série pode ser designado para uma viatura, seu motorista e reboque ou
para um Destacamento de Viaturas, embarcados em um Navio de Desembarque de Carros
de Combate (NDCC) e que irão desembarcar quando o mesmo abicar. Da mesma forma,
um único número-série pode ser designado para uma vaga completa de Embarcação de
Desembarque (ED) ou Helicóptero (He), desde que sejam cumpridos os critérios
determinados para uma série.
Os números-série são usados como referência e não para indicar prioridade ou seqüência
de desembarque. Seus propósitos são:
- servir como um código para identificar elementos de tropa ou equipamentos;
- prover rapidez, brevidade e segurança nas comunicações; e
- prover um meio que permita a elaboração de uma lista de verificação, a fim de assegurar
que todos os elementos previstos para desembarcar efetivamente o fizeram.
No início do planejamento, o Comandante da Força de Desembarque (ComForDbq)
distribui um bloco de números-série consecutivos, baseado na organização administrativa
para os elementos que, na organização por tarefas, estarão diretamente subordinados. Esses
elementos redistribuem entre seus escalões subordinados, de conformidade com os blocos
recebidos, até que cada subunidade tenha recebido o seu.
Quando os planos de desembarque forem confeccionados, cada escalão de planejamento
designa, de seus respectivos blocos, números-séries para suas unidades, subunidades ou
grupos, de conformidade com o navio, local e momento de desembarque.
Enquanto a distribuição de blocos de números-série se baseia na organização dos
componentes que integrarão a ForDbq, a designação dos números-série é baseada na
organização para o desembarque.
12. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL
Exemplo de distribuição de números-série:
Distribuição de Blocos na ForDbq
Componente de Comando (CteC)
Componente de Combate Terrestre (CCT)
Componente de Apoio de Serviços ao Combate (CASC)
Componente de Combate Aéreo (CteCA)
0
100
400
600
-
-
-
-
99
399
599
699
Distribuição de Blocos no CCT
GDB-1
GDB-2
GDB-3
100
200
300
-
-
-
199
299
399
1.8 - CATEGORIAS DE DESEMBARQUE
No planejamento do MNT, os elementos da ForDbq (tropas, equipamentos e suprimentos),
são organizados em cinco categorias de desembarque. O propósito desta organização é
indicar a prioridade relativa para o desembarque e facilitar o controle do MNT.
1.8.1 - Vagas Programadas
Consistem de ED, Viaturas Anfíbias (VtrAnf) ou He nos quais são embarcados,
predominantemente, os elementos de assalto da ForDbq e cuja hora, local e formação
foram previamente determinados.
As vagas programadas compreendem as primeiras unidades a desembarcar na praia a
partir da Hora-H, em embarcações de primeira viagem.
Após cruzarem a Linha de Partida (LP), o desembarque das vagas programadas deve
prosseguir sem alteração, exceto em casos de extrema urgência, quando poderá ser
interrompido, desde que devidamente autorizado pelo Comandante da Força-Tarefa
Anfíbia (ComForTarAnf).
1.8.2 - Vagas a Pedido
Consistem de elementos da ForDbq com seus suprimentos iniciais de combate, cuja
necessidade em terra está prevista para os momentos iniciais, mas cuja hora e local de
desembarque não podem ser exatamente determinados.
As vagas a pedido são compostas, normalmente, pela reserva do CCT, artilharia em
apoio direto, engenharia, carros de combate e equipes do destacamento de praia.
Normalmente, são embarcadas em ED ou VtrAnf, juntamente ou pouco depois das
13. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL
vagas programadas. Portanto, as vagas a pedido devem utilizar embarcações de primeira
viagem.
As vagas a pedido são posicionadas de modo a estarem disponíveis logo após a Hora-H.
As Equipes de Embarcação são mantidas na água e as Heliequipes no convés de vôo do
NAe ou NDD, de forma a estarem prontas a serem mandadas a terra.
Dada a urgência com que poderão ser necessárias, o desembarque das vagas a pedido
pode interromper o de quaisquer outros elementos da ForDbq, reiterando-se, que as
vagas programadas só são interrompidas em casos de extrema urgência. As vagas a
pedido recebem número-série.
1.8.3 - Unidades Não Programadas
Consistem dos elementos restantes da ForDbq, com seus suprimentos iniciais de
combate, os quais estão previstos para serem desembarcados antes da descarga geral.
As unidades não programadas são compostas pelos integrantes dos componentes de
apoio ao combate e de apoio de serviços ao combate, que não foram incluídos em vagas
programadas ou a pedido. As unidades não programadas recebem número-série.
1.8.4 - Suprimentos Emergenciais
Esta categoria compreende os suprimentos planejados pela ForDbq para fazer face às
necessidades adicionais de itens críticos de suprimentos, nos momentos iniciais do
assalto. Estes suprimentos devem estar disponíveis para entrega imediata às unidades
em terra e se dividem em depósitos flutuantes e suprimentos helitransportados.
a) Depósitos Flutuantes
Devido à limitada quantidade de suprimentos inicialmente desembarcada com as
unidades de assalto, faz-se necessário o recompletamento de alguns itens de
suprimento em terra logo no início do assalto. As necessidades imediatas são
atendidas posicionando-se depósitos flutuantes nas proximidades da LP. Estes
depósitos consistem de carregamentos pré-planejados e balanceados de itens críticos
de suprimentos, embarcados em ED ou VtrAnf transportados pelos Navios da Força
Naval.
O emprego dos depósitos flutuantes evita a necessidade de se esperar que os
suprimentos solicitados sejam trazidos para a terra pelas ED em viagens de ida e
volta, entre a praia e os navios. Os depósitos flutuantes não recebem número-série.
b) Suprimentos Helitransportados
Assim como os depósitos flutuantes, os suprimentos helitransportados são
14. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 1-7 - ORIGINAL
constituídos por suprimentos críticos selecionados que são posicionados no convés
de vôo dos navios configurados para tal, prontos para serem entregues às unidades de
assalto, quer tenham sido transportadas por superfície ou helitransportadas. Os
suprimentos helitransportados recebem número-série.
1.8.5 - Suprimentos Remanescentes
Esta categoria consiste dos suprimentos de assalto e equipamentos que não foram
incluídos nas cargas prescritas (Carga Prescrita Individual - CPI e Carga Prescrita da
Unidade - CPU), nos depósitos flutuantes, nem nos suprimentos helitransportados.
Constituem a maior parte dos suprimentos transportados para a área de operações.
Quando a situação permitir, parte desses suprimentos serão desembarcados
seletivamente, de modo a alcançar os níveis previstos para os depósitos em terra,
conforme especificado no Plano de Desembarque de Suprimentos, um dos anexos do
Plano Logístico, até que seja possível iniciar a descarga geral. Nesta ocasião, é
desembarcada a maior parte dos Suprimentos Remanescentes.
Os suprimentos remanescentes não recebem número-série.
1.8.6 - Embarcações Livres
Não constituem uma categoria de desembarque, entretanto, são usadas no transporte
para praia de elementos de comando ou de controle. Essas embarcações livres podem
ser ED ou VtrAnf.
O seu emprego é estabelecido pela ForDbq, de acordo com suas necessidades de
comando e controle. Essas necessidades são pesadas em relação à disponibilidade de
meios para o desembarque.
As embarcações livres são carregadas e desembarcam de acordo com a decisão do
oficial mais antigo a bordo, o qual, simplesmente, notifica ao Oficial de Controle
Principal sua intenção de desembarcar. As embarcações livres recebem número-série.
1.8.7 - Helicópteros Livres
Estes podem ser designados para as unidades helitransportadas, com os mesmos
propósitos determinados para as embarcações livres.
Quando possível, tanto o comandante (Cmt) da unidade de helicópteros quanto o Cmt
da unidade helitransportada devem embarcar no mesmo helicóptero livre, pois isto
facilitará a coordenação entre ambos. Os helicópteros livres recebem número-série.
15. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 2
PLANEJAMENTO DO EMBARQUE
2.1 - GENERALIDADES
O planejamento do embarque envolve todos os aspectos e medidas necessários para
assegurar um adequado desembarque de pessoal, equipamentos e suprimentos, pela
ForTarAnf.
Ele abrange desde a determinação das necessidades gerais de navios e de programas de
carregamento, nos altos escalões, até os planos detalhados de carregamento para navios.
O planejamento do embarque deve ter início o mais cedo possível, prosseguindo,
simultaneamente, com os demais planejamentos. Requer uma constante coordenação
entre os escalões correspondentes, navais e da tropa, e o entendimento mútuo dos
problemas de cada um. Finalmente, requer o conhecimento detalhado das
características, capacidades e limitações dos navios, além das relações de comando
entre os diversos elementos que tomarão parte nas operações.
2.2 - RESPONSABILIDADES
2.2.1 - ComForTarAnf
- designar os meios de transporte destinados à ForDbq;
- organizar a Força Naval para o embarque;
- preparar o Plano de Carregamento em consonância com os Planos de Embarque e
de Carregamento da ForDbq;
- apreciar e aprovar os Planos de Embarque e de Carregamento da ForDbq;
- fornecer os dados e características dos navios de transporte e de desembarque ao
ComForDbq;
- elaborar os planos que permitam a obtenção e coordenação dos meios necessários
ao apoio do embarque, a serem fornecidos pelas agências externas; e
- fornecer informações sobre o pessoal e o material da Força Naval e de outras
forças, que deverão embarcar com a tropa.
2.2.2 - ComForDbq
- determinar as necessidades da ForDbq em navios-transportes, no que se refere aos
comboios de assalto e de acompanhamento, encaminhando-as ao ComForTarAnf;
- elaborar a organização da tropa para o embarque;
- sugerir, se necessário, reajustamentos na organização dos navios-transportes, de
modo que a distribuição para as unidades de maior vulto da tropa esteja de acordo
16. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL
com a organização para o embarque, que, por sua vez, deverá estar de acordo com a
organização para o desembarque;
- determinar os meios necessários a serem obtidos de outras forças navais ou
agências externas, nos pontos de embarque e durante o carregamento, participando
o fato ao ComForTarAnf; e
- preparar os Planos de Embarque e Carregamento, logo que forem distribuídos os
navios pelas unidades da tropa, enviando-os ao ComForTarAnf para aprovação.
2.3 - PRINCÍPIOS DO PLANEJAMENTO PARA O EMBARQUE
Os seguintes princípios devem ser observados durante o planejamento do embarque de
uma ForDbq, para a realização de um Assalto Anfíbio.
2.3.1 - Integração
Os Planos de Embarque devem estar perfeitamente integrados com o Plano de
Desembarque, apoiando, portanto, o Conceito da Operação em Terra e o Plano de
Desembarque de Suprimentos. Pessoal, equipamentos e suprimentos devem ser
embarcados e estivados, de forma a que possam ser desembarcados e descarregados
no momento e seqüência necessários, a fim de apoiar as operações em terra.
2.3.2 - Auto-suficiência
O Plano de Embarque deve ser formulado de forma a permitir a obtenção do mais
alto grau de auto-suficiência para as unidades embarcadas. Equipamentos de combate
e suprimentos devem ser carregados no mesmo navio no qual embarcarão as tropas
que irão operá-los, controlá-los e utilizá-los. Assim, guarnições de armas coletivas
devem ser embarcadas com suas armas; rádio-operadores com seus rádios;
motoristas com suas viaturas; e Comandantes e Estados-Maiores (EM) com suas
unidades. Além disso, cada unidade deve ser embarcada com suficientes quantidades
de suprimentos, tais como: combustíveis, munição e baterias de rádio, que lhe
permita sustentar as primeiras ações do combate, durante as etapas iniciais do
assalto.
2.3.3 - Eqüidade
Os planos devem ser formulados de forma a permitir uma rápida descarga na área do
objetivo. Nos altos escalões, isto poderá ser obtido através de uma adequada
distribuição das unidades entre as organizações de embarque subordinadas. Nos
navios, individualmente, tal situação será obtida por meio de uma distribuição
balanceada de suprimentos e equipamentos pelos vários compartimentos, para que
17. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL
possa ser assegurada uma descarga simultânea de todos os porões, aproximadamente
no mesmo espaço de tempo.
2.3.4 - Dispersão
Os planos devem assegurar a dispersão de unidades e suprimentos críticos entre
vários navios. Se unidades e suprimentos críticos não forem assim distribuídos, a
perda de um ou mais navios poderá redundar na perda da capacidade de combate,
que certamente irá refletir no cumprimento da missão.
2.4 - CONSIDERAÇÕES PARA O PLANEJAMENTO
O planejamento detalhado não pode ser eficazmente iniciado pelos escalões
subordinados antes de ter sido disseminada a Organização para o Embarque, juntamente
com os navios designados.
Devem ser considerados(as) no planejamento para o embarque:
- missão da ForDbq;
- datas-limites das fases do Embarque, Ensaio, Travessia e Assalto. O tempo disponível
é um fator limitativo e as datas estabelecidas para cada fase influenciam o
planejamento e a execução do embarque;
- organização para o desembarque;
- conceitos básicos do Plano de Desembarque, tais como: quantidades de helicópteros e
VtrAnf; e bem como as necessidades de embarcações de desembarque e de outros
meios de desembarque;
- quantidade e tipos de suprimentos da ForDbq a serem carregados e o Plano de
Desembarque de Suprimentos;
- o efetivo e as características das forças envolvidas, tanto da tropa quanto navais,
incluindo disponibilidades e características dos navios e quantidade e tipo de material
a ser embarcado. A utilização de um número mínimo de navios, suficientes para
atender as necessidades, é um propósito do planejamento para o embarque. As
unidades da ForDbq, não necessárias inicialmente na fase do assalto ou cujo emprego
ocorrerá posteriormente, deverão ser embarcadas e suspender de tal modo que a
chegada à área do objetivo seja programada para coincidir com o início de seu
emprego;
- os Comandantes de tropa e seus EM deverão ser, preferencialmente, embarcados nos
mesmos navios que seus comandantes navais correspondentes;
- Áreas e Pontos de embarque devem ser selecionados;
18. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL
- as Áreas de Concentração poderão ser necessárias, quando as Áreas de Base ou
Aquartelamento estiverem em local tal que o movimento para as Áreas de Embarque
não possa ser executado sem interrupção; e
- a exeqüibilidade e a adequabilidade do uso de helicópteros para embarcar os
Grupamentos de Embarque. Nesses casos, devem ser considerados os seguintes
fatores:
•área apropriada em terra: satisfazer às necessidades de operações de vôo (decolagem,
pouso, abastecimento e manutenção), operações de carga (concentração de acordo
com os Planos de Carregamento, movimentos para os pontos de carregamento de
helicópteros, cargas externas para helicópteros) e operações de pessoal (reunião,
formação de heliequipes, movimento para os pontos de carregamento de
helicópteros);
•necessidades logísticas: combustível e facilidades de manutenção para apoiar as
operações de helicópteros durante o carregamento;
•tempo disponível para carregamento: influenciado pelo número e tipo de helicópteros
disponíveis para carregamento, suas capacidades de transporte, distâncias a serem
percorridas, velocidade, efetivo para embarcar e quantidade de carga para ser
carregada; e
•condição dos helicópteros, pois o uso excessivo desse meio para o transporte de
carga pode degradar suas condições de operação e reduzir a sua disponibilidade para
o assalto helitransportado.
2.5 - SEQÜÊNCIA DO PLANEJAMENTO
Em seqüência ao recebimento da Diretiva Inicial para a realização de uma OpAnf, tem
início o planejamento do embarque, em todos os escalões da ForDbq, prosseguindo, de
modo paralelo, com os seus correspondentes das Forças Navais.
As etapas principais do planejamento se superpõem, mas, normalmente, se processam
obedecendo à seguinte seqüência (ver Fig 2.1):
- estabelecimento de ligação entre os correspondentes escalões de comando da tropa e
da força naval;
- provisão, pelo ComForTarAnf, dos dados de planejamento que se relacionem com o
embarque de material e pessoal naval e com outras forças que devam embarcar
juntamente com a ForDbq;
- determinação, pelo ComForDbq, das necessidades em navios dos comboios de assalto
19. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL
e de acompanhamento;
- alocação de navios pelo ComForTarAnf. Se não houver disponibilidade suficiente,
faz-se necessário um entendimento entre os Comandantes interessados, de modo a
ajustar os planos ou solicitar meios adicionais;
- distribuição, à ForDbq, das tabelas de características dos navios;
- estabelecimento das organizações para o embarque pelo ComForTarAnf e pelo
ComForDbq;
- alocação de navios, pelo ComForDbq, aos escalões subordinados e distribuição das
tabelas de características de navios;
- seleção e preparo das áreas de embarque;
- seleção e preparo das áreas de concentração da ForDbq, quando necessário;
- determinação das facilidades de controle, segurança e comunicações, necessárias à
faina do embarque;
- emissão da Ordem Preparatória;
- definição final das necessidades de navios;
- Conceito da Operação, Plano Preliminar e de Desembarque;
- elaboração de planos para a reunião dos navios-transporte e movimento do pessoal e
do material para os pontos de embarque; e
- preparo, revisão, aprovação e promulgação dos Planos para o Embarque e Planos de
Carregamento.
20. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL
ComForTarAnf ComForDbq GptOpFuzNav
DIRETIVA INICIAL
DESIGNAÇÃO DE NAVIOS
Tabela de características
dos navios
ORGANIZA A ForTarAnf
PARA O EMBARQUE
ORGANIZA A ForDbq
PARA O EMBARQUE
3ª REUNIÃO FORMAL
PLANO DE
CARREGAMENTO
DIRETIVA INICIAL
Ligação Ligação
DETERMINAÇÃO INICIAL
DAS NECESSIDADES
DE NAVIOS
GRUPO DE EMBARQUE
Distribuição dos navios para os
escalões subordinados, com as
tabelas de características dos
navios
- Seleção e preparo das áreas
de embarque e concentração.
- Determinação de facilidades
de controle, segurança e
comunicações.
Medidas para:
DECISÃO
ORDEM PREPARATÓRIA
DETERMINAÇÃO FINAL DAS
NECESSIDADES DE NAVIOS
NECESSIDADES GERAIS
(Navios de Desembarque)
CONCEITO DA OPERAÇÃO
PLANO PRELIMINAR
PLANO DE DESEMBARQUE
TABELA DE
CARACTERÍSTICAS
DO NAVIO
PLANO DE EMBARQUE
INÍCIO DO PLANEJAMENTO
PRELIMINAR
RECEBIMENTO DA MISSÃO
INÍCIO DO PLANEJAMENTO
FORMAL
PLANO DE EMBARQUE
Anexo: Plano de Carregamento
Fig 2.1 - Seqüência do Planejamento do Embarque
21. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL
2.6 - DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES DE NAVIOS
É essencial que as necessidades de navios sejam determinadas, o mais cedo possível, na
fase do planejamento, de modo que todos os escalões da ForDbq possam iniciar o
planejamento detalhado. Em um primeiro momento, as necessidades iniciais são
determinadas; com o decorrer do planejamento, mais informações específicas tornam-se
disponíveis; as necessidades são compatibilizadas e, finalmente, consolidadas.
Na determinação das necessidades de navios, devem ser considerados os seguintes
fatores:
- efetivo total a ser embarcado;
- total de suprimentos e equipamentos a serem embarcados, incluindo itens que
necessitem de estiva especial, como combustível, munição Alto Explosiva (AE) e
armas nucleares;
- Conceito da Operação em Terra, organização para o desembarque e o Plano de
Desembarque, incluindo o emprego de armas nucleares por forças amigas ou
inimigas; e
- necessidades para tarefas e equipamentos especiais.
Após a necessidade total de navios estar definida, os planos são examinados e, se
necessário, compatibilizados, devendo atender aos seguintes aspectos:
- as organizações da tropa e dos navios devem contribuir para o cumprimento das várias
tarefas constantes nos planos, inclusive os contingentes; e
- as tropas e o material devem ser distribuídos entre os escalões de embarque, de tal
modo que a perda de qualquer navio não prive o restante da ForDbq de uma
quantidade apreciável de quaisquer tipos de material.
Os Anexos A e B apresentam o procedimento detalhado de determinação inicial das
necessidades de navios para a ForDbq e um exemplo, respectivamente.
2.7 - ALOCAÇÃO DE NAVIOS
O ComForTarAnf aloca os navios para a ForDbq, tão logo seja possível, inicialmente,
apenas em termos de números e tipos e, posteriormente, por meio de alocações
específicas de navios. As unidades subordinadas são mantidas informadas sobre a
designação dos navios para o embarque, data da chegada na área de embarque e tempo
disponível para efetuar o carregamento. Com o desenvolvimento dos planos, as
unidades subordinadas devem, também, ser informadas sobre quaisquer mudanças dos
navios designados e, por sua vez, devem declarar, prontamente, quaisquer mudanças de
22. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 2-8 - ORIGINAL
necessidades surgidas por alterações no plano tático.
2.8 - ORGANIZAÇÃO PARA O EMBARQUE
Tendo recebido a alocação dos navios, a ForDbq compõe a sua organização para o
embarque e, em correspondência, a ForTarAnf a sua. Assim, a alocação inicial é feita
para a principal organização para o embarque da ForDbq - o Grupo de Embarque.
Partindo desse ponto, as distribuições subseqüentes são feitas aos escalões de embarque
subordinados. Essas distribuições são fundamentadas no pessoal, equipamentos e
suprimentos a serem embarcados por escalão, e necessidades para atender ao Plano de
Desembarque.
2.8.1 - A ForDbq se organiza nos seguintes escalões
- Grupo de Embarque (GpEmb);
- Unidade de Embarque (UEmb);
- Elemento de Embarque (ElmEmb); e
- Grupamento de Embarque (GptEmb).
2.8.2 - A ForTarAnf se organiza nos seguintes escalões correspondentes
- Grupo de Transporte;
- Unidade de Transporte;
- Elemento de Transporte; e
- Navio.
2.9 - SELEÇÃO E PREPARO DAS ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO E EMBARQUE
Em seqüência ao planejamento, devem ser selecionadas as áreas e pontos de embarque
e, se necessário, as áreas de concentração. Também são determinadas as facilidades de
controle, de segurança, de comunicações e de equipamentos para manobra do material,
necessários durante o embarque. O Capítulo 5 deste manual aborda, com maior
detalhamento, essas considerações do planejamento.
2.10 - PLANOS DE EMBARQUE
2.10.1 - Força-Tarefa Anfíbia
O ComForTarAnf e seus Comandantes Navais subordinados preparam os planos
para o embarque, chamados Planos de Carregamento. Eles são expedidos como
Anexos aos Planos de Operação da Força Naval e estabelecem o seguinte:
- organização da Força Naval para o carregamento;
- disponibilidade dos navios para o embarque da ForDbq, incluindo o Programa de
Chegada e Partida dos Pontos de Embarque; e
23. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 2-9 - ORIGINAL
- disponibilidade de equipamentos especiais de manobra de carga.
2.10.2 - Força de Desembarque
O ComForDbq prepara o Plano de Embarque, cujo modelo é apresentado no Anexo
C. Este modelo, modificado quando necessário, é usado pelo Grupo, Unidades e
Grupamentos de Embarque. É expedido acompanhando o Plano de Operação e
prescreve o seguinte:
- organização para o embarque e designação de navios;
- material a ser embarcado;
- movimento de pessoal para as áreas de embarque;
- designação, preparação e segurança das áreas de embarque; e
- preparação e distribuição dos Planos de Embarque e informações sobre o
embarque.
No nível de GptEmb, é confeccionado um anexo que apresenta o detalhamento do
pessoal, equipamentos e suprimentos a serem embarcados em cada navio. Este
anexo denomina-se Plano de Carregamento, e não deve ser confundido com o Plano
de Carregamento elaborado pela ForTarAnf, que trata das atividades da Força
Naval para a execução do embarque.
24. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 3
ORGANIZAÇÃO PARA O EMBARQUE
3.1 - GENERALIDADES
A organização para o embarque é uma organização por tarefas, estabelecida pelo
ComForDbq, com a sua correspondente organização por tarefas da Força Naval,
estabelecida pelo ComForTarAnf. Essas organizações por tarefas são formadas para
simplificar o planejamento e facilitar a execução do embarque, em todos os níveis de
comando.
Não há uma organização padrão aplicável a todas as situações que envolvam o
planejamento para o embarque, devido, principalmente, aos seguintes aspectos:
- a diferença da natureza das tropas envolvidas: de Combate (Cmb), de Apoio ao
Combate (ApCmb) e de Apoio de Serviços ao Combate (ApSvCmb);
- as limitações dos navios, que dificultam a manutenção dos laços táticos;
- a separação, envolvendo grandes distâncias, entre os pontos de embarque; e
- o embarque, em um mesmo Ponto de Embarque, de Unidades relativamente afastadas.
Todas essas considerações devem estar voltadas para o atendimento do Conceito de
Operação em Terra.
3.2 - ORGANIZAÇÃO DA FORÇA-TAREFA ANFÍBIA PARA O EMBARQUE
Na organização da ForTarAnf, seu Comandante designará um Comandante subordinado
como Comandante do Grupo de Transporte. Esse grupo é organizado para o embarque,
travessia, desembarque e o apoio logístico de transporte, em grupamentos táticos. O
número e o tipo de navios designados para cada um desses grupamentos é determinado
pelo efetivo e composição do escalão correspondente da organização para o embarque
da ForDbq.
Inicialmente, o Grupo de Transporte é uma organização para planejamento. Tão logo a
idéia de manobra e o Plano de Desembarque tenham sido desenvolvidos, os navios são
organizados por tarefas, em correspondência à organização da ForDbq. Em face das
diversas tarefas a serem cumpridas, inclusive em relação à travessia, a organização por
tarefas da Força Naval sofre alterações durante toda a operação. Por exemplo, em certos
casos, são formados Grupos de Controle de Carregamento e Movimento de Carga para
coordenar o carregamento e movimentos dos navios antes do embarque propriamente
dito. Outro exemplo é a constituição de um Grupo de Movimento para AOA de navios
mais lentos. É importante que o Grupo de Transporte esteja completamente organizado
25. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL
na chegada à AOA. Nesse momento, o Grupo de Transporte compreenderá todos os
navios nos quais a ForDbq estará embarcada, incluindo os navios que transportam
helicópteros e as tropas a serem helitransportadas. Também devem estar juntas, nesse
momento, as embarcações de desembarque que serão utilizadas no MNT.
3.3 - ORGANIZAÇÃO DA FORÇA DE DESEMBARQUE
A formação dos vários escalões de embarque é decorrente do grau de descentralização
de controle e de comando desejado pelo ComForDbq, a fim de assegurar o adequado
embarque de suas forças.
Para planejar e executar o embarque, a ForDbq se organiza nos seguintes escalões:
Grupo de Embarque, Unidade de Embarque, Elemento de Embarque e Grupamento de
Embarque.
O GpEmb e o GptEmb são sempre formados, uma vez que tais organizações
representam os componentes essenciais para o embarque, isto é, o Grupo, como a maior
organização da tropa, e o Grupamento, como o menor escalão subordinado, capazes de
planejar e executar o embarque. A UEmb é formada para preencher o vazio entre os
escalões Grupo e Grupamento.
O ElmEmb é organizado quando uma situação complexa exigir escalões adicionais para
controlar o planejamento e a execução do embarque ou para uma maior
descentralização.
3.3.1 - Grupo de Embarque
a) Definição
Tem como núcleo o maior escalão da ForDbq. É composto por duas ou mais
UEmb (quando formadas), uma combinação de UEmb e ElmEmb (quando
necessário) ou de dois ou mais GptEmb, caso Elementos e Unidades não tenham
sido formados. O Grupo de Transporte é a organização naval correspondente.
b) Planejamento no Grupo de Embarque
Logo após o recebimento dos navios, o Comandante do Grupo de Embarque
determina o número de UEmb/ElmEmb a serem formados (ver Anexo D),
baseado, principalmente, nos seguintes aspectos:
- Organização da ForDbq;
- Organização para o Desembarque, incluindo os meios de desembarque (VtrAnf,
ED ou helicópteros);
- Organização por Tarefas;
26. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL
- localização geográfica das áreas de embarque e das unidades da tropa; e
- necessidades de faseamento e distribuição de tropas, equipamentos e
suprimentos, na chegada à AOA. Essa consideração, em relação às limitações
dos navios e ao tempo de permanência na AOA, pode implicar que os navios
sejam carregados na sua capacidade total. Com relação à distribuição na AOA,
merecem consideração especial as Unidades que cumprem missões especiais em
apoio ao Assalto Anfíbio, tais como Grupos de Demonstração, Forças de
Incursão e outros. Nesses casos, podem ser criadas Unidades de Embarque, ou
outros escalões necessários, para atender a tais missões.
Observação: em um GptOpFuzNav, nucleado em torno de um escalão Brigada, é
aconselhável a organização de uma Unidade de Embarque para o CCT, uma para
o CteCA e uma para o CASC, isto em termos amplos, em face da afinidade de
tarefas entre esses componentes e a seqüência do seu desembarque.
O Comandante do GpEmb distribui os navios e determina os homens e materiais a
serem designados para as respectivas UEmb. Essa etapa necessita de acentuada
coordenação entre os EM e é baseada, em grande parte, nas informações e
recomendações dos comandantes subordinados. A composição das respectivas
UEmb, juntamente com os navios designados e a tropa e material de cada UEmb,
é disseminada pelo Anexo “A” ao Plano de Embarque - Organização para o
Embarque e Distribuição das Unidades pelos Navios (ver Tabela 3.1 e Anexo F a
esta publicação).
27. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL
Gpt (1)
Cmte Gpt (2)
Oficial de Embarque (3)
ALFA – 1
CMG(FN)_______
CT (FN)________
ALFA – 2
CMG(FN)_______
CT (FN)________
ALFA – 3
CMG(FN)_______
CT (FN)________
Navio – Nome e Número
Capacidade - Of – Pr
Viaturas - m2
C. Geral – m3
(4)
Capacidade Total
220 - 3090
2309
6198
NTrTA-1
100 - 1465
530
1180
NTtTA-2
100 - 1500
483
908
NDD
20 - 125
1296
4110
Unidades/Subunidades (5)
Of - Pr
Vtr - m2
- t (6)
C. Geral - m3
- t
1º BtlInfFuzNav
46 - 116
321 - 57,3
36 - 10
46 - 1116
321 - 57,3
36 - 10
2º BtlInfFuzNav
48 - 1136
321 - 57,3
65 - 23,5
48 - 1136
321 - 57,3
65 - 23,5
CiaSaúde, BtlLogFuzNav
6 - 65
178 - 50,9
60 - 17,7
5 - 39
11 - 2,9
60 - 17,7
0 - 10
0
0
1 - 16
167 - 48
0
BtlEngFuzNav
4 - 82
110 - 46,1
34 - 14,2
1 - 8
5 - 1,4
0
1 - 42
10 - 1,3
8 - 3,1
2 - 32
95 - 43,4
26 - 1,1
BtlCmdoCt
4 - 77
701 - 275,3
42 - 15
2 - 70(a)
0
0
2 - 7
701 - 275,3
42 - 15,0
2ª Bia O105mm,
BtlArtFuzNav
15 - 80
266 - 135,2
132 - 54
5 - 30
61 - 32,2
0
10 - 50
205 - 103
132 - 54
Total da Tropa (7)
142 - 2723
2126 - 709,4
403 - 146,9
78 - 1435
528 - 162,5
159 - 53,7
47 - 1173
337 - 60,2
44 - 13,1
17 - 115
1261 - 486,7
200 - 80,1
Suprimentos da ForDbq m3
/ C - T
CL 1 200 - 14 50 - 4 50 - 4 100 - 6
CL II/IV 950 - 36 250 - 13 250 - 13 450 - 13
Gasolina Granel - 10.000ml Granel - 10.000ml
Classe III
Outros Granel - 5.000ml Granel - 5.000ml
AP 800 - 70 500 - 45 300 - 25
Classe V
AE 1500 - 140 900 - 85 600 - 55
Total de Suprimentos (9) 3450 - 242 1700 - 146 1200 - 96 Granel – 1500 l
TOTAL GERAL (10)
142 - 2723
2126 - 709,4
3853 - 388,9
Granel - 15.000ml
78 - 1435
528 - 162,5
1859 - 199,7
47 - 1173
337 - 60,2
1244 - 109,1
17 - 115
1261 - 486,7
750 - 98,1
Granel - 15.000ml
Tab 3.1 - Organização para o embarque e distribuição das unidades pelos navios
Com base na designação dos navios e nas necessidades do GpEmb, o Comandante
do Grupo de Transporte, em seu plano, especifica a composição da Organização
de Transporte para embarcar aquele Grupo.
As ações ressaltadas acima devem ser levadas a efeito o mais cedo possível, na
fase do planejamento. Isso é necessário para que o planejamento detalhado,
envolvendo navios, incluindo as peculiaridades do Plano de Desembarque, possa
ser realizado pelos escalões mais baixos. À medida que o planejamento se
28. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL
processa, poderão ocorrer limitadas revisões no esboço inicial do Anexo "A" ao
Plano de Embarque.
3.3.2 - Unidade de Embarque
a) Definição
Consiste de dois ou mais ElmEmb (quando formados), uma combinação de
Elementos e Grupamentos de Embarque (quando necessária) ou dois ou mais
GptEmb (quando o Elemento não for organizado). É o escalão que se segue, em
subordinação, na cadeia de comando, ao do GpEmb. A Unidade de Transporte é o
escalão naval correspondente.
b) Planejamento da Unidade de Embarque
O Comandante da UEmb recebe, principalmente por meio do Anexo "A" ao Plano
de Embarque do Grupo de Embarque, as informações sobre a composição da sua
Unidade em termos de tropas, equipamentos e material, juntamente com os navios
designados. De posse desses dados, organiza sua Unidade em Elementos (quando
necessários) e GptEmb.
A UEmb é o escalão onde, normalmente, são exercidos o controle direto e a
coordenação das atividades dos escalões subordinados.
Do mesmo modo que no GpEmb, a composição dos Elementos ou Grupamentos
de Embarque é disseminada pelo Anexo "A" ao Plano de Embarque (ver Tab 3.2).
Nele, está contida a designação dos navios, bem como as tropas, os equipamentos
e o material a serem embarcados nos respectivos navios. Juntamente com o Anexo
"A", são disseminadas as características dos navios.
3.3.3 - Elemento de Embarque
a) Definição
Consiste de dois ou mais GptEmb. É o escalão que se segue ao da UEmb, na
Organização para o Embarque, e, normalmente, também na cadeia de comando.
O Elemento de Transporte é o escalão naval correspondente.
b) Planejamento do Elemento de Embarque
Normalmente, o ElmEmb não planeja e, conseqüentemente, não elabora o seu
Plano de Embarque.
Ele é formado apenas quando a situação, face a um grau maior de complexidade,
requeira escalões adicionais para o controle do planejamento e da execução do
embarque. Pode estar ligado à UEmb ou diretamente ao GpEmb.
29. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL
Caso típico de necessidade de formação de ElmEmb ocorre quando uma unidade
de tropa embarca em mais de um navio. Nesse caso, a unidade terá um Oficial de
Embarque para cada GptEmb e se faz necessária uma coordenação adicional do
Oficial de Embarque da unidade. O Comandante da unidade de tropa é o
Comandante do ElmEmb, e assim deve ser designado na ordem preparada pela
Unidade ou Grupo de Embarque.
30. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 3-7 - ORIGINAL
UNIDADE DE EMBARQUE ALFA
Gpt
Cmte Gpt
Oficial de Embarque
ALFA – 1
CMG(FN) A
CT (FN B
ALFA – 2
CMG(FN) C
CT (FN D
ALFA – 3
CMG(FN) E
CT (FN F
ALFA – 4
CMG(FN) G
CT (FN H
Navio: Nome e Número
Capacidade - Of – Pr
Viaturas - m2
C. Geral – m3
Capacidade Total
205 - 1645
4443
0
NAeL
43 - 207
0
0
NDD
27 - 287
1443
0
NDCC
36 - 518
1500
0
NTrTA
99 - 633
1500
0
Unidades / Subunidades
Of - Pr
Vtr - m2
- t
C. Geral – m3
- t
CmdoDivAnf
15 - 30
0 - 0
0 - 0
1º BtlInfFuzNav (-)
30 - 610
180 - 40
0 - 0
6 - 170
0 - 0
0 - 0
(a)9 - 1116
0 - 0
0 - 0
15 - 340
320 - 50
0 - 0
2º BtlInfFuzNav (-)
30 - 610
320 - 50
0 - 0
30 - 610
320 - 50
0 - 0
1ª Bia0105mm (-)
4 - 106
360 - 80
0 - 0
4 - 106
360 - 80
0 - 0
1º PelCC, CiaCC
1 - 16
82 - 65
0 - 0
1 - 16
(b)82 - 65
0 - 0
1º PelPion, CiaPion
2 - 74
12 - 2
0 - 0
2 - 74
12 - 2
0 - 0
CiaCLAnf (-)
3 - 70
520 - 385
0 - 0
3 - 70
520 - 385
0 - 0
DstBtlLogFuzNav
3 - 60
240 - 40
0 - 0
3 - 60
(d)240 - 40
0 - 0
Total da Tropa
88 - 1576
1714 - 662
0 - 0
21 - 200
0 - 0
0 - 0
15 - 250
334 - 107
0 - 0
22 - 516
1060 - 505
0 - 0
30 - 610
320 - 50
0 - 0
Suprimentos da ForDbq m3
- t
Classe I 300 - 3 (e)244 - 1,44 (e)12 - 0,12 144 - 1,44
Classe II/IV 600 - 10 (e)288 - 4,8 (c)24 - 0,4 288 - 4,8
AP 400 - 10 (e)192 - 4,8 (c)16 - 0,4 192 - 4,8
Classe V
AE 100 - 5 52 - 2,9 43 - 2,1
Classe III 50.000 l - 50 38.500 l - 38,5 11.500 l - 11,5
Total de Suprimentos
1400 - 28
50.000 l - 50
681 - 13,94
38.500 l - 38,5
95 - 3,02
11.500 l - 11,5
624 - 1,84
Total Geral
88 - 1576
1714 - 662
1400 - 28,9
50.000 l - 50
21 - 200
0 - 0
0 - 0
0 - 0
15 - 250
334 - 107
681 - 13,94
38.500 l - 38,5
22 - 516
1060 - 505
95 - 3,02
11.500 l - 1,5
38 - 618
320 - 50
624 - 11,04
NOTAS: (a) 9 Of e 100 Pr transferência pré Hora-H para o NDCC
(b) 82º
m2
pré-carregados em 1 EDCG
(c) 12º
m2
pré-carregados em 1 EDCG
(d) 10º
m2
pré-carregados em 1 EDCG
(e) Estivados em local para viaturas
Tab 3.2 - Organização para o embarque e distribuição das unidades pelos navios
31. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 3-8 - ORIGINAL
O ElmEmb distribui os navios recebidos diretamente aos Oficiais de Embarque
de cada GptEmb, assim como tropas, equipamentos e suprimentos a serem
embarcados nos respectivos navios.
3.3.4 Grupamento de Embarque
a) Definição
Consiste de tropas com seus equipamentos e suprimentos embarcados em um
único navio. É a organização básica da tropa para o embarque. O navio é o
escalão naval correspondente.
b) Planejamento do Grupamento de Embarque
O efetivo planejamento no GptEmb é altamente dependente do recebimento, o
mais cedo possível, de informações do escalão superior. O planejamento
detalhado inicia com a designação do navio e do correspondente GptEmb.
Outras informações também se fazem necessárias ao planejamento do
Grupamento, dentre as quais podemos citar os seguintes:
- designação do Oficial de Embarque;
- estabelecimento de ligação contínua com o Oficial de Carga do navio;
- preparação detalhada do Plano de Embarque e seu anexo, Plano de
Carregamento;
- designação do Pelotão do Navio;
- estabelecimento de ligação com o Oficial de Controle de Embarque na área de
embarque;
- preparação do programa de movimento de tropa, viaturas, equipamentos e
suprimentos para a área de embarque; e
- preparação de um Plano de Segurança da Carga na área de embarque.
O Comandante do GptEmb é designado na Ordem de Embarque da Unidade ou
do Grupo de Embarque, sendo, normalmente, o Oficial mais antigo da tropa a
bordo. Ele é responsável pelo preparo do Plano de Carregamento para todas as
unidades e suprimentos a embarcar no navio, preparo este conduzido pelo
Oficial de Embarque do Grupamento de Embarque.
Exemplos:
Os Anexos D e E, desta publicação, apresentam exemplos de organização da
ForDbq para o embarque e distribuição das Unidades pelos navios.
32. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 3-9 - ORIGINAL
3.4 - QUADRO RESUMO
A Tab 3.3 apresenta uma síntese das organizações da ForDbq para o embarque.
ESCALÃO AÇÃO BÁSICA
DOCUMENTO DE
PLANEJAMENTO
ESCALÃO NAVAL
CORRESPONDENTE
GpEmb
Organização da tropa para
o embarque e distribuição
de meios
Plano de Embarque Grupo de Transporte
UEmb
Controle direto e
coordenação de atividades
Plano de Embarque Unidade de Transporte
ElmEmb
Coordenação interna da
unidade que compõe o
ElmEmb
Não planeja Elemento de Transporte
GptEmb Execução do Embarque
Plano de Embarque
e seu anexo Plano
de Carregamento
Navio
Tab 3.3 - Organizações da ForDbq para o embarque
3.5 - ORGANIZAÇÃO PARA O EMBARQUE E DISTRIBUIÇÃO DAS UNIDADES
PELOS NAVIOS
A preparação do documento intitulado Organização para o Embarque e Distribuição
das Unidades pelos Navios é realizada nos escalões Grupo e Unidade de Embarque.
Esse documento não faz parte de nenhum Plano de Carregamento, mas, é incluído
como Anexo ao Plano ou Ordem de Embarque. Seu propósito é duplo: serve como
uma conveniente folha de trabalho para facilitar a localização das unidades e
suprimentos nos navios designados, e, também, como meio de divulgação dessas
informações nos Planos e Ordens de Embarque.
De uma maneira geral dele consta:
- a capacidade dos navios designados;
- a quantidade de pessoal a ser embarcado;
- a distribuição das unidades da tropa; e
- a proporção de veículos, equipamentos e suprimentos a serem embarcados nos
diversos navios.
O Anexo F desta publicação apresenta um exemplo de confecção deste documento.
33. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 4
OFICIAIS DE EMBARQUE E DE CARGA
4.1 - GENERALIDADES
Oficiais de Embarque e de Carga devem ser conhecedores da técnica de planejamento e
de supervisão do embarque e carregamento para a realização de Operações Anfíbias.
Nas diversas organizações da tropa, os Oficiais de Embarque são considerados como
pertencentes ao Estado-Maior Especial do Comando no qual exercem suas funções. Nos
navios ou no EM de organizações navais, os Oficiais de Embarque são designados
Oficiais de Carga do Navio ou do Comando, se for o caso. Esses Oficiais assessoram
seus respectivos Comandantes no planejamento para o embarque e supervisionam sua
execução, mantendo estreita ligação entre si, desde o início do planejamento até o
término da descarga.
4.2 - CORRESPONDÊNCIA DE FUNÇÕES
A correspondência de funções entre Oficiais de Embarque e Oficiais de Carga, dentro
da organização para o embarque, é a que se segue:
UNIDADES DA TROPA UNIDADES NAVAIS
Oficial de Emb da ForDbq Oficial de Carga da ForTarAnf
Oficial de Emb do GpEmb Oficial de Carga do Grupo de Transporte
Oficial de Emb da UEmb Oficial de Carga da Unidade de Transporte
Oficial de Emb e Carregamento do GptEmb Oficial de Carga do Navio
4.3 - CONHECIMENTOS COMUNS BÁSICOS
Oficiais de Embarque e de Carga devem estar familiarizados com os seguintes assuntos,
a fim de desempenharem suas tarefas:
- costumes e terminologia naval;
- organização interna dos navios;
- organização da ForTarAnf;
- tabelas de organização e de dotação de material das forças anfíbias;
- organização da ForDbq;
- planos táticos e logísticos da ForDbq;
- classificação de suprimentos e equipamentos;
- normas para preparação de suprimentos e equipamentos para embarque, incluindo:
empacotamento, marcação, encaixotamento e impermeabilização;
34. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL
- características das cargas perigosas (eletrólitos, gases comprimidos, produtos químicos
e/ou corrosivos, dentre outros) para fins de carregamento, incluindo: empacotamento,
manuseio, armazenagem e requisitos de segurança;
- princípios e técnicas de embarque e de carregamento de navios;
- fatores de tempo para carga e descarga; e
- características dos navios, embarcações de desembarque, viaturas anfíbias e
helicópteros.
4.4 - OFICIAL DE EMBARQUE DA FORÇA DE DESEMBARQUE
Compete ao Oficial de Embarque da ForDbq:
- dirigir a Seção de Embarque no Estado-Maior Especial da ForDbq;
- determinar as necessidades de navios para a ForDbq para posterior solicitação ao
ComForTarAnf;
- recomendar a distribuição dos navios designados para a operação;
- recomendar a programação do movimento dos navios dos Comboios de Assalto e de
Acompanhamento, para que sejam atendidas as necessidades táticas e logísticas da
ForDbq;
- elaborar o Plano de Embarque da Força de Desembarque, submetendo-o à aprovação
do ComForDbq;
- coordenar todas as atividades de carregamento da FForDbq; e
- obter e atualizar os dados sobre o carregamento dos navios a serem empregados.
4.5 - OFICIAL DE EMBARQUE DO GRUPO DE EMBARQUE
Compete ao Oficial de Embarque do GpEmb:
- dirigir a Seção de Embarque no Estado-Maior Especial do Grupo de Embarque;
- obter e atualizar os dados sobre o carregamento dos navios a serem empregados.
- elaborar, em conjunto com os Oficiais de Estado-Maior do Grupo de Embarque e
unidades subordinadas, o documento Organização para o Embarque e Distribuição das
Unidades pelos Navios. Esse documento, sob forma matricial, é concebido com base
na organização da força para o desembarque, no Plano de Desembarque e nas
solicitações encaminhadas pelos comandantes dos escalões subordinados;
- auxiliar, sempre que possível, os comandantes das Unidades de Embarque na
elaboração de suas respectivas organizações de embarque e na distribuição dos navios;
- obter, nos estágios iniciais do processo de planejamento, dados e informações relativos
a equipamentos de estiva e de manobra de peso;
35. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL
- elaborar, em conjunto com o Oficial de Carga do Grupo de Transporte correspondente,
o Programa de Carregamento, que é distribuído como um anexo ao Plano de
Embarque;
- programar a utilização das Áreas de Concentração e de Embarque para as Unidades de
Embarque subordinadas;
- elaborar o Plano de Embarque, submetendo-o à aprovação do Comandante do GpEmb;
- supervisionar todas as atividades de carregamento no âmbito do GpEmb; e
- participar do Grupo Tático-Logístico (TAT-LOG).
4.6 - OFICIAL DE EMBARQUE DA UNIDADE DE EMBARQUE
Compete ao Oficial de Embarque da UEmb:
- dirigir a Seção de Embarque no Estado-Maior Especial da UEmb;
- elaborar, em conjunto com os principais Comandantes e Oficiais de EM das tropas que
compõem a UEmb, o documento Organização para o Embarque e Distribuição das
Unidades pelos Navios, submetendo-o à aprovação do Comandante da UEmb;
- distribuir o programa da utilização das áreas de reunião de carga, das áreas de escala
para viaturas e dos pontos de embarque para os Elementos e Grupamentos de
Embarque subordinados;
- elaborar um completo Plano de Embarque da Unidade, submetendo-o à aprovação do
Comandante da Unidade;
- auxiliar os oficiais de embarque dos escalões subordinados na elaboração dos seus
respectivos Planos de Carregamento; e
- participar do Grupo TAT-LOG.
4.7 - OFICIAL DE EMBARQUE DO ELEMENTO DE EMBARQUE
Um ElmEmb, quando formado como parte de uma UEmb, normalmente não requer um
Oficial de Embarque específico para realização das tarefas relativas ao embarque da
tropa. A designação e distribuição do pessoal, suprimentos e equipamentos para os
diferentes navios são feitas no nível Unidade, com base nas recomendações e
solicitações encaminhadas pelos Comandantes dos ElmEmb. Esse procedimento
simplifica o planejamento para o embarque, facilita a distribuição antecipada dos
Grupamentos pelos navios, contribui para a otimização dos trabalhos do EM e resulta
num adequado aproveitamento dos espaços a bordo.
Quando um ElmEmb, devido a seu efetivo e ao número de navios a disposição, torna
necessária a presença de um Oficial de Embarque no EM, suas funções e atribuições
36. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL
serão as mesmas exercidas pelo Oficial de Embarque da UEmb.
4.8 - OFICIAL DE EMBARQUE E CARREGAMENTO DO GRUPAMENTO DE
EMBARQUE
4.8.1 - Designação
O Oficial de Embarque e Carregamento do GptEmb deve possuir conhecimento e
experiência no planejamento e nas atividades relativas ao embarque.
Ele deve ser indicado pela unidade que constitui o núcleo do GptEmb. Sua
designação para tais funções é de caráter temporário, mas, após sua designação,
deve ser substituído e dispensado de suas demais atribuições.
4.8.2 - Auxiliares
Pessoal qualificado deve ser designado para auxiliar o Oficial de Embarque e
Carregamento do Grupamento, tão logo seja possível.
4.8.3 - Responsabilidade
O Comandante do GptEmb é responsável pelo carregamento oportuno e adequado do
seu Grupamento. As tarefas relativas à elaboração dos planos detalhados de
carregamento e supervisão pessoal do carregamento efetivo dos navios são,
normalmente, atribuídas ao Oficial de Embarque e Carregamento do Grupamento.
4.8.4 - Tarefas Gerais
Compete ao Oficial de Embarque do GptEmb:
- atuar como representante direto do Comandante do GptEmb nos assuntos relativos
ao embarque da tropa e carregamento da carga;
- estabelecer e manter ligação entre o Comandante do GptEmb e o Comandante do
navio designado para a operação;
- elaborar planos detalhados de carregamento para o navio no qual o Grupamento
embarcará. Normalmente, na elaboração do plano, será assessorado pelo Oficial de
Carga do Navio;
- elaborar o Plano de Carregamento; e
- auxiliar no planejamento e na execução da descarga.
37. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 5-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 5
EXECUÇÃO DO EMBARQUE
5.1 - GENERALIDADES
O embarque deverá ser executado de acordo com os Planos de Embarque aprovados e é
uma responsabilidade mútua das Forças Navais, Força de Desembarque e Agências de
Apoio Externo. As seguintes definições são aplicáveis:
5.1.1 - Montagem
Inclui todos os preparativos feitos em áreas designadas para tal, preliminarmente ao
embarque para uma OpAnf. Compreende a reunião, preparação e manutenção da
Área de Montagem, movimento para os Pontos de Embarque e subseqüente
embarque.
5.1.2 - Preparação
São as ações conduzidas pelas unidades participantes de uma OpAnf que se
movimentam para áreas de ocupação temporária, nas proximidades dos Pontos de
Embarque, onde completam a preparação para o combate e preparam para o
carregamento.
5.1.3 - Área de Concentração
É uma área para a reunião de forças ou unidades, quando a distância da Área da Base
for considerável em relação à Área de Embarque.
5.1.4 - Área de Embarque
É um local que inclui um grupo de Pontos de Embarque, na qual os preparativos
finais para o embarque são completados e os carregamentos previstos são efetivados.
Ela inclui também as diversas áreas de reunião de carga e reunião de viaturas.
5.1.5 - Área de Montagem
É uma área onde as forças designadas para uma OpAnf, com seus equipamentos, são
reunidas, preparadas e carregadas em navios. Contém, no seu interior, a Área de
Concentração e Área de Embarque (ver Fig 5.1).
5.1.6 - Embarque
É o carregamento das tropas com seus equipamentos e suprimentos nos navios
designados.
5.1.7 - Área de Base
É uma área definida pela existência de instalações e recursos a serem aproveitados e,
se necessário, expandidos com o propósito de apoiar as operações a serem
38. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 5-2 - ORIGINAL
conduzidas.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO
(SOMENTE NECESSÁRIA SE A ÁREA DA BASE ESTIVER A
UMA DISTÂNCIA CONSIDERÁVEL DA ÁREA DE EMBARQUE)
ÁREA
DE
MONTAGEM
ÁREA
DE
MONTAGEM
ÁREA DE EMBARQUE
ÁREA DE
REUNIÃO
DE CARGA
ÁREA DE
REUNIÃO
DE VIATURA
ÁREA DE
REUNIÃO
DE CARGA
ÁREA DE
REUNIÃO
DE VIATURA
PONTOS DE EMBARQUE
Fig 5.1 - Diagrama Esquemático da Área de Montagem
5.1.8 - Ponto de Embarque
É o lugar, em que um navio é carregado. Um ponto é designado para uso por um
Grupamento de Embarque.
5.2 - SELEÇÃO DAS ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO E EMBARQUE
5.2.1 - Áreas de Concentração
A fim de facilitar o movimento final para as Áreas de Embarque, o ComForDbq
seleciona locais adequados para Áreas de Concentração da tropa, nas proximidades
das Áreas de Embarque. Uma Área de Concentração deve possuir espaço e
instalações adequadas para acomodar as diversas unidades que nela se reunirão.
Atenção especial deverá ser dada à dispersão das Áreas de Concentração, a fim de
evitar a vulnerabilidade da tropa. Para preservar o aprestamento da tropa, quando
Áreas de Concentração são utilizadas, ela deve ser mantida nessas áreas apenas o
tempo compatível com as necessidades de transporte, segurança e de manutenção.
Caso ocorram movimentos sucessivos para a Área de Embarque, ou no caso de
tropas que serão conduzidas para a AOA após a realização do Assalto Anfíbio,
poderá ser necessária a manutenção da organização da Área de Concentração. A
Organização para Embarque poderá ser ativada durante a concentração, de tal
maneira que uma checagem final de tropas e equipamentos possa ser feita e possam
39. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 5-3 - ORIGINAL
ser corrigidas eventuais deficiências.
5.2.2 - Áreas de Embarque
A seleção de Áreas de Embarque é influenciada pelos seguintes fatores:
- espaços disponíveis no cais, nos atracadouros e nas praias selecionadas para
carregamento dos navios;
- tempo disponível para o carregamento;
- disponibilidade e adequabilidade das instalações e locais para armazenagem;
- adequabilidade da rede de estradas e áreas disponíveis para manuseio da carga;
- disponibilidade de serviços portuários e outras facilidades pertinentes;
- disponibilidade de fundeadouros;
- adequabilidade das praias quanto à abicagem de ED e navios, assim como em
relação a operações com VtrAnf; e
- disponibilidade de instalações aeroportuárias adjacentes ou dentro de uma distância
razoável do local de embarque.
Observação: Os fatores acima também são aplicáveis quando da seleção de Pontos de
Embarque
5.3 - RESPONSABILIDADES
5.3.1 - ComForTarAnf
- exercer o controle total e a supervisão da execução do embarque, de acordo com o
Programa de Embarque e Planos de Carregamento;
- determinar a movimentação dos navios de assalto para os Pontos de Embarque, de
acordo com o Programa de Embarque;
- coordenar, com as agências externas, o controle do embarque e o movimento para
os Pontos de Embarque; e
- providenciar facilidades de comunicações, a bordo, incluindo adequadas medidas
de segurança.
5.3.2 - ComForDbq
- preparar a ForDbq para o embarque;
- requisitar qualquer apoio necessário ao carregamento do material das forças;
- determinar a movimentação da tropa a ser embarcada para as Áreas de Montagem e
reunir carga e pessoal em terra, de acordo com o Programa de Embarque e Planos
de Carregamento;
- estabelecer um Escritório de Controle de Embarque em terra; e
40. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 5-4 - ORIGINAL
- estabelecer as comunicações em terra nas Áreas de Montagem, incluindo as
medidas adequadas de segurança de comunicações.
- prever equipamento adicional de comunicações para uso na Área de Embarque.
Sempre que possível, deverão ser feitos entendimentos com o comandante da área
na qual o embarque será efetuado, para prover as necessidades de comunicações em
terra.
5.3.3 - Agências Externas
O Comando Superior ao ComForTarAnf atribui tarefas às Agências Externas à
ForTarAnf e à ForDbq. Suas responsabilidades podem incluir:
- especificar e tornar disponíveis Áreas de Concentração necessárias, Áreas de
Embarque, Pontos de Embarque, e desenvolver e operar as facilidades existentes
nelas;
- providenciar suprimentos autorizados e serviços para a ForTarAnf, incluindo
suprimentos para serem carregados e facilidades de comunicações para uso durante
o embarque;
- coordenar e controlar os movimentos administrativos dentro da Área de Montagem;
- prover a segurança das Áreas de Montagem; e
- providenciar, em cada Ponto de Embarque, o equipamento de carregamento nos
atracadouros e praias, isolamentos para a carga, assistência técnica, equipes de
estiva e outros auxílios para carregamento.
5.3.4 - Comandantes de Navios
- assegurar que todos os compartimentos destinados à tropa estejam em condições de
uso, de acordo com as tabelas de características dos navios;
- manusear, carregar e estivar a carga em seus navios, de acordo com os Planos de
Carregamento. A sua responsabilidade pela carga começa a partir do início do
içamento da carga ou transporte de cada peça de carga por pessoal sob seu controle.
Quando transportada, içada ou carregada por pessoal que não esteja sob seu
controle, sua responsabilidade começa quando a carga for aceita e estiver estivada
em segurança a bordo;
- prover pessoal necessário para o carregamento do material (manobra de escotilha,
manobra de guindaste e manuseio de carga), exceto o Pelotão do Navio, cujo
pessoal é providenciado pela ForDbq;
- prover necessidades de barcaças e embarcações de desembarque para o
41. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 5-5 - ORIGINAL
carregamento de navios fundeados;
- prover manuseio da carga e cabos de amarração, incluindo ganchos, cabos-guia e
demais equipamentos, como prescrito na dotação do navio; e
- acolher o pessoal do Destacamento Precursor do GptEmb.
5.3.5 - Comandante do Grupamento de Embarque
- assegurar que pessoal, equipamentos e suprimentos estejam prontos para o
embarque, de acordo com o Plano de Carregamento do GptEmb. Isto inclui a
preparação dos equipamentos e dos suprimentos, tais como abastecimento dos
tanques de combustível, carregamento da carga prescrita nas viaturas, exceto a
carga prescrita individual, e carros de combate, impermeabilização de viaturas e
carros de combate, marcação de suprimentos, equipamentos, paletização e
empacotamento;
- providenciar o embarque de um Destacamento Precursor, do Pelotão do Navio, no
navio designado, 48 horas antes da chegada do contingente principal da tropa,
visando a facilitar o embarque do Grupamento;
- organizar e operar um Escritório de Controle do GptEmb no Ponto de Embarque;
- prover material para o apoio e acomodação da carga.
- verificar a disponibilidade de ganchos, estropos, espaçadores e cabos necessários
para amarração de carga, no navio; e
- assegurar que o pessoal necessário à execução dos serviços em terra, nos
atracadouros ou praia e para o carregamento de helicópteros esteja pronto de acordo
com o estabelecido no Plano de Embarque.
5.4 - PROGRAMA DE EMBARQUE E ORGANIZAÇÃO NAVAL
Duas situações distintas influenciam a execução do embarque pelos escalões navais:
quando feito em um mesmo porto ou complexo portuário ou quando os navios devam
movimentar-se entre dois ou mais complexos portuários, para atender aos Programas de
Embarque.
5.4.1 - Carregamento no mesmo porto
O Programa de Carregamento, normalmente, é preparado pelo ComForTarAnf, ou
seu representante. Esse programa, normalmente, inclui:
- nome de cada navio e indicativo de costado;
- cais ou fundeadouro;
- instalações portuárias;
42. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 5-6 - ORIGINAL
- tempo de carregamento;
- carga ou unidade a ser embarcada;
- instruções pós-carregamento: Ex.: movimento para a área de reunião, rotas a serem
seguidas, etc.
5.4.2 - Carregamento em portos diferentes
Nesse caso, normalmente, será organizado um Grupo de Movimento de
Carregamento (Unidade/Elemento). Essa organização por tarefas é formada com o
propósito de proteger e controlar o movimento dos navios entre portos e pontos de
reunião. O Grupo de Controle de Carregamento (Unidade/Elemento), estabelecido
em cada porto, controla os locais de fundeio e atracação designados, providencia o
carregamento de embarcações e navios quando necessário, cumpre os Programas de
Carregamento e adota medidas de segurança, liberando os navios para incorporação
às suas organizações por tarefas, conforme o programado. Nem o Grupo de
Movimento de Carregamento, nem o Grupo de Controle de Carregamento
relacionam-se diretamente com a organização para embarque da ForDbq, mas, de um
modo geral, pode-se assumir que o GpEmb executará seu planejamento em nível
paralelo ao do Grupo de Controle de Carregamento.
5.5 - PREPARAÇÃO DO PONTO DE EMBARQUE
5.5.1 - Generalidades
As diretivas do escalão superior determinam as Áreas de Embarque a serem usadas.
Estas Áreas de Embarque bem como os Pontos de Embarque que a integram são
atribuídos aos vários GpEmb. A cada GptEmb corresponde um Ponto de Embarque.
Além do Ponto de Embarque, as Áreas de Reunião de Carga e de Reunião de
Viaturas são designadas para uso pelos GptEmb.
5.5.2 - Melhoramentos
O Oficial de Embarque do GptEmb realiza uma inspeção preliminar no Ponto de
Embarque, Área de Reunião de Carga e Área de Reunião de Viaturas designadas
para o seu Grupamento. Essa inspeção inicial determina se as instalações são
adequadas ou se são necessários melhoramentos. Os seguintes melhoramentos
podem ser considerados:
- limpeza e nivelamento das Áreas de Reunião de Carga e de Reunião de Viaturas;
- construção de rampas para carregamento de embarcações de desembarque e navios
de desembarque, se carregando em um Ponto de Embarque na praia;
43. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 5-7 - ORIGINAL
- instalação de pontos visando maximizar o controle do Embarque; e
- ampliar as facilidades de comunicações.
5.6 - ESCRITÓRIOS DE CONTROLE DE EMBARQUE
Os Escritórios de Controle do GpEmb, Unidade (Elemento se formado) e GptEmb
poderão ser estabelecidos e funcionarão tanto durante a concentração quanto no
embarque (ver Fig 5.2). O Escritório de Controle do GptEmb é, usualmente, localizado
próximo à parte central do cais ou na praia. O Escritório de Controle do GpEmb e os
Escritórios de Controle das UEmb deverão ser localizados centralizados nas Áreas de
Embarque. O pessoal, nesses escritórios, fornece as direções e informações para o
embarque ordenado das organizações da tropa. Um representante dos vários Oficiais de
Embarque deverá estar no Escritório de Controle da sua organização durante todo o
tempo, para proporcionar dados sobre o carregamento quando necessário.
PONTOS DE
EMBARQUE
PONTOS DE
EMBARQUE
PONTOS DE
EMBARQUE
ESCRITÓRIO DE CONTROLE DO
GRUPAMENTO DE EMBARQUE
ESCRITÓRIO DE CONTROLE DO
GRUPAMENTO DE EMBARQUE
ESCRITÓRIO DE CONTROLE DO
GRUPAMENTO DE EMBARQUE
ÁREA DE
REUNIÃO DE
VIATURA
ÁREA DE
REUNIÃO DE
CARGA
ÁREA DE
REUNIÃO DE
CARGA
ÁREA DE
REUNIÃO DE
CARGA
ÁREA DE
REUNIÃO DE
VIATURA
ÁREA DE
REUNIÃO DE
VIATURA
NAVIO
CAPITÂNEA
UNIDADE
TRANSPORTE
ESCRITÓRIO DE CONTROLE
UNIDADE DE EMBARQUE
FUNÇÕES
- CONTROLE DE TRÁFEGO
- INFORMAÇÕES PARA CARREGAMENTO
- COORDENAÇÃO E CONTROLE
- SEGURANÇA
ESCRITÓRIO DE CONTROLE
DO GRUPO DE EMBARQUE
ÁREA BASE
AQUARTELAMENTO
ÁREA(S) DE REUNIÃO
DE CARGA DA
UNIDADE DE EMBARQUE
ÁREA DE REUNIÃO
DE VIATURAS DA
UNIDADE DE EMBARQUE
PONTO DE
CONTROLE DE
TRÁFEGO
PONTOS DE
SEGURANÇA
LEGENDA:
Circuito fio e/ou rádio....
Rede rádio.......................
Fig 5.2 - Escritórios de Controle de Embarque e Sistema de Comunicações
44. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 5-8 - ORIGINAL
5.7 - FACILIDADES DE COMUNICAÇÕES PARA EMBARQUE
As facilidades de comunicações são planejadas e providenciadas pela ForDbq:
- entre as Áreas de Embarque e a Área de Base ou Aquartelamento ou Área de
Concentração, se empregada;
- entre a Área de Embarque e as forças no mar, no que diz respeito ao carregamento; e
- dentro da Área de Embarque, entre os Escritórios de Controle, Áreas de Reunião de
Carga e Áreas de Reunião de Viaturas.
5.8 - MOVIMENTO PARA A ÁREA DE EMBARQUE
5.8.1 - Carga
Os suprimentos, equipamentos e viaturas, constantes da organização, usualmente
chegam à Área de Embarque 24 horas antes da data prevista para o início do
carregamento.
5.8.2 - Pessoal
O Pelotão de Navio deverá chegar para o embarque pelo menos 48 horas antes de
iniciar qualquer carregamento. A chegada do GptEmb, como um todo, deverá ser
coordenada com o término do carregamento da carga. A chegada da primeira unidade
a ser embarcada deverá coincidir com o término do carregamento; deste modo, as
tropas poderão embarcar imediatamente. Os guias conduzirão a tropa às cobertas ou
camarotes designados.
5.9 - ÁREAS DE REUNIÃO DE CARGA E VIATURA
Com base no Plano de Carregamento aprovado, o Oficial de Embarque do GptEmb
coloca suas equipes de manobra de cargas nas áreas de reunião designadas.
5.9.1 - Área de Reunião de Carga
A Área de Reunião de Carga é dividida em Seções, correspondendo aos porões do
navio e níveis de convés. Tão logo a carga seja recebida, é organizada de acordo com
o porão e nível de convés dentro do porão. A carga a ser carregada por último é
disposta em uma Seção mais afastada do litoral, cais ou Pontos de Carregamento de
Helicópteros.
5.9.2 - Área de Reunião de Viaturas
As viaturas são estacionadas em uma Área de Reunião de Viaturas, designada de
acordo com os porões e níveis de porões nos quais elas serão carregadas. Elas são
estacionadas de tal modo que as viaturas com a mais baixa prioridade de
desembarque fiquem na primeira linha e sejam as primeiras viaturas carregadas no
45. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 5-9 - ORIGINAL
navio. A última viatura a ser carregada no navio tem a mais alta prioridade de
desembarque.
5.10 - SEGURANÇA
Deverão ser estabelecidos postos de vigilância suficientes para prover a segurança aos
suprimentos e equipamentos armazenados em uma área de embarque. A
responsabilidade para prover pessoal para o serviço de segurança pode ficar com uma
Agência Externa ou com a ForDbq. Em ambos os casos, ordens ou diretivas
publicadas ressaltam os deveres do pessoal designado para o serviço, devendo,
também, conter instruções, tais como proibição de atear fogo, fumar próximo de
suprimentos e equipamentos, particularmente itens Classe III e Classe V.
Pessoal de Contra-Inteligência deverá ser consultado para orientação específica com
respeito à segurança do movimento, medidas de contra-sabotagem e problemas
relacionados com segurança que podem surgir durante o embarque.
5.11 - DESTACAMENTO DE CARREGAMENTO E EQUIPES DE MANUSEIO
Todo o pessoal envolvido no manuseio de carga deve estar familiarizado com os
procedimentos de estiva e com o Plano de Carregamento, de modo a assegurar
agilidade no carregamento e disponibilidade de equipamentos e suprimentos, em
obediência às prioridades estabelecidas, por ocasião do desembarque da tropa.
5.11.1 - Pelotão do Navio
Este Pelotão é responsável pela preparação e manutenção dos compartimentos
utilizados pela tropa durante a OpAnf. Um destacamento deste Pelotão, chamado
Destacamento Precursor, será designado para carregar e descarregar o Navio. O
efetivo do Pelotão varia, dependendo do tipo do navio, do número de porões a
serem carregados, do tipo da carga a ser manuseada, do tamanho dos porões e
programa de carregamento. O Pelotão do Navio empregado nos NDD e NDCC é,
normalmente, nucleado em um Pelotão de Fuzileiros Navais (PelFuzNav). Quando
o carregamento é feito por estivadores, os militares do Pelotão do Navio ficarão
posicionados nos porões para observar e checar o carregamento, uma vez que eles
podem ser escalados para descarregar a mesma carga na AOA. O Comandante do
Pelotão e o Oficial de Embarque devem remanejar os homens entre os porões,
conforme o trabalho aumente ou diminua. Em uma seção de porão recebendo
viaturas, quatro homens serão suficientes para fixar as viaturas e movê-las para a
posição. Em um porão recebendo munição, dois destacamentos de doze homens
46. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 5-10 - ORIGINAL
cada podem ser necessários. O Pelotão de Navio inclui Sargentos encarregados
dos porões de vante e de ré, e chefes do grupo de estiva, que devem manter um
registro preciso dos suprimentos e equipamentos carregados. Antes do
carregamento, os membros do Pelotão do Navio deverão ser adestrados em
manuseio de carga e métodos de estiva, operação de equipamento para manuseio de
carga e carregamento de helicópteros.
5.12 - ESTIVA
5.12.1 - Carga
A Carga é estivada em seções de porões, de acordo com os planos prescritos para
cada seção. É necessário um perfeito cumprimento do Diagrama de Estiva, para
assegurar a disponibilidade da carga para o descarregamento, como previsto. A
carga deverá estar firmemente peiada, visando sua segurança durante a travessia.
5.12.2 - Viaturas
As viaturas são carregadas e estivadas de acordo com as prioridades estabelecidas.
Para minimizar o perigo das amarrações se afrouxarem devido ao balanço do navio,
as viaturas deverão ser posicionadas no sentido longitudinal proa/popa nos porões.
Uma vez posicionadas dentro do porão, as viaturas deverão ser calçadas,
bloqueadas e seguras com correntes de amarração, para impedir movimentos
durante a travessia. Se as viaturas forem embarcadas para um período que exceda a
cinco dias e não puderem ser ligadas a cada 48 horas, os cabos da bateria devem ser
desconectados e as braçadeiras dos mesmos envoltas em fita isolante.
47. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 6-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 6
EMBARQUE EM AERONAVES
6.1 - PROPÓSITO
As aeronaves podem ser empregadas quando a situação o exigir bem como para
deslocar pessoal, equipamentos e suprimentos, no atendimento a uma programação
previamente elaborada ou em uma emergência.
6.2 - TIPOS DE MOVIMENTOS AÉREOS
6.2.1 - Administrativo
Consiste no deslocamento de pessoal, equipamentos e suprimentos, por aeronaves,
entre aeroportos, quando as considerações de caráter tático são de pouca importância,
sendo as aeronaves carregadas pela sua máxima capacidade de carga.
6.2.2 - Tático
Consiste no deslocamento de pessoal, equipamentos e suprimentos, por aeronave, no
qual considerações de caráter tático são primordiais no carregamento e na descarga.
6.3 - PLANEJAMENTO
No planejamento de um transporte aéreo, o pessoal, equipamentos e suprimentos a
serem transportados devem atender ao cumprimento da missão e serem compatíveis
com os meios aéreos disponibilizados.
A prioridade de deslocamento a ser atribuída deve atender às seguintes considerações:
- plano tático;
- apoio disponível no aeroporto de destino;
- o escalonamento de meios adicionais necessários para o prosseguimento das
operações; e
- tipos e quantidades de aeronaves disponíveis.
O sucesso de qualquer movimento aéreo depende, sobremaneira, do entendimento
mútuo das responsabilidades específicas entre a unidade aérea e a unidade da tropa. De
uma maneira geral, as áreas de responsabilidade são as seguintes:
- a unidade aérea fornece os elementos técnicos necessários para orientar e controlar o
movimento do pessoal, do equipamento e dos suprimentos;
- a unidade da tropa prepara o pessoal, os equipamentos e os suprimentos para o
transporte aéreo, de acordo com as normas reguladoras e instruções específicas; e
- a unidade da tropa auxilia no carregamento e na descarga das aeronaves.
Normalmente, o planejamento obedece à seguinte seqüência:
48. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 6-2 - ORIGINAL
- determinação das aeronaves necessárias;
- confirmação das aeronaves à disposição;
- preparo dos planos de designação de aeronaves para cada unidade a ser transportada;
- preparo dos programas de carregamento e de movimento; e
- preparo dos planos detalhados de carregamento para cada aeronave.
49. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 7-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 7
DOCUMENTAÇÃO BÁSICA
7.1 - PROPÓSITO
Apresentar os documentos que compõem um Plano de Carregamento a ser utilizado em
uma OpAnf.
7.2 - NAVIOS
O Plano de Carregamento é o documento que indica como a tropa de um GptEmb será
embarcada e seus equipamentos e suprimentos estivados a bordo do navio designado. É
composto por uma documentação básica para o planejamento do embarque e
carregamento e de folhas de trabalho que, apesar de não fazerem parte do Plano de
Carregamento, são importantes para sua consolidação, a saber:
- Manifesto de Carga da Unidade (MCU);
- Quadro de Análise de Carga (QAC);
- Quadro do Sumário e Prioridade de Viaturas (QSPV);
- Quadro de Pessoal e Tonelagem da Unidade (QPTU);
- Quadro Geral de Embarque e Tonelagem (QGET);
- Quadro Geral de Viaturas (QGV);
- Diagrama(s) de Estiva;
- Folha de Estudo de Tempo (FET);
- Folha de Trabalho para Estiva de Carga;
- Manifesto(s) de Carga da Coberta/Porão; e
- Capa do Plano.
As instruções necessárias para o preenchimento constam do Anexo G.
7.2.1 - Manifesto de Carga da Unidade (MCU)
Documento que apresenta, sob forma tabular, informações sobre toda a carga,
excetuando as viaturas e reboques.
O Modelo consta do Apêndice I ao Anexo G.
7.2.2 - Quadro de Análise de Carga (QAC)
Documento de forma tabular, preparado por todas as Unidades, Subunidades,
Frações e/ou Destacamentos que integram um determinado GptEmb, que relaciona
toda a carga que será embarcada para uma operação específica.
O QAC consolidado, uma vez preenchida a coluna “Local de Estiva”, é o documento
do Plano de Carregamento que fornece as informações sobre a carga, inclusive sua
50. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 7-2 - ORIGINAL
localização no navio. Os dados sobre a carga são obtidos do MCU.
O Modelo consta do Apêndice II ao Anexo G.
7.2.3 - Quadro do Sumário e Prioridade de Viaturas (QSPV)
Documento de forma tabular, preparado por cada Unidade, Subunidade, Fração ou
Destacamento, com viaturas a embarcar, o qual relaciona todas as viaturas e
reboques a serem embarcados pela tropa, na seqüência desejada para seu
desembarque.
O QSPV consolidado, uma vez preenchida a coluna “Local de Estiva”, é o
documento do Plano de Carregamento que fornece as informações sobre as viaturas,
reboques, as cargas em viaturas e reboques e sua localização no navio.
O Oficial de Embarque do GptEmb consolida os diversos QSPV, obedecendo as
prioridades estabelecidas pelo Plano de Desembarque.
É um documento importante para a execução do carregamento, descarga e o controle
logístico, durante o MNT.
O Modelo consta do Apêndice III ao Anexo G.
7.2.4- Quadro de Pessoal e Tonelagem da Unidade (QPTU)
Documento de forma tabular, que apresenta um sumário das informações detalhadas
do QAC e do QSPV.
Fornece informações sobre efetivos de pessoal, especificando o número de Oficiais e
de Praças, de acordo com as categorias de alojamento e de arranchamento a bordo do
navio; sobre a carga, por classes de suprimentos; e sobre viaturas. Estas informações
são consolidadas em totais por área, volume e peso da carga.
O Modelo consta do Apêndice IV ao Anexo G.
7.2.5 - Quadro Geral de Embarque e Tonelagem (QGET)
Documento que apresenta de forma tabular, a consolidação das informações a
respeito do embarque de pessoal (oficiais e praças) e do material (área, volume e
peso) do respectivo GptEmb.
O documento relaciona todas as Unidades de Tropa embarcadas, assim como indica
os suprimentos da ForDbq embarcados com o GptEmb.
O Modelo consta do Apêndice V ao Anexo G.
7.2.6 - Quadro Geral de Viaturas (QGV)
Documento que apresenta, de forma tabular, a consolidação das informações a
respeito do embarque das viaturas do respectivo GptEmb.
51. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 7-3 - ORIGINAL
O QGV relaciona todas as viaturas embarcadas por cada destacamento que compõe o
GptEmb, permitindo o controle por tipo de viatura, assim como do que será
embarcado pelos destacamentos.
O Modelo consta do Apêndice VI ao Anexo G.
7.2.7 - Diagrama de Estiva
Representação gráfica, em escala, de todos os compartimentos do navio em que são
estivadas cargas.
7.2.8 - Folha de Estudo de Tempo (FET)
A FET não faz parte do Plano de Carregamento. Ela facilita o planejamento do
carregamento de combate nos navios, mostrando a distribuição das lingadas de
viaturas e carga. Permite estimar o tempo que será gasto para descarregar cada porão
do navio e, consequentemente, toda a carga do GptEmb.
O Modelo consta do Apêndice VII ao Anexo G.
7.2.9 - Folha de Trabalho para Estiva da Carga
A Folha de Trabalho para Estiva da Carga não faz parte do Plano de Carregamento.
Sua confecção permite o cálculo do volume e da área necessários para a estiva de
determinada carga em determinado porão/coberta e, consequentemente, o
planejamento da estiva no porão/coberta propriamente dito.
O Modelo consta do Apêndice VIII ao Anexo G.
7.2.10 - Manifesto de Carga da coberta/porão
O manifesto de carga da coberta/porão não faz parte do Plano de Carregamento. Ele
facilita o controle de toda a carga que está estivada em determinado porão/coberta
O Modelo consta do Apêndice IX ao Anexo G.
7.2.11 - Capa do Plano
Contém a assinatura do Oficial de Embarque e Carregamento e espaço para a
aprovação do Plano pelo Comandante do Grupamento de Embarque e Comandante
do Navio.
O Modelo consta do Apêndice X ao Anexo G.
7.3 - AERONAVES
Os documentos básicos para o embarque e carregamento em aeronaves são:
- Tabela de Pessoal e Suprimentos (TPS);
- Tabela de Emprego de Aeronaves;
- Tabela de Designação de Aeronaves; e
52. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - 7-4 - ORIGINAL
- Manifesto de Passageiros.
As instruções necessárias para o preenchimento constam do Anexo G.
7.3.1 - Tabela de Pessoal e Suprimentos (TPS)
É uma folha de trabalho utilizada pelos comandantes da tropa e da unidade aérea,
durante a fase de planejamento. É preparada pelas unidades subordinadas da
organização da tropa e submetida ao Oficial de Embarque do mais alto escalão, que
prepara a TPS consolidada. Após isso, ela é utilizada, então, pelos comandantes da
tropa e da unidade aérea, para obtenção dos dados para a elaboração da Tabela de
Emprego de Aeronaves.
O Modelo consta Apêndice XI ao Anexo G.
7.3.2 - Tabela de Emprego de Aeronaves
É usada durante a fase do planejamento pelos comandantes da tropa e da aviação.
Todas as unidades aéreas e terrestres recebem cópia. Ela relaciona o emprego das
aeronaves disponíveis para o transporte aéreo:
O Modelo consta Apêndice XII ao Anexo G.
7.3.3 - Tabela de Designação de Aeronaves
É elaborada tão logo estejam definidos a composição da unidade a ser transportada e
o total por tipos de aeronaves. Ela relaciona a designação da tropa por Equipes de
Aeronave, juntamente com seu equipamento inicial de combate e a carga a ser
transportada em cada aeronave. São observados os seguintes aspectos no seu
preparo:
- as unidades são desembarcadas no aeroporto do objetivo, na formação tática;
- o princípio da dispersão é mantido; e
- a máxima capacidade disponível de carga por aeronave é utilizada.
O Modelo consta Apêndice XIII ao Anexo G.
7.3.4 - Manifesto de Passageiros
É preparado para cada Equipe de Aeronave e entregue ao Comandante da Aeronave,
após o embarque do último homem a bordo, relacionando e identificando todo o
pessoal embarcado.
O Modelo consta Apêndice XIV ao Anexo G.
53. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - A-1 - ORIGINAL
ANEXO A
DETERMINAÇÃO INICIAL DAS NECESSIDADES DE NAVIOS PARA
EMBARQUE
1 - GENERALIDADES
A determinação das necessidades de navios para o carregamento de combate da ForDbq,
ou fração dela, requer a análise detalhada dos seguintes fatores:
- efetivo total a ser embarcado;
- total de viaturas e de equipamentos a serem embarcados, em metros quadrados.
Requerem tratamento especial os Carros Lagarta Anfíbios (CLAnf) e outras viaturas
sobre lagartas com alta prioridade de desembarque;
- volume, em m3
de carga, exceto a pré-carregada em viaturas e a conduzida pela tropa,
em suas cobertas;
- o Conceito de Operação em Terra, a Organização por Tarefas e o Plano de
Desembarque;
- necessidades específicas e equipamentos especiais;
- estimativa inicial, da ForTarAnf, do número e tipos de navios que deverão estar
disponíveis; e
- possibilidades e limitações de cada tipo de navio de transporte e de desembarque (dados
de planejamento).
A complexidade de cada operação exigirá um estudo detalhado para o estabelecimento das
referidas necessidades. A fase da travessia pode ser tão curta que torne aceitável uma
sobrecarga de pessoal a bordo dos navios; o emprego de um certo número de navios de
desembarque poderá reduzir a necessidade de navios para transporte de viaturas, tendo em
vista uma conseqüente disponibilidade de espaço para a carga, que poderá ser utilizada
para a estiva de viaturas. Estes são alguns exemplos das muitas variáveis que podem
afetar a determinação das necessidades para cada operação.
A ForDbq faz uma determinação inicial de necessidades de navios, de modo a permitir
que a ForTarAnf faça a designação dos mesmos. Em seguida, a ForDbq adequa estes
meios e começa a organizar-se para o embarque, consolidando aquela determinação inicial
em uma determinação final de necessidades de navios. Esta permitirá a elaboração de seu
Plano de Embarque, com a certeza de que não serão necessárias grandes revisões, depois
que os planos de carregamento forem iniciados.
Por ser uma determinação inicial, dados de planejamento disponíveis com relação às
54. OSTENSIVO CGCFN-334.2
OSTENSIVO - A-2 - ORIGINAL
possibilidades e limitações de cada tipo de navio de transporte e de desembarque podem e
devem ser utilizados. Entretanto, na determinação final das necessidades e alocação de
navios, devem ser consideradas as capacidades reais dos navios de assalto. Visitas aos
navios devem ser programadas de modo a verificar as mudanças estruturais que podem
afetar a determinação inicial.
2 - PROCEDIMENTO DETALHADO
A seguir, é apresentado, passo a passo, o procedimento a ser empregado pelos
planejadores para a determinação de navios, tanto a inicial quanto a final. A fim de dar
maior abrangência, essa determinação inclui meios de que a Marinha do Brasil (MB) não
dispõe, embora isso não impeça que esses meios venham a ser utilizados. Para um melhor
entendimento, é apresentado, no Anexo B, um exemplo do procedimento aqui
preconizado.
2.1 - Determinação das Necessidades de Navios Especiais
a) Determinação da quantidade de Navios de Assalto Anfíbio (NAAnf) e de Navios-
Aeródromos de Helicópteros de Assalto (NAeHA)
- determinar o número de NAAnf ou NAeHA, com base na necessidade de
helicópteros, prevista no Plano de Desembarque;
- aplicar o fator de quebra de estiva (FQE) para os espaços destinados a viaturas;
- aplicar o FQE para os espaços destinados a munição e a carga; e
- deduzir a capacidade dos NAAnf e dos NAeHA dos totais da ForDbq.
b) Determinação de Navios-Aeródromos Ligeiros (NAeL)
No caso dos NAeL, com base na necessidade de helicópteros prevista no Plano de
Desembarque, determinar o número de NAeL e deduzir sua capacidade em pessoal,
dos totais da ForDbq.
c) Outras Determinações
Se a ForDbq precisar realizar tarefas especiais ou necessitar de meios especiais, tais
como de submarinos para o desembarque de unidades de reconhecimento, ou de
Navio Transporte de Órgãos de Comando (NTrOC) para alojar os EM, determinar o
número necessário e deduzir suas capacidades das necessidades totais da ForDbq.
d) Determinação da quantidade de Embarcações de Desembarque de Carga Geral
(EDCG) e de Embarcações de Desembarque de Viaturas e Material (EDVM)
Sempre que essas embarcações forem pré-carregadas com viaturas, decorrerá uma
necessidade de Navios de Desembarque-Doca (NDD) para transportá-las para a