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R1 TI Felipe Bueno
Definição
• Lesão renal aguda:
• Redução súbita da taxa de filtração glomerular (TFG) resultando em retenção
de “lixo” (waste products) produzido pelo metabolismo e desregulação da
homeostase de fluidos, eletrólitos e ácido-base.
• Espectro heterogêneo que inclui:
• Perturbações hemodinâmicas com alteração da perfusão renal e decréscimo
da TFG sem causar dano sobreposto ao parênquima;
• Obstrução parcial ou completa ao fluxo urinário;
• Lesão aguda do parênquima que resulta em disfunção glomerular,
intersticial, tubular ou vascular.
• Causas mais comuns no paciente grave:
• Disfunção pré-renal hemodinamicamente mediada;
• Necrose tubular aguda (NTA) resultante de injúria de isquemia-reperfusão,
exposição a nefrotoxinas e sepse.
Sistemas de classificação
• Definições padronizadas:
• Uniformidade em ensaios clínicos;
• Significado clínico à beira leito desconhecido;
• Aumenta o reconhecimento de casos de LRA;
• Pode haver dissociação a creatinina, a TFG e o estágio de LRA;
• Necessidade de creatinina basal conhecida;
• A concordância entre creatinina sérica e débito urinário não foi estabelecida;
• Baseada no pico de creatinina e não na duração da LRA;
• LRA como doença única e não síndrome heterogênea, sem levar em conta a
causa.
• A oligúria dificulta o manejo, eleva o risco de hipervolemia,
hipercalemia e outros distúrbios, além de estar associada a aumento
de mortalidade.
• Intervenções terapêuticas para aumentar a diurese não mudam a
mortalidade.
Epidemiologia
• Aumento significativo dos casos de LRA:
• Detecção
• Classificação
• Prevalência:
• Homens;
• Afro americanos;
• Idade avançada;
• Gravidade de doença renal crônica (DRC).
• Fatores de risco:
• DM;
• HAS;
• Proteinúria.
Trauma grave
Queimados
Transplante
hepático
TMO
Cx RVM
UTI cardíaca
Incidência
de
20
a
40%
Incidência
de
5
a
10%
LRA na UTI
Perfil dos pacientes
• Mais jovens;
• Homens;
• NTA;
• FMO;
• Necessidade de TSR;
• Mortalidade elevada.
Fatores predisponentes
• Sepse;
• Mais da metade dos casos
• Cirurgia grande porte;
• Choque cardiogênico;
• Hipovolemia;
• Toxicidade medicamentosa;
• Doença hepática avançada.
LRA na UTI
Precoce
• Na admissão
• Em até 48 horas
Tardia
• Após 48 horas
• Pós isquemia
• Ou associada a sepse
• Mortalidade elevada
Patogênese
Necrose tubular aguda
• Forma mais comum de LRA intrínseca
• Causas principais:
• Injúria por isquemia-reperfusão;
• Nefrotoxinas;
• Sepse.
• Frequentemente multifatorial.
Nefrite intersticial aguda
• Infiltração linfocítica do rim
• Causas:
• Medicações
• Infecções
• Desordens autoimunes
• Malignidade
• Apresentação clínica:
• Febre + rash + eosinofilia
• (menos de um terço dos pacientes)
• Contrastes radiológicos
• Relativamente não-tóxicos em indivíduos saudáveis (<1% nefrotoxidade)
• Risco: doença renal preexistente, DM, depleção volume intravascular, uso de
AINE, exposição a altas doses/doses repetidas de contraste
Glomerulonefrite aguda
• Glomerulonefrite pós-infecciosa
• Glomerulonefrite rapidamente progressiva
• Lúpus eritematoso sistêmico
• Vasculites sistêmicas com envolvimento renal
• Síndromes pulmão-rim:
• Doença anti-membrana basal glomerular (Goodpasture)
• Vasculite associada a anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo (ANCA)
• Granulomatose com poliangeíte
• Poliarterite microscópica
• Lúpus eritematoso sistêmico
Síndromes vasculares agudas
• Doenças de grandes vasos
• Trombose / Tromboembolismo / Dissecção da artéria renal
• Trombose da veia renal
• Oclusão aguda arterial ou venosa -> infarto renal
• Doenças de microvasculatura
• Hipertensão maligna
• Crise renal esclerodérmica
• Toxemia gravídica
• Doença hemolítica microangiopática
• Síndrome hemolítico-urêmica
• Púrpura trombocitopênica trombótica
• Doença ateroembólica
Obstruções intratubulares
• Obstrução cristalina ou proteinácea
• Síndrome da lise tumoral
• Deposição de ácido úrico
• Após ingestão de etileno glicol
• Alguns erros inatos do metabolismo
• Medicações
• Mieloma múltiplo (proteína de Bence-Jones)
Manifestações clínicas
• Desde quadro assintomático
• Até oligúria, sobrecarga de volume, manifestações de uremia e
distúrbios de acidose e eletrólitos
• Diagnóstico difícil por marcadores pouco confiáveis
• Geralmente elevação de ureia e creatinina ou queda no débito
urinário
• Retenção de marcadores de filtração (ureia e creatinina) não é linear com a
piora da TFG
Ureia
Aumento da síntese
• Aumento da ingesta proteica
• Carga de aminoácidos na NPT
• Reabsorção proteica na
hemorragia digestiva
• Estados hipercatabólicos
• Febre
• Sepse
• Uso de CTC
Aumento da reabsorção tubular
• Depleção de volume
• Insuficiência cardíaca grave
• Uropatia obstrutiva
Os níveis de ureia geralmente se
correlacionam com sintomas de
insuficiência renal
Creatinina
• Derivada da hidrólise não-enzimática da creatina
• Não há reabsorção tubular
• Pode estar aumentada por diversos motivos, além de disfunção renal
• Lesão músculo-esquelética (rabdomiólise)
• Medicações (trimethoprim, cimetidine, bloqueadores da secreção tubular de
creatinina)
• Valores falsamente reduzidos
• Sepse
• Ressuscitação volêmica agressiva
• Interferência química no exame (corpos cetônicos, cefoxitina, dipirona)
• Pode haver gap entre redução TFG e elevação de creatinina
Oligoanúria
• Oligúria sustentanda: <400-500ml/dia
• Débito urinário reduzido: <20ml/hora
• Ausência de depleção de volume
• Doente crítico: pode ter IRA sem oligoanúria
• Avaliar rapidamente pacientes em anúria
• Obstrução urinária completa
• Catástrofes vasculares (infarto renal bilateral)
• Glomerulonefrite rapidamente progressiva
• NTA (raramente e por um período curto)
Complicações clínicas e bioquímicas
• Sobrecarga volêmica
• Alteração do estado mental
• Acidose metabólica
• Hipercalemia
• Hipocalcemia
• Hiperfosfatemia
• Hiperuricemia
• Anemia
Avaliação do paciente
• História, exame físico e revisão de registros
• Especialmente avaliação de volemia (hiper ou hipo), medicações, infecção e
causas pós-renais de IRA
• Urinálise e índices urinários
• Sódio, ureia, creatinina
• Parcial de urina e sedimentoscopia
• Imagem
• USG, TC sem contraste, RNM, cistoscopia retrógrada, pielografia anterógrada
percutânea
• Outros exames laboratoriais
• Hemograma, eletrólitos, CPK, LDH, crioglobulinas, complemento, FAN,
sorologias (hepatites B e C), etc.
• Biópsia renal
• UTI: proteinúria maciça, eritrócitos dismórficos, cilindros hemáticos,
síndrome pulmão-rim inexplicada
Prevenção da IRA
• Manutenção da perfusão renal
• Evitar e reduzir a nefrotoxicidade
• IECA, BRA, contraste, AINE, aminoglicosídeos, vancomicina, anfotericina B
• Depleção volume, choque, hipotensão, doença cardíaca ou hepática, idade
avançada, DRC subjacente
• IRA induzida por contraste: administrar 1ml/kg/hora de solução salina
isotônica 12 horas antes e 12 horas depois; alternativa: em bolus
• NAC tem benefícios controversos; uso oral: barato e seguro; diálise somente
após contraste e se necessário
Manejo de IRA estabelecida
Princípios gerais
• Corrija fator pré-renal e mantenha euvolemia.
• Tente manter débito urinário; atenção se o paciente persiste em
oligoanuria, apesar da correção de fatores pré-renais e exclusão de
uropatia obstrutiva.
• Monitore complicações clínicas e bioquímicas.
• Cuidado especial com medicações (tipo, dose e tempo) que podem
reduzir a TFG.
• Garanta nutrição adequada.
• Reduza o risco de infecção.
• Use TSR quando indicado.
Manejo de IRA estabelecida
Hipervolemia
• Oligoanúria: uma ou duas doses de furosemida e avaliar resposta
• Não altera risco de morbidade e mortalidade. Pode evitar SDRA
• Dopamina, fenoldopam e análogo do PNA: sem benefício
Prevenção, monitorização e tratamento de complicações
• Distúrbios ácido-básicos e eletrolíticos
• Hipercalemia, hiponatremia, hiperfosfatemia, hipocalcemia,
hipermagnesemia, hiperuricemia e acidose metabólica
• Anemia, diátese hemorrágica, risco de infecção, disfunção de órgãos
e sistemas
• Disfunção cardiovascular, respiratória, gastrointestinal e neurológica
Manejo de IRA estabelecida
Medicamentos
• Retirar todos que não forem essenciais
• Monitorização clínica e laboratorial dos níveis de drogas
• Ajuste de dose, especialmente atb, com e sem diálise
Nutrição
• Preferência pela via enteral
• Preservar epitélio intestinal e evitar translocação bacteriana
• Pacientes que não atingem necessidades diárias: NPT
• Evitar sobrecarga calórica, proteica/aminoácidos e volêmica
Terapia de substituição renal
• Modalidades
• Hemodiálise intermitente
• TSR contínua (hemodiálise, hemofiltração e hemodiafiltração)
• TSR intermitente prolongada (diálise de duração estendida e diálise de baixa
eficiência sustentada)
• Diálise peritoneal
• Acesso vascular
• Veia jugular interna ou femoral; evitar subclávia
• Remoção de soluto
• Ultrafiltração (gradiente de pressão osmótica ou hidrostática contra
membrana semipermeável)
• Remoção de fluidos: pressão negativa aplicada através da membrana
• Duração do tratamento e frequência: de acordo com status volêmico e
metabólico do paciente
Terapia de substituição renal
Intermitente
• Fluxo
• 500 a 800ml/minuto
• Clearance rápido de solutos
• Clearance instantâneo é elevado
• 3 a 5 horas
• Intermitente prolongada:
• 8 a 16 horas
• Reduz estresse hemodinâmico
Contínua
• Fluxo
• 15 a 50ml/minuto
• Equilíbrio entre solutos de baixo
peso molecular e dialisado
• Clearance diário ou semanal é
maior (pelo tempo prolongado
de terapia)
• Menor estresse hemodinâmico
Terapia de substituição renal
• Diálise peritoneal
• Alta concentração de açúcar (geralmente glicose) instilada na membrana
peritoneal
• Troca de soluto por diferença osmótica
• Mantém estabilidade hemodinâmica
• Regulação da ultrafiltração não é preciso
• Risco de hiperglicemia
• Performance comprometida por cirurgia abdominal recente ou doença
intrabdominal
Terapia de substituição renal
Qual escolher?
• Pouca ou nenhuma diferença nos desfechos (mortalidade e
recuperação da função renal)
• KDIGO Guidelines
• Usar intermitente e contínua como terapias complementares
• Contínua deve ser preferência nos pacientes instáveis
• Contínua parece ser melhor em manter a PPC nos pacientes com lesão
intracraniana aguda ou aumento da PIC
Quando começar?
• Precocemente no paciente com IRA grave sem recuperação breve
• Conservador para evitar TSR?
Terapia de substituição renal
Intensidade
• Taxa de redução da ureia
• Fração do clearance de ureia
• Não existe diferença no desfecho entre TSR mais agressiva ou
convencional
• Desfecho
• 10 a 40% dos pacientes: dependência de diálise
• Metade dos pacientes: doença renal subclínica
• ¼ pacientes: qualidade de vida igual ou pior que a morte
Resumindo
• IRA é uma complicação comum acompanhada de altas taxas de
morbidade e mortalidade
• Diagnóstico: elevação da creatinina ou oligúria persistente
• NTA, por lesão de isquemia-reperfusão, exposição a agentes
nefrotóxicos e sepse, é a forma mais comum de LRA intrínseca
• Manifestações clínicas: acúmulo de ureia, alteração de volume,
eletrólitos, ácido-base e homeostasia
• Identificar e tratar causas reversíveis: hipovolemia, hipoperfusão e
obstrução do trato urinário
• Prevenção: evitar hipotensão, manter perfusão renal, selecionar e
minimizar exposição a nefrotóxicos, prevenir infecções
• Tratamento: suporte clínico e TSR

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Definição, causas e classificação da lesão renal aguda (LRA

  • 1. R1 TI Felipe Bueno
  • 2. Definição • Lesão renal aguda: • Redução súbita da taxa de filtração glomerular (TFG) resultando em retenção de “lixo” (waste products) produzido pelo metabolismo e desregulação da homeostase de fluidos, eletrólitos e ácido-base. • Espectro heterogêneo que inclui: • Perturbações hemodinâmicas com alteração da perfusão renal e decréscimo da TFG sem causar dano sobreposto ao parênquima; • Obstrução parcial ou completa ao fluxo urinário; • Lesão aguda do parênquima que resulta em disfunção glomerular, intersticial, tubular ou vascular. • Causas mais comuns no paciente grave: • Disfunção pré-renal hemodinamicamente mediada; • Necrose tubular aguda (NTA) resultante de injúria de isquemia-reperfusão, exposição a nefrotoxinas e sepse.
  • 3.
  • 4. Sistemas de classificação • Definições padronizadas: • Uniformidade em ensaios clínicos; • Significado clínico à beira leito desconhecido; • Aumenta o reconhecimento de casos de LRA; • Pode haver dissociação a creatinina, a TFG e o estágio de LRA; • Necessidade de creatinina basal conhecida; • A concordância entre creatinina sérica e débito urinário não foi estabelecida; • Baseada no pico de creatinina e não na duração da LRA; • LRA como doença única e não síndrome heterogênea, sem levar em conta a causa. • A oligúria dificulta o manejo, eleva o risco de hipervolemia, hipercalemia e outros distúrbios, além de estar associada a aumento de mortalidade. • Intervenções terapêuticas para aumentar a diurese não mudam a mortalidade.
  • 5. Epidemiologia • Aumento significativo dos casos de LRA: • Detecção • Classificação • Prevalência: • Homens; • Afro americanos; • Idade avançada; • Gravidade de doença renal crônica (DRC). • Fatores de risco: • DM; • HAS; • Proteinúria.
  • 6. Trauma grave Queimados Transplante hepático TMO Cx RVM UTI cardíaca Incidência de 20 a 40% Incidência de 5 a 10%
  • 7.
  • 8. LRA na UTI Perfil dos pacientes • Mais jovens; • Homens; • NTA; • FMO; • Necessidade de TSR; • Mortalidade elevada. Fatores predisponentes • Sepse; • Mais da metade dos casos • Cirurgia grande porte; • Choque cardiogênico; • Hipovolemia; • Toxicidade medicamentosa; • Doença hepática avançada.
  • 9. LRA na UTI Precoce • Na admissão • Em até 48 horas Tardia • Após 48 horas • Pós isquemia • Ou associada a sepse • Mortalidade elevada
  • 11.
  • 12. Necrose tubular aguda • Forma mais comum de LRA intrínseca • Causas principais: • Injúria por isquemia-reperfusão; • Nefrotoxinas; • Sepse. • Frequentemente multifatorial.
  • 13. Nefrite intersticial aguda • Infiltração linfocítica do rim • Causas: • Medicações • Infecções • Desordens autoimunes • Malignidade • Apresentação clínica: • Febre + rash + eosinofilia • (menos de um terço dos pacientes) • Contrastes radiológicos • Relativamente não-tóxicos em indivíduos saudáveis (<1% nefrotoxidade) • Risco: doença renal preexistente, DM, depleção volume intravascular, uso de AINE, exposição a altas doses/doses repetidas de contraste
  • 14. Glomerulonefrite aguda • Glomerulonefrite pós-infecciosa • Glomerulonefrite rapidamente progressiva • Lúpus eritematoso sistêmico • Vasculites sistêmicas com envolvimento renal • Síndromes pulmão-rim: • Doença anti-membrana basal glomerular (Goodpasture) • Vasculite associada a anticorpo anti-citoplasma de neutrófilo (ANCA) • Granulomatose com poliangeíte • Poliarterite microscópica • Lúpus eritematoso sistêmico
  • 15. Síndromes vasculares agudas • Doenças de grandes vasos • Trombose / Tromboembolismo / Dissecção da artéria renal • Trombose da veia renal • Oclusão aguda arterial ou venosa -> infarto renal • Doenças de microvasculatura • Hipertensão maligna • Crise renal esclerodérmica • Toxemia gravídica • Doença hemolítica microangiopática • Síndrome hemolítico-urêmica • Púrpura trombocitopênica trombótica • Doença ateroembólica
  • 16. Obstruções intratubulares • Obstrução cristalina ou proteinácea • Síndrome da lise tumoral • Deposição de ácido úrico • Após ingestão de etileno glicol • Alguns erros inatos do metabolismo • Medicações • Mieloma múltiplo (proteína de Bence-Jones)
  • 17. Manifestações clínicas • Desde quadro assintomático • Até oligúria, sobrecarga de volume, manifestações de uremia e distúrbios de acidose e eletrólitos • Diagnóstico difícil por marcadores pouco confiáveis • Geralmente elevação de ureia e creatinina ou queda no débito urinário • Retenção de marcadores de filtração (ureia e creatinina) não é linear com a piora da TFG
  • 18. Ureia Aumento da síntese • Aumento da ingesta proteica • Carga de aminoácidos na NPT • Reabsorção proteica na hemorragia digestiva • Estados hipercatabólicos • Febre • Sepse • Uso de CTC Aumento da reabsorção tubular • Depleção de volume • Insuficiência cardíaca grave • Uropatia obstrutiva Os níveis de ureia geralmente se correlacionam com sintomas de insuficiência renal
  • 19. Creatinina • Derivada da hidrólise não-enzimática da creatina • Não há reabsorção tubular • Pode estar aumentada por diversos motivos, além de disfunção renal • Lesão músculo-esquelética (rabdomiólise) • Medicações (trimethoprim, cimetidine, bloqueadores da secreção tubular de creatinina) • Valores falsamente reduzidos • Sepse • Ressuscitação volêmica agressiva • Interferência química no exame (corpos cetônicos, cefoxitina, dipirona) • Pode haver gap entre redução TFG e elevação de creatinina
  • 20. Oligoanúria • Oligúria sustentanda: <400-500ml/dia • Débito urinário reduzido: <20ml/hora • Ausência de depleção de volume • Doente crítico: pode ter IRA sem oligoanúria • Avaliar rapidamente pacientes em anúria • Obstrução urinária completa • Catástrofes vasculares (infarto renal bilateral) • Glomerulonefrite rapidamente progressiva • NTA (raramente e por um período curto)
  • 21. Complicações clínicas e bioquímicas • Sobrecarga volêmica • Alteração do estado mental • Acidose metabólica • Hipercalemia • Hipocalcemia • Hiperfosfatemia • Hiperuricemia • Anemia
  • 22. Avaliação do paciente • História, exame físico e revisão de registros • Especialmente avaliação de volemia (hiper ou hipo), medicações, infecção e causas pós-renais de IRA • Urinálise e índices urinários • Sódio, ureia, creatinina • Parcial de urina e sedimentoscopia • Imagem • USG, TC sem contraste, RNM, cistoscopia retrógrada, pielografia anterógrada percutânea • Outros exames laboratoriais • Hemograma, eletrólitos, CPK, LDH, crioglobulinas, complemento, FAN, sorologias (hepatites B e C), etc. • Biópsia renal • UTI: proteinúria maciça, eritrócitos dismórficos, cilindros hemáticos, síndrome pulmão-rim inexplicada
  • 23.
  • 24. Prevenção da IRA • Manutenção da perfusão renal • Evitar e reduzir a nefrotoxicidade • IECA, BRA, contraste, AINE, aminoglicosídeos, vancomicina, anfotericina B • Depleção volume, choque, hipotensão, doença cardíaca ou hepática, idade avançada, DRC subjacente • IRA induzida por contraste: administrar 1ml/kg/hora de solução salina isotônica 12 horas antes e 12 horas depois; alternativa: em bolus • NAC tem benefícios controversos; uso oral: barato e seguro; diálise somente após contraste e se necessário
  • 25. Manejo de IRA estabelecida Princípios gerais • Corrija fator pré-renal e mantenha euvolemia. • Tente manter débito urinário; atenção se o paciente persiste em oligoanuria, apesar da correção de fatores pré-renais e exclusão de uropatia obstrutiva. • Monitore complicações clínicas e bioquímicas. • Cuidado especial com medicações (tipo, dose e tempo) que podem reduzir a TFG. • Garanta nutrição adequada. • Reduza o risco de infecção. • Use TSR quando indicado.
  • 26. Manejo de IRA estabelecida Hipervolemia • Oligoanúria: uma ou duas doses de furosemida e avaliar resposta • Não altera risco de morbidade e mortalidade. Pode evitar SDRA • Dopamina, fenoldopam e análogo do PNA: sem benefício Prevenção, monitorização e tratamento de complicações • Distúrbios ácido-básicos e eletrolíticos • Hipercalemia, hiponatremia, hiperfosfatemia, hipocalcemia, hipermagnesemia, hiperuricemia e acidose metabólica • Anemia, diátese hemorrágica, risco de infecção, disfunção de órgãos e sistemas • Disfunção cardiovascular, respiratória, gastrointestinal e neurológica
  • 27. Manejo de IRA estabelecida Medicamentos • Retirar todos que não forem essenciais • Monitorização clínica e laboratorial dos níveis de drogas • Ajuste de dose, especialmente atb, com e sem diálise Nutrição • Preferência pela via enteral • Preservar epitélio intestinal e evitar translocação bacteriana • Pacientes que não atingem necessidades diárias: NPT • Evitar sobrecarga calórica, proteica/aminoácidos e volêmica
  • 28. Terapia de substituição renal • Modalidades • Hemodiálise intermitente • TSR contínua (hemodiálise, hemofiltração e hemodiafiltração) • TSR intermitente prolongada (diálise de duração estendida e diálise de baixa eficiência sustentada) • Diálise peritoneal • Acesso vascular • Veia jugular interna ou femoral; evitar subclávia • Remoção de soluto • Ultrafiltração (gradiente de pressão osmótica ou hidrostática contra membrana semipermeável) • Remoção de fluidos: pressão negativa aplicada através da membrana • Duração do tratamento e frequência: de acordo com status volêmico e metabólico do paciente
  • 29. Terapia de substituição renal Intermitente • Fluxo • 500 a 800ml/minuto • Clearance rápido de solutos • Clearance instantâneo é elevado • 3 a 5 horas • Intermitente prolongada: • 8 a 16 horas • Reduz estresse hemodinâmico Contínua • Fluxo • 15 a 50ml/minuto • Equilíbrio entre solutos de baixo peso molecular e dialisado • Clearance diário ou semanal é maior (pelo tempo prolongado de terapia) • Menor estresse hemodinâmico
  • 30. Terapia de substituição renal • Diálise peritoneal • Alta concentração de açúcar (geralmente glicose) instilada na membrana peritoneal • Troca de soluto por diferença osmótica • Mantém estabilidade hemodinâmica • Regulação da ultrafiltração não é preciso • Risco de hiperglicemia • Performance comprometida por cirurgia abdominal recente ou doença intrabdominal
  • 31. Terapia de substituição renal Qual escolher? • Pouca ou nenhuma diferença nos desfechos (mortalidade e recuperação da função renal) • KDIGO Guidelines • Usar intermitente e contínua como terapias complementares • Contínua deve ser preferência nos pacientes instáveis • Contínua parece ser melhor em manter a PPC nos pacientes com lesão intracraniana aguda ou aumento da PIC Quando começar? • Precocemente no paciente com IRA grave sem recuperação breve • Conservador para evitar TSR?
  • 32.
  • 33. Terapia de substituição renal Intensidade • Taxa de redução da ureia • Fração do clearance de ureia • Não existe diferença no desfecho entre TSR mais agressiva ou convencional • Desfecho • 10 a 40% dos pacientes: dependência de diálise • Metade dos pacientes: doença renal subclínica • ¼ pacientes: qualidade de vida igual ou pior que a morte
  • 34. Resumindo • IRA é uma complicação comum acompanhada de altas taxas de morbidade e mortalidade • Diagnóstico: elevação da creatinina ou oligúria persistente • NTA, por lesão de isquemia-reperfusão, exposição a agentes nefrotóxicos e sepse, é a forma mais comum de LRA intrínseca • Manifestações clínicas: acúmulo de ureia, alteração de volume, eletrólitos, ácido-base e homeostasia • Identificar e tratar causas reversíveis: hipovolemia, hipoperfusão e obstrução do trato urinário • Prevenção: evitar hipotensão, manter perfusão renal, selecionar e minimizar exposição a nefrotóxicos, prevenir infecções • Tratamento: suporte clínico e TSR