O documento discute como o excesso de treinamento em campo reduzido pode comprometer o desempenho técnico de jogadores, especialmente meias e laterais. Embora o treinamento em campo reduzido seja eficiente para desenvolver aspectos físicos e táticos, sua sobreutilização pode reduzir a capacidade dos jogadores de se deslocarem em grandes distâncias e manusearem a bola em espaços maiores, habilidades essenciais em campos oficiais. O autor defende uma periodização equilibrada que incorpore diferentes modalidades de treino.
Monitorando e conhecendo melhor os trabalhos em campo reduzidoFernando Farias
O futebol é uma forma de exercício muito exigente e extenuante fisicamente,
além de cobrir distâncias maiores que 10 km em velocidades variadas, outras atividades
que consomem energia incluem tomada de bola, pular e chutar.
E-book - Futebol: Bases Científicas da Preparação de Força (ISBN: 978-85-9203...Adriano Vretaros
O futebol é uma modalidade de desporto conhecida mundialmente pela sua beleza e plasticidade nas ações motoras durante uma partida.
São encontradas uma diversidade de capacidades biomotoras que apóiam o desempenho futebolístico. Entre elas, a força motora.
Considerada na atualidade como capacidade biomotora crucial em um grande rol de esportes, a força e suas diferentes manifestações se fazem existentes no futebol moderno.
Não é apenas a citação de futebol-força que nos faz recordar de imediato a importância da força no futebol e, sim, o futebol de resultados.
No futebol de resultados, os jogadores devem estar devidamente condicionados na força motora para suportar as cargas impostas pelas partidas que requerem efeitos de grande magnitude no desempenho. A execução de sprints curtos intermitentes, mudanças de direção, saltos, giros, carrinhos e demais movimentações acabam solicitando em variados graus da força. Em acréscimo, as habilidades motoras como os passes, dribles, fintas e distintos tipos de chutes podem ser considerados resultantes de vetores da força.
O preparador físico ao vislumbrar este quadro, se sente na obrigação de incorporar em seus programas de treinamento a força motora e suas derivações.
No entanto, mesmo o mais experiente dos profissionais se depara com questões inerentes acerca da prescrição do treino da força, levando-o a indagar: Qual o perfil das fibras musculares nos jogadores de futebol? Como elaborar um programa de treino da força baseado na concepção ecológica? Quais os principais princípios norteadores no desenvolvimento da força? Como a força se manifesta nas funções táticas? Como treinar a força no futebol? Quais os melhores testes de avaliação da força no futebol? Como realizar um aquecimento efetivo em futebolistas? Quais as formas de fadiga no futebol? Quais as lesões que mais acometem os futebolistas? Como periodizar a força no futebol? Como se realiza o controle das cargas de treino?
Estas e outras perguntas podem ser respondidas com a leitura deste manuscrito, como também pode levar o leitor a refletir e buscar questões mais aprofundadas fundamentado nas pesquisas aqui apresentadas.
Vale dizer que futebol tem se modernizado e, assim a ciência acompanha este progresso. Portanto, ao adentrarmos no universo científico voltado ao futebol, não espere todas as respostas, haja visto a ciência levantar um maior número de interrogações do que decifrar arquétipos.
No seguinte artigo trato de dar uma maior importância, sentido e rigor a figura do treinador de goleiros, considerando de vital importância dentro do organograma esportivo de um clube, para isso doto ao leitor de ferramentas suficientes para planificar uma temporada desde o
ponto de vista das necessidades reais do goleiro evitando cair assim em erros comuns como uma planificação de trabalho improvisado, trabalhos sobre situações estandardizadas, de escassa variabilidade, baseada em um método analítico sem nenhuma carga perceptiva nem decisório e um descontrole da carga de trabalho, volume e intensidade, que em muitos casos afetam o desenvolvimento físico e psicológico do goleiro em formação e que em etapas de aperfeiçoamento não aportam nada ao goleiro nem ao grupo.
www.futbol-tactico.com/pt
Tarefas tecnico taticas para o desenvolvimento da velocidade atraves de situa...Futbol Tactico Brasil
Tarefas técnico-táticas para o desenvolvimento da velocidade através de situações de jogo real.
www.futbol-tactico.com
Nunca se tinham perguntado os leitores porque um atleta de velocidade não podia chegar a ser um grande futebolista? A simples vista só teria que aplicar essa grande capacidade de aceleração para o trabalho no futebol.
Se só aplicamos qualidades fisiológicas ou motoras, poderíamos estar acertados, mas sem dúvida, a velocidade no futebol é uma qualidade de grande importância na que intervêm uma grande complexidade de fatores. Digamos que tem uma parte fisiológica (força explosiva, coordenação, frequência, amplitude) e uma parte muito importante sensorial e cognitiva (percepção, análise da situação, tomada de decisão, etc.). A conjugação das duas partes converte a um jogador em mais rápido para o futebol que outros.
Monitorando e conhecendo melhor os trabalhos em campo reduzidoFernando Farias
O futebol é uma forma de exercício muito exigente e extenuante fisicamente,
além de cobrir distâncias maiores que 10 km em velocidades variadas, outras atividades
que consomem energia incluem tomada de bola, pular e chutar.
E-book - Futebol: Bases Científicas da Preparação de Força (ISBN: 978-85-9203...Adriano Vretaros
O futebol é uma modalidade de desporto conhecida mundialmente pela sua beleza e plasticidade nas ações motoras durante uma partida.
São encontradas uma diversidade de capacidades biomotoras que apóiam o desempenho futebolístico. Entre elas, a força motora.
Considerada na atualidade como capacidade biomotora crucial em um grande rol de esportes, a força e suas diferentes manifestações se fazem existentes no futebol moderno.
Não é apenas a citação de futebol-força que nos faz recordar de imediato a importância da força no futebol e, sim, o futebol de resultados.
No futebol de resultados, os jogadores devem estar devidamente condicionados na força motora para suportar as cargas impostas pelas partidas que requerem efeitos de grande magnitude no desempenho. A execução de sprints curtos intermitentes, mudanças de direção, saltos, giros, carrinhos e demais movimentações acabam solicitando em variados graus da força. Em acréscimo, as habilidades motoras como os passes, dribles, fintas e distintos tipos de chutes podem ser considerados resultantes de vetores da força.
O preparador físico ao vislumbrar este quadro, se sente na obrigação de incorporar em seus programas de treinamento a força motora e suas derivações.
No entanto, mesmo o mais experiente dos profissionais se depara com questões inerentes acerca da prescrição do treino da força, levando-o a indagar: Qual o perfil das fibras musculares nos jogadores de futebol? Como elaborar um programa de treino da força baseado na concepção ecológica? Quais os principais princípios norteadores no desenvolvimento da força? Como a força se manifesta nas funções táticas? Como treinar a força no futebol? Quais os melhores testes de avaliação da força no futebol? Como realizar um aquecimento efetivo em futebolistas? Quais as formas de fadiga no futebol? Quais as lesões que mais acometem os futebolistas? Como periodizar a força no futebol? Como se realiza o controle das cargas de treino?
Estas e outras perguntas podem ser respondidas com a leitura deste manuscrito, como também pode levar o leitor a refletir e buscar questões mais aprofundadas fundamentado nas pesquisas aqui apresentadas.
Vale dizer que futebol tem se modernizado e, assim a ciência acompanha este progresso. Portanto, ao adentrarmos no universo científico voltado ao futebol, não espere todas as respostas, haja visto a ciência levantar um maior número de interrogações do que decifrar arquétipos.
No seguinte artigo trato de dar uma maior importância, sentido e rigor a figura do treinador de goleiros, considerando de vital importância dentro do organograma esportivo de um clube, para isso doto ao leitor de ferramentas suficientes para planificar uma temporada desde o
ponto de vista das necessidades reais do goleiro evitando cair assim em erros comuns como uma planificação de trabalho improvisado, trabalhos sobre situações estandardizadas, de escassa variabilidade, baseada em um método analítico sem nenhuma carga perceptiva nem decisório e um descontrole da carga de trabalho, volume e intensidade, que em muitos casos afetam o desenvolvimento físico e psicológico do goleiro em formação e que em etapas de aperfeiçoamento não aportam nada ao goleiro nem ao grupo.
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Tarefas tecnico taticas para o desenvolvimento da velocidade atraves de situa...Futbol Tactico Brasil
Tarefas técnico-táticas para o desenvolvimento da velocidade através de situações de jogo real.
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Nunca se tinham perguntado os leitores porque um atleta de velocidade não podia chegar a ser um grande futebolista? A simples vista só teria que aplicar essa grande capacidade de aceleração para o trabalho no futebol.
Se só aplicamos qualidades fisiológicas ou motoras, poderíamos estar acertados, mas sem dúvida, a velocidade no futebol é uma qualidade de grande importância na que intervêm uma grande complexidade de fatores. Digamos que tem uma parte fisiológica (força explosiva, coordenação, frequência, amplitude) e uma parte muito importante sensorial e cognitiva (percepção, análise da situação, tomada de decisão, etc.). A conjugação das duas partes converte a um jogador em mais rápido para o futebol que outros.
respostas fisiológicas durante jogos com campo reduzidoFernando Farias
O objetivo do estudo foi verifi car o efeito do número de jogadores em jogos com campo reduzido (JCRs) sobre
a demanda física e as respostas fi siológicas em jogadores adolescentes de futebol. Para isso, 14 jogadores
de uma equipe de nível estadual (idade 14,4 ± 0,5 anos; massa corporal 56,2 ± 7,0 kg; estatura 1,7 ± 0,1
m; IMC 20,3 ± 1,4 kg·m-2) foram submetidos a dois formatos (3 vs 3 e 7 vs 7) de JCRs. Foram analisadas
as repostas de frequência cardíaca (FC), percepção subjetiva de esforço (PSE) e lactato sanguíneo ([La]),
além da demanda física por meio do sistema de posicionamento global (GPS). Embora não tenha havido
diferença estatística nas distâncias percorridas em diferentes zonas de velocidade entre os formatos de
JCRs, a distância total percorrida, a distância percorrida em alta velocidade, a quantidade de ações em
alta intensidade e a quantidade de acelerações > 1 m·s-2 foram maiores (p < 0,05) no JCR 3 vs 3 (1794
m; 885 m; 69; 87, respectivamente) em relação ao JCR 7 vs 7 (1663 m; 712 m; 57; 68). O percentual
da frequência cardíaca máxima (FCmáx), PSE e [La] foram superiores (p < 0,05) no JCR 3 vs 3 quando
comparado ao 7 vs 7 (91,3%; 6,1 u.a.; 5,0 mmol·L-1 vs 85,1%; 5,1 u.a.; 2,1 mmol·L-1, respectivamente). Os
resultados demonstram que a intensidade é maior durante o JCR 3 vs 3 do que no JCR 7 vs 7; além disso,
a demanda física é infl uenciada pelo número de jogadores, com uma maior distância total e distância em
alta velocidade, além de maior quantidade de atividades em alta intensidade e acelerações no JCR 3 vs 3.
A pré-temporada é a parte da temporada na que se vai a começar a desenvolver todos os aspectos do trabalho de um plantel, incluso os da preparação tática. É um período de tempo onde às equipes podem trabalhar com tranquilidade.
O objetivo é o chegar ao inicio da temporada nas melhores condições de preparação tática. No futebol é importante o chegar ao começo da temporada com um bom nível de forma tática. O máximo nível chegará com o tempo, mas se deve estar a um bom nível para o inicio dos primeiros jogos.
www.futbol-tactico.com/pt
Treinamento do goleiro de futebol base: Justificação de nosso modelo de trein...Futbol Tactico Brasil
www.futbol-tactico.com
Até não faz muito tempo o treinamento do goleiro se reduzia a intermináveis rondas de disparos desde o borde da área e centros desde os laterais. Tarefas com reduzida ou nula transferência ao jogo real.
No artigo que desenvolveremos a continuação tentaremos expor o porquê da estrutura do processo de treinamento que proporemos para os goleiros de categorias inferiores. Para poder levar a cabo a organização de dito processo, em primeiro lugar devemos conhecer quais são as exigências as que a competição somete a nossos pupilos. Para isso seguiremos o seguinte esquema (Sambade, J. 2006)
Velocidade, resistência, força, padrão de jogo definido, consistência ofensiva / defensiva, índice zero de lesões e grande qualidade técnica.
Como conseguir um alto rendimento em época de maratona de jogos e viagens? Como conciliar treino e recuperação e ainda assim melhorar o desempenho? Qual o melhor caminho a seguir durante a temporada?
Não podemos seguir modelos antigos pois o tempo é outro e a exigência está cada vez maior. Não adianta fazer o que se fez no passado somente porque deu certo. O aproveitamento do tempo de treino passou a ser fundamental e cada atividade deverá ser planejada para que se obtenha o máximo possível.
A escolha do modelo de jogo, a metodologia a ser usada para atingir os objetivos, o planejamento semanal, os exercícios a serem executados e, tão importante como, a recuperação ideal pós esforço. Tópicos importantes no planejamento da temporada que poderão definir o futuro da equipe e que precisam ser EFICIENTES.
Workshop de Futebol realizado em Campinas. Visão Sistêmica aplicada ao futebol, Conteúdos do Currículo de Formação e Elementos para a construção da sessão de treino.
Monitorando e conhecendo melhor os trabalhos em campo reduzidoFernando Farias
O treino físico com bola em pequenos jogos se torna mais efetivo para
adaptações musculares locais (periféricas) do que corrida contínua sem bola e trabalha
em conjunto com a parte técnica, coordenativa, criatividade, inteligência e motivação.
A especificidade na aplicação do treino para futebolistasFernando Farias
Nas últimas décadas muito se discute e se estuda sobre como avaliar, treinar e
qualificar os treinos dos futebolistas. As análises são todas válidas, pois através
delas, podemos saber com precisão como que o atleta de futebol se desloca, e de
que forma, com qual intensidade, essa ação motora ocorre.
respostas fisiológicas durante jogos com campo reduzidoFernando Farias
O objetivo do estudo foi verifi car o efeito do número de jogadores em jogos com campo reduzido (JCRs) sobre
a demanda física e as respostas fi siológicas em jogadores adolescentes de futebol. Para isso, 14 jogadores
de uma equipe de nível estadual (idade 14,4 ± 0,5 anos; massa corporal 56,2 ± 7,0 kg; estatura 1,7 ± 0,1
m; IMC 20,3 ± 1,4 kg·m-2) foram submetidos a dois formatos (3 vs 3 e 7 vs 7) de JCRs. Foram analisadas
as repostas de frequência cardíaca (FC), percepção subjetiva de esforço (PSE) e lactato sanguíneo ([La]),
além da demanda física por meio do sistema de posicionamento global (GPS). Embora não tenha havido
diferença estatística nas distâncias percorridas em diferentes zonas de velocidade entre os formatos de
JCRs, a distância total percorrida, a distância percorrida em alta velocidade, a quantidade de ações em
alta intensidade e a quantidade de acelerações > 1 m·s-2 foram maiores (p < 0,05) no JCR 3 vs 3 (1794
m; 885 m; 69; 87, respectivamente) em relação ao JCR 7 vs 7 (1663 m; 712 m; 57; 68). O percentual
da frequência cardíaca máxima (FCmáx), PSE e [La] foram superiores (p < 0,05) no JCR 3 vs 3 quando
comparado ao 7 vs 7 (91,3%; 6,1 u.a.; 5,0 mmol·L-1 vs 85,1%; 5,1 u.a.; 2,1 mmol·L-1, respectivamente). Os
resultados demonstram que a intensidade é maior durante o JCR 3 vs 3 do que no JCR 7 vs 7; além disso,
a demanda física é infl uenciada pelo número de jogadores, com uma maior distância total e distância em
alta velocidade, além de maior quantidade de atividades em alta intensidade e acelerações no JCR 3 vs 3.
A pré-temporada é a parte da temporada na que se vai a começar a desenvolver todos os aspectos do trabalho de um plantel, incluso os da preparação tática. É um período de tempo onde às equipes podem trabalhar com tranquilidade.
O objetivo é o chegar ao inicio da temporada nas melhores condições de preparação tática. No futebol é importante o chegar ao começo da temporada com um bom nível de forma tática. O máximo nível chegará com o tempo, mas se deve estar a um bom nível para o inicio dos primeiros jogos.
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Treinamento do goleiro de futebol base: Justificação de nosso modelo de trein...Futbol Tactico Brasil
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Até não faz muito tempo o treinamento do goleiro se reduzia a intermináveis rondas de disparos desde o borde da área e centros desde os laterais. Tarefas com reduzida ou nula transferência ao jogo real.
No artigo que desenvolveremos a continuação tentaremos expor o porquê da estrutura do processo de treinamento que proporemos para os goleiros de categorias inferiores. Para poder levar a cabo a organização de dito processo, em primeiro lugar devemos conhecer quais são as exigências as que a competição somete a nossos pupilos. Para isso seguiremos o seguinte esquema (Sambade, J. 2006)
Velocidade, resistência, força, padrão de jogo definido, consistência ofensiva / defensiva, índice zero de lesões e grande qualidade técnica.
Como conseguir um alto rendimento em época de maratona de jogos e viagens? Como conciliar treino e recuperação e ainda assim melhorar o desempenho? Qual o melhor caminho a seguir durante a temporada?
Não podemos seguir modelos antigos pois o tempo é outro e a exigência está cada vez maior. Não adianta fazer o que se fez no passado somente porque deu certo. O aproveitamento do tempo de treino passou a ser fundamental e cada atividade deverá ser planejada para que se obtenha o máximo possível.
A escolha do modelo de jogo, a metodologia a ser usada para atingir os objetivos, o planejamento semanal, os exercícios a serem executados e, tão importante como, a recuperação ideal pós esforço. Tópicos importantes no planejamento da temporada que poderão definir o futuro da equipe e que precisam ser EFICIENTES.
Workshop de Futebol realizado em Campinas. Visão Sistêmica aplicada ao futebol, Conteúdos do Currículo de Formação e Elementos para a construção da sessão de treino.
Monitorando e conhecendo melhor os trabalhos em campo reduzidoFernando Farias
O treino físico com bola em pequenos jogos se torna mais efetivo para
adaptações musculares locais (periféricas) do que corrida contínua sem bola e trabalha
em conjunto com a parte técnica, coordenativa, criatividade, inteligência e motivação.
A especificidade na aplicação do treino para futebolistasFernando Farias
Nas últimas décadas muito se discute e se estuda sobre como avaliar, treinar e
qualificar os treinos dos futebolistas. As análises são todas válidas, pois através
delas, podemos saber com precisão como que o atleta de futebol se desloca, e de
que forma, com qual intensidade, essa ação motora ocorre.
Velocidade: Um conceito complexo e multidimensionalFernando Farias
Dependendo do período da aplicação das cargas (adaptação – competição – transição) a efetividade
das mesmas deverá estar diferenciada através do tempo de duração dos exercícios, características
dos métodos e complexidade tática.
Variacao da FC, PSE, e variaveis tecnicas em jogos reduzidos no futebol. Efei...Silas Paixao
O numero de jogadores envolvidos no processo de treinabilidade de atletas de futebol por meio dos jogos reduzidos, tem influencia direta na magnitude da carga interna desse processo.
Nao obstante, o numero de atletas envolvidos no jogo reduzido tem mostrado um diferenca no numero de acoes tecnicas realizadas, podendo dessa forma, ser tambem manipulado como forma de potencializar o processo de treinamento do componente tecnco por meio dos jogos reduzidos.
Os resultados do presente estudo tambem mostram que o numero de atletas envolvidos no jogo tambem mostra a importancia de se organizar dentro do microciclo momentos ideiais para utilizar jogos com menores ou maiores numeros de atletas ja que isso surte efeito direto na carga interna alterando o componente fisico. Mas o mais importante, vem mostrar o quanto podemos explorar do meio de treinamento pelos jogos reduzidos para treinar todos os componentes da performance de alto rendimento em futebol de forma global.
Variacao da FC, PSE, e variaveis tecnicas em jogos reduzidos no futebol. Efei...Fernando Farias
O objectivo deste estudo foi analisar a resposta da Frequência Cardíaca (FC),
Percepção Subjectiva do Esforço (PSE) e o Perfil de Acções Técnicas em
jogos reduzidos no futebol (3x3 e 4x4) em situação sempre a atacar (AA),
sempre a defender (DD) e o jogo normal com fase de ataque e fase de defesa
(AD).
A universalidade das Regras do Jogo significa que o jogo é essencialmente o
mesmo em todas as partes do mundo e em todos os níveis. Bem como promover um
ambiente justo e seguro para a sua prática, as Regras também devem promover a
participação e a diversão.
O jogo deve ser jogado e arbitrado da mesma maneira em todos os campos de
futebol pelo mundo, desde a final da Copa do Mundo FIFA™ até um jogo em um
vilarejo remoto. No entanto, as características locais de cada país devem determinar
a duração da partida, quantas pessoas podem participar e como algumas atitudes
inapropriadas devem ser punidas.
Os resultados atuais indicaram que a ocorrência de lesões de isquiotibiais podem estar associadas a uma mudança hierárquica na distribuição da atividade metabólica dentro do complexo muscular do isquiotibial após o trabalho excêntrico em que o Semitendinoso provavelmente deveria tomar a parte principal, seguido pelo BÍceps Femural e Semimembranoso. Quando o BF aumenta sua contribuição e é ativado em uma extensão proporcionalmente maior, o risco de sofrer uma lesão do isquiotibial pode aumentar substancialmente.
Acute effect of different combined stretching methodsFernando Farias
The purpose of this study was to investigate the acute effect of different stretching methods, during a warm-up,
on the acceleration and speed of soccer players. The acceleration performance of 20 collegiate soccer players (body height:
177.25 ± 5.31 cm; body mass: 65.10 ± 5.62 kg; age: 16.85 ± 0.87 years; BMI: 20.70 ± 5.54; experience: 8.46 ± 1.49
years) was evaluated after different warm-up procedures, using 10 and 20 m tests. Subjects performed five types of a
warm-up: static, dynamic, combined static + dynamic, combined dynamic + static, and no-stretching. Subjects were
divided into five groups. Each group performed five different warm-up protocols in five non-consecutive days. The
warm-up protocol used for each group was randomly assigned. The protocols consisted of 4 min jogging, a 1 min
stretching program (except for the no-stretching protocol), and 2 min rest periods, followed by the 10 and 20 m sprint
test, on the same day. The current findings showed significant differences in the 10 and 20 m tests after dynamic
stretching compared with static, combined, and no-stretching protocols. There were also significant differences between
the combined stretching compared with static and no-stretching protocols. We concluded that soccer players performed
better with respect to acceleration and speed, after dynamic and combined stretching, as they were able to produce more
force for a faster execution.
To examine the acute effects of generic (Running Drills, RD) and specific (Small-
Sided Games, SSG) Long Sprint Ability (LSA) drills on internal and external load of male
soccer-players. Methods: Fourteen academy-level soccer-players (mean±SD; age 17.6±0.61
years, height 1.81±0.63 m, body-mass 69.53±4.65 kg) performed four 30s LSA bouts for
maintenance (work:rest, 1:2) and production (1:5) with RD and SSG drills. Players’ external-
load was tracked with GPS technology (20Hz) and heart-rate (HR), blood-lactate
concentrations (BLc) and rate of perceived exertion (RPE) were used to characterize players’
internal-load. Individual peak BLc was assessed with a 30s all-out test on a non-motorized
treadmill (NMT). Results: Compared to SSGs the RDs had a greater effect on external-load
and BLc (large and small, respectively). During SSGs players covered more distance with
high-intensity decelerations (moderate-to-small). Muscular-RPE was higher (small-to-large)
in RD than in SSG. The production mode exerted a moderate effect on BLc while the
maintenance condition elicited higher cardiovascular effects (small-to-large). Conclusion:
The results of this study showed the superiority of generic over specific drills in inducing
LSA related physiological responses. In this regard production RD showed the higher post-
exercise BLc. Interestingly, individual peak blood-lactate responses were found after the
NMT 30s all-out test, suggesting this drill as a valid option to RD bouts. The practical
physiological diversity among the generic and specific LSA drills here considered, enable
fitness trainers to modulate prescription of RD and SSG drills for LSA according to training
schedule.
A evidência apresentada sugere que a variação é um componente necessário do planejamento efetivo do treinamento. Apoiando essa perspectiva, outras pesquisas sugerem que a monotonia de treinamento elevado - que pode ser amplamente percebida como uma falta de variação20 - leva a uma maior incidência de síndromes de overtraining21, um mau desempenho e freqüência de infecções banais.22 Inversamente, as reduções na monotonia têm Tem sido associada a uma maior incidência de melhor desempenho pessoal 22, e os índices de monotonia têm sido defendidos como ferramentas benéficas de treinamento-regulação na elite rowing23 e no sprint24.
Capacidade manter as ações de jogo em alto
padrão de execução durante 90 minutos. É
muito importante no segundo tempo que é
onde ocorre o maior número de gols e
normalmente se decidem as partidas.
A literatura atual que mede os efeitos de SMR ainda está emergindo. Os resultados desta análise sugerem que o rolamento de espuma e a massagem com rolo podem ser intervenções eficazes para melhorar a ROM conjunta e o desempenho muscular pré e pós-exercício. No entanto, devido à heterogeneidade dos métodos entre os estudos, atualmente não há consenso sobre o ótimo programa SMR.
Training Load and Fatigue Marker Associations with Injury and IllnessFernando Farias
This paper provides a comprehensive review of the litera-
ture that has reported the monitoring of longitudinal
training load and fatigue and its relationship with injury
and illness. The current findings highlight disparity in the
terms used to define training load, fatigue, injury and ill-
ness, as well as a lack of investigation of fatigue and
training load interactions. Key stages of training and
competition where the athlete is at an increased risk of
injury/illness risk were identified. These included periods
of training load intensification, accumulation of training
load and acute change in load. Modifying training load
during these periods may help reduce the potential for
injury and illness.
Melhorar ou até mesmo manter o desempenho atlético em jogadores de esportes de equipe competitivos durante o longo período da temporada é um dos maiores desafios para qualquer treinador comprometido. Tempo muito limitado está disponível entre as partidas semanais para introduzir sessões intensivas de treinamento de força e poder, com uma freqüência normal de 1-2 unidades por semana. Este fato estimula a busca de métodos de treinamento mais eficientes capazes de melhorar uma ampla variedade de habilidades funcionais, evitando ao mesmo tempo os efeitos de fadiga.
Actualmente la capacidad de repetir sprints es considerada fundamental en el rendimiento del fútbol por
parecerse al patrón de movimiento que se da en el mismo. De esta manera su entrenamiento resulta fundamental
en cualquier planificación. Así, se deben trabajar aquellos aspectos que la limitan para poder acceder a un mayor
rendimiento. Una vez conocido esto se debería elegir la forma en la que se quiere entrenar, teniendo para ello
métodos analíticos (interválico, intermitente) y contextualizados (espacios reducidos). Por último, se proponen
una series de variables de entrenamiento para el trabajo de repetir sprints, orientándolo no solo al aspecto físico,
sino también al técnico, táctico y psicológico, conformando, por tanto, un entrenamiento integrado en el fútbol.
Maximal sprinting speed of elite soccer playersFernando Farias
Current findings might help individuals involved within the physical preparation of players (e.g. technical coaches, fitness coaches, and sport science staff) when developing training programs and training sessions in line with the playing positions, and with the levels of high speed running targeted to reach during specific training drills like sided-games.
Indeed, the closer to match-play situations regarding the rules with goals, goalkeepers, the larger pitch sizes and greater number of players involved, the higher sprinting speed running players would reach during sided-games. However, coaches are advised to add specific speed drills to sided-games in order to elicit a stimulus of high-speed running high enough to prepare players for competition.
Recovery in Soccer Part I – Post-Match Fatigue and Time Course of RecoveryFernando Farias
In elite soccer, players are frequently required to play consecutive matches
interspersed by 3 days and complete physical performance recovery may not
be achieved. Incomplete recovery might result in underperformance and in-
jury. During congested schedules, recovery strategies are therefore required
to alleviate post-match fatigue, regain performance faster and reduce the risk
of injury. This article is Part I of a subsequent companion review and deals
with post-match fatigue mechanisms and recovery kinetics of physical per-
formance (sprints, jumps, maximal strength and technical skills), cognitive,
subjective and biochemical markers.
Sprint running acceleration is a key feature of physical performance in team sports, and recent
literature shows that the ability to generate large magnitudes of horizontal ground reaction force
and mechanical effectiveness of force application are paramount. We tested the hypothesis that
very-heavy loaded sled sprint training would induce an improvement in horizontal force
production, via an increased effectiveness of application. Training-induced changes in sprint
performance and mechanical outputs were computed using a field method based on velocity-
time data, before and after an 8-week protocol (16 sessions of 10x20-m sprints). 16 male
amateur soccer players were assigned to either a very-heavy sled (80% body-mass sled load)
or a control group (unresisted sprints). The main outcome of this pilot study is that very-heavy
sled resisted sprint training, using much greater loads than traditionally recommended, clearly
increased maximal horizontal force production compared to standard unloaded sprint training
(effect size of 0.80 vs 0.20 for controls, unclear between-group difference) and mechanical
effectiveness (i.e. more horizontally applied force; effect size of 0.95 vs -0.11, moderate
between-group difference)
Hip extension and Nordic hamstring exercise training both promote the elongation of
biceps femoris long head fascicles, and stimulate improvements in eccentric knee
flexor strength.
Hip extension training promotes more hypertrophy in the biceps femoris long head
and semimembranosus than the Nordic hamstring exercise, which preferentially
develops the semitendinosus and the short head of biceps femoris
No sentido de melhor esclarecer esta forma de operacionalizar o processo
de treino procuramos num primeiro momento sistematizar os aspectos
conceptometodológicos que a definem. Contudo, a “Periodização Táctica”
é uma concepção que se encontra pouco retratada na literatura e por isso,
deparamo-nos com escassas referências bibliográficas levando-nos a
reequacionar o teor deste trabalho. Neste seguimento, decidimos incidir
nos fundamentos conceptometodológicos que a definem, a partir de dados
empíricos do processo de treino-competição do treinador José Guilherme
Oliveira
. A escolha deste treinador deve-se ao facto de ser reconhecido pelo
professor Vítor Frade como um dos treinadores que operacionaliza o processo
de treino tendo em conta as premissas da “Periodização Táctica”.
Impact of the Nordic hamstring and hip extension exercises on hamstring archi...Fernando Farias
The architectural and morphological adaptations of the hamstrings in response to training
33 with different exercises have not been explored. PURPOSE: To evaluate changes in biceps
34 femoris long head (BFLH) fascicle length and hamstring muscle size following 10-weeks of
35 Nordic hamstring exercise (NHE) or hip extension (HE) training. METHODS: Thirty
36 recreationally active male athletes (age, 22.0 ± 3.6 years, height, 180.4 ± 7 cm, weight, 80.8 ±
37 11.1 kg) were allocated to one of three groups: 1) HE training (n=10), NHE training (n=10),
38 or no training (CON) (n=10). BFLH fascicle length was assessed before, during (Week 5) and
39 after the intervention with 2D-ultrasound. Hamstring muscle size was determined before and
40 after training via magnetic resonance imaging.
Differences in strength and speed demands between 4v4 and 8v8 SSGFernando Farias
Small-sided games (SSGs) have been extensively used in training
footballers worldwide and have shown very good efficacy in
improving player performance (Hill-Haas, Dawson, Impellizzeri,
& Coutts, 2011). As an example, it has been shown that the
technical performance (Owen, Wong del, McKenna, & Dellal,
2011) and physical performance (Chaouachi et al., 2014; Dellal,
Varliette, Owen, Chirico, & Pialoux, 2012) of footballers can be
enhanced using SSG-based football training programmes.
In the last two decades, extensive research has been pub-
lished on physical and physiological response during SSGs in
football (for refs, see Halouani, Chtourou, Gabbett, Chaouachi,
& Chamari, 2014). It was found that the time-motion charac-
teristics of SSGs could vary greatly depending on certain
structural (e.g., pitch size, number of players, type and number
of goals) and rule (e.g., number of ball touches) constraints.
For example, it was observed that higher maximum speeds are
reached during SSGs played on bigger pitches (Casamichana &
Castellano, 2010). Furthermore, heart rate (HR) and lactate
concentrations were shown to be sensitive to structural and
rule changes in SSGs.
Acute cardiopulmonary and metabolic responses to high intensity interval trai...Fernando Farias
Results from the present study quantify the effects of altering either the intensity of the
work or the recovery interval when performing interval sessions consisting of 60s of work and
60s of recovery for multiple repetitions. The information provided may aid those interested in
designing interval training sessions by providing ranges of values that could be expected for
individuals who possess moderate levels of cardiopulmonary fitness. Using a work intensity of
80% or 100% VGO2peak and a recovery intensity of 0% or 50% VGO2peak, subjects were able to
exercise within the ACSM recommended range for exercise intensity. Based upon the data it
would appear that a protocol such as the 80/0 may be appropriate for those individuals who
are just beginning a program or have little experience with interval-type activity. By contrast, a
100/50 protocol could not be completed by all of the subjects and therefore may be too intense
for some individuals.
The quadriceps femoris is traditionally described as a muscle group com-
posed of the rectus femoris and the three vasti. However, clinical experience
and investigations of anatomical specimens are not consistent with the text-
book description. We have found a second tensor-like muscle between the
vastus lateralis (VL) and the vastus intermedius (VI), hereafter named the
tensor VI (TVI). The aim of this study was to clarify whether this intervening
muscle was a variation of the VL or the VI, or a separate head of the exten-
sor apparatus. Twenty-six cadaveric lower limbs were investigated...
TREINAMENTO EM CAMPO REDUZIDO PODE COMPROMETER O DESEMPENHO? ENTENDA ESTE PONTO DE VISTA.
1. TREINAMENTO EM CAMPO REDUZIDO PODE
COMPROMETER O DESEMPENHO? ENTENDA ESTE
PONTO DE VISTA.
VINICIUS FERREIRA
O excesso de treinamento em forma de jogos em campo reduzido, pode comprometer o
desempenho técnico de jogadores. Principalmente, para meias e laterais em decorrência de
suas funções em campo. Entenda melhor esta minha teoria, e opine.
Nos últimos anos, treinadores têm dado muita ênfase aos trabalhos em campo reduzido. Esta
eficiente tendência de treinamento de origem européia, justifica-se por sua especificidade, não só
para desenvolvimento técnico/tático, mas também físico.
Entretanto é preciso muito critério, pois a simples reprodução deste tipo de treinamento, não garante
resultados positivos. Inicialmente na montagem de um ciclo longo de treinamento, ou de uma
simples unidade, é preciso identificar os objetivos do trabalho e sua posterior influência nas
diferentes variáveis física, técnica e tática.
Então, para explicar melhor meu ponto de vista, vou dividir este artigo em 3 tópicos:
a) Vantagens dos trabalhos bem direcionados em campo reduzido.
b) Erro comumente cometidos em trabalhos de campo reduzido, e que acabam comprometendo o
desempenho físico.
c) O excesso de trabalho em campo reduzido pode diminuir o desempenho técnico/tático de meias e
laterais.
a) VANTAGENS DOS TRABALHOS BEM DIRECIONADOS EM CAMPO REDUZIDO
Particularmente, por defender que o treinamento de futebolistas, deva ser realizado o mais próximo
possível de sua realidade de trabalho. Corroboro com a linha de pensamento que direciona o treino
técnico/tático/físico para dinâmicas desenvolvidas em forma de jogo. Acredito que 75% a 80% dos
trabalhos devam ser direcionados para exercícios com bola e/ou jogos, entre eles os de campo
reduzido. Ficando o restante do cronograma, para o desenvolvimento de força específica contra a
resistência de acessórios e pesos.
Através do uso de GPS e frequencímetro, e de estudos realizados, posso afirmar que a intensidade
deste tipo de trabalho aproxima-se das encontradas durante uma partida oficial. O que justifica o seu
caráter de específicidade para o desenvolvimento do condicionamento físico. Já em um treinamento
coletivo em campo integral, a intensidade cai em média 30 a 40%.
Treinadores modernos criam diversas estratégias em campo reduzido para automatizar sistemas e
2. mecânicas de jogo. Contudo, nem sempre há um controle adequado deste tipo de trabalho sob o
aspecto fisiológico do treinamento. É preciso bastante harmonia entre o preparador físico e o
treinador, para que estes jogos em campo reduzido contemplem os objetivos de ambos. Para isso é
importante que o treinador tenha uma consciência básica das respostas fisiológicas imposta pelos
seus treinos, e que o preparador físico entenda o que o seu técnico busca técnica e taticamente.
b) ERROS COMUMENTE COMETIDOS NOS TRABALHOS EM CAMPO REDUZIDO QUE
ACABAM COMPROMETENDO O DESEMPENHO FÍSICO
Bem já que agora sabemos que a intensidade de um treinamento tático/técnico em campo reduzido
fica próxima da intensidade de uma partida oficial. Podemos sugerir que este tipo de treinamento,
com grandes volumes, não deva ser realizado diariamente. Aconselhando-se então, que durante o
período competitivo seja ministrado em volumes menores, com duração entre 40 e 50 minutos,
evitando uma resposta catabólica decorrente de uma significativa liberação de cortisol. Além da
depleção dos estoques de glicogênio.
Entretanto, se o objetivo for também condicionar fisicamente os atletas, não podemos esquecer que
uma partida de futebol tem 90 minutos, com apenas 15 minutos de intervalo. Ou seja, se o objetivo
for conjugar treino técnico ou tático com o físico, é necessário reproduzir a realidade de uma
partida. Do contrário, o time vai cair de rendimento quando atingir o limite da intensidade e volume
de trabalho ao qual é acostumado a treinar. No entanto, neste caso, para não haver fadiga e lesões, é
necessário ondular a semana de treinamento com alternância das demandas e exigências
musculares.
Ou seja, a utilização de outros recursos de treinamento, que preencham as demais necessidades
táticas/técnicas e físicas, faz-se necessário para o desenvolvimento harmônico dos atletas e da
equipe. Tais como:
- Coletivos em campo integral, que além de serem realizados em intensidades inferiores ainda,
proporcionam um direcionamento tático em situações espaço/temporais específicas.
- O trabalhos de força contra a resistência de pesos e acessórios.
- Trabalhos técnicos direcionados, físicos, regenerativos, core, descanso etc...
Já Presenciei trabalho em campo reduzido em alta intensidade no primeiro dia de uma pré-temporada.
E em uma das situações, era uma pré-temporada de 60 dias. Não preciso dizer o
resultado final deste planejamento foram lesões e mais lesões. Ora, para os que acreditam que o
trabalho com bola desde nos primeiros dias de uma pré temporada é importante, basta criar
dinâmicas que inibam a alta intensidade das ações nesta fase inicial. E isso é muito simples.
Já no decorrer dos dias aumenta-se gradativamente a intensidade das dinâmicas. Proporcionando
uma evolução segura aos jogadores.
Clubes de série A, que trabalham com pré temporada de apenas 2 semanas, acredito que realmente
devam iniciar os trabalhos com bola e mini jogos, desde o primeiro dia, mas é preciso também saber
3. graduar a intensidade destes trabalhos para evitar o surgimento de lesões e comprometer a
temporada dos atletas com lesões precoces.
c) O EXCESSO DE TRABALHO EM CAMPO REDUZIDO PODE DIMINUIR O
DESEMPENHO TÉCNICO/TÁTICO DE MEIAS E LATERAIS.
Atenção, a teorização abaixo se refere aqueles cronogramas que usam no mínimo 3 sessões por
semana de treinamento em campo reduzido, e/ou que não realizam os complementos adequados.
Não existem evidências científicas para meu posicionamento. Ele está embasado em teorias do
treinamento e no acompanhamento de respostas advindas deste tipo de trabalho.
A atividade em um campo de aproximadamente 50 metros de comprimento, realmente eleva
significativamente a participação de todos os atletas na dinâmica, exigindo, movimentação
constante, mais contato com a bola, frequência cardíaca elevada, e uma quilometragem por tempo
de atividade, semelhante a realizada em uma partida oficial.
Contudo, se pensarmos na especificidade das ações, um meio campista em um treino realizado em
campo reduzido recebe a bola de um volante ou de um zagueiro, e já está a apenas 10 metros de
distância do atacante que ele tem que acionar. Esta espaço restrito, facilita a aproximação, a tabela e
a chegada a frente do meia para receber a bola novamente, fazer um 2x1, finalizar, pegar um
rebote... Enfim, a dinâmica em campo reduzido facilita para que o meio campista com poucas
passadas e passes curtos, esteja próximo de uma participação ofensiva efetiva, sem a necessidade de
trabalhar bolas longas, ou realizar descolamentos de 15, 20, 30 até 40 metros, tão comuns, durante
uma situação de jogo em um campo de 100 a 120 metros de comprimento. Principalmente hoje,
com a recomposição das linhas de 4.
Aliás, atualmente quais os meias que fazem esta aproximação de forma eficiente e contínua ao
ataque no futebol brasileiro? Quem faz um enganche com qualidade e efetividade?
Aos laterais cabe um pensamento semelhante: o lateral quando recebe a bola de um meio campista
em um trabalho em campo reduzido, já se encontra na linha dos 25 metros, então, com mais 10
metros de corrida, faz um uma transição ou um 2x1 e já está alçando a bola na área para os
atacantes. Ação completamente diferente da executada em um campo de 100 a 120 metros, onde ele
precisa de deslocamentos de 30, 40 até 60 metros para gerar uma ação ofensiva eficiente.
E então pergunto novamente: Quais são os laterais ou alas que estão realizando ações ofensivas com
eficiência no Brasil? Parece que esta tendência de treinamento atual pode ser a geradora deste tipo
de situação, pelo menos no futebol brasileiro. Afinal a alguns anos atrás, quando eram adotados
outras estratégias de treinamento, nós tínhamos laterais e meias mais agudos do que hoje.
Acredito ainda que em algumas estruturas táticas o atacante de flanco, também pode ter
dificuldades em puxar contra ataques, quando as linhas estão muito recuadas, e este jogador tem
que buscar a bola próximo ao meio de campo.
4. Ou seja, não podemos confundir a alta intensidade deste tipo de trabalho com a especificidade das
ações com e sem bola, em um campo de 120 metros.
Apesar das teorias de autores como Bangsbo e Reilly que citam que o jogo se decide em ações de
alta intensidade, curta duração e metragem (as quais eu concordo), não podemos ignorar a relação
tempo/espaço de uma partida em um campo de tamanho oficial. Eu acredito que para se chegar em
condições de decidir uma jogada de alta intensidade e curta duração, também é preciso ter a
capacidade de se deslocar em distâncias médias e longas e de receber e transferir a bola em
distancias maiores, já que estas são as ações mais realizadas durante uma partida.
Em resumo, o EXCESSO deste trabalho em campo reduzido especializa os atletas a jogarem de
forma eficiente em campos de 50x40 metros, e não 110x40.
Exemplificando a importância da relação tempo/espaço, experimente colocar um jogador de futsal
em um campo de futebol oficial. Apesar deste atleta realizar um esporte de alta intensidade( mais
intenso inclusive que o trabalho em campo reduzido) ele terá imensas dificuldades para acertar o
tempo de recepção da bola, além de dificuldade para dar um passe longo, e deslocar de forma
eficiente mesmo sem bola, afinal, sua rotina de treinamento ocorre em um espaço de 40x20 metros.
Experimente também, direcionar o treinamento de um velocista de 200 metros rasos, priorizando a
execução para tiros 100 metros. Ou seja, aumentando a intensidade, mas diminuindo a
especificidade, como acontece nos jogos em campo reduzido. Parece simples prever o resultado...
Este dois exemplos citados acima podem ser extremos, mas ilustram bem, a importância da
especificidade das ações, para colhermos a resposta desejada. E de que forma os trabalhos em
campo reduzido quando PREDOMINANTES em uma programação semanal, podem comprometer
o desempenho de jogadores de futebol.
Entretanto, a utilização deste tipo de treinamento para a treinar compactação da equipe, estimular
intensidades elevadas em espaços curtos, estimular velocidade de reação e tomada de decisão, são
inegavelmente muito eficientes, basta executá-lo em uma periodização adequada e combinada com
os demais estímulos necessários para o alto rendimento neste esporte .
E aí está a arte da nossa profissão, que consiste em ter a sensibilidade de enxergar nas entrelinhas os
problemas e elaborar as estratégias mais adequadas para solucioná-las, prestando o suporte mais
adequado ao atleta. Afinal se apenas nos restringirmos a seguir as tendências, teremos a mesmas
soluções e problemas. Mas não faremos a diferença no mercado.