2. MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO ALUNO
GEOGRAFIA
ENSINO MÉDIO
2a
SÉRIE
VOLUME 2
Nova edição
2014-2017
governo do estado de são paulo
secretaria da educação
São Paulo
3. Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
4. Caro(a) aluno(a),
Neste volume, as primeiras Situações de Aprendizagem tratam de aspectos essenciais da po-
pulação brasileira, sua dinâmica demográfica e social.
Você estudará conceitos fundamentais relacionados à temática da formação da população
brasileira: miscigenação, raça, etnia, preconceito e discriminação; sobre a dinâmica demográfica,
entenderá os conceitos de taxa de natalidade, taxa de mortalidade, crescimento natural ou vege-
tativo e transição demográfica; assim como os relacionados com a população economicamente
ativa e com a segregação socioespacial.
As atividades propostas são fundamentadas no uso da leitura de gráficos, tabelas e mapas, para
que você compreenda a formação do povo brasileiro, sua evolução, sua distribuição no território
nacional e também a dinâmica populacional e suas características.
Ainda neste volume, nas Situações de Aprendizagem 5, 6, 7 e 8, você terá a oportunidade de
estudar como as formas do planeta são moldadas por forças que tem sua origem no interior da
Terra, os agentes endógenos, por exemplo, os terremotos e vulcões, e por meio da ação de agentes
externos, o clima, por exemplo.
A partir das atividades propostas, você estudará as formas do relevo brasileiro, suas origens,
evolução e como ele é classificado.
Outro tema importante tratado neste volume são os recursos naturais, principalmente a
questão da água, sua distribuição, disponibilidade e problemas associados ao desperdício. Assim,
você poderá refletir sobre a questão dos recursos naturais e sua gestão na realidade brasileira, e
também as posturas éticas que permeiam as relações do ser humano com a natureza.
Esperamos que você aproveite os conteúdos estudados nesta série, especialmente neste vo-
lume, pois eles serão importantes para as futuras discussões que você fará no próximo ano do
Ensino Médio.
Bom estudo!
Equipe Curricular de Geografia
Área de Ciências Humanas
Coordenadoria de Gestão da Educação Básica – CGEB
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
9. 8
Geografia – 2a
série – Volume 2
Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia
[...] No século XVIII, a cor da pele foi considerada como um critério fundamental e divisor
d’água entre as chamadas raças. [...]
No século XIX, acrescentou-se ao critério da cor outros critérios morfológicos como a forma do na-
riz, dos lábios, do queixo, do formato do crânio, o ângulo facial etc. para aperfeiçoar a classificação. [...]
No século XX, descobriu-se, graças aos progressos da Genética Humana, que havia no san-
gue critérios químicos mais determinantes para consagrar definitivamente a divisão da huma-
nidade em raças estanques. Grupos de sangue, certas doenças hereditárias e outros fatores na
hemoglobina eram encontrados com mais frequência e incidência em algumas raças do que em
outras, podendo configurar o que os próprios geneticistas chamaram de marcadores genéticos.
O cruzamento de todos os critérios possíveis (o critério da cor da pele, os critérios morfológicos
e químicos) deu origem a dezenas de raças, sub-raças e subsub-raças. As pesquisas comparativas
levaram também à conclusão de que os patrimônios genéticos de dois indivíduos pertencentes a
uma mesma raça podem ser mais distantes que os pertencentes a raças diferentes; um marcador
genético característico de uma raça pode, embora com menos incidência, ser encontrado em
outra raça. Assim, um senegalês pode, geneticamente, ser mais próximo de um norueguês e mais
distante de um congolês, da mesma maneira que raros casos de anemia falciforme podem ser en-
contrados na Europa etc. Combinando todos esses desencontros com os progressos realizados na
própria ciência biológica (genética humana, biologia molecular, bioquímica), os estudiosos desse
campo de conhecimento chegaram à conclusão de que a raça não é uma realidade biológica, mas
sim apenas um conceito, aliás cientificamente inoperante, para explicar a diversidade humana e
para dividi-la em raças estanques. Ou seja, biológica e cientificamente, as raças não existem.
A invalidação científica do conceito de raça não significa que todos os indivíduos ou todas
as populações sejam geneticamente semelhantes. Os patrimônios genéticos são diferentes, mas
essas diferenças não são suficientes para classificá-las em raças. O maior problema não está nem
na classificação como tal, nem na inoperacionalidade científica do conceito de raça. Se os natu-
ralistas dos séculos XVIII-XIX tivessem limitado seus trabalhos somente à classificação dos gru-
pos humanos em função das características físicas, eles não teriam certamente causado nenhum
problema à humanidade. Suas classificações teriam sido mantidas ou rejeitadas como sempre
aconteceu na história do conhecimento científico. Infelizmente, desde o início, eles se deram
o direito de hierarquizar, isto é, de estabelecer uma escala de valores entre as chamadas raças.
O fizeram erigindo uma relação intrínseca entre o biológico (cor da pele, traços morfológicos)
Leitura e análise de texto
Leia o texto a seguir e responda às questões.
10. 9
Geografia – 2a
série – Volume 2
1. Quais foram os critérios utilizados pelos naturalistas europeus no século XIX para estabelecer o
conceito de raça?
2. Considerando-se a genética, é possível dividir a humanidade em raças? Explique sua resposta.
3. Por que o autor afirma que o conceito de raça é carregado de ideologia?
e as qualidades psicológicas, morais, intelectuais e culturais. Assim, os indivíduos da raça
“branca” foram decretados coletivamente superiores aos das raças “negra” e “amarela”, em fun-
ção de suas características físicas hereditárias, tais como a cor clara da pele, o formato do crânio
(dolicocefalia), a forma dos lábios, do nariz, do queixo etc. que, segundo pensavam, os tornam
mais bonitos, mais inteligentes, mais honestos, mais inventivos etc. e consequentemente mais
aptos para dirigir e dominar as outras raças, principalmente a negra, mais escura de todas, e
consequentemente considerada como a mais estúpida, mais emocional, menos honesta, menos
inteligente e, portanto, a mais sujeita à escravidão e a todas as formas de dominação. [...]
Podemos observar que o conceito de raça, tal como o empregamos hoje, nada tem de bio-
lógico. É um conceito carregado de ideologia, pois como todas as ideologias, ele esconde uma
coisa não proclamada: a relação de poder e de dominação. [...]
MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Palestra proferida no 3o
Seminário Nacional
Relações Raciais e Educação – PENESB – RJ, 5/11/03. Disponível em: <https://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=59>. Acesso em: 26 nov. 2013.
11. 10
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de gráfico
Observe o gráfico com seu professor e seus colegas para responder à questão a seguir.
Fonte: IBGE. Síntese de indicadores sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.
br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2014.
Comparando os dados de 1999 com os de 2009, qual é a grande mudança na distribuição
étnico-racial da população brasileira? Em sua opinião, por que isso acontece?
12. 11
Geografia – 2a
série – Volume 2
1. Analise o gráfico a seguir e responda:
Fonte: IBGE. Síntese de indicadores sociais - Uma análise das condições de vida da população brasileira 2012. Disponível em: <ftp://ftp.
ibge.gov.br/Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_Sociais_2012/SIS_2012.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2013.
O que estes dados revelam a respeito do acesso dos brasileiros à educação?
13. 12
Geografia – 2a
série – Volume 2
2. Leia a reportagem a seguir e analise criticamente essa situação.
No Brasil, negros e mulheres ficam mais tempo desempregados, diz estudo
Negros e mulheres são os grupos que ficam mais tempo desempregados no Brasil, segundo pes-
quisa feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). [...]
O desemprego subiu para 6% em junho, maior nível desde abril de 2012, de acordo com o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o Dieese, 53,9% dos trabalhadores que procuram emprego há menos de um ano
são mulheres e 53,3%, negros. A taxa aumenta entre os desempregados há mais de um ano: nesta
situação, 63,2% são mulheres e 60,6%, negros.
Ainda conforme a pesquisa, trabalhadores com ensino médio completo ou superior incompleto
são a maior parcela dos que estão desempregados há muito tempo, representando 46,2% do total.
Nota: O segmento de negros é composto por pretos e pardos e o de não negros engloba brancos
e amarelos.
Fonte: Portal de notícias Uol. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2013/08/19/no-brasil-
negros-e-mulheres-ficam-mais-tempo-desempregados-diz-estudo.htm>. Acesso em: 13 dez. 2013.
3. Com base em seus conhecimentos, responda: Por que apenas a miscigenação das etnias não
permite afirmar a existência de uma “democracia racial” no Brasil? Justifique sua resposta.
14. 13
Geografia – 2a
série – Volume 2
Com base nos mapas das próximas páginas e em seus conhecimentos, responda à questão
a seguir.
Segundo o critério da cor da pele adotado pelo IBGE, a distribuição da população brasileira
pode ser compreendida se forem considerados também os processos de povoamento e ocupação
do território nacional. Assinale a alternativa que expressa essa relação corretamente.
a) A maior concentração de população preta está no Nordeste e a de pardos, no Norte e no
Nordeste, legado de uma intensa concentração escravagista africana que, desde meados
do século XVI, predominou nas duas regiões devido à antiga cultura canavieira.
b) No Centro-Oeste há certo equilíbrio entre as populações branca e parda por causa dos
descendentes de povos europeus e orientais que se dirigiram à região ao longo do século
XX, para se dedicar à colonização de novas terras.
c) A porcentagem de população preta no Sul do país é expressiva perante as demais regiões e
reflete um processo de colonização e povoamento similar ao de outras regiões brasileiras,
principalmente com a presença de negros.
d) Os brancos são maioria nas regiões Sul e Sudeste, devido à grande concentração de descen-
dentes de europeus (principalmente italianos e alemães) ou de outros povos de cor branca
(por exemplo, árabes).
e) A maior parcela das populações indígena e parda está no Norte, o que se deve à intensa
mestiçagem ocorrida a partir da construção da Rodovia Transamazônica.
15. 14
Geografia – 2a
série – Volume 2
IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 197. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>.
Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (supressão de escala numérica; mantida a grafia).
População por cor ou raça – preta e indígena
16. 15
Geografia – 2a
série – Volume 2
IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 196. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>.
Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (supressão de escala numérica; mantida a grafia).
População por cor ou raça – branca e parda
17. 16
Geografia – 2a
série – Volume 2
Situação de aprendizagem 2
A dinâmica demográfica
Para começo de conversa
1. Considerando as características de sua família, preencha os dados do formulário a seguir.
!
?
2. Converse com seus colegas e seu professor a respeito da “cartografia” das famílias dos alunos da
sua turma. Depois, responda:
a) Houve movimentos migratórios de uma geração para outra? Comente as principais tendên-
cias encontradas na turma.
18. 17
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de gráfico e tabela
b) O número de filhos aumentou ou diminuiu de uma geração para outra? Comente as prin-
cipais tendências encontradas na turma.
1. Observe o gráfico a seguir e responda às questões.
Crescimento populacional brasileiro entre 1890 e 2010 e projeção para 2020
1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
50
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
44,3
37,8
21,6
37,8
17,3 17,3
25,9
35,1
32,7
27,7
23,3
15,6
12,3 13,6
Crescimento populacional brasileiro entre 1890 e 2010 e projeção para 2020
%
Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1995, 2001; Censo Demográfico – 2010; Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Popu-
lação e Indicadores Sociais, Projeção da População por Sexo e Idade para o Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação 2013.
a) Com base em seus conhecimentos e nos dados do gráfico, é possível afirmar que a população
brasileira está passando por uma explosão demográfica? Justifique sua resposta.
19. 18
Geografia – 2a
série – Volume 2
Brasil: taxas de natalidade, de mortalidade e de crescimento vegetativo
da população
Períodos
Natalidade
(por mil)
Mortalidade
(por mil)
Crescimento vegetativo
(por mil)
1872-1890 46,5 30,2 16,3
1891-1900 46,0 27,8 18,2
1901-1920 45,0 26,4 18,6
1921-1940 44,0 25,3 18,7
1941-1950 43,5 19,7 23,8
1951-1960 41,5 15,0 26,5
1961-1970 37,7 9,4 28,3
1971-1980 34,0 8,0 26,0
1981-1990 27,4 7,8 19,6
1991-2000 22,1 6,8 15,3
2001-2005 20,0 6,8 13,2
2006-2010 16,4 6,3 10,2
2011-2013 14,2 6,3 7,9
Fontes: CARVALHO, Alceu Vicente W. de. A população brasileira: estudo e interpretação. Rio de Janeiro: IBGE, 1960; HUGON,
Paul. Demografia brasileira: ensaio de demoeconomia brasileira. São Paulo: Atlas/Edusp, 1973; IBGE. Anuário estatístico do Brasil,
1993, 1995, 2000; Síntese de indicadores sociais, 2002; IBGE. Brasil em síntese. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/>.
Acesso em: 10 mar. 2014.
b) Na “cartografia” da turma, a variação do número de filhos de uma geração para outra reflete,
de certa forma, a situação do crescimento populacional brasileiro representada no gráfico?
Explique.
2. Converse com seus colegas e seu professor para responder às questões referentes à tabela a seguir.
20. 19
Geografia – 2a
série – Volume 2
a) Quais variáveis são utilizadas para determinar o crescimento natural ou vegetativo da
população de um país?
b) Como é calculado o crescimento vegetativo? Exemplifique com dados da tabela.
c) Como são definidas as taxas de mortalidade e de natalidade de um país?
3. De acordo com os dados apresentados no gráfico Crescimento populacional brasileiro entre
1890 e 2010 e projeção para 2020, quais motivos explicam as taxas de crescimento da popula-
ção brasileira entre 1890 e 1930?
4. Qual dos períodos apresentados no gráfico a seguir corresponde ao de grande crescimento
vegetativo? Justifique sua resposta.
%
Brasil: taxas de natalidade, mortalidade e de crescimento vegetativo da
população (por mil habitantes)
Taxa de Natalidade
Taxa de Mortalidade
14,2
6,3
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Brasil: taxas de natalidade, mortalidade e de crescimento
vegetativo da população (por mil habitantes)
%o
1872-1890
1891-1900
1901-1920
1921-1940
1941-1950
1951-1960
1961-1970
1971-1980
1981-1990
1991-2000
2001-2005
2006-2010
2011-2013
Fontes: CARVALHO, Alceu Vicente W. de. A população brasileira: estudo e interpretação. Rio de Janeiro: IBGE, 1960; HUGON, Paul.
Demografia brasileira: ensaio de demoeconomia brasileira. São Paulo: Atlas/Edusp, 1973; IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1993, 1995, 2000;
Síntese de indicadores sociais, 2002; Brasil em Síntese. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/>. Acesso em: 25 mar. 2014.
21. 20
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de gráfico
1. Quais relações podem ser estabelecidas entre os dados do gráfico a seguir e a situação do cres-
cimento populacional brasileiro representada no gráfico Crescimento populacional brasileiro
entre 1890 e 2010 e projeção para 2020?
5
6
7
Média de filhos
por mulher
Brasil: redução da taxa de fecundidade, 1940 a 2010 e projeções para 2013 e 2020
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2013 2020
0
2
3
4
1
6,2 6,2 6,3
5,8
4,4
2,9
2,4
1,9 1,8 1,6
Brasil: redução da taxa de fecundidade, 1940 a 2010 e projeções para 2013 e 2020
Fontes: IBGE. Censo demográfico, 1940-2000; IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Projeção da
População por Sexo e Idade para o Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação 2013.
2. Observe o gráfico a seguir.
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Sem instrução e Fundamental
incompleto
Fundamental completo e
Médio incompleto
Médio completo e Superior
incompleto
Superior completo
0,50
1,00
0,00
4,00
3,50
3,00
2,50
2,00
1,50
Taxas de fecundidade total, por nível de instrução das mulheres, segundo as Grandes Regiões - 2010Taxas de fecundidade total, por nível de instrução das mulheres,
segundo as Grandes Regiões – 2010
Fonte: Censo Demográfico 2010. Nupcialidade, Fecundidade e Migração. Resultados da Amostra. Disponível em:
<ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Nupcialidade_Fecundidade_Migracao/censo_nup_fec_mig.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2014.
22. 21
Geografia – 2a
série – Volume 2
Quais informações apresentadas neste gráfico contribuem para explicar a redução da taxa de
fecundidade das mulheres brasileiras?
3. Quais outros motivos podem ser considerados para explicar a redução na taxa de fecundidade
brasileira, principalmente a partir da década de 1980?
1. Observe a figura da próxima página, que apresenta os gráficos de representação das fases da
transição demográfica, assim como um mapa-múndi com a fase em que se encontravam os
países em 2000.
a) Procure explicar o significado da expressão “transição demográfica”.
b) Analise os gráficos da transição demográfica e explique o que ocorre em cada uma das três
fases apresentadas.
Leitura e análise de gráfico e mapa
24. 23
Geografia – 2a
série – Volume 2
c) Com base na observação do mapa-múndi, dê exemplos de países representativos de cada
uma das fases da transição demográfica e, após conversar com seus colegas e seu professor,
procure levantar hipóteses que justifiquem a classificação desses países nessas fases.
d) Em sua opinião, quais fatores são responsáveis pela manutenção de vários países africanos
na Fase I? Quais ações poderiam ser realizadas para a mudança dessa situação?
e) Explique por que o Brasil encontra-se na fase de transição demográfica em curso (Fase II).
Leitura e análise de gráfico
1. Com base nas semelhanças visuais das estruturas etárias das pirâmides do Brasil, da Rússia, da
Índia, da China e da África do Sul, apresentadas na próxima página, distribua os quatro países
em dois grupos. Depois, procure caracterizar a estrutura etária desses grupos.
Grupo Países Características da estrutura etária
1
2
25. 24
Geografia – 2a
série – Volume 2
Fonte: Nações Unidas. Perspectivas da População Mundial Revisão de
2010. Disponível em: <http://www.un.org/en/development/desa/
population/publications/pdf/trends/WPP2010/
WPP2010_Volume-II_Demographic-Profiles.pdf>.
Acesso em: 10 mar. 2014.
Pirâmides etárias – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – 2010
Brasil
Homens Mulheres
Population Division
aphic Profiles 273
2005-2010
entage)...... 0.9
................. 1.90
e births .... 29
................. 72.2
eriod 2010-2100 refer to
The designations employed and the presentation of material on this map
do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the
Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any
country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the
delimitation of its frontiers or boundaries.
solute numbers)
on in certain age groups. The data are in thousands or millions.
Índia
Homens Mulheres
opulation Division
phic Profiles 773
2010
................ 142 958
m)........... 8
................ 15.0
................ 14.4
................ 72.2
................ 12.8
2005-2010
ntage)...... -0.1
................ 1.44
e births .... 17
................ 67.7
eriod 2010-2100 refer to
The designations employed and the presentation of material on this map
do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the
Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any
country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the
delimitation of its frontiers or boundaries.
olute numbers)
n in certain age groups. The data are in thousands or millions.
África do Sul
Homens Mulheres
2010
.............. 1 224 614
m)........... 373
.............. 30.6
.............. 19.2
.............. 64.5
.............. 4.9
2005-2010
tage)...... 1.4
.............. 2.73
births .... 72
.............. 64.2
iod 2010-2100 refer to
The designations employed and the presentation of material on this map
do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the
Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any
country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the
delimitation of its frontiers or boundaries.
lute numbers)
China
Homens Mulheres
United Nations Department of Economic and Social Affairs/Population Division
World Population Prospects: The 2010, Volume II: Demographic Profiles 333
China, Macao SAR
2010
Total population (thousands) .................................. 544
Population density (persons per square km)........... 20 910
Percentage of population under age 15................... 13.1
Percentage of population age 15-24........................ 15.8
Percentage of population age 15-64........................ 79.9
Percentage of population aged 65+......................... 7.0
2005-2010
Annual rate of population change (percentage)...... 2.4
Total fertility (children per woman)........................ 1.01
Under-five mortality (5q0) per 1,000 live births .... 6
Life expectancy at birth (years) .............................. 80.0
Note: data presented for the projection period 2010-2100 refer to
the medium fertility variant.
Population by age groups and sex (absolute numbers)
The dotted line indicates the excess male or female population in certain age groups. The data are in thousands or millions.
Rússia
Homens Mulheres
United Nations Department of Economic and Social Affairs/Population Division
World Population Prospects: The 2010, Volume II: Demographic Profiles 833
2005-2010
Annual rate of population change (percentage)...... 1.0
Total fertility (children per woman)........................ 2.55
Under-five mortality (5q0) per 1,000 live births .... 79
Life expectancy at birth (years) .............................. 51.2
Note: data presented for the projection period 2010-2100 refer to
the medium fertility variant.
The designations employed and the presentation of material on this map
do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the
Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any
country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the
delimitation of its frontiers or boundaries.
Population by age groups and sex (absolute numbers)
The dotted line indicates the excess male or female population in certain age groups. The data are in thousands or millions.
26. 25
Geografia – 2a
série – Volume 2
2. Considerando o que você estudou até agora e a análise comparativa da questão anterior, explique
por que a pirâmide etária brasileira sinaliza um estágio de transição demográfica.
3. Quais informações podem ser obtidas a partir da leitura da pirâmide etária de um país?
Observe o mapa Índice de Envelhecimento, 2010 na próxima página.
Com base nas informações do mapa, comente a questão do envelhecimento populacional no
Brasil e a distribuição espacial do Índice de Envelhecimento no Brasil.
27. 26
Geografia – 2a
série – Volume 2
IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 45. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>.
Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (supressão de escala numérica; mantida a grafia).
Índice de Envelhecimento, 2010
28. 27
Geografia – 2a
série – Volume 2
A dinâmica demográfica brasileira modificou-se ao longo do tempo. Interprete o gráfico a
seguir, relativo ao período de 1872 a 2010.
Brasil: crescimento vegetativo – 1872-2010
‰
1872-1890
1891-1900
1901-1920
1921-1940
1941-1950
1951-1960
1961-1970
1971-1980
1981-1990
1991-2000
2001-2005
2006-2010
Taxa de Mortalidade
Crescimento vegetativo
Taxa de Natalidade
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Fontes: CARVALHO, Alceu Vicente W. de. A população brasileira: estudo e interpretação. Rio de Janeiro: IBGE, 1960; HUGON, Paul.
Demografia brasileira: ensaio de demoeconomia brasileira. São Paulo: Atlas/Edusp, 1973; IBGE. Anuário estatístico do Brasil,
1993, 1995, 2000; Síntese de indicadores sociais, 2002; Brasil em Síntese. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/>.
Acesso em: 25 mar. 2014.
Avalie as afirmativas em relação às mudanças representadas no gráfico.
I. Considerando-se o período de 1970 a 2010, pode-se afirmar que houve uma redução no cresci-
mento vegetativo do país, processo em grande parte relacionado ao acesso da população aos méto-
dos contraceptivos, à urbanização e à maior participação da mulher no mercado de trabalho.
II. A partir da crise da década de 1980, amplas políticas governamentais de controle da natalidade
resultaram na queda do crescimento vegetativo e no ingresso do país na fase mais avançada da
transição demográfica.
III. Considerando o período de 1970 a 2010, verifica-se que ocorreu um desequilíbrio entre as taxas
de natalidade e de mortalidade, provocando um elevado aumento populacional, em virtude dos
avanços da medicina, do aumento da taxa de fecundidade e da maior participação da mulher no
mercado de trabalho.
IV. Em meados do século XX, a redistribuição espacial da população, pelo crescimento da migração
campo-cidade, e a aceleração do processo de urbanização foram fatores que contribuíram de
maneira expressiva para a redução das taxas de natalidade. Além disso, sobretudo a partir
de 1970, as maiores taxas de escolarização e a inserção da mulher no mercado de trabalho con-
tribuíram para maior redução das taxas de fecundidade.
29. 28
Geografia – 2a
série – Volume 2
As afirmativas corretas são indicadas pela opção:
a) I e II.
b) III e IV.
c) I e IV.
d) II, III e IV.
e) I, II, III e IV.
30. 29
Geografia – 2a
série – Volume 2
!
?
Situação de Aprendizagem 3
O trabalho e o mercado de trabalho
Para começo de conversa
Quantas mulheres moram na sua casa? Elas trabalham? Se sim, em quê? Se não, o que elas fazem?
Leitura e análise de gráfico, mapa e texto
1. Considerando o papel desempenhado pelas mulheres no decorrer da história brasileira, quais
mudanças podem ser constatadas a partir da leitura do gráfico, do mapa e do texto a seguir?
Chefia de família
Número de famílias formadas por
casais com filhos e chefiadas por
mulheres. Brasil, 1999 e 2009.
Legenda
Cada janela corresponde a:
500 mil famílias
100 mil famílias
787 mil famílias 4,1 milhões famílias
50 mil famílias
10 mil famílias
1999 2009
Fonte: Retrato das desigualdades de gênero e raça – 4a
edição
Fonte: IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça 2011 – 4a
edição. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/retrato/infograficos_chefia_familia.html>. Acesso em: 17 jan. 2014.
31. 30
Geografia – 2a
série – Volume 2
IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 182.
Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>. Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (mantida a grafia).
Segundo o IBGE, o Censo Demográfico de 2010 revelou que o percentual de famílias che-
fiadas por mulheres no país passou de 22,2% para 37,3%, entre 2000 e 2010. Para o IBGE, é res-
ponsável pela família a pessoa reconhecida como tal pelos demais membros do lar. A mudança do
papel da mulher na sociedade, a inserção no mercado de trabalho, o aumento da escolaridade em
nível superior e a redução da fecundidade são determinantes para a questão da autonomia feminina.
Referência: Censo Demográfico 2010.
Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?view=noticia&id=3&idnoticia=2240&busca=1&t=censo-2010-
unioes-consensuais-ja-representam-mais-13-casamentos-sao-mais-frequentes>. Acesso em: 17 jan. 2014.
Brasil: domicílios sob responsabilidade de mulheres no total de domicílios, 2010
32. 31
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de gráfico
1. Com base no gráfico a seguir e no material didático disponível, responda às questões propostas.
Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1978, 1982, 1994, 1995; Pesquisa nacional por amostra de domicílios, 2001, 2005.
%
Brasil: distribuição da PEA por setores de produção, 1940-2005 (em %)
33. 32
Geografia – 2a
série – Volume 2
a) Como o IBGE define a População Economicamente Ativa (PEA) e como é realizada sua
distribuição?
b) Quais atividades estão relacionadas aos setores primário, secundário e terciário da economia?
c) Ao considerar as décadas de 1940 a 1960 e o período após a década de 1970 até a atualida-
de, há uma alteração muito significativa em relação à distribuição da população economica-
mente ativa pelos diferentes setores da economia. Aponte as causas e algumas consequências
dessa alteração.
34. 33
Geografia – 2a
série – Volume 2
Observe o gráfico.
econômica, predominava a população ocupada masculina. Na administração pública e, sobretudo, nos
serviços domésticos, a população ocupada feminina era maioria em 2011. Frente às estimativas de
2003, os crescimentos mais relevantes nas participações das mulheres ocorreram no comércio, nos
serviços prestados à empresas e nos outros serviços, com aumento de 4,4; 4,7; 3,6 pontos
percentuais, respectivamente. Nas atividades, onde historicamente há predomínio, seja de homens ou
de mulheres, praticamente não ocorreram alterações, como na construção, com os homens e nos
serviços domésticos com as mulheres.
FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego 2003-2011.
*Média das estimativas mensais.
O crescimento da escolaridade feminina tem se consolidado nos últimos anos e se
manifestado nos diversos setores da atividade econômica. Um exemplo é o comércio, onde, em
2003, as mulheres com 11 anos ou mais de estudo ocupadas nessa atividade totalizavam 51,5%,
enquanto os homens com a mesma característica alcançavam 38,4%. Na construção, esses
percentuais se diferenciavam ainda mais: 55,4% de mulheres e 15,8% de homens. Em 2011, os
percentuais de participação alcançados por elas foram superiores aos dos homens em praticamente
todos os grupamentos de atividade. A exceção ocorreu na indústria, onde o crescimento deles foi
maior em 1,7 ponto percentual. A superioridade da presença feminina com nível superior também foi
verificada nos grupamentos de atividade, com destaque para a construção (atividade majoritariamente
desenvolvida do sexo masculino). No entanto, apesar do predomínio de homens, a proporção de
mulheres que possuíam nível superior foi bem mais elevada que a deles: 28,6% das mulheres e 4,7%
dos homens ocupados na construção em 2011. A administração pública e os serviços prestados à
empresas foram os grupamentos que apresentaram as maiores proporções de mulheres, tanto com 11
anos ou mais de estudo, quanto com nível superior.
Nos avanços frente a 2003, as mulheres com 11 anos ou mais de estudo se destacaram, com
crescimento, em pontos percentuais (p.p.), na indústria (14,0 p.p.), na construção (17,9 p.p.), no
comércio, (15,2 p.p.) e nos outros serviços (15,1 p.p.). Nessas mesmas atividades, os homens com
essa escolaridade também alcançaram crescimento significativo: 16,8 (p.p.), 10,8 (p.p.), 13,8 (p.p).
e 15,7 (p.p.), na mesma ordem. Quando a comparação referiu-se aos que possuíam nível superior
completo, o destaque ocorreu na construção, onde as mulheres atingiram um crescimento de 8,3
(p.p.), enquanto os homens, crescimento de 0,6 (p.p.) entre 2003 e 2011.
64,6
64,0
94,3
93,9
61,8
57,5
62,7
58,0
38,0
35,9
5,3
5,2
62,0
58,4
35,4
36,0
5,7
6,1
38,2
42,6
37,3
42,0
62,1
64,1
94,8
94,8
38,0
41,6
2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011
Indústria Construção Comércio Serviços
Prestados a
Empresas
Administração
Pública
Serviços
Domésticos
Outros Serviços
Homens Mulheres
Participação na população ocupada, por grupamentos de atividade,
segundo o sexo (%) – (2003 e 2011)*
Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego – PME – IBGE (08/03/2012). Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/
trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2014.
Agora, responda:
1. Caracterize a participação das mulheres de acordo com os agrupamentos de atividade nos anos
de 2003 e 2011.
35. 34
Geografia – 2a
série – Volume 2
2. Discorra sobre a atual situação das mulheres no mercado de trabalho comparando-a, de forma
geral, com a dos homens.
Em 1970, o trabalho feminino correspondia a 21% da População Economicamente Ativa (PEA)
brasileira. Em 2011, segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego – 2003-2011, realizada pelo
IBGE, esse percentual saltou para 46,1%. Entre outros fatores, o aumento significativo das mulhe-
res no mercado de trabalho se deve:
a) à igualdade profissional conquistada pelas mulheres perante os homens no mercado de trabalho,
com acentuada redução das disparidades dos ganhos salariais entre eles.
b) ao aumento da industrialização brasileira e à consequente expansão das oportunidades de traba-
lho no setor secundário, com melhor remuneração para as mulheres.
c) ao maior nível de escolarização da população feminina no período, o que favorece sua ocupação
em atividades mais qualificadas e mais bem remuneradas, tanto para as brancas como para as
demais categorias segundo a cor da pele nos dados do IBGE.
d) à necessidade de a mulher trabalhar fora de casa para aumentar o orçamento familiar e pelo fato
de muitas famílias serem chefiadas exclusivamente por mulheres.
e) à maior escolaridade das mulheres quando comparada à dos homens e à queda da taxa de fe-
cundidade, fatores que evitam a situação de desemprego como ocorre com grande parcela das
mulheres negras.
36. 35
Geografia – 2a
série – Volume 2
Situação de Aprendizagem 4
A segregação socioespacial e a exclusão social
Com a orientação de seu professor, reúna artigos e reportagens de jornais, revistas, sites, entre outros,
que tratam de diferentes aspectos da desigualdade social no Brasil, buscando inclusive dados sobre indi-
cadores sociais. Esse material será apresentado na sala de aula em data a ser definida pelo seu professor.
Leitura e análise de texto
Leia os dois textos a seguir e responda à questão.
!
?
Desenvolvimento Humano
[...]
O crescimento econômico de uma sociedade não se traduz automaticamente em quali-
dade de vida e, muitas vezes, o que se observa é o reforço das desigualdades. É preciso que
este crescimento seja transformado em conquistas concretas para as pessoas: crianças mais
saudáveis, educação universal e de qualidade, ampliação da participação política dos cidadãos,
preservação ambiental, equilíbrio da renda e das oportunidades entre toda a população, maior
liberdade de expressão, entre outras. Assim, ao colocar as pessoas no centro da análise do bem-
-estar, a abordagem de desenvolvimento humano redefine a maneira com que pensamos sobre
e lidamos com o desenvolvimento – nacional e localmente.
O conceito de desenvolvimento humano, bem como sua medida, o Índice de Desenvolvimento
Humano–IDH,foramapresentadosem1990,noprimeiroRelatóriodeDesenvolvimentoHumano
do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, idealizado pelo economista paquistanês
Mahbub ul Haq e com a colaboração e inspiração no pensamento do economista Amartya Sen.
A popularização da abordagem de desenvolvimento humano se deu com a criação e adoção
do IDH como medida do grau de desenvolvimento humano de um país, em alternativa ao
Produto Interno Bruto, hegemônico à época como medida de desenvolvimento.
O IDH reúne três dos requisitos mais importantes para a expansão das liberdades das pessoas:
a oportunidade de se levar uma vida longa e saudável – saúde –, ter acesso ao conhecimento –
educação - e poder desfrutar de um padrão de vida digno – renda.
[...]
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2013.
Disponível em: <http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/o_atlas/desenvolvimento_humano>. Acesso em: 10 mar. 2014.
37. 36
Geografia – 2a
série – Volume 2
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Desenvolvimento
Humano ajustado à desigualdade (IDHAD)
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ponto central do Relatório de Desenvolvi-
mento Humano que é elaborado, desde 1990, pelo Programa das Nações Unidas para o Desen-
volvimento (PNUD), surgiu como uma proposta de se qualificar o desenvolvimento das nações
a partir de índices que superavam, do ponto de vista dos criadores do IDH (Mahbub ul Haq e
Amartya Sen), a qualificação das nações a partir da noção simplista de Produto Interno Bruto
(PIB) per capita. Como vimos no texto anterior, esses índices referem-se a uma vida longa e sau-
dável (saúde), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda) medido pela Renda
Nacional Bruta (RNB). A partir da junção desses três índices, chega-se ao valor do IDH, que é
medido na escala entre 0 e 1, e que classifica as nações em quatro grupos: IDH muito elevado,
IDH elevado, IDH médio e IDH baixo.
Em 2011, considerando-se as críticas de que o IDH também tendia a uma análise simplista
das nações, o PNUD trouxe novas variáveis ao Relatório de Desenvolvimento Humano, que
são consolidadas no Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à desigualdade (IDHAD).
Nesse índice, considera-se a desigualdade de renda que ocorre internamente ao território das
nações, a mortalidade infantil e a pobreza de rendimentos. O Índice de Desenvolvimento
Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) tem o objetivo de estudar a distribuição do nível
médio do desenvolvimento humano em relação à esperança de vida, ao nível de escolaridade e
ao controle sobre os recursos. A maior diferença entre o IDH e o IDHAD indica a existência
de desigualdades.
Com o IDHAD, as nações por ele avaliadas ganham classificação paralela à classificação do
IDH. Por exemplo, de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2013, com um
IDH de 0,730, o Brasil alcançou a 85a
posição entre os 188 países analisados pelo PNUD,
ficando dentro do grupo dos países com IDH elevado. No entanto, quando avaliado do ponto
de vista do IDHAD, o Brasil alcançou a pontuação de 0,531, ficando atrás de países como
Jordânia, China, Gabão, Moldávia e Uzbequistão, que possuem IDH inferior ao do Brasil e
pertencentes ao grupo de IDH médio.
Referência
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 – Ascensão do Sul: Progresso
Humano num Mundo Diversificado. Disponível em: <http://hdr.undp.org/en/2013-report>. Acesso em: 23 abr. 2014.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
A partir da leitura dos dois excertos, escreva um texto apresentando a sua conclusão sobre
a relação entre desenvolvimento humano e desigualdade social. Na sua argumentação, apresente
exemplos verificados no lugar em que você vive.
40. 39
Geografia – 2a
série – Volume 2
b) Além do shopping center, cite outro exemplo de segregação socioespacial no meio urbano.
Justifique sua resposta.
41. 40
Geografia – 2a
série – Volume 2
!
?
Situação de Aprendizagem 5
A tectônica de placas e o relevo brasileiro
Leitura e análise de tabela e quadro
1. Observe os dados apresentados na tabela e analise-os com base nas informações do quadro.
Depois, responda às questões.
Maiores abalos no Brasil
Localização Ano Magnitude (*)
Vitória (ES) 1955 6,3
Porto dos Gaúchos (MT) 1955 6,2
Tubarão (SC) 1939 5,5
Codajás (AM) 1983 5,5
Pacajus (CE) 1980 5,2
Litoral de São Paulo 2008 5,2
Mogi Guaçu (SP) 1922 5,1
João Câmara (RN) 1986 5,1
Plataforma (RS) 1990 5,0
Itacarambi (MG) 2007 4,9
Mara Rosa (GO) 2010 4,5
Montes Claros (MG) 2012 4,5
João Câmara (RN) 2010 2,7
Porangatu (GO) 2012 2,7
(*) Na escala Richter
Fonte: Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB). Disponível em: <http://www.obsis.unb.br/index.php?option=com_
content&view=category&id=39&Itemid=84&lang=pt-br>. Acesso em: 29 jan. 2014.
42. 41
Geografia – 2a
série – Volume 2
Entenda os efeitos dos terremotos
Os sismólogos usam a escala de magnitude para representar a energia sísmica liberada por
cada terremoto. Veja a seguir a tabela com os efeitos típicos de cada terremoto em diversos
níveis de magnitude.
Escala Richter Efeitos do terremoto
Menos de 3,5 Geralmente não é sentido, mas pode ser registrado
3,5 a 5,4 Frequentemente não se sente, mas pode causar pequenos danos
5,5 a 6,0 Ocasiona pequenos danos em edificações
6,1 a 6,9 Pode causar danos graves em regiões onde vivem muitas pessoas
7,0 a 7,9 Terremoto de grande proporção, causa danos graves
de 8 graus ou
mais
Terremoto muito forte. Causa destruição total na comunidade atingida
e em comunidades próximas
Esta tabela é “aberta”, portanto não é possível determinar um limite máximo de graus.
Ainda que cada terremoto tenha uma magnitude única, os efeitos de cada abalo sísmico variam bastante devido à
distância, às condições do terreno, às condições das edificações e a outros fatores.
Fonte: Folha Online, 6 mar. 2007, fornecido pela Folhapress. Disponível em: <http://www1.
folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u105252.shtml>. Acesso em: 26 nov. 2013.
a) Com base em dados do Instituto de Geologia do Departamento do Interior dos Estados Unidos da
América, estima-se que ocorram cerca de 500 mil terremotos por ano no mundo, dos quais 100 mil
deles podem ser sentidos e 100 causam alguma forma de danos ou vítimas. Considerando a tabela
e o quadro, por que não há registro na memória da população brasileira acerca dos terremotos que
aqui ocorreram?
43. 42
Geografia – 2a
série – Volume 2
A instabilidade da crosta terrestre
O interior da Terra guarda mistérios que sempre excitaram a imaginação do ser hu-
mano, entre outras razões, porque uma série de eventos que têm origem nessa parte do pla-
neta manifesta-se na superfície e nos atinge, como é o caso dos terremotos e das erupções
vulcânicas. Além da imensa produção fantasiosa, foram muitas as teorias que pretenderam
explicar os processos que ocorrem no interior da Terra.
Uma grande dificuldade empírica e concreta impõe-se de início. O interior do planeta
é diretamente inatingível, e todas as informações de que se dispõem são indiretas e difíceis
de analisar. Nos últimos tempos, a pesquisa do interior de nosso planeta passou a ser feita
pela interpretação de ondas sísmicas que se propagam até a superfície terrestre – pois têm
b) Em abril de 2009, um terremoto de magnitude 6,3 graus na escala Richter, equivalente ao
terremoto ocorrido em 1955 no litoral de Vitória (ES), provocou a morte de pelo menos
287 pessoas na região de L’Aquila, cidade localizada no centro da Itália, além de ter destruído
quase inteiramente a província. Considerando que a força letal de um terremoto não se associa
apenas à intensidade de seu epicentro, converse com seus colegas e seu professor e responda:
Quais outros fatores explicam o número de vítimas na Itália e a inexistência delas no Brasil?
Leitura e análise de texto, mapa e quadro
1. Leia o texto a seguir e responda às questões.
44. 43
Geografia – 2a
série – Volume 2
a) O autor afirma que uma série de eventos que ocorrem no interior da Terra manifesta-se
externamente. Quais exemplos são citados?
b) O autor afirma que o interior da Terra guarda mistérios que sempre instigaram a imaginação do
ser humano e que há uma enorme dificuldade em se obter respostas para essas inquietações.
Por que isso ocorre?
comportamentos distintos ao atravessarem diferentes materiais – e, também, pelo estudo
do vulcanismo e dos terremotos.
A conclusão a que se chegou é que a crosta terrestre é dinâmica, vem se transformando
ao longo do tempo da natureza, e essa transformação pode ser explicada com base na teoria
das placas tectônicas. A crosta terrestre é uma fina casca sólida sobre o magma, mas não
contínua; ao contrário, trata-se de uma justaposição de placas que se movimentam sobre
o magma, e essa movimentação explica grande parte da fisionomia atual da superfície ter-
restre.
Uma referência-chave para essa interpretação teórica nos leva para um passado de mais
de 250 milhões de anos, quando os blocos continentais atuais (Eurásia, África, América,
Austrália e Antártida) formavam um único e gigantesco bloco: a Pangeia (ou seja, “toda
a Terra”). De lá para cá, esse bloco foi se fragmentando e dando origem aos continentes
atuais. Nesse processo, os intervalos que surgiram entre os fragmentos continentais fo-
ram preenchidos pelas águas, e aí se encontra a origem dos oceanos. Por que a Pangeia se
fragmentou? Porque a crosta terrestre é formada de placas que se movimentam. Assim, a
estabilidade da crosta é apenas aparente.
Elaborado por Jaime Oliva especialmente para o São Paulo faz escola.
45. 44
Geografia – 2a
série – Volume 2
c) Considerando a evolução dos estudos geológicos, a quais conclusões os cientistas chegaram
quanto às características da crosta terrestre?
d) De acordo com o texto, qual foi a referência-chave para chegar a essas conclusões sobre as
características da crosta terrestre?
e) Por que a Pangeia se fragmentou?
2. Observe o mapa da próxima página.
a) Identifique as placas que atuam em contato com a Placa Sul-americana.
47. 46
Geografia – 2a
série – Volume 2
3. Observe o mapa apresentado na página seguinte e responda às questões.
a) Identifique as áreas mais propensas a terremotos na América do Sul.
b) Qual relação pode ser estabelecida entre as áreas mais propensas a terremotos na América do
Sul e a disposição das placas tectônicas?
c) Qual dos terremotos identificados no quadro Brasil: três terremotos, 2007-2008 (p. 45) era
mais provável de ocorrer? Justifique.
48. 47
Geografia – 2a
série – Volume 2
NewYork
Boston
Montreal
Toronto
Chicago
Philadelphia
LosAngeles
SanFrancisco
Houston
Miami
Dallas
SãoPauloRioDeJaneiro
Recife
BeloHorizonte
Johannesburg
Alexandria
Napoli
Barcelona
Milano
Manchester
Birmingham
MadrasBangalore
Bombay
Hyderabad
Calcutta
Karachi
Lahore
Guangzhou
Wuhan
Shanghai
Tianjin
Shenyang
Harbin
Osaka
Nagoya
Yokohama
Pusan
Singapore
Sydney
Melbourne
St.Petersburg
HoChiMinhCity
Detroit
München
Frankfurt
Vancouver
Seattle
Anchorage
Perth
Manaus
CapeTown
Vladivostok
OmskNovosibirsk
Yakutsk
Denver
SaltLakeCity
Fairbanks
Nordvik
Irkutsk
Okhotsk
Lanzhou
Urümqi
Edinburgh
WashingtonD.C.
seriAsoneuB
Lima
Santiago
Bogota
Caracas
Kinshasa
Lagos
Algiers
Cairo
Baghdad
Athinai
Roma
Madrid
Tehran
Paris
Budapest
Berlin
Moskva
London
Delhi
Dhaka
Yangon
KrungThep
HongKong
Taipei
Manila
Jakarta
Beijing
Tokyo
Seoul
MexicoCity
Kiev
Ottawa
Belmopan
Guatemala
SanSalvador
Tegucigalpa
Managua
SanJose
Panama
LaHabana
Kingston
Port-au-Prince
Sa
ntoDo
mingo
SanJuan
PortofSpain
Quito
Georgetown
Paramaribo
Brasília
Rémire
LaPaz
Asuncion
oedivetnoM
Maseru
Mbabane
Maputo
Gaborone
Antananarivo
Windhoek
Harare
Lusaka
Lilongwe
Luanda
Pretoria
DaresSalaam
Kigali
Nairobi
Kampala
Brassaville
Libreville
Yaoundé
Bangui
Malabo
Muqdisho
ÄdïsÄbeba
Dijbouti
KhartoumAsmera
San'ä'
N'Djamena
Niamey
Ouagadougou
Bamako
MonroviaAbidjanAccra
Lome
PortoNovo
Freetown
Conakry
Banjul
Bissau
Dakar
Nouakchott
Rabat
Tunis
Taräbulus
ArRiyad
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Bayrüt
Nicosia
Ankara
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Baku
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Doha
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Yerevan
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Bujumbura
TelAviv-Yafo
Amman
Kishinev
Bucuresti
Sofiya
Skopje
Tirane
Titograd
Sarajevo
Beograd
Zagreb
Ljubljana
WienBratislava
Warszawa
Praha
Vilnius
Riga
Minsk
Tallinn
Helsinki
Stockholm
Oslo
Bruxelles
Amsterdam
Lisboa
Dublin
Bern
Almaty
Tashkent
Dushanbe
Kathm
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Thimphu
Hanoi
Viangchan
Ulaanbaatar
PhnomPenh
P'yôngyang
BandarSeriBegawan
PortMoresby
Canberra
Wellington
KualaLumpur
Colombo
Reykjavík
Kobenhavn
180°150°120°90°60°30°0°180°150°120°90°60°30°
180°150°120°90°60°30°0°180°150°120°90°60°30°
0°
30°
30°
60°
90°
60°
60°
90°
30°
0°
30°
60°
10%deprobabilidadedeexcedênciaem50anos,períododeretornode475anos
ACELERAÇÃOMÁXIMADOSUBSTRATOROCHOSO(m/s)2
ProjeçãoRobinson
00.20.40.81.62.43.24.04.8
MODERADO
PERIGOPERIGO
BAIXOALTO
PERIGOPERIGO
MUITOALTO
Mundo:perigosísmico
GLOBALSeismicHazardAssessmentProgram.Disponívelem:<http://www.seismo.ethz.ch/static/GSHAP>.Acessoem:23maio2014.
Mapaoriginal(basecartográficacomgeneralização;algumasfeiçõesdoterritórionãoestãorepresentadas;mantidaagrafia).
49. 48
Geografia – 2a
série – Volume 2
4. Observe o quadro a seguir.
Placas tectônicas e terremotos
Área de contato
de placas
Limites convergentes: no choque (encontro), as placas tendem a ter suas
bordas destruídas e a provocar processos de soerguimento.
Limites divergentes: no afastamento das placas, abrem-se fissuras por
onde “vaza” magma, e ali aumenta a atividade interna.
Limites conservativos: as placas não se encontram nem se afastam,
mas deslizam lateralmente entre si ao longo de falhas profundas que
atravessam a litosfera e marcam o limite entre as placas (falhas trans-
formantes).
Entorno do centro
da placa
A atividade interna somente repercute na superfície caso encontre
fissuras, falhas e fragilidades na placa.*
* Tremores no centro das placas são mais raros e mais fracos, ao contrário das bordas, onde a atividade interna, denominada sísmica, é
mais intensa.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Fonte: TEIXEIRA, Wilson; TOLEDO, Maria Cristina Motta de;
FAIRCHILD, Thomas Rich; TAIOLI, Fabio. Decifrando a Terra. São Paulo: Ibep, 2007.
Como as placas se movimentam, podem acontecer três situações nas áreas de contato. Quais são elas?
50. 49
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de texto e mapa
Leia o texto a seguir.
Para compreender o relevo sul-americano, é necessário conhecer as influências resultantes
da evolução e do dinamismo dos movimentos das placas tectônicas (ver coleção de mapas na
próxima página).
Apesar de a Pangeia ter iniciado sua fragmentação há aproximadamente 225 milhões de
anos, foi somente há 200 milhões de anos que Gondwana, um grande bloco de terras emersas
ao Sul do planeta, começou a se desprender desse “continente único”. O processo de fragmen-
tação continuou e, há cerca de 145 milhões de anos, Gondwana também começou a se romper.
A partir desse rompimento, iniciou-se a formação do Oceano Atlântico, separando o que viria
a ser a América do Sul e a África – a Antártida e uma porção da Ásia também se formaram a
partir de rupturas na Gondwana.
Ao se soltar da Placa Africana, a Placa Sul-americana principiou o seu deslocamento
para Oeste.
Algumas alterações no relevo da costa Leste do Brasil podem ter se iniciado nesse processo.
Foi ainda com esse movimento de divergência entre as placas Africana e Sul-americana
que, ao longo do tempo, formou-se o fundo do Oceano Atlântico – em virtude da intrusão
de material magmático que foi se solidificando –, parte dele vinculada à Placa Sul-americana e
parte, à Placa Africana. Assim, enquanto se afastavam, essas placas aumentaram sua dimensão,
com o acréscimo do assoalho oceânico, criando uma nova extensão de 4 100 quilômetros.
Com esse movimento em direção ao Oeste, a Placa Sul-americana também acabou se
encontrando com a Placa de Nazca. Esta, mais densa, mergulhou sob a Placa Sul-ameri-
cana, soerguendo sua borda e dando origem à Cordilheira dos Andes, há cerca de mais de
60 milhões de anos. Há interpretações que procuram explicar que a formação dos Andes
teria repercutido em todo o conjunto da placa. Trata-se de uma repercussão desigual, visto
que algumas áreas de rochas menos resistentes foram mais soerguidas do que outras, estas
constituídas de rochas mais resistentes. Foi nesse momento – essa é a hipótese – que teriam
ocorrido os movimentos que deram origem às escarpas da Serra do Mar e da Serra da Manti-
queira (ROSS, 1996). No entanto, há pesquisas que revelam indícios de que parte do relevo
da costa Leste do Brasil não teria uma relação tão imediata com o soerguimento dos Andes.
Referência
ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.
Elaborado por Angela Corrêa da Siva especialmente para o São Paulo faz escola.
A Tectônica das Placas e sua influência na geomorfologia
da América do Sul
51. 50
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série – Volume 2
IBGE.Atlasgeográficoescolar.RiodeJaneiro:IBGE,2004.p.64-65.Mapaoriginal.
DerivaContinental:daPangeiaaténossosdias
Fontes:Granatlasilustradodelmundo.BuenosAires:Reader’sDigest,c1999.1atlas(288p.):mapas;USGS.ThisdynamicEarth:thestory
ofplatetectonics.Onlineedition.Disponívelem:<http://pubs.usgs.gov/gip/dynamic/dynamic.html>.Acessoem:27dez.2010.
52. 51
Geografia – 2a
série – Volume 2
1. Quando e como se iniciou a formação da América do Sul? Quais outros blocos de terras foram
formados nesse processo?
2. A região da Placa Sul-americana onde se localiza o atual Brasil sofreu alguma alteração resultante
do processo de formação do Oceano Atlântico? Justifique.
3. Quais hipóteses são apresentadas no texto para explicar a relação entre o movimento da Placa
Sul-americana e o modelado do relevo brasileiro?
53. 52
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de mapa e quadro
1. Observe o mapa e o quadro a seguir. Converse a respeito deles com seus colegas e seu professor
e, depois, responda às questões propostas.
Fonte: ROSS, Jurandyr L. Sanches. Os fundamentos da geografia da natureza. In: _____ (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996. p. 47.
Brasil: grandes estruturas
54. 53
Geografia – 2a
série – Volume 2
Representação
no mapa
Crátons
pré-brasilianos
Faixas de dobramentos
do ciclo brasiliano
Bacias sedimentares
fanerozoicas
Simplificação
operacional
Áreas cratônicas
Dobramentos
antigos
Bacias sedimentares
Breve
definição
Terrenos mais antigos
do Brasil → muito
desgastados pela
erosão → rochas
metamórficas muito
antigas
(2 a 4,5 bilhões
de anos) →
rochas intrusivas
(magmáticas) antigas
(1 a 2 bilhões de
anos).
Áreas de soerguimento
de cadeias de
montanhas, orogênese
ou dobramentos
(1 a 4 bilhões de
anos).
Terrenos mais recentes
(600 milhões de anos
para cá) → rochas
sedimentares (arenitos,
calcário, argilitos etc.)
→ rochas mais moles,
menos resistentes.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
a) Indique as principais estruturas geológicas encontradas no território brasileiro. Quando elas
se formaram e quais são as características de cada uma delas?
b) Qual é a estrutura geológica predominante no território brasileiro? Como se pode explicar
essa predominância?
55. 54
Geografia – 2a
série – Volume 2
c) Em qual das estruturas geológicas ocorrem as maiores riquezas minerais do Brasil? Quais
minerais são esses?
Desafio!
Para o aprofundamento desta Situação de Aprendizagem, propomos a realização de
duas tarefas:
1. Construção de um glossário: utilizando como fonte livros didáticos, atlas e outros mate-
riais, a ideia é construir um glossário com vários termos que apareceram na Situação de
Aprendizagem. Eis alguns exemplos: geologia, erosão, rochas metamórficas, rochas sedi-
mentares, sedimentos, soerguimento, dobramentos, orogênese etc.
2. Todos os eventos mencionados, assim como a data de várias formações, estão assinalados
com um tempo numérico. Exemplos: soerguimento da Cordilheira dos Andes (60 milhões
de anos); abertura do Oceânico Atlântico (200 milhões de anos); bacias sedimentares no
Brasil (a partir de 600 milhões de anos). A ideia é que, com a escala geológica do tempo,
vocês identifiquem individualmente as Eras, os Períodos e as Épocas de tudo o que foi
datado nesta Situação de Aprendizagem.
No final deste Caderno está disponível para consulta a História Geológica daTerra. No Quadro
Ano-Terra, é possível encontrar informações para o desenvolvimento desta atividade.
O geofísico Marcelo Assumpção, da Universidade de São Paulo (USP), está mapeando a estru-
tura da placa sob o Brasil (a Sul-americana). Já descobriu que ela é mais fina e frágil em algumas
regiões, como no Nordeste. Esse fato, somado à provável presença de uma falha tectônica, faz desta
a região com mais riscos sísmicos do país. Em seu caderno, comente essa afirmação.
56. 55
Geografia – 2a
série – Volume 2
Com relação à estrutura tectônica do território brasileiro, é correto dizer que:
a) a costa Leste, por se encontrar na borda da Placa Sul-americana, possui as montanhas mais eleva-
das do Brasil.
b) a fronteira Oeste do Brasil está livre de eventos como tremores por causa da imensa distância da
Cordilheira dos Andes.
c) a posição do Brasil no interior da Placa Sul-americana explica a baixa ocorrência de eventos
sísmicos nos últimos 60 milhões de anos.
d) ao Sul do Brasil, as áreas de serras resultam de dobramentos que ocorreram nos últimos 60 milhões
de anos e que deram origem também aos Andes.
e) o Brasil é instável em termos tectônicos em função das várias fissuras e falhas existentes na Placa
Sul-americana, que sustenta a América do Sul.
57. 56
Geografia – 2a
série – Volume 2
Situação de Aprendizagem 6
As formas de relevo brasileiro e as funções das
classificações
Para começo de conversa
Considerando o que você estudou até agora, apresente o significado dos seguintes termos:
●● Relevo:
●● Modelado:
●● Geomorfologia:
●● Topografia:
!
?
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Geografia – 2a
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Leitura e análise de texto
Leia o texto a seguir.
A força da erosão
Como explicar a configuração atual das formações montanhosas?
Se a resposta se referir apenas às forças tectônicas como aquelas que constroem as ca-
deias montanhosas, ela estará incompleta. Um elo fundamental na explicação precisa vir à
luz: forças associadas ao clima e, mais diretamente, à erosão devem ser consideradas. A melhor
maneira de se referir à configuração montanhosa é dizer que ela é produto de interações entre pro-
cessos tectônicos, climáticos e erosivos. Tendo em vista essa interação, pode-se explicar a altura
máxima das montanhas, além do tempo necessário para esculpir – ou destruir – uma cadeia
montanhosa.
Depois de observar por longo tempo o processo de erosão, muitos geólogos chegaram à
conclusão de que ela é a principal força que configurou as cadeias montanhosas tal como as
observamos atualmente. Minúsculas gotas de chuva contribuem em boa parte para a definição
da fisionomia e da altura dessas cadeias.
Elaborado por Jaime Oliva especialmente para o São Paulo faz escola.
Após a leitura e a discussão com seus colegas e seu professor, responda às questões a seguir.
1. De acordo com o texto, como se explica a configuração atual das formações montanhosas?
2. Qual é a conclusão a que os geólogos chegaram após observarem por muito tempo a ação dos
processos erosivos?
59. 58
Geografia – 2a
série – Volume 2
3. Os agentes internos e externos podem ser responsáveis tanto pela construção quanto pela destruição
do relevo. Com base no que você estudou até agora, apresente exemplos dessas duas possibilidades.
4. Preencha o quadro com o significado das macroformas de relevo solicitadas.
Formas de relevo
Macroformas Elementos envolvidos
Planaltos
Planícies
Cadeias montanhosas
Depressões
Após preencher o quadro, responda:
Temos, em nosso território, cadeias montanhosas recentes?
60. 59
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de mapa
Observe o mapa da próxima página e responda às questões a seguir.
1. Com base no mapa, indique as principais formas de relevo encontradas no Brasil.
2. Leia a descrição das principais formas de relevo encontradas no Brasil e preencha as lacunas
indicando o nome correto de cada uma delas.
a) __________________________________: superfícies elevadas, mais ou menos planas,
delimitadas por escarpas, onde o processo de erosão supera o de sedimentação. Em geral,
são formas residuais, isto é, relevos que restaram de formações antigas, divididos em qua-
tro tipos.
b) __________________________________: apresentam tipos bem diversificados, sendo de-
finidas como um modelado de relevo que se apresenta mais baixo do que as áreas vizinhas.
Em seu trabalho, Ross reconhece um total de 11 espalhadas pelo Brasil.
c) __________________________________: áreas, em geral, planas, constituídas por de-
posição de sedimentos de origem marinha, lacustre ou fluvial. Esses terrenos, onde
predomina a sedimentação, são encontrados em seis porções do território brasileiro.
61. 60
Geografia – 2a
série – Volume 2
Fonte:ROSS,JurandyrL.Sanches.Osfundamentosdageografiadanatureza.In:_____(Org.).GeografiadoBrasil.SãoPaulo:Edusp,1996.p.53.
Brasil:formasderelevo
62. 61
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de mapa
Observe o mapa a seguir.
AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2007, encarte. Mapa original.
Terras baixas
florestadas equatoriais
Domínios Morfoclimáticos Brasileiros
(Áreas Nucleares — 1965)
Chapadões tropicais interiores
com cerrados e florestas-galeria
Áreas mamelonares
tropical-atlânticas florestadas
Depressões intermontanas e
interplanálticas semiáridas
Planaltos subtropicais
com araucárias
Coxilhas subtropicais
com pradarias mistas
(Não diferenciadas)
I.Amazônico
II.Cerrado
III.Mares de morros
Domínios
IV.Caatingas
V.Araucárias
VI.Pradarias
Faixas de transição
63. 62
Geografia – 2a
série – Volume 2
Tomando por base o mapa Domínios Morfoclimáticos Brasileiros, identifique quais foram os
elementos da paisagem considerados pelo autor para construir o mapa.
1. Todas as macroformas do relevo estão, de modo geral, presentes no território brasileiro?
Explique.
2. Se a altitude for tomada como único parâmetro, o que pode ser dito a respeito do relevo
brasileiro?
64. 63
Geografia – 2a
série – Volume 2
Considerando o processo de erosão e sua relação com as formas de relevo, é correto dizer que:
a) as planícies são formas de relevo, em geral planas, produto do trabalho de deposição de
sedimentos.
b) os planaltos são formas baixas e planas de relevo, resultado da deposição de sedimentos ero-
didos em zonas mais altas.
c) a erosão é a principal força formadora das grandes cadeias montanhosas, que nada mais são
do que planaltos entrecortados e esculpidos.
d) as planícies são formas planas e altas no topo das cadeias montanhosas, resultado da deposição
sedimentar.
e) planaltos são terras mais baixas que as vizinhas, resultantes do trabalho de erosão eólica e
fluvial em áreas mais elevadas.
65. 64
Geografia – 2a
série – Volume 2
Situação de Aprendizagem 7
Águas no Brasil: gestão e intervenções
Para começo de conversa
Leia o texto a seguir.
!
?
Águas no Brasil
O Brasil apresenta uma situação confortável, em termos globais, quanto aos recursos
hídricos. A disponibilidade hídrica per capita, determinada a partir de valores totalizados
para o País, indica uma situação satisfatória, quando comparada aos valores dos demais
países informados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, apesar desse
aparente conforto, existe uma distribuição espacial desigual dos recursos hídricos no ter-
ritório brasileiro. A maior disponibilidade hídrica concentra-se na região hidrográfica
Amazônica, onde se encontra o menor contingente populacional. Assim, áreas muito
mais povoadas não têm toda essa disponibilidade de água. Algumas delas vivem, inclusive,
situações de escassez hídrica.
Fonte: Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2012. Agência Nacional de Águas (ANA). Disponível em: <http://arquivos.ana.gov.br/
institucional/spr/conjuntura/ANA_Conjuntura_Recursos_Hidricos_Brasil/ANA_Conjuntura_ Recursos_Hidricos_Brasil_nov.pdf>.
Acesso em: 29 jan. 2014.
1. Conforme o texto, o Brasil enfrenta problemas com o abastecimento de água para o consumo
da população e para as atividades econômicas que exigem o uso da água?
2. O que são bacias hidrográficas? Quais são as mais importantes do território brasileiro?
66. 65
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de mapa e tabela
Com base nos mapas e na tabela responda às questões a seguir.
Elaborado por Simone Freitas Dias, Agência Nacional de Águas (ANA). Divisão Hidrográfica Nacional, set. 2009. Mapa original.
Brasil: regiões hidrográficas
67. 66
Geografia – 2a
série – Volume 2
Brasil: área, produção hídrica absoluta e relativa e a disponibilidade hídrica das
regiões hidrográficas
Vazão Média
Região Hidrográfica
Área
(km2
)*
m3
/s** %
Disponibilidade hídrica
(m3
/s)
Amazônica 3 869 953 132 145 73,4 73 748
Tocantins-Araguaia 918 822 13 799 7,6 5 447
Atlântico Nordeste
Ocidental
274 301 2 608 1,4 320
Parnaíba 333 056 767 0,4 379
Atlântico Nordeste
Oriental
286 802 774 0,4 91
São Francisco 638 576 2 846 1,6 1 886
Atlântico Leste 388 160 1 484 0,8 305
Atântico Sudeste 214 629 3 167 1,8 1 145
Atlântico Sul 187 552 4 055 2,3 647
Paraná 879 873 11 831 6,6 5 956
Uruguai 174 533 4 103 2,3 565
Paraguai 363 446 2 359 1,3 782
Total 8 532 802 179 938 100 91 271
*Considera apenas o território brasileiro;
** Dados de dezembro de 2012.
Fonte: Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2012. Agência Nacional de Águas (ANA). Disponível em: <http://arquivos.ana.gov.
br/institucional/spr/conjuntura/ANA_Conjuntura_Recursos_Hidricos_Brasil/ANA_Conjuntura_Recursos_Hidricos_Brasil_nov.pdf>
Acesso em: 29 jan. 2014.
68. 67
Geografia – 2a
série – Volume 2
Fontes: IBGE, Censo Demográfico 2010; Atlas nacional do Brasil Milton Santos. Rio de Janeiro: IBGE, 2010; e Agência Nacional de Águas - ANA, 2002.
Nota: Redefinição da sistemática de codificação de bacias hidrográficas para a Política Nacional de Recursos Hídricos instituída pela Resolução nº 30, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH, de 11 de dezembro de 2002, publicada no Diário Oficial da União em 19 de março de 2003.
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OCEANO
ATLÂ
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IC
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-25°
-15°
-5°
-75° -65° -55° -45° -35° -30°
-25°
-15°
-5°
-35°-45°-55°-65°5° 5°
-10°
OCEANO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
-40°-50°-60°-70°
EQUADOR
-20°
-30°
-70° -60° -50° -40°
-30°
-20°
-10°
0°
PACÍFICO
0°
CHILE
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Densidade demográfica
por bacia hidrográfica
2010
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VELHO
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CAMPO
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GOIÂNIA
BRASÍLIA
PALMAS
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FORTALEZA
NATAL
JOÃO PESSOA
RECIFE
MACEIÓ
ARACAJU
SALVADOR
VITÓRIA
BELO
HORIZONTE
RIO DE JANEIRO
SÃO PAULO
CURITIBA
PORTO ALEGRE
FLORIANÓPOLIS
ASUNCIÓN
LA PAZ
BOGOTÁ
CAYENNE
Atol das Rocas
Arquip. de Abrolhos
75 750 150 225 km
PROJEÇÃO POLICÔNICA
ESCALA
Hab/km²
Limite de grande bacia
Limite de sub-bacia
População
(hab. x1.000)
Área densamente
urbanizada
até 500
500 a 1.000
1.000 a 2.500
2.500 a 5.000
5.000 a 12.600
54.641
Capital:
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Nacional
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Internacional
até 2
3 a 15
16 a 50
51 a 100
101 a 131
327
733
IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. Mapa original (mantida a grafia).
Agora, responda às questões.
a) O que se pode dizer a respeito da distribuição geográfica da água no Brasil?
69. 68
Geografia – 2a
série – Volume 2
Com base nessas informações, analise os problemas que ocorrem em seu município e/ou na
cidade de São Paulo, capital do Estado, relativos ao uso da água como recurso natural.
●● Problemas de abastecimento nas grandes cidades: escassez; dificuldade de trata-
mento; áreas de mananciais habitadas e degradadas; áreas de captação muito distantes;
custos elevados do sistema de captação, tratamento e distribuição.
●● Problemas de poluição das águas: rios contaminados ao longo de seu curso por
atividades econômicas, por falta de saneamento básico, pelo recolhimento de esgotos
domésticos etc.
●● Desperdício da água: crença ingênua numa abundância sem custos; gastos absurdos
de água potável e tratada para lavar automóveis, calçadas etc.; falta de controle de
vazamentos etc.
●● Áreas muito povoadas versus escassez hídrica: o semiárido nordestino, com excesso
de população para suas condições.
●● Barragens nos rios: acúmulo de sedimentos; alteração negativa da fauna fluvial; au-
mento da evaporação e desperdício das águas.
b) Com base na tabela, indique em ordem decrescente as maiores vazões médias encontradas
no território brasileiro.
Leitura e análise de texto
Leia as informações a seguir.
72. 71
Geografia – 2a
série – Volume 2
planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação; promover a cobrança pelo uso da
água (o que pagamos na conta é o tratamento e a distribuição e coleta de esgoto).
Para que esses objetivos sejam alcançados, integram o SNGRH: Conselho Nacional de Re-
cursos Hídricos – CNRH – Órgão máximo do sistema nacional de recursos hídricos, tem caráter
normativo e deliberativo. É composto por representantes do Poder Executivo Federal – Ministério
do Meio Ambiente e Secretaria da Presidência da República, dos Conselhos Estaduais de Recursos
Hídricos, dos usuários e das organizações civis de recursos hídricos. O CNRH é responsável por
administrar os conflitos de uso dos recursos hídricos em última instância e subsidiar a formação da
política nacional de recursos hídricos. Também é de sua responsabilidade a criação de Comitês de
bacias de domínio federal, além de determinar os valores de cobrança pelo uso da água. A Agência
Nacional de Águas – ANA – é uma autarquia federal, possui autonomia administrativa e finan-
ceira. Exerce o papel de uma agência reguladora e é responsável pela utilização dos rios de domínio
da União. Atua também como uma agência executiva responsável pela implementação do sistema
nacional de recursos hídricos. A ANA também gerencia os recursos provenientes da cobrança pelo
uso da água em rios de domínio da União e fiscaliza e concede a outorga de direito de uso dos
recursos hídricos. Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos – São os fóruns máximos no âmbito
Estadual das discussões e deliberações sobre as bacias hidrográficas que estão sob seu domínio.
Têm a responsabilidade de elaborar o Plano Estadual de Recursos Hídricos, dando subsídios para
a implantação da Política Estadual de Recursos Hídricos, representando o Conselho Nacional de
Recursos Hídricos. Comitês de Bacias Hidrográficas – A Política Nacional dos Recursos Hídricos
tem como um de seus fundamentos a gestão descentralizada e participativa. Os comitês de bacias
contam com a participação de representantes dos poderes públicos, dos setores usuários de águas
e da sociedade civil organizada, sendo tripartite, ou seja, todos os segmentos têm direito a voto
na mesma proporção. É competência do Comitê de Bacias Hidrográficas: arbitrar conflitos e usos
de recursos hídricos, aprovar e acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da bacia
hidrográfica, propor aos conselhos nacional e estadual os usos dos recursos e propor valores e es-
tabelecer mecanismos para a cobrança pelo uso da água. Agências de Águas – Devem atuar como
uma Secretaria Executiva do seu respectivo comitê, gerenciando os recursos obtidos pela cobrança
do uso da água, além de outros recursos destinados. Deve ainda manter cadastro de usuários e
balanço da disponibilidade hídrica, elaborar o Plano de Recursos Hídricos para a aprovação do
comitê, realizar estudos, planos e projetos a ser executados com o recurso proveniente da cobrança
do uso da água. Órgãos e poderes públicos de todos os níveis que se relacionam com a gestão de
recursos hídricos, como exemplo as secretarias de Meio Ambiente.
Referência
Palácio do Planalto – Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.HTM>. Acesso em: 25 abr. 2014.
Elaborado por Sergio Damiati especialmente para o São Paulo faz escola.
1. Mencione os principais fundamentos da Política Nacional de Recursos Hídricos.
73. 72
Geografia – 2a
série – Volume 2
2. Quais são as vantagens de se estabelecer uma política integrada de gerenciamento dos recursos
hídricos?
A qualidade das águas no Brasil tem sido comprometida por diversas formas de poluição: lança-
mento de esgotos domésticos não tratados e de efluentes industriais, contaminação por agrotóxicos,
mercúrio de garimpos, derramamentos de óleo etc. Consulte o Mapa das Bacias/Regiões Hidrográ-
ficas do Estado de São Paulo e identifique a UGRHI onde está localizada a escola ou sua residência.
Faça uma pesquisa individual sobre os instrumentos utilizados na gestão dos recursos hídricos pelo
poder público nessa UGRHI.
Região Hidrográfica da Vertente Paulista do Rio Paranapanema
UGRHI 14 - Alto Paranapanema
UGRHI 17- Médio Paranapanema
UGRHI 22 - Pontal do Paranapanema
Região Hidrográfica Aguapeí/Peixe
UGRHI 20 - Aguapeí
UGRHI 21- Peixe
Bacia do Rio Tietê
UGRHI 05 - Piracicaba, Capivari e Jundiaí
UGRHI 06 - Alto Tietê
UGRHI 10 - Sorocaba e Médio Tietê
UGRHI 13 - Tietê - Jacaré
UGRHI 16 - Tietê - Batalha
UGRHI 19 - Baixo Tietê
Região Hidrográfica da Vertente Litorânea
UGRHI 03 - Litoral Norte
UGRHI 07- Baixada Santista
UGRHI 11 - Ribeira de Iguape e Litoral Sul
Região Hidrográfica de São José dos Dourados
UGRHI 18 - São José dos Dourados
Bacia do Rio Paraíba do Sul
UGRHI 02 - Paraíba do Sul
Região Hidrográfica da Vertente Paulista do Rio Grande
UGRHI 01 - Serra da Mantiqueira
UGRHI 04 - Pardo
UGRHI 08 - Sapucaí-Mirim/Grande
UGRHI 09 - Mogi-Guaçu
UGRHI 12 - Baixo Pardo/Grande
UGRHI 15 - Turvo/Grande
Mapa das Bacias/Regiões Hidrográficas
do Estado de São Paulo
1717
1414
2222
2020
1919
2121
1111
77
33
1616
1313
1010
66
55
1212
1515 88
99
44
11
1818
22
Plano Estadual de Recursos
Hídricos do Estado de São
Paulo PERH 2012-2015.
Disponível em: <http://
www.sigrh.sp.gov.br/>.
Acesso em: 4 jun. 2014.
Mapa original.
74. 73
Geografia – 2a
série – Volume 2
1. Sobre o Rio São Francisco, é correto afirmar que:
a) o principal esforço das autoridades governamentais é o de recuperá-lo, de modo a garantir
que suas águas abasteçam todo o semiárido nordestino.
b) ele está sendo objeto de obra cuja meta é fazer migrar parte de suas águas para zonas do
semiárido de relevo desnivelado em relação ao leito natural do rio.
c) ele está sendo desviado para uma área do Nordeste que compõe o agreste de Pernambuco,
na qual se desenvolve o cultivo de soja para fins comerciais.
d) ele está sendo revitalizado, com a retirada das barragens do médio curso, e esse é o sentido
principal da expressão “transposição do São Francisco”.
e) as obras atuais visam abrir canais para atrair, das partes mais altas do semiárido nordestino,
águas para revitalizar o rio.
2. Qual é a situação dos recursos hídricos brasileiros nos grandes centros urbanos?
75. 74
Geografia – 2a
série – Volume 2
Situação de Aprendizagem 8
Gestão dos recursos naturais: o “estado da arte”
no Brasil
Para começo de conversa
O que significa desenvolvimento sustentável?
Leitura e análise de texto
1. Leia o texto a seguir.
!
?
Gestão dos recursos naturais
Uma gestão sustentável dos recursos naturais requer, como condições indispensáveis à sua
implementação, posturas mais abrangentes dos governos e da sociedade. Como ponto básico
para a implementação das estratégias propostas, são estabelecidas as seguintes premissas:
a) participação;
b) disseminação e acesso à informação;
c) descentralização das ações;
d) desenvolvimento da capacidade institucional;
e) interdisciplinaridade da abordagem da gestão de recursos naturais, promovendo a inserção
ambiental nas políticas setoriais.
Vários aspectos influenciam e interagem no processo de gestão dos recursos naturais, que
precisa considerar, além das relações intrínsecas entre os próprios recursos, as relações de inter-
dependência com as dinâmicas econômica, social e política. Isso pressupõe:
●● conhecimento específico sobre os fatores naturais como recursos potenciais inseridos em
um ecossistema;
●● conhecimento específico quanto ao estado (natural ou transformado) desses fatores;
●● definição precisa de unidades de análise e, dentro destas, das inter-relações e sinergias que
ocorrem entre os fatores bióticos e abióticos.
NOVAES, Washington (Coord.); RIBAS, Otto; NOVAES, Pedro da Costa. Agenda 21 brasileira: bases para discussão.
Brasília: MMA/PNUD, 2000. p. 58.
76. 75
Geografia – 2a
série – Volume 2
a) Quais estratégias devem ser implementadas para que se consiga a gestão sustentável dos
recursos naturais?
b) Quais são as condições necessárias para a criação de políticas de gestão dos recursos naturais?
2. Agora, leia o texto a seguir.
Constituição Federal do Brasil, 1988, Título VIII, Capítulo VI, Artigo 225
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. [...]
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 26 nov. 2013.
É possível afirmar que a Constituição de 1988, em seu artigo 225, incorpora a ideia de susten-
tabilidade? Justifique sua resposta.
77. 76
Geografia – 2a
série – Volume 2
●● Recursos do solo.
●● Recursos hídricos.
●● Recursos oceânicos e das zonas costeiras.
●● Recursos da diversidade biológica.
●● Os recursos naturais são tratados como
bens públicos?
●● Há investimentos no reconhecimento e
na conservação desses recursos?
Combinem com seu professor
como será a apresentação da pesquisa.
Retome as anotações realizadas em sala de aula após a apresentação de cada um dos grupos
de trabalho da Pesquisa em grupo e, em seu caderno, elabore um texto argumentativo com o
seguinte tema: Principais ameaças aos recursos naturais no Brasil.
Sobre os recursos naturais, é correto dizer que:
a) eles estão praticamente esgotados, pois são os mesmos desde a origem das sociedades humanas e são
intensamente usados.
b) os diferentes grupos sociais usam distintos recursos naturais, com finalidades diversas; logo,
relacionam-se de formas diferentes com a natureza.
c) aqueles de origem abiótica (inorgânica) são os que resistem mais ao uso humano, devido à sua
capacidade de recuperação, como é o caso da água.
d) aqueles de origem biótica são os mais utilizados pelo ser humano, pois são cultivados por ele,
evitando seu uso no estado natural.
e) a maioria dos mananciais de recursos naturais no Brasil é alvo de políticas de conservação bas-
tante adequadas, uma vez que eles são uma das nossas principais riquezas.
Sob orientação de seu professor, esco-
lha com seu grupo um dos recursos natu-
rais relacionados ao lado e realizem uma
pesquisa sobre a situação atual do recurso
escolhido.
Para organizar o trabalho, considerem os seguintes questionamentos:
78. 77
Geografia – 2a
série – Volume 2
Ano-Terra História da Terra
Tempo
geológico
Mês
Data
Eventos marcantes e seus
registros (idades em milhões
de anos = Ma)
Principais tendên-
cias e inovações
Subdivisão
Janeiro
Primeiro dia,
da meia-noite
até 15h35
4 566: Formação da nebulosa
solar.
O éon Hadeano é
marcado pela acreção
do planeta, impactos
gigantescos, oceanos
de magma e intenso
magmatismo, diferen-
ciação e desvalorização
do interior do planeta.
Do dia 6 ao dia 14
(4 500 e 4 400 Ma) a
convecção caótica e a
rápida reciclagem das
rochas da superfície
impedem a formação
de placas estáveis.
(Fase pré-placa da
tectônica global).
No dia 14 de janeiro,
(4 400 Ma) aparecem
microplacas e, na
segunda quinzena de
fevereiro, o primei-
ro protocontinente
(4 000 a 3 850 Ma),
onde é hoje a Groen-
lândia.
ÉON
HADEANO
(4 566 a 3 850
Ma)
4 563: Planetésimos começam a se
formar por acreção.
4 558: Planetésimos maiores já
exibem magmatismo plutônico e
vulcânico.
Às 11h30 do
dia 5
4 510: A Lua se forma quando
um planetésimo do tamanho de
Marte colide com a Terra, ainda
em formação.
Às 6h45 do
dia 6
4 500: Transformações no jovem
Sol criam um vento solar tão in-
tenso que a atmosfera primordial
da Terra é "varrida" para o espaço,
arrefecendo a superfície do pla-
neta. Vulcanismo libera grandes
quantidades de gás carbônico e
vapor de água.
Às 16h05 do
dia 8
4 470: Acreção da Terra e dife-
renciação do núcleo metálico (Fe,
Ni) estão praticamente concluí-
das e a atmosfera, rica em CO2
,
reestabelecida.
Às 6h30 do
dia 14
4 400: Cristais de zircão (ZrSiO4
)
com esta idade são os mais antigos
objetos terrestres datados. São
evidências da existência, na época,
de crosta continental granítica e da
alteração de rochas por meio aquo-
so (hidrosfera). A Terra se torna
propícia à vida primitiva.
Às 0h do dia
17
4 366: Termina a fase de aque-
cimento do interior do planeta
por meio de impactos acrecio-
nários (energia cinética → calor)
e diferenciação interna (energia
gravitacional potencial → calor).
79. 78
Geografia – 2a
série – Volume 2
Fevereiro
No início do
dia 12
4 040: Mais antigas rochas
conhecidas – gnaisses de Acasta,
Canadá.
Às 5h45 do
dia 15
4 000: Núcleo interno se cris-
taliza, dando início ao campo
magnético terrestre.
Do dia 23
até o dia 2 de
março
3 900 a 3 800: Retomada de im-
pactos gigantes criam as maiores
crateras da Lua e ameaçam a
sobrevivência de quaisquer formas
de vidas presentes na Terra.
A partir das
5h45 do dia
27 até o dia
15 de março
3 850-3 650: Forma-se o mais an-
tigo registro conhecido de rochas
supracrustais, como lavas e rochas
sedimentares, agora metamor-
fizadas (ilha Akília e Isua, SW
Groenlândia).
Estas rochas evidenciam a existên-
cia de pequenos protocontinentes
e incluem grafite, interpretado por
alguns pesquisadores como a mais
antiga evidência de vida na Terra.
O início do éon
Arqueano base do
registro geológico
mais antigo de rochas
sedimentares.
A fase de microplacas
termina no dia 30
de maio (2 700 Ma)
após a consolidação
de placas litosféricas
de dimensões e relevo
expressivos.
Inicia-se a fase de tran-
sição tectônica, que
culminará no dia 13
de outubro com o sur-
gimento do "ciclo de
Wilson" e a tectônica
global moderna.
A atmosfera começa
a se tornar oxidante
a partir do dia 6 de
maio (3 000 Ma)
devido à expansão de
microrganismos
fotossintetizantes,
como as cianobac-
térias. Como conse-
quência, deposita-se
quantidade gigantesca
de ferro nos oceanos.
ÉON
ARQUEANO
(3 850 a 2 500
Ma)
Março
Às 5h do dia
27
3 500: Fósseis mais antigos: estro-
matólitos e microfósseis orgânicos
(evidências de vida procariótica já
diversificada) – W Austrália.
Porções duradouras (cratônicas)
se formam nos protocontinentes
maiores (oeste da Austrália e sul
da África).
Intensa atividade vulcânica irrom-
pe na Lua.
Abril
Às 5h do dia 4
3 400: Rochas mais antigas da
América do Sul – o tonalito de São
José do Campestre, próximo de
Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.
Maio
Às 3h50 do
dia 30
2 700: Mais antigas evidências bio-
geoquímicas (quimiofósseis) de fo-
tossíntese oxigênica (cianobactérias)
e de esteróis, compostos produzidos
apenas por eucariotos.
Formação ferrífera da Serra dos
Carajás é depositada.
80. 79
Geografia – 2a
série – Volume 2
Junho
Às 3h35 do
dia 15
2 500: O início da era
Paleoproterozoica. O éon Proterozoico é
marcado por profun-
das modificações na
atmosfera, magmatis-
mo, sedimentação, cli-
ma e regime tectônico,
cada vez mais pare-
cidos com processos
modernos.
A retirada de gás
carbônico da atmos-
fera por processos
intempéricos e por
organismos fotossinte-
tizantes reduz o efeito
estufa do Arqueano
e provoca a primeira
glaciação de extensão
continental no dia 17
de julho (2 100 Ma).
A atmosfera se torna
oxidante em julho
(2 300 a 2 000 Ma).
Com o aumento de
oxigênio na atmos-
fera e a expansão de
áreas de águas rasas
habitáveis em torno de
continentes, surgem
grandes inovações
evolutivas: vida euca-
riótica simples (micro-
algas) entre o fim de
julho (2 000 Ma) e fim
de agosto (1 600), al-
gas marinhas plurice-
lulares microscópicas
e sexualidade a partir
do dia 27 de agosto
(1 200 Ma) e, animais,
finalmente, apenas no
dia 14 de novembro
(600 Ma), ao final da
era Neoproterozoica.
ERA
PALEOPROTEROZOICA
ÉONPROTEROZOICO(2 500A542Ma)
Às 3h20 do
dia 23
2 400: Formação ferrífera e os
estromatólitos mais antigos do
Brasil depositam-se no Quadri-
látero Ferrífero, Minas Gerais
(Brasil).
Julho
Às 3h20 do
dia 1
2 300: Mais antigos depósitos
sedimentares continentes aver-
melhados (red beds), considerados
como evidência geológica de uma
atmosfera oxidante.
Às 3h05 do
dia 17
2 100: Mais antigas evidências
de glaciação continental extensa
(Canadá). Marca paleontológica
representada pela microflora pro-
cariótica silicificada de Gunflint
(Canadá).
Às 6h45 do
dia 23
2 023: Impacto de meteorito em
Vredefort, África do Sul (cria cra-
tera de 300 km de diâmetro).
Às 2h55 do
dia 25
2 000: O fóssil enigmático,
Grypania, talvez represente os pri-
meiros organismos megascópios
(algas eucarióticas?).
Agosto
Às 2h40 do
dia 6
1 850: Impacto de Sudbury,
Canadá, forma cratera de 250 km
de diâmetro.
ERAMESOPROTEROZOICA
(1 600a1 000Ma)
Às 2h40 do
dia 10
1 800: Forma-se o suposto pri-
meiro supercontinente, Nuna.
Às 2h10 do
dia 26
1 600: Início da era
Mesoproterozoica.
Setembro
Às 1h40 do
dia 27
1 200: Mais antiga evidência de
multicelularidade eucariótica e de
sexualidade – rodofíceas micros-
cópicas (Canadá).
Agregação do supercontinente
Rodínia se inicia.