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2a
SÉRIE	
ENSINO MÉDIO
Volume 2
GEOGRAFIA
Ciências Humanas
CADERNO DO ALUNO
GEO 2 SERIE MEDIO_CAA.indd 1 18/02/14 15:09
MATERIAL DE APOIO AO
CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO
CADERNO DO ALUNO
GEOGRAFIA
ENSINO MÉDIO
2a
SÉRIE
VOLUME 2
Nova edição
2014-2017
governo do estado de são paulo
secretaria da educação
São Paulo
Governo do Estado de São Paulo
Governador
Geraldo Alckmin
Vice-Governador
Guilherme Afif Domingos
Secretário da Educação
Herman Voorwald
Secretária-Adjunta
Cleide Bauab Eid Bochixio
Chefe de Gabinete
Fernando Padula Novaes
Subsecretária de Articulação Regional
Rosania Morales Morroni
Coordenadora da Escola de Formação e
Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP
Silvia Andrade da Cunha Galletta
Coordenadora de Gestão da
Educação Básica
Maria Elizabete da Costa
Coordenadora de Gestão de
Recursos Humanos
Cleide Bauab Eid Bochixio
Coordenadora de Informação,
Monitoramento e Avaliação
Educacional
Ione Cristina Ribeiro de Assunção
Coordenadora de Infraestrutura e
Serviços Escolares
Dione Whitehurst Di Pietro
Coordenadora de Orçamento e
Finanças
Claudia Chiaroni Afuso
Presidente da Fundação para o
Desenvolvimento da Educação – FDE
Barjas Negri
Caro(a) aluno(a),
Neste volume, as primeiras Situações de Aprendizagem tratam de aspectos essenciais da po-
pulação brasileira, sua dinâmica demográfica e social.
Você estudará conceitos fundamentais relacionados à temática da formação da população
brasileira: miscigenação, raça, etnia, preconceito e discriminação; sobre a dinâmica demográfica,
entenderá os conceitos de taxa de natalidade, taxa de mortalidade, crescimento natural ou vege-
tativo e transição demográfica; assim como os relacionados com a população economicamente
ativa e com a segregação socioespacial.
As atividades propostas são fundamentadas no uso da leitura de gráficos, tabelas e mapas, para
que você compreenda a formação do povo brasileiro, sua evolução, sua distribuição no território
nacional e também a dinâmica populacional e suas características.
Ainda neste volume, nas Situações de Aprendizagem 5, 6, 7 e 8, você terá a oportunidade de
estudar como as formas do planeta são moldadas por forças que tem sua origem no interior da
Terra, os agentes endógenos, por exemplo, os terremotos e vulcões, e por meio da ação de agentes
externos, o clima, por exemplo.
A partir das atividades propostas, você estudará as formas do relevo brasileiro, suas origens,
evolução e como ele é classificado.
Outro tema importante tratado neste volume são os recursos naturais, principalmente a
questão da água, sua distribuição, disponibilidade e problemas associados ao desperdício. Assim,
você poderá refletir sobre a questão dos recursos naturais e sua gestão na realidade brasileira, e
também as posturas éticas que permeiam as relações do ser humano com a natureza.
Esperamos que você aproveite os conteúdos estudados nesta série, especialmente neste vo-
lume, pois eles serão importantes para as futuras discussões que você fará no próximo ano do
Ensino Médio.
Bom estudo!
Equipe Curricular de Geografia
Área de Ciências Humanas
Coordenadoria de Gestão da Educação Básica – CGEB
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
5
Geografia – 2a
série – Volume 2
!
?
Situação de Aprendizagem 1
Matrizes culturais do Brasil
1.	 Observe a imagem a seguir, do Monumento às nações indígenas, do artista Siron Franco.
Foto panorâmica do Monumento às nações indígenas, do artista plástico Siron Franco. Aparecida de Goiânia (GO), 2002.
©DiomícioGomes/OPopular/AE
Leitura e análise de imagem e texto
a)	 Em sua opinião, qual foi a intenção do artista ao destacar o contorno territorial do Brasil
em um monumento dedicado às nações indígenas?
b)	 Esse monumento é composto por 500 totens quadrangulares ou triangulares, com ima-
gens da iconografia indígena em baixo-relevo em suas faces laterais, além de esculturas de
objetos, utensílios ou rituais sagrados de diferentes povos indígenas, todos reproduzidos
minuciosamente em concreto pelo artista, a partir de peças datadas da época pré-cabralina.
6
Geografia – 2a
série – Volume 2
Navio de emigrantes (1939-1941), de Lasar Segall. Óleo com areia sobre tela, 230 x 275 cm.
©AcervodoMuseuLasarSegall-Ibram/MinC
	 Em que essas informações complementam a opinião que você tinha a respeito da intenção do
artista ao produzir esse monumento?
2.	 Agora, observe a imagem Navio de emigrantes. Em sua opinião, quais sensações o artista
Lasar Segall tentou representar em relação aos emigrantes?
7
Geografia – 2a
série – Volume 2
	 Qual é a mensagem explicitada nesse trecho?
Com base nas questões anteriores e nas orientações do seu professor, pesquise informações sobre
a miscigenação e o mito da democracia racial na sociedade brasileira e registre em seu caderno. Em
seguida, você deverá compartilhar a sua pesquisa com a turma por meio de um debate.
Afro-brasileiro
Thaíde e DJ Hum
[...]
Vamos sentar aqui no chão, colocar o boxe do lado e ouvir o som do GOG
Mano bem pesado, Câmbio Negro e Racionais, meu irmão
Afinal, o que é bom tem que ser provado
Tanta coisa boa e você aí parado, acuado, é por isso que insisto
Sou preto atrevido e gosto quando me chamam de macumbeiro
Toco atabaque em rodas de capoeira, e toco direito
Minha cultura primeiro, o meu orgulho é ser um negro verdadeiro afro-brasileiro
Sabe quem eu sou? Afro-brasileiro
Me diga quem é (4 vezes)
Somos descendentes de Zumbi
Grande guerreiro.
© Editora Brava Gente (Dueto Edições Musicais).
3.	Leia o trecho da letra da canção Afro-brasileiro, de Thaíde e DJ Hum, apresentado a seguir.
8
Geografia – 2a
série – Volume 2
Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia
[...] No século XVIII, a cor da pele foi considerada como um critério fundamental e divisor
d’água entre as chamadas raças. [...]
No século XIX, acrescentou-se ao critério da cor outros critérios morfológicos como a forma do na-
riz, dos lábios, do queixo, do formato do crânio, o ângulo facial etc. para aperfeiçoar a classificação. [...]
No século XX, descobriu-se, graças aos progressos da Genética Humana, que havia no san-
gue critérios químicos mais determinantes para consagrar definitivamente a divisão da huma-
nidade em raças estanques. Grupos de sangue, certas doenças hereditárias e outros fatores na
hemoglobina eram encontrados com mais frequência e incidência em algumas raças do que em
outras, podendo configurar o que os próprios geneticistas chamaram de marcadores genéticos.
O cruzamento de todos os critérios possíveis (o critério da cor da pele, os critérios morfológicos
e químicos) deu origem a dezenas de raças, sub-raças e subsub-raças. As pesquisas comparativas
levaram também à conclusão de que os patrimônios genéticos de dois indivíduos pertencentes a
uma mesma raça podem ser mais distantes que os pertencentes a raças diferentes; um marcador
genético característico de uma raça pode, embora com menos incidência, ser encontrado em
outra raça. Assim, um senegalês pode, geneticamente, ser mais próximo de um norueguês e mais
distante de um congolês, da mesma maneira que raros casos de anemia falciforme podem ser en-
contrados na Europa etc. Combinando todos esses desencontros com os progressos realizados na
própria ciência biológica (genética humana, biologia molecular, bioquímica), os estudiosos desse
campo de conhecimento chegaram à conclusão de que a raça não é uma realidade biológica, mas
sim apenas um conceito, aliás cientificamente inoperante, para explicar a diversidade humana e
para dividi-la em raças estanques. Ou seja, biológica e cientificamente, as raças não existem.
A invalidação científica do conceito de raça não significa que todos os indivíduos ou todas
as populações sejam geneticamente semelhantes. Os patrimônios genéticos são diferentes, mas
essas diferenças não são suficientes para classificá-las em raças. O maior problema não está nem
na classificação como tal, nem na inoperacionalidade científica do conceito de raça. Se os natu-
ralistas dos séculos XVIII-XIX tivessem limitado seus trabalhos somente à classificação dos gru-
pos humanos em função das características físicas, eles não teriam certamente causado nenhum
problema à humanidade. Suas classificações teriam sido mantidas ou rejeitadas como sempre
aconteceu na história do conhecimento científico. Infelizmente, desde o início, eles se deram
o direito de hierarquizar, isto é, de estabelecer uma escala de valores entre as chamadas raças.
O fizeram erigindo uma relação intrínseca entre o biológico (cor da pele, traços morfológicos)
Leitura e análise de texto
Leia o texto a seguir e responda às questões.
9
Geografia – 2a
série – Volume 2
1.	 Quais foram os critérios utilizados pelos naturalistas europeus no século XIX para estabelecer o
conceito de raça?
2.	 Considerando-se a genética, é possível dividir a humanidade em raças? Explique sua resposta.
3.	 Por que o autor afirma que o conceito de raça é carregado de ideologia?
e as qualidades psicológicas, morais, intelectuais e culturais. Assim, os indivíduos da raça
“branca” foram decretados coletivamente superiores aos das raças “negra” e “amarela”, em fun-
ção de suas características físicas hereditárias, tais como a cor clara da pele, o formato do crânio
(dolicocefalia), a forma dos lábios, do nariz, do queixo etc. que, segundo pensavam, os tornam
mais bonitos, mais inteligentes, mais honestos, mais inventivos etc. e consequentemente mais
aptos para dirigir e dominar as outras raças, principalmente a negra, mais escura de todas, e
consequentemente considerada como a mais estúpida, mais emocional, menos honesta, menos
inteligente e, portanto, a mais sujeita à escravidão e a todas as formas de dominação. [...]
Podemos observar que o conceito de raça, tal como o empregamos hoje, nada tem de bio-
lógico. É um conceito carregado de ideologia, pois como todas as ideologias, ele esconde uma
coisa não proclamada: a relação de poder e de dominação. [...]
MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Palestra proferida no 3o
Seminário Nacional
Relações Raciais e Educação – PENESB – RJ, 5/11/03. Disponível em: <https://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=59>. Acesso em: 26 nov. 2013.
10
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de gráfico
Observe o gráfico com seu professor e seus colegas para responder à questão a seguir.
Fonte: IBGE. Síntese de indicadores sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.
br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2014.
	 Comparando os dados de 1999 com os de 2009, qual é a grande mudança na distribuição
étnico-racial da população brasileira? Em sua opinião, por que isso acontece?
11
Geografia – 2a
série – Volume 2
1.	 Analise o gráfico a seguir e responda:
Fonte: IBGE. Síntese de indicadores sociais - Uma análise das condições de vida da população brasileira 2012. Disponível em: <ftp://ftp.
ibge.gov.br/Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_Sociais_2012/SIS_2012.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2013.
	 O que estes dados revelam a respeito do acesso dos brasileiros à educação?
12
Geografia – 2a
série – Volume 2
2.	Leia a reportagem a seguir e analise criticamente essa situação.
No Brasil, negros e mulheres ficam mais tempo desempregados, diz estudo
Negros e mulheres são os grupos que ficam mais tempo desempregados no Brasil, segundo pes-
quisa feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). [...]
O desemprego subiu para 6% em junho, maior nível desde abril de 2012, de acordo com o
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
De acordo com o Dieese, 53,9% dos trabalhadores que procuram emprego há menos de um ano
são mulheres e 53,3%, negros. A taxa aumenta entre os desempregados há mais de um ano: nesta
situação, 63,2% são mulheres e 60,6%, negros.
Ainda conforme a pesquisa, trabalhadores com ensino médio completo ou superior incompleto
são a maior parcela dos que estão desempregados há muito tempo, representando 46,2% do total.
Nota: O segmento de negros é composto por pretos e pardos e o de não negros engloba brancos
e amarelos.
Fonte: Portal de notícias Uol. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2013/08/19/no-brasil-
negros-e-mulheres-ficam-mais-tempo-desempregados-diz-estudo.htm>. Acesso em: 13 dez. 2013.
3.	 Com base em seus conhecimentos, responda: Por que apenas a miscigenação das etnias não
permite afirmar a existência de uma “democracia racial” no Brasil? Justifique sua resposta.
13
Geografia – 2a
série – Volume 2
Com base nos mapas das próximas páginas e em seus conhecimentos, responda à questão
a seguir.
Segundo o critério da cor da pele adotado pelo IBGE, a distribuição da população brasileira
pode ser compreendida se forem considerados também os processos de povoamento e ocupação
do território nacional. Assinale a alternativa que expressa essa relação corretamente.
a)	 A maior concentração de população preta está no Nordeste e a de pardos, no Norte e no
Nordeste, legado de uma intensa concentração escravagista africana que, desde meados
do século XVI, predominou nas duas regiões devido à antiga cultura canavieira.
b)	 No Centro-Oeste há certo equilíbrio entre as populações branca e parda por causa dos
descendentes de povos europeus e orientais que se dirigiram à região ao longo do século
XX, para se dedicar à colonização de novas terras.
c)	 A porcentagem de população preta no Sul do país é expressiva perante as demais regiões e
reflete um processo de colonização e povoamento similar ao de outras regiões brasileiras,
principalmente com a presença de negros.
d)	 Os brancos são maioria nas regiões Sul e Sudeste, devido à grande concentração de descen-
dentes de europeus (principalmente italianos e alemães) ou de outros povos de cor branca
(por exemplo, árabes).
e)	 A maior parcela das populações indígena e parda está no Norte, o que se deve à intensa
mestiçagem ocorrida a partir da construção da Rodovia Transamazônica.
14
Geografia – 2a
série – Volume 2
IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 197. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>.
Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (supressão de escala numérica; mantida a grafia).
População por cor ou raça – preta e indígena
15
Geografia – 2a
série – Volume 2
IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 196. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>.
Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (supressão de escala numérica; mantida a grafia).
População por cor ou raça – branca e parda
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Geografia – 2a
série – Volume 2
Situação de aprendizagem 2
A dinâmica demográfica
Para começo de conversa
1.	 Considerando as características de sua família, preencha os dados do formulário a seguir.
!
?
2.	 Converse com seus colegas e seu professor a respeito da “cartografia” das famílias dos alunos da
sua turma. Depois, responda:
a)	 Houve movimentos migratórios de uma geração para outra? Comente as principais tendên-
cias encontradas na turma.
17
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de gráfico e tabela
b)	 O número de filhos aumentou ou diminuiu de uma geração para outra? Comente as prin-
cipais tendências encontradas na turma.
1.	 Observe o gráfico a seguir e responda às questões.
Crescimento populacional brasileiro entre 1890 e 2010 e projeção para 2020
1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020
50
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
44,3
37,8
21,6
37,8
17,3 17,3
25,9
35,1
32,7
27,7
23,3
15,6
12,3 13,6
Crescimento populacional brasileiro entre 1890 e 2010 e projeção para 2020
%
Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1995, 2001; Censo Demográfico – 2010; Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Popu-
lação e Indicadores Sociais, Projeção da População por Sexo e Idade para o Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação 2013.
a)	 Com base em seus conhecimentos e nos dados do gráfico, é possível afirmar que a população
brasileira está passando por uma explosão demográfica? Justifique sua resposta.
18
Geografia – 2a
série – Volume 2
Brasil: taxas de natalidade, de mortalidade e de crescimento vegetativo
da população
Períodos
Natalidade
(por mil)
Mortalidade
(por mil)
Crescimento vegetativo
(por mil)
1872-1890 46,5 30,2 16,3
1891-1900 46,0 27,8 18,2
1901-1920 45,0 26,4 18,6
1921-1940 44,0 25,3 18,7
1941-1950 43,5 19,7 23,8
1951-1960 41,5 15,0 26,5
1961-1970 37,7 9,4 28,3
1971-1980 34,0 8,0 26,0
1981-1990 27,4 7,8 19,6
1991-2000 22,1 6,8 15,3
2001-2005 20,0 6,8 13,2
2006-2010 16,4 6,3 10,2
2011-2013 14,2 6,3 7,9
Fontes: CARVALHO, Alceu Vicente W. de. A população brasileira: estudo e interpretação. Rio de Janeiro: IBGE, 1960; HUGON,
Paul. Demografia brasileira: ensaio de demoeconomia brasileira. São Paulo: Atlas/Edusp, 1973; IBGE. Anuário estatístico do Brasil,
1993, 1995, 2000; Síntese de indicadores sociais, 2002; IBGE. Brasil em síntese. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/>.
Acesso em: 10 mar. 2014.
b)	 Na “cartografia” da turma, a variação do número de filhos de uma geração para outra reflete,
de certa forma, a situação do crescimento populacional brasileiro representada no gráfico?
Explique.
2.	 Converse com seus colegas e seu professor para responder às questões referentes à tabela a seguir.
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Geografia – 2a
série – Volume 2
a)	 Quais variáveis são utilizadas para determinar o crescimento natural ou vegetativo da
população de um país?
b)	 Como é calculado o crescimento vegetativo? Exemplifique com dados da tabela.
c)	 Como são definidas as taxas de mortalidade e de natalidade de um país?
3.	De acordo com os dados apresentados no gráfico Crescimento populacional brasileiro entre
1890 e 2010 e projeção para 2020, quais motivos explicam as taxas de crescimento da popula-
ção brasileira entre 1890 e 1930?
4.	 Qual dos períodos apresentados no gráfico a seguir corresponde ao de grande crescimento
vegetativo? Justifique sua resposta.
%
Brasil: taxas de natalidade, mortalidade e de crescimento vegetativo da
população (por mil habitantes)
Taxa de Natalidade
Taxa de Mortalidade
14,2
6,3
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
Brasil: taxas de natalidade, mortalidade e de crescimento
vegetativo da população (por mil habitantes)
%o
1872-1890
1891-1900
1901-1920
1921-1940
1941-1950
1951-1960
1961-1970
1971-1980
1981-1990
1991-2000
2001-2005
2006-2010
2011-2013
Fontes: CARVALHO, Alceu Vicente W. de. A população brasileira: estudo e interpretação. Rio de Janeiro: IBGE, 1960; HUGON, Paul.
Demografia brasileira: ensaio de demoeconomia brasileira. São Paulo: Atlas/Edusp, 1973; IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1993, 1995, 2000;
Síntese de indicadores sociais, 2002; Brasil em Síntese. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/>. Acesso em: 25 mar. 2014.
20
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de gráfico
1.	 Quais relações podem ser estabelecidas entre os dados do gráfico a seguir e a situação do cres-
cimento populacional brasileiro representada no gráfico Crescimento populacional brasileiro
entre 1890 e 2010 e projeção para 2020?
5
6
7
Média de filhos
por mulher
Brasil: redução da taxa de fecundidade, 1940 a 2010 e projeções para 2013 e 2020
1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2013 2020
0
2
3
4
1
6,2 6,2 6,3
5,8
4,4
2,9
2,4
1,9 1,8 1,6
Brasil: redução da taxa de fecundidade, 1940 a 2010 e projeções para 2013 e 2020
Fontes: IBGE. Censo demográfico, 1940-2000; IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Projeção da
População por Sexo e Idade para o Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação 2013.
2.	 Observe o gráfico a seguir.
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
Sem instrução e Fundamental
incompleto
Fundamental completo e
Médio incompleto
Médio completo e Superior
incompleto
Superior completo
0,50
1,00
0,00
4,00
3,50
3,00
2,50
2,00
1,50
Taxas de fecundidade total, por nível de instrução das mulheres, segundo as Grandes Regiões - 2010Taxas de fecundidade total, por nível de instrução das mulheres,
segundo as Grandes Regiões – 2010
Fonte: Censo Demográfico 2010. Nupcialidade, Fecundidade e Migração. Resultados da Amostra. Disponível em:
<ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Nupcialidade_Fecundidade_Migracao/censo_nup_fec_mig.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2014.
21
Geografia – 2a
série – Volume 2
	 Quais informações apresentadas neste gráfico contribuem para explicar a redução da taxa de
fecundidade das mulheres brasileiras?
3.	 Quais outros motivos podem ser considerados para explicar a redução na taxa de fecundidade
brasileira, principalmente a partir da década de 1980?
1.	 Observe a figura da próxima página, que apresenta os gráficos de representação das fases da
transição demográfica, assim como um mapa-múndi com a fase em que se encontravam os
países em 2000.
a) Procure explicar o significado da expressão “transição demográfica”.
b)	 Analise os gráficos da transição demográfica e explique o que ocorre em cada uma das três
fases apresentadas.
Leitura e análise de gráfico e mapa
22
Geografia – 2a
série – Volume 2
L’Atlasdumondediplomatique.Paris:ArmandColin,2006.p.38.Mapaoriginal.
©PhilippeRekacewicz,LeMondeDiplomatique,Paris
Mundo:estágiosdetransiçãodemográfica,2000
23
Geografia – 2a
série – Volume 2
c)	 Com base na observação do mapa-múndi, dê exemplos de países representativos de cada
uma das fases da transição demográfica e, após conversar com seus colegas e seu professor,
procure levantar hipóteses que justifiquem a classificação desses países nessas fases.
d)	 Em sua opinião, quais fatores são responsáveis pela manutenção de vários países africanos
na Fase I? Quais ações poderiam ser realizadas para a mudança dessa situação?
e)	 Explique por que o Brasil encontra-se na fase de transição demográfica em curso (Fase II).
Leitura e análise de gráfico
1.	 Com base nas semelhanças visuais das estruturas etárias das pirâmides do Brasil, da Rússia, da
Índia, da China e da África do Sul, apresentadas na próxima página, distribua os quatro países
em dois grupos. Depois, procure caracterizar a estrutura etária desses grupos.
Grupo Países Características da estrutura etária
1
2
24
Geografia – 2a
série – Volume 2
Fonte: Nações Unidas. Perspectivas da População Mundial Revisão de
2010. Disponível em: <http://www.un.org/en/development/desa/
population/publications/pdf/trends/WPP2010/
WPP2010_Volume-II_Demographic-Profiles.pdf>.
Acesso em: 10 mar. 2014.
Pirâmides etárias – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – 2010
Brasil
Homens Mulheres
Population Division
aphic Profiles 273
2005-2010
entage)...... 0.9
................. 1.90
e births .... 29
................. 72.2
eriod 2010-2100 refer to
The designations employed and the presentation of material on this map
do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the
Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any
country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the
delimitation of its frontiers or boundaries.
solute numbers)
on in certain age groups. The data are in thousands or millions.
Índia
Homens Mulheres
opulation Division
phic Profiles 773
2010
................ 142 958
m)........... 8
................ 15.0
................ 14.4
................ 72.2
................ 12.8
2005-2010
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The designations employed and the presentation of material on this map
do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the
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country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the
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África do Sul
Homens Mulheres
2010
.............. 1 224 614
m)........... 373
.............. 30.6
.............. 19.2
.............. 64.5
.............. 4.9
2005-2010
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do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the
Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any
country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the
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China
Homens Mulheres
United Nations Department of Economic and Social Affairs/Population Division
World Population Prospects: The 2010, Volume II: Demographic Profiles 333
China, Macao SAR
2010
Total population (thousands) .................................. 544
Population density (persons per square km)........... 20 910
Percentage of population under age 15................... 13.1
Percentage of population age 15-24........................ 15.8
Percentage of population age 15-64........................ 79.9
Percentage of population aged 65+......................... 7.0
2005-2010
Annual rate of population change (percentage)...... 2.4
Total fertility (children per woman)........................ 1.01
Under-five mortality (5q0) per 1,000 live births .... 6
Life expectancy at birth (years) .............................. 80.0
Note: data presented for the projection period 2010-2100 refer to
the medium fertility variant.
Population by age groups and sex (absolute numbers)
The dotted line indicates the excess male or female population in certain age groups. The data are in thousands or millions.
Rússia
Homens Mulheres
United Nations Department of Economic and Social Affairs/Population Division
World Population Prospects: The 2010, Volume II: Demographic Profiles 833
2005-2010
Annual rate of population change (percentage)...... 1.0
Total fertility (children per woman)........................ 2.55
Under-five mortality (5q0) per 1,000 live births .... 79
Life expectancy at birth (years) .............................. 51.2
Note: data presented for the projection period 2010-2100 refer to
the medium fertility variant.
The designations employed and the presentation of material on this map
do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the
Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any
country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the
delimitation of its frontiers or boundaries.
Population by age groups and sex (absolute numbers)
The dotted line indicates the excess male or female population in certain age groups. The data are in thousands or millions.
25
Geografia – 2a
série – Volume 2
2.	 Considerando o que você estudou até agora e a análise comparativa da questão anterior, explique
por que a pirâmide etária brasileira sinaliza um estágio de transição demográfica.
3.	 Quais informações podem ser obtidas a partir da leitura da pirâmide etária de um país?
Observe o mapa Índice de Envelhecimento, 2010 na próxima página.
Com base nas informações do mapa, comente a questão do envelhecimento populacional no
Brasil e a distribuição espacial do Índice de Envelhecimento no Brasil.
26
Geografia – 2a
série – Volume 2
IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 45. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>.
Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (supressão de escala numérica; mantida a grafia).
Índice de Envelhecimento, 2010
27
Geografia – 2a
série – Volume 2
A dinâmica demográfica brasileira modificou-se ao longo do tempo. Interprete o gráfico a
seguir, relativo ao período de 1872 a 2010.
Brasil: crescimento vegetativo – 1872-2010
‰
1872-1890
1891-1900
1901-1920
1921-1940
1941-1950
1951-1960
1961-1970
1971-1980
1981-1990
1991-2000
2001-2005
2006-2010
Taxa de Mortalidade
Crescimento vegetativo
Taxa de Natalidade
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Fontes: CARVALHO, Alceu Vicente W. de. A população brasileira: estudo e interpretação. Rio de Janeiro: IBGE, 1960; HUGON, Paul.
Demografia brasileira: ensaio de demoeconomia brasileira. São Paulo: Atlas/Edusp, 1973; IBGE. Anuário estatístico do Brasil,
1993, 1995, 2000; Síntese de indicadores sociais, 2002; Brasil em Síntese. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/>.
Acesso em: 25 mar. 2014.
Avalie as afirmativas em relação às mudanças representadas no gráfico.
I.	 Considerando-se o período de 1970 a 2010, pode-se afirmar que houve uma redução no cresci-
mento vegetativo do país, processo em grande parte relacionado ao acesso da população aos méto-
dos contraceptivos, à urbanização e à maior participação da mulher no mercado de trabalho.
II.	 A partir da crise da década de 1980, amplas políticas governamentais de controle da natalidade
resultaram na queda do crescimento vegetativo e no ingresso do país na fase mais avançada da
transição demográfica.
III.	Considerando o período de 1970 a 2010, verifica-se que ocorreu um desequilíbrio entre as taxas
de natalidade e de mortalidade, provocando um elevado aumento populacional, em virtude dos
avanços da medicina, do aumento da taxa de fecundidade e da maior participação da mulher no
mercado de trabalho.
IV.	Em meados do século XX, a redistribuição espacial da população, pelo crescimento da migração
campo-cidade, e a aceleração do processo de urbanização foram fatores que contribuíram de
maneira expressiva para a redução das taxas de natalidade. Além disso, sobretudo a partir
de 1970, as maiores taxas de escolarização e a inserção da mulher no mercado de trabalho con-
tribuíram para maior redução das taxas de fecundidade.
28
Geografia – 2a
série – Volume 2
As afirmativas corretas são indicadas pela opção:
a)	I e II.
b)	III e IV.
c)	I e IV.
d)	II, III e IV.
e)	I, II, III e IV.
29
Geografia – 2a
série – Volume 2
!
?
Situação de Aprendizagem 3
O trabalho e o mercado de trabalho
Para começo de conversa
Quantas mulheres moram na sua casa? Elas trabalham? Se sim, em quê? Se não, o que elas fazem?
Leitura e análise de gráfico, mapa e texto
1.	 Considerando o papel desempenhado pelas mulheres no decorrer da história brasileira, quais
mudanças podem ser constatadas a partir da leitura do gráfico, do mapa e do texto a seguir?
Chefia de família
Número de famílias formadas por
casais com filhos e chefiadas por
mulheres. Brasil, 1999 e 2009.
Legenda
Cada janela corresponde a:
500 mil famílias
100 mil famílias
787 mil famílias 4,1 milhões famílias
50 mil famílias
10 mil famílias
1999 2009
Fonte: Retrato das desigualdades de gênero e raça – 4a
edição
Fonte: IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça 2011 – 4a
edição. Disponível em:
<http://www.ipea.gov.br/retrato/infograficos_chefia_familia.html>. Acesso em: 17 jan. 2014.
30
Geografia – 2a
série – Volume 2
IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 182.
Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>. Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (mantida a grafia).
Segundo o IBGE, o Censo Demográfico de 2010 revelou que o percentual de famílias che-
fiadas por mulheres no país passou de 22,2% para 37,3%, entre 2000 e 2010. Para o IBGE, é res-
ponsável pela família a pessoa reconhecida como tal pelos demais membros do lar. A mudança do
papel da mulher na sociedade, a inserção no mercado de trabalho, o aumento da escolaridade em
nível superior e a redução da fecundidade são determinantes para a questão da autonomia feminina.
Referência: Censo Demográfico 2010.
Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?view=noticia&id=3&idnoticia=2240&busca=1&t=censo-2010-
unioes-consensuais-ja-representam-mais-13-casamentos-sao-mais-frequentes>. Acesso em: 17 jan. 2014.
Brasil: domicílios sob responsabilidade de mulheres no total de domicílios, 2010
31
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de gráfico
1.	 Com base no gráfico a seguir e no material didático disponível, responda às questões propostas.
Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1978, 1982, 1994, 1995; Pesquisa nacional por amostra de domicílios, 2001, 2005.
%
Brasil: distribuição da PEA por setores de produção, 1940-2005 (em %)
32
Geografia – 2a
série – Volume 2
a)	 Como o IBGE define a População Economicamente Ativa (PEA) e como é realizada sua
distribuição?
b)	 Quais atividades estão relacionadas aos setores primário, secundário e terciário da economia?
c)	 Ao considerar as décadas de 1940 a 1960 e o período após a década de 1970 até a atualida-
de, há uma alteração muito significativa em relação à distribuição da população economica-
mente ativa pelos diferentes setores da economia. Aponte as causas e algumas consequências
dessa alteração.
33
Geografia – 2a
série – Volume 2
Observe o gráfico.
econômica, predominava a população ocupada masculina. Na administração pública e, sobretudo, nos
serviços domésticos, a população ocupada feminina era maioria em 2011. Frente às estimativas de
2003, os crescimentos mais relevantes nas participações das mulheres ocorreram no comércio, nos
serviços prestados à empresas e nos outros serviços, com aumento de 4,4; 4,7; 3,6 pontos
percentuais, respectivamente. Nas atividades, onde historicamente há predomínio, seja de homens ou
de mulheres, praticamente não ocorreram alterações, como na construção, com os homens e nos
serviços domésticos com as mulheres.
FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego 2003-2011.
*Média das estimativas mensais.
O crescimento da escolaridade feminina tem se consolidado nos últimos anos e se
manifestado nos diversos setores da atividade econômica. Um exemplo é o comércio, onde, em
2003, as mulheres com 11 anos ou mais de estudo ocupadas nessa atividade totalizavam 51,5%,
enquanto os homens com a mesma característica alcançavam 38,4%. Na construção, esses
percentuais se diferenciavam ainda mais: 55,4% de mulheres e 15,8% de homens. Em 2011, os
percentuais de participação alcançados por elas foram superiores aos dos homens em praticamente
todos os grupamentos de atividade. A exceção ocorreu na indústria, onde o crescimento deles foi
maior em 1,7 ponto percentual. A superioridade da presença feminina com nível superior também foi
verificada nos grupamentos de atividade, com destaque para a construção (atividade majoritariamente
desenvolvida do sexo masculino). No entanto, apesar do predomínio de homens, a proporção de
mulheres que possuíam nível superior foi bem mais elevada que a deles: 28,6% das mulheres e 4,7%
dos homens ocupados na construção em 2011. A administração pública e os serviços prestados à
empresas foram os grupamentos que apresentaram as maiores proporções de mulheres, tanto com 11
anos ou mais de estudo, quanto com nível superior.
Nos avanços frente a 2003, as mulheres com 11 anos ou mais de estudo se destacaram, com
crescimento, em pontos percentuais (p.p.), na indústria (14,0 p.p.), na construção (17,9 p.p.), no
comércio, (15,2 p.p.) e nos outros serviços (15,1 p.p.). Nessas mesmas atividades, os homens com
essa escolaridade também alcançaram crescimento significativo: 16,8 (p.p.), 10,8 (p.p.), 13,8 (p.p).
e 15,7 (p.p.), na mesma ordem. Quando a comparação referiu-se aos que possuíam nível superior
completo, o destaque ocorreu na construção, onde as mulheres atingiram um crescimento de 8,3
(p.p.), enquanto os homens, crescimento de 0,6 (p.p.) entre 2003 e 2011.
64,6
64,0
94,3
93,9
61,8
57,5
62,7
58,0
38,0
35,9
5,3
5,2
62,0
58,4
35,4
36,0
5,7
6,1
38,2
42,6
37,3
42,0
62,1
64,1
94,8
94,8
38,0
41,6
2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011
Indústria Construção Comércio Serviços
Prestados a
Empresas
Administração
Pública
Serviços
Domésticos
Outros Serviços
Homens Mulheres
Participação na população ocupada, por grupamentos de atividade,
segundo o sexo (%) – (2003 e 2011)*
Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego – PME – IBGE (08/03/2012). Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/
trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2014.
Agora, responda:
1.	 Caracterize a participação das mulheres de acordo com os agrupamentos de atividade nos anos
de 2003 e 2011.
34
Geografia – 2a
série – Volume 2
2.	Discorra sobre a atual situação das mulheres no mercado de trabalho comparando-a, de forma
geral, com a dos homens.
Em 1970, o trabalho feminino correspondia a 21% da População Economicamente Ativa (PEA)
brasileira. Em 2011, segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego – 2003-2011, realizada pelo
IBGE, esse percentual saltou para 46,1%. Entre outros fatores, o aumento significativo das mulhe-
res no mercado de trabalho se deve:
a)	 à igualdade profissional conquistada pelas mulheres perante os homens no mercado de trabalho,
com acentuada redução das disparidades dos ganhos salariais entre eles.
b)	 ao aumento da industrialização brasileira e à consequente expansão das oportunidades de traba-
lho no setor secundário, com melhor remuneração para as mulheres.
c)	 ao maior nível de escolarização da população feminina no período, o que favorece sua ocupação
em atividades mais qualificadas e mais bem remuneradas, tanto para as brancas como para as
demais categorias segundo a cor da pele nos dados do IBGE.
d)	 à necessidade de a mulher trabalhar fora de casa para aumentar o orçamento familiar e pelo fato
de muitas famílias serem chefiadas exclusivamente por mulheres.
e)	 à maior escolaridade das mulheres quando comparada à dos homens e à queda da taxa de fe-
cundidade, fatores que evitam a situação de desemprego como ocorre com grande parcela das
mulheres negras.
35
Geografia – 2a
série – Volume 2
Situação de Aprendizagem 4
A segregação socioespacial e a exclusão social
Com a orientação de seu professor, reúna artigos e reportagens de jornais, revistas, sites, entre outros,
que tratam de diferentes aspectos da desigualdade social no Brasil, buscando inclusive dados sobre indi-
cadores sociais. Esse material será apresentado na sala de aula em data a ser definida pelo seu professor.
Leitura e análise de texto
Leia os dois textos a seguir e responda à questão.
!
?
Desenvolvimento Humano
[...]
O crescimento econômico de uma sociedade não se traduz automaticamente em quali-
dade de vida e, muitas vezes, o que se observa é o reforço das desigualdades. É preciso que
este crescimento seja transformado em conquistas concretas para as pessoas: crianças mais
saudáveis, educação universal e de qualidade, ampliação da participação política dos cidadãos,
preservação ambiental, equilíbrio da renda e das oportunidades entre toda a população, maior
liberdade de expressão, entre outras. Assim, ao colocar as pessoas no centro da análise do bem-
-estar, a abordagem de desenvolvimento humano redefine a maneira com que pensamos sobre
e lidamos com o desenvolvimento – nacional e localmente.
O conceito de desenvolvimento humano, bem como sua medida, o Índice de Desenvolvimento
Humano–IDH,foramapresentadosem1990,noprimeiroRelatóriodeDesenvolvimentoHumano
do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, idealizado pelo economista paquistanês
Mahbub ul Haq e com a colaboração e inspiração no pensamento do economista Amartya Sen.
A popularização da abordagem de desenvolvimento humano se deu com a criação e adoção
do IDH como medida do grau de desenvolvimento humano de um país, em alternativa ao
Produto Interno Bruto, hegemônico à época como medida de desenvolvimento.
O IDH reúne três dos requisitos mais importantes para a expansão das liberdades das pessoas:
a oportunidade de se levar uma vida longa e saudável – saúde –, ter acesso ao conhecimento –
educação - e poder desfrutar de um padrão de vida digno – renda.
[...]
Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2013.
Disponível em: <http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/o_atlas/desenvolvimento_humano>. Acesso em: 10 mar. 2014.
36
Geografia – 2a
série – Volume 2
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Desenvolvimento
Humano ajustado à desigualdade (IDHAD)
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ponto central do Relatório de Desenvolvi-
mento Humano que é elaborado, desde 1990, pelo Programa das Nações Unidas para o Desen-
volvimento (PNUD), surgiu como uma proposta de se qualificar o desenvolvimento das nações
a partir de índices que superavam, do ponto de vista dos criadores do IDH (Mahbub ul Haq e
Amartya Sen), a qualificação das nações a partir da noção simplista de Produto Interno Bruto
(PIB) per capita. Como vimos no texto anterior, esses índices referem-se a uma vida longa e sau-
dável (saúde), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda) medido pela Renda
Nacional Bruta (RNB). A partir da junção desses três índices, chega-se ao valor do IDH, que é
medido na escala entre 0 e 1, e que classifica as nações em quatro grupos: IDH muito elevado,
IDH elevado, IDH médio e IDH baixo.
Em 2011, considerando-se as críticas de que o IDH também tendia a uma análise simplista
das nações, o PNUD trouxe novas variáveis ao Relatório de Desenvolvimento Humano, que
são consolidadas no Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à desigualdade (IDHAD).
Nesse índice, considera-se a desigualdade de renda que ocorre internamente ao território das
nações, a mortalidade infantil e a pobreza de rendimentos. O Índice de Desenvolvimento
Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) tem o objetivo de estudar a distribuição do nível
médio do desenvolvimento humano em relação à esperança de vida, ao nível de escolaridade e
ao controle sobre os recursos. A maior diferença entre o IDH e o IDHAD indica a existência
de desigualdades.
Com o IDHAD, as nações por ele avaliadas ganham classificação paralela à classificação do
IDH. Por exemplo, de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2013, com um
IDH de 0,730, o Brasil alcançou a 85a
posição entre os 188 países analisados pelo PNUD,
ficando dentro do grupo dos países com IDH elevado. No entanto, quando avaliado do ponto
de vista do IDHAD, o Brasil alcançou a pontuação de 0,531, ficando atrás de países como
Jordânia, China, Gabão, Moldávia e Uzbequistão, que possuem IDH inferior ao do Brasil e
pertencentes ao grupo de IDH médio.
Referência
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 – Ascensão do Sul: Progresso
Humano num Mundo Diversificado. Disponível em: <http://hdr.undp.org/en/2013-report>. Acesso em: 23 abr. 2014.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
A partir da leitura dos dois excertos, escreva um texto apresentando a sua conclusão sobre
a relação entre desenvolvimento humano e desigualdade social. Na sua argumentação, apresente
exemplos verificados no lugar em que você vive.
37
Geografia – 2a
série – Volume 2
38
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de imagem
Observe a charge e, em uma folha avulsa, elabore um texto acerca das formas de segregação
socioespacial encontradas nas cidades brasileiras.
1.	Unicamp 2002 – “Recentemente o shopping center Rio-Sul – o primeiro a ser construído na
cidade do Rio de Janeiro – foi invadido por um grupo de 130 pessoas formado por sem-teto,
favelados, estudantes e punks. Os manifestantes, com esta invasão pacífica, inauguraram uma
forma nova de protesto.” (Adaptado de Folha de S. Paulo, 05/08/2000.)
a)	Relacione essa manifestação ao exercício da cidadania e às formas de organização espacial
das cidades contemporâneas.
Angeli. Folha de S.Paulo, 6 jun. 1999. p. 1-2.
©Angeli
39
Geografia – 2a
série – Volume 2
b)	 Além do shopping center, cite outro exemplo de segregação socioespacial no meio urbano.
Justifique sua resposta.
40
Geografia – 2a
série – Volume 2
!
?
Situação de Aprendizagem 5
A tectônica de placas e o relevo brasileiro
Leitura e análise de tabela e quadro
1.	Observe os dados apresentados na tabela e analise-os com base nas informações do quadro.
Depois, responda às questões.
Maiores abalos no Brasil
Localização Ano Magnitude (*)
Vitória (ES) 1955 6,3
Porto dos Gaúchos (MT) 1955 6,2
Tubarão (SC) 1939 5,5
Codajás (AM) 1983 5,5
Pacajus (CE) 1980 5,2
Litoral de São Paulo 2008 5,2
Mogi Guaçu (SP) 1922 5,1
João Câmara (RN) 1986 5,1
Plataforma (RS) 1990 5,0
Itacarambi (MG) 2007 4,9
Mara Rosa (GO) 2010 4,5
Montes Claros (MG) 2012 4,5
João Câmara (RN) 2010 2,7
Porangatu (GO) 2012 2,7
(*) Na escala Richter
Fonte: Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB). Disponível em: <http://www.obsis.unb.br/index.php?option=com_
content&view=category&id=39&Itemid=84&lang=pt-br>. Acesso em: 29 jan. 2014.
41
Geografia – 2a
série – Volume 2
Entenda os efeitos dos terremotos
Os sismólogos usam a escala de magnitude para representar a energia sísmica liberada por
cada terremoto. Veja a seguir a tabela com os efeitos típicos de cada terremoto em diversos
níveis de magnitude.
Escala Richter Efeitos do terremoto
Menos de 3,5 Geralmente não é sentido, mas pode ser registrado
3,5 a 5,4 Frequentemente não se sente, mas pode causar pequenos danos
5,5 a 6,0 Ocasiona pequenos danos em edificações
6,1 a 6,9 Pode causar danos graves em regiões onde vivem muitas pessoas
7,0 a 7,9 Terremoto de grande proporção, causa danos graves
de 8 graus ou
mais
Terremoto muito forte. Causa destruição total na comunidade atingida
e em comunidades próximas
	Esta tabela é “aberta”, portanto não é possível determinar um limite máximo de graus.
	Ainda que cada terremoto tenha uma magnitude única, os efeitos de cada abalo sísmico variam bastante devido à
distância, às condições do terreno, às condições das edificações e a outros fatores.
Fonte: Folha Online, 6 mar. 2007, fornecido pela Folhapress. Disponível em: <http://www1.
folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u105252.shtml>. Acesso em: 26 nov. 2013.
a)	Com base em dados do Instituto de Geologia do Departamento do Interior dos Estados Unidos da
América, estima-se que ocorram cerca de 500 mil terremotos por ano no mundo, dos quais 100 mil
deles podem ser sentidos e 100 causam alguma forma de danos ou vítimas. Considerando a tabela
e o quadro, por que não há registro na memória da população brasileira acerca dos terremotos que
aqui ocorreram?
42
Geografia – 2a
série – Volume 2
A instabilidade da crosta terrestre
O interior da Terra guarda mistérios que sempre excitaram a imaginação do ser hu-
mano, entre outras razões, porque uma série de eventos que têm origem nessa parte do pla-
neta manifesta-se na superfície e nos atinge, como é o caso dos terremotos e das erupções
vulcânicas. Além da imensa produção fantasiosa, foram muitas as teorias que pretenderam
explicar os processos que ocorrem no interior da Terra.
Uma grande dificuldade empírica e concreta impõe-se de início. O interior do planeta
é diretamente inatingível, e todas as informações de que se dispõem são indiretas e difíceis
de analisar. Nos últimos tempos, a pesquisa do interior de nosso planeta passou a ser feita
pela interpretação de ondas sísmicas que se propagam até a superfície terrestre – pois têm
b)	Em abril de 2009, um terremoto de magnitude 6,3 graus na escala Richter, equivalente ao
terremoto ocorrido em 1955 no litoral de Vitória (ES), provocou a morte de pelo menos
287 pessoas na região de L’Aquila, cidade localizada no centro da Itália, além de ter destruído
quase inteiramente a província. Considerando que a força letal de um terremoto não se associa
apenas à intensidade de seu epicentro, converse com seus colegas e seu professor e responda:
	Quais outros fatores explicam o número de vítimas na Itália e a inexistência delas no Brasil?
Leitura e análise de texto, mapa e quadro
1.	Leia o texto a seguir e responda às questões.
43
Geografia – 2a
série – Volume 2
a)	O autor afirma que uma série de eventos que ocorrem no interior da Terra manifesta-se
externamente. Quais exemplos são citados?
b)	O autor afirma que o interior da Terra guarda mistérios que sempre instigaram a imaginação do
ser humano e que há uma enorme dificuldade em se obter respostas para essas inquietações.
Por que isso ocorre?
comportamentos distintos ao atravessarem diferentes materiais – e, também, pelo estudo
do vulcanismo e dos terremotos.
A conclusão a que se chegou é que a crosta terrestre é dinâmica, vem se transformando
ao longo do tempo da natureza, e essa transformação pode ser explicada com base na teoria
das placas tectônicas. A crosta terrestre é uma fina casca sólida sobre o magma, mas não
contínua; ao contrário, trata-se de uma justaposição de placas que se movimentam sobre
o magma, e essa movimentação explica grande parte da fisionomia atual da superfície ter-
restre.
Uma referência-chave para essa interpretação teórica nos leva para um passado de mais
de 250 milhões de anos, quando os blocos continentais atuais (Eurásia, África, América,
Austrália e Antártida) formavam um único e gigantesco bloco: a Pangeia (ou seja, “toda
a Terra”). De lá para cá, esse bloco foi se fragmentando e dando origem aos continentes
atuais. Nesse processo, os intervalos que surgiram entre os fragmentos continentais fo-
ram preenchidos pelas águas, e aí se encontra a origem dos oceanos. Por que a Pangeia se
fragmentou? Porque a crosta terrestre é formada de placas que se movimentam. Assim, a
estabilidade da crosta é apenas aparente.
Elaborado por Jaime Oliva especialmente para o São Paulo faz escola.
44
Geografia – 2a
série – Volume 2
c)	Considerando a evolução dos estudos geológicos, a quais conclusões os cientistas chegaram
quanto às características da crosta terrestre?
d)	De acordo com o texto, qual foi a referência-chave para chegar a essas conclusões sobre as
características da crosta terrestre?
e)	Por que a Pangeia se fragmentou?
2.	Observe o mapa da próxima página.
a)	Identifique as placas que atuam em contato com a Placa Sul-americana.
45
Geografia – 2a
série – Volume 2
b)	Observe o quadro a seguir.
Brasil: três terremotos, 2007-2008
Quando Local Epicentro
Novembro de 2007 São Paulo Chile → Oeste do Brasil
Dezembro de 2007 Itacarambi (MG) No local
Abril de 2008 São Paulo Oceano Atlântico → Leste do Brasil
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
	Analise os dados e elabore algumas hipóteses sobre cada um dos epicentros, destacando sua
localização e a atuação das placas tectônicas em cada um deles.
Fonte: USGS. This dynamic Earth: the story of plate tectonics. Online edition. Disponível em: <http://pubs.usgs.gov/gip/dynamic/dynamic.pdf>.
Versão do mapa com cotas em português disponível em Wikimedia commons: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Placas_tect2_pt_BR.svg>.
Acessos em: 26 nov. 2013. Mapa original.
©U.S.GeologicalSurvey.Cortesia
Placas tectônicas
46
Geografia – 2a
série – Volume 2
3.	Observe o mapa apresentado na página seguinte e responda às questões.
a)	Identifique as áreas mais propensas a terremotos na América do Sul.
b)	 Qual relação pode ser estabelecida entre as áreas mais propensas a terremotos na América do
Sul e a disposição das placas tectônicas?
c)	 Qual dos terremotos identificados no quadro Brasil: três terremotos, 2007-2008 (p. 45) era
mais provável de ocorrer? Justifique.
47
Geografia – 2a
série – Volume 2
NewYork
Boston
Montreal
Toronto
Chicago
Philadelphia
LosAngeles
SanFrancisco
Houston
Miami
Dallas
SãoPauloRioDeJaneiro
Recife
BeloHorizonte
Johannesburg
Alexandria
Napoli
Barcelona
Milano
Manchester
Birmingham
MadrasBangalore
Bombay
Hyderabad
Calcutta
Karachi
Lahore
Guangzhou
Wuhan
Shanghai
Tianjin
Shenyang
Harbin
Osaka
Nagoya
Yokohama
Pusan
Singapore
Sydney
Melbourne
St.Petersburg
HoChiMinhCity
Detroit
München
Frankfurt
Vancouver
Seattle
Anchorage
Perth
Manaus
CapeTown
Vladivostok
OmskNovosibirsk
Yakutsk
Denver
SaltLakeCity
Fairbanks
Nordvik
Irkutsk
Okhotsk
Lanzhou
Urümqi
Edinburgh
WashingtonD.C.
seriAsoneuB
Lima
Santiago
Bogota
Caracas
Kinshasa
Lagos
Algiers
Cairo
Baghdad
Athinai
Roma
Madrid
Tehran
Paris
Budapest
Berlin
Moskva
London
Delhi
Dhaka
Yangon
KrungThep
HongKong
Taipei
Manila
Jakarta
Beijing
Tokyo
Seoul
MexicoCity
Kiev
Ottawa
Belmopan
Guatemala
SanSalvador
Tegucigalpa
Managua
SanJose
Panama
LaHabana
Kingston
Port-au-Prince
Sa
ntoDo
mingo
SanJuan
PortofSpain
Quito
Georgetown
Paramaribo
Brasília
Rémire
LaPaz
Asuncion
oedivetnoM
Maseru
Mbabane
Maputo
Gaborone
Antananarivo
Windhoek
Harare
Lusaka
Lilongwe
Luanda
Pretoria
DaresSalaam
Kigali
Nairobi
Kampala
Brassaville
Libreville
Yaoundé
Bangui
Malabo
Muqdisho
ÄdïsÄbeba
Dijbouti
KhartoumAsmera
San'ä'
N'Djamena
Niamey
Ouagadougou
Bamako
MonroviaAbidjanAccra
Lome
PortoNovo
Freetown
Conakry
Banjul
Bissau
Dakar
Nouakchott
Rabat
Tunis
Taräbulus
ArRiyad
Dim
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Bayrüt
Nicosia
Ankara
Ashkhabad
Käbol
Is
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Baku
Masqat
Abu
Dhabi
Doha
AlKuwayt
T'Bilisi
Yerevan
kekhsiB
Bujumbura
TelAviv-Yafo
Amman
Kishinev
Bucuresti
Sofiya
Skopje
Tirane
Titograd
Sarajevo
Beograd
Zagreb
Ljubljana
WienBratislava
Warszawa
Praha
Vilnius
Riga
Minsk
Tallinn
Helsinki
Stockholm
Oslo
Bruxelles
Amsterdam
Lisboa
Dublin
Bern
Almaty
Tashkent
Dushanbe
Kathm
andu
Thimphu
Hanoi
Viangchan
Ulaanbaatar
PhnomPenh
P'yôngyang
BandarSeriBegawan
PortMoresby
Canberra
Wellington
KualaLumpur
Colombo
Reykjavík
Kobenhavn
180°150°120°90°60°30°0°180°150°120°90°60°30°
180°150°120°90°60°30°0°180°150°120°90°60°30°
0°
30°
30°
60°
90°
60°
60°
90°
30°
0°
30°
60°
10%deprobabilidadedeexcedênciaem50anos,períododeretornode475anos
ACELERAÇÃOMÁXIMADOSUBSTRATOROCHOSO(m/s)2
ProjeçãoRobinson
00.20.40.81.62.43.24.04.8
MODERADO
PERIGOPERIGO
BAIXOALTO
PERIGOPERIGO
MUITOALTO
Mundo:perigosísmico
GLOBALSeismicHazardAssessmentProgram.Disponívelem:<http://www.seismo.ethz.ch/static/GSHAP>.Acessoem:23maio2014.
Mapaoriginal(basecartográficacomgeneralização;algumasfeiçõesdoterritórionãoestãorepresentadas;mantidaagrafia).
48
Geografia – 2a
série – Volume 2
4.	Observe o quadro a seguir.
Placas tectônicas e terremotos
Área de contato
de placas
Limites convergentes: no choque (encontro), as placas tendem a ter suas
bordas destruídas e a provocar processos de soerguimento.
Limites divergentes: no afastamento das placas, abrem-se fissuras por
onde “vaza” magma, e ali aumenta a atividade interna.
Limites conservativos: as placas não se encontram nem se afastam,
mas deslizam lateralmente entre si ao longo de falhas profundas que
atravessam a litosfera e marcam o limite entre as placas (falhas trans-
formantes).
Entorno do centro
da placa
A atividade interna somente repercute na superfície caso encontre
fissuras, falhas e fragilidades na placa.*
*	Tremores no centro das placas são mais raros e mais fracos, ao contrário das bordas, onde a atividade interna, denominada sísmica, é
mais intensa.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Fonte: TEIXEIRA, Wilson; TOLEDO, Maria Cristina Motta de;
FAIRCHILD, Thomas Rich; TAIOLI, Fabio. Decifrando a Terra. São Paulo: Ibep, 2007.
Como as placas se movimentam, podem acontecer três situações nas áreas de contato. Quais são elas?
49
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de texto e mapa
Leia o texto a seguir.
Para compreender o relevo sul-americano, é necessário conhecer as influências resultantes
da evolução e do dinamismo dos movimentos das placas tectônicas (ver coleção de mapas na
próxima página).
Apesar de a Pangeia ter iniciado sua fragmentação há aproximadamente 225 milhões de
anos, foi somente há 200 milhões de anos que Gondwana, um grande bloco de terras emersas
ao Sul do planeta, começou a se desprender desse “continente único”. O processo de fragmen-
tação continuou e, há cerca de 145 milhões de anos, Gondwana também começou a se romper.
A partir desse rompimento, iniciou-se a formação do Oceano Atlântico, separando o que viria
a ser a América do Sul e a África – a Antártida e uma porção da Ásia também se formaram a
partir de rupturas na Gondwana.
Ao se soltar da Placa Africana, a Placa Sul-americana principiou o seu deslocamento
para Oeste.
Algumas alterações no relevo da costa Leste do Brasil podem ter se iniciado nesse processo.
Foi ainda com esse movimento de divergência entre as placas Africana e Sul-americana
que, ao longo do tempo, formou-se o fundo do Oceano Atlântico – em virtude da intrusão
de material magmático que foi se solidificando –, parte dele vinculada à Placa Sul-americana e
parte, à Placa Africana. Assim, enquanto se afastavam, essas placas aumentaram sua dimensão,
com o acréscimo do assoalho oceânico, criando uma nova extensão de 4 100 quilômetros.
Com esse movimento em direção ao Oeste, a Placa Sul-americana também acabou se
encontrando com a Placa de Nazca. Esta, mais densa, mergulhou sob a Placa Sul-ameri-
cana, soerguendo sua borda e dando origem à Cordilheira dos Andes, há cerca de mais de
60 milhões de anos. Há interpretações que procuram explicar que a formação dos Andes
teria repercutido em todo o conjunto da placa. Trata-se de uma repercussão desigual, visto
que algumas áreas de rochas menos resistentes foram mais soerguidas do que outras, estas
constituídas de rochas mais resistentes. Foi nesse momento – essa é a hipótese – que teriam
ocorrido os movimentos que deram origem às escarpas da Serra do Mar e da Serra da Manti-
queira (ROSS, 1996). No entanto, há pesquisas que revelam indícios de que parte do relevo
da costa Leste do Brasil não teria uma relação tão imediata com o soerguimento dos Andes.
Referência
ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.
Elaborado por Angela Corrêa da Siva especialmente para o São Paulo faz escola.
A Tectônica das Placas e sua influência na geomorfologia
da América do Sul
50
Geografia – 2a
série – Volume 2
IBGE.Atlasgeográficoescolar.RiodeJaneiro:IBGE,2004.p.64-65.Mapaoriginal.
DerivaContinental:daPangeiaaténossosdias
Fontes:Granatlasilustradodelmundo.BuenosAires:Reader’sDigest,c1999.1atlas(288p.):mapas;USGS.ThisdynamicEarth:thestory
ofplatetectonics.Onlineedition.Disponívelem:<http://pubs.usgs.gov/gip/dynamic/dynamic.html>.Acessoem:27dez.2010.
51
Geografia – 2a
série – Volume 2
1.	 Quando e como se iniciou a formação da América do Sul? Quais outros blocos de terras foram
formados nesse processo?
2.	A região da Placa Sul-americana onde se localiza o atual Brasil sofreu alguma alteração resultante
do processo de formação do Oceano Atlântico? Justifique.
3.	 Quais hipóteses são apresentadas no texto para explicar a relação entre o movimento da Placa
Sul-americana e o modelado do relevo brasileiro?
52
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de mapa e quadro
1.	Observe o mapa e o quadro a seguir. Converse a respeito deles com seus colegas e seu professor
e, depois, responda às questões propostas.
Fonte: ROSS, Jurandyr L. Sanches. Os fundamentos da geografia da natureza. In: _____ (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996. p. 47.
Brasil: grandes estruturas
53
Geografia – 2a
série – Volume 2
Representação
no mapa
Crátons
pré-brasilianos
Faixas de dobramentos
do ciclo brasiliano
Bacias sedimentares
fanerozoicas
Simplificação
operacional
Áreas cratônicas
Dobramentos
antigos
Bacias sedimentares
Breve
definição
Terrenos mais antigos
do Brasil → muito
desgastados pela
erosão → rochas
metamórficas muito
antigas
(2 a 4,5 bilhões
de anos) →
rochas intrusivas
(magmáticas) antigas
(1 a 2 bilhões de
anos).
Áreas de soerguimento
de cadeias de
montanhas, orogênese
ou dobramentos
(1 a 4 bilhões de
anos).
Terrenos mais recentes
(600 milhões de anos
para cá) → rochas
sedimentares (arenitos,
calcário, argilitos etc.)
→ rochas mais moles,
menos resistentes.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
a)	Indique as principais estruturas geológicas encontradas no território brasileiro. Quando elas
se formaram e quais são as características de cada uma delas?
b)	 Qual é a estrutura geológica predominante no território brasileiro? Como se pode explicar
essa predominância?
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Geografia – 2a
série – Volume 2
c)	Em qual das estruturas geológicas ocorrem as maiores riquezas minerais do Brasil? Quais
minerais são esses?
Desafio!
Para o aprofundamento desta Situação de Aprendizagem, propomos a realização de
duas tarefas:
1.	Construção de um glossário: utilizando como fonte livros didáticos, atlas e outros mate-
riais, a ideia é construir um glossário com vários termos que apareceram na Situação de
Aprendizagem. Eis alguns exemplos: geologia, erosão, rochas metamórficas, rochas sedi-
mentares, sedimentos, soerguimento, dobramentos, orogênese etc.
2.	Todos os eventos mencionados, assim como a data de várias formações, estão assinalados
com um tempo numérico. Exemplos: soerguimento da Cordilheira dos Andes (60 milhões
de anos); abertura do Oceânico Atlântico (200 milhões de anos); bacias sedimentares no
Brasil (a partir de 600 milhões de anos). A ideia é que, com a escala geológica do tempo,
vocês identifiquem individualmente as Eras, os Períodos e as Épocas de tudo o que foi
datado nesta Situação de Aprendizagem.
No final deste Caderno está disponível para consulta a História Geológica daTerra. No Quadro
Ano-Terra, é possível encontrar informações para o desenvolvimento desta atividade.
O geofísico Marcelo Assumpção, da Universidade de São Paulo (USP), está mapeando a estru-
tura da placa sob o Brasil (a Sul-americana). Já descobriu que ela é mais fina e frágil em algumas
regiões, como no Nordeste. Esse fato, somado à provável presença de uma falha tectônica, faz desta
a região com mais riscos sísmicos do país. Em seu caderno, comente essa afirmação.
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Geografia – 2a
série – Volume 2
Com relação à estrutura tectônica do território brasileiro, é correto dizer que:
a)	 a costa Leste, por se encontrar na borda da Placa Sul-americana, possui as montanhas mais eleva-
das do Brasil.
b)	 a fronteira Oeste do Brasil está livre de eventos como tremores por causa da imensa distância da
Cordilheira dos Andes.
c)	 a posição do Brasil no interior da Placa Sul-americana explica a baixa ocorrência de eventos
sísmicos nos últimos 60 milhões de anos.
d)	 ao Sul do Brasil, as áreas de serras resultam de dobramentos que ocorreram nos últimos 60 milhões
de anos e que deram origem também aos Andes.
e)	 o Brasil é instável em termos tectônicos em função das várias fissuras e falhas existentes na Placa
Sul-americana, que sustenta a América do Sul.
56
Geografia – 2a
série – Volume 2
Situação de Aprendizagem 6
As formas de relevo brasileiro e as funções das
classificações
Para começo de conversa
Considerando o que você estudou até agora, apresente o significado dos seguintes termos:
●● Relevo:
●● Modelado:
●● Geomorfologia:
●● Topografia:
!
?
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Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de texto
Leia o texto a seguir.
A força da erosão
Como explicar a configuração atual das formações montanhosas?
Se a resposta se referir apenas às forças tectônicas como aquelas que constroem as ca-
deias montanhosas, ela estará incompleta. Um elo fundamental na explicação precisa vir à
luz: forças associadas ao clima e, mais diretamente, à erosão devem ser consideradas. A melhor
maneira de se referir à configuração montanhosa é dizer que ela é produto de interações entre pro-
cessos tectônicos, climáticos e erosivos. Tendo em vista essa interação, pode-se explicar a altura
máxima das montanhas, além do tempo necessário para esculpir – ou destruir – uma cadeia
montanhosa.
Depois de observar por longo tempo o processo de erosão, muitos geólogos chegaram à
conclusão de que ela é a principal força que configurou as cadeias montanhosas tal como as
observamos atualmente. Minúsculas gotas de chuva contribuem em boa parte para a definição
da fisionomia e da altura dessas cadeias.
Elaborado por Jaime Oliva especialmente para o São Paulo faz escola.
Após a leitura e a discussão com seus colegas e seu professor, responda às questões a seguir.
1.	De acordo com o texto, como se explica a configuração atual das formações montanhosas?
2.	 Qual é a conclusão a que os geólogos chegaram após observarem por muito tempo a ação dos
processos erosivos?
58
Geografia – 2a
série – Volume 2
3.	Os agentes internos e externos podem ser responsáveis tanto pela construção quanto pela destruição
do relevo. Com base no que você estudou até agora, apresente exemplos dessas duas possibilidades.
4.	Preencha o quadro com o significado das macroformas de relevo solicitadas.
Formas de relevo
Macroformas Elementos envolvidos
Planaltos
Planícies
Cadeias montanhosas
Depressões
Após preencher o quadro, responda:
Temos, em nosso território, cadeias montanhosas recentes?
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Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de mapa
Observe o mapa da próxima página e responda às questões a seguir.
1.	Com base no mapa, indique as principais formas de relevo encontradas no Brasil.
2.	Leia a descrição das principais formas de relevo encontradas no Brasil e preencha as lacunas
indicando o nome correto de cada uma delas.
a)	 __________________________________: superfícies elevadas, mais ou menos planas,
delimitadas por escarpas, onde o processo de erosão supera o de sedimentação. Em geral,
são formas residuais, isto é, relevos que restaram de formações antigas, divididos em qua-
tro tipos.
b)	 __________________________________: apresentam tipos bem diversificados, sendo de-
finidas como um modelado de relevo que se apresenta mais baixo do que as áreas vizinhas.
Em seu trabalho, Ross reconhece um total de 11 espalhadas pelo Brasil.
c)	 __________________________________: áreas, em geral, planas, constituídas por de-
posição de sedimentos de origem marinha, lacustre ou fluvial. Esses terrenos, onde
predomina a sedimentação, são encontrados em seis porções do território brasileiro.
60
Geografia – 2a
série – Volume 2
Fonte:ROSS,JurandyrL.Sanches.Osfundamentosdageografiadanatureza.In:_____(Org.).GeografiadoBrasil.SãoPaulo:Edusp,1996.p.53.
Brasil:formasderelevo
61
Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de mapa
Observe o mapa a seguir.
AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2007, encarte. Mapa original.
Terras baixas
florestadas equatoriais
Domínios Morfoclimáticos Brasileiros
(Áreas Nucleares — 1965)
Chapadões tropicais interiores
com cerrados e florestas-galeria
Áreas mamelonares
tropical-atlânticas florestadas
Depressões intermontanas e
interplanálticas semiáridas
Planaltos subtropicais
com araucárias
Coxilhas subtropicais
com pradarias mistas
(Não diferenciadas)
I.Amazônico
II.Cerrado
III.Mares de morros
Domínios
IV.Caatingas
V.Araucárias
VI.Pradarias
Faixas de transição
62
Geografia – 2a
série – Volume 2
Tomando por base o mapa Domínios Morfoclimáticos Brasileiros, identifique quais foram os
elementos da paisagem considerados pelo autor para construir o mapa.
1.	Todas as macroformas do relevo estão, de modo geral, presentes no território brasileiro?
Explique.
2.	 Se a altitude for tomada como único parâmetro, o que pode ser dito a respeito do relevo
brasileiro?
63
Geografia – 2a
série – Volume 2
Considerando o processo de erosão e sua relação com as formas de relevo, é correto dizer que:
a)	 as planícies são formas de relevo, em geral planas, produto do trabalho de deposição de
sedimentos.
b)	 os planaltos são formas baixas e planas de relevo, resultado da deposição de sedimentos ero-
didos em zonas mais altas.
c)	 a erosão é a principal força formadora das grandes cadeias montanhosas, que nada mais são
do que planaltos entrecortados e esculpidos.
d)	 as planícies são formas planas e altas no topo das cadeias montanhosas, resultado da deposição
sedimentar.
e)	 planaltos são terras mais baixas que as vizinhas, resultantes do trabalho de erosão eólica e
fluvial em áreas mais elevadas.
64
Geografia – 2a
série – Volume 2
Situação de Aprendizagem 7
Águas no Brasil: gestão e intervenções
Para começo de conversa
Leia o texto a seguir.
!
?
Águas no Brasil
O Brasil apresenta uma situação confortável, em termos globais, quanto aos recursos
hídricos. A disponibilidade hídrica per capita, determinada a partir de valores totalizados
para o País, indica uma situação satisfatória, quando comparada aos valores dos demais
países informados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, apesar desse
aparente conforto, existe uma distribuição espacial desigual dos recursos hídricos no ter-
ritório brasileiro. A maior disponibilidade hídrica concentra-se na região hidrográfica
Amazônica, onde se encontra o menor contingente populacional. Assim, áreas muito
mais povoadas não têm toda essa disponibilidade de água. Algumas delas vivem, inclusive,
situações de escassez hídrica.
Fonte: Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2012. Agência Nacional de Águas (ANA). Disponível em: <http://arquivos.ana.gov.br/
institucional/spr/conjuntura/ANA_Conjuntura_Recursos_Hidricos_Brasil/ANA_Conjuntura_ Recursos_Hidricos_Brasil_nov.pdf>.
Acesso em: 29 jan. 2014.
1.	Conforme o texto, o Brasil enfrenta problemas com o abastecimento de água para o consumo
da população e para as atividades econômicas que exigem o uso da água?
2.	O que são bacias hidrográficas? Quais são as mais importantes do território brasileiro?
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Geografia – 2a
série – Volume 2
Leitura e análise de mapa e tabela
Com base nos mapas e na tabela responda às questões a seguir.
Elaborado por Simone Freitas Dias, Agência Nacional de Águas (ANA). Divisão Hidrográfica Nacional, set. 2009. Mapa original.
Brasil: regiões hidrográficas
66
Geografia – 2a
série – Volume 2
Brasil: área, produção hídrica absoluta e relativa e a disponibilidade hídrica das
regiões hidrográficas
Vazão Média
Região Hidrográfica
Área
(km2
)*
m3
/s** %
Disponibilidade hídrica
(m3
/s)
Amazônica 3 869 953 132 145 73,4 73 748
Tocantins-Araguaia 918 822 13 799 7,6 5 447
Atlântico Nordeste
Ocidental
274 301 2 608 1,4 320
Parnaíba 333 056 767 0,4 379
Atlântico Nordeste
Oriental
286 802 774 0,4 91
São Francisco 638 576 2 846 1,6 1 886
Atlântico Leste 388 160 1 484 0,8 305
Atântico Sudeste 214 629 3 167 1,8 1 145
Atlântico Sul 187 552 4 055 2,3 647
Paraná 879 873 11 831 6,6 5 956
Uruguai 174 533 4 103 2,3 565
Paraguai 363 446 2 359 1,3 782
Total 8 532 802 179 938 100 91 271
*Considera apenas o território brasileiro;
** Dados de dezembro de 2012.
Fonte: Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2012. Agência Nacional de Águas (ANA). Disponível em: <http://arquivos.ana.gov.
br/institucional/spr/conjuntura/ANA_Conjuntura_Recursos_Hidricos_Brasil/ANA_Conjuntura_Recursos_Hidricos_Brasil_nov.pdf>
Acesso em: 29 jan. 2014.
67
Geografia – 2a
série – Volume 2
Fontes: IBGE, Censo Demográfico 2010; Atlas nacional do Brasil Milton Santos. Rio de Janeiro: IBGE, 2010; e Agência Nacional de Águas - ANA, 2002.
Nota: Redefinição da sistemática de codificação de bacias hidrográficas para a Política Nacional de Recursos Hídricos instituída pela Resolução nº 30, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH, de 11 de dezembro de 2002, publicada no Diário Oficial da União em 19 de março de 2003.
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OCEANO
ATLÂ
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IC
O
-25°
-15°
-5°
-75° -65° -55° -45° -35° -30°
-25°
-15°
-5°
-35°-45°-55°-65°5° 5°
-10°
OCEANO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
-40°-50°-60°-70°
EQUADOR
-20°
-30°
-70° -60° -50° -40°
-30°
-20°
-10°
0°
PACÍFICO
0°
CHILE
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V E N E Z U E L A
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Mucuri
GRANDE
Carinhanha
Rio
R.
R
.
R
.
Araguari
R
io
R.
R.
do
Sul
Paraíba
Rio
R.
RIO
RIO
TIETÊ
Correntes
Rio
D
oce
R.
R.
Q
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R.
Rio
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G
RANDE
ÓGUAPAY
Dulce
Salado
Río
R
ío
Pilcom
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Bermejo
Río
R
ío
RÍO
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R.
Rio
Uruguai
R.
Manuel
São
R.
R.
S.
R.
R.
Rio
Pires
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s
R.
RÍO
Negro
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A
R
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Rio
Rio
Juruena
XINGU
Rio
Rio
ou
Paranapanema
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SÃO
FRANCIS
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R.
Rio
Rio
RIO
GUAPORÉ
Francisco
R
io
PARAGUAY
RIO
ARAGUAIA
RIO
Xingu
RIO
AMAZONAS
R
IO
RIO
Javari
RIO
NEGRO
ItiquiraRio
Arquip. de Fernando
de Noronha
Rio Juruá Rio Purus
Rio Madeira
Rio Capivari
Rio Oiapoque
Rio Içá
Rio Itajaí
Rio Araguari
Rio Trombetas
Rio Nhamundá
Rio Guaíba/Lagoa
Rio Guamá
Rio Japurá
Rio Pará
Rio Paru
Rio Uruguai
Rio Jari
Rio Javari
Rio Paraguai
Rio Araguaia
Rio Tocantins
Rio Tapajós
Rio Xingu
Rio Negro
Rio Paraná
Rio Capibaribe
Rio Vaza-Barris
Rio Inhambupe
Rio Jequiriçá
Rio Potengi
Rio Una
Rio Curimataú
Rio São
Mateus
Rio Macaé
Rio Itapemirim
Rio Paraíba
Rio Coruripe
Rio Apodi
Rio Mucuri
Rio
Piranhas-Açú
Rio Itanhém
Rio Munim
Rio Turiaçu
Rio Itapicuru
Rio Paraíba do Sul
Rio
Jequitinhonha
Rio Gurupi
Rio Paraguaçu
Rio Itapecuru
Rio Acaraú
Rio Jaguaribe
Rio de
Contas
Rio Pardo
Rio Mearim
Rio Doce
Rio Parnaíba
Rio São Francisco
Rio Ribeira
do Iguape
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SUL
A T L Â N T I C
O
S U
D
ESTE
Densidade demográfica
por bacia hidrográfica
2010
BOA VISTA
MACAPÁ
BELÉM
SÃO LUÍS
MANAUS
RIO BRANCO
PORTO
VELHO
CUIABÁ
CAMPO
GRANDE
GOIÂNIA
BRASÍLIA
PALMAS
TERESINA
FORTALEZA
NATAL
JOÃO PESSOA
RECIFE
MACEIÓ
ARACAJU
SALVADOR
VITÓRIA
BELO
HORIZONTE
RIO DE JANEIRO
SÃO PAULO
CURITIBA
PORTO ALEGRE
FLORIANÓPOLIS
ASUNCIÓN
LA PAZ
BOGOTÁ
CAYENNE
Atol das Rocas
Arquip. de Abrolhos
75 750 150 225 km
PROJEÇÃO POLICÔNICA
ESCALA
Hab/km²
Limite de grande bacia
Limite de sub-bacia
População
(hab. x1.000)
Área densamente
urbanizada
até 500
500 a 1.000
1.000 a 2.500
2.500 a 5.000
5.000 a 12.600
54.641
Capital:
ó%
ó%
ó%
ó%
ó%
ó%
#Y
/
5
Nacional
Estadual
Internacional
até 2
3 a 15
16 a 50
51 a 100
101 a 131
327
733
IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. Mapa original (mantida a grafia).
Agora, responda às questões.
a)	O que se pode dizer a respeito da distribuição geográfica da água no Brasil?
68
Geografia – 2a
série – Volume 2
	Com base nessas informações, analise os problemas que ocorrem em seu município e/ou na
cidade de São Paulo, capital do Estado, relativos ao uso da água como recurso natural.
●● Problemas de abastecimento nas grandes cidades: escassez; dificuldade de trata-
mento; áreas de mananciais habitadas e degradadas; áreas de captação muito distantes;
custos elevados do sistema de captação, tratamento e distribuição.
●● Problemas de poluição das águas: rios contaminados ao longo de seu curso por
atividades econômicas, por falta de saneamento básico, pelo recolhimento de esgotos
domésticos etc.
●● Desperdício da água: crença ingênua numa abundância sem custos; gastos absurdos
de água potável e tratada para lavar automóveis, calçadas etc.; falta de controle de
vazamentos etc.
●● Áreas muito povoadas versus escassez hídrica: o semiárido nordestino, com excesso
de população para suas condições.
●● Barragens nos rios: acúmulo de sedimentos; alteração negativa da fauna fluvial; au-
mento da evaporação e desperdício das águas.
b)	Com base na tabela, indique em ordem decrescente as maiores vazões médias encontradas
no território brasileiro.
Leitura e análise de texto
Leia as informações a seguir.
69
Geografia – 2a
série – Volume 2
Com a orientação de seu professor, pesquise em sites da internet e/ou no material didático dis-
ponível na escola a situação do Rio Tietê. Considere, para tanto, os seguintes aspectos:
Rio Tietê. Camada de espuma cobrindo trecho do rio, próximo ao
Cebolão: interligação entre as Marginais do Tietê e do Pinheiros.
São Paulo (SP), 3 out. 2003.
©MatuitiMayezo/Folhapress
Combine com seu professor
como será a apresentação da pesquisa.
●● Como é a estrutura básica do Rio Tietê
na área de metrópole e como ela favorece
a degradação do rio?
●● O rio é muito usado pela população?
De que maneira? Quais efeitos tem esse
uso para o rio e para o ambiente?
70
Geografia – 2a
série – Volume 2
Com a orientação de seu professor, realizem uma pesquisa considerando as seguintes questões:
Leitura e análise de texto
Leia o texto a seguir.
Rio São Francisco. Parte da barragem da Usina Hidrelétrica
de Xingó. Canindé de São Francisco (SE), 2004.
©WernerRudhart/Kino
Após a produção dos relatórios,
combine com seu professor como será
feito o debate.
●● O que é a transposição do Rio
São Francisco? Por que ela foi
proposta?
●● Quais são as possíveis conse-
quências dessa transposição?
●● Uma obra dessa envergadura
foi suficientemente discutida
pela população?
Gestão Integrada dos Recursos Hídricos
A Lei federal no
9.433/97 instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos que se baseia nos
seguintes fundamentos: a água é um recurso limitado de domínio público dotado de valor eco-
nômico, a unidade de planejamento e gerenciamento deve ser o limite das bacias hidrográficas e
a sua gestão deve ser feita de forma descentralizada e contar com a participação do poder público,
dos usuários e da comunidade.
Criado também pela Lei no
9.433/97, o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos
Hídricos (SNGRH) possui uma estrutura institucional composta por entidades de gestão propo-
sitoras e executivas. Por se tratar de um sistema nacional, conta com entidades federais e estaduais,
tendo os seguintes objetivos: coordenar a gestão integrada das águas; administrar os conflitos rela-
cionados aos usos dos Recursos Hídricos; implementar a Política Nacional dos Recursos Hídricos;
71
Geografia – 2a
série – Volume 2
planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação; promover a cobrança pelo uso da
água (o que pagamos na conta é o tratamento e a distribuição e coleta de esgoto).
Para que esses objetivos sejam alcançados, integram o SNGRH: Conselho Nacional de Re-
cursos Hídricos – CNRH – Órgão máximo do sistema nacional de recursos hídricos, tem caráter
normativo e deliberativo. É composto por representantes do Poder Executivo Federal – Ministério
do Meio Ambiente e Secretaria da Presidência da República, dos Conselhos Estaduais de Recursos
Hídricos, dos usuários e das organizações civis de recursos hídricos. O CNRH é responsável por
administrar os conflitos de uso dos recursos hídricos em última instância e subsidiar a formação da
política nacional de recursos hídricos. Também é de sua responsabilidade a criação de Comitês de
bacias de domínio federal, além de determinar os valores de cobrança pelo uso da água. A Agência
Nacional de Águas – ANA – é uma autarquia federal, possui autonomia administrativa e finan-
ceira. Exerce o papel de uma agência reguladora e é responsável pela utilização dos rios de domínio
da União. Atua também como uma agência executiva responsável pela implementação do sistema
nacional de recursos hídricos. A ANA também gerencia os recursos provenientes da cobrança pelo
uso da água em rios de domínio da União e fiscaliza e concede a outorga de direito de uso dos
recursos hídricos. Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos – São os fóruns máximos no âmbito
Estadual das discussões e deliberações sobre as bacias hidrográficas que estão sob seu domínio.
Têm a responsabilidade de elaborar o Plano Estadual de Recursos Hídricos, dando subsídios para
a implantação da Política Estadual de Recursos Hídricos, representando o Conselho Nacional de
Recursos Hídricos. Comitês de Bacias Hidrográficas – A Política Nacional dos Recursos Hídricos
tem como um de seus fundamentos a gestão descentralizada e participativa. Os comitês de bacias
contam com a participação de representantes dos poderes públicos, dos setores usuários de águas
e da sociedade civil organizada, sendo tripartite, ou seja, todos os segmentos têm direito a voto
na mesma proporção. É competência do Comitê de Bacias Hidrográficas: arbitrar conflitos e usos
de recursos hídricos, aprovar e acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da bacia
hidrográfica, propor aos conselhos nacional e estadual os usos dos recursos e propor valores e es-
tabelecer mecanismos para a cobrança pelo uso da água. Agências de Águas – Devem atuar como
uma Secretaria Executiva do seu respectivo comitê, gerenciando os recursos obtidos pela cobrança
do uso da água, além de outros recursos destinados. Deve ainda manter cadastro de usuários e
balanço da disponibilidade hídrica, elaborar o Plano de Recursos Hídricos para a aprovação do
comitê, realizar estudos, planos e projetos a ser executados com o recurso proveniente da cobrança
do uso da água. Órgãos e poderes públicos de todos os níveis que se relacionam com a gestão de
recursos hídricos, como exemplo as secretarias de Meio Ambiente.
Referência
Palácio do Planalto – Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.HTM>. Acesso em: 25 abr. 2014.
Elaborado por Sergio Damiati especialmente para o São Paulo faz escola.
1.	Mencione os principais fundamentos da Política Nacional de Recursos Hídricos.
72
Geografia – 2a
série – Volume 2
2.	 Quais são as vantagens de se estabelecer uma política integrada de gerenciamento dos recursos
hídricos?
A qualidade das águas no Brasil tem sido comprometida por diversas formas de poluição: lança-
mento de esgotos domésticos não tratados e de efluentes industriais, contaminação por agrotóxicos,
mercúrio de garimpos, derramamentos de óleo etc. Consulte o Mapa das Bacias/Regiões Hidrográ-
ficas do Estado de São Paulo e identifique a UGRHI onde está localizada a escola ou sua residência.
Faça uma pesquisa individual sobre os instrumentos utilizados na gestão dos recursos hídricos pelo
poder público nessa UGRHI.
Região Hidrográfica da Vertente Paulista do Rio Paranapanema
UGRHI 14 - Alto Paranapanema
UGRHI 17- Médio Paranapanema
UGRHI 22 - Pontal do Paranapanema
Região Hidrográfica Aguapeí/Peixe
UGRHI 20 - Aguapeí
UGRHI 21- Peixe
Bacia do Rio Tietê
UGRHI 05 - Piracicaba, Capivari e Jundiaí
UGRHI 06 - Alto Tietê
UGRHI 10 - Sorocaba e Médio Tietê
UGRHI 13 - Tietê - Jacaré
UGRHI 16 - Tietê - Batalha
UGRHI 19 - Baixo Tietê
Região Hidrográfica da Vertente Litorânea
UGRHI 03 - Litoral Norte
UGRHI 07- Baixada Santista
UGRHI 11 - Ribeira de Iguape e Litoral Sul
Região Hidrográfica de São José dos Dourados
UGRHI 18 - São José dos Dourados
Bacia do Rio Paraíba do Sul
UGRHI 02 - Paraíba do Sul
Região Hidrográfica da Vertente Paulista do Rio Grande
UGRHI 01 - Serra da Mantiqueira
UGRHI 04 - Pardo
UGRHI 08 - Sapucaí-Mirim/Grande
UGRHI 09 - Mogi-Guaçu
UGRHI 12 - Baixo Pardo/Grande
UGRHI 15 - Turvo/Grande
Mapa das Bacias/Regiões Hidrográficas
do Estado de São Paulo
1717
1414
2222
2020
1919
2121
1111
77
33
1616
1313
1010
66
55
1212
1515 88
99
44
11
1818
22
Plano Estadual de Recursos
Hídricos do Estado de São
Paulo PERH 2012-2015.
Disponível em: <http://
www.sigrh.sp.gov.br/>.
Acesso em: 4 jun. 2014.
Mapa original.
73
Geografia – 2a
série – Volume 2
1.	 Sobre o Rio São Francisco, é correto afirmar que:
a)	 o principal esforço das autoridades governamentais é o de recuperá-lo, de modo a garantir
que suas águas abasteçam todo o semiárido nordestino.
b)	 ele está sendo objeto de obra cuja meta é fazer migrar parte de suas águas para zonas do
semiárido de relevo desnivelado em relação ao leito natural do rio.
c)	 ele está sendo desviado para uma área do Nordeste que compõe o agreste de Pernambuco,
na qual se desenvolve o cultivo de soja para fins comerciais.
d)	 ele está sendo revitalizado, com a retirada das barragens do médio curso, e esse é o sentido
principal da expressão “transposição do São Francisco”.
e)	 as obras atuais visam abrir canais para atrair, das partes mais altas do semiárido nordestino,
águas para revitalizar o rio.
2.	 Qual é a situação dos recursos hídricos brasileiros nos grandes centros urbanos?
74
Geografia – 2a
série – Volume 2
Situação de Aprendizagem 8
Gestão dos recursos naturais: o “estado da arte”
no Brasil
Para começo de conversa
O que significa desenvolvimento sustentável?
Leitura e análise de texto
1.	Leia o texto a seguir.
!
?
Gestão dos recursos naturais
Uma gestão sustentável dos recursos naturais requer, como condições indispensáveis à sua
implementação, posturas mais abrangentes dos governos e da sociedade. Como ponto básico
para a implementação das estratégias propostas, são estabelecidas as seguintes premissas:
a)	participação;
b)	 disseminação e acesso à informação;
c)	 descentralização das ações;
d)	 desenvolvimento da capacidade institucional;
e)	 interdisciplinaridade da abordagem da gestão de recursos naturais, promovendo a inserção
ambiental nas políticas setoriais.
Vários aspectos influenciam e interagem no processo de gestão dos recursos naturais, que
precisa considerar, além das relações intrínsecas entre os próprios recursos, as relações de inter-
dependência com as dinâmicas econômica, social e política. Isso pressupõe:
●● conhecimento específico sobre os fatores naturais como recursos potenciais inseridos em
um ecossistema;
●● conhecimento específico quanto ao estado (natural ou transformado) desses fatores;
●● definição precisa de unidades de análise e, dentro destas, das inter-relações e sinergias que
ocorrem entre os fatores bióticos e abióticos.
NOVAES, Washington (Coord.); RIBAS, Otto; NOVAES, Pedro da Costa. Agenda 21 brasileira: bases para discussão.
Brasília: MMA/PNUD, 2000. p. 58.
75
Geografia – 2a
série – Volume 2
a)	 Quais estratégias devem ser implementadas para que se consiga a gestão sustentável dos
recursos naturais?
b)	 Quais são as condições necessárias para a criação de políticas de gestão dos recursos naturais?
2.	Agora, leia o texto a seguir.
Constituição Federal do Brasil, 1988, Título VIII, Capítulo VI, Artigo 225
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. [...]
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 26 nov. 2013.
	 É possível afirmar que a Constituição de 1988, em seu artigo 225, incorpora a ideia de susten-
tabilidade? Justifique sua resposta.
76
Geografia – 2a
série – Volume 2
●● Recursos do solo.
●● Recursos hídricos.
●● Recursos oceânicos e das zonas costeiras.
●● Recursos da diversidade biológica.
●● Os recursos naturais são tratados como
bens públicos?
●● Há investimentos no reconhecimento e
na conservação desses recursos?
Combinem com seu professor
como será a apresentação da pesquisa.
Retome as anotações realizadas em sala de aula após a apresentação de cada um dos grupos
de trabalho da Pesquisa em grupo e, em seu caderno, elabore um texto argumentativo com o
seguinte tema: Principais ameaças aos recursos naturais no Brasil.
Sobre os recursos naturais, é correto dizer que:
a)	 eles estão praticamente esgotados, pois são os mesmos desde a origem das sociedades humanas e são
intensamente usados.
b)	 os diferentes grupos sociais usam distintos recursos naturais, com finalidades diversas; logo,
relacionam-se de formas diferentes com a natureza.
c)	 aqueles de origem abiótica (inorgânica) são os que resistem mais ao uso humano, devido à sua
capacidade de recuperação, como é o caso da água.
d)	 aqueles de origem biótica são os mais utilizados pelo ser humano, pois são cultivados por ele,
evitando seu uso no estado natural.
e)	 a maioria dos mananciais de recursos naturais no Brasil é alvo de políticas de conservação bas-
tante adequadas, uma vez que eles são uma das nossas principais riquezas.
Sob orientação de seu professor, esco-
lha com seu grupo um dos recursos natu-
rais relacionados ao lado e realizem uma
pesquisa sobre a situação atual do recurso
escolhido.
Para organizar o trabalho, considerem os seguintes questionamentos:
77
Geografia – 2a
série – Volume 2
Ano-Terra História da Terra
Tempo
geológico
Mês
Data
Eventos marcantes e seus
registros (idades em milhões
de anos = Ma)
Principais tendên-
cias e inovações
Subdivisão
Janeiro
Primeiro dia,
da meia-noite
até 15h35
4 566: Formação da nebulosa
solar.
O éon Hadeano é
marcado pela acreção
do planeta, impactos
gigantescos, oceanos
de magma e intenso
magmatismo, diferen-
ciação e desvalorização
do interior do planeta.
Do dia 6 ao dia 14
(4 500 e 4 400 Ma) a
convecção caótica e a
rápida reciclagem das
rochas da superfície
impedem a formação
de placas estáveis.
(Fase pré-placa da
tectônica global).
No dia 14 de janeiro,
(4 400 Ma) aparecem
microplacas e, na
segunda quinzena de
fevereiro, o primei-
ro protocontinente
(4 000 a 3 850 Ma),
onde é hoje a Groen-
lândia.
ÉON
HADEANO
(4 566 a 3 850
Ma)
4 563: Planetésimos começam a se
formar por acreção.
4 558: Planetésimos maiores já
exibem magmatismo plutônico e
vulcânico.
Às 11h30 do
dia 5
4 510: A Lua se forma quando
um planetésimo do tamanho de
Marte colide com a Terra, ainda
em formação.
Às 6h45 do
dia 6
4 500: Transformações no jovem
Sol criam um vento solar tão in-
tenso que a atmosfera primordial
da Terra é "varrida" para o espaço,
arrefecendo a superfície do pla-
neta. Vulcanismo libera grandes
quantidades de gás carbônico e
vapor de água.
Às 16h05 do
dia 8
4 470: Acreção da Terra e dife-
renciação do núcleo metálico (Fe,
Ni) estão praticamente concluí-
das e a atmosfera, rica em CO2
,
reestabelecida.
Às 6h30 do
dia 14
4 400: Cristais de zircão (ZrSiO4
)
com esta idade são os mais antigos
objetos terrestres datados. São
evidências da existência, na época,
de crosta continental granítica e da
alteração de rochas por meio aquo-
so (hidrosfera). A Terra se torna
propícia à vida primitiva.
Às 0h do dia
17
4 366: Termina a fase de aque-
cimento do interior do planeta
por meio de impactos acrecio-
nários (energia cinética → calor)
e diferenciação interna (energia
gravitacional potencial → calor).
78
Geografia – 2a
série – Volume 2
Fevereiro
No início do
dia 12
4 040: Mais antigas rochas
conhecidas – gnaisses de Acasta,
Canadá.
Às 5h45 do
dia 15
4 000: Núcleo interno se cris-
taliza, dando início ao campo
magnético terrestre.
Do dia 23
até o dia 2 de
março
3 900 a 3 800: Retomada de im-
pactos gigantes criam as maiores
crateras da Lua e ameaçam a
sobrevivência de quaisquer formas
de vidas presentes na Terra.
A partir das
5h45 do dia
27 até o dia
15 de março
3 850-3 650: Forma-se o mais an-
tigo registro conhecido de rochas
supracrustais, como lavas e rochas
sedimentares, agora metamor-
fizadas (ilha Akília e Isua, SW
Groenlândia).
Estas rochas evidenciam a existên-
cia de pequenos protocontinentes
e incluem grafite, interpretado por
alguns pesquisadores como a mais
antiga evidência de vida na Terra.
O início do éon
Arqueano base do
registro geológico
mais antigo de rochas
sedimentares.
A fase de microplacas
termina no dia 30
de maio (2 700 Ma)
após a consolidação
de placas litosféricas
de dimensões e relevo
expressivos.
Inicia-se a fase de tran-
sição tectônica, que
culminará no dia 13
de outubro com o sur-
gimento do "ciclo de
Wilson" e a tectônica
global moderna.
A atmosfera começa
a se tornar oxidante
a partir do dia 6 de
maio (3 000 Ma)
devido à expansão de
microrganismos
fotossintetizantes,
como as cianobac-
térias. Como conse-
quência, deposita-se
quantidade gigantesca
de ferro nos oceanos.
ÉON
ARQUEANO
(3 850 a 2 500
Ma)
Março
Às 5h do dia
27
3 500: Fósseis mais antigos: estro-
matólitos e microfósseis orgânicos
(evidências de vida procariótica já
diversificada) – W Austrália.
Porções duradouras (cratônicas)
se formam nos protocontinentes
maiores (oeste da Austrália e sul
da África).
Intensa atividade vulcânica irrom-
pe na Lua.
Abril
Às 5h do dia 4
3 400: Rochas mais antigas da
América do Sul – o tonalito de São
José do Campestre, próximo de
Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.
Maio
Às 3h50 do
dia 30
2 700: Mais antigas evidências bio-
geoquímicas (quimiofósseis) de fo-
tossíntese oxigênica (cianobactérias)
e de esteróis, compostos produzidos
apenas por eucariotos.
Formação ferrífera da Serra dos
Carajás é depositada.
79
Geografia – 2a
série – Volume 2
Junho
Às 3h35 do
dia 15
2 500: O início da era
Paleoproterozoica. O éon Proterozoico é
marcado por profun-
das modificações na
atmosfera, magmatis-
mo, sedimentação, cli-
ma e regime tectônico,
cada vez mais pare-
cidos com processos
modernos.
A retirada de gás
carbônico da atmos-
fera por processos
intempéricos e por
organismos fotossinte-
tizantes reduz o efeito
estufa do Arqueano
e provoca a primeira
glaciação de extensão
continental no dia 17
de julho (2 100 Ma).
A atmosfera se torna
oxidante em julho
(2 300 a 2 000 Ma).
Com o aumento de
oxigênio na atmos-
fera e a expansão de
áreas de águas rasas
habitáveis em torno de
continentes, surgem
grandes inovações
evolutivas: vida euca-
riótica simples (micro-
algas) entre o fim de
julho (2 000 Ma) e fim
de agosto (1 600), al-
gas marinhas plurice-
lulares microscópicas
e sexualidade a partir
do dia 27 de agosto
(1 200 Ma) e, animais,
finalmente, apenas no
dia 14 de novembro
(600 Ma), ao final da
era Neoproterozoica.
ERA
PALEOPROTEROZOICA
ÉONPROTEROZOICO(2 500A542Ma)
Às 3h20 do
dia 23
2 400: Formação ferrífera e os
estromatólitos mais antigos do
Brasil depositam-se no Quadri-
látero Ferrífero, Minas Gerais
(Brasil).
Julho
Às 3h20 do
dia 1
2 300: Mais antigos depósitos
sedimentares continentes aver-
melhados (red beds), considerados
como evidência geológica de uma
atmosfera oxidante.
Às 3h05 do
dia 17
2 100: Mais antigas evidências
de glaciação continental extensa
(Canadá). Marca paleontológica
representada pela microflora pro-
cariótica silicificada de Gunflint
(Canadá).
Às 6h45 do
dia 23
2 023: Impacto de meteorito em
Vredefort, África do Sul (cria cra-
tera de 300 km de diâmetro).
Às 2h55 do
dia 25
2 000: O fóssil enigmático,
Grypania, talvez represente os pri-
meiros organismos megascópios
(algas eucarióticas?).
Agosto
Às 2h40 do
dia 6
1 850: Impacto de Sudbury,
Canadá, forma cratera de 250 km
de diâmetro.
ERAMESOPROTEROZOICA
(1 600a1 000Ma)
Às 2h40 do
dia 10
1 800: Forma-se o suposto pri-
meiro supercontinente, Nuna.
Às 2h10 do
dia 26
1 600: Início da era
Mesoproterozoica.
Setembro
Às 1h40 do
dia 27
1 200: Mais antiga evidência de
multicelularidade eucariótica e de
sexualidade – rodofíceas micros-
cópicas (Canadá).
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  • 1. 2a SÉRIE ENSINO MÉDIO Volume 2 GEOGRAFIA Ciências Humanas CADERNO DO ALUNO GEO 2 SERIE MEDIO_CAA.indd 1 18/02/14 15:09
  • 2. MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO ALUNO GEOGRAFIA ENSINO MÉDIO 2a SÉRIE VOLUME 2 Nova edição 2014-2017 governo do estado de são paulo secretaria da educação São Paulo
  • 3. Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretária-Adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Dione Whitehurst Di Pietro Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri
  • 4. Caro(a) aluno(a), Neste volume, as primeiras Situações de Aprendizagem tratam de aspectos essenciais da po- pulação brasileira, sua dinâmica demográfica e social. Você estudará conceitos fundamentais relacionados à temática da formação da população brasileira: miscigenação, raça, etnia, preconceito e discriminação; sobre a dinâmica demográfica, entenderá os conceitos de taxa de natalidade, taxa de mortalidade, crescimento natural ou vege- tativo e transição demográfica; assim como os relacionados com a população economicamente ativa e com a segregação socioespacial. As atividades propostas são fundamentadas no uso da leitura de gráficos, tabelas e mapas, para que você compreenda a formação do povo brasileiro, sua evolução, sua distribuição no território nacional e também a dinâmica populacional e suas características. Ainda neste volume, nas Situações de Aprendizagem 5, 6, 7 e 8, você terá a oportunidade de estudar como as formas do planeta são moldadas por forças que tem sua origem no interior da Terra, os agentes endógenos, por exemplo, os terremotos e vulcões, e por meio da ação de agentes externos, o clima, por exemplo. A partir das atividades propostas, você estudará as formas do relevo brasileiro, suas origens, evolução e como ele é classificado. Outro tema importante tratado neste volume são os recursos naturais, principalmente a questão da água, sua distribuição, disponibilidade e problemas associados ao desperdício. Assim, você poderá refletir sobre a questão dos recursos naturais e sua gestão na realidade brasileira, e também as posturas éticas que permeiam as relações do ser humano com a natureza. Esperamos que você aproveite os conteúdos estudados nesta série, especialmente neste vo- lume, pois eles serão importantes para as futuras discussões que você fará no próximo ano do Ensino Médio. Bom estudo! Equipe Curricular de Geografia Área de Ciências Humanas Coordenadoria de Gestão da Educação Básica – CGEB Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
  • 5.
  • 6. 5 Geografia – 2a série – Volume 2 ! ? Situação de Aprendizagem 1 Matrizes culturais do Brasil 1. Observe a imagem a seguir, do Monumento às nações indígenas, do artista Siron Franco. Foto panorâmica do Monumento às nações indígenas, do artista plástico Siron Franco. Aparecida de Goiânia (GO), 2002. ©DiomícioGomes/OPopular/AE Leitura e análise de imagem e texto a) Em sua opinião, qual foi a intenção do artista ao destacar o contorno territorial do Brasil em um monumento dedicado às nações indígenas? b) Esse monumento é composto por 500 totens quadrangulares ou triangulares, com ima- gens da iconografia indígena em baixo-relevo em suas faces laterais, além de esculturas de objetos, utensílios ou rituais sagrados de diferentes povos indígenas, todos reproduzidos minuciosamente em concreto pelo artista, a partir de peças datadas da época pré-cabralina.
  • 7. 6 Geografia – 2a série – Volume 2 Navio de emigrantes (1939-1941), de Lasar Segall. Óleo com areia sobre tela, 230 x 275 cm. ©AcervodoMuseuLasarSegall-Ibram/MinC Em que essas informações complementam a opinião que você tinha a respeito da intenção do artista ao produzir esse monumento? 2. Agora, observe a imagem Navio de emigrantes. Em sua opinião, quais sensações o artista Lasar Segall tentou representar em relação aos emigrantes?
  • 8. 7 Geografia – 2a série – Volume 2 Qual é a mensagem explicitada nesse trecho? Com base nas questões anteriores e nas orientações do seu professor, pesquise informações sobre a miscigenação e o mito da democracia racial na sociedade brasileira e registre em seu caderno. Em seguida, você deverá compartilhar a sua pesquisa com a turma por meio de um debate. Afro-brasileiro Thaíde e DJ Hum [...] Vamos sentar aqui no chão, colocar o boxe do lado e ouvir o som do GOG Mano bem pesado, Câmbio Negro e Racionais, meu irmão Afinal, o que é bom tem que ser provado Tanta coisa boa e você aí parado, acuado, é por isso que insisto Sou preto atrevido e gosto quando me chamam de macumbeiro Toco atabaque em rodas de capoeira, e toco direito Minha cultura primeiro, o meu orgulho é ser um negro verdadeiro afro-brasileiro Sabe quem eu sou? Afro-brasileiro Me diga quem é (4 vezes) Somos descendentes de Zumbi Grande guerreiro. © Editora Brava Gente (Dueto Edições Musicais). 3. Leia o trecho da letra da canção Afro-brasileiro, de Thaíde e DJ Hum, apresentado a seguir.
  • 9. 8 Geografia – 2a série – Volume 2 Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia [...] No século XVIII, a cor da pele foi considerada como um critério fundamental e divisor d’água entre as chamadas raças. [...] No século XIX, acrescentou-se ao critério da cor outros critérios morfológicos como a forma do na- riz, dos lábios, do queixo, do formato do crânio, o ângulo facial etc. para aperfeiçoar a classificação. [...] No século XX, descobriu-se, graças aos progressos da Genética Humana, que havia no san- gue critérios químicos mais determinantes para consagrar definitivamente a divisão da huma- nidade em raças estanques. Grupos de sangue, certas doenças hereditárias e outros fatores na hemoglobina eram encontrados com mais frequência e incidência em algumas raças do que em outras, podendo configurar o que os próprios geneticistas chamaram de marcadores genéticos. O cruzamento de todos os critérios possíveis (o critério da cor da pele, os critérios morfológicos e químicos) deu origem a dezenas de raças, sub-raças e subsub-raças. As pesquisas comparativas levaram também à conclusão de que os patrimônios genéticos de dois indivíduos pertencentes a uma mesma raça podem ser mais distantes que os pertencentes a raças diferentes; um marcador genético característico de uma raça pode, embora com menos incidência, ser encontrado em outra raça. Assim, um senegalês pode, geneticamente, ser mais próximo de um norueguês e mais distante de um congolês, da mesma maneira que raros casos de anemia falciforme podem ser en- contrados na Europa etc. Combinando todos esses desencontros com os progressos realizados na própria ciência biológica (genética humana, biologia molecular, bioquímica), os estudiosos desse campo de conhecimento chegaram à conclusão de que a raça não é uma realidade biológica, mas sim apenas um conceito, aliás cientificamente inoperante, para explicar a diversidade humana e para dividi-la em raças estanques. Ou seja, biológica e cientificamente, as raças não existem. A invalidação científica do conceito de raça não significa que todos os indivíduos ou todas as populações sejam geneticamente semelhantes. Os patrimônios genéticos são diferentes, mas essas diferenças não são suficientes para classificá-las em raças. O maior problema não está nem na classificação como tal, nem na inoperacionalidade científica do conceito de raça. Se os natu- ralistas dos séculos XVIII-XIX tivessem limitado seus trabalhos somente à classificação dos gru- pos humanos em função das características físicas, eles não teriam certamente causado nenhum problema à humanidade. Suas classificações teriam sido mantidas ou rejeitadas como sempre aconteceu na história do conhecimento científico. Infelizmente, desde o início, eles se deram o direito de hierarquizar, isto é, de estabelecer uma escala de valores entre as chamadas raças. O fizeram erigindo uma relação intrínseca entre o biológico (cor da pele, traços morfológicos) Leitura e análise de texto Leia o texto a seguir e responda às questões.
  • 10. 9 Geografia – 2a série – Volume 2 1. Quais foram os critérios utilizados pelos naturalistas europeus no século XIX para estabelecer o conceito de raça? 2. Considerando-se a genética, é possível dividir a humanidade em raças? Explique sua resposta. 3. Por que o autor afirma que o conceito de raça é carregado de ideologia? e as qualidades psicológicas, morais, intelectuais e culturais. Assim, os indivíduos da raça “branca” foram decretados coletivamente superiores aos das raças “negra” e “amarela”, em fun- ção de suas características físicas hereditárias, tais como a cor clara da pele, o formato do crânio (dolicocefalia), a forma dos lábios, do nariz, do queixo etc. que, segundo pensavam, os tornam mais bonitos, mais inteligentes, mais honestos, mais inventivos etc. e consequentemente mais aptos para dirigir e dominar as outras raças, principalmente a negra, mais escura de todas, e consequentemente considerada como a mais estúpida, mais emocional, menos honesta, menos inteligente e, portanto, a mais sujeita à escravidão e a todas as formas de dominação. [...] Podemos observar que o conceito de raça, tal como o empregamos hoje, nada tem de bio- lógico. É um conceito carregado de ideologia, pois como todas as ideologias, ele esconde uma coisa não proclamada: a relação de poder e de dominação. [...] MUNANGA, Kabengele. Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia. Palestra proferida no 3o Seminário Nacional Relações Raciais e Educação – PENESB – RJ, 5/11/03. Disponível em: <https://www.ufmg.br/inclusaosocial/?p=59>. Acesso em: 26 nov. 2013.
  • 11. 10 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de gráfico Observe o gráfico com seu professor e seus colegas para responder à questão a seguir. Fonte: IBGE. Síntese de indicadores sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov. br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2014. Comparando os dados de 1999 com os de 2009, qual é a grande mudança na distribuição étnico-racial da população brasileira? Em sua opinião, por que isso acontece?
  • 12. 11 Geografia – 2a série – Volume 2 1. Analise o gráfico a seguir e responda: Fonte: IBGE. Síntese de indicadores sociais - Uma análise das condições de vida da população brasileira 2012. Disponível em: <ftp://ftp. ibge.gov.br/Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_Sociais_2012/SIS_2012.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2013. O que estes dados revelam a respeito do acesso dos brasileiros à educação?
  • 13. 12 Geografia – 2a série – Volume 2 2. Leia a reportagem a seguir e analise criticamente essa situação. No Brasil, negros e mulheres ficam mais tempo desempregados, diz estudo Negros e mulheres são os grupos que ficam mais tempo desempregados no Brasil, segundo pes- quisa feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). [...] O desemprego subiu para 6% em junho, maior nível desde abril de 2012, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De acordo com o Dieese, 53,9% dos trabalhadores que procuram emprego há menos de um ano são mulheres e 53,3%, negros. A taxa aumenta entre os desempregados há mais de um ano: nesta situação, 63,2% são mulheres e 60,6%, negros. Ainda conforme a pesquisa, trabalhadores com ensino médio completo ou superior incompleto são a maior parcela dos que estão desempregados há muito tempo, representando 46,2% do total. Nota: O segmento de negros é composto por pretos e pardos e o de não negros engloba brancos e amarelos. Fonte: Portal de notícias Uol. Disponível em: <http://economia.uol.com.br/empregos-e-carreiras/noticias/redacao/2013/08/19/no-brasil- negros-e-mulheres-ficam-mais-tempo-desempregados-diz-estudo.htm>. Acesso em: 13 dez. 2013. 3. Com base em seus conhecimentos, responda: Por que apenas a miscigenação das etnias não permite afirmar a existência de uma “democracia racial” no Brasil? Justifique sua resposta.
  • 14. 13 Geografia – 2a série – Volume 2 Com base nos mapas das próximas páginas e em seus conhecimentos, responda à questão a seguir. Segundo o critério da cor da pele adotado pelo IBGE, a distribuição da população brasileira pode ser compreendida se forem considerados também os processos de povoamento e ocupação do território nacional. Assinale a alternativa que expressa essa relação corretamente. a) A maior concentração de população preta está no Nordeste e a de pardos, no Norte e no Nordeste, legado de uma intensa concentração escravagista africana que, desde meados do século XVI, predominou nas duas regiões devido à antiga cultura canavieira. b) No Centro-Oeste há certo equilíbrio entre as populações branca e parda por causa dos descendentes de povos europeus e orientais que se dirigiram à região ao longo do século XX, para se dedicar à colonização de novas terras. c) A porcentagem de população preta no Sul do país é expressiva perante as demais regiões e reflete um processo de colonização e povoamento similar ao de outras regiões brasileiras, principalmente com a presença de negros. d) Os brancos são maioria nas regiões Sul e Sudeste, devido à grande concentração de descen- dentes de europeus (principalmente italianos e alemães) ou de outros povos de cor branca (por exemplo, árabes). e) A maior parcela das populações indígena e parda está no Norte, o que se deve à intensa mestiçagem ocorrida a partir da construção da Rodovia Transamazônica.
  • 15. 14 Geografia – 2a série – Volume 2 IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 197. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>. Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (supressão de escala numérica; mantida a grafia). População por cor ou raça – preta e indígena
  • 16. 15 Geografia – 2a série – Volume 2 IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 196. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>. Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (supressão de escala numérica; mantida a grafia). População por cor ou raça – branca e parda
  • 17. 16 Geografia – 2a série – Volume 2 Situação de aprendizagem 2 A dinâmica demográfica Para começo de conversa 1. Considerando as características de sua família, preencha os dados do formulário a seguir. ! ? 2. Converse com seus colegas e seu professor a respeito da “cartografia” das famílias dos alunos da sua turma. Depois, responda: a) Houve movimentos migratórios de uma geração para outra? Comente as principais tendên- cias encontradas na turma.
  • 18. 17 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de gráfico e tabela b) O número de filhos aumentou ou diminuiu de uma geração para outra? Comente as prin- cipais tendências encontradas na turma. 1. Observe o gráfico a seguir e responda às questões. Crescimento populacional brasileiro entre 1890 e 2010 e projeção para 2020 1890 1900 1910 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010 2020 50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 44,3 37,8 21,6 37,8 17,3 17,3 25,9 35,1 32,7 27,7 23,3 15,6 12,3 13,6 Crescimento populacional brasileiro entre 1890 e 2010 e projeção para 2020 % Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1995, 2001; Censo Demográfico – 2010; Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Popu- lação e Indicadores Sociais, Projeção da População por Sexo e Idade para o Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação 2013. a) Com base em seus conhecimentos e nos dados do gráfico, é possível afirmar que a população brasileira está passando por uma explosão demográfica? Justifique sua resposta.
  • 19. 18 Geografia – 2a série – Volume 2 Brasil: taxas de natalidade, de mortalidade e de crescimento vegetativo da população Períodos Natalidade (por mil) Mortalidade (por mil) Crescimento vegetativo (por mil) 1872-1890 46,5 30,2 16,3 1891-1900 46,0 27,8 18,2 1901-1920 45,0 26,4 18,6 1921-1940 44,0 25,3 18,7 1941-1950 43,5 19,7 23,8 1951-1960 41,5 15,0 26,5 1961-1970 37,7 9,4 28,3 1971-1980 34,0 8,0 26,0 1981-1990 27,4 7,8 19,6 1991-2000 22,1 6,8 15,3 2001-2005 20,0 6,8 13,2 2006-2010 16,4 6,3 10,2 2011-2013 14,2 6,3 7,9 Fontes: CARVALHO, Alceu Vicente W. de. A população brasileira: estudo e interpretação. Rio de Janeiro: IBGE, 1960; HUGON, Paul. Demografia brasileira: ensaio de demoeconomia brasileira. São Paulo: Atlas/Edusp, 1973; IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1993, 1995, 2000; Síntese de indicadores sociais, 2002; IBGE. Brasil em síntese. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/>. Acesso em: 10 mar. 2014. b) Na “cartografia” da turma, a variação do número de filhos de uma geração para outra reflete, de certa forma, a situação do crescimento populacional brasileiro representada no gráfico? Explique. 2. Converse com seus colegas e seu professor para responder às questões referentes à tabela a seguir.
  • 20. 19 Geografia – 2a série – Volume 2 a) Quais variáveis são utilizadas para determinar o crescimento natural ou vegetativo da população de um país? b) Como é calculado o crescimento vegetativo? Exemplifique com dados da tabela. c) Como são definidas as taxas de mortalidade e de natalidade de um país? 3. De acordo com os dados apresentados no gráfico Crescimento populacional brasileiro entre 1890 e 2010 e projeção para 2020, quais motivos explicam as taxas de crescimento da popula- ção brasileira entre 1890 e 1930? 4. Qual dos períodos apresentados no gráfico a seguir corresponde ao de grande crescimento vegetativo? Justifique sua resposta. % Brasil: taxas de natalidade, mortalidade e de crescimento vegetativo da população (por mil habitantes) Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade 14,2 6,3 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Brasil: taxas de natalidade, mortalidade e de crescimento vegetativo da população (por mil habitantes) %o 1872-1890 1891-1900 1901-1920 1921-1940 1941-1950 1951-1960 1961-1970 1971-1980 1981-1990 1991-2000 2001-2005 2006-2010 2011-2013 Fontes: CARVALHO, Alceu Vicente W. de. A população brasileira: estudo e interpretação. Rio de Janeiro: IBGE, 1960; HUGON, Paul. Demografia brasileira: ensaio de demoeconomia brasileira. São Paulo: Atlas/Edusp, 1973; IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1993, 1995, 2000; Síntese de indicadores sociais, 2002; Brasil em Síntese. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/>. Acesso em: 25 mar. 2014.
  • 21. 20 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de gráfico 1. Quais relações podem ser estabelecidas entre os dados do gráfico a seguir e a situação do cres- cimento populacional brasileiro representada no gráfico Crescimento populacional brasileiro entre 1890 e 2010 e projeção para 2020? 5 6 7 Média de filhos por mulher Brasil: redução da taxa de fecundidade, 1940 a 2010 e projeções para 2013 e 2020 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010 2013 2020 0 2 3 4 1 6,2 6,2 6,3 5,8 4,4 2,9 2,4 1,9 1,8 1,6 Brasil: redução da taxa de fecundidade, 1940 a 2010 e projeções para 2013 e 2020 Fontes: IBGE. Censo demográfico, 1940-2000; IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de População e Indicadores Sociais, Projeção da População por Sexo e Idade para o Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação 2013. 2. Observe o gráfico a seguir. Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Sem instrução e Fundamental incompleto Fundamental completo e Médio incompleto Médio completo e Superior incompleto Superior completo 0,50 1,00 0,00 4,00 3,50 3,00 2,50 2,00 1,50 Taxas de fecundidade total, por nível de instrução das mulheres, segundo as Grandes Regiões - 2010Taxas de fecundidade total, por nível de instrução das mulheres, segundo as Grandes Regiões – 2010 Fonte: Censo Demográfico 2010. Nupcialidade, Fecundidade e Migração. Resultados da Amostra. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Nupcialidade_Fecundidade_Migracao/censo_nup_fec_mig.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2014.
  • 22. 21 Geografia – 2a série – Volume 2 Quais informações apresentadas neste gráfico contribuem para explicar a redução da taxa de fecundidade das mulheres brasileiras? 3. Quais outros motivos podem ser considerados para explicar a redução na taxa de fecundidade brasileira, principalmente a partir da década de 1980? 1. Observe a figura da próxima página, que apresenta os gráficos de representação das fases da transição demográfica, assim como um mapa-múndi com a fase em que se encontravam os países em 2000. a) Procure explicar o significado da expressão “transição demográfica”. b) Analise os gráficos da transição demográfica e explique o que ocorre em cada uma das três fases apresentadas. Leitura e análise de gráfico e mapa
  • 23. 22 Geografia – 2a série – Volume 2 L’Atlasdumondediplomatique.Paris:ArmandColin,2006.p.38.Mapaoriginal. ©PhilippeRekacewicz,LeMondeDiplomatique,Paris Mundo:estágiosdetransiçãodemográfica,2000
  • 24. 23 Geografia – 2a série – Volume 2 c) Com base na observação do mapa-múndi, dê exemplos de países representativos de cada uma das fases da transição demográfica e, após conversar com seus colegas e seu professor, procure levantar hipóteses que justifiquem a classificação desses países nessas fases. d) Em sua opinião, quais fatores são responsáveis pela manutenção de vários países africanos na Fase I? Quais ações poderiam ser realizadas para a mudança dessa situação? e) Explique por que o Brasil encontra-se na fase de transição demográfica em curso (Fase II). Leitura e análise de gráfico 1. Com base nas semelhanças visuais das estruturas etárias das pirâmides do Brasil, da Rússia, da Índia, da China e da África do Sul, apresentadas na próxima página, distribua os quatro países em dois grupos. Depois, procure caracterizar a estrutura etária desses grupos. Grupo Países Características da estrutura etária 1 2
  • 25. 24 Geografia – 2a série – Volume 2 Fonte: Nações Unidas. Perspectivas da População Mundial Revisão de 2010. Disponível em: <http://www.un.org/en/development/desa/ population/publications/pdf/trends/WPP2010/ WPP2010_Volume-II_Demographic-Profiles.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2014. Pirâmides etárias – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – 2010 Brasil Homens Mulheres Population Division aphic Profiles 273 2005-2010 entage)...... 0.9 ................. 1.90 e births .... 29 ................. 72.2 eriod 2010-2100 refer to The designations employed and the presentation of material on this map do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the delimitation of its frontiers or boundaries. solute numbers) on in certain age groups. The data are in thousands or millions. Índia Homens Mulheres opulation Division phic Profiles 773 2010 ................ 142 958 m)........... 8 ................ 15.0 ................ 14.4 ................ 72.2 ................ 12.8 2005-2010 ntage)...... -0.1 ................ 1.44 e births .... 17 ................ 67.7 eriod 2010-2100 refer to The designations employed and the presentation of material on this map do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the delimitation of its frontiers or boundaries. olute numbers) n in certain age groups. The data are in thousands or millions. África do Sul Homens Mulheres 2010 .............. 1 224 614 m)........... 373 .............. 30.6 .............. 19.2 .............. 64.5 .............. 4.9 2005-2010 tage)...... 1.4 .............. 2.73 births .... 72 .............. 64.2 iod 2010-2100 refer to The designations employed and the presentation of material on this map do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the delimitation of its frontiers or boundaries. lute numbers) China Homens Mulheres United Nations Department of Economic and Social Affairs/Population Division World Population Prospects: The 2010, Volume II: Demographic Profiles 333 China, Macao SAR 2010 Total population (thousands) .................................. 544 Population density (persons per square km)........... 20 910 Percentage of population under age 15................... 13.1 Percentage of population age 15-24........................ 15.8 Percentage of population age 15-64........................ 79.9 Percentage of population aged 65+......................... 7.0 2005-2010 Annual rate of population change (percentage)...... 2.4 Total fertility (children per woman)........................ 1.01 Under-five mortality (5q0) per 1,000 live births .... 6 Life expectancy at birth (years) .............................. 80.0 Note: data presented for the projection period 2010-2100 refer to the medium fertility variant. Population by age groups and sex (absolute numbers) The dotted line indicates the excess male or female population in certain age groups. The data are in thousands or millions. Rússia Homens Mulheres United Nations Department of Economic and Social Affairs/Population Division World Population Prospects: The 2010, Volume II: Demographic Profiles 833 2005-2010 Annual rate of population change (percentage)...... 1.0 Total fertility (children per woman)........................ 2.55 Under-five mortality (5q0) per 1,000 live births .... 79 Life expectancy at birth (years) .............................. 51.2 Note: data presented for the projection period 2010-2100 refer to the medium fertility variant. The designations employed and the presentation of material on this map do not imply the expression of any opinion whatsoever on the part of the Secretariat of the United Nations concerning the legal status of any country, territory, city or area or of its authorities, or concerning the delimitation of its frontiers or boundaries. Population by age groups and sex (absolute numbers) The dotted line indicates the excess male or female population in certain age groups. The data are in thousands or millions.
  • 26. 25 Geografia – 2a série – Volume 2 2. Considerando o que você estudou até agora e a análise comparativa da questão anterior, explique por que a pirâmide etária brasileira sinaliza um estágio de transição demográfica. 3. Quais informações podem ser obtidas a partir da leitura da pirâmide etária de um país? Observe o mapa Índice de Envelhecimento, 2010 na próxima página. Com base nas informações do mapa, comente a questão do envelhecimento populacional no Brasil e a distribuição espacial do Índice de Envelhecimento no Brasil.
  • 27. 26 Geografia – 2a série – Volume 2 IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 45. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>. Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (supressão de escala numérica; mantida a grafia). Índice de Envelhecimento, 2010
  • 28. 27 Geografia – 2a série – Volume 2 A dinâmica demográfica brasileira modificou-se ao longo do tempo. Interprete o gráfico a seguir, relativo ao período de 1872 a 2010. Brasil: crescimento vegetativo – 1872-2010 ‰ 1872-1890 1891-1900 1901-1920 1921-1940 1941-1950 1951-1960 1961-1970 1971-1980 1981-1990 1991-2000 2001-2005 2006-2010 Taxa de Mortalidade Crescimento vegetativo Taxa de Natalidade 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Fontes: CARVALHO, Alceu Vicente W. de. A população brasileira: estudo e interpretação. Rio de Janeiro: IBGE, 1960; HUGON, Paul. Demografia brasileira: ensaio de demoeconomia brasileira. São Paulo: Atlas/Edusp, 1973; IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1993, 1995, 2000; Síntese de indicadores sociais, 2002; Brasil em Síntese. Disponível em: <http://brasilemsintese.ibge.gov.br/>. Acesso em: 25 mar. 2014. Avalie as afirmativas em relação às mudanças representadas no gráfico. I. Considerando-se o período de 1970 a 2010, pode-se afirmar que houve uma redução no cresci- mento vegetativo do país, processo em grande parte relacionado ao acesso da população aos méto- dos contraceptivos, à urbanização e à maior participação da mulher no mercado de trabalho. II. A partir da crise da década de 1980, amplas políticas governamentais de controle da natalidade resultaram na queda do crescimento vegetativo e no ingresso do país na fase mais avançada da transição demográfica. III. Considerando o período de 1970 a 2010, verifica-se que ocorreu um desequilíbrio entre as taxas de natalidade e de mortalidade, provocando um elevado aumento populacional, em virtude dos avanços da medicina, do aumento da taxa de fecundidade e da maior participação da mulher no mercado de trabalho. IV. Em meados do século XX, a redistribuição espacial da população, pelo crescimento da migração campo-cidade, e a aceleração do processo de urbanização foram fatores que contribuíram de maneira expressiva para a redução das taxas de natalidade. Além disso, sobretudo a partir de 1970, as maiores taxas de escolarização e a inserção da mulher no mercado de trabalho con- tribuíram para maior redução das taxas de fecundidade.
  • 29. 28 Geografia – 2a série – Volume 2 As afirmativas corretas são indicadas pela opção: a) I e II. b) III e IV. c) I e IV. d) II, III e IV. e) I, II, III e IV.
  • 30. 29 Geografia – 2a série – Volume 2 ! ? Situação de Aprendizagem 3 O trabalho e o mercado de trabalho Para começo de conversa Quantas mulheres moram na sua casa? Elas trabalham? Se sim, em quê? Se não, o que elas fazem? Leitura e análise de gráfico, mapa e texto 1. Considerando o papel desempenhado pelas mulheres no decorrer da história brasileira, quais mudanças podem ser constatadas a partir da leitura do gráfico, do mapa e do texto a seguir? Chefia de família Número de famílias formadas por casais com filhos e chefiadas por mulheres. Brasil, 1999 e 2009. Legenda Cada janela corresponde a: 500 mil famílias 100 mil famílias 787 mil famílias 4,1 milhões famílias 50 mil famílias 10 mil famílias 1999 2009 Fonte: Retrato das desigualdades de gênero e raça – 4a edição Fonte: IPEA. Retrato das desigualdades de gênero e raça 2011 – 4a edição. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/retrato/infograficos_chefia_familia.html>. Acesso em: 17 jan. 2014.
  • 31. 30 Geografia – 2a série – Volume 2 IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013, p. 182. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/apps/atlas/>. Acesso em: 23 maio 2014. Mapa original (mantida a grafia). Segundo o IBGE, o Censo Demográfico de 2010 revelou que o percentual de famílias che- fiadas por mulheres no país passou de 22,2% para 37,3%, entre 2000 e 2010. Para o IBGE, é res- ponsável pela família a pessoa reconhecida como tal pelos demais membros do lar. A mudança do papel da mulher na sociedade, a inserção no mercado de trabalho, o aumento da escolaridade em nível superior e a redução da fecundidade são determinantes para a questão da autonomia feminina. Referência: Censo Demográfico 2010. Disponível em: <http://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?view=noticia&id=3&idnoticia=2240&busca=1&t=censo-2010- unioes-consensuais-ja-representam-mais-13-casamentos-sao-mais-frequentes>. Acesso em: 17 jan. 2014. Brasil: domicílios sob responsabilidade de mulheres no total de domicílios, 2010
  • 32. 31 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de gráfico 1. Com base no gráfico a seguir e no material didático disponível, responda às questões propostas. Fontes: IBGE. Anuário estatístico do Brasil, 1978, 1982, 1994, 1995; Pesquisa nacional por amostra de domicílios, 2001, 2005. % Brasil: distribuição da PEA por setores de produção, 1940-2005 (em %)
  • 33. 32 Geografia – 2a série – Volume 2 a) Como o IBGE define a População Economicamente Ativa (PEA) e como é realizada sua distribuição? b) Quais atividades estão relacionadas aos setores primário, secundário e terciário da economia? c) Ao considerar as décadas de 1940 a 1960 e o período após a década de 1970 até a atualida- de, há uma alteração muito significativa em relação à distribuição da população economica- mente ativa pelos diferentes setores da economia. Aponte as causas e algumas consequências dessa alteração.
  • 34. 33 Geografia – 2a série – Volume 2 Observe o gráfico. econômica, predominava a população ocupada masculina. Na administração pública e, sobretudo, nos serviços domésticos, a população ocupada feminina era maioria em 2011. Frente às estimativas de 2003, os crescimentos mais relevantes nas participações das mulheres ocorreram no comércio, nos serviços prestados à empresas e nos outros serviços, com aumento de 4,4; 4,7; 3,6 pontos percentuais, respectivamente. Nas atividades, onde historicamente há predomínio, seja de homens ou de mulheres, praticamente não ocorreram alterações, como na construção, com os homens e nos serviços domésticos com as mulheres. FONTE: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Trabalho e Rendimento, Pesquisa Mensal de Emprego 2003-2011. *Média das estimativas mensais. O crescimento da escolaridade feminina tem se consolidado nos últimos anos e se manifestado nos diversos setores da atividade econômica. Um exemplo é o comércio, onde, em 2003, as mulheres com 11 anos ou mais de estudo ocupadas nessa atividade totalizavam 51,5%, enquanto os homens com a mesma característica alcançavam 38,4%. Na construção, esses percentuais se diferenciavam ainda mais: 55,4% de mulheres e 15,8% de homens. Em 2011, os percentuais de participação alcançados por elas foram superiores aos dos homens em praticamente todos os grupamentos de atividade. A exceção ocorreu na indústria, onde o crescimento deles foi maior em 1,7 ponto percentual. A superioridade da presença feminina com nível superior também foi verificada nos grupamentos de atividade, com destaque para a construção (atividade majoritariamente desenvolvida do sexo masculino). No entanto, apesar do predomínio de homens, a proporção de mulheres que possuíam nível superior foi bem mais elevada que a deles: 28,6% das mulheres e 4,7% dos homens ocupados na construção em 2011. A administração pública e os serviços prestados à empresas foram os grupamentos que apresentaram as maiores proporções de mulheres, tanto com 11 anos ou mais de estudo, quanto com nível superior. Nos avanços frente a 2003, as mulheres com 11 anos ou mais de estudo se destacaram, com crescimento, em pontos percentuais (p.p.), na indústria (14,0 p.p.), na construção (17,9 p.p.), no comércio, (15,2 p.p.) e nos outros serviços (15,1 p.p.). Nessas mesmas atividades, os homens com essa escolaridade também alcançaram crescimento significativo: 16,8 (p.p.), 10,8 (p.p.), 13,8 (p.p). e 15,7 (p.p.), na mesma ordem. Quando a comparação referiu-se aos que possuíam nível superior completo, o destaque ocorreu na construção, onde as mulheres atingiram um crescimento de 8,3 (p.p.), enquanto os homens, crescimento de 0,6 (p.p.) entre 2003 e 2011. 64,6 64,0 94,3 93,9 61,8 57,5 62,7 58,0 38,0 35,9 5,3 5,2 62,0 58,4 35,4 36,0 5,7 6,1 38,2 42,6 37,3 42,0 62,1 64,1 94,8 94,8 38,0 41,6 2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011 2003 2011 Indústria Construção Comércio Serviços Prestados a Empresas Administração Pública Serviços Domésticos Outros Serviços Homens Mulheres Participação na população ocupada, por grupamentos de atividade, segundo o sexo (%) – (2003 e 2011)* Fonte: Pesquisa Mensal de Emprego – PME – IBGE (08/03/2012). Disponível em:<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/ trabalhoerendimento/pme_nova/Mulher_Mercado_Trabalho_Perg_Resp_2012.pdf>. Acesso em: 03 abr. 2014. Agora, responda: 1. Caracterize a participação das mulheres de acordo com os agrupamentos de atividade nos anos de 2003 e 2011.
  • 35. 34 Geografia – 2a série – Volume 2 2. Discorra sobre a atual situação das mulheres no mercado de trabalho comparando-a, de forma geral, com a dos homens. Em 1970, o trabalho feminino correspondia a 21% da População Economicamente Ativa (PEA) brasileira. Em 2011, segundo dados da Pesquisa Mensal do Emprego – 2003-2011, realizada pelo IBGE, esse percentual saltou para 46,1%. Entre outros fatores, o aumento significativo das mulhe- res no mercado de trabalho se deve: a) à igualdade profissional conquistada pelas mulheres perante os homens no mercado de trabalho, com acentuada redução das disparidades dos ganhos salariais entre eles. b) ao aumento da industrialização brasileira e à consequente expansão das oportunidades de traba- lho no setor secundário, com melhor remuneração para as mulheres. c) ao maior nível de escolarização da população feminina no período, o que favorece sua ocupação em atividades mais qualificadas e mais bem remuneradas, tanto para as brancas como para as demais categorias segundo a cor da pele nos dados do IBGE. d) à necessidade de a mulher trabalhar fora de casa para aumentar o orçamento familiar e pelo fato de muitas famílias serem chefiadas exclusivamente por mulheres. e) à maior escolaridade das mulheres quando comparada à dos homens e à queda da taxa de fe- cundidade, fatores que evitam a situação de desemprego como ocorre com grande parcela das mulheres negras.
  • 36. 35 Geografia – 2a série – Volume 2 Situação de Aprendizagem 4 A segregação socioespacial e a exclusão social Com a orientação de seu professor, reúna artigos e reportagens de jornais, revistas, sites, entre outros, que tratam de diferentes aspectos da desigualdade social no Brasil, buscando inclusive dados sobre indi- cadores sociais. Esse material será apresentado na sala de aula em data a ser definida pelo seu professor. Leitura e análise de texto Leia os dois textos a seguir e responda à questão. ! ? Desenvolvimento Humano [...] O crescimento econômico de uma sociedade não se traduz automaticamente em quali- dade de vida e, muitas vezes, o que se observa é o reforço das desigualdades. É preciso que este crescimento seja transformado em conquistas concretas para as pessoas: crianças mais saudáveis, educação universal e de qualidade, ampliação da participação política dos cidadãos, preservação ambiental, equilíbrio da renda e das oportunidades entre toda a população, maior liberdade de expressão, entre outras. Assim, ao colocar as pessoas no centro da análise do bem- -estar, a abordagem de desenvolvimento humano redefine a maneira com que pensamos sobre e lidamos com o desenvolvimento – nacional e localmente. O conceito de desenvolvimento humano, bem como sua medida, o Índice de Desenvolvimento Humano–IDH,foramapresentadosem1990,noprimeiroRelatóriodeDesenvolvimentoHumano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, idealizado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq e com a colaboração e inspiração no pensamento do economista Amartya Sen. A popularização da abordagem de desenvolvimento humano se deu com a criação e adoção do IDH como medida do grau de desenvolvimento humano de um país, em alternativa ao Produto Interno Bruto, hegemônico à época como medida de desenvolvimento. O IDH reúne três dos requisitos mais importantes para a expansão das liberdades das pessoas: a oportunidade de se levar uma vida longa e saudável – saúde –, ter acesso ao conhecimento – educação - e poder desfrutar de um padrão de vida digno – renda. [...] Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil 2013. Disponível em: <http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/o_atlas/desenvolvimento_humano>. Acesso em: 10 mar. 2014.
  • 37. 36 Geografia – 2a série – Volume 2 O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à desigualdade (IDHAD) O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), ponto central do Relatório de Desenvolvi- mento Humano que é elaborado, desde 1990, pelo Programa das Nações Unidas para o Desen- volvimento (PNUD), surgiu como uma proposta de se qualificar o desenvolvimento das nações a partir de índices que superavam, do ponto de vista dos criadores do IDH (Mahbub ul Haq e Amartya Sen), a qualificação das nações a partir da noção simplista de Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Como vimos no texto anterior, esses índices referem-se a uma vida longa e sau- dável (saúde), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda) medido pela Renda Nacional Bruta (RNB). A partir da junção desses três índices, chega-se ao valor do IDH, que é medido na escala entre 0 e 1, e que classifica as nações em quatro grupos: IDH muito elevado, IDH elevado, IDH médio e IDH baixo. Em 2011, considerando-se as críticas de que o IDH também tendia a uma análise simplista das nações, o PNUD trouxe novas variáveis ao Relatório de Desenvolvimento Humano, que são consolidadas no Índice de Desenvolvimento Humano ajustado à desigualdade (IDHAD). Nesse índice, considera-se a desigualdade de renda que ocorre internamente ao território das nações, a mortalidade infantil e a pobreza de rendimentos. O Índice de Desenvolvimento Humano Ajustado à Desigualdade (IDHAD) tem o objetivo de estudar a distribuição do nível médio do desenvolvimento humano em relação à esperança de vida, ao nível de escolaridade e ao controle sobre os recursos. A maior diferença entre o IDH e o IDHAD indica a existência de desigualdades. Com o IDHAD, as nações por ele avaliadas ganham classificação paralela à classificação do IDH. Por exemplo, de acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano 2013, com um IDH de 0,730, o Brasil alcançou a 85a posição entre os 188 países analisados pelo PNUD, ficando dentro do grupo dos países com IDH elevado. No entanto, quando avaliado do ponto de vista do IDHAD, o Brasil alcançou a pontuação de 0,531, ficando atrás de países como Jordânia, China, Gabão, Moldávia e Uzbequistão, que possuem IDH inferior ao do Brasil e pertencentes ao grupo de IDH médio. Referência Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Relatório de Desenvolvimento Humano 2013 – Ascensão do Sul: Progresso Humano num Mundo Diversificado. Disponível em: <http://hdr.undp.org/en/2013-report>. Acesso em: 23 abr. 2014. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. A partir da leitura dos dois excertos, escreva um texto apresentando a sua conclusão sobre a relação entre desenvolvimento humano e desigualdade social. Na sua argumentação, apresente exemplos verificados no lugar em que você vive.
  • 39. 38 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de imagem Observe a charge e, em uma folha avulsa, elabore um texto acerca das formas de segregação socioespacial encontradas nas cidades brasileiras. 1. Unicamp 2002 – “Recentemente o shopping center Rio-Sul – o primeiro a ser construído na cidade do Rio de Janeiro – foi invadido por um grupo de 130 pessoas formado por sem-teto, favelados, estudantes e punks. Os manifestantes, com esta invasão pacífica, inauguraram uma forma nova de protesto.” (Adaptado de Folha de S. Paulo, 05/08/2000.) a) Relacione essa manifestação ao exercício da cidadania e às formas de organização espacial das cidades contemporâneas. Angeli. Folha de S.Paulo, 6 jun. 1999. p. 1-2. ©Angeli
  • 40. 39 Geografia – 2a série – Volume 2 b) Além do shopping center, cite outro exemplo de segregação socioespacial no meio urbano. Justifique sua resposta.
  • 41. 40 Geografia – 2a série – Volume 2 ! ? Situação de Aprendizagem 5 A tectônica de placas e o relevo brasileiro Leitura e análise de tabela e quadro 1. Observe os dados apresentados na tabela e analise-os com base nas informações do quadro. Depois, responda às questões. Maiores abalos no Brasil Localização Ano Magnitude (*) Vitória (ES) 1955 6,3 Porto dos Gaúchos (MT) 1955 6,2 Tubarão (SC) 1939 5,5 Codajás (AM) 1983 5,5 Pacajus (CE) 1980 5,2 Litoral de São Paulo 2008 5,2 Mogi Guaçu (SP) 1922 5,1 João Câmara (RN) 1986 5,1 Plataforma (RS) 1990 5,0 Itacarambi (MG) 2007 4,9 Mara Rosa (GO) 2010 4,5 Montes Claros (MG) 2012 4,5 João Câmara (RN) 2010 2,7 Porangatu (GO) 2012 2,7 (*) Na escala Richter Fonte: Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB). Disponível em: <http://www.obsis.unb.br/index.php?option=com_ content&view=category&id=39&Itemid=84&lang=pt-br>. Acesso em: 29 jan. 2014.
  • 42. 41 Geografia – 2a série – Volume 2 Entenda os efeitos dos terremotos Os sismólogos usam a escala de magnitude para representar a energia sísmica liberada por cada terremoto. Veja a seguir a tabela com os efeitos típicos de cada terremoto em diversos níveis de magnitude. Escala Richter Efeitos do terremoto Menos de 3,5 Geralmente não é sentido, mas pode ser registrado 3,5 a 5,4 Frequentemente não se sente, mas pode causar pequenos danos 5,5 a 6,0 Ocasiona pequenos danos em edificações 6,1 a 6,9 Pode causar danos graves em regiões onde vivem muitas pessoas 7,0 a 7,9 Terremoto de grande proporção, causa danos graves de 8 graus ou mais Terremoto muito forte. Causa destruição total na comunidade atingida e em comunidades próximas Esta tabela é “aberta”, portanto não é possível determinar um limite máximo de graus. Ainda que cada terremoto tenha uma magnitude única, os efeitos de cada abalo sísmico variam bastante devido à distância, às condições do terreno, às condições das edificações e a outros fatores. Fonte: Folha Online, 6 mar. 2007, fornecido pela Folhapress. Disponível em: <http://www1. folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u105252.shtml>. Acesso em: 26 nov. 2013. a) Com base em dados do Instituto de Geologia do Departamento do Interior dos Estados Unidos da América, estima-se que ocorram cerca de 500 mil terremotos por ano no mundo, dos quais 100 mil deles podem ser sentidos e 100 causam alguma forma de danos ou vítimas. Considerando a tabela e o quadro, por que não há registro na memória da população brasileira acerca dos terremotos que aqui ocorreram?
  • 43. 42 Geografia – 2a série – Volume 2 A instabilidade da crosta terrestre O interior da Terra guarda mistérios que sempre excitaram a imaginação do ser hu- mano, entre outras razões, porque uma série de eventos que têm origem nessa parte do pla- neta manifesta-se na superfície e nos atinge, como é o caso dos terremotos e das erupções vulcânicas. Além da imensa produção fantasiosa, foram muitas as teorias que pretenderam explicar os processos que ocorrem no interior da Terra. Uma grande dificuldade empírica e concreta impõe-se de início. O interior do planeta é diretamente inatingível, e todas as informações de que se dispõem são indiretas e difíceis de analisar. Nos últimos tempos, a pesquisa do interior de nosso planeta passou a ser feita pela interpretação de ondas sísmicas que se propagam até a superfície terrestre – pois têm b) Em abril de 2009, um terremoto de magnitude 6,3 graus na escala Richter, equivalente ao terremoto ocorrido em 1955 no litoral de Vitória (ES), provocou a morte de pelo menos 287 pessoas na região de L’Aquila, cidade localizada no centro da Itália, além de ter destruído quase inteiramente a província. Considerando que a força letal de um terremoto não se associa apenas à intensidade de seu epicentro, converse com seus colegas e seu professor e responda: Quais outros fatores explicam o número de vítimas na Itália e a inexistência delas no Brasil? Leitura e análise de texto, mapa e quadro 1. Leia o texto a seguir e responda às questões.
  • 44. 43 Geografia – 2a série – Volume 2 a) O autor afirma que uma série de eventos que ocorrem no interior da Terra manifesta-se externamente. Quais exemplos são citados? b) O autor afirma que o interior da Terra guarda mistérios que sempre instigaram a imaginação do ser humano e que há uma enorme dificuldade em se obter respostas para essas inquietações. Por que isso ocorre? comportamentos distintos ao atravessarem diferentes materiais – e, também, pelo estudo do vulcanismo e dos terremotos. A conclusão a que se chegou é que a crosta terrestre é dinâmica, vem se transformando ao longo do tempo da natureza, e essa transformação pode ser explicada com base na teoria das placas tectônicas. A crosta terrestre é uma fina casca sólida sobre o magma, mas não contínua; ao contrário, trata-se de uma justaposição de placas que se movimentam sobre o magma, e essa movimentação explica grande parte da fisionomia atual da superfície ter- restre. Uma referência-chave para essa interpretação teórica nos leva para um passado de mais de 250 milhões de anos, quando os blocos continentais atuais (Eurásia, África, América, Austrália e Antártida) formavam um único e gigantesco bloco: a Pangeia (ou seja, “toda a Terra”). De lá para cá, esse bloco foi se fragmentando e dando origem aos continentes atuais. Nesse processo, os intervalos que surgiram entre os fragmentos continentais fo- ram preenchidos pelas águas, e aí se encontra a origem dos oceanos. Por que a Pangeia se fragmentou? Porque a crosta terrestre é formada de placas que se movimentam. Assim, a estabilidade da crosta é apenas aparente. Elaborado por Jaime Oliva especialmente para o São Paulo faz escola.
  • 45. 44 Geografia – 2a série – Volume 2 c) Considerando a evolução dos estudos geológicos, a quais conclusões os cientistas chegaram quanto às características da crosta terrestre? d) De acordo com o texto, qual foi a referência-chave para chegar a essas conclusões sobre as características da crosta terrestre? e) Por que a Pangeia se fragmentou? 2. Observe o mapa da próxima página. a) Identifique as placas que atuam em contato com a Placa Sul-americana.
  • 46. 45 Geografia – 2a série – Volume 2 b) Observe o quadro a seguir. Brasil: três terremotos, 2007-2008 Quando Local Epicentro Novembro de 2007 São Paulo Chile → Oeste do Brasil Dezembro de 2007 Itacarambi (MG) No local Abril de 2008 São Paulo Oceano Atlântico → Leste do Brasil Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Analise os dados e elabore algumas hipóteses sobre cada um dos epicentros, destacando sua localização e a atuação das placas tectônicas em cada um deles. Fonte: USGS. This dynamic Earth: the story of plate tectonics. Online edition. Disponível em: <http://pubs.usgs.gov/gip/dynamic/dynamic.pdf>. Versão do mapa com cotas em português disponível em Wikimedia commons: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Placas_tect2_pt_BR.svg>. Acessos em: 26 nov. 2013. Mapa original. ©U.S.GeologicalSurvey.Cortesia Placas tectônicas
  • 47. 46 Geografia – 2a série – Volume 2 3. Observe o mapa apresentado na página seguinte e responda às questões. a) Identifique as áreas mais propensas a terremotos na América do Sul. b) Qual relação pode ser estabelecida entre as áreas mais propensas a terremotos na América do Sul e a disposição das placas tectônicas? c) Qual dos terremotos identificados no quadro Brasil: três terremotos, 2007-2008 (p. 45) era mais provável de ocorrer? Justifique.
  • 48. 47 Geografia – 2a série – Volume 2 NewYork Boston Montreal Toronto Chicago Philadelphia LosAngeles SanFrancisco Houston Miami Dallas SãoPauloRioDeJaneiro Recife BeloHorizonte Johannesburg Alexandria Napoli Barcelona Milano Manchester Birmingham MadrasBangalore Bombay Hyderabad Calcutta Karachi Lahore Guangzhou Wuhan Shanghai Tianjin Shenyang Harbin Osaka Nagoya Yokohama Pusan Singapore Sydney Melbourne St.Petersburg HoChiMinhCity Detroit München Frankfurt Vancouver Seattle Anchorage Perth Manaus CapeTown Vladivostok OmskNovosibirsk Yakutsk Denver SaltLakeCity Fairbanks Nordvik Irkutsk Okhotsk Lanzhou Urümqi Edinburgh WashingtonD.C. seriAsoneuB Lima Santiago Bogota Caracas Kinshasa Lagos Algiers Cairo Baghdad Athinai Roma Madrid Tehran Paris Budapest Berlin Moskva London Delhi Dhaka Yangon KrungThep HongKong Taipei Manila Jakarta Beijing Tokyo Seoul MexicoCity Kiev Ottawa Belmopan Guatemala SanSalvador Tegucigalpa Managua SanJose Panama LaHabana Kingston Port-au-Prince Sa ntoDo mingo SanJuan PortofSpain Quito Georgetown Paramaribo Brasília Rémire LaPaz Asuncion oedivetnoM Maseru Mbabane Maputo Gaborone Antananarivo Windhoek Harare Lusaka Lilongwe Luanda Pretoria DaresSalaam Kigali Nairobi Kampala Brassaville Libreville Yaoundé Bangui Malabo Muqdisho ÄdïsÄbeba Dijbouti KhartoumAsmera San'ä' N'Djamena Niamey Ouagadougou Bamako MonroviaAbidjanAccra Lome PortoNovo Freetown Conakry Banjul Bissau Dakar Nouakchott Rabat Tunis Taräbulus ArRiyad Dim as hq Bayrüt Nicosia Ankara Ashkhabad Käbol Is la m abad Baku Masqat Abu Dhabi Doha AlKuwayt T'Bilisi Yerevan kekhsiB Bujumbura TelAviv-Yafo Amman Kishinev Bucuresti Sofiya Skopje Tirane Titograd Sarajevo Beograd Zagreb Ljubljana WienBratislava Warszawa Praha Vilnius Riga Minsk Tallinn Helsinki Stockholm Oslo Bruxelles Amsterdam Lisboa Dublin Bern Almaty Tashkent Dushanbe Kathm andu Thimphu Hanoi Viangchan Ulaanbaatar PhnomPenh P'yôngyang BandarSeriBegawan PortMoresby Canberra Wellington KualaLumpur Colombo Reykjavík Kobenhavn 180°150°120°90°60°30°0°180°150°120°90°60°30° 180°150°120°90°60°30°0°180°150°120°90°60°30° 0° 30° 30° 60° 90° 60° 60° 90° 30° 0° 30° 60° 10%deprobabilidadedeexcedênciaem50anos,períododeretornode475anos ACELERAÇÃOMÁXIMADOSUBSTRATOROCHOSO(m/s)2 ProjeçãoRobinson 00.20.40.81.62.43.24.04.8 MODERADO PERIGOPERIGO BAIXOALTO PERIGOPERIGO MUITOALTO Mundo:perigosísmico GLOBALSeismicHazardAssessmentProgram.Disponívelem:<http://www.seismo.ethz.ch/static/GSHAP>.Acessoem:23maio2014. Mapaoriginal(basecartográficacomgeneralização;algumasfeiçõesdoterritórionãoestãorepresentadas;mantidaagrafia).
  • 49. 48 Geografia – 2a série – Volume 2 4. Observe o quadro a seguir. Placas tectônicas e terremotos Área de contato de placas Limites convergentes: no choque (encontro), as placas tendem a ter suas bordas destruídas e a provocar processos de soerguimento. Limites divergentes: no afastamento das placas, abrem-se fissuras por onde “vaza” magma, e ali aumenta a atividade interna. Limites conservativos: as placas não se encontram nem se afastam, mas deslizam lateralmente entre si ao longo de falhas profundas que atravessam a litosfera e marcam o limite entre as placas (falhas trans- formantes). Entorno do centro da placa A atividade interna somente repercute na superfície caso encontre fissuras, falhas e fragilidades na placa.* * Tremores no centro das placas são mais raros e mais fracos, ao contrário das bordas, onde a atividade interna, denominada sísmica, é mais intensa. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. Fonte: TEIXEIRA, Wilson; TOLEDO, Maria Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas Rich; TAIOLI, Fabio. Decifrando a Terra. São Paulo: Ibep, 2007. Como as placas se movimentam, podem acontecer três situações nas áreas de contato. Quais são elas?
  • 50. 49 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de texto e mapa Leia o texto a seguir. Para compreender o relevo sul-americano, é necessário conhecer as influências resultantes da evolução e do dinamismo dos movimentos das placas tectônicas (ver coleção de mapas na próxima página). Apesar de a Pangeia ter iniciado sua fragmentação há aproximadamente 225 milhões de anos, foi somente há 200 milhões de anos que Gondwana, um grande bloco de terras emersas ao Sul do planeta, começou a se desprender desse “continente único”. O processo de fragmen- tação continuou e, há cerca de 145 milhões de anos, Gondwana também começou a se romper. A partir desse rompimento, iniciou-se a formação do Oceano Atlântico, separando o que viria a ser a América do Sul e a África – a Antártida e uma porção da Ásia também se formaram a partir de rupturas na Gondwana. Ao se soltar da Placa Africana, a Placa Sul-americana principiou o seu deslocamento para Oeste. Algumas alterações no relevo da costa Leste do Brasil podem ter se iniciado nesse processo. Foi ainda com esse movimento de divergência entre as placas Africana e Sul-americana que, ao longo do tempo, formou-se o fundo do Oceano Atlântico – em virtude da intrusão de material magmático que foi se solidificando –, parte dele vinculada à Placa Sul-americana e parte, à Placa Africana. Assim, enquanto se afastavam, essas placas aumentaram sua dimensão, com o acréscimo do assoalho oceânico, criando uma nova extensão de 4 100 quilômetros. Com esse movimento em direção ao Oeste, a Placa Sul-americana também acabou se encontrando com a Placa de Nazca. Esta, mais densa, mergulhou sob a Placa Sul-ameri- cana, soerguendo sua borda e dando origem à Cordilheira dos Andes, há cerca de mais de 60 milhões de anos. Há interpretações que procuram explicar que a formação dos Andes teria repercutido em todo o conjunto da placa. Trata-se de uma repercussão desigual, visto que algumas áreas de rochas menos resistentes foram mais soerguidas do que outras, estas constituídas de rochas mais resistentes. Foi nesse momento – essa é a hipótese – que teriam ocorrido os movimentos que deram origem às escarpas da Serra do Mar e da Serra da Manti- queira (ROSS, 1996). No entanto, há pesquisas que revelam indícios de que parte do relevo da costa Leste do Brasil não teria uma relação tão imediata com o soerguimento dos Andes. Referência ROSS, Jurandyr L. Sanches (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996. Elaborado por Angela Corrêa da Siva especialmente para o São Paulo faz escola. A Tectônica das Placas e sua influência na geomorfologia da América do Sul
  • 51. 50 Geografia – 2a série – Volume 2 IBGE.Atlasgeográficoescolar.RiodeJaneiro:IBGE,2004.p.64-65.Mapaoriginal. DerivaContinental:daPangeiaaténossosdias Fontes:Granatlasilustradodelmundo.BuenosAires:Reader’sDigest,c1999.1atlas(288p.):mapas;USGS.ThisdynamicEarth:thestory ofplatetectonics.Onlineedition.Disponívelem:<http://pubs.usgs.gov/gip/dynamic/dynamic.html>.Acessoem:27dez.2010.
  • 52. 51 Geografia – 2a série – Volume 2 1. Quando e como se iniciou a formação da América do Sul? Quais outros blocos de terras foram formados nesse processo? 2. A região da Placa Sul-americana onde se localiza o atual Brasil sofreu alguma alteração resultante do processo de formação do Oceano Atlântico? Justifique. 3. Quais hipóteses são apresentadas no texto para explicar a relação entre o movimento da Placa Sul-americana e o modelado do relevo brasileiro?
  • 53. 52 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de mapa e quadro 1. Observe o mapa e o quadro a seguir. Converse a respeito deles com seus colegas e seu professor e, depois, responda às questões propostas. Fonte: ROSS, Jurandyr L. Sanches. Os fundamentos da geografia da natureza. In: _____ (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996. p. 47. Brasil: grandes estruturas
  • 54. 53 Geografia – 2a série – Volume 2 Representação no mapa Crátons pré-brasilianos Faixas de dobramentos do ciclo brasiliano Bacias sedimentares fanerozoicas Simplificação operacional Áreas cratônicas Dobramentos antigos Bacias sedimentares Breve definição Terrenos mais antigos do Brasil → muito desgastados pela erosão → rochas metamórficas muito antigas (2 a 4,5 bilhões de anos) → rochas intrusivas (magmáticas) antigas (1 a 2 bilhões de anos). Áreas de soerguimento de cadeias de montanhas, orogênese ou dobramentos (1 a 4 bilhões de anos). Terrenos mais recentes (600 milhões de anos para cá) → rochas sedimentares (arenitos, calcário, argilitos etc.) → rochas mais moles, menos resistentes. Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola. a) Indique as principais estruturas geológicas encontradas no território brasileiro. Quando elas se formaram e quais são as características de cada uma delas? b) Qual é a estrutura geológica predominante no território brasileiro? Como se pode explicar essa predominância?
  • 55. 54 Geografia – 2a série – Volume 2 c) Em qual das estruturas geológicas ocorrem as maiores riquezas minerais do Brasil? Quais minerais são esses? Desafio! Para o aprofundamento desta Situação de Aprendizagem, propomos a realização de duas tarefas: 1. Construção de um glossário: utilizando como fonte livros didáticos, atlas e outros mate- riais, a ideia é construir um glossário com vários termos que apareceram na Situação de Aprendizagem. Eis alguns exemplos: geologia, erosão, rochas metamórficas, rochas sedi- mentares, sedimentos, soerguimento, dobramentos, orogênese etc. 2. Todos os eventos mencionados, assim como a data de várias formações, estão assinalados com um tempo numérico. Exemplos: soerguimento da Cordilheira dos Andes (60 milhões de anos); abertura do Oceânico Atlântico (200 milhões de anos); bacias sedimentares no Brasil (a partir de 600 milhões de anos). A ideia é que, com a escala geológica do tempo, vocês identifiquem individualmente as Eras, os Períodos e as Épocas de tudo o que foi datado nesta Situação de Aprendizagem. No final deste Caderno está disponível para consulta a História Geológica daTerra. No Quadro Ano-Terra, é possível encontrar informações para o desenvolvimento desta atividade. O geofísico Marcelo Assumpção, da Universidade de São Paulo (USP), está mapeando a estru- tura da placa sob o Brasil (a Sul-americana). Já descobriu que ela é mais fina e frágil em algumas regiões, como no Nordeste. Esse fato, somado à provável presença de uma falha tectônica, faz desta a região com mais riscos sísmicos do país. Em seu caderno, comente essa afirmação.
  • 56. 55 Geografia – 2a série – Volume 2 Com relação à estrutura tectônica do território brasileiro, é correto dizer que: a) a costa Leste, por se encontrar na borda da Placa Sul-americana, possui as montanhas mais eleva- das do Brasil. b) a fronteira Oeste do Brasil está livre de eventos como tremores por causa da imensa distância da Cordilheira dos Andes. c) a posição do Brasil no interior da Placa Sul-americana explica a baixa ocorrência de eventos sísmicos nos últimos 60 milhões de anos. d) ao Sul do Brasil, as áreas de serras resultam de dobramentos que ocorreram nos últimos 60 milhões de anos e que deram origem também aos Andes. e) o Brasil é instável em termos tectônicos em função das várias fissuras e falhas existentes na Placa Sul-americana, que sustenta a América do Sul.
  • 57. 56 Geografia – 2a série – Volume 2 Situação de Aprendizagem 6 As formas de relevo brasileiro e as funções das classificações Para começo de conversa Considerando o que você estudou até agora, apresente o significado dos seguintes termos: ●● Relevo: ●● Modelado: ●● Geomorfologia: ●● Topografia: ! ?
  • 58. 57 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de texto Leia o texto a seguir. A força da erosão Como explicar a configuração atual das formações montanhosas? Se a resposta se referir apenas às forças tectônicas como aquelas que constroem as ca- deias montanhosas, ela estará incompleta. Um elo fundamental na explicação precisa vir à luz: forças associadas ao clima e, mais diretamente, à erosão devem ser consideradas. A melhor maneira de se referir à configuração montanhosa é dizer que ela é produto de interações entre pro- cessos tectônicos, climáticos e erosivos. Tendo em vista essa interação, pode-se explicar a altura máxima das montanhas, além do tempo necessário para esculpir – ou destruir – uma cadeia montanhosa. Depois de observar por longo tempo o processo de erosão, muitos geólogos chegaram à conclusão de que ela é a principal força que configurou as cadeias montanhosas tal como as observamos atualmente. Minúsculas gotas de chuva contribuem em boa parte para a definição da fisionomia e da altura dessas cadeias. Elaborado por Jaime Oliva especialmente para o São Paulo faz escola. Após a leitura e a discussão com seus colegas e seu professor, responda às questões a seguir. 1. De acordo com o texto, como se explica a configuração atual das formações montanhosas? 2. Qual é a conclusão a que os geólogos chegaram após observarem por muito tempo a ação dos processos erosivos?
  • 59. 58 Geografia – 2a série – Volume 2 3. Os agentes internos e externos podem ser responsáveis tanto pela construção quanto pela destruição do relevo. Com base no que você estudou até agora, apresente exemplos dessas duas possibilidades. 4. Preencha o quadro com o significado das macroformas de relevo solicitadas. Formas de relevo Macroformas Elementos envolvidos Planaltos Planícies Cadeias montanhosas Depressões Após preencher o quadro, responda: Temos, em nosso território, cadeias montanhosas recentes?
  • 60. 59 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de mapa Observe o mapa da próxima página e responda às questões a seguir. 1. Com base no mapa, indique as principais formas de relevo encontradas no Brasil. 2. Leia a descrição das principais formas de relevo encontradas no Brasil e preencha as lacunas indicando o nome correto de cada uma delas. a) __________________________________: superfícies elevadas, mais ou menos planas, delimitadas por escarpas, onde o processo de erosão supera o de sedimentação. Em geral, são formas residuais, isto é, relevos que restaram de formações antigas, divididos em qua- tro tipos. b) __________________________________: apresentam tipos bem diversificados, sendo de- finidas como um modelado de relevo que se apresenta mais baixo do que as áreas vizinhas. Em seu trabalho, Ross reconhece um total de 11 espalhadas pelo Brasil. c) __________________________________: áreas, em geral, planas, constituídas por de- posição de sedimentos de origem marinha, lacustre ou fluvial. Esses terrenos, onde predomina a sedimentação, são encontrados em seis porções do território brasileiro.
  • 61. 60 Geografia – 2a série – Volume 2 Fonte:ROSS,JurandyrL.Sanches.Osfundamentosdageografiadanatureza.In:_____(Org.).GeografiadoBrasil.SãoPaulo:Edusp,1996.p.53. Brasil:formasderelevo
  • 62. 61 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de mapa Observe o mapa a seguir. AB’SABER, Aziz. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2007, encarte. Mapa original. Terras baixas florestadas equatoriais Domínios Morfoclimáticos Brasileiros (Áreas Nucleares — 1965) Chapadões tropicais interiores com cerrados e florestas-galeria Áreas mamelonares tropical-atlânticas florestadas Depressões intermontanas e interplanálticas semiáridas Planaltos subtropicais com araucárias Coxilhas subtropicais com pradarias mistas (Não diferenciadas) I.Amazônico II.Cerrado III.Mares de morros Domínios IV.Caatingas V.Araucárias VI.Pradarias Faixas de transição
  • 63. 62 Geografia – 2a série – Volume 2 Tomando por base o mapa Domínios Morfoclimáticos Brasileiros, identifique quais foram os elementos da paisagem considerados pelo autor para construir o mapa. 1. Todas as macroformas do relevo estão, de modo geral, presentes no território brasileiro? Explique. 2. Se a altitude for tomada como único parâmetro, o que pode ser dito a respeito do relevo brasileiro?
  • 64. 63 Geografia – 2a série – Volume 2 Considerando o processo de erosão e sua relação com as formas de relevo, é correto dizer que: a) as planícies são formas de relevo, em geral planas, produto do trabalho de deposição de sedimentos. b) os planaltos são formas baixas e planas de relevo, resultado da deposição de sedimentos ero- didos em zonas mais altas. c) a erosão é a principal força formadora das grandes cadeias montanhosas, que nada mais são do que planaltos entrecortados e esculpidos. d) as planícies são formas planas e altas no topo das cadeias montanhosas, resultado da deposição sedimentar. e) planaltos são terras mais baixas que as vizinhas, resultantes do trabalho de erosão eólica e fluvial em áreas mais elevadas.
  • 65. 64 Geografia – 2a série – Volume 2 Situação de Aprendizagem 7 Águas no Brasil: gestão e intervenções Para começo de conversa Leia o texto a seguir. ! ? Águas no Brasil O Brasil apresenta uma situação confortável, em termos globais, quanto aos recursos hídricos. A disponibilidade hídrica per capita, determinada a partir de valores totalizados para o País, indica uma situação satisfatória, quando comparada aos valores dos demais países informados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entretanto, apesar desse aparente conforto, existe uma distribuição espacial desigual dos recursos hídricos no ter- ritório brasileiro. A maior disponibilidade hídrica concentra-se na região hidrográfica Amazônica, onde se encontra o menor contingente populacional. Assim, áreas muito mais povoadas não têm toda essa disponibilidade de água. Algumas delas vivem, inclusive, situações de escassez hídrica. Fonte: Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2012. Agência Nacional de Águas (ANA). Disponível em: <http://arquivos.ana.gov.br/ institucional/spr/conjuntura/ANA_Conjuntura_Recursos_Hidricos_Brasil/ANA_Conjuntura_ Recursos_Hidricos_Brasil_nov.pdf>. Acesso em: 29 jan. 2014. 1. Conforme o texto, o Brasil enfrenta problemas com o abastecimento de água para o consumo da população e para as atividades econômicas que exigem o uso da água? 2. O que são bacias hidrográficas? Quais são as mais importantes do território brasileiro?
  • 66. 65 Geografia – 2a série – Volume 2 Leitura e análise de mapa e tabela Com base nos mapas e na tabela responda às questões a seguir. Elaborado por Simone Freitas Dias, Agência Nacional de Águas (ANA). Divisão Hidrográfica Nacional, set. 2009. Mapa original. Brasil: regiões hidrográficas
  • 67. 66 Geografia – 2a série – Volume 2 Brasil: área, produção hídrica absoluta e relativa e a disponibilidade hídrica das regiões hidrográficas Vazão Média Região Hidrográfica Área (km2 )* m3 /s** % Disponibilidade hídrica (m3 /s) Amazônica 3 869 953 132 145 73,4 73 748 Tocantins-Araguaia 918 822 13 799 7,6 5 447 Atlântico Nordeste Ocidental 274 301 2 608 1,4 320 Parnaíba 333 056 767 0,4 379 Atlântico Nordeste Oriental 286 802 774 0,4 91 São Francisco 638 576 2 846 1,6 1 886 Atlântico Leste 388 160 1 484 0,8 305 Atântico Sudeste 214 629 3 167 1,8 1 145 Atlântico Sul 187 552 4 055 2,3 647 Paraná 879 873 11 831 6,6 5 956 Uruguai 174 533 4 103 2,3 565 Paraguai 363 446 2 359 1,3 782 Total 8 532 802 179 938 100 91 271 *Considera apenas o território brasileiro; ** Dados de dezembro de 2012. Fonte: Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil 2012. Agência Nacional de Águas (ANA). Disponível em: <http://arquivos.ana.gov. br/institucional/spr/conjuntura/ANA_Conjuntura_Recursos_Hidricos_Brasil/ANA_Conjuntura_Recursos_Hidricos_Brasil_nov.pdf> Acesso em: 29 jan. 2014.
  • 68. 67 Geografia – 2a série – Volume 2 Fontes: IBGE, Censo Demográfico 2010; Atlas nacional do Brasil Milton Santos. Rio de Janeiro: IBGE, 2010; e Agência Nacional de Águas - ANA, 2002. Nota: Redefinição da sistemática de codificação de bacias hidrográficas para a Política Nacional de Recursos Hídricos instituída pela Resolução nº 30, do Conselho Nacional de Recursos Hídricos - CNRH, de 11 de dezembro de 2002, publicada no Diário Oficial da União em 19 de março de 2003. ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% ó% / #Y #Y #Y #Y 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 OCEANO ATLÂ N T IC O -25° -15° -5° -75° -65° -55° -45° -35° -30° -25° -15° -5° -35°-45°-55°-65°5° 5° -10° OCEANO TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO -40°-50°-60°-70° EQUADOR -20° -30° -70° -60° -50° -40° -30° -20° -10° 0° PACÍFICO 0° CHILE C O L O M B I A A R G E N T I N A V E N E Z U E L A P E R Ú P A R A G U A Y U R U G U A Y SURINAME GUYANE GUYANA B O L I V I A Pindaré Paraguai Cuiab á A raguaia Pe l otas PARANÁ PA RAN Á Pardo MAMORÉ MARO WIJNE R . Trombetas CORANTIJN ESS E QUIBO Tacutu Jufari Ca trimani ORIN O CO M A R A ÑON PUT UMAYO AMA ZONAS JA PURÁ Abac ax is TAP AJÓ S TOCANTINS Parn aíba Parnaíb a Tocantins Uru bamba Jeq uitinhon ha PARAN AÍBA RIO Rio Francisco S. Díos Gurguéia Acre R. R. Nhamundá Oiapoque Jauaperi BRANCO R. Guainía R. Papuri META R. R. RÍO R. R. R . R. R. Machadoou Jip araná Abunã Rio R.Ene R. Amapari R. R. Apurimac Vaupés R ío Uaupés Río R. R. Moa Purus Rio Rio Urucu Tefé Rio Ituí Itaquaí Rio Rio PARÁ Río RIVER de Madre Río Beni Río R io R io Itapecuru Rio Gurupi Rio IR IR I RIO Iriri Rio Purus Rio Rio Juruá Araguari JARI Jari Rio Paru Rio R io Rio Rio Alalaú CAQUETÁ RÍO RÍO IÇÁRIO RIO RIO Rio Uraricoera RÍO Iç ana RioAripuanã RÍO RÍO JURUÁ RIO SOLIM ÕES R. Mucuri GRANDE Carinhanha Rio R. R . R . Araguari R io R. R. do Sul Paraíba Rio R. RIO RIO TIETÊ Correntes Rio D oce R. R. Q uaraí R. Rio Apa G RANDE ÓGUAPAY Dulce Salado Río R ío Pilcom ayo Bermejo Río R ío RÍO URUGUAY R. Rio Uruguai R. Manuel São R. R. S. R. R. Rio Pires Tele s R. RÍO Negro MADEIR A R io Rio Rio Juruena XINGU Rio Rio ou Paranapanema R IO SÃO FRANCIS CO R. Rio Rio RIO GUAPORÉ Francisco R io PARAGUAY RIO ARAGUAIA RIO Xingu RIO AMAZONAS R IO RIO Javari RIO NEGRO ItiquiraRio Arquip. de Fernando de Noronha Rio Juruá Rio Purus Rio Madeira Rio Capivari Rio Oiapoque Rio Içá Rio Itajaí Rio Araguari Rio Trombetas Rio Nhamundá Rio Guaíba/Lagoa Rio Guamá Rio Japurá Rio Pará Rio Paru Rio Uruguai Rio Jari Rio Javari Rio Paraguai Rio Araguaia Rio Tocantins Rio Tapajós Rio Xingu Rio Negro Rio Paraná Rio Capibaribe Rio Vaza-Barris Rio Inhambupe Rio Jequiriçá Rio Potengi Rio Una Rio Curimataú Rio São Mateus Rio Macaé Rio Itapemirim Rio Paraíba Rio Coruripe Rio Apodi Rio Mucuri Rio Piranhas-Açú Rio Itanhém Rio Munim Rio Turiaçu Rio Itapicuru Rio Paraíba do Sul Rio Jequitinhonha Rio Gurupi Rio Paraguaçu Rio Itapecuru Rio Acaraú Rio Jaguaribe Rio de Contas Rio Pardo Rio Mearim Rio Doce Rio Parnaíba Rio São Francisco Rio Ribeira do Iguape A M A Z Ô N I C A SÃOFRAN C IS C O P A R N A Í B A TOCANTINS-ARAGUAIA ATLÂNTICO NO RDESTEORIENTAL A TLÂNTICO NOR D ESTE OCIDENTAL A T LÂNTICOLESTE P A R A N Á PARAGUAIU R U G U A I A T L Â N T I C O SUL A T L Â N T I C O S U D ESTE Densidade demográfica por bacia hidrográfica 2010 BOA VISTA MACAPÁ BELÉM SÃO LUÍS MANAUS RIO BRANCO PORTO VELHO CUIABÁ CAMPO GRANDE GOIÂNIA BRASÍLIA PALMAS TERESINA FORTALEZA NATAL JOÃO PESSOA RECIFE MACEIÓ ARACAJU SALVADOR VITÓRIA BELO HORIZONTE RIO DE JANEIRO SÃO PAULO CURITIBA PORTO ALEGRE FLORIANÓPOLIS ASUNCIÓN LA PAZ BOGOTÁ CAYENNE Atol das Rocas Arquip. de Abrolhos 75 750 150 225 km PROJEÇÃO POLICÔNICA ESCALA Hab/km² Limite de grande bacia Limite de sub-bacia População (hab. x1.000) Área densamente urbanizada até 500 500 a 1.000 1.000 a 2.500 2.500 a 5.000 5.000 a 12.600 54.641 Capital: ó% ó% ó% ó% ó% ó% #Y / 5 Nacional Estadual Internacional até 2 3 a 15 16 a 50 51 a 100 101 a 131 327 733 IBGE. Atlas do censo demográfico 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2013. Mapa original (mantida a grafia). Agora, responda às questões. a) O que se pode dizer a respeito da distribuição geográfica da água no Brasil?
  • 69. 68 Geografia – 2a série – Volume 2 Com base nessas informações, analise os problemas que ocorrem em seu município e/ou na cidade de São Paulo, capital do Estado, relativos ao uso da água como recurso natural. ●● Problemas de abastecimento nas grandes cidades: escassez; dificuldade de trata- mento; áreas de mananciais habitadas e degradadas; áreas de captação muito distantes; custos elevados do sistema de captação, tratamento e distribuição. ●● Problemas de poluição das águas: rios contaminados ao longo de seu curso por atividades econômicas, por falta de saneamento básico, pelo recolhimento de esgotos domésticos etc. ●● Desperdício da água: crença ingênua numa abundância sem custos; gastos absurdos de água potável e tratada para lavar automóveis, calçadas etc.; falta de controle de vazamentos etc. ●● Áreas muito povoadas versus escassez hídrica: o semiárido nordestino, com excesso de população para suas condições. ●● Barragens nos rios: acúmulo de sedimentos; alteração negativa da fauna fluvial; au- mento da evaporação e desperdício das águas. b) Com base na tabela, indique em ordem decrescente as maiores vazões médias encontradas no território brasileiro. Leitura e análise de texto Leia as informações a seguir.
  • 70. 69 Geografia – 2a série – Volume 2 Com a orientação de seu professor, pesquise em sites da internet e/ou no material didático dis- ponível na escola a situação do Rio Tietê. Considere, para tanto, os seguintes aspectos: Rio Tietê. Camada de espuma cobrindo trecho do rio, próximo ao Cebolão: interligação entre as Marginais do Tietê e do Pinheiros. São Paulo (SP), 3 out. 2003. ©MatuitiMayezo/Folhapress Combine com seu professor como será a apresentação da pesquisa. ●● Como é a estrutura básica do Rio Tietê na área de metrópole e como ela favorece a degradação do rio? ●● O rio é muito usado pela população? De que maneira? Quais efeitos tem esse uso para o rio e para o ambiente?
  • 71. 70 Geografia – 2a série – Volume 2 Com a orientação de seu professor, realizem uma pesquisa considerando as seguintes questões: Leitura e análise de texto Leia o texto a seguir. Rio São Francisco. Parte da barragem da Usina Hidrelétrica de Xingó. Canindé de São Francisco (SE), 2004. ©WernerRudhart/Kino Após a produção dos relatórios, combine com seu professor como será feito o debate. ●● O que é a transposição do Rio São Francisco? Por que ela foi proposta? ●● Quais são as possíveis conse- quências dessa transposição? ●● Uma obra dessa envergadura foi suficientemente discutida pela população? Gestão Integrada dos Recursos Hídricos A Lei federal no 9.433/97 instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos que se baseia nos seguintes fundamentos: a água é um recurso limitado de domínio público dotado de valor eco- nômico, a unidade de planejamento e gerenciamento deve ser o limite das bacias hidrográficas e a sua gestão deve ser feita de forma descentralizada e contar com a participação do poder público, dos usuários e da comunidade. Criado também pela Lei no 9.433/97, o Sistema Nacional de Gerenciamento dos Recursos Hídricos (SNGRH) possui uma estrutura institucional composta por entidades de gestão propo- sitoras e executivas. Por se tratar de um sistema nacional, conta com entidades federais e estaduais, tendo os seguintes objetivos: coordenar a gestão integrada das águas; administrar os conflitos rela- cionados aos usos dos Recursos Hídricos; implementar a Política Nacional dos Recursos Hídricos;
  • 72. 71 Geografia – 2a série – Volume 2 planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação; promover a cobrança pelo uso da água (o que pagamos na conta é o tratamento e a distribuição e coleta de esgoto). Para que esses objetivos sejam alcançados, integram o SNGRH: Conselho Nacional de Re- cursos Hídricos – CNRH – Órgão máximo do sistema nacional de recursos hídricos, tem caráter normativo e deliberativo. É composto por representantes do Poder Executivo Federal – Ministério do Meio Ambiente e Secretaria da Presidência da República, dos Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos, dos usuários e das organizações civis de recursos hídricos. O CNRH é responsável por administrar os conflitos de uso dos recursos hídricos em última instância e subsidiar a formação da política nacional de recursos hídricos. Também é de sua responsabilidade a criação de Comitês de bacias de domínio federal, além de determinar os valores de cobrança pelo uso da água. A Agência Nacional de Águas – ANA – é uma autarquia federal, possui autonomia administrativa e finan- ceira. Exerce o papel de uma agência reguladora e é responsável pela utilização dos rios de domínio da União. Atua também como uma agência executiva responsável pela implementação do sistema nacional de recursos hídricos. A ANA também gerencia os recursos provenientes da cobrança pelo uso da água em rios de domínio da União e fiscaliza e concede a outorga de direito de uso dos recursos hídricos. Conselhos Estaduais de Recursos Hídricos – São os fóruns máximos no âmbito Estadual das discussões e deliberações sobre as bacias hidrográficas que estão sob seu domínio. Têm a responsabilidade de elaborar o Plano Estadual de Recursos Hídricos, dando subsídios para a implantação da Política Estadual de Recursos Hídricos, representando o Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Comitês de Bacias Hidrográficas – A Política Nacional dos Recursos Hídricos tem como um de seus fundamentos a gestão descentralizada e participativa. Os comitês de bacias contam com a participação de representantes dos poderes públicos, dos setores usuários de águas e da sociedade civil organizada, sendo tripartite, ou seja, todos os segmentos têm direito a voto na mesma proporção. É competência do Comitê de Bacias Hidrográficas: arbitrar conflitos e usos de recursos hídricos, aprovar e acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da bacia hidrográfica, propor aos conselhos nacional e estadual os usos dos recursos e propor valores e es- tabelecer mecanismos para a cobrança pelo uso da água. Agências de Águas – Devem atuar como uma Secretaria Executiva do seu respectivo comitê, gerenciando os recursos obtidos pela cobrança do uso da água, além de outros recursos destinados. Deve ainda manter cadastro de usuários e balanço da disponibilidade hídrica, elaborar o Plano de Recursos Hídricos para a aprovação do comitê, realizar estudos, planos e projetos a ser executados com o recurso proveniente da cobrança do uso da água. Órgãos e poderes públicos de todos os níveis que se relacionam com a gestão de recursos hídricos, como exemplo as secretarias de Meio Ambiente. Referência Palácio do Planalto – Presidência da República. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.HTM>. Acesso em: 25 abr. 2014. Elaborado por Sergio Damiati especialmente para o São Paulo faz escola. 1. Mencione os principais fundamentos da Política Nacional de Recursos Hídricos.
  • 73. 72 Geografia – 2a série – Volume 2 2. Quais são as vantagens de se estabelecer uma política integrada de gerenciamento dos recursos hídricos? A qualidade das águas no Brasil tem sido comprometida por diversas formas de poluição: lança- mento de esgotos domésticos não tratados e de efluentes industriais, contaminação por agrotóxicos, mercúrio de garimpos, derramamentos de óleo etc. Consulte o Mapa das Bacias/Regiões Hidrográ- ficas do Estado de São Paulo e identifique a UGRHI onde está localizada a escola ou sua residência. Faça uma pesquisa individual sobre os instrumentos utilizados na gestão dos recursos hídricos pelo poder público nessa UGRHI. Região Hidrográfica da Vertente Paulista do Rio Paranapanema UGRHI 14 - Alto Paranapanema UGRHI 17- Médio Paranapanema UGRHI 22 - Pontal do Paranapanema Região Hidrográfica Aguapeí/Peixe UGRHI 20 - Aguapeí UGRHI 21- Peixe Bacia do Rio Tietê UGRHI 05 - Piracicaba, Capivari e Jundiaí UGRHI 06 - Alto Tietê UGRHI 10 - Sorocaba e Médio Tietê UGRHI 13 - Tietê - Jacaré UGRHI 16 - Tietê - Batalha UGRHI 19 - Baixo Tietê Região Hidrográfica da Vertente Litorânea UGRHI 03 - Litoral Norte UGRHI 07- Baixada Santista UGRHI 11 - Ribeira de Iguape e Litoral Sul Região Hidrográfica de São José dos Dourados UGRHI 18 - São José dos Dourados Bacia do Rio Paraíba do Sul UGRHI 02 - Paraíba do Sul Região Hidrográfica da Vertente Paulista do Rio Grande UGRHI 01 - Serra da Mantiqueira UGRHI 04 - Pardo UGRHI 08 - Sapucaí-Mirim/Grande UGRHI 09 - Mogi-Guaçu UGRHI 12 - Baixo Pardo/Grande UGRHI 15 - Turvo/Grande Mapa das Bacias/Regiões Hidrográficas do Estado de São Paulo 1717 1414 2222 2020 1919 2121 1111 77 33 1616 1313 1010 66 55 1212 1515 88 99 44 11 1818 22 Plano Estadual de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo PERH 2012-2015. Disponível em: <http:// www.sigrh.sp.gov.br/>. Acesso em: 4 jun. 2014. Mapa original.
  • 74. 73 Geografia – 2a série – Volume 2 1. Sobre o Rio São Francisco, é correto afirmar que: a) o principal esforço das autoridades governamentais é o de recuperá-lo, de modo a garantir que suas águas abasteçam todo o semiárido nordestino. b) ele está sendo objeto de obra cuja meta é fazer migrar parte de suas águas para zonas do semiárido de relevo desnivelado em relação ao leito natural do rio. c) ele está sendo desviado para uma área do Nordeste que compõe o agreste de Pernambuco, na qual se desenvolve o cultivo de soja para fins comerciais. d) ele está sendo revitalizado, com a retirada das barragens do médio curso, e esse é o sentido principal da expressão “transposição do São Francisco”. e) as obras atuais visam abrir canais para atrair, das partes mais altas do semiárido nordestino, águas para revitalizar o rio. 2. Qual é a situação dos recursos hídricos brasileiros nos grandes centros urbanos?
  • 75. 74 Geografia – 2a série – Volume 2 Situação de Aprendizagem 8 Gestão dos recursos naturais: o “estado da arte” no Brasil Para começo de conversa O que significa desenvolvimento sustentável? Leitura e análise de texto 1. Leia o texto a seguir. ! ? Gestão dos recursos naturais Uma gestão sustentável dos recursos naturais requer, como condições indispensáveis à sua implementação, posturas mais abrangentes dos governos e da sociedade. Como ponto básico para a implementação das estratégias propostas, são estabelecidas as seguintes premissas: a) participação; b) disseminação e acesso à informação; c) descentralização das ações; d) desenvolvimento da capacidade institucional; e) interdisciplinaridade da abordagem da gestão de recursos naturais, promovendo a inserção ambiental nas políticas setoriais. Vários aspectos influenciam e interagem no processo de gestão dos recursos naturais, que precisa considerar, além das relações intrínsecas entre os próprios recursos, as relações de inter- dependência com as dinâmicas econômica, social e política. Isso pressupõe: ●● conhecimento específico sobre os fatores naturais como recursos potenciais inseridos em um ecossistema; ●● conhecimento específico quanto ao estado (natural ou transformado) desses fatores; ●● definição precisa de unidades de análise e, dentro destas, das inter-relações e sinergias que ocorrem entre os fatores bióticos e abióticos. NOVAES, Washington (Coord.); RIBAS, Otto; NOVAES, Pedro da Costa. Agenda 21 brasileira: bases para discussão. Brasília: MMA/PNUD, 2000. p. 58.
  • 76. 75 Geografia – 2a série – Volume 2 a) Quais estratégias devem ser implementadas para que se consiga a gestão sustentável dos recursos naturais? b) Quais são as condições necessárias para a criação de políticas de gestão dos recursos naturais? 2. Agora, leia o texto a seguir. Constituição Federal do Brasil, 1988, Título VIII, Capítulo VI, Artigo 225 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. [...] Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 26 nov. 2013. É possível afirmar que a Constituição de 1988, em seu artigo 225, incorpora a ideia de susten- tabilidade? Justifique sua resposta.
  • 77. 76 Geografia – 2a série – Volume 2 ●● Recursos do solo. ●● Recursos hídricos. ●● Recursos oceânicos e das zonas costeiras. ●● Recursos da diversidade biológica. ●● Os recursos naturais são tratados como bens públicos? ●● Há investimentos no reconhecimento e na conservação desses recursos? Combinem com seu professor como será a apresentação da pesquisa. Retome as anotações realizadas em sala de aula após a apresentação de cada um dos grupos de trabalho da Pesquisa em grupo e, em seu caderno, elabore um texto argumentativo com o seguinte tema: Principais ameaças aos recursos naturais no Brasil. Sobre os recursos naturais, é correto dizer que: a) eles estão praticamente esgotados, pois são os mesmos desde a origem das sociedades humanas e são intensamente usados. b) os diferentes grupos sociais usam distintos recursos naturais, com finalidades diversas; logo, relacionam-se de formas diferentes com a natureza. c) aqueles de origem abiótica (inorgânica) são os que resistem mais ao uso humano, devido à sua capacidade de recuperação, como é o caso da água. d) aqueles de origem biótica são os mais utilizados pelo ser humano, pois são cultivados por ele, evitando seu uso no estado natural. e) a maioria dos mananciais de recursos naturais no Brasil é alvo de políticas de conservação bas- tante adequadas, uma vez que eles são uma das nossas principais riquezas. Sob orientação de seu professor, esco- lha com seu grupo um dos recursos natu- rais relacionados ao lado e realizem uma pesquisa sobre a situação atual do recurso escolhido. Para organizar o trabalho, considerem os seguintes questionamentos:
  • 78. 77 Geografia – 2a série – Volume 2 Ano-Terra História da Terra Tempo geológico Mês Data Eventos marcantes e seus registros (idades em milhões de anos = Ma) Principais tendên- cias e inovações Subdivisão Janeiro Primeiro dia, da meia-noite até 15h35 4 566: Formação da nebulosa solar. O éon Hadeano é marcado pela acreção do planeta, impactos gigantescos, oceanos de magma e intenso magmatismo, diferen- ciação e desvalorização do interior do planeta. Do dia 6 ao dia 14 (4 500 e 4 400 Ma) a convecção caótica e a rápida reciclagem das rochas da superfície impedem a formação de placas estáveis. (Fase pré-placa da tectônica global). No dia 14 de janeiro, (4 400 Ma) aparecem microplacas e, na segunda quinzena de fevereiro, o primei- ro protocontinente (4 000 a 3 850 Ma), onde é hoje a Groen- lândia. ÉON HADEANO (4 566 a 3 850 Ma) 4 563: Planetésimos começam a se formar por acreção. 4 558: Planetésimos maiores já exibem magmatismo plutônico e vulcânico. Às 11h30 do dia 5 4 510: A Lua se forma quando um planetésimo do tamanho de Marte colide com a Terra, ainda em formação. Às 6h45 do dia 6 4 500: Transformações no jovem Sol criam um vento solar tão in- tenso que a atmosfera primordial da Terra é "varrida" para o espaço, arrefecendo a superfície do pla- neta. Vulcanismo libera grandes quantidades de gás carbônico e vapor de água. Às 16h05 do dia 8 4 470: Acreção da Terra e dife- renciação do núcleo metálico (Fe, Ni) estão praticamente concluí- das e a atmosfera, rica em CO2 , reestabelecida. Às 6h30 do dia 14 4 400: Cristais de zircão (ZrSiO4 ) com esta idade são os mais antigos objetos terrestres datados. São evidências da existência, na época, de crosta continental granítica e da alteração de rochas por meio aquo- so (hidrosfera). A Terra se torna propícia à vida primitiva. Às 0h do dia 17 4 366: Termina a fase de aque- cimento do interior do planeta por meio de impactos acrecio- nários (energia cinética → calor) e diferenciação interna (energia gravitacional potencial → calor).
  • 79. 78 Geografia – 2a série – Volume 2 Fevereiro No início do dia 12 4 040: Mais antigas rochas conhecidas – gnaisses de Acasta, Canadá. Às 5h45 do dia 15 4 000: Núcleo interno se cris- taliza, dando início ao campo magnético terrestre. Do dia 23 até o dia 2 de março 3 900 a 3 800: Retomada de im- pactos gigantes criam as maiores crateras da Lua e ameaçam a sobrevivência de quaisquer formas de vidas presentes na Terra. A partir das 5h45 do dia 27 até o dia 15 de março 3 850-3 650: Forma-se o mais an- tigo registro conhecido de rochas supracrustais, como lavas e rochas sedimentares, agora metamor- fizadas (ilha Akília e Isua, SW Groenlândia). Estas rochas evidenciam a existên- cia de pequenos protocontinentes e incluem grafite, interpretado por alguns pesquisadores como a mais antiga evidência de vida na Terra. O início do éon Arqueano base do registro geológico mais antigo de rochas sedimentares. A fase de microplacas termina no dia 30 de maio (2 700 Ma) após a consolidação de placas litosféricas de dimensões e relevo expressivos. Inicia-se a fase de tran- sição tectônica, que culminará no dia 13 de outubro com o sur- gimento do "ciclo de Wilson" e a tectônica global moderna. A atmosfera começa a se tornar oxidante a partir do dia 6 de maio (3 000 Ma) devido à expansão de microrganismos fotossintetizantes, como as cianobac- térias. Como conse- quência, deposita-se quantidade gigantesca de ferro nos oceanos. ÉON ARQUEANO (3 850 a 2 500 Ma) Março Às 5h do dia 27 3 500: Fósseis mais antigos: estro- matólitos e microfósseis orgânicos (evidências de vida procariótica já diversificada) – W Austrália. Porções duradouras (cratônicas) se formam nos protocontinentes maiores (oeste da Austrália e sul da África). Intensa atividade vulcânica irrom- pe na Lua. Abril Às 5h do dia 4 3 400: Rochas mais antigas da América do Sul – o tonalito de São José do Campestre, próximo de Natal, Rio Grande do Norte, Brasil. Maio Às 3h50 do dia 30 2 700: Mais antigas evidências bio- geoquímicas (quimiofósseis) de fo- tossíntese oxigênica (cianobactérias) e de esteróis, compostos produzidos apenas por eucariotos. Formação ferrífera da Serra dos Carajás é depositada.
  • 80. 79 Geografia – 2a série – Volume 2 Junho Às 3h35 do dia 15 2 500: O início da era Paleoproterozoica. O éon Proterozoico é marcado por profun- das modificações na atmosfera, magmatis- mo, sedimentação, cli- ma e regime tectônico, cada vez mais pare- cidos com processos modernos. A retirada de gás carbônico da atmos- fera por processos intempéricos e por organismos fotossinte- tizantes reduz o efeito estufa do Arqueano e provoca a primeira glaciação de extensão continental no dia 17 de julho (2 100 Ma). A atmosfera se torna oxidante em julho (2 300 a 2 000 Ma). Com o aumento de oxigênio na atmos- fera e a expansão de áreas de águas rasas habitáveis em torno de continentes, surgem grandes inovações evolutivas: vida euca- riótica simples (micro- algas) entre o fim de julho (2 000 Ma) e fim de agosto (1 600), al- gas marinhas plurice- lulares microscópicas e sexualidade a partir do dia 27 de agosto (1 200 Ma) e, animais, finalmente, apenas no dia 14 de novembro (600 Ma), ao final da era Neoproterozoica. ERA PALEOPROTEROZOICA ÉONPROTEROZOICO(2 500A542Ma) Às 3h20 do dia 23 2 400: Formação ferrífera e os estromatólitos mais antigos do Brasil depositam-se no Quadri- látero Ferrífero, Minas Gerais (Brasil). Julho Às 3h20 do dia 1 2 300: Mais antigos depósitos sedimentares continentes aver- melhados (red beds), considerados como evidência geológica de uma atmosfera oxidante. Às 3h05 do dia 17 2 100: Mais antigas evidências de glaciação continental extensa (Canadá). Marca paleontológica representada pela microflora pro- cariótica silicificada de Gunflint (Canadá). Às 6h45 do dia 23 2 023: Impacto de meteorito em Vredefort, África do Sul (cria cra- tera de 300 km de diâmetro). Às 2h55 do dia 25 2 000: O fóssil enigmático, Grypania, talvez represente os pri- meiros organismos megascópios (algas eucarióticas?). Agosto Às 2h40 do dia 6 1 850: Impacto de Sudbury, Canadá, forma cratera de 250 km de diâmetro. ERAMESOPROTEROZOICA (1 600a1 000Ma) Às 2h40 do dia 10 1 800: Forma-se o suposto pri- meiro supercontinente, Nuna. Às 2h10 do dia 26 1 600: Início da era Mesoproterozoica. Setembro Às 1h40 do dia 27 1 200: Mais antiga evidência de multicelularidade eucariótica e de sexualidade – rodofíceas micros- cópicas (Canadá). Agregação do supercontinente Rodínia se inicia.