2. A Baixada Santista é uma região com Polo Industrial, que
possui indústrias de extrema importância, onde Cubatão se
destacou durante muito tempo por suas empresas
siderúrgicas.
O desenvolvimento econômico da região apresenta estreitas
relações com o Porto de Santos e o complexo industrial de
Cubatão , que facilitam a logística empresarial (envolvendo,
também, o transporte e recebimento de mercadorias).
Baixada Santista
Contudo, é importante destacar que a região já sofreu muitos
impactos ambientais e atualmente ainda é vítima de vários
acidentes, muitos causados por descuidos, falta de
fiscalização e controle adequado que colocam em risco a
população, o ambiente e a economia local.
3. Histórico
de
acidentes
na
Baixada
Santista
1984, PETROBRAS- Em 25 de fevereiro
ocorreu um vazamento de 700 mil
litros de gasolina de um duto da
Petrobras, o que gerou uma explosão,
destruindo a favela da Vila Socó,
Cubatão. 93 pessoas foram mortas e
mais de 400 não foram encontradas.
1998, BRASTERMINAIS- Na tarde de 3
de setembro um vazamento em uma
casa de bombas, que estava instalada
ao lado de tanques que continham
líquidos tóxicos, fez com que dois
desses tanques provocassem um
incêndio na Ilha Barnabé, Santos. O
acidente preocupou toda a Baixada.
Não houve vítimas.
4. 2012, USIMINAS- No dia 19
de maio, um incêndio
atingiu o alto-forno 2 da
Usiminas, em Cubatão. O
fogo só foi controlado após
seis horas. Trabalhadores
afirmam ter ouvido uma
explosão antes de o fogo
começar.
5. • 2015, ANGLO AMERICAN- Parte do Polo
Industrial de Cubatão foi evacuado na manhã
de 23 de janeiro, por conta de um vazamento
de gás, com enxofre em sua composição. Após
o incidente, cerca de 100 pessoas procuraram
atendimento médico, com sintomas de
intoxicação. A origem do vazamento, uma torre
da empresa Anglo American, só foi descoberta
pela Cetesb três dias depois. O acidente
provocou chuva ácida.
• 2015, ULTRACARGO- Em 2 de abril, um
incêndio atingiu seis tanques de
combustível nas instalações da
Ultracargo, na Alemoa. As chamas
levaram 197 horas para serem
controladas.
6. Incêndio da ULTRACARGO, Santos
Este incêndio ocorreu nos terminais da empresa Ultracargo
em abril de 2015, Santos.
Causado por uma bomba de combustível que foi ligada por
engano e, por estar com suas válvulas fechadas, causou
explosão.
A explosão se alastrou por tanques de combustíveis, que
pegaram fogo rapidamente.
Foi o maior incêndio do país, durando oito dias.
Foram consumidos 6 tanques com álcool, gasolina e diesel,
totalizando 23 mil metros cúbicos de combustível.
Reportagem de 2016 sobre o acidente
https://www.youtube.com/watch?v=QzTBxbaoims
7. Impactos ambientais
• Nuvens tóxicas se espalharam
por várias partes da região.
• O mangue foi contaminado,
prejudicando peixes, aves,
árvores e, assim, toda a cadeia
alimentar da região.
• O hidrocarboneto
(combustível com base no
petróleo) atingiu a água,
impedindo que a luz do sol
penetrasse e a transferência
de oxigênio para os peixes,
levando-os à morte por
sufocamento.
8. A fuligem, que se dispersou com o
vento, acelerou a corrosão das espécies
nativas, causou a queima das folhas das
árvores e chuva ácida.
A fumaça agravou o cenário dos
moradores que sofriam com problemas
respiratórios.
O contato com o dióxido de enxofre
(substância resultante da queima de
gasolina) pode causar, de imediato, tosse
seca.
Irritação e ardência nos
olhos, nariz e boca em
quem está próximo ao
incêndio.
9. • Bilhões de litros de água e espuma que foram utilizados
para apagar o fogo foram despejados no ecossistema
marinho com resíduos de combustíveis e outros produtos
químicos.
• Segundo pesquisas, estes impactos no ambiente deverão
perdurar no mínimo num período de 5 anos.
10. • Em 14 de abril de 2015, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de
São Paulo) multou a Ultracargo em R$ 16 milhões por danos
ambientais, riscos à população e outras consequências do incêndio.
• A Secretaria de Meio Ambiente do Estado fez a Ultracargo cumprir
algumas exigências, como:
Executar a limpeza e destinação adequada dos resíduos, materiais
e equipamentos prejudiciais ao meio ambiente.
Monitorar as condições ambientais do entorno de seu terminal.
Adotar medidas adequadas na operação de rescaldo do incêndio,
para que não haja poluição atmosférica.
Monitorar as águas do estuário de Santos, assim como a vegetação
dos arredores, adotando também medidas necessárias para sua
recuperação.
O que foi feito?
11. A empresa se dispôs a agir em quatro
frentes: pesca, saúde, vegetação e
segurança.
Ofereceu treinamentos aos
pescadores e a possível compra de
embarcações e alguns materiais.
Promoveu melhorias em unidades
de saúde da região.
Replantou espécies típicas da mata
atlântica, de acordo com a indicação
de órgãos ambientais.
12. Portanto...
Acidentes envolvendo produtos
químicos requerem muita atenção,
cuidado, assim como critérios
diferentes para cada tipo de
desastre.
É de extrema importância ter em
mente o que cada substância causa.
As principais classes de riscos, de
acordo com ONU, são:
• Substâncias explosivas;
• Gases (inflamáveis, não
inflamáveis ou tóxicos);
• Liquido inflamáveis;
• Sólidos inflamáveis ou reativos;
• Oxidantes e peróxidos
orgânicos;
• Substâncias tóxicas;
• Substâncias corrosivas.
13. Por tais razões, foi criado O Plano
Nacional de Prevenção,
Preparação e Resposta Rápida a
Emergências Ambientais com
Produtos Químicos Perigosos,
com o objetivo de prevenir
acidentes com produtos químicos
e melhorar a resposta a
emergências químicas no País.
Conclusão
Deve haver mais fiscalização e
gestão de medidas preventivas
sobre as empresas químicas,
onde devem zelar pelo
cumprimento das normas
ambientais.