O documento discute o impacto ambiental do transporte marítimo de petróleo e derivados, fornecendo um breve histórico de vazamentos de óleo no mar mundial, detalhando os dez maiores acidentes e vazamentos ocorridos no Brasil. Também descreve os principais métodos de limpeza de ambientes costeiros impactados por vazamentos de óleo e as entidades reguladoras relacionadas ao meio ambiente no Brasil.
Transporte maritimo de petroleo e derivados e impacto ambiental
1. Engenharia de Produção – 3º Semestre
Ciências do Ambiente
Prof. Ronaldo Bastos Francini
Componentes do Grupo:
Jessica Reis
Mariana Lourenço
Thalita Sales
Impacto Ambiental noImpacto Ambiental no
Transporte Marítimo de PetróleoTransporte Marítimo de Petróleo
e Derivadose Derivados
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Breve histórico sobre vazamentos de óleoBreve histórico sobre vazamentos de óleo
no mar no mundono mar no mundo
Encalhe do navio petroleiro Torrey
Canyon na Inglaterra, em 1967.
Área atingida: Costa francesa e
inglesa.
Ocasionou a morte de centenas
de aves além de prejuízos à
pesca e ao turismo.
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Breve histórico sobre vazamentos de óleoBreve histórico sobre vazamentos de óleo
no mar no mundono mar no mundo
Naufrágio do petroleiro Amoco
Cadiz, na França, em 1978.
Área atingida: Costa francesa.
230.000 toneladas de oléo
vazadas.
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Breve histórico sobre vazamentos de óleoBreve histórico sobre vazamentos de óleo
no mar no mundono mar no mundo
Ano Navio Região Vol vazado (ton)
1 1979 Atlantic Empress ~ Tobago 287.000
2 1991 ABT Summer ~ Angola 260.000
3 1983 Castillo de Belver ~ Africa do Sul 252.000
4 1978 Amoco Cadiz ~ França 223.000
5 1991 Haven ~ Italia 144.000
6 1988 Odyssey ~ Canada 132.000
7 1967 Torrey Canyon ~ Reino Unido 119.000
8 1972 Sea Star ~ Golfo de Oman 115.000
9 1980 Irenes Serenade ~ Grécia 100.000
10 1976 Urquiola ~ Espanha 100.000
Fonte: ITOPF in CETESB, 2009. Adaptado.
Dez maiores vazamentos de óleo no mundo envolvendo navios.
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Impacto ambiental X volume de óleoImpacto ambiental X volume de óleo
vazadovazado
Apesar do grande volume de óleo
liberado, a grande maioria dos
acidentes apresentados na tabela
anterior é praticamente desconhecido,
porque muitos ocorreram em alto mar,
distantes da zona costeira, sem trazer
impactos diretos à fauna como
mortandade de aves e mamíferos ou
prejuízos à pesca e ao turismo.
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Impacto ambiental X volume de óleoImpacto ambiental X volume de óleo
vazadovazado
É importante frisar que a extensão do
dano ambiental causado por estas
ocorrências nem sempre é
proporcional apenas ao volume
vazado, porque está também na
dependência da causa do incidente,
da dimensão do volume liberado, do
tipo de produto envolvido, da sua
respectiva toxicidade, da magnitude
de áreas afetadas e da sensibilidade
ecológica e socioeconômica destes
ambientes.
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Impacto ambiental X volume de óleoImpacto ambiental X volume de óleo
vazadovazado
Encalhe do petroleiro Exxon Valdez
no Alasca (1989).
Considerado um dos piores eventos
que causaram impacto ao meio
ambiente, por ter ocorrido em área
abrigada e sensível, com importantes
recursos biológicos e atividades de
importância socioeconômica.
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Acidentes ocorridos na costaAcidentes ocorridos na costa
brasileirabrasileira
Navio químico Vicuña após
explosão no Porto de
Paranaguá (PR), em 2004
(1000 m³ metanol e 5.000 m³
óleo vazados).
Navio Cargueiro Smyrni
avariado no tanque de óleo
combustível no Porto de Santos
(SP), em 1998 (40 m³
vazados).
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Acidentes ocorridos na costaAcidentes ocorridos na costa
brasileirabrasileiraPrincipais vazamentos de óleo no litoral brasileiro (1960 -2006)
Fonte/Causa Data Local / áreas atingidas Vol. vazado
N/T Sinclair Petrolore /
desconhecida dez/60 Costa brasileira / desconhecido 66.530 m³
N/T Takamyia Maru / acidente
de navegação ago/74 São Sebastião (SP) / praias e costões 6.000 m³
N/T Tarik Ibn Zyiad / acidente
de navegação mar/75 Baía de Guanabara (RJ) / praias e costões 6.000 m³
N/T Brazilian Marina / acidente
de navegação jan/78 São Sebastião (SP) / praias e costões 6.000 m³
N/T Marina / acidente de
navegação mar/85 São Sebastião (SP) / praias e costões 2.000 m³
N/T Theomana / não apurada set/91 Bacia de Campos (RJ) / mar aberto 2.150 m³
N/M Smyrni / acidente de
navegação jul/98 Santos (SP) / mangue, praias e costões 40 m³
N/T Maruim / fissura no casco ago/98
São Sebastião (SP) / praias, costões e
marisma 15 m³
Campo de Produção nov/99 Carmópolis (SE) / mar e pesca Não estimada
Plataforma P 36 mar/01 Bacia de Campos (RJ) / mar aberto 1.500 m³
Plataforma P 7 abr/01 Bacia de Campos (RJ) / mar aberto 124 m³
Navio Vicuña / explosão nov/04
Baía de Paranaguá (PR) / mangue,marisma,
praia,costão
1000m³ de metanol e
5.000 m³ de óleo
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Órgãos Relacionados ao MeioÓrgãos Relacionados ao Meio
AmbienteAmbiente IMO - International Maritime Organization
ITOPF - International Tanker Owners Polution Federation
FEEMA - Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente
IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis
CONAMA - Conselho Nacional para o Meio Ambiente
CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento
Ambiental
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Gerenciamento AmbientalGerenciamento Ambiental
Planejamento, identificação e avaliação dos riscos;
Implementação de controles e operações preventivas;
Plano de Emergência e Contingência;
Limpeza e recuperação de área impactada;
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Planos de contingência para vazamentos dePlanos de contingência para vazamentos de
óleo no maróleo no mar
Apesar dos significativos avanços
tecnológicos nas atividades de exploração,
armazenamento e transporte de petróleo e
de seus derivados, existe a possibilidade de
um acidente acontecer e de gerar poluição
ambiental. As conseqüências podem (e
devem) ser reduzidas e, para tanto, o Plano
de Contingência é uma ferramenta
fundamental.
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Planos de contingência para vazamentos dePlanos de contingência para vazamentos de
óleo no maróleo no mar
Abrangência Nível Responsávelpelaoperaçãoderesposta
PlanoLocaldeContingência–PLC 1 Empresa/instituição
PlanoRegionaldeContingência–PRC 2 Empresa/instituiçãoeAgênciasGovernamentais
PlanoNacionaldeContingência–PNC 3 GovernoFederal
O Plano de Contingência (PC) define a estrutura organizacional, os
procedimentos e os recursos disponíveis para resposta a eventos de poluição
por óleo no mar, nos diversos níveis operacionais ou de ações requeridas seja
ela local, regional ou nacional.
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Limpeza de ambientes costeirosLimpeza de ambientes costeiros
Método: Utilização de
Absorventes.
Aplicação de produtos com propriedades
oleofílicas, orgânicos (turfa, palha de pinho),
sintéticos ou minerais. Podem se apresentar
na forma granulada ou envolvidos em tecidos
porosos formando "salsichões" ou "almofadas",
sendo aplicados diretamente sobre o óleo.
O uso de absorventes é um método bastante
útil, do ponto de vista ecológico, pois causa
prejuízos mínimos ao ambiente. Aplicação de turfa vegetal em
limpeza de praia
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Limpeza de ambientes costeirosLimpeza de ambientes costeiros
Método: Remoção manual.
Retirada manual do óleo do ambiente com
utensílios como rodos, pás, latas, baldes,
carrinhos de mão e tambores. Propicia o
acesso e limpeza de locais restritos como
fendas, poças de marés, e conjunções de
rochas, bem como áreas mais extensas como
praias de areia.
É um método de limpeza mais trabalhoso, no
entanto causa menos danos ao ambiente. Tem
comprovada eficiência em ambientes como
praias e costões rochosos.
Limpeza manual de praias
Limpeza manual de costões
rochosos
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Limpeza de ambientes costeirosLimpeza de ambientes costeiros
Método: Limpeza natural
Mecanismo natural de limpeza e remoção do
óleo como ondas, correntes, marés, ventos,
chuvas, biodegradação, volatilização,
solubilização, dispersão, entre outros, atuando
no ambiente atingido pelo óleo, com eficiência
variável, de acordo com as características
físicas do ambiente e do próprio óleo.
Limpeza natural
Este procedimento é normalmente priorizado em muitos casos uma vez que
não causa danos adicionais à comunidade, no entanto, normalmente, conjuga-
se a este procedimento outros métodos de limpeza.
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Limpeza de ambientes costeirosLimpeza de ambientes costeiros
Método: Bombeamento a
vácuo
O óleo é aspirado com utilização de
caminhões-vácuo ou bombas-vácuo
sendo que nesse caso o óleo é
transferido para recipientes como
tambores, "bags", etc.
Bombeamento a vácuo
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Limpeza de ambientes costeirosLimpeza de ambientes costeiros
Método: Dispersantes
químicos
Agentes químicos que dispersam o óleo
na coluna d’água favorecendo sua
degradação natural. Técnica que pode
evitar a chegada do óleo em locais de
maior relevância ecológica/econômica.
Sua aplicação está associada à
anuência do órgão ambiental
competente e deve se basear em
legislação vigente especifica (resolução
CONAMA n° 269 de 14/09/2000). Aplicação de dispersantes (Operação
TEBAR V - S. Sebastião – SP)
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Limpeza de ambientes costeirosLimpeza de ambientes costeiros
Abaixo as técnicas indicadas pela CETESB para serem aplicadas nos
diferentes ambientes costeiros.
Técnica Praia
Costão
rochoso
Manguezal / Marisma
Recife
de
coral
Substratos
marinhos
Águas abertas
águas
adjacentes
bosque costeiras oceânicas
Bombeamento à vacuo • • • • • •
Recolhimento manual • • • - • - • •
Absorventes • • • • •
Limpeza natural • • • • • • • •
Barreiras, esteiras,
skimmers • • • •
Lavagem com água
corrente - • - - - - - -
Corte controlado de
vegetação • •
Dispersantes - - - - - - • •
• • - Aplicável apenas em marismas
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Ciências do Ambiente
Prof. Ronaldo Bastos Francini
Referências BibliográficasReferências Bibliográficas
http://www.mma.gov.br
http://www.cetesb.sp.gov.br
www.itopf.com
http://www.valdezscience.com
www.petrobras.com.br