O documento discute a biofísica da respiração, incluindo a mecânica da respiração, a pressão pleural, a espirometria e o comportamento elástico dos pulmões. Aborda tópicos como a pressão negativa na pleura, a medição da pressão pleural, os volumes pulmonares e capacidades, e como doenças podem afetar os resultados espirométricos. Também explica a tensão superficial do surfactante alveolar e sua importância na mecânica respiratória.
43. Equação de Poiseuille Ф = ΔP. π . r4 8 . Ƞ .1 Ф = É o fluxo em unidade de volume/tempo ΔP =É a diferença de pressão entre as extremidades do tubo r = é o raio do tubo l = é o comprimento do tubo ƞ = é a viscosidade do fluido 14 Biofísica da respiração
44.
45. ( l ) e ( ƞ ) , oferecem grande resistência e dificuldade
46. ( r ) maior influência na determinação do fluxo15 Biofísica da respiração
53. Misto ; envolve tanto o laminar como o turbulento18 Biofísica da respiração
54. O número de Reynolds, dado pela expressão: N= v . d . µ ƞ N= número de Reynolds v = velocidade média do fluido d = diâmetro do tudo µ = densidade do fluido ƞ = viscosidade cinemática do fluido 19 Biofísica da respiração
65. MedidasEspirográficas 2. Volume de reservainspiratória: quantidade de arquepode ser movimentadaalém do volume correnteduranteesforçomáximo ± 3000ml 25 Biofísica da respiração
66. MedidasEspirográficas 3. Volume de reservaexpiratória:é o volume máximo adicional de ar que pode ser eliminado por expiração forçada, após o término da expiração corrente. ± 1100ml 26 Biofísica da respiração
86. O esforço das pleuras Durante a inspiração, ospulmõesseguem o movimentodacaixatorácicagraçasaolíquidoque se encontra no espaço pleural. Esselíquido é compostobasicamenteporágua e sais. Molhando as pleuras: as forças de adesão > as forças de coesão Força entre molécula de líquido e dasuperfície Força entre moléculas de líquido 38 Biofísica da respiração
89. Quando + Pulmão expandido > força elástica40 Biofísica da respiração
90. A dependência entre a força elástica e estiramento foi estudada por Hooke, que estabeleceu a clássica expressão: F = - K . Δx K = constante elástica da mola Δx = é a variação de comprimento da mola determinada pelo efeito deformante 41 Biofísica da respiração
91. Os corpos elásticos, submetidos a esforços deformantes muito intensos, sofrem grande alteração de forma. Força deformante limite e tensão de ruptura 42 Biofísica da respiração
92. Elasticidade X Extensibilidade Elasticidade : propriedade que os corpos possuem de retomar a sua forma inicial. Extensibilidade : Propriedade que permite aos corpos serem deformados 43 Biofísica da respiração
93. A constante elástica (k) , depende do esforço e da natureza e geometria do material : K = ρ . S x₀ ρ = coeficiente de elasticidade específica do material S= área da secção transversa do corpo x₀ = comprimento inicial do corpo 44 Biofísica da respiração
105. Já o enfisema pulmonar faz com que a parede dos alvéolos perda o tônus elástico o que pode aumentar a complacência pulmonar49 Biofísica da respiração
106.
107. As moléculas no interior do líquido sofrem atração entre si, onde todas as forças se anulam, porém as que estão na superfície sofrem apenas interações laterais e para baixo, formando uma tensão que forma uma película.50 Biofísica da respiração
126. Pressão total de retração pulmonar. é a soma produzida pelos componentes elásticos do parênquima pulmonar adicionada à pressao de retração produzida pela tensão superficial do líquido alveolar Pt= Pe + Pts Pt – pressão total de retração pulmonarPe- componentes elasticosPts-tensão superficial .Os cálculos teóricos mostraram que Pts do líquido intra-alveolar é igual a 20.000d/ cm². Esse valor foi obtido considerando a proposição de Laplace para esferas elásticas e considerando os seguintes dados.. Numero de alveolos – 300 milhões .diametro dos alveolos- 300 um.ts do liquido intra alveolar- 50d / cm 63 Biofísica da respiração
127. Experimento de vonNeegaard e de Clements. A pressão traqueal capaz de equilibrar um pulmão com insuflação máxima vale 20cmH2O.Essa figura mostra dois comportamentos próprios desse órgão. .um mesmo incremento de pressão traqueal produz maior variação do volume pulmonar quando o pulmão esta desinsuflado do que quando esta insuflado. .a pressão de retração pulmonar máxima produzida pelos componentes elásticos do parênquima pulmonar foi aproximadamente metade daquela produzida quando havia tensão superficial alveolar 64 Biofísica da respiração
128. Quando o pulmão esta desinsuflado, a pressão total de retração pulmonar, é de 2 a 5cmH2O. Essa pressão é, 4 a 10 vezes menor que a pressão traqueal que mantém o pulmão cheio. Como a pressão máxima de retração do pulmão insuflado é praticamente igual a pressão de retração de tensão superficial do liquido alveolar, pode-se concluir que no pulmão vazio, a tensão superficial do liquido alveolar é 4 a 10 vezes menor que a do pulmão cheio. Raciocinando com esses fatores Clements concluiu que deveria existir no liquido alveolar uma substância tensoredutora. A função desse surfactante seria fazer variar a tensão superficial do liquido intra-alveolar de acordo com o volume do alvéolo 65 Biofísica da respiração
129. Para testar sua hipótese,Clements &Tierney(1965) contruiram um aparelho para medira tensão superficial de líquidos durante a expansão e compressão da sua superfície livre. C - cubaE –êmbolo móvelP – placa de platinaT – transdutor de força 66 Biofísica da respiração
130. Composição química do surfactante.O surfactante é composto por uma combinação de tensoredutoras, sendo 85% fosfolipídios, 5% de lipídeos neutros, 10% de proteínas. Funções e produçao do surfactante. As proteínas de alto peso molecular exercem sua funçao em cooperação com os fosfolipidios para criar propriedades tensoredutoras. Os peptideos tem papel importante na manutenção do filme surfactante sobre o alveolo Nos pneumócitos tipo II o surfactante é armazenado em organelas chamadas de corpos lamelares 67
131. Função –promover estabilidade dos alvéolos, bactericida A liberação de surfactante é proporcional ao volume-corrente, mas não à freqüência respiratória. Existência de dois “pools” de surfactante: o primeiro contém menor volume da substancia tensoredutora, responde pronta e rapidamente a agonistas edrenérgicos tipo B2, enquanto o segundo tem maior volume e responde mais lentamente.A liberação deste depende, basicamente, ao volume-corrente. Mecanismo tensoredutor do surfactante. Quando o alveolo esta comprimido, o surfactante presente na superficie livre é relativamente altae, pr isso, a tensçao do liquido alveolar é baixa.Todavia, quando o alveolo esta expandido, sua superficie interna é grande e a area de superficie livre do liquido alveolar tambem é grande. O liquido alveolar aumenta sua area livre trazendo moleculas de agua do seu interior para sua superficie.Com isso, a contribuiçao das moleculas do surfactante diminui, e os valores da tensao superficial fica próximo a 50d/cm 68 Biofísica da respiração
132. Experimentos de Laplace Marquês de Laplace estudando o comportamento das bolhas de sabão, observou, que a parede de cada bolha é formada por duas superfícies que determinam esferas de raios diferentes. Estabeleceu que: P= T 1 + 1 R1 R2 69 Biofísica da respiração
133. Comportamento Laplaciano das bolhas de sabão A bolha ao se formar na extremidade do tubo inicialmente decresce de raio. A partir de um determinado raio mínimo,o raio passa a crescer progressivamente a medida que ela vai sendo inflada.A curva do gráfico representa os valores da pressão interna, necessário para manter o volume da bolha. Inicialmente, a pressão cresce rapidamente, mas a partir de B , quanto maior se torna o volume da bolha, menor é a pressão necessária para estabilizá-la 70 Biofísica da respiração
134. Surfactante e ventilação dos alvéolos Os alvéolos pequenos devem exercer uma pressão maior do que os alvéolos grandes , considerando que estes estão interconectados pelos tubos respiratórios,seria, impossível ventilar os alvéolos pequenos caso não existisse o surfactante pulmonar,pois a insuflação de ar expandiria, preferencialmente, os maiores. Esse fenômeno seria alimentado por um feedback positivo, pois quanto mais aumentassem , menor seria a resistência para enche-los e mais ar seria por eles sequestrado. Assim o surfactante ao reduzir a tensão superficial dos alvéolos pequenos e ao elevar a dos grandes, equilibra, e permite que o fluxo de ar seja constante 71 Biofísica da respiração
138. Pulmão de choqueNa síndrome da membrana hialiana , a produção de surfactante é deficiente em relçao a que ocorre no pulmão normal, tornando a força de retração alveolar alta, e dificultando a respiração 72