O beneficiamento do algodão é feito nas algodoeiras. Trata-se da etapa prévia para a sua industrialização e consiste na separação da fibra das sementes por processos mecânicos, com mínima depreciação das qualidades intrínsecas da fibra e a obtenção de um bom tipo de algodão, de maneira a atender às exigências da indústria têxtil e de fiação.
Com muito critério é observado a chegada da matéria-prima na algodoeira, até sua saída, acompanhada durante todo o processo por vários mecanismos de medição de umidade o que facilita sua gestão e agrega valor comercial à fibra. O processo de beneficiamento é extremamente importante na cadeia produtiva do algodoeiro.
2. Tópico
• História do beneficiamento;
• Tipos de Usinas;
• Implantação da Usina de beneficiamento;
• Gestão de Pátios;
• Qualidade da Pluma e do Caroço;
• Processos de beneficiamento do algodão.
3. História do beneficiamento
• O algodão é conhecido desde os tempos mais
remotos;
• Peru, Egito, Sudão, e Ásia menor já utilizavam o
algodão;
• Na Europa os árabes foram os primeiros a fabricar
tecidos e papéis com essa fibra.
4. • 1736 - A Inglaterra iniciou a manufatura de fios de
algodão com linha;
• 1775 / 1783 - Os EUA expandiu sua produção;
• Tempos depois Rússia, China, EUA, Paquistão, Egito e
Brasil passaram a ser grandes produtores.
12. Usina Antiga Usina Moderna
Baixa performance Alta performance
Baixo rendimento Alto rendimento
Redução da produtividade Redução de custos fixos
Custo operacional alto Ritmo de beneficiamento
uniforme
Fonte: H.Santos, 2017.
13. Implantação de uma usina
Acessibilidade do local;
Área disponível;
Características físicas do local;
Exigências ambientais;
Disponibilidade de energia elétrica.
17. Gestão de pátios externos para
algodão em caroço
1. Escolha e estrutura
•Dimensionamento para retirada da demanda de
fardões;
•Bom escoamento de água;
•Ruas entre fileiras cascalhadas;
•Livre de rede elétrica;
•Afastado de zona de mata ou grama;
•Afastado de estradas;
•Colocação de quebra-molas.
18. 1.2 Organização de pátios
•Organizados de forma facilitada;
•Recomenda-se duas filas por rua;
•A usina deve ter um croqui;
A armazenagem deve ter critérios baseados:
•Na propriedade do algodão;
•Talhão;
•Variedade;
•Turno de colheita.
19. 10 m
0,5 m
2 m
2 m
Fardões retangulares
Fonte: SLC Agrícola, 2013.
Fonte: SLC Agrícola, 2013.
Fonte: Spidexlonas,2017.
23. Gestão de pátios internos na
algodoeira para a pluma
Fonte: SLC Agrícola, 2012.Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
24. Qualidade da fibra e do caroço
Fonte: CIRAD, 1996.
Fonte: Blogtêxtil, 2015.
Fonte: PERINA, Fabiano José, 2016.
25. Duas categorias de fibras:
1. Fibra friável ou lint (25 a 45mm)
2. Fibrilha ou linter (3 mm)
Um caroço comporta cerca de 10.000 fibras e de 5 a
10.000 fibrilhas.
28. Cor;
Determina o grau comercial e o mercado considera
importante.
- Refletância (Rd%)
- índice de amarelamento (+b)
Fonte: Cotimes do Brasil, 2008.
29. Neps; afetam o aspecto, a qualidade do fio e do
produto acabado.
- "neps fibra"
- "neps casca"
Fonte: CIRAD, 1996.Fonte: ITMF, 2003-2009.
31. • A preparação; é o aspecto irregular e encarneirado da
amostra de fibra que apresenta mechas.
Fonte: Cotimes do Brasil, 2011. Fonte: guiadealgodon.org
32. Estrutura e composição do caroço
O miolo (50 a 60% do peso do caroço)
- contém o embrião;
- rico em óleo e proteínas;
A casca
- 30 a 40% do peso do caroço
- formada de 6 camadas de células.
Fonte: Cotimes, 2004.
33. Características intrínsecas do
caroço
Seed index;
- Massa de 100 caroços
- Geralmente, tem entre 5 e 15 g.
• Taxa de germinação;
- percentual de sementes com
germinação normal.
Fonte: AGIPLAN, 1976.
34. Taxa de linter (massa de linter / massa de caroço)
- Não deve ultrapassar 10%
- O deslintamento consiste em eliminar o linter
- método mecânico, químico ou por queima.
Fonte: GERSON SOBREIRA, 2009.Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
35. Taxa de óleo e taxa de proteínas
- 0% teor de água;
- 20 a 30% de óleo;
• Taxa de gossypol
- 0% de teor de água;
- Insetícidico natural;
- tóxico para os monogástricos.
37. Desmanchador de fardões
O desmanche acontece por meio de um equipamento
vulgarmente chamado de "piranha" ou "ricardão"
Fonte: Busa ltda, 2004. Fonte:Cotimes do Brasil, 2008.
38. Separadores gravimétricos
Eliminação de corpos estranhos pesados;
Extrai parcialmente capulhos não abertos;
Separador
Válvula de vácuo
Caixa de armaz.
"pulmão"
Rolos dosadores
Válvula de vácuo
Fonte: Lummus Corp e Continental Eagle Corp., [19-].
Fonte: Cotimes Afrique, 2011.
39. Torres secadoras
Umidade, a característica mais importante;
- Regular a temperatura de trabalho
- Tempo de secagem
Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
Fonte: BUSA ltda, 2004.
40. Gestão de umidade – Secagem
Umidade do algodão:
- Umidade higroscópica;
- Umidade de superfície.
Temperatura e Umidade relativa do ar
Muito variável
Fator mais importante
41. Algodão em caroço de umidade alta
Embuchamentos;
Danos aos equipamentos;
Dificuldade de abrir;
Inadequação na limpeza;
Rendimento de fibra baixo;
Aspecto de fibra encarneirado;
Fonte: H.Santos, 2017.
42. Fatores que influenciam a secagem
A temperatura e umidade do ar;
Volume do ar disponível;
Tempo de contato entre o algodão e o ar;
Abertura do algodão;
A secagem tem duas fases:
1ª) Retira a umidade da superfície;
2ª) Migração da umidade interna.
44. Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
onte:CotimesdoBrasil,2011.
45. Batedores de rolo
Batem, abrir, espalhar;
Normal haver dois batedores de rolo;
Retirada de pequenos resíduos 50 a 55%;
Resíduos totais de 10 a 40%.
Fonte: Continental Eagle Corp., [19-].
Fonte: Lummus Corp., 2007.
46. Rolos côncavos Rolos redondos
Barras quadradasDiscos
Grelha de barras
Fonte: Cotimes, 2007. Fonte: Cotimes do Brasil, 2010.
Fonte: Continental Eagle Corp., [20-].
onte:CotimesdoBrasil,201.0
47. Extrator alimentador
Utilizam força centrífuga;
Remoção e extração de impurezas;
Retiram mais de 50% de resíduos maiores
Alimenta o descaroçador de forma contínua e
uniforme.
Fonte: Cotimes, 2007.
48. Descaroçador
Separação da semente e das fibras;
Ação de serras circulares e costelas;
90 serras 5 a 7 fard0s de 217 kg/h;
200 serras 30 fardos de 227kg/h;
Harmonia e sincronismo demais sistemas;
Cerne de eficiência;
Limpeza com jatos de ar e "cata piolho".
49. Fonte: Continental Eagle Corp., [19-].
Fonte:Cotimes,2007.
Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
50. Limpadores de fibra
Centrifugadores – jato de ar;
Limpadores de serrilhas;
- Extrair pequenas partículas aderidas;
Fonte:ContinentalEagleCorp.,[19-].
Fonte: Continental G.C, [19-].
51. Condensador
Por sucção chega ao condensador
Tambor giratório (tela ou chapa), vedado
lateralmente;
Deposição da manta;
Velocidade controlada;
Uso de ventiladores de alto fluxo;
Descarrega na bica.
52. Limpador de serrilhas
Condensador de tambor
de tela
Rolos compressores
Barra de
alimentação dentro
da Câmara de
cilindro de serrilhas
Dentes das serrilhas
agarram a fibra
Fonte: Continental Eagle Corp., [19-].
Fonte: Cotimes, 2007.
53. Bica
Calha metálica que interliga o condensador ao
calcador;
Ângulo de 45° a 50°
Umidificação
Fonte: Cotimes, 2007.
54. Gestão de umidade da fibra
Resistência da fibra;
Colheita em período de baixa umidade;
Umidade de 3 a 5%;
Insuficientes para o descaroçamento.
55. Algodão seco
Geração de eletricidade estática
Embuchamentos
Perdas de comprimento comercial
Difícil prensagem
Produtividade menor
Aumento de taxa de fibras curtas
Custo alto
Fonte: H.Santos, 2017.
56. Vantagens da umidificação
Facilitar a prensagem e a redução do tempo;
Aumentar o rendimento das fibras;
Redução dos custos com embalagens;
Redução do transporte por toneladas de fibras;
Fiação;
Aumentar o peso dos fardos;
Custo alto?
57. Com um ganho de umidade de 2 pontos = 7,80R$ e
um valor de fibra já classificada de 2,60R$ por quilo, o
lucro adcional é de 10,40R$ por fardo de 200kg. Se
numa safra tenh0 50.000 fardos, quanto será meu
rendimento?
R= 520.000 R$
59. Calcador
Mecanismo que exerce pressão sobre a pluma;
Na caixa de prensa;
Sincronismo entre calcador e o empurrador.
Fonte: Cotimes, 2006.
Fonte:CotimesdoBrasil,2009.
60. Prensa hidráulica
Responsável pela prensagem da fibra e da formação
do fardo;
Tamanho 20" a 41" (0,508m x 1,04m);
Densidade universal de 448,56m³;
Motor de 100 cv, produção de 30 fardos/h.
Fonte: Continental Eagle Corp., 2002.
Fonte:ContinentalEagleCorp.,[19-].
61. Fardo - Características e normas
Densidade universal 448,56kg/m³ (227kg);
ao padrão internacional ISO 8115/1986.
USDA 137 x 51 cm BRA 104 x 51 cm
220kg 200kg
Fonte: Cotimes do Brasil, 2011. Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
Fonte: NORMA
ISO 8115/1986.
62. Aramação
Os fardos são formados por alta compressão. Deve ser
utilizado material de amarração de alta resistência
para manter o fardo nas dimensões desejadas.
Fonte: Cotimes do Brasil, 2011. Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.
63. Embalagem
O objetivo da embalagem é proteger a fibra da
contaminação e de vetores de fogo;
Fonte: Cotimes do Brasil, 2011. Fonte: Cotimes do Brasil, 2011.