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Barroco
Precedentes
 Em meados do século XVII, inúmeras crises
convulsionaram o Ocidente, entre elas, a crise
religiosa, com a Reforma de Lutero e Calvino, e o
rompimento de Henrique VIII com o Papa,
declarando-se chefe da Igreja Anglicana.
 Os católicos reagem, convocam o Concílio de Trento
e restauram os tribunais da Inquisição. Inicia-se a
Contra-Reforma, que tenta restabelecer o prestígio da
Igreja e a disciplina religiosa.
 A harmonia e o equilíbrio renascentista esfacelam-se,
fruto da ideologia da Contra-Reforma. Surge um
movimento que reflete os conflitos e o sentimento
dilemático da época: o Barroco.
Barroco
 Expressão da dualidade cultural gerada pela Contra-Reforma:
humanismo renascentista (cultura pagã greco-romana) e a
religiosidade tridentina (cultura medieval) =
antropocentrismo X teocentrismo
 A procura de conciliação ou de equilíbrio entre ambas
equivale à procura de uma síntese que, em resumo, é o próprio
estilo Barroco
=
Matéria X espírito
Bem X mal
Deus X Diabo
Céu X Terra
Pureza X Pecado
Alegria X Tristeza
Vida X Morte
Juventude X Velhice
Claridade X Escuridão
=
Antíteses e Paradoxos
 A consciência da transitoriedade da vida e da
degeneração física e moral traduzem uma
visão pessimista e um sentido trágico da
existência.
 Diante da dúvida e da incerteza, a literatura
barroca não pretende proporcionar um retrato
claro e direto da realidade e, sim, referir-se a
ela de tal modo indireto e contorcido que mais
se realce a maneira de representar do que
propriamente o representado.
=
metáfora
Perífrase (frase ou recurso verbal que exprime
aquilo que poderia ser expresso por menor
número de palavras)
Barroco, a arte da sugestão
Barroco =
 Analogias sensoriais
 Contrastes
 Jogos de palavras
 Trocadilhos
 Enigmas
 Efeito retórico-psicológico
 Exploração do bizarro (feísmo)
 Angústia
 Sonho, labirinto, jogo de espelhos = triunfo da ilusão
 Figuras: sonoras (aliteração, assonância, eco,
onomatopeia...), sintáticas (elipse, hipérbato, e
semânticas (metáfora, metonímia, antítese...)
Cultismo e Conceptismo : Tendências
 Cultismo (Gongorismo): jogos com as imagens e
sons das palavras,linguagem rebuscada, culta,
extravagante; valorização do pormenor
 Conceptismo (Quevedismo): mais intelectual,
voltada para jogos de ideias e de conceitos sutis e
uso de trocadilhos,raciocínio lógico, racionalista
e retórica aprimorada
Brasil: contexto histórico
 Brasil-Colônia: portugueses exerciam exploração
predatória (não havia amor a terra)
 os jesuítas cuidavam da educação e dominavam a
mentalidade
 imprensa: proibida
 poder = grandes latifúndios
 cultivo de cana-de-açúcar
 portugueses: monopólio do comércio (nada podia
ser fabricado aqui)
 jesuítas: monopólio da cultura
 Marco histórico: 1601, com o épico
Prosopopéia, de Bento Teixeira
Contexto Histórico e Literário
 O que se fez durante a época em que o Barroco
predominou como estilo teve caráter quase
eventual: um conjunto de textos decorrentes do
fato de brasileiros e portugueses, sensíveis
para a literatura, terem iniciado ou continuado
a obra literária resultante da formação cultural
que traziam da metrópole.
 Durante os 150 anos que o Barroco marcou
nossa literatura, a sociedade brasileira era
semelhante àquela sociedade atrasada do
século XVI, que não favorecia a arte literária:
o regime colonial dificultava nosso
desenvolvimento cultural
Eu sou aquele
que os passados anos
cantei na minha lira
maldizentes torpezas do Brasil,
vícios, e enganos.
Gregório de Matos
Poesia de Gregório de Matos, o
Boca do Inferno
 Poesia satírica
 Poesia Lírica
 Poesia Religiosa
Poesia Satírica
 Conforme explica José Wisnik, o poema
satírico de Gregório de Matos é marcado por
essa “briga” entre uma sociedade “normal” –
que é a do homem bem nascido” – e outra
“absurda” – que é composta por pessoas
oportunistas, mas que estão instaurados no
poder.
 Porém, no caso de Gregório de Matos a
“sociedade absurda” é real, pois é a Bahia
onde ele vive; e a sociedade considerada
“normal”, que é a dos homens bem nascidos e
cultos, é absurda perante a realidade baiana.
 Assim, ambas são consideradas absurdas uma
perante a outra. Esse impasse é o da realidade
histórica desse momento, coexistindo em um
mesmo locas duas Bahia: uma “normal”, que é
vista com ar nostálgico, e outra “absurda” e
amaldiçoada.
Poesia Lírica e Religiosa
 Se de um lado existe a obra satírica de
Gregório de Matos, onde ele expõe e critica
sem nenhum pudor a sociedade da época, de
outro lado há também a poesia lírica produzida
por ele.
 Seus poemas líricos são comumente divididos
em: lírico-amorosos e burlescos/eróticos. Há
também uma vasta produção de poemas com
temática religiosa. Nestes, destaca-se o uso de
conceptismo como uma forma de crítica à
igreja católica.
 Na poesia lírica de Gregório de Matos, o tema
básico é o choque de opostos: “espírito” e
“matéria”, “ascetismo” e “sensualismo”. Essa
visão dualista também aparece na figura da
mulher desejada, sendo que esta representa
uma espécie de “anjo-demônio”.
 É interessante notar que na obra de Gregório
de Matos o “outro lado” em um par de opostos
sempre irá conter um pedaço do seu par
antagônico. Ou seja, se tomarmos por exemplo
a figura da mulher, quando ela aparece como
um ser angelical, ela também terá uma parte
demoníaca, e vice-versa.

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Barroco.2019

  • 2. Precedentes  Em meados do século XVII, inúmeras crises convulsionaram o Ocidente, entre elas, a crise religiosa, com a Reforma de Lutero e Calvino, e o rompimento de Henrique VIII com o Papa, declarando-se chefe da Igreja Anglicana.  Os católicos reagem, convocam o Concílio de Trento e restauram os tribunais da Inquisição. Inicia-se a Contra-Reforma, que tenta restabelecer o prestígio da Igreja e a disciplina religiosa.  A harmonia e o equilíbrio renascentista esfacelam-se, fruto da ideologia da Contra-Reforma. Surge um movimento que reflete os conflitos e o sentimento dilemático da época: o Barroco.
  • 3. Barroco  Expressão da dualidade cultural gerada pela Contra-Reforma: humanismo renascentista (cultura pagã greco-romana) e a religiosidade tridentina (cultura medieval) = antropocentrismo X teocentrismo  A procura de conciliação ou de equilíbrio entre ambas equivale à procura de uma síntese que, em resumo, é o próprio estilo Barroco = Matéria X espírito Bem X mal Deus X Diabo Céu X Terra Pureza X Pecado Alegria X Tristeza Vida X Morte Juventude X Velhice Claridade X Escuridão = Antíteses e Paradoxos
  • 4.  A consciência da transitoriedade da vida e da degeneração física e moral traduzem uma visão pessimista e um sentido trágico da existência.
  • 5.  Diante da dúvida e da incerteza, a literatura barroca não pretende proporcionar um retrato claro e direto da realidade e, sim, referir-se a ela de tal modo indireto e contorcido que mais se realce a maneira de representar do que propriamente o representado. = metáfora Perífrase (frase ou recurso verbal que exprime aquilo que poderia ser expresso por menor número de palavras)
  • 6. Barroco, a arte da sugestão
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  • 13. Barroco =  Analogias sensoriais  Contrastes  Jogos de palavras  Trocadilhos  Enigmas  Efeito retórico-psicológico  Exploração do bizarro (feísmo)  Angústia  Sonho, labirinto, jogo de espelhos = triunfo da ilusão  Figuras: sonoras (aliteração, assonância, eco, onomatopeia...), sintáticas (elipse, hipérbato, e semânticas (metáfora, metonímia, antítese...)
  • 14. Cultismo e Conceptismo : Tendências  Cultismo (Gongorismo): jogos com as imagens e sons das palavras,linguagem rebuscada, culta, extravagante; valorização do pormenor  Conceptismo (Quevedismo): mais intelectual, voltada para jogos de ideias e de conceitos sutis e uso de trocadilhos,raciocínio lógico, racionalista e retórica aprimorada
  • 15. Brasil: contexto histórico  Brasil-Colônia: portugueses exerciam exploração predatória (não havia amor a terra)  os jesuítas cuidavam da educação e dominavam a mentalidade  imprensa: proibida  poder = grandes latifúndios  cultivo de cana-de-açúcar  portugueses: monopólio do comércio (nada podia ser fabricado aqui)  jesuítas: monopólio da cultura
  • 16.  Marco histórico: 1601, com o épico Prosopopéia, de Bento Teixeira
  • 17. Contexto Histórico e Literário  O que se fez durante a época em que o Barroco predominou como estilo teve caráter quase eventual: um conjunto de textos decorrentes do fato de brasileiros e portugueses, sensíveis para a literatura, terem iniciado ou continuado a obra literária resultante da formação cultural que traziam da metrópole.
  • 18.  Durante os 150 anos que o Barroco marcou nossa literatura, a sociedade brasileira era semelhante àquela sociedade atrasada do século XVI, que não favorecia a arte literária: o regime colonial dificultava nosso desenvolvimento cultural
  • 19. Eu sou aquele que os passados anos cantei na minha lira maldizentes torpezas do Brasil, vícios, e enganos. Gregório de Matos
  • 20. Poesia de Gregório de Matos, o Boca do Inferno  Poesia satírica  Poesia Lírica  Poesia Religiosa
  • 21. Poesia Satírica  Conforme explica José Wisnik, o poema satírico de Gregório de Matos é marcado por essa “briga” entre uma sociedade “normal” – que é a do homem bem nascido” – e outra “absurda” – que é composta por pessoas oportunistas, mas que estão instaurados no poder.
  • 22.  Porém, no caso de Gregório de Matos a “sociedade absurda” é real, pois é a Bahia onde ele vive; e a sociedade considerada “normal”, que é a dos homens bem nascidos e cultos, é absurda perante a realidade baiana.
  • 23.  Assim, ambas são consideradas absurdas uma perante a outra. Esse impasse é o da realidade histórica desse momento, coexistindo em um mesmo locas duas Bahia: uma “normal”, que é vista com ar nostálgico, e outra “absurda” e amaldiçoada.
  • 24. Poesia Lírica e Religiosa  Se de um lado existe a obra satírica de Gregório de Matos, onde ele expõe e critica sem nenhum pudor a sociedade da época, de outro lado há também a poesia lírica produzida por ele.
  • 25.  Seus poemas líricos são comumente divididos em: lírico-amorosos e burlescos/eróticos. Há também uma vasta produção de poemas com temática religiosa. Nestes, destaca-se o uso de conceptismo como uma forma de crítica à igreja católica.
  • 26.  Na poesia lírica de Gregório de Matos, o tema básico é o choque de opostos: “espírito” e “matéria”, “ascetismo” e “sensualismo”. Essa visão dualista também aparece na figura da mulher desejada, sendo que esta representa uma espécie de “anjo-demônio”.
  • 27.  É interessante notar que na obra de Gregório de Matos o “outro lado” em um par de opostos sempre irá conter um pedaço do seu par antagônico. Ou seja, se tomarmos por exemplo a figura da mulher, quando ela aparece como um ser angelical, ela também terá uma parte demoníaca, e vice-versa.