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Profª. Ana Maria Soares   1
Gestão da Qualidade
Ano/Semestre:    3º       ano        /      1º   semestre   (Semestre
Suplementar)


Ano lectivo: 2007/2008

Docente responsável pela unidade curricular:

                                         Ana Maria Soares


Horário de atendimento: Terça – Feira das 16 Horas
                                 às 18 Horas


                      Profª. Ana Maria Soares                      2
Gestão da Qualidade
        Pontos chaves do Programa
- A Qualidade nas organizações e para as
  Organizações
- A Cultura da Qualidade nas Organizações
- O Sistema Português da Qualidade
- As Ferramentas da Qualidade
- As Técnicas Avançadas da Qualidade
- Prémios da Qualidade e Modelos de Auto-
  Avaliação

              Profª. Ana Maria Soares   3
Gestão da Qualidade

Bibliografia:
- Pires. A. “Qualidade - Sistemas de Gestão
  da Qualidade”,(2000) 2ª edição, Ed. Sílabo.
-NP EN ISSO 9000:2000.
-NP EN ISSO 14001



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Endereços da Internet
www.apq.pt (Associação Portuguesa para a Qualidade)
www.aec.es (Associación Española para a Calidad)
www.ipq.pt (instituto Português da Qualidade)
www.qnet.pt (sítio nacional de informação sobre Qualidade)
www.asq.org (American Society for Quality)
www.iso.ch (Internacional Organization for Standardization)
www.efqm.org (European Foundation for Quality )
www.fundbeq.org (Fundación Iberroamericana para la Calidad)
www.emerald-libray.com (permite acesso a revistas internacionais importantes)




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Avaliação
 A avaliação de conhecimentos será feita com base em 2 (trabalhos)
 trabalhos escritos, um individual e um em grupo, tendo este último
 apresentação e discussão na aula, sendo atribuída a esta avaliação
 uma ponderação de (40%)
 Um (1) escritos, com a ponderação de (60%).
 Serão dispensados de Exame Final os alunos, que tenham uma média
 ponderada: do trabalho escrito individual, do trabalho escrito de
 grupo e respectiva apresentação e do teste final nota igual ou
 superior a 9,5 valores e que não tenham tido nota inferior a 8 valores
 em nenhuma destas avaliações.
 Só poderão ir a Exame de Final os alunos que tenham efectuado os
 respectivos trabalhos




                        Profª. Ana Maria Soares                     6
AVALIAÇÃO
1º Trabalho – data de entrega dia 2 de Outubro
2º Trabalho - data de entrega dia 23 de Outubro
Nota: Só será atribuída nota aos Trabalhos Práticos em
  grupo, que sejam apresentados e entregues na aula
  destinada a tal, salvo justificação por escrito e
  devidamente documentada (e quando tal acontecer, a
  apresentação e entrega do trabalho terá de realizar-se até
  uma semana depois)

Apresentações dos 2º Trabalhos a 6 e 13 de Novembro
Frequência dia 20 de Novembro
Exame de Recurso dia 4 de Dezembro

                     Profª. Ana Maria Soares              7
Temas dos Trabalhos


1º Trabalho.
Porque compra o cliente?
 - Pela Qualidade ou pelo Preço




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Temas dos Trabalhos
2º Trabalho
Benchmarking
Análise de Valor
Análise Modal de Falhas e Efeitos (AMFE)
Desdobramento da Função Qualidade (QFD)
Desenho de Experiências e Métodos Taguchi
Controlo estatístico do processo
Seis Sigma

               Profª. Ana Maria Soares      9
Pilares Básicos da Qualidade

 Sistema;

 Ferramentas/metodologias;

 Trabalho de grupo.



              Profª. Ana Maria Soares   10
Gestão da Qualidade


Uma Organização tem que satisfazer um
 consumidor cada vez mais sensível à
 qualidade e ao preço simultaneamente.




             Profª. Ana Maria Soares   11
Gestão da Qualidade


Concepção   do      Negócio            a   da   Empresa:
 Satisfação do Cliente e Superar as suas
 Expectativas

 Então o Cliente compra pela Qualidade ou
                 pelo Preço?


                 Profª. Ana Maria Soares                   12
Gestão da Qualidade

Presentemente o consumidor é cada vez mais
  sensível à qualidade e ao preço
  simultaneamente, então já não temos uma
  equação simplesmente de uma variável,
  preço OU qualidade, mas de duas variáveis
  preço E qualidade.



               Profª. Ana Maria Soares   13
Gestão da Qualidade


O conceito “ QUALIDADE” é um conceito
 subjectivo podendo ser utilizado em
 múltiplos sentidos, apresentando variadas
 definições, variando com a pessoa que a
 efectua e com o critério usado na definição



               Profª. Ana Maria Soares    14
Gestão da Qualidade

Vertentes da Qualidade:
 Qualidade da Concepção
 Qualidade do Fabrico/Prestação de serviços
 Qualidade na utilização
 Qualidade relacional



               Profª. Ana Maria Soares   15
Gestão da Qualidade
Dimensões da Qualidade
Desempenho – Características básicas do
  funcionamento do bem ou serviço
Fiabilidade – Desempenho garantido durante o
  período específico
Durabilidade – Período de vida útil de um
  bem/serviço
Serviço pós –venda – Rapidez, cortesia,
  competência e facilidade de reparação

               Profª. Ana Maria Soares    16
Gestão da Qualidade
A Performance da empresa melhora se :
- For flexível, inovadora e de resposta rápida;
- Fornecer produtos/serviços de qualidade e
  trabalhar para os melhorar;
- For eficiente nos custos e mantiver os recursos
  produtivos;
- Colocar produtos disponíveis em locais e horários
  convenientes

                  Profª. Ana Maria Soares       17
Gestão da Qualidade

“ Conhecimento das condicionantes do
  ambiente específico e das suas
  alterações, já que o grande significado
  de     qualquer      organização       é
  precisamente a constante alteração
  das condições do meio ambiente, em
  ritmo cada vez mais difícil de prever”


               Profª. Ana Maria Soares   18
Gestão da Qualidade


  A Qualidade é cada vez mais a arma,
segundo a qual as organizações sobrevivem
 e conseguem fazer sentir a sua presença
               no mercado




             Profª. Ana Maria Soares   19
Gestão da Qualidade


A Qualidade começa com a identificação
 das necessidades do utilizador, antes do
 fabrico ou da prestação do serviço, por isso
 tem que ser objectiva e quantificada de
 forma a ser controlada e gerida



               Profª. Ana Maria Soares    20
Gestão da Qualidade

Termo Qualidade
- Qualidade de um produto
- Qualidade de um serviço
- Qualidade de ensino
- Qualidade de vida



               Profª. Ana Maria Soares   21
Gestão da Qualidade

Pontos de vista do conceito da Qualidade:
  Enfoque na Produção
  Enfoque no Cliente
  Enfoque no Produto
  Enfoque no Valor
  Enfoque na Excelência


                Profª. Ana Maria Soares     22
Gestão da Qualidade

A qualidade pode ser definida sobre
 várias perspectivas:

-Qualidade quanto ao desempenho
-Qualidade     quanto   à    existência  de
  deficiências
-Qualidade no óptica de excelência (QTM)

               Profª. Ana Maria Soares   23
Evolução da Qualidade

Os egípcios já utilizavam esquemas de
 planeamento e inspecção para controlar a
 qualidade das pirâmides
No início do séc XX toda a atenção estava
 voltada para a redução de custos, pelo que
 se entendia que a inspecção final era
 suficiente.

               Profª. Ana Maria Soares   24
Evolução da Qualidade

1- Adequação ao padrão
Avalia se o produto ou serviço descrito no manual está
  adequado ao padrão estabelecido (início dos anos 60)


2-Adequação ao uso
Satisfação das necessidades de mercado e que tenham
  desempenhos esperados, tenham alta “adequação ao uso.
  Devem ser rejeitados produtos que se desviem do padrão
  (década de 70)

                    Profª. Ana Maria Soares          25
Evolução da Qualidade
3- Adequação ao custo

Significa alta qualidade e baixo custo, deverão ser as duas
   exigências mais universais para todos os clientes,
   deveremos por isso reduzir a variabilidade do processo de
   produção de modo a que todas as unidades produzidas
   estejam dentro dos limites de inspecção e nenhuma tenha
   de ser repetido
Buscamos 100% de qualidade sem rejeições). Controlo do
   resultado através de inspecção do processo (início dos
   anos 80)


                     Profª. Ana Maria Soares             26
Evolução da Qualidade

4- Adequação às necessidades latentes

Significa satisfação dos clientes antes que estejam
   conscientes delas. Descobrir as necessidades latente do
   mercado




                    Profª. Ana Maria Soares            27
Gestão da Qualidade
As quatro razões porque                    se   considera
  importante a Qualidade :
-Ela é o primeiro argumento da compra
-É um dos principais meios de redução dos custos,
  aumento da produtividade e quota de mercado
-É um dos principais meios de implementar a
  flexibilidade/capacidade de resposta
-É um dos principais meio de redução do tempo em
  todos os aspectos

                 Profª. Ana Maria Soares               28
Definições da Qualidade

-Juran: “Aptidão ao uso.”
-Crosby: “Conformidade com especificações.”
-Taguchi: “Perda para a sociedade, causada
  pelo produto, após a sua expedição.”
-Norma NP EN ISO 9000:2000: “Grau de
  satisfação de requisitos dado por um
  conjunto de características intrínsecas.”

               Profª. Ana Maria Soares   29
Qualidade

Satisfazer as expectativas dos clientes e
  compreender as suas necessidades e
  exigências futuras
Nunca (ter de) pedir desculpa a um cliente




               Profª. Ana Maria Soares   30
Definições da Qualidade

“Gerida e difundida em toda a organização, é
  um conjunto de princípios, de métodos
  organizados em estratégia global, visando
  mobilizar toda a empresa ao menor custo”
(AFCERQ)




               Profª. Ana Maria Soares    31
Definição da Qualidade


Qualidade de um produto/serviço “é um
      conjunto de características de
    utilidade aparência desempenho,
 durabilidade, etc.., a ele atribuído por
         um observador (cliente)”



              Profª. Ana Maria Soares   32
A Importância da Qualidade
 A Qualidade não se regateia
 A Qualidade está sempre presente
 A Qualidade leva a aumentos de produtividade
 A Qualidade leva a um melhor desempenho no
 mercado
 A Qualidade significa aumento dos desempenho
 do negócio
 Os Custos da não-Qualidade são elevados

               Profª. Ana Maria Soares    33
Características da Qualidade
Consumidor
     Características funcionais
     Preço
     Aparência estética
Produtor
     Característica Técnicas
     Garantia da Qualidade
     Assistência Técnica

                    Profª. Ana Maria Soares   34
Características da Qualidade
-A Qualidade tem que e quantificada, por forma
  a ser controlada e gerida

-Especificações da Qualidade
     Qualidade na concepção: o projecto deve
      incorporar as necessidades e expectativas do
      consumidor
     Qualidade do fabrico/prestação do serviço: grau
      de conformidade do produto/serviço com as
      especificações
                    Profª. Ana Maria Soares      35
Características da Qualidade
     Qualidade na utilização: medida de desempenho
      do produto/serviço relativamente às expectativas
      do consumidor
     Qualidade relacional: medida da eficácia dos
      contactos com os clientes (internos e externos)
-A Qualidade começa com a identificação das
  necessidades do utilizador, antes do fabrico
  do produto ou da prestação do serviço

                    Profª. Ana Maria Soares       36
Características da Qualidade
Principais problemas da Qualidade causados
  pelas fases anteriores ao fabrico/prestação
  do serviço:
     Identificação incorrecta das necessidades do
      consumidor;
     Especificações mal elaboradas;
     Necessidade     de    alterar  ferramentas ou
      equipamentos por erros decorrentes da
      concepção.

                   Profª. Ana Maria Soares     37
Ciclo da Qualidade
                     Expressão
                                               Concepção do       Especificações
                    funcional da
                                              produto /serviço       técnicas
                    necessidade




                                                                   Processo de
  Identificação                                                    prestação do
                   Marketing
das necessidades                                                 serviço/processo
                                                                    de fabrico



                                      Análise de
                                    desempenho do
                                    produto/serviço                 Avaliação        Avaliação
                                           e                         interna        pelo cliente
                                   acções e melhoria




                                   Profª. Ana Maria Soares                                  38
Gestão pela Qualidade Total
Total Quality Management (TQM)
Evolução da Qualidade




            Profª. Ana Maria Soares   40
1ª Etapa -Inspecção
Surge com a Revolução Industrial, com a
  passagem de uma economia predominante
  agrícola para uma economia industrial.
Assiste-se à massificação da produção da
  produção em detrimento da qualidade da
  produção
-Frederick Taylor
-Henry Ford

              Profª. Ana Maria Soares   41
1ª Etapa -Inspecção
 Inspecção a 100% - escolha (os inspectores da qualidade
 deveriam inspeccionar todos os produtos nos diversos
 pontos do processo produtivo e separar os produtos
 defeituosos, não conformes, dos produtos não
 defeituosos, conformes
 Aceitação por amostragem
 Acções Correctivas
 Identificação das causas das não conformidades
 Mas não existia qualquer preocupação com a análise das
 causas dos defeitos e a consequente correcção das
 mesmas

                   Profª. Ana Maria Soares           42
2ª Etapa - Controlo da Qualidade
 Inicio da década de 30
 Manual da Qualidade
 Auto-inspecção
 Teste ao Produto (nesta etapa verifica-se uma primeira
 tentativa de actuar sobre as causas dos produtos
 defeituosos)
 Planeamento Básico da Qualidade
 Uso de Técnicas Estatísticas Básicas de Controlo por
 amostragem, com a publicação do matemático Shewhart,
 em 1931
 Controlo Documental


                  Profª. Ana Maria Soares           43
3ª Etapa - Garantia da Qualidade
 Década de 60
 Planeamento Avançado da Qualidade
 Desenvolvimento de Sistemas da Qualidade
 (surgem os primeiros diplomas normativos da
 qualidade. Na origem destes diplomas encontram-
 se diversas normas militares)
 A primeira norma, não militar, surgiu em 1968 e
 denominava-se “ Especificações de Requisitos
 Genéricos para um Programa da Qualidade”,
 publicada pela ASQC – American Society for
 Quality Control
                Profª. Ana Maria Soares      44
3ª Etapa - Garantia da Qualidade
 Em 1972 a BSI – Bristish Standard Institute,
 desenvolveu a norma BS 4891 – “ Um Guia para
 o Funcionamento e Avaliação de Sistemas de
 Garantia da Qualidade”
 Em Portugal, a Garantia da Qualidade, só começa
 a adquiris alguma expressão a partir da década
 de 70, embora o seu desenvolvimento só se torne
 mais evidente no início dos anos 90 com a
 difusão da Certificação da Qualidade

                Profª. Ana Maria Soares      45
3ª Etapa - Garantia da Qualidade

 Envolvimento em Operações ligadas à
 Qualidade
 Focalização na concepção (diferenciação do
 produto pela qualidade)
 Custos da Qualidade
 Controlo Estatístico do Processo


              Profª. Ana Maria Soares    46
4ª Etapa - Gestão pela Qualidade Total
 Emerge no final dos anos 80 início dos anos 90,
 caracteriza-se pela procura da melhoria contínua por parte
 das empresas
 Esta etapa da evolução da Qualidade é designada por
 TQM – Total Quality Management
 Política da Qualidade
 Envolvimento dos Fornecedores e Clientes
 Envolvimento em Todas as Operações
 Gestão dos Processos
 Trabalho de Equipa
 Envolvimento e Desenvolvimento do Pessoal


                    Profª. Ana Maria Soares             47
Gestão pela Qualidade Total

 “ Envolvimento de todos os que trabalham
 numa       organização  (e    actividades
 associadas) num processo de cooperação
 que se concretiza no fornecimento de
 produtos e serviços que vão de encontro
 das necessidades e expectativas dos seus
 clientes” Dale e Cooper


              Profª. Ana Maria Soares   48
Síntese da Evolução da Qualidade
            Inspecção           Controlo da Garantia da Gestão    da
            da                  Qualidade   Qualidade   Qualidade
            Qualidade                                   Total
Principal   Verificação         Controlo                  Coordenação             Impacto Estratégico

Interesse

Visão       Um problema a ser
            resolvido
                                Um problema a ser
                                resolvido
                                                          Um          problema
                                                          resolvido, mas que é
                                                                                  Uma diferenciação da
                                                                                  concorrência
                                                          enfrentado
                                                          proactivamente

Ênfase      Uniformidade
            produto
                           do   Uniformidade   do
                                produto com menos
                                                          Toda a cadeia de
                                                          fabrico envolvida e
                                                                                  Nas necessidades de
                                                                                  mercado e do cliente
                                inspecção                 participação de todos
                                                          os      grupos     da
                                                          organização

Métodos     Instrumento
            medição
                           de   Ferramentas
                                técnicas estatísticas
                                                      e   Programas e sistemas    Planeamento
                                                                                  estratégico,  fixação
                                                                                  de objectivos e a
                                                                                  mobilização de toda
                                                                                  a organização

                           Profª. Ana Maria Soares                                                49
Síntese da Evolução da Qualidade
                Inspecção              Controlo da Garantia da Gestão    da
                da                     Qualidade   Qualidade   Qualidade
                Qualidade                                      Total


Papel     dos   Inspecção
                classificação,
                                       Solução de problemas
                                       e a aplicação de
                                                               Planeamento medição
                                                               da    qualidade   e
                                                                                       Estabelecimento    de
                                                                                       metas e consultadoria
Profissionais   contagem e avaliação   métodos estatísticos    desenvolvimento de      a              outros
da                                                             Programas               departamentos

Qualidade
Quem é o        Os departamentos de
                inspecção
                                       Os departamentos de
                                       fabricação        e
                                                               Todos             os
                                                               departamentos com a
                                                                                       Todos             os
                                                                                       departamentos com a
responsável                            engenharia              alta administração a    alta administração a
pela                                                           envolver-se
                                                               superficialmente
                                                                                       exercer uma forte
                                                                                       liderança
Qualidade
Orientação e    Inspeccionar
                qualidade
                                   a   Controlar a qualidade   Construir a qualidade   Gerir a qualidade

Enfoque

                                 Profª. Ana Maria Soares                                               50
Gestão pela Qualidade Total
Assenta em 10 Princípios:
1. Qualidade por lucro
2. Logo à primeira
3. O custo da Qualidade
4. Padrões de Competição
5. Toda a Gente Envolvida
6. Sinergia no Trabalho de Equipa
7. Propriedade e elemento de auto-gestão
8. Gestores como modelos
9. Reconhecimento e recompensas
10. Processo de entrega de qualidade

                   Profª. Ana Maria Soares   51
Gestão pela Qualidade Total
1-Qualidade por lucro
   Conseguir um aumento dos lucros da
   empresa através de um aumento da
   qualidade    dos    produtos,   serviços,
   processos e pessoas
   Melhor Qualidade, aumento das vendas,
   porque a satisfação do cliente provoca a
   sua própria aceleração de comprar

               Profª. Ana Maria Soares    52
Gestão pela Qualidade Total
2- Logo à primeira
 Conceito de “ Zero Defeitos “, introduzido
 por Crosby. Os Cinco Zeros Olímpicos (
 zero stock, zero defeitos, zero papeis, zero
 atrasos, zero avarias )
 A lógica da Obtenção de “Zero Defeitos”,
 traduz-se no facto de não ser necessário
 refazer trabalhos

               Profª. Ana Maria Soares    53
Gestão pela Qualidade Total

3-O custo da Qualidade
Os custos da “Não Qualidade” consiste
 em todos os custos suportados pela
 organização    na     consecução    da
 qualidade, incluindo os custos de
 prevenção,     avaliação,    anomalias
 internas e de anomalias externas
              Profª. Ana Maria Soares   54
Gestão pela Qualidade Total

4-Padrões de Competição

O padrão de competição traduz-se num processo
 contínuo de gestão da qualidade que ajuda as
 empresas a avaliarem-se a si aos concorrentes,
 projectando um plano prático para conseguir
 superioridade no mercado


                Profª. Ana Maria Soares     55
Gestão pela Qualidade Total

5- Toda a Gente Envolvida
A preocupação com a melhoria da qualidade
  não se deve centrar somente na parte
  produtiva da empresa, alargando-se à parte
  administrativa da empresa. Assim todos os
  funcionários devem estar empenhados
  nessa melhoria

               Profª. Ana Maria Soares    56
Gestão pela Qualidade Total

6- Sinergia no Trabalho de Equipa
Nesta abordagem de melhoria da qualidade o
 sucesso, ou insucesso, alcançado deixa de
 ser individual, passando a ser de todos




               Profª. Ana Maria Soares   57
Gestão pela Qualidade Total

7- Elementos de Auto-Gestão
Maior    responsabilidade  pessoal   para
 satisfazer as exigências dos clientes
 internos e externos
Com a responsabilização procura-se que os
 membros da organização se esforcem pela
 melhoria contínua

              Profª. Ana Maria Soares   58
Gestão pela Qualidade Total

8- Gestores como modelos
Em todos os níveis os gestores precisam de
 se consciencializar de que são modelos a
 seguir no que respeita à qualidade.




               Profª. Ana Maria Soares   59
Gestão pela Qualidade Total

9- Reconhecimento e Recompensa
Os gestores devem procurar ter um
 comportamento positivo para reconhecer e
 recompensar em vez de procurar uma
 acção negativa para criticar, pois o
 reconhecimento e a recompensa devem ser
 prestados em público para maximizar o seu
 impacto e eficácia
               Profª. Ana Maria Soares   60
Gestão pela Qualidade Total

10- O Processo de Entrega de Qualidade

Deve existir uma preocupação de todos em
 entregar os produtos com qualidade, quer
 aos clientes internos, quer aos externos




              Profª. Ana Maria Soares   61
Princípios indispensáveis no caminho da
             Qualidade - Síntese

1- A vontade, o envolvimento, o exemplo da
  Direcção
2- A adesão de todo o pessoal
3-A melhoria da Qualidade pela prevenção
  dos defeitos
4-A medição da Qualidade
5-Os cinco zeros Olímpicos ( zero stock, zero
 defeitos, zero papeis, zero atrasos, zero avarias

                  Profª. Ana Maria Soares            62
Gestão pela Qualidade Total

Forma de gerir as empresas que visa atingir:

 A Satisfação do Cliente
 O Bem Estar dos Funcionários
 A Rentabilidade da Empresa a Longo Prazo



                Profª. Ana Maria Soares    63
Plano de Aplicação das Técnicas
                                                           Alargamento       Auditoria e
                  Definição do           Intervenção
 Diagnóstico                                                    do          relançamento
                   projecto                 piloto
                                                            programa        do programa


Auditoria do      Gestão de             Garantia e         CEP              Auditoria da
sistema           projectos             gestão da          Técnicas         qualidade
Auditoria ao                            qualidade          específicas      Auditoria ao
clima e cultura                         CEP                Informatização   clima e cultura
                                        Custos da          Gestão da
                                        qualidade          qualidade
                                        Comportamento
                                        organizacional




                                 Profª. Ana Maria Soares                           64
Gestão pela Qualidade Total
-Factores:
     Internacionalização dos mercados
     Aumento da competitividade
     Aumento da exigência dos consumidores

-Consequências:
     Redução de custos
     Aumento da qualidade e produtividade

                   Profª. Ana Maria Soares    65
Gestão pela Qualidade Total
Metodologia

 Gerir toda a organização, por forma a atingir
     a excelência em todas as vertentes de
   produto e serviço importante para o cliente
Cliente: Requisitos
Fabrico do produto: Produto




                Profª. Ana Maria Soares     66
Gestão pela Qualidade Total
  A estratégia a seguir deve emergir de alguns
  conceitos fundamentais, embora diferentes
  autores e organizações possam enfatizá-los de
  forma diferente

  Fulcro da abordagem: conceito de processo e
  cadeia:
   ...Fornecedor–Cliente–Fornecedor –Cliente...



               Profª. Ana Maria Soares      67
Gestão pela Qualidade Total
Filosofia de gestão extensível a todos os
processos de uma organização por forma a não
só assegurar, como também           exceder as
expectativas dos clientes (tanto internos como
externos).
Implica uma melhoria contínua do desempenho
e a redução do desperdício em todas as
actividades do negócio.

                Profª. Ana Maria Soares    68
Gestão pela Qualidade Total
 Processo: conjunto de actividades, bem definidas,
 que transformam um determinado “input” num
 “output”, com valor acrescentado para o cliente

 Organização: rede de processos através dos quais
 se    conseguem      alcançar   os    objectivos
 preconizados pela organização



                 Profª. Ana Maria Soares       69
Factores de Sucesso
Envolvimento sério por parte da gestão da
topo em relação à melhoria contínua da
qualidade e do desempenho da organização;
Adopção de uma filosofia de gestão que
envolve todos os clientes e colaboradores da
organização (clientes externos e internos,
fornecedores, accionistas, sociedade em
geral);
Comunicação a todos os níveis;
               Profª. Ana Maria Soares   70
Gestão pela Qualidade Total – Nova
Filosofia

Estrutura Tradicional                        Estrutura G.Q.T.
-Muitos níveis hierárquicos                  - Estrutura quase horizontal

- As chefias controlam os subordinados       - Os subordinados são coordenados

- Valoriza-se a autoridade hierárquica       - Valoriza-se a capacidade de resolver
                                             problemas
- Os “status” reforçam a hierarquia          - Os “status” são desvalorizados

-A atenção do empregado limita-se às -   Espera-se     contribuição              dos
tarefas a desempenhar                empregados para a melhoria
- As tarefas são definidas rigidamente       - As tarefas são flexíveis

- Não se delega capacidades de decisão - Todos tem autonomia de decisão
aos subordinados
                              Profª. Ana Maria Soares                            71
Sistema Português da Qualidade
Sistema Português da Qualidade
-Sistema Nacional de Gestão da Qualidade (1983)
-Sistema Português da Qualidade (1993), com três
  subsistemas:      metrologia,   normalização   e
  qualificação
-Criação do Observatório da Qualidade e dos
  Conselhos Sectoriais e Regionais da Qualidade
  (2002)
-O SPQ é coordenado pelo denominado Organismo
  Nacional Coordenador (ONC-SPQ). Este organismo é
  o IPQ (Instituto Português da Qualidade)
                  Profª. Ana Maria Soares     73
Subsistemas do SPQ
-Subsistema de Normalização – visa apoiar a
  elaboração de normas e outros documentos de
  carácter normativo de âmbito nacional, europeu e
  internacional
-Subsistema de Qualificação – tem por objectivo o
  reconhecimento da competência técnica de
  entidades para actuarem no âmbito do SPQ
  (acreditação),   bem    como       a avaliação e
  demonstração da conformidade das actividades,
  seus agentes e resultados, com requisitos
  previamente fixados (certificação)
                   Profª. Ana Maria Soares     74
Subsistemas do SPQ

-Subsistema da Metrologia – visa garantir
  o rigor e a exactidão das medições
  assegurando a sua comparabilidade e
  racionabilidade  a   nível   nacional   e
  internacional. Assegura a realização,
  manutenção e       desenvolvimento    dos
  padrões das unidades de medida


               Profª. Ana Maria Soares   75
Entidades que Integram o SPQ
-Conselho Nacional da Qualidade
-Observatório da Qualidade
-Organismo Coordenador do SPQ
-Conselhos Sectoriais da Qualidade
-Conselhos Regionais da Qualidade
-Organismos Nacionais de Normalização, Acreditação e
  Metrologia, e ainda as entidades qualificadas no
  âmbito     dos   subsistemas     de Normalização,
  Qualificação e Metrologia



                   Profª. Ana Maria Soares      76
Organismos de Certificação de Sistemas       da
Qualidade Acreditados pelo IPQ (2005)
-APCER (Associação Portuguesa de Certificação)
-SGS-ICS (International Certification Services)
-BVQI (Bureau Veritas Quality International)
-LRQA (Lldoyds Register Quality Assurance)
-DQ (Auditores, Lda)
-EIC (Empresa Internacional de Certificação)
-QSCB (Quality Sistems Certification Bureau)
-TÜV Rheinland (Inspecções Técnicas, Lda)
-CERTICON       (Associação para a Qualificação e
  Certificação na Construção)
                 Profª. Ana Maria Soares     77
Organismos de Certificação de Sistemas de
Gestão Ambiental Acreditados pelo IPQ (2005)

 -APCER       (Associação     Portuguesa       de
   Certificação)
 -SGS-ICS        (International     Certification
   Services)
 -BVQI (Bureau Veritas Quality International)
 -LRQA (Lldoyds Register Quality Assurance)
 -EIC (Empresa Internacional de Certificação)

                  Profª. Ana Maria Soares     78
Organismos de Certificação de Produtos Acreditados
 pelo IPQ (2005)
-CERTIF (Associação para a Certificação de
  Produtos)
-SGS-ICS (International Certification Services)
-SATIVA (Desenvolvimento Rural, Lda)
-SOCERT – PORTUGAL (Certificação Ecológica,
  Lda)
-EIC (Empresa Internacional de Certificação)
-CERTIEL      (Associação     Certificadora     de
  Instalações Eléctricas)
                   Profª. Ana Maria Soares       79
Sistema

 Conjunto de procedimentos organizacionais
 que    estabelece,  pormenorizadamente,
 como devem decorrer as actividades de
 gestão comuns a todos os produtos e a
 todos os clientes.
     NP EN ISO 9000:2000
     Modelo de excelência EFQM


                  Profª. Ana Maria Soares   80
Factores de Sucesso
Descentralização do poder e promoção do
trabalho em grupo, com a criação de equipas
pluridisciplinares autónomas e devidamente
responsabilizadas;
Adopção de uma estratégia de prevenção em
detrimento da detecção de problemas
(desenvolvimento de processos e produtos /
serviços “robustos”, com um mínimo de
variabilidade);
              Profª. Ana Maria Soares   81
Factores de Sucesso
Acções de formação em todos os níveis da
organização;
Medição do desempenho em todas as
actividades      por       aplicação  de
técnicas/métodos mensuráveis;
Utilização adequada da tecnologia
Constituição e operacionalização de uma
estrutura dedicada à qualidade.
             Profª. Ana Maria Soares   82
Benefícios
 Satisfação dos clientes (internos e
 externos);
 Atitudes positivas por parte de todos os
 colaboradores;
 Comunicação efectiva;
 Melhoria contínua em todos os produtos e
 processos;
 Eliminação do desperdício.
              Profª. Ana Maria Soares   83
Ferramentas e Metodologias
 para o Controlo e Melhorias
 da Qualidade

          Profª. Ana Maria Soares   84
Ferramentas e Metodologias para o Controlo
e Melhorias da Qualidade

Um indicador de qualidade para cumprir a sua missão, deve
   preencher as seguintes:
- Deve definir de forma precisa a natureza das necessidades
   do cliente e a sua insatisfação
- Ser significativo
- Ser motivante
- Ser fácil de implantar e de acompanhar

                                           (Collette 1989)


                     Profª. Ana Maria Soares                 85
Avaliação do nível de Qualidade


Indicadores de Gestão
Centrados sobre a eficiência económica e
  comercial
- Quando produzir o nosso serviço?
- Em quanto tempo?
- Com que meios?


              Profª. Ana Maria Soares   86
Avaliação do nível de Qualidade


Indicadores de Qualidade
1- Ligados ao grau de satisfação do cliente
2- Centrados sob valores visíveis pelos clientes
-Quantos são os clientes satisfeitos?
-Quantos são os clientes insatisfeitos?
-Quais são os domínios da insatisfação?
-Quais são os domínios de não satisfação?


                   Profª. Ana Maria Soares         87
Indicadores de Qualidade

- O processo está identificado e adequadamente
  definido?
- As responsabilidades encontram-se atribuídas?
- Os procedimentos estão implementados e são
  mantidos?
- O processo é eficaz relativamente aos resultados
  esperados?



                 Profª. Ana Maria Soares       88
Equipas de Projecto de Melhoria da
Qualidade -EPMQ

Servem para analisar problemas e apresentar
  soluções que visam, melhorar e satisfazer
  as necessidades dos clientes
A sua composição de ter 6 a 8 membros e
  utilizam técnicas para facilitar a produção
  de ideias em Gestão da Qualidade, sendo
  uma das técnicas o “Brainstorming”
  (tempestade de ideias)
                Profª. Ana Maria Soares    89
Tempestade de Ideias (Brain Storming)

Ferramenta que, utilizando a interacção de
  um grupo de pessoas, serve para gerar
  uma grande quantidade de ideias num
  curto intervalo de tempo




               Profª. Ana Maria Soares   90
Tempestade de Ideias

Por quê utilizar
     Para produzir muitas ideias diferentes num
      curto intervalo de tempo;
     Para gerar ideias criativas;
     Para aumentar a cumplicidade nos membros do
      grupo;
     Para estimular e obter ideias de fontes
      distintas.

                   Profª. Ana Maria Soares    91
Tempestade de Ideias

Quando utilizar
     Na identificação de oportunidades de melhoria;
     Na identificação de causas. Exemplo: diagrama
      causa-efeito, AMFE, etc.
     Na identificação dos intervenientes de um
      processo;
     Na identificação de problemas de um processo;
     Na identificação de fontes de variação.

                   Profª. Ana Maria Soares       92
Tempestade de Ideias
Como utilizar
     Estude bem o tema da discussão. O ideal é que o
      tema se encontre sob a forma de pergunta
      simples: Por quê? Como? O quê?;
     Assegure-se que todos os membros do grupo
      entenderam perfeitamente o tema sobre o qual se
      vai realizar a tempestade de ideias;
     Dê algum tempo ao grupo após apresentar o tema
      para discussão;
     Convide todos os membros do grupo a apresentar
      as suas ideias em voz alta;
                       Profª. Ana Maria Soares   93
Tempestade de Ideias
   Escreva as ideias num quadro, ou noutro local, que
    seja visível a todos, faça-o com as mesmas
    palavras do interveniente em causa. Não é
    permitido nenhum tipo de discussão ou de
    explicação;
   Continue a gerar e registar ideias até que haja um
    silêncio suficientemente grande indicativo de que
    não há mais ideias
   Uma vez anotadas todas as ideias, pode-se
    clarificar qualquer questão apresentada pelos
    membros do grupo. Segue-se a fase de eliminar as
    ideias que o grupo considere que não são viáveis.
                    Profª. Ana Maria Soares       94
Tempestade de Ideias
Variações
1. Durante um período de tempo determinado (5 a 10
   minutos) solicite a cada membro do grupo que
   descreva uma lista de ideias numa folha de papel.
   Reuna o grupo de seguida e peça a cada membro
   que leia, na sua vez, em voz alta uma ideia;
2. Solicite inicialmente apenas soluções mínimas ou
   parciais. A seguir peça soluções não realistas,
   extremas, radicais. Tente de seguida combinar as
   ideias resultantes para obter alternativas razoáveis.
                    Profª. Ana Maria Soares        95
Tempestade de Ideias
    Tente evitar qualquer tipo de avaliação, incluindo
     comentários do tipo “excelente ideia”, pois isso
     implica que uma ideia que não mereça o mesmo
     comentário é medíocre;
    Quanto mais ideias melhor. Há estudos que
     demonstram que existe uma relação directa entre
     o número de ideias geradas e a quantidade de
     ideias válidas;
    Pratique “autostop”. Construa sobre as ideias dos
     outros;
                    Profª. Ana Maria Soares        96
Tempestade de Ideias
Outras considerações
     Esta ferramenta tem como objectivo pôr as
      pessoas a pensar sobre um problema, tentar
      arranjar uma lista variada de possibilidades que se
      utilizará como ponto de partida;
     Não seja crítico. Os risos, os comentários irónicos,
      etc. podem levar a que os membros do grupo
      analisem bem as ideias antes de as expor, o que
      terá consequências na criatividade;

                     Profª. Ana Maria Soares         97
Tempestade de Ideias
    Leve as pessoas a falar com rapidez, à medida
     que as ideias surjam na sua mente. O registo de
     ideias não deve empatar o processo. Se for
     necessário deve haver mais do que um anotador;
    Não seja convencional nas suas ideias, quanto
     mais loucas melhor. As ideias loucas podem levar
     a ideias muito criativas;
    Mantenha todas as ideias visíveis. Caso o quadro
     fique totalmente preenchido, escreva mais ideias
     em folhas de papel de grandes dimensões, de
     modo a que sejamAna Maria Soarespor todos.
                     Profª.
                            visíveis
                                                 98
Técnicas ao Serviço da Qualidade - Ferramentas

- Mapa de Registos ou Análise de Dados (“Cheeck
  Sheet”)
-Histograma
-Diagramas de Pareto
-Diagramas de Causa-Efeito (kaoru Ishikawa)
-Diagramas de Dispersão
-Fluxogramas
-Cartas (Gráficos) de Controlo

                  Profª. Ana Maria Soares        99
Objectivos da Ferramentas da Qualidade

-Desenvolvimento de novas ideias
-Análise dos processos
-Análise das causas
-Planeamento
-Avaliação
-Recolha de dados


               Profª. Ana Maria Soares   100
Técnicas ao Serviço da Qualidade
Actividade                                     Instrumento
Recolha de dados                               Folha de colheita de dados

Interpretar dados                              Histograma

Estudar relações causa-efeito                  Diagrama causa-efeito

Fixar prioridades                              Diagrama de Pareto

Determinar a correlação                        Diagrama de Correlacção

Controlo do processo                           Gráfico de Control0
                                               Fluxograma



                                Profª. Ana Maria Soares                     101
Registo e Análise de Dados
É simplesmente um formulário, fácil de entender, cujo
  preenchimento permite responder à seguinte questão:
  “Quantas vezes certos acontecimentos se verificam?”
Adequado: Quando é necessário recolher dados com o
  objectivo de começar a detectar padrões de
  comportamento.
Recomendações:        Garanta     que        todas     as
  observações/amostras são o mais possível aleatórias;
Garanta que o processo de amostragem é eficiente de forma
  a que haja tempo de o realizar

                    Profª. Ana Maria Soares          102
Registo e Análise de Dados
Há sempre um formulário(folha de colheita de
  dados), no qual um conjunto de dados pode ser
  sistematicamente registado de maneira ordenada
  e uniforme, permitindo rápida interpretação de
  resultados.
Utilizada para colheita de dados visando identificar
  e Quantificar problemas ou oportunidades de
  melhoria. Ajuda a transformar “opiniões” em
  “factos”

                  Profª. Ana Maria Soares        103
Folha de Registo de Defeitos
                                              Mês
Defeito
               Janeiro        Fevereiro                  Março    Total

  A       IIII               III                   IIII                   11

  B       II                 I                     III                     6

  C       IIIII II           IIIII                 IIIII I                18

 Total               13                       9              13           35
                         Profª. Ana Maria Soares                     104
Usar as folhas de verificação para
-Tornar os dados fáceis de obter e de utilizar
-Dispor os dados de uma forma organizada
-Verificar a distribuição do processo: colheita de dados de
   amostra
-Verificar problemas: saber que tipo de problema a qual a
   sua frequência
-Verificar as causas dos problemas
-Investigar aspectos do problema. Determinar o período em
   que ocorre o problema


                     Profª. Ana Maria Soares           105
Histograma

Representação gráfica de uma distribuição de
 frequência ou série de distribuições
 quantitativas por meio de rectângulos
 justapostos, onde a largura da barra
 representa o intervalo de classe da variável
 e a altura corresponde à frequência de
 ocorrência daquele valor


                Profª. Ana Maria Soares   106
Histograma

É muito útil na representação gráfica da
 frequência com que certos acontecimentos
 se verificam
O número de classes determina a forma
 como o padrão de comportamentos se
 torna visível



              Profª. Ana Maria Soares   107
Histograma
Análise
     Tendência central: os dados agrupados mostram
      estar à volta de um determinado valor. Em
      distribuições simétricas este valor central será,
      aproximadamente, o valor médio desses dados.
     Variabilidade: se o histograma é mais “aberto” os
      dados apresentam uma maior variabilidade, caso
      contrário os dados apresentam uma menor
      variabilidade;
     Forma: simetria, nº picos, características das
      barras do gráfico.
                    Profª. Ana Maria Soares       108
Histograma - Tabela de
Frequências
 Agrupamento     dos dados por classes,
 determinando    a frequência absoluta por
 classe (fai);
 Determinação    do ponto médio de cada
 classe (mi);
 Construção de   uma tabela do tipo:
Classe    mi                 fai           fri   Fri


                 Profª. Ana Maria Soares               109
Histograma
1. Tendência central – à volta de que valores
   estão os dados agrupados




                Profª. Ana Maria Soares   110
Histograma




 Forma de sino                             Bimodal



                 Profª. Ana Maria Soares             111
Histograma

2. Variabilidade – a dispersão dos dados
  relativamente ao valor central




               Profª. Ana Maria Soares   112
Histograma
3. Forma – simetria, um ou mais picos,
  características das barras.




                 Profª. Ana Maria Soares   113
Histograma




 Uniforme                              Truncado



             Profª. Ana Maria Soares              114
Histograma
Outras considerações
    Ferramenta muito visual;
    Sensível e poderosa;
    Resumo de forma rápida grande quantidade de
     informação;
    Não pode avaliar a estabilidade dos processos;
    Não é sensível à variável tempo;
    Necessita de uma grande quantidade de dados
     para poder ser conclusiva;
                   Profª. Ana Maria Soares    115
Diagrama de Pareto
É um método gráfico de representação de dados por ordem
  de grandeza, importância e prioridade.
Pareto afirma que 80% das dificuldades vêm de 20% dos
  problemas.
É uma abordagem estatística usada em classificações de
  causas atribuíveis a defeitos, custos, etc., de acordo com
  a frequência de ocorrência.
Demonstra que, em muitos casos, a maioria das não-
  conformidades e os seus custos são originados de um
  número relativamente pequeno de causas

                     Profª. Ana Maria Soares            116
Diagrama de Pareto
    Registar as categorias da esquerda para a direita,
     no eixo horizontal por ordem decrescente de
     frequência ou custo. Se houver categorias com
     muito menos ocorrências que as restantes, podem
     agrupar-se na categoria “outros” que se situará na
     extrema direita do eixo horizontal;
    Classificar,   em     função     das    frequências
     acumuladas, as categorias por conjuntos com
     diferentes prioridades de intervenção (A, B e C).


                    Profª. Ana Maria Soares        117
Diagrama de Pareto
  Este diagrama está baseado no princípio de
    Pareto: 80% dos problemas provêm de 20%
    das causas;




               Profª. Ana Maria Soares   118
Diagrama de Pareto




            Profª. Ana Maria Soares   119
Diagrama de Causa e efeito
(Ishikawa ou espinha de peixe)

Técnica visual que interliga os resultados (efeitos)
  com os factores (causas), propiciando uma
  visualização prática das variáveis (causas-raízes),
  que afetam um processo analisado ou um
  problema. As causas são divididas em “famílias”.
Têm o objectivo de representar a relação entre
  certos “efeitos” e todas as possíveis “causas” que
  o influenciam


                   Profª. Ana Maria Soares        120
Diagrama de Causa e Efeito
    Distribuir as causas por categorias principais.
     Exemplo:
       Processo produtivo: mão de obra, meio ambiente,
        métodos, metrologia, máquinas e materiais;
       Administração: mão de obra, meio ambiente, políticas e
        procedimentos;
    Cada causa poderá ter uma ou mais sub-causas
     relacionadas;



                      Profª. Ana Maria Soares            121
Diagrama de Causa e Efeito




            Profª. Ana Maria Soares   122
Diagrama de Dispersão

“ O diagrama de dispersão permite identificar
  o grau de relacionamento entre duas
  variáveis consideradas numa análise, ou
  seja, é útil para estabelecer associações, se
  existir, entre dois parâmetros ou dois
  factores” Oakland (1994)



                Profª. Ana Maria Soares     123
Diagrama de Dispersão
Usado para estudar a existência de uma possível
  relação entre variáveis
Quando é necessário representar o que acontece
  com uma variável, quando a outra variável muda,
  com o objectivo de testar a teoria de que as duas
  variáveis estão relacionadas
Uma relação negativa é tão importante como uma
  relação positiva
X está Relacionado com Y

                  Profª. Ana Maria Soares       124
Diagrama de Dispersão
Como utilizar
  -Recolher os dados correspondentes às duas
    variáveis sobre as quais se suspeita haver relação;
  -Traçar os eixos horizontal e vertical do diagrama
    de dispersão;
  -Atribuir nomes aos eixos. A variável que é
    considerada como possível “causa” é colocada no
    eixo horizontal e a variável “efeito” é colocada no
    eixo vertical. Exemplo de causa: atraso no
    trabalho. Exemplo de efeito: índice de erros
  -Representar graficamente os pares de dados no
    diagrama.       Profª. Ana Maria Soares        125
Diagrama de Dispersão
Interpretação
     O agregado dos pontos e a sua direcção dá-nos
      informação sobre o tipo de relação existente e a
      força dessa relação. Caso o aumento de uma
      variável tenha como consequência o aumento da
      outra, temos uma correlação positiva; caso
      contrário (o aumento de uma variável provocar a
      diminuição da outra) temos uma correlação
      negativa. Quanto mais se aproximar o conjunto
      de pontos a uma linha, mais forte será a
      correlação entre as duas variáveis.
                    Profª. Ana Maria Soares       126
Diagrama de Dispersão




           Sem correlação
            Profª. Ana Maria Soares   127
Diagrama de Dispersão




Possível correlação                      Correlação positiva
   positiva
               Profª. Ana Maria Soares                   128
Diagrama de Dispersão




Possível correlação                  Correlação negativa
   negativa
               Profª. Ana Maria Soares               129
Fluxograma
Ferramenta gráfica que representa as diferentes
  etapas de um processo por ordem sequencial.
  Permite descrever qualquer tipo de processo:
  fabrico, gestão, administrativo, serviço...
Usado quando é necessário identificar o caminho
  real ou ideal que um produto ou serviço segue
  com o objectivo de identificar desvios



                Profª. Ana Maria Soares     130
Fluxograma

Por quê utilizar
  -Para melhorar o entendimento de todos de um
    processo
  -Para standardizar o documentar os processos
  -Para identificar fontes de variação dos
    processos
  -Para gerar ideias face à melhoria dos processos


                   Profª. Ana Maria Soares     131
Fluxograma
Como utilizar
  -Definir o processo que se deseja representar.
    Escreva-o por escrito num cartão e coloque-o na
    parte superior da superfície de trabalho;
  -Discutir e acordar quais as fronteiras do processo:
      Onde começa;
      O que inclui;
      Onde termina.
    E o nível de detalhe;

                       Profª. Ana Maria Soares   132
Fluxograma
  Símbolo       Significado                 Exemplo
             Processo                   Desenhar uma peça

             Decisão                    Aceitar?

             Inspecção                  Auditoria

             Atraso                     Aguarda assinatura

             Terminador                 Passar recibo

             Direcção do fluxo
              Profª. Ana Maria Soares                   133
Fluxograma




             Profª. Ana Maria Soares   134
Cartas (gráficos) de Controlo

O principal objectivo é a detecção rápida de
 ocorrências das causas especiais e de
 desvios. De forma a que as respectivas
 acções       correctivas    possam      ser
 implementadas antes de se produzirem
 mais unidades não conformes



               Profª. Ana Maria Soares   135
Cartas (gráficos) de Controlo
Uma carta de controlo é um gráfico com
 linhas limites para mostrar o intervalo
 aceitável da qualidade. É bastante útil para
 detectar situações anormais em processos
 de produção. São usadas para ilustrar ao
 longo do tempo os resultados observados e
 determinar, se um processo está próximo à
 média ou entre os limites de controlo
 superior e inferior
                Profª. Ana Maria Soares   136
Ferramentas/metodologias
Benchmarking
Análise de Valor
Análise Modal de Falhas e Efeitos (AMFE)
Desdobramento da Função Qualidade (QFD)
Desenho de Experiências e Métodos Taguchi
Controlo estatístico do processo
Seis Sigma


              Profª. Ana Maria Soares   137
Trabalho de Grupo
 Necessidade     de    dar    autonomia     e
 responsabilizar equipas de trabalho

 Formação de equipas pluridisciplinares para
 gestão e melhoria contínua de processos-
 chave



               Profª. Ana Maria Soares    138

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Gestão Qualidade Prof Soares

  • 1. Profª. Ana Maria Soares 1
  • 2. Gestão da Qualidade Ano/Semestre: 3º ano / 1º semestre (Semestre Suplementar) Ano lectivo: 2007/2008 Docente responsável pela unidade curricular: Ana Maria Soares Horário de atendimento: Terça – Feira das 16 Horas às 18 Horas Profª. Ana Maria Soares 2
  • 3. Gestão da Qualidade Pontos chaves do Programa - A Qualidade nas organizações e para as Organizações - A Cultura da Qualidade nas Organizações - O Sistema Português da Qualidade - As Ferramentas da Qualidade - As Técnicas Avançadas da Qualidade - Prémios da Qualidade e Modelos de Auto- Avaliação Profª. Ana Maria Soares 3
  • 4. Gestão da Qualidade Bibliografia: - Pires. A. “Qualidade - Sistemas de Gestão da Qualidade”,(2000) 2ª edição, Ed. Sílabo. -NP EN ISSO 9000:2000. -NP EN ISSO 14001 Profª. Ana Maria Soares 4
  • 5. Endereços da Internet www.apq.pt (Associação Portuguesa para a Qualidade) www.aec.es (Associación Española para a Calidad) www.ipq.pt (instituto Português da Qualidade) www.qnet.pt (sítio nacional de informação sobre Qualidade) www.asq.org (American Society for Quality) www.iso.ch (Internacional Organization for Standardization) www.efqm.org (European Foundation for Quality ) www.fundbeq.org (Fundación Iberroamericana para la Calidad) www.emerald-libray.com (permite acesso a revistas internacionais importantes) Profª. Ana Maria Soares 5
  • 6. Avaliação A avaliação de conhecimentos será feita com base em 2 (trabalhos) trabalhos escritos, um individual e um em grupo, tendo este último apresentação e discussão na aula, sendo atribuída a esta avaliação uma ponderação de (40%) Um (1) escritos, com a ponderação de (60%). Serão dispensados de Exame Final os alunos, que tenham uma média ponderada: do trabalho escrito individual, do trabalho escrito de grupo e respectiva apresentação e do teste final nota igual ou superior a 9,5 valores e que não tenham tido nota inferior a 8 valores em nenhuma destas avaliações. Só poderão ir a Exame de Final os alunos que tenham efectuado os respectivos trabalhos Profª. Ana Maria Soares 6
  • 7. AVALIAÇÃO 1º Trabalho – data de entrega dia 2 de Outubro 2º Trabalho - data de entrega dia 23 de Outubro Nota: Só será atribuída nota aos Trabalhos Práticos em grupo, que sejam apresentados e entregues na aula destinada a tal, salvo justificação por escrito e devidamente documentada (e quando tal acontecer, a apresentação e entrega do trabalho terá de realizar-se até uma semana depois) Apresentações dos 2º Trabalhos a 6 e 13 de Novembro Frequência dia 20 de Novembro Exame de Recurso dia 4 de Dezembro Profª. Ana Maria Soares 7
  • 8. Temas dos Trabalhos 1º Trabalho. Porque compra o cliente? - Pela Qualidade ou pelo Preço Profª. Ana Maria Soares 8
  • 9. Temas dos Trabalhos 2º Trabalho Benchmarking Análise de Valor Análise Modal de Falhas e Efeitos (AMFE) Desdobramento da Função Qualidade (QFD) Desenho de Experiências e Métodos Taguchi Controlo estatístico do processo Seis Sigma Profª. Ana Maria Soares 9
  • 10. Pilares Básicos da Qualidade Sistema; Ferramentas/metodologias; Trabalho de grupo. Profª. Ana Maria Soares 10
  • 11. Gestão da Qualidade Uma Organização tem que satisfazer um consumidor cada vez mais sensível à qualidade e ao preço simultaneamente. Profª. Ana Maria Soares 11
  • 12. Gestão da Qualidade Concepção do Negócio a da Empresa: Satisfação do Cliente e Superar as suas Expectativas Então o Cliente compra pela Qualidade ou pelo Preço? Profª. Ana Maria Soares 12
  • 13. Gestão da Qualidade Presentemente o consumidor é cada vez mais sensível à qualidade e ao preço simultaneamente, então já não temos uma equação simplesmente de uma variável, preço OU qualidade, mas de duas variáveis preço E qualidade. Profª. Ana Maria Soares 13
  • 14. Gestão da Qualidade O conceito “ QUALIDADE” é um conceito subjectivo podendo ser utilizado em múltiplos sentidos, apresentando variadas definições, variando com a pessoa que a efectua e com o critério usado na definição Profª. Ana Maria Soares 14
  • 15. Gestão da Qualidade Vertentes da Qualidade: Qualidade da Concepção Qualidade do Fabrico/Prestação de serviços Qualidade na utilização Qualidade relacional Profª. Ana Maria Soares 15
  • 16. Gestão da Qualidade Dimensões da Qualidade Desempenho – Características básicas do funcionamento do bem ou serviço Fiabilidade – Desempenho garantido durante o período específico Durabilidade – Período de vida útil de um bem/serviço Serviço pós –venda – Rapidez, cortesia, competência e facilidade de reparação Profª. Ana Maria Soares 16
  • 17. Gestão da Qualidade A Performance da empresa melhora se : - For flexível, inovadora e de resposta rápida; - Fornecer produtos/serviços de qualidade e trabalhar para os melhorar; - For eficiente nos custos e mantiver os recursos produtivos; - Colocar produtos disponíveis em locais e horários convenientes Profª. Ana Maria Soares 17
  • 18. Gestão da Qualidade “ Conhecimento das condicionantes do ambiente específico e das suas alterações, já que o grande significado de qualquer organização é precisamente a constante alteração das condições do meio ambiente, em ritmo cada vez mais difícil de prever” Profª. Ana Maria Soares 18
  • 19. Gestão da Qualidade A Qualidade é cada vez mais a arma, segundo a qual as organizações sobrevivem e conseguem fazer sentir a sua presença no mercado Profª. Ana Maria Soares 19
  • 20. Gestão da Qualidade A Qualidade começa com a identificação das necessidades do utilizador, antes do fabrico ou da prestação do serviço, por isso tem que ser objectiva e quantificada de forma a ser controlada e gerida Profª. Ana Maria Soares 20
  • 21. Gestão da Qualidade Termo Qualidade - Qualidade de um produto - Qualidade de um serviço - Qualidade de ensino - Qualidade de vida Profª. Ana Maria Soares 21
  • 22. Gestão da Qualidade Pontos de vista do conceito da Qualidade: Enfoque na Produção Enfoque no Cliente Enfoque no Produto Enfoque no Valor Enfoque na Excelência Profª. Ana Maria Soares 22
  • 23. Gestão da Qualidade A qualidade pode ser definida sobre várias perspectivas: -Qualidade quanto ao desempenho -Qualidade quanto à existência de deficiências -Qualidade no óptica de excelência (QTM) Profª. Ana Maria Soares 23
  • 24. Evolução da Qualidade Os egípcios já utilizavam esquemas de planeamento e inspecção para controlar a qualidade das pirâmides No início do séc XX toda a atenção estava voltada para a redução de custos, pelo que se entendia que a inspecção final era suficiente. Profª. Ana Maria Soares 24
  • 25. Evolução da Qualidade 1- Adequação ao padrão Avalia se o produto ou serviço descrito no manual está adequado ao padrão estabelecido (início dos anos 60) 2-Adequação ao uso Satisfação das necessidades de mercado e que tenham desempenhos esperados, tenham alta “adequação ao uso. Devem ser rejeitados produtos que se desviem do padrão (década de 70) Profª. Ana Maria Soares 25
  • 26. Evolução da Qualidade 3- Adequação ao custo Significa alta qualidade e baixo custo, deverão ser as duas exigências mais universais para todos os clientes, deveremos por isso reduzir a variabilidade do processo de produção de modo a que todas as unidades produzidas estejam dentro dos limites de inspecção e nenhuma tenha de ser repetido Buscamos 100% de qualidade sem rejeições). Controlo do resultado através de inspecção do processo (início dos anos 80) Profª. Ana Maria Soares 26
  • 27. Evolução da Qualidade 4- Adequação às necessidades latentes Significa satisfação dos clientes antes que estejam conscientes delas. Descobrir as necessidades latente do mercado Profª. Ana Maria Soares 27
  • 28. Gestão da Qualidade As quatro razões porque se considera importante a Qualidade : -Ela é o primeiro argumento da compra -É um dos principais meios de redução dos custos, aumento da produtividade e quota de mercado -É um dos principais meios de implementar a flexibilidade/capacidade de resposta -É um dos principais meio de redução do tempo em todos os aspectos Profª. Ana Maria Soares 28
  • 29. Definições da Qualidade -Juran: “Aptidão ao uso.” -Crosby: “Conformidade com especificações.” -Taguchi: “Perda para a sociedade, causada pelo produto, após a sua expedição.” -Norma NP EN ISO 9000:2000: “Grau de satisfação de requisitos dado por um conjunto de características intrínsecas.” Profª. Ana Maria Soares 29
  • 30. Qualidade Satisfazer as expectativas dos clientes e compreender as suas necessidades e exigências futuras Nunca (ter de) pedir desculpa a um cliente Profª. Ana Maria Soares 30
  • 31. Definições da Qualidade “Gerida e difundida em toda a organização, é um conjunto de princípios, de métodos organizados em estratégia global, visando mobilizar toda a empresa ao menor custo” (AFCERQ) Profª. Ana Maria Soares 31
  • 32. Definição da Qualidade Qualidade de um produto/serviço “é um conjunto de características de utilidade aparência desempenho, durabilidade, etc.., a ele atribuído por um observador (cliente)” Profª. Ana Maria Soares 32
  • 33. A Importância da Qualidade A Qualidade não se regateia A Qualidade está sempre presente A Qualidade leva a aumentos de produtividade A Qualidade leva a um melhor desempenho no mercado A Qualidade significa aumento dos desempenho do negócio Os Custos da não-Qualidade são elevados Profª. Ana Maria Soares 33
  • 34. Características da Qualidade Consumidor  Características funcionais  Preço  Aparência estética Produtor  Característica Técnicas  Garantia da Qualidade  Assistência Técnica Profª. Ana Maria Soares 34
  • 35. Características da Qualidade -A Qualidade tem que e quantificada, por forma a ser controlada e gerida -Especificações da Qualidade  Qualidade na concepção: o projecto deve incorporar as necessidades e expectativas do consumidor  Qualidade do fabrico/prestação do serviço: grau de conformidade do produto/serviço com as especificações Profª. Ana Maria Soares 35
  • 36. Características da Qualidade  Qualidade na utilização: medida de desempenho do produto/serviço relativamente às expectativas do consumidor  Qualidade relacional: medida da eficácia dos contactos com os clientes (internos e externos) -A Qualidade começa com a identificação das necessidades do utilizador, antes do fabrico do produto ou da prestação do serviço Profª. Ana Maria Soares 36
  • 37. Características da Qualidade Principais problemas da Qualidade causados pelas fases anteriores ao fabrico/prestação do serviço:  Identificação incorrecta das necessidades do consumidor;  Especificações mal elaboradas;  Necessidade de alterar ferramentas ou equipamentos por erros decorrentes da concepção. Profª. Ana Maria Soares 37
  • 38. Ciclo da Qualidade Expressão Concepção do Especificações funcional da produto /serviço técnicas necessidade Processo de Identificação prestação do Marketing das necessidades serviço/processo de fabrico Análise de desempenho do produto/serviço Avaliação Avaliação e interna pelo cliente acções e melhoria Profª. Ana Maria Soares 38
  • 39. Gestão pela Qualidade Total Total Quality Management (TQM)
  • 40. Evolução da Qualidade Profª. Ana Maria Soares 40
  • 41. 1ª Etapa -Inspecção Surge com a Revolução Industrial, com a passagem de uma economia predominante agrícola para uma economia industrial. Assiste-se à massificação da produção da produção em detrimento da qualidade da produção -Frederick Taylor -Henry Ford Profª. Ana Maria Soares 41
  • 42. 1ª Etapa -Inspecção Inspecção a 100% - escolha (os inspectores da qualidade deveriam inspeccionar todos os produtos nos diversos pontos do processo produtivo e separar os produtos defeituosos, não conformes, dos produtos não defeituosos, conformes Aceitação por amostragem Acções Correctivas Identificação das causas das não conformidades Mas não existia qualquer preocupação com a análise das causas dos defeitos e a consequente correcção das mesmas Profª. Ana Maria Soares 42
  • 43. 2ª Etapa - Controlo da Qualidade Inicio da década de 30 Manual da Qualidade Auto-inspecção Teste ao Produto (nesta etapa verifica-se uma primeira tentativa de actuar sobre as causas dos produtos defeituosos) Planeamento Básico da Qualidade Uso de Técnicas Estatísticas Básicas de Controlo por amostragem, com a publicação do matemático Shewhart, em 1931 Controlo Documental Profª. Ana Maria Soares 43
  • 44. 3ª Etapa - Garantia da Qualidade Década de 60 Planeamento Avançado da Qualidade Desenvolvimento de Sistemas da Qualidade (surgem os primeiros diplomas normativos da qualidade. Na origem destes diplomas encontram- se diversas normas militares) A primeira norma, não militar, surgiu em 1968 e denominava-se “ Especificações de Requisitos Genéricos para um Programa da Qualidade”, publicada pela ASQC – American Society for Quality Control Profª. Ana Maria Soares 44
  • 45. 3ª Etapa - Garantia da Qualidade Em 1972 a BSI – Bristish Standard Institute, desenvolveu a norma BS 4891 – “ Um Guia para o Funcionamento e Avaliação de Sistemas de Garantia da Qualidade” Em Portugal, a Garantia da Qualidade, só começa a adquiris alguma expressão a partir da década de 70, embora o seu desenvolvimento só se torne mais evidente no início dos anos 90 com a difusão da Certificação da Qualidade Profª. Ana Maria Soares 45
  • 46. 3ª Etapa - Garantia da Qualidade Envolvimento em Operações ligadas à Qualidade Focalização na concepção (diferenciação do produto pela qualidade) Custos da Qualidade Controlo Estatístico do Processo Profª. Ana Maria Soares 46
  • 47. 4ª Etapa - Gestão pela Qualidade Total Emerge no final dos anos 80 início dos anos 90, caracteriza-se pela procura da melhoria contínua por parte das empresas Esta etapa da evolução da Qualidade é designada por TQM – Total Quality Management Política da Qualidade Envolvimento dos Fornecedores e Clientes Envolvimento em Todas as Operações Gestão dos Processos Trabalho de Equipa Envolvimento e Desenvolvimento do Pessoal Profª. Ana Maria Soares 47
  • 48. Gestão pela Qualidade Total “ Envolvimento de todos os que trabalham numa organização (e actividades associadas) num processo de cooperação que se concretiza no fornecimento de produtos e serviços que vão de encontro das necessidades e expectativas dos seus clientes” Dale e Cooper Profª. Ana Maria Soares 48
  • 49. Síntese da Evolução da Qualidade Inspecção Controlo da Garantia da Gestão da da Qualidade Qualidade Qualidade Qualidade Total Principal Verificação Controlo Coordenação Impacto Estratégico Interesse Visão Um problema a ser resolvido Um problema a ser resolvido Um problema resolvido, mas que é Uma diferenciação da concorrência enfrentado proactivamente Ênfase Uniformidade produto do Uniformidade do produto com menos Toda a cadeia de fabrico envolvida e Nas necessidades de mercado e do cliente inspecção participação de todos os grupos da organização Métodos Instrumento medição de Ferramentas técnicas estatísticas e Programas e sistemas Planeamento estratégico, fixação de objectivos e a mobilização de toda a organização Profª. Ana Maria Soares 49
  • 50. Síntese da Evolução da Qualidade Inspecção Controlo da Garantia da Gestão da da Qualidade Qualidade Qualidade Qualidade Total Papel dos Inspecção classificação, Solução de problemas e a aplicação de Planeamento medição da qualidade e Estabelecimento de metas e consultadoria Profissionais contagem e avaliação métodos estatísticos desenvolvimento de a outros da Programas departamentos Qualidade Quem é o Os departamentos de inspecção Os departamentos de fabricação e Todos os departamentos com a Todos os departamentos com a responsável engenharia alta administração a alta administração a pela envolver-se superficialmente exercer uma forte liderança Qualidade Orientação e Inspeccionar qualidade a Controlar a qualidade Construir a qualidade Gerir a qualidade Enfoque Profª. Ana Maria Soares 50
  • 51. Gestão pela Qualidade Total Assenta em 10 Princípios: 1. Qualidade por lucro 2. Logo à primeira 3. O custo da Qualidade 4. Padrões de Competição 5. Toda a Gente Envolvida 6. Sinergia no Trabalho de Equipa 7. Propriedade e elemento de auto-gestão 8. Gestores como modelos 9. Reconhecimento e recompensas 10. Processo de entrega de qualidade Profª. Ana Maria Soares 51
  • 52. Gestão pela Qualidade Total 1-Qualidade por lucro Conseguir um aumento dos lucros da empresa através de um aumento da qualidade dos produtos, serviços, processos e pessoas Melhor Qualidade, aumento das vendas, porque a satisfação do cliente provoca a sua própria aceleração de comprar Profª. Ana Maria Soares 52
  • 53. Gestão pela Qualidade Total 2- Logo à primeira Conceito de “ Zero Defeitos “, introduzido por Crosby. Os Cinco Zeros Olímpicos ( zero stock, zero defeitos, zero papeis, zero atrasos, zero avarias ) A lógica da Obtenção de “Zero Defeitos”, traduz-se no facto de não ser necessário refazer trabalhos Profª. Ana Maria Soares 53
  • 54. Gestão pela Qualidade Total 3-O custo da Qualidade Os custos da “Não Qualidade” consiste em todos os custos suportados pela organização na consecução da qualidade, incluindo os custos de prevenção, avaliação, anomalias internas e de anomalias externas Profª. Ana Maria Soares 54
  • 55. Gestão pela Qualidade Total 4-Padrões de Competição O padrão de competição traduz-se num processo contínuo de gestão da qualidade que ajuda as empresas a avaliarem-se a si aos concorrentes, projectando um plano prático para conseguir superioridade no mercado Profª. Ana Maria Soares 55
  • 56. Gestão pela Qualidade Total 5- Toda a Gente Envolvida A preocupação com a melhoria da qualidade não se deve centrar somente na parte produtiva da empresa, alargando-se à parte administrativa da empresa. Assim todos os funcionários devem estar empenhados nessa melhoria Profª. Ana Maria Soares 56
  • 57. Gestão pela Qualidade Total 6- Sinergia no Trabalho de Equipa Nesta abordagem de melhoria da qualidade o sucesso, ou insucesso, alcançado deixa de ser individual, passando a ser de todos Profª. Ana Maria Soares 57
  • 58. Gestão pela Qualidade Total 7- Elementos de Auto-Gestão Maior responsabilidade pessoal para satisfazer as exigências dos clientes internos e externos Com a responsabilização procura-se que os membros da organização se esforcem pela melhoria contínua Profª. Ana Maria Soares 58
  • 59. Gestão pela Qualidade Total 8- Gestores como modelos Em todos os níveis os gestores precisam de se consciencializar de que são modelos a seguir no que respeita à qualidade. Profª. Ana Maria Soares 59
  • 60. Gestão pela Qualidade Total 9- Reconhecimento e Recompensa Os gestores devem procurar ter um comportamento positivo para reconhecer e recompensar em vez de procurar uma acção negativa para criticar, pois o reconhecimento e a recompensa devem ser prestados em público para maximizar o seu impacto e eficácia Profª. Ana Maria Soares 60
  • 61. Gestão pela Qualidade Total 10- O Processo de Entrega de Qualidade Deve existir uma preocupação de todos em entregar os produtos com qualidade, quer aos clientes internos, quer aos externos Profª. Ana Maria Soares 61
  • 62. Princípios indispensáveis no caminho da Qualidade - Síntese 1- A vontade, o envolvimento, o exemplo da Direcção 2- A adesão de todo o pessoal 3-A melhoria da Qualidade pela prevenção dos defeitos 4-A medição da Qualidade 5-Os cinco zeros Olímpicos ( zero stock, zero defeitos, zero papeis, zero atrasos, zero avarias Profª. Ana Maria Soares 62
  • 63. Gestão pela Qualidade Total Forma de gerir as empresas que visa atingir: A Satisfação do Cliente O Bem Estar dos Funcionários A Rentabilidade da Empresa a Longo Prazo Profª. Ana Maria Soares 63
  • 64. Plano de Aplicação das Técnicas Alargamento Auditoria e Definição do Intervenção Diagnóstico do relançamento projecto piloto programa do programa Auditoria do Gestão de Garantia e CEP Auditoria da sistema projectos gestão da Técnicas qualidade Auditoria ao qualidade específicas Auditoria ao clima e cultura CEP Informatização clima e cultura Custos da Gestão da qualidade qualidade Comportamento organizacional Profª. Ana Maria Soares 64
  • 65. Gestão pela Qualidade Total -Factores:  Internacionalização dos mercados  Aumento da competitividade  Aumento da exigência dos consumidores -Consequências:  Redução de custos  Aumento da qualidade e produtividade Profª. Ana Maria Soares 65
  • 66. Gestão pela Qualidade Total Metodologia Gerir toda a organização, por forma a atingir a excelência em todas as vertentes de produto e serviço importante para o cliente Cliente: Requisitos Fabrico do produto: Produto Profª. Ana Maria Soares 66
  • 67. Gestão pela Qualidade Total A estratégia a seguir deve emergir de alguns conceitos fundamentais, embora diferentes autores e organizações possam enfatizá-los de forma diferente Fulcro da abordagem: conceito de processo e cadeia: ...Fornecedor–Cliente–Fornecedor –Cliente... Profª. Ana Maria Soares 67
  • 68. Gestão pela Qualidade Total Filosofia de gestão extensível a todos os processos de uma organização por forma a não só assegurar, como também exceder as expectativas dos clientes (tanto internos como externos). Implica uma melhoria contínua do desempenho e a redução do desperdício em todas as actividades do negócio. Profª. Ana Maria Soares 68
  • 69. Gestão pela Qualidade Total Processo: conjunto de actividades, bem definidas, que transformam um determinado “input” num “output”, com valor acrescentado para o cliente Organização: rede de processos através dos quais se conseguem alcançar os objectivos preconizados pela organização Profª. Ana Maria Soares 69
  • 70. Factores de Sucesso Envolvimento sério por parte da gestão da topo em relação à melhoria contínua da qualidade e do desempenho da organização; Adopção de uma filosofia de gestão que envolve todos os clientes e colaboradores da organização (clientes externos e internos, fornecedores, accionistas, sociedade em geral); Comunicação a todos os níveis; Profª. Ana Maria Soares 70
  • 71. Gestão pela Qualidade Total – Nova Filosofia Estrutura Tradicional Estrutura G.Q.T. -Muitos níveis hierárquicos - Estrutura quase horizontal - As chefias controlam os subordinados - Os subordinados são coordenados - Valoriza-se a autoridade hierárquica - Valoriza-se a capacidade de resolver problemas - Os “status” reforçam a hierarquia - Os “status” são desvalorizados -A atenção do empregado limita-se às - Espera-se contribuição dos tarefas a desempenhar empregados para a melhoria - As tarefas são definidas rigidamente - As tarefas são flexíveis - Não se delega capacidades de decisão - Todos tem autonomia de decisão aos subordinados Profª. Ana Maria Soares 71
  • 73. Sistema Português da Qualidade -Sistema Nacional de Gestão da Qualidade (1983) -Sistema Português da Qualidade (1993), com três subsistemas: metrologia, normalização e qualificação -Criação do Observatório da Qualidade e dos Conselhos Sectoriais e Regionais da Qualidade (2002) -O SPQ é coordenado pelo denominado Organismo Nacional Coordenador (ONC-SPQ). Este organismo é o IPQ (Instituto Português da Qualidade) Profª. Ana Maria Soares 73
  • 74. Subsistemas do SPQ -Subsistema de Normalização – visa apoiar a elaboração de normas e outros documentos de carácter normativo de âmbito nacional, europeu e internacional -Subsistema de Qualificação – tem por objectivo o reconhecimento da competência técnica de entidades para actuarem no âmbito do SPQ (acreditação), bem como a avaliação e demonstração da conformidade das actividades, seus agentes e resultados, com requisitos previamente fixados (certificação) Profª. Ana Maria Soares 74
  • 75. Subsistemas do SPQ -Subsistema da Metrologia – visa garantir o rigor e a exactidão das medições assegurando a sua comparabilidade e racionabilidade a nível nacional e internacional. Assegura a realização, manutenção e desenvolvimento dos padrões das unidades de medida Profª. Ana Maria Soares 75
  • 76. Entidades que Integram o SPQ -Conselho Nacional da Qualidade -Observatório da Qualidade -Organismo Coordenador do SPQ -Conselhos Sectoriais da Qualidade -Conselhos Regionais da Qualidade -Organismos Nacionais de Normalização, Acreditação e Metrologia, e ainda as entidades qualificadas no âmbito dos subsistemas de Normalização, Qualificação e Metrologia Profª. Ana Maria Soares 76
  • 77. Organismos de Certificação de Sistemas da Qualidade Acreditados pelo IPQ (2005) -APCER (Associação Portuguesa de Certificação) -SGS-ICS (International Certification Services) -BVQI (Bureau Veritas Quality International) -LRQA (Lldoyds Register Quality Assurance) -DQ (Auditores, Lda) -EIC (Empresa Internacional de Certificação) -QSCB (Quality Sistems Certification Bureau) -TÜV Rheinland (Inspecções Técnicas, Lda) -CERTICON (Associação para a Qualificação e Certificação na Construção) Profª. Ana Maria Soares 77
  • 78. Organismos de Certificação de Sistemas de Gestão Ambiental Acreditados pelo IPQ (2005) -APCER (Associação Portuguesa de Certificação) -SGS-ICS (International Certification Services) -BVQI (Bureau Veritas Quality International) -LRQA (Lldoyds Register Quality Assurance) -EIC (Empresa Internacional de Certificação) Profª. Ana Maria Soares 78
  • 79. Organismos de Certificação de Produtos Acreditados pelo IPQ (2005) -CERTIF (Associação para a Certificação de Produtos) -SGS-ICS (International Certification Services) -SATIVA (Desenvolvimento Rural, Lda) -SOCERT – PORTUGAL (Certificação Ecológica, Lda) -EIC (Empresa Internacional de Certificação) -CERTIEL (Associação Certificadora de Instalações Eléctricas) Profª. Ana Maria Soares 79
  • 80. Sistema Conjunto de procedimentos organizacionais que estabelece, pormenorizadamente, como devem decorrer as actividades de gestão comuns a todos os produtos e a todos os clientes.  NP EN ISO 9000:2000  Modelo de excelência EFQM Profª. Ana Maria Soares 80
  • 81. Factores de Sucesso Descentralização do poder e promoção do trabalho em grupo, com a criação de equipas pluridisciplinares autónomas e devidamente responsabilizadas; Adopção de uma estratégia de prevenção em detrimento da detecção de problemas (desenvolvimento de processos e produtos / serviços “robustos”, com um mínimo de variabilidade); Profª. Ana Maria Soares 81
  • 82. Factores de Sucesso Acções de formação em todos os níveis da organização; Medição do desempenho em todas as actividades por aplicação de técnicas/métodos mensuráveis; Utilização adequada da tecnologia Constituição e operacionalização de uma estrutura dedicada à qualidade. Profª. Ana Maria Soares 82
  • 83. Benefícios Satisfação dos clientes (internos e externos); Atitudes positivas por parte de todos os colaboradores; Comunicação efectiva; Melhoria contínua em todos os produtos e processos; Eliminação do desperdício. Profª. Ana Maria Soares 83
  • 84. Ferramentas e Metodologias para o Controlo e Melhorias da Qualidade Profª. Ana Maria Soares 84
  • 85. Ferramentas e Metodologias para o Controlo e Melhorias da Qualidade Um indicador de qualidade para cumprir a sua missão, deve preencher as seguintes: - Deve definir de forma precisa a natureza das necessidades do cliente e a sua insatisfação - Ser significativo - Ser motivante - Ser fácil de implantar e de acompanhar (Collette 1989) Profª. Ana Maria Soares 85
  • 86. Avaliação do nível de Qualidade Indicadores de Gestão Centrados sobre a eficiência económica e comercial - Quando produzir o nosso serviço? - Em quanto tempo? - Com que meios? Profª. Ana Maria Soares 86
  • 87. Avaliação do nível de Qualidade Indicadores de Qualidade 1- Ligados ao grau de satisfação do cliente 2- Centrados sob valores visíveis pelos clientes -Quantos são os clientes satisfeitos? -Quantos são os clientes insatisfeitos? -Quais são os domínios da insatisfação? -Quais são os domínios de não satisfação? Profª. Ana Maria Soares 87
  • 88. Indicadores de Qualidade - O processo está identificado e adequadamente definido? - As responsabilidades encontram-se atribuídas? - Os procedimentos estão implementados e são mantidos? - O processo é eficaz relativamente aos resultados esperados? Profª. Ana Maria Soares 88
  • 89. Equipas de Projecto de Melhoria da Qualidade -EPMQ Servem para analisar problemas e apresentar soluções que visam, melhorar e satisfazer as necessidades dos clientes A sua composição de ter 6 a 8 membros e utilizam técnicas para facilitar a produção de ideias em Gestão da Qualidade, sendo uma das técnicas o “Brainstorming” (tempestade de ideias) Profª. Ana Maria Soares 89
  • 90. Tempestade de Ideias (Brain Storming) Ferramenta que, utilizando a interacção de um grupo de pessoas, serve para gerar uma grande quantidade de ideias num curto intervalo de tempo Profª. Ana Maria Soares 90
  • 91. Tempestade de Ideias Por quê utilizar  Para produzir muitas ideias diferentes num curto intervalo de tempo;  Para gerar ideias criativas;  Para aumentar a cumplicidade nos membros do grupo;  Para estimular e obter ideias de fontes distintas. Profª. Ana Maria Soares 91
  • 92. Tempestade de Ideias Quando utilizar  Na identificação de oportunidades de melhoria;  Na identificação de causas. Exemplo: diagrama causa-efeito, AMFE, etc.  Na identificação dos intervenientes de um processo;  Na identificação de problemas de um processo;  Na identificação de fontes de variação. Profª. Ana Maria Soares 92
  • 93. Tempestade de Ideias Como utilizar  Estude bem o tema da discussão. O ideal é que o tema se encontre sob a forma de pergunta simples: Por quê? Como? O quê?;  Assegure-se que todos os membros do grupo entenderam perfeitamente o tema sobre o qual se vai realizar a tempestade de ideias;  Dê algum tempo ao grupo após apresentar o tema para discussão;  Convide todos os membros do grupo a apresentar as suas ideias em voz alta; Profª. Ana Maria Soares 93
  • 94. Tempestade de Ideias  Escreva as ideias num quadro, ou noutro local, que seja visível a todos, faça-o com as mesmas palavras do interveniente em causa. Não é permitido nenhum tipo de discussão ou de explicação;  Continue a gerar e registar ideias até que haja um silêncio suficientemente grande indicativo de que não há mais ideias  Uma vez anotadas todas as ideias, pode-se clarificar qualquer questão apresentada pelos membros do grupo. Segue-se a fase de eliminar as ideias que o grupo considere que não são viáveis. Profª. Ana Maria Soares 94
  • 95. Tempestade de Ideias Variações 1. Durante um período de tempo determinado (5 a 10 minutos) solicite a cada membro do grupo que descreva uma lista de ideias numa folha de papel. Reuna o grupo de seguida e peça a cada membro que leia, na sua vez, em voz alta uma ideia; 2. Solicite inicialmente apenas soluções mínimas ou parciais. A seguir peça soluções não realistas, extremas, radicais. Tente de seguida combinar as ideias resultantes para obter alternativas razoáveis. Profª. Ana Maria Soares 95
  • 96. Tempestade de Ideias  Tente evitar qualquer tipo de avaliação, incluindo comentários do tipo “excelente ideia”, pois isso implica que uma ideia que não mereça o mesmo comentário é medíocre;  Quanto mais ideias melhor. Há estudos que demonstram que existe uma relação directa entre o número de ideias geradas e a quantidade de ideias válidas;  Pratique “autostop”. Construa sobre as ideias dos outros; Profª. Ana Maria Soares 96
  • 97. Tempestade de Ideias Outras considerações  Esta ferramenta tem como objectivo pôr as pessoas a pensar sobre um problema, tentar arranjar uma lista variada de possibilidades que se utilizará como ponto de partida;  Não seja crítico. Os risos, os comentários irónicos, etc. podem levar a que os membros do grupo analisem bem as ideias antes de as expor, o que terá consequências na criatividade; Profª. Ana Maria Soares 97
  • 98. Tempestade de Ideias  Leve as pessoas a falar com rapidez, à medida que as ideias surjam na sua mente. O registo de ideias não deve empatar o processo. Se for necessário deve haver mais do que um anotador;  Não seja convencional nas suas ideias, quanto mais loucas melhor. As ideias loucas podem levar a ideias muito criativas;  Mantenha todas as ideias visíveis. Caso o quadro fique totalmente preenchido, escreva mais ideias em folhas de papel de grandes dimensões, de modo a que sejamAna Maria Soarespor todos. Profª. visíveis 98
  • 99. Técnicas ao Serviço da Qualidade - Ferramentas - Mapa de Registos ou Análise de Dados (“Cheeck Sheet”) -Histograma -Diagramas de Pareto -Diagramas de Causa-Efeito (kaoru Ishikawa) -Diagramas de Dispersão -Fluxogramas -Cartas (Gráficos) de Controlo Profª. Ana Maria Soares 99
  • 100. Objectivos da Ferramentas da Qualidade -Desenvolvimento de novas ideias -Análise dos processos -Análise das causas -Planeamento -Avaliação -Recolha de dados Profª. Ana Maria Soares 100
  • 101. Técnicas ao Serviço da Qualidade Actividade Instrumento Recolha de dados Folha de colheita de dados Interpretar dados Histograma Estudar relações causa-efeito Diagrama causa-efeito Fixar prioridades Diagrama de Pareto Determinar a correlação Diagrama de Correlacção Controlo do processo Gráfico de Control0 Fluxograma Profª. Ana Maria Soares 101
  • 102. Registo e Análise de Dados É simplesmente um formulário, fácil de entender, cujo preenchimento permite responder à seguinte questão: “Quantas vezes certos acontecimentos se verificam?” Adequado: Quando é necessário recolher dados com o objectivo de começar a detectar padrões de comportamento. Recomendações: Garanta que todas as observações/amostras são o mais possível aleatórias; Garanta que o processo de amostragem é eficiente de forma a que haja tempo de o realizar Profª. Ana Maria Soares 102
  • 103. Registo e Análise de Dados Há sempre um formulário(folha de colheita de dados), no qual um conjunto de dados pode ser sistematicamente registado de maneira ordenada e uniforme, permitindo rápida interpretação de resultados. Utilizada para colheita de dados visando identificar e Quantificar problemas ou oportunidades de melhoria. Ajuda a transformar “opiniões” em “factos” Profª. Ana Maria Soares 103
  • 104. Folha de Registo de Defeitos Mês Defeito Janeiro Fevereiro Março Total A IIII III IIII 11 B II I III 6 C IIIII II IIIII IIIII I 18 Total 13 9 13 35 Profª. Ana Maria Soares 104
  • 105. Usar as folhas de verificação para -Tornar os dados fáceis de obter e de utilizar -Dispor os dados de uma forma organizada -Verificar a distribuição do processo: colheita de dados de amostra -Verificar problemas: saber que tipo de problema a qual a sua frequência -Verificar as causas dos problemas -Investigar aspectos do problema. Determinar o período em que ocorre o problema Profª. Ana Maria Soares 105
  • 106. Histograma Representação gráfica de uma distribuição de frequência ou série de distribuições quantitativas por meio de rectângulos justapostos, onde a largura da barra representa o intervalo de classe da variável e a altura corresponde à frequência de ocorrência daquele valor Profª. Ana Maria Soares 106
  • 107. Histograma É muito útil na representação gráfica da frequência com que certos acontecimentos se verificam O número de classes determina a forma como o padrão de comportamentos se torna visível Profª. Ana Maria Soares 107
  • 108. Histograma Análise  Tendência central: os dados agrupados mostram estar à volta de um determinado valor. Em distribuições simétricas este valor central será, aproximadamente, o valor médio desses dados.  Variabilidade: se o histograma é mais “aberto” os dados apresentam uma maior variabilidade, caso contrário os dados apresentam uma menor variabilidade;  Forma: simetria, nº picos, características das barras do gráfico. Profª. Ana Maria Soares 108
  • 109. Histograma - Tabela de Frequências Agrupamento dos dados por classes, determinando a frequência absoluta por classe (fai); Determinação do ponto médio de cada classe (mi); Construção de uma tabela do tipo: Classe mi fai fri Fri Profª. Ana Maria Soares 109
  • 110. Histograma 1. Tendência central – à volta de que valores estão os dados agrupados Profª. Ana Maria Soares 110
  • 111. Histograma Forma de sino Bimodal Profª. Ana Maria Soares 111
  • 112. Histograma 2. Variabilidade – a dispersão dos dados relativamente ao valor central Profª. Ana Maria Soares 112
  • 113. Histograma 3. Forma – simetria, um ou mais picos, características das barras. Profª. Ana Maria Soares 113
  • 114. Histograma Uniforme Truncado Profª. Ana Maria Soares 114
  • 115. Histograma Outras considerações  Ferramenta muito visual;  Sensível e poderosa;  Resumo de forma rápida grande quantidade de informação;  Não pode avaliar a estabilidade dos processos;  Não é sensível à variável tempo;  Necessita de uma grande quantidade de dados para poder ser conclusiva; Profª. Ana Maria Soares 115
  • 116. Diagrama de Pareto É um método gráfico de representação de dados por ordem de grandeza, importância e prioridade. Pareto afirma que 80% das dificuldades vêm de 20% dos problemas. É uma abordagem estatística usada em classificações de causas atribuíveis a defeitos, custos, etc., de acordo com a frequência de ocorrência. Demonstra que, em muitos casos, a maioria das não- conformidades e os seus custos são originados de um número relativamente pequeno de causas Profª. Ana Maria Soares 116
  • 117. Diagrama de Pareto  Registar as categorias da esquerda para a direita, no eixo horizontal por ordem decrescente de frequência ou custo. Se houver categorias com muito menos ocorrências que as restantes, podem agrupar-se na categoria “outros” que se situará na extrema direita do eixo horizontal;  Classificar, em função das frequências acumuladas, as categorias por conjuntos com diferentes prioridades de intervenção (A, B e C). Profª. Ana Maria Soares 117
  • 118. Diagrama de Pareto Este diagrama está baseado no princípio de Pareto: 80% dos problemas provêm de 20% das causas; Profª. Ana Maria Soares 118
  • 119. Diagrama de Pareto Profª. Ana Maria Soares 119
  • 120. Diagrama de Causa e efeito (Ishikawa ou espinha de peixe) Técnica visual que interliga os resultados (efeitos) com os factores (causas), propiciando uma visualização prática das variáveis (causas-raízes), que afetam um processo analisado ou um problema. As causas são divididas em “famílias”. Têm o objectivo de representar a relação entre certos “efeitos” e todas as possíveis “causas” que o influenciam Profª. Ana Maria Soares 120
  • 121. Diagrama de Causa e Efeito  Distribuir as causas por categorias principais. Exemplo:  Processo produtivo: mão de obra, meio ambiente, métodos, metrologia, máquinas e materiais;  Administração: mão de obra, meio ambiente, políticas e procedimentos;  Cada causa poderá ter uma ou mais sub-causas relacionadas; Profª. Ana Maria Soares 121
  • 122. Diagrama de Causa e Efeito Profª. Ana Maria Soares 122
  • 123. Diagrama de Dispersão “ O diagrama de dispersão permite identificar o grau de relacionamento entre duas variáveis consideradas numa análise, ou seja, é útil para estabelecer associações, se existir, entre dois parâmetros ou dois factores” Oakland (1994) Profª. Ana Maria Soares 123
  • 124. Diagrama de Dispersão Usado para estudar a existência de uma possível relação entre variáveis Quando é necessário representar o que acontece com uma variável, quando a outra variável muda, com o objectivo de testar a teoria de que as duas variáveis estão relacionadas Uma relação negativa é tão importante como uma relação positiva X está Relacionado com Y Profª. Ana Maria Soares 124
  • 125. Diagrama de Dispersão Como utilizar -Recolher os dados correspondentes às duas variáveis sobre as quais se suspeita haver relação; -Traçar os eixos horizontal e vertical do diagrama de dispersão; -Atribuir nomes aos eixos. A variável que é considerada como possível “causa” é colocada no eixo horizontal e a variável “efeito” é colocada no eixo vertical. Exemplo de causa: atraso no trabalho. Exemplo de efeito: índice de erros -Representar graficamente os pares de dados no diagrama. Profª. Ana Maria Soares 125
  • 126. Diagrama de Dispersão Interpretação  O agregado dos pontos e a sua direcção dá-nos informação sobre o tipo de relação existente e a força dessa relação. Caso o aumento de uma variável tenha como consequência o aumento da outra, temos uma correlação positiva; caso contrário (o aumento de uma variável provocar a diminuição da outra) temos uma correlação negativa. Quanto mais se aproximar o conjunto de pontos a uma linha, mais forte será a correlação entre as duas variáveis. Profª. Ana Maria Soares 126
  • 127. Diagrama de Dispersão Sem correlação Profª. Ana Maria Soares 127
  • 128. Diagrama de Dispersão Possível correlação Correlação positiva positiva Profª. Ana Maria Soares 128
  • 129. Diagrama de Dispersão Possível correlação Correlação negativa negativa Profª. Ana Maria Soares 129
  • 130. Fluxograma Ferramenta gráfica que representa as diferentes etapas de um processo por ordem sequencial. Permite descrever qualquer tipo de processo: fabrico, gestão, administrativo, serviço... Usado quando é necessário identificar o caminho real ou ideal que um produto ou serviço segue com o objectivo de identificar desvios Profª. Ana Maria Soares 130
  • 131. Fluxograma Por quê utilizar -Para melhorar o entendimento de todos de um processo -Para standardizar o documentar os processos -Para identificar fontes de variação dos processos -Para gerar ideias face à melhoria dos processos Profª. Ana Maria Soares 131
  • 132. Fluxograma Como utilizar -Definir o processo que se deseja representar. Escreva-o por escrito num cartão e coloque-o na parte superior da superfície de trabalho; -Discutir e acordar quais as fronteiras do processo:  Onde começa;  O que inclui;  Onde termina. E o nível de detalhe; Profª. Ana Maria Soares 132
  • 133. Fluxograma Símbolo Significado Exemplo Processo Desenhar uma peça Decisão Aceitar? Inspecção Auditoria Atraso Aguarda assinatura Terminador Passar recibo Direcção do fluxo Profª. Ana Maria Soares 133
  • 134. Fluxograma Profª. Ana Maria Soares 134
  • 135. Cartas (gráficos) de Controlo O principal objectivo é a detecção rápida de ocorrências das causas especiais e de desvios. De forma a que as respectivas acções correctivas possam ser implementadas antes de se produzirem mais unidades não conformes Profª. Ana Maria Soares 135
  • 136. Cartas (gráficos) de Controlo Uma carta de controlo é um gráfico com linhas limites para mostrar o intervalo aceitável da qualidade. É bastante útil para detectar situações anormais em processos de produção. São usadas para ilustrar ao longo do tempo os resultados observados e determinar, se um processo está próximo à média ou entre os limites de controlo superior e inferior Profª. Ana Maria Soares 136
  • 137. Ferramentas/metodologias Benchmarking Análise de Valor Análise Modal de Falhas e Efeitos (AMFE) Desdobramento da Função Qualidade (QFD) Desenho de Experiências e Métodos Taguchi Controlo estatístico do processo Seis Sigma Profª. Ana Maria Soares 137
  • 138. Trabalho de Grupo Necessidade de dar autonomia e responsabilizar equipas de trabalho Formação de equipas pluridisciplinares para gestão e melhoria contínua de processos- chave Profª. Ana Maria Soares 138