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UNIVERSIDADE ESTADUAL
      DE MONTES CLAROS

 ECONOMIA REGIONAL E URBANA

Redes Urbanas e Sistemas de Cidades


   AULAS 32,33, 34, 35, 36,37 e 38
            15/10/2012
            22/10/2012
UNIVERSIDADE ESTADUAL
            DE MONTES CLAROS
REDES URBANAS E SISTEMAS DE CIDADES

• A Teoria do Lugar Central
CHRISTALLER, W. Central Places in Southern Germany, New Jersey,
Prentice-Hall, 1966, Parte B.
• Teorias de Crescimento das Cidades
JACOBS, J. The economy of cities, Random House, New York, 1969.
(caps. 1, 2, 4, 5 e 6)
UNIVERSIDADE ESTADUAL
  DE MONTES CLAROS
   REDES URBANAS E SISTEMAS
   DE CIDADES

   • A Teoria do Lugar Central
   CHRISTALLER, W. Central Places in Southern
   Germany, New Jersey, Prentice-Hall, 1966,
   Parte B.
Teoria do Lugar Central
Esta é uma teoria preocupada com a importância funcional dos lugares
(espaços).
Explica o tamanho, a distribuição e o número de cidades
Christaller (1966) desenvolve o conceito de “lugar central”, que são
os pontos do espaço nos quais os agentes econômicos se dirigem
para efetivar suas demandas específicas. Os chamados “lugares
centrais” seriam aqueles mais elevados hierarquicamente,
justamente por disporem de maior dotação de bens e serviços de
mais alta especificidade. (silva, 2011).
Teoria do Lugar Central
CHRISTALLER (1966) desenvolve o conceito de “lugar central”,
que são os pontos do espaço nos quais os agentes econômicos
se dirigem para efetivar suas demandas específicas. Os
chamados “lugares centrais” seriam aqueles mais elevados
hierarquicamente, justamente por disporem de maior dotação de
bens e serviços de mais alta especificidade. (Silva, 2011).
Esses locais seriam chamados de “lugar central de primeira ordem”
(central places of a higher order). Partindo desses conceitos,
Christaller concebe a existência de um sistema de cidades, onde a
posição de cada uma delas depende diretamente da quantidade e
variedade de bens centrais e de serviços ofertados o que determinaria
o seu grau de centralidade .
Lugar Central
É um lugar (assentamento, estabelecimento,
espaço) que oferta bens e serviços. Este lugar
pode ser pequeno (aldeia, povoado) ou grande
(cidade principal)
• Todos os lugares formam um elo na hierarquia

                                               London 7m

                                Peterborough
                                156,000

                  Norwich 122,000
    Cambridge
    108,000
Porque exitem poucos
lugares grandes?
Hierarquia dos lugares
             (espaços)
• Porque há muito poucos grandes lugares?
• Grandes cidades (lugares) precisam de uma
  grande população para manter todas as
  suas funções (serviços) – demanda
• Grandes cidades (lugares) ofertam funções
  de ordem (superior) muito alta (atividades
  especializadas, complexas e sofisticadas).
• Porque funções altamente especializadas
  requerem demanda suficiente para mantê-
  las em um dado local
Área (esfera) de influência
• É uma área em torno (ao redor) de cada
  lugar (espaço) que está sob o seu controle
  (domínio) econômico, social e político.

                           Cambridge
                   Luton


         Reading    London 7m
Área de influência
• A extensão da área (esfera) de influência
  dependerá do tamanho do lugar (espaço) e das
  funções dos locais circunvizinhos do lugar
  central.

                      Cambridge   Norwich
                   Luton


         Reading
                      London
Funções do Lugar Central
                                                              Função = um serviço
 • Estes são bens e serviços produzidos para os
   consumidores locais e clientes for a deste local
   provenientes da sua grande área de influência.

                                    Luton               Cambridge




               Reading             London




O tamanho da população não necessariamente determina a importância do lugar central
Distância e Limite
• A extensão (range) de um bem e serviço é a distância
  máxima distance que as pessoas estão prepadas para
  viajar para obter os bens e serviços (distâncias curtas
  para itens de baixa ordem – serviços e bens menos
  complexos)
• O limite ou limiar (threshold) da oferta de bens e
  serviços é o número mínimo de pessoas requeridas para
  manter tais atividades (demanda). Atividades complexas
  e sofisticadas não são produzidas em lugares que
  detém uma demanda insuficiente. (especialidades
  médicas, hipermercados,Universidades)
• A existência de serviços especializados requer
  maior número de pessoas (demanda) para torná-los
  rentáveis.
Distância e Limite
• Intens de baixa ordem (serviços básicos)= jornal
• Itens de alta ordem – ordem superior (serviços
  especializados)= mobiliário
• Funções de baixa ordem – ordem inferior (serviços
  básicos)= lojinhas / escolas primárias
• Funções de alta ordem (serviços especializados)=
  universidades/ hospital
• Lugares produtores de serviços de baixa ordem =
  lugares de ordem baixa na hierarquia (rural)
• Lugares produtores de serviços de alta ordem =
  lugares de alta ordem na hierarquia (urbanos)
Mudanças no tamanho da população e
                             número de funções
                    • Tamanho dos lugares muda • A      classificação das
                      ao longo do tempo (por meio
                      de nascimentos, mortes,     funções (serviços) muda
                      migração)                   ao longo do tempo.
                                                           • Ao longo dos últimos 50
                                               1998          anos na UK= decréscimo
                                                             dos serviços disponíveis
Número de funções




                                                             nos lugares pequenos e
                                                      1940   um aumento nos serviços
                                                             produzidos pelos grandes
                                                             lugares (cidades)


                    Tamanho dos lugares – aumento
Fatores que afetam os lugares
        e o número de funções
• Despovoamento ou crescimento da população
• Maior riqueza e mobilidade significa que algumas
  populações rurais não vão mais demandar seus serviços
  locais mas sim irão procurar serviços de ordem superior
  (mais complexos) em lugares de maior ordem na
  hierarquia urbana.
• Mudanças internas (congeladores) significam que as
  famílias não vão fazer usos diários de serviços de baixa
  ordem (compras em aldeias – leite, verduras)


 O tamanho da população não necessariamente determina
 a importância do lugar central mas existe uma forte
 correlação
A regra (padrão) das
         hierarquias funcionais
• 1. Quanto maiores forem os lugares (cidades) menor
  será seu número (menor número de cidades grandes e
  maior número de cidades pequenas)
• 2. Quanto maior o crescimento dos lugares (cidades) em
  tamanho, maior a distância entre elas. (cidades grandes
  são distantes uma da outra).
• 3. Quando um lugar (cidade) aumenta de tamanho, a
  gama (diversidade) e o número de suas funções
  crescerão.
• 4. Quando um lugar (cidade) aumenta no tamanho, o
  número de serviços de alta ordem também crescerá (os
  serviços tornam-se mais especializados)
A Teoria do Lugar Central

          Walter Christaller
O modelo do Lugar Central de Walter
                    Christaller
• O modelo de Christaller tem profunda influência sobre a
  análise de determinação e também no entendimento da
  organização espacial dos mercados e dos lugares centrais.
• O aspecto distintivo do modelo de Christaller é que ele
  focaliza sobre as funções (serviços e bens manufaturados)
  orientadas para os mercados (market oriented), e
  consequentemente não as não orientadas (not oriented),
  por exemplo, a localização de fonte de energia, matéria-
  prima, insumos manufaturados e trabalho. Esta orientação
  de mercado na oferta de funções está associada com a
  natureza dispersa do mercado, resultante de uma clara
  correspondência entre a distribuição espacial da oferta e a
  distribuição espacial da demanda, e a força desta
  correspondência varia de função para função, sendo
  dependente de economias de escalas e custos de transporte
  á la Losch. Tais correspondências representa a
  característica definidora do modelo de Christaller e tudo
  relacionado ao modelo do lugar central.
O modelo do Lugar Central de Walter
                       Christaller -
• Esboço do modelo de Christaller (sistema urbano)
• 2 hipotéses: (sistema hierarquico do lugar central – hierarchical
  central place system).
• Se uma função com um dado tamanho de área de mercado
  fosse ofertada por um centro particular, este centro também
  deveria ofertar todas as funções tendo o mesmo e o menor
  tamanho de áreas de mercado. (centro maior produz todas as
  funções ofertadas por um lugar de áreas de mercado menor)
• Taxa de crescimento do tamanho da área de mercado –
  Christaller argumentou que a área de mercado aumenta do
  menor tamanho para o próximo por um fator constante, o qual
  designou como K (uniformidade das planícies)
• Sistema de Christaller: N conjunto de funções (bens e
  serviços), N nível de centros, e N nível de áreas de mercado.
• A estrutura espacial do sistema é caracterizada pelo valor de K,
  definido como um fator pelo qual a área de mercado aumenta
  (decresce) do nível 1 para o próximo maior (menor) nível
Um Lugar Central
Um Lugar central é um local (espaço) que produz bens e
serviços
Lugar central é o centro urbano (uma cidade, por exemplo) de
uma região, à qual fornece bens e serviços centrais. Os lugares
mais importantes, isto é, de ordem mais elevada prestam mais
e mais variados serviços que os lugares de ordem inferior.
Este espaço pode ser uma vila, metrópole (Aglomeração
formada por uma cidade e suas cidades-satélites) ou cidade.
Isso forma uma hierarquia
À área servida por um lugar central chama-se área
complementar.
 Estas áreas são tanto mais extensas quanto mais elevada for
a ordem do lugar central respectivo.
REDES URBANAS E SISTEMAS DE
               CIDADES - sistema de hierarquia das
               cidades

No. de
serviços                                                           Capital
ofertados                                                                     alta
                                                        Cities (cidades)
(produzidos)                                                                  ordem
                                             Large Towns (grandes centros)

                                    Small towns (Small towns)                Média
                                                                             Ordem
                           Village (vilas)

                 Hamlet (aldeia, lugarejo)                                   Baixa
                                                                             ordem
                  Tamanho da população das localidades (espaços)
hipóteses
Quanto maior o lugar (cidade) menor em
número será (poucas cidades grandes)
Quanto maior o crescimento em tamanho dos
lugares mais distantes, eles estarão um do outro
(quanto maiores forem as cidades, maior a
distância entre elas)
Quando um lugar cresce em tamanho,
consequentemente o número de suas funções
cresce também.
Quando um lugar cresce em tamanho, o número
de serviços de alta ordem (mais complexos e
especializados) crescerá
Distância e limite
Funções do Lugar Central são as atividades
ofertadas no mercado de bens e serviços neste
lugar central atendendos os consumidores locais e
os consumidores fora provenientes de um interior
do país (cidade mais amplo do interior)
Distância (range) é a distância máxima que as
pessoas estão dispostas a viajar para obter um
bem ou serviço
O limite mínimo (threshold) é o número de
pesssoas necessário para manter a atividade
econômica (demanda).
O modelo do Lugar Central de
             Walter Christaller
• A teoria diz que o limite e a distância (threshold e
  range) atuam como leis que governam o número,
  tamanho e distribuição dos lugares (cidades)
• Quando estes 2 fatores atuam conjuntamente, eles
  criam uma hierarquia
• Christaller notou que nas planícies no sul da Alemanha
  que as cidades de um certo tamanho eram
  rigorosamente equidistantes (uniformente distribuídas)
• Christaller afirmou que a forma ideal para área de
  influência das cidades deveria ser um hexágono porque
  os circulos deixam espaços vazios (os quais não são
  atendidos pelo lugar central) ou a sobreposiçao dos
  circulos (significa que uma área é atendida por muitos
  lugares centrais)
O modelo do lugar Central de
Christaller
Walter Christaller
Alemanha
1933 publicou um livro para demonstrar o
sentido de ordem (hieraraquia) no espaço
e as funções dos lugares
Seu estudo foi baseado no        Sul da
Alemanha
Teoria do Lugar Central
Objetiva explicar a organização
espacial dos lugares (espaço) e seus
interiores.
Teoria baseada na hipótese de que
existe algum tipo de ordem no padrão
e nas funçoes dos lugares (hierarquia
urbana)
Hipóteses
Planície entre os lugares (espaços) de modo que
os transportes são de fáceis acessos e barato em
todas as direções.
População uniformente distribuída (padrão
triangular equilátero que garante distâncias
iguais entre os compradores mais próximos)
Recursos são uniformente distribuídos
Bens e serviços são obtidos no lugar central mais
próximo de forma a minimizar a distância
percorrida (custos de transporte).
Todos os consumidores tem a mesma renda e
demanda similar pelos bens e serviços.
Hipóteses (cont)
Alguns lugares centrais tem apenas bens de
menor ordem para os quais a população não está
disposta a viajar longe, e consequentemente, este
lugar tem menor área de influência
Para bens de alta ordem (mais complexos) a
população estaria disposta para viajar afim de
obtê-los.
Nenhum lucro excedente seria realizado por um
lugar central e cada um iria localizar o mais
distante possível de seu rival para maximizar o
lucro
Hipóteses (cont)
A procura dos bens e serviços nos lugares centrais
é assegurada pela sua própria população e pela
da sua região complementar
Os bens e serviços são de ordens de importância
variáveis, os mais raramente procurados são os de
ordem mais elevada
A ordem dos bens e serviços oferecidos num
centro está associada à própria ordem de
importância (ou centralidade) do centro
Modelo da teoria
   A forma ideal da área de influência
   (sphere of influence) seria circular

Lugar                        Todas as
central                      distâncias até
                             a margem
     Fronteiras da
     área de                 (borda) do
     comércio                círculo são
     (mercado)               iguais
A introdução de outros lugares
centrais




                      Os espaços
                      vazios não
                          são
                      atendidos
                      pelo lugar
                        central
Circulos sem intertíscios (espaços vazios)




                                      Problema: áreas
                                     servidas por mais
                                     de um cento- isso
                                       é inconsistente
                                     com os princípios
                                     básicos do modelo
Melhor forma: hexágonos
A teoria do lugar central de Christaller

• Para fazer sua teoria funcinar, Christaller fez
  algumas hipóteses
• Cada área de mercado tem uma superfície
  isotrópica (toda área tem a mesma
  característica)
•   toda área é plana
•    existe apenas uma forma de transporte
  (custos de transportes são proporcionais as
  distâncias)
•    A população é uniformente distribuída em
  todas as planícies
What's wrong with circles?


                                                      What’s wrong with circles?




Source: http://www.uwec.edu/bfoust/155/G155_RS3/sld002.htm
As áreas dentro dos
pontos negros
mostram as áreas de
influência (trading
area) dos lugares
maiores

Legenda:
Village – aldeia, povoação,
arraial
Town – cidade
-

Conurbation – conurbação
( unificação das malhas
urbanas de duas ou mais
cidades, que passam a
formar um aglomerado
urbano contínuo, mantendo
suas autonomias politico -    Londres
administrativas – áreas
metropolitanas
A teoria do lugar central de Christaller
• Christaller afirma que a melhor forma para
  representar a área de influência é o hexágono. Esta
  forma significa que os consumidores tem acesso
  aos lugares centrais de maior ordem (ordem
  superior) e suas áreas de comércio provém de
  todas as partes do hexágono.
• A ideia central de Christaller: Os consumidores
  vão para o local central de ordem superior mais
  próximo para comprar bens e serviços
• Lugares centrais de maior ordem ou ordem superior
  atuam como um ímã para os consumidres.
• Ele denominou este fenômeno de K=3 (princípio de
  mercado)
K=3 Princípio de mercado
                                  Example –o lugar destacado de menor ordem
                                  (vila X) terá 1/3 de seus consumidores indo para
A alta ordem ou ordem             a cidade (lugar A) e 1/3 indo para centro (town
superior (3 ordem)                Y) e 1/3 indo para centro Z (centro de ordem
lugar (A) no meio é               média - middle order settlements)
cercado por lugares de            Todos os outros lugares de menor ordem
ordem média (pontos               (pontos vermelhos) seguirão o mesmo padrão
pretos) e por lugares de
baixa ordem (pontes
vermelhos pequenos).
Os consumidores são
atraídos na mesma
                                                                Y
intensidade para                                                      Settlement X
qualquer lugar central
maior mais próximo.
                                                                 Z
Porque chamamos de K=3?
Sugestão   ver o número de
consumidores que irão visitar o lugar de
ordem mais alta
K4= O príncípio do Transporte (Tráfego)
No modelo K=4 o
lugar de menor
ordem (pontos
vermelhos) tem
apenas a escolha
de 2 lugares de
ordem maior para ir
com a finalidade de
comprar bens e
serviços.
-Metade deles vão
ao lugar
(estabelecimetno)A
e a outra metade
vai ao
estabelecimento de
ordem média
(ponto preto)
K=4 - Princípio do transporte tráfego
                                                 O modelo K=4 é
                            Linhas de trens      chamado de Princípio
                                                 do tráfego porque o
                                                 modelo mostra como
Neste        exemplo o                           os consumidores são
estabelecimento        de
                                                 influenciados onde
baixa ordem ou ordem
                                                 vão comprar bens e
inferior (ponto vermelho
pequeno)             está                        serviços pelas rotas
localizado ao longo de                           de transporte.
uma rota de transporte.
Isso significa que estas
vilas de baixa ordem
podem apenas visitar
outros estabelecimentos
(locais)    que     estáo
também        sobre suas
rotas    de transporte.
Então eles são limitados
a visitar os lugares
(estabelecimentos)
atrás deles sob a rota de
transporte             ou
estabeleicimentos      na
frente deles.
Este modelo mostra a hierarquia do
K=7 Princípio Administrativo       controle     os lugares de menor nivel
                                   estão dispostos dentro da área de
                                   influência do lugar de maior ordem.
Um lugar de alta ordem
ou de ordem superior é             Os lugares de baixa ordem ou ordem
mostrado na figura                 inferior   podem ser completamente
(ponto vermelho).                  controlados pelos lugares de maior
                                   nivel ou ordem superior
-Todos os lugares de
ordem menor ou de
ordem inferior situam
                               Z                           U
dentro da área do
hexagonal(U,V,W,X,Y)


                           Y                                   V
Porque K7?
6*1 = 6
6+1 = 7
                                    X                  W
O uso do modelo do lugar
  central de Christaller
O modelo é sempre usado por governantes para
planejar a localização de novos centros e serviços
de alta ordem ou ordem superior (hospitais,
universidades, etc)
É usado pelas autoridades de transporte para
planejar rotas de transportes (todas as áreas tem
acessos iguais modelo K4)
As empresas podem usar o modelo para decidir
onde instalar uma nova loja
Limitações do modelo de Christaller
        Os problemas nas premissas do modelo:

Pessoas e riquezas não se distribuem uniformente
no espaço (se pessoas mais pobres vivem em
certas áreas e lugares de alta ordem próximos a
estes é muito caro, então as pessoas pobres não
irão visitar tais locais de alta ordem)
Govermos sempre controlam onde novos centros
são localizados, não as forças de mercado
(exemplo não necessariamente onde a demanda
por bens e serviços é mais alta)
Limitações do modelo de Christaller
• Os problemas nas premissas do modelo:

• As pessoas nem sempre vão ao lugar central
  mais próximo (elas devem escolher novas
  fronteiras da cidade mais distantes ) assim, a
  teoira K3 não funciona.

• Grandes áreas planas não existem na realidade.
  Montanhas e morros etc, distorcem as rotas de
  transportes (teoria K4 theory não funciona)

                                    morros
                                             Linha de trem
Hierarquia Urbana Brasileira – Oferta de Crédito




   Fonte: Silva (2012) – tese doutorado - UFMG
from Betty (1967) Geography of Market
   Centers and Retail Distribution.
UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE MONTES CLAROS
    REDES URBANAS E SISTEMAS
    DE CIDADES
     A Economia das cidades
    Tema do livro: cómo los poblados se
    transforman en ciudades donde se
    añade trabajo nuevo al antiguo y cómo
    se sostiene el proceso
    Como as aldeias se transformam em
    cidades onde se adiciona trabalho novo
    ao antigo e como se sustenta (mantém)
    o processo.
UNIVERSIDADE ESTADUAL
DE MONTES CLAROS
        Jane Butzner Jacobs nascida em
        Scranton, Pensilvânia no dia 4 de maio
        de 1916 e falecida em Toronto, 25 de
        Abril de 2006, foi uma escritora e
        ativista política do Canadá, nascida
        nos Estados Unidos da América. Sua
        obra mais conhecida é The Death and
        Life of Great American Cities de
        (1961), na qual critica duramente as
        práticas de renovação do espaço
        público da década de 1950 nos
        Estados Unidos.
        JACOBS, J. The economy of cities,
        Random House, New York, 1969.
        (caps. 1, 2, 4, 5 e 6)
UNIVERSIDADE ESTADUAL
       DE MONTES CLAROS

O modelo de crescimento urbano de Jacobs

 Livro: “A Economia das Cidades” (1969) propõe um
 modelo teórico para entender o processo de
 crescimento econômico dos centros urbanos com
 base no histórico de grandes metrópoles mudiais
 Londres e Nova York, e regionais, como Birmingham
 e Detroit.
 O crescimento econômico é localizado nas cidades,
 este decorre de       economias de aglomeração
 advindas da diversificação produtiva local.
UNIVERSIDADE ESTADUAL
        DE MONTES CLAROS

As cidades são lugares onde se adiciona grande quantidade de
trabalho novo ao antigo, e este trabalho novo multiplica-se e
diversifica as divisões de tarefas da cidade. Graças a este
processo, as cidades se desenvolvem e como consequência de
eventos não relacionados a ele; as cidades inventam e reinventam
a vida econômica rural; a criação de um novo trabalho é diferente
da simples repetição e expansão eficiente da produção de bens e
serviços já existentes, e requer, portanto, condições diferentes e
contrárias às requeridas para a produção eficiente; as cidades
geram, ao crescer, sério problemas práticos que são resolvidos,
apenas com novos bens e serviços aumentando, assim, a
abundância econômica. O progresso passado de uma cidade não é
garantia de desenvolvimento futuro, porque a cidade pode parar a
vigorosa adição de novo trabalho, e pode, portanto, estagnar.
UNIVERSIDADE ESTADUAL
        DE MONTES CLAROS

A expansão (crescimento) das economias é adicionar novos tipos de
trabalho. Com a inovação, a economia se amplia (cresce) e se
desenvolve. A economia que não incorpora novos gêneros de
produtos e serviços e que unicamente continua realizando o velho
trabalho não se expande (cresce), por definição, não desenvolve.
As economias não cresceram (desenvolveram) simplesmente
aumentando a produtividade, isto é, realizando maior quantidade
do mesmo trabalho.
A ampliação da economia ocorre pela adição de novos tipos de
trabalho. Com a inovação, a economia se expande e se desenvolve.
A economia que não incorpora novos gêneros de produtos e
serviços e que somente continua realizando o velho trabalho no
cresce ou expande, por definição, não se desenvolve.
UNIVERSIDADE ESTADUAL
        DE MONTES CLAROS
O cerne de seu modelo está na idéia de que as variáveis
motoras do crescimento econômico são a base exportadora
local e o processo de substituição de importações
O desenvolvimento do modelo é apresentado em duas
partes: “o processo gerador de novas exportações” e o de
“substituição de importações”
A vida econômica de uma cidade “embrionária” é dividida
em quatro blocos: a produção de bens intermediários (P), a
produção de bens de consumo (C), a produção para
exportação (E) e as importações (I), que abastecem os três
primeiros setores
UNIVERSIDADE ESTADUAL
        DE MONTES CLAROS
A elevação das exportações aumenta a capacidade de
importação da economia urbana e da cidade.
Parte das importações vai diretamente suprir os insumos
intermediários das novas exportações, enquanto o restante
nutre o setor de bens intermediários — que está se
ampliando e diversificando devido à elevação das
exportações — e o setor de bens finais — que também
cresce para atender às demandas da força de trabalho em
expansão.
O crescimento inicial da economia local resultantes das
exportações denomina-se “efeito multiplicador das
exportações”.
UNIVERSIDADE ESTADUAL
         DE MONTES CLAROS
A poderosa fonte de crescimento vigoroso das economias locais :
o processo de substituição de importações e seu
subjacente efeito multiplicador.
Quanto maior o volume e a variedade de bens e serviços finais e
intermediários que uma cidade importa maior tende a ser a
difusão desses produtos nas relações interindustriais locais,
estimulando o aprendizado tecnológico e a capacitação dos
produtores locais para substituição de parte desses produtos por
uma versão doméstica.
À medida que a economia local consegue produzir internamente
bens e serviços antes importados (novo trabalho), a renda, o
emprego e a demanda de todos os produtos locais crescem -
“efeitos multiplicadores do processo de substituição de
importações”
UNIVERSIDADE ESTADUAL
        DE MONTES CLAROS
No caso da cidade embrionária, cujo crescimento inicial das
exportações gerou renda suficiente para aumentar as
importações em volume e variedade, se as firmas locais
substituírem parte das importações serão responsáveis pela
criação de novos empregos e renda que, por seu turno,
também dispara o gatilho do processo multiplicador elevando
a renda ainda mais.
 Jacobs adverte que somente as cidades que mantiverem um
processo contínuo de substituição de importações
permanecerão crescendo sustentavelmente a altas taxas.
Os processos de crescimento via exportações e substituições
de importações acontecem de maneira integrada, compondo
um sistema recíproco de crescimento.
UNIVERSIDADE ESTADUAL
        DE MONTES CLAROS

Se uma cidade, já sob os efeitos do multiplicador das
exportações, começa a substituir importações e a alterar
sua pauta importadora, sua economia torna-se cada vez
mais diversificada e, consequentemente, sujeita a
economias de urbanização mais intensas.
O sistema recíproco mostra o avanço da teoria de Jacobs
admitindo uma base exportadora endógena, dependente da
escala urbana e, por conseguinte, das economias de
aglomeração.
Processos multiplicadores integrados de Jacobs
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        DE MONTES CLAROS
 Principal força motora do crescimento econômico urbano é o
processo de substituição de importações.
O segredo do crescimento urbano está, então, na capacidade
das economias locais em empreenderem um rápido processo
de substituição de importações e, portanto, ancora-se na
capacidade local de desenvolver e absorver ligeira e
continuamente novas tecnologias. Daí a importância que
Jacobs confere às economias de urbanização.
A solução dos problemas urbanos passa pela criação de bens
e serviços que colaboram para a pujança econômica da
cidade; problemas não resolvidos e acumulados são sinais de
estagnação.
Referências Bibliográficas
MONASTERIO, L; CAVALCANTE, L, R. Fundamentos do pensamento
econômico regional. Economia regional e urbana : teorias e
métodos com ênfase no Brasil / organizadores: Bruno de Oliveira
Cruz ... [et al.]. Brasília : Ipea, 2011.
JACOBS, J. La Economia de las ciudades. Barcelona: Ed. Península,
1975.
GALINARI, R. Retornos crescentes urbano-industriais e spillovers
espaciais: evidências a partir da taxa salarial no estado de São Paulo.
Dissertação (mestrado). UFMG, Belo Horizonte, 2006. (1.4.2. - O
modelo de crescimento urbano de Jacobs pg. 35 a 41)
SILVA, F. F. Centralidade e impactos regionais de política
monetária: um estudo dos casos brasileiro e espanhol. Tese
(doutorado). UFMG, Belo Horizonte, 2012.

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  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS ECONOMIA REGIONAL E URBANA Redes Urbanas e Sistemas de Cidades AULAS 32,33, 34, 35, 36,37 e 38 15/10/2012 22/10/2012
  • 2. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS REDES URBANAS E SISTEMAS DE CIDADES • A Teoria do Lugar Central CHRISTALLER, W. Central Places in Southern Germany, New Jersey, Prentice-Hall, 1966, Parte B. • Teorias de Crescimento das Cidades JACOBS, J. The economy of cities, Random House, New York, 1969. (caps. 1, 2, 4, 5 e 6)
  • 3. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS REDES URBANAS E SISTEMAS DE CIDADES • A Teoria do Lugar Central CHRISTALLER, W. Central Places in Southern Germany, New Jersey, Prentice-Hall, 1966, Parte B.
  • 4. Teoria do Lugar Central Esta é uma teoria preocupada com a importância funcional dos lugares (espaços). Explica o tamanho, a distribuição e o número de cidades Christaller (1966) desenvolve o conceito de “lugar central”, que são os pontos do espaço nos quais os agentes econômicos se dirigem para efetivar suas demandas específicas. Os chamados “lugares centrais” seriam aqueles mais elevados hierarquicamente, justamente por disporem de maior dotação de bens e serviços de mais alta especificidade. (silva, 2011).
  • 5. Teoria do Lugar Central CHRISTALLER (1966) desenvolve o conceito de “lugar central”, que são os pontos do espaço nos quais os agentes econômicos se dirigem para efetivar suas demandas específicas. Os chamados “lugares centrais” seriam aqueles mais elevados hierarquicamente, justamente por disporem de maior dotação de bens e serviços de mais alta especificidade. (Silva, 2011). Esses locais seriam chamados de “lugar central de primeira ordem” (central places of a higher order). Partindo desses conceitos, Christaller concebe a existência de um sistema de cidades, onde a posição de cada uma delas depende diretamente da quantidade e variedade de bens centrais e de serviços ofertados o que determinaria o seu grau de centralidade .
  • 6. Lugar Central É um lugar (assentamento, estabelecimento, espaço) que oferta bens e serviços. Este lugar pode ser pequeno (aldeia, povoado) ou grande (cidade principal) • Todos os lugares formam um elo na hierarquia London 7m Peterborough 156,000 Norwich 122,000 Cambridge 108,000
  • 8. Hierarquia dos lugares (espaços) • Porque há muito poucos grandes lugares? • Grandes cidades (lugares) precisam de uma grande população para manter todas as suas funções (serviços) – demanda • Grandes cidades (lugares) ofertam funções de ordem (superior) muito alta (atividades especializadas, complexas e sofisticadas). • Porque funções altamente especializadas requerem demanda suficiente para mantê- las em um dado local
  • 9. Área (esfera) de influência • É uma área em torno (ao redor) de cada lugar (espaço) que está sob o seu controle (domínio) econômico, social e político. Cambridge Luton Reading London 7m
  • 10. Área de influência • A extensão da área (esfera) de influência dependerá do tamanho do lugar (espaço) e das funções dos locais circunvizinhos do lugar central. Cambridge Norwich Luton Reading London
  • 11. Funções do Lugar Central Função = um serviço • Estes são bens e serviços produzidos para os consumidores locais e clientes for a deste local provenientes da sua grande área de influência. Luton Cambridge Reading London O tamanho da população não necessariamente determina a importância do lugar central
  • 12. Distância e Limite • A extensão (range) de um bem e serviço é a distância máxima distance que as pessoas estão prepadas para viajar para obter os bens e serviços (distâncias curtas para itens de baixa ordem – serviços e bens menos complexos) • O limite ou limiar (threshold) da oferta de bens e serviços é o número mínimo de pessoas requeridas para manter tais atividades (demanda). Atividades complexas e sofisticadas não são produzidas em lugares que detém uma demanda insuficiente. (especialidades médicas, hipermercados,Universidades) • A existência de serviços especializados requer maior número de pessoas (demanda) para torná-los rentáveis.
  • 13. Distância e Limite • Intens de baixa ordem (serviços básicos)= jornal • Itens de alta ordem – ordem superior (serviços especializados)= mobiliário • Funções de baixa ordem – ordem inferior (serviços básicos)= lojinhas / escolas primárias • Funções de alta ordem (serviços especializados)= universidades/ hospital • Lugares produtores de serviços de baixa ordem = lugares de ordem baixa na hierarquia (rural) • Lugares produtores de serviços de alta ordem = lugares de alta ordem na hierarquia (urbanos)
  • 14. Mudanças no tamanho da população e número de funções • Tamanho dos lugares muda • A classificação das ao longo do tempo (por meio de nascimentos, mortes, funções (serviços) muda migração) ao longo do tempo. • Ao longo dos últimos 50 1998 anos na UK= decréscimo dos serviços disponíveis Número de funções nos lugares pequenos e 1940 um aumento nos serviços produzidos pelos grandes lugares (cidades) Tamanho dos lugares – aumento
  • 15. Fatores que afetam os lugares e o número de funções • Despovoamento ou crescimento da população • Maior riqueza e mobilidade significa que algumas populações rurais não vão mais demandar seus serviços locais mas sim irão procurar serviços de ordem superior (mais complexos) em lugares de maior ordem na hierarquia urbana. • Mudanças internas (congeladores) significam que as famílias não vão fazer usos diários de serviços de baixa ordem (compras em aldeias – leite, verduras) O tamanho da população não necessariamente determina a importância do lugar central mas existe uma forte correlação
  • 16. A regra (padrão) das hierarquias funcionais • 1. Quanto maiores forem os lugares (cidades) menor será seu número (menor número de cidades grandes e maior número de cidades pequenas) • 2. Quanto maior o crescimento dos lugares (cidades) em tamanho, maior a distância entre elas. (cidades grandes são distantes uma da outra). • 3. Quando um lugar (cidade) aumenta de tamanho, a gama (diversidade) e o número de suas funções crescerão. • 4. Quando um lugar (cidade) aumenta no tamanho, o número de serviços de alta ordem também crescerá (os serviços tornam-se mais especializados)
  • 17. A Teoria do Lugar Central Walter Christaller
  • 18. O modelo do Lugar Central de Walter Christaller • O modelo de Christaller tem profunda influência sobre a análise de determinação e também no entendimento da organização espacial dos mercados e dos lugares centrais. • O aspecto distintivo do modelo de Christaller é que ele focaliza sobre as funções (serviços e bens manufaturados) orientadas para os mercados (market oriented), e consequentemente não as não orientadas (not oriented), por exemplo, a localização de fonte de energia, matéria- prima, insumos manufaturados e trabalho. Esta orientação de mercado na oferta de funções está associada com a natureza dispersa do mercado, resultante de uma clara correspondência entre a distribuição espacial da oferta e a distribuição espacial da demanda, e a força desta correspondência varia de função para função, sendo dependente de economias de escalas e custos de transporte á la Losch. Tais correspondências representa a característica definidora do modelo de Christaller e tudo relacionado ao modelo do lugar central.
  • 19. O modelo do Lugar Central de Walter Christaller - • Esboço do modelo de Christaller (sistema urbano) • 2 hipotéses: (sistema hierarquico do lugar central – hierarchical central place system). • Se uma função com um dado tamanho de área de mercado fosse ofertada por um centro particular, este centro também deveria ofertar todas as funções tendo o mesmo e o menor tamanho de áreas de mercado. (centro maior produz todas as funções ofertadas por um lugar de áreas de mercado menor) • Taxa de crescimento do tamanho da área de mercado – Christaller argumentou que a área de mercado aumenta do menor tamanho para o próximo por um fator constante, o qual designou como K (uniformidade das planícies) • Sistema de Christaller: N conjunto de funções (bens e serviços), N nível de centros, e N nível de áreas de mercado. • A estrutura espacial do sistema é caracterizada pelo valor de K, definido como um fator pelo qual a área de mercado aumenta (decresce) do nível 1 para o próximo maior (menor) nível
  • 20. Um Lugar Central Um Lugar central é um local (espaço) que produz bens e serviços Lugar central é o centro urbano (uma cidade, por exemplo) de uma região, à qual fornece bens e serviços centrais. Os lugares mais importantes, isto é, de ordem mais elevada prestam mais e mais variados serviços que os lugares de ordem inferior. Este espaço pode ser uma vila, metrópole (Aglomeração formada por uma cidade e suas cidades-satélites) ou cidade. Isso forma uma hierarquia À área servida por um lugar central chama-se área complementar. Estas áreas são tanto mais extensas quanto mais elevada for a ordem do lugar central respectivo.
  • 21. REDES URBANAS E SISTEMAS DE CIDADES - sistema de hierarquia das cidades No. de serviços Capital ofertados alta Cities (cidades) (produzidos) ordem Large Towns (grandes centros) Small towns (Small towns) Média Ordem Village (vilas) Hamlet (aldeia, lugarejo) Baixa ordem Tamanho da população das localidades (espaços)
  • 22. hipóteses Quanto maior o lugar (cidade) menor em número será (poucas cidades grandes) Quanto maior o crescimento em tamanho dos lugares mais distantes, eles estarão um do outro (quanto maiores forem as cidades, maior a distância entre elas) Quando um lugar cresce em tamanho, consequentemente o número de suas funções cresce também. Quando um lugar cresce em tamanho, o número de serviços de alta ordem (mais complexos e especializados) crescerá
  • 23. Distância e limite Funções do Lugar Central são as atividades ofertadas no mercado de bens e serviços neste lugar central atendendos os consumidores locais e os consumidores fora provenientes de um interior do país (cidade mais amplo do interior) Distância (range) é a distância máxima que as pessoas estão dispostas a viajar para obter um bem ou serviço O limite mínimo (threshold) é o número de pesssoas necessário para manter a atividade econômica (demanda).
  • 24. O modelo do Lugar Central de Walter Christaller • A teoria diz que o limite e a distância (threshold e range) atuam como leis que governam o número, tamanho e distribuição dos lugares (cidades) • Quando estes 2 fatores atuam conjuntamente, eles criam uma hierarquia • Christaller notou que nas planícies no sul da Alemanha que as cidades de um certo tamanho eram rigorosamente equidistantes (uniformente distribuídas) • Christaller afirmou que a forma ideal para área de influência das cidades deveria ser um hexágono porque os circulos deixam espaços vazios (os quais não são atendidos pelo lugar central) ou a sobreposiçao dos circulos (significa que uma área é atendida por muitos lugares centrais)
  • 25. O modelo do lugar Central de Christaller Walter Christaller Alemanha 1933 publicou um livro para demonstrar o sentido de ordem (hieraraquia) no espaço e as funções dos lugares Seu estudo foi baseado no Sul da Alemanha
  • 26. Teoria do Lugar Central Objetiva explicar a organização espacial dos lugares (espaço) e seus interiores. Teoria baseada na hipótese de que existe algum tipo de ordem no padrão e nas funçoes dos lugares (hierarquia urbana)
  • 27. Hipóteses Planície entre os lugares (espaços) de modo que os transportes são de fáceis acessos e barato em todas as direções. População uniformente distribuída (padrão triangular equilátero que garante distâncias iguais entre os compradores mais próximos) Recursos são uniformente distribuídos Bens e serviços são obtidos no lugar central mais próximo de forma a minimizar a distância percorrida (custos de transporte). Todos os consumidores tem a mesma renda e demanda similar pelos bens e serviços.
  • 28. Hipóteses (cont) Alguns lugares centrais tem apenas bens de menor ordem para os quais a população não está disposta a viajar longe, e consequentemente, este lugar tem menor área de influência Para bens de alta ordem (mais complexos) a população estaria disposta para viajar afim de obtê-los. Nenhum lucro excedente seria realizado por um lugar central e cada um iria localizar o mais distante possível de seu rival para maximizar o lucro
  • 29. Hipóteses (cont) A procura dos bens e serviços nos lugares centrais é assegurada pela sua própria população e pela da sua região complementar Os bens e serviços são de ordens de importância variáveis, os mais raramente procurados são os de ordem mais elevada A ordem dos bens e serviços oferecidos num centro está associada à própria ordem de importância (ou centralidade) do centro
  • 30. Modelo da teoria A forma ideal da área de influência (sphere of influence) seria circular Lugar Todas as central distâncias até a margem Fronteiras da área de (borda) do comércio círculo são (mercado) iguais
  • 31. A introdução de outros lugares centrais Os espaços vazios não são atendidos pelo lugar central
  • 32. Circulos sem intertíscios (espaços vazios) Problema: áreas servidas por mais de um cento- isso é inconsistente com os princípios básicos do modelo
  • 34. A teoria do lugar central de Christaller • Para fazer sua teoria funcinar, Christaller fez algumas hipóteses • Cada área de mercado tem uma superfície isotrópica (toda área tem a mesma característica) • toda área é plana • existe apenas uma forma de transporte (custos de transportes são proporcionais as distâncias) • A população é uniformente distribuída em todas as planícies
  • 35. What's wrong with circles? What’s wrong with circles? Source: http://www.uwec.edu/bfoust/155/G155_RS3/sld002.htm
  • 36. As áreas dentro dos pontos negros mostram as áreas de influência (trading area) dos lugares maiores Legenda: Village – aldeia, povoação, arraial Town – cidade - Conurbation – conurbação ( unificação das malhas urbanas de duas ou mais cidades, que passam a formar um aglomerado urbano contínuo, mantendo suas autonomias politico - Londres administrativas – áreas metropolitanas
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  • 40. A teoria do lugar central de Christaller • Christaller afirma que a melhor forma para representar a área de influência é o hexágono. Esta forma significa que os consumidores tem acesso aos lugares centrais de maior ordem (ordem superior) e suas áreas de comércio provém de todas as partes do hexágono. • A ideia central de Christaller: Os consumidores vão para o local central de ordem superior mais próximo para comprar bens e serviços • Lugares centrais de maior ordem ou ordem superior atuam como um ímã para os consumidres. • Ele denominou este fenômeno de K=3 (princípio de mercado)
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  • 42. K=3 Princípio de mercado Example –o lugar destacado de menor ordem (vila X) terá 1/3 de seus consumidores indo para A alta ordem ou ordem a cidade (lugar A) e 1/3 indo para centro (town superior (3 ordem) Y) e 1/3 indo para centro Z (centro de ordem lugar (A) no meio é média - middle order settlements) cercado por lugares de Todos os outros lugares de menor ordem ordem média (pontos (pontos vermelhos) seguirão o mesmo padrão pretos) e por lugares de baixa ordem (pontes vermelhos pequenos). Os consumidores são atraídos na mesma Y intensidade para Settlement X qualquer lugar central maior mais próximo. Z Porque chamamos de K=3? Sugestão ver o número de consumidores que irão visitar o lugar de ordem mais alta
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  • 44. K4= O príncípio do Transporte (Tráfego) No modelo K=4 o lugar de menor ordem (pontos vermelhos) tem apenas a escolha de 2 lugares de ordem maior para ir com a finalidade de comprar bens e serviços. -Metade deles vão ao lugar (estabelecimetno)A e a outra metade vai ao estabelecimento de ordem média (ponto preto)
  • 45. K=4 - Princípio do transporte tráfego O modelo K=4 é Linhas de trens chamado de Princípio do tráfego porque o modelo mostra como Neste exemplo o os consumidores são estabelecimento de influenciados onde baixa ordem ou ordem vão comprar bens e inferior (ponto vermelho pequeno) está serviços pelas rotas localizado ao longo de de transporte. uma rota de transporte. Isso significa que estas vilas de baixa ordem podem apenas visitar outros estabelecimentos (locais) que estáo também sobre suas rotas de transporte. Então eles são limitados a visitar os lugares (estabelecimentos) atrás deles sob a rota de transporte ou estabeleicimentos na frente deles.
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  • 47. Este modelo mostra a hierarquia do K=7 Princípio Administrativo controle os lugares de menor nivel estão dispostos dentro da área de influência do lugar de maior ordem. Um lugar de alta ordem ou de ordem superior é Os lugares de baixa ordem ou ordem mostrado na figura inferior podem ser completamente (ponto vermelho). controlados pelos lugares de maior nivel ou ordem superior -Todos os lugares de ordem menor ou de ordem inferior situam Z U dentro da área do hexagonal(U,V,W,X,Y) Y V Porque K7? 6*1 = 6 6+1 = 7 X W
  • 48. O uso do modelo do lugar central de Christaller O modelo é sempre usado por governantes para planejar a localização de novos centros e serviços de alta ordem ou ordem superior (hospitais, universidades, etc) É usado pelas autoridades de transporte para planejar rotas de transportes (todas as áreas tem acessos iguais modelo K4) As empresas podem usar o modelo para decidir onde instalar uma nova loja
  • 49. Limitações do modelo de Christaller Os problemas nas premissas do modelo: Pessoas e riquezas não se distribuem uniformente no espaço (se pessoas mais pobres vivem em certas áreas e lugares de alta ordem próximos a estes é muito caro, então as pessoas pobres não irão visitar tais locais de alta ordem) Govermos sempre controlam onde novos centros são localizados, não as forças de mercado (exemplo não necessariamente onde a demanda por bens e serviços é mais alta)
  • 50. Limitações do modelo de Christaller • Os problemas nas premissas do modelo: • As pessoas nem sempre vão ao lugar central mais próximo (elas devem escolher novas fronteiras da cidade mais distantes ) assim, a teoira K3 não funciona. • Grandes áreas planas não existem na realidade. Montanhas e morros etc, distorcem as rotas de transportes (teoria K4 theory não funciona) morros Linha de trem
  • 51. Hierarquia Urbana Brasileira – Oferta de Crédito Fonte: Silva (2012) – tese doutorado - UFMG
  • 52. from Betty (1967) Geography of Market Centers and Retail Distribution.
  • 53. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS REDES URBANAS E SISTEMAS DE CIDADES A Economia das cidades Tema do livro: cómo los poblados se transforman en ciudades donde se añade trabajo nuevo al antiguo y cómo se sostiene el proceso Como as aldeias se transformam em cidades onde se adiciona trabalho novo ao antigo e como se sustenta (mantém) o processo.
  • 54. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS Jane Butzner Jacobs nascida em Scranton, Pensilvânia no dia 4 de maio de 1916 e falecida em Toronto, 25 de Abril de 2006, foi uma escritora e ativista política do Canadá, nascida nos Estados Unidos da América. Sua obra mais conhecida é The Death and Life of Great American Cities de (1961), na qual critica duramente as práticas de renovação do espaço público da década de 1950 nos Estados Unidos. JACOBS, J. The economy of cities, Random House, New York, 1969. (caps. 1, 2, 4, 5 e 6)
  • 55. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS O modelo de crescimento urbano de Jacobs Livro: “A Economia das Cidades” (1969) propõe um modelo teórico para entender o processo de crescimento econômico dos centros urbanos com base no histórico de grandes metrópoles mudiais Londres e Nova York, e regionais, como Birmingham e Detroit. O crescimento econômico é localizado nas cidades, este decorre de economias de aglomeração advindas da diversificação produtiva local.
  • 56. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS As cidades são lugares onde se adiciona grande quantidade de trabalho novo ao antigo, e este trabalho novo multiplica-se e diversifica as divisões de tarefas da cidade. Graças a este processo, as cidades se desenvolvem e como consequência de eventos não relacionados a ele; as cidades inventam e reinventam a vida econômica rural; a criação de um novo trabalho é diferente da simples repetição e expansão eficiente da produção de bens e serviços já existentes, e requer, portanto, condições diferentes e contrárias às requeridas para a produção eficiente; as cidades geram, ao crescer, sério problemas práticos que são resolvidos, apenas com novos bens e serviços aumentando, assim, a abundância econômica. O progresso passado de uma cidade não é garantia de desenvolvimento futuro, porque a cidade pode parar a vigorosa adição de novo trabalho, e pode, portanto, estagnar.
  • 57. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A expansão (crescimento) das economias é adicionar novos tipos de trabalho. Com a inovação, a economia se amplia (cresce) e se desenvolve. A economia que não incorpora novos gêneros de produtos e serviços e que unicamente continua realizando o velho trabalho não se expande (cresce), por definição, não desenvolve. As economias não cresceram (desenvolveram) simplesmente aumentando a produtividade, isto é, realizando maior quantidade do mesmo trabalho. A ampliação da economia ocorre pela adição de novos tipos de trabalho. Com a inovação, a economia se expande e se desenvolve. A economia que não incorpora novos gêneros de produtos e serviços e que somente continua realizando o velho trabalho no cresce ou expande, por definição, não se desenvolve.
  • 58. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS O cerne de seu modelo está na idéia de que as variáveis motoras do crescimento econômico são a base exportadora local e o processo de substituição de importações O desenvolvimento do modelo é apresentado em duas partes: “o processo gerador de novas exportações” e o de “substituição de importações” A vida econômica de uma cidade “embrionária” é dividida em quatro blocos: a produção de bens intermediários (P), a produção de bens de consumo (C), a produção para exportação (E) e as importações (I), que abastecem os três primeiros setores
  • 59. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A elevação das exportações aumenta a capacidade de importação da economia urbana e da cidade. Parte das importações vai diretamente suprir os insumos intermediários das novas exportações, enquanto o restante nutre o setor de bens intermediários — que está se ampliando e diversificando devido à elevação das exportações — e o setor de bens finais — que também cresce para atender às demandas da força de trabalho em expansão. O crescimento inicial da economia local resultantes das exportações denomina-se “efeito multiplicador das exportações”.
  • 60. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A poderosa fonte de crescimento vigoroso das economias locais : o processo de substituição de importações e seu subjacente efeito multiplicador. Quanto maior o volume e a variedade de bens e serviços finais e intermediários que uma cidade importa maior tende a ser a difusão desses produtos nas relações interindustriais locais, estimulando o aprendizado tecnológico e a capacitação dos produtores locais para substituição de parte desses produtos por uma versão doméstica. À medida que a economia local consegue produzir internamente bens e serviços antes importados (novo trabalho), a renda, o emprego e a demanda de todos os produtos locais crescem - “efeitos multiplicadores do processo de substituição de importações”
  • 61. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS No caso da cidade embrionária, cujo crescimento inicial das exportações gerou renda suficiente para aumentar as importações em volume e variedade, se as firmas locais substituírem parte das importações serão responsáveis pela criação de novos empregos e renda que, por seu turno, também dispara o gatilho do processo multiplicador elevando a renda ainda mais. Jacobs adverte que somente as cidades que mantiverem um processo contínuo de substituição de importações permanecerão crescendo sustentavelmente a altas taxas. Os processos de crescimento via exportações e substituições de importações acontecem de maneira integrada, compondo um sistema recíproco de crescimento.
  • 62. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS Se uma cidade, já sob os efeitos do multiplicador das exportações, começa a substituir importações e a alterar sua pauta importadora, sua economia torna-se cada vez mais diversificada e, consequentemente, sujeita a economias de urbanização mais intensas. O sistema recíproco mostra o avanço da teoria de Jacobs admitindo uma base exportadora endógena, dependente da escala urbana e, por conseguinte, das economias de aglomeração.
  • 64. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS Principal força motora do crescimento econômico urbano é o processo de substituição de importações. O segredo do crescimento urbano está, então, na capacidade das economias locais em empreenderem um rápido processo de substituição de importações e, portanto, ancora-se na capacidade local de desenvolver e absorver ligeira e continuamente novas tecnologias. Daí a importância que Jacobs confere às economias de urbanização. A solução dos problemas urbanos passa pela criação de bens e serviços que colaboram para a pujança econômica da cidade; problemas não resolvidos e acumulados são sinais de estagnação.
  • 65. Referências Bibliográficas MONASTERIO, L; CAVALCANTE, L, R. Fundamentos do pensamento econômico regional. Economia regional e urbana : teorias e métodos com ênfase no Brasil / organizadores: Bruno de Oliveira Cruz ... [et al.]. Brasília : Ipea, 2011. JACOBS, J. La Economia de las ciudades. Barcelona: Ed. Península, 1975. GALINARI, R. Retornos crescentes urbano-industriais e spillovers espaciais: evidências a partir da taxa salarial no estado de São Paulo. Dissertação (mestrado). UFMG, Belo Horizonte, 2006. (1.4.2. - O modelo de crescimento urbano de Jacobs pg. 35 a 41) SILVA, F. F. Centralidade e impactos regionais de política monetária: um estudo dos casos brasileiro e espanhol. Tese (doutorado). UFMG, Belo Horizonte, 2012.