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UNIVERSIDADE ESTADUAL
         DE MONTES CLAROS

   ECONOMIA REGIONAL E URBANA

• Teorias fundamentais da localização
  (pontos discretos no espaço geográfico)
• Modelo Weberiano da localização
  industrial
                AULAS 5 e 6
                 13/08/2012
UNIVERSIDADE ESTADUAL
          DE MONTES CLAROS
A Teoria Weberiana da localização industrial
        (Alfred Weber: 1868 - 1958)
• Fatores de influência na decisão locacional:
1) custo de transporte,
2) 2) custo da mão de obra; e
3) 3) forças de aglomeração e desaglomeração.
• Pressupostos:
Fonte de matéria-prima conhecida e limitada
Mercados consumidores constituem-se de pontos
   no espaço geográfico.
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        DE MONTES CLAROS
• Teoria de Weber mostra onde se localiza
  uma dada atividade industrial, ao
  contrário da teoria agrícola de Von
  Thunen que procura responder quais
  atividades deverão se localizar em um
  dado sítio.
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             DE MONTES CLAROS
                          MODELO DE WEBR
OS FATORES LOCACIONAIS
O fator locacional constitui um ganho, uma redução de custos,
    que a atividade econômica obtém quando se localiza em
    dado ponto.
 Fatores gerais: afetam as indústrias em maior ou menor
    intensidade (custos de transportes e o custo de mão-de-obra)
Fatores especiais : particulares de uma indústria ou de grupo de
    indústrias (matérias-primas perecíveis, a umidade do ar e
    outros fatores que podem condicionar certos tipos de
    atividades)
Fatores naturais
Fatores técnicos
Fatores sociais e culturais.
O objetivo principal da firma é minimizar os custos, então o seu
ponto de partida é identificar a localização que propicie minimizar
    o seu custo de operação.
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           DE MONTES CLAROS
  A determinação do ponto de custo total de transporte
             mímimo: A orientação pelo transporte
Papel decisivo na determinação da localização das
   manufaturas na teoria de Weber – peso físico do produto
   e o peso da distância
Weber determina o ponto de custo mínimo de transporte
   (triângulo locacional)
Custos de produção idênticos em todas as localidades,
   assim, a escolha locacional depende apenas dos custos
   de transporte (localização ótima)
Matérias- primas são localizadas ou ubiquidades (matérias-
   primas encontradas em todas as partes com os mesmos
   custos em todos os locais – não exerce atratividade de
   localização )
Matérias-primas localizadas – influencia a escolha de um
   local para a atividade econômica.
TRIÂNGULO LOCACIONAL


         C - ponto de consumo;
          M 1 e M2 - fonte de matérias-primas
         P, ponto de custo total e de transporte
         mínimo;
         d1 d2 e d3 - distâncias respectivas entre
         os três pontos
          x, y e z, vetores que representam as
         forças de atração das fontes de matérias-
         primas e do mercado C.
TRIÂNGULO LOCACIONAL


           Cada ponto (C, M1 e M2) cria uma
           força de atração proporcional ao
           peso por unidade do produto final a
           ser transportado para o local de
           produção e do local de produção
           para o mercado.
           Custo de transporte mínimo –
           menor custo de tonelada/Km
1




            TRIÂNGULO LOCACIONAL

                 C                  Cada ponto (C, M1 e M2) cria uma
                                    força de atração proporcional ao
                3                  peso por unidade do produto final a
                                    ser transportado para o local de
      d1                  d2        produção e do local de produção
                                    para o mercado.
                                    Custo de transporte mínimo –
                                    menor custo de tonelada/Km
           2        1             Os ângulos 1  2  3 são opostos
     M1                        M2
                                    aos lados d1, d2 e d3
                d3
Triângulo Locacional e Triângulo dos pesos
         Determinação do Ponto P
           2


                       d1             1

                                 d2
                 1
                            2
                      d3




            3
A Localização da indústria

                 A    intercessão    das
                 circunferências dentro
                 do triângulo locacional
                 determina o ponto de
                 custo     mínimo     de
                 transporte
Triângulo Locacional e Triângulo dos pesos
         Determinação do Ponto P

                                                 No Ponto P as forças
                                                 locacionais em M1, M2
                                                 e C são proporcionais
                                                 a a1 , a2 e a3 ponderados
            3                                   pelas distâncias de
                                                 M1, M2 e C ao ponto P.
                                                       _______    ______    _____
    1      2                               CT  a1 M 1 P  a2 M 2 P  a3 CP


                                            CT Custo total mínimo de transporte
                                                 por unidade de produto
                         _______   ______
                          M 1P e M 2 P
                                               Distâncias das fontes de matérias-
 Coeficientes técnicos                         primas ao local de produção
 de produção             _____
                         CP          Distância do local de produção ao mercado
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                DE MONTES CLAROS
A Localização do ponto P, de custo total de transporte mínimo no
   polígono locacional – quando existe mais de três pontos no espaço
   geográfico que influenciam a decisão locacional.
Exemplo de análise locacional de um empreendimento.
Informações para a análise locacional de um empreendimento:
a) Meta da produção 1.000.000 de toneladas por ano, cujo preço no
   mercado, por tonelada é dado e constante.
b) Os coeficientes técnicos   2 toneladas de M1   Por toneladas do
                              2 toneladas de M2   produto final



c) As relações com o mercado, ou seja, a distribuição das vendas
   previstas
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          DE MONTES CLAROS


a) As relações com o mercado, ou seja, a distribuição das
   vendas previstas
O mercado número 1 consome 30 % do produção (C1)
O mercado número 2 consome 60 % do produção (C2)
O mercado número 3 consome 10 % do produção (C3)
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                          MONTES CLAROS
     Localização dos mercados das matérias-primas e dos entroncamentos

                                                  Primeiro procedimento:
                                                     verificar a possibilidade de
                                             C3
                                                     localização do
                                                     empreendimento nos
                                                     locais:
       M2
                                        B         a) Na fonte de matéria-prima
                                                     (M1 e M2)
                                                  b) Nos mercados (C1, C2 e
      C2                                C1           C3)
                                                  c) Nos entroncamentos das
                                                     redes de transportes (A e
M1                                                   B)
                                    A
                                                  O ponto A é excluído por falta
                                                     de água e o mercado C1
                                                     por falta de energia.
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 Localização dos mercados das matérias-primas e dos entroncamentos

                            Fretes
Percurso                                          A Segunda etapa:
            M1 e M2         Produto final         analisar os outros locais
M1 - A                110                   310   ou mercados
A - C1                230                   420   Regra geral: minimizar o
A-B                   650               1210
                                                  custos de transporte

A - C3                950               1710
                                                  A terceira etapa:
                                                  levantar os fretes de
C1- B                 430                   870
                                                  transportes: tabela ao
C1 - C3               730               1320      lado
B - C3                300                   610


M2 - C2               410                   780


M2 - B                410                   530


C2 - C1               290                   540
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                        MONTES CLAROS
 Localização dos mercados das matérias-primas e dos entroncamentos
                                           A quarta etapa: analisar o
 Custo de Reunião de matéria-prima por     custo das matérias-primas,
 tonelada de produto final                 a partir do local do
                                           fornecimento desta até o
                                           ponto onde vai efetuar-se
                                           a produção.
                                              O quadro ao lado contém
                                              o custo de reunião da
                                              matéria-prima por tonelada
                                              de produto final.
a) M2 a C2: 410
   C2 a C1: 290                        b) M2 a B : 410

   C1 a A : 230                           B a A : 650

   A a M1 : 110                          A a M1 : 110

           1040 X 2 Toneladas = 2080            1170 X 2 Toneladas = 2340
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Localização dos mercados das matérias-primas e dos entroncamentos

Custo de distribuição dos produtos        A quinta etapa: cálculo
acabados                                     de custo de
                                             distribuição dos
  LOCAL      C1        C2        C3
                                             produtos acabados
                                          Cálculo:
   M1        730      1270      2020
                                          a) M1 a A : 310
   C2        540       0        1860         A a C1 : 420
                                                       730
   M2        1320      780      1140
                                          b) M1 a A: 310
    B        870      1410       610         A a C1: 420
                                             C1a C2: 540
   C3        1320     1860       0

                                                     1270
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 Localização dos mercados das matérias-primas e dos entroncamentos

                                           Cada aij do quadro (ao
Custos Totais de Transporte                  lado) é o resultado
                                             da soma de cada
                                             célula aij
                                             correspondente dos
                                             dois quadros
                                             anteriores.
                                           C1 = 0,3 ou 30%
                                           C2 = 0,60 ou 60%
A linha 1 do quadro
                                           C3 = 0,1 ou 10%
2810x0,3 = 843
3350x0,6 = 2010
4100x0,10 = 410
             3263
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                    MONTES CLAROS
              A ORIENTAÇÃO PELA MÃO-DE-OBRA
Weber analisa os efeitos do custo da mão-de-obra como fator de
localização regional
A influência da mão-de-obra relativamente mais barata no ponto de custo
total de transporte mínimo.
Determina o ponto do custo total de transporte mínimo pela técnica das
isolinhas – isovetores em torno das fontes de máterias-primas e dos
mercados consumidores que são curvas concêntricas de igual custo de
transporte de reunião ou de distribuição.
As linhas que ligam esses pontos de custo total de transporte são
denominadas de isodapanas ( isso – igual e dapane – despesa ou custo).
O ponto P de custo total de transporte mínimo fica no interior da
isodapana de menor valor.
As isodapanas são, também, o lugar geométrico dos pontos de iguais
acréscimos de custo de transporte a partir do custo total de transporte
mínimo.
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                    MONTES CLAROS
             A ORIENTAÇÃO PELA MÃO-DE-OBRA
A ideia é que os centros, onde os custos da mão-de-obra sejam mais
favoráveis para o produtor, atraem as indústrias dos pontos de custos
totais de transporte mínimos para esses pontos onde a mão-de-obra é
mais barata.
Esta reorientação das indústrias somente ocorre, caso o montante
economizado com a mão-de obra exceda o custo adicional de custo
mínimo de transporte.
Neste caso, a mão-de-obra não tem mobilidade espacial, senão os
salários se igualariam em todos os locais, uma vez que se admite
concorrência perfeita.
Isovetores (custos de reunião e de distribuição) _______
Isodapanas (custos totais de transporte) - - - - - - - - - -
M1 fonte de matéria-prima, C ponto de consumo.
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                MONTES CLAROS
         A ORIENTAÇÃO PELA MÃO-DE-OBRA


ISODAPANA CRITICA – é aquela na qual o custo
   de transporte adicional contrabalança a
   economia de gastos com mão-de-obra.
Na orientação pela mão-de-obra, a atividade
   produtiva será atraída na direção da
   localidade em que o custo de mão-de-obra
   seja mais favorável, caso essa localidade se
   situe “dentro” da isodapana crítica, em caso
   contrário, a atividade produtiva permanecerá
   localizada no ponto mínimo de transporte.
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                MONTES CLAROS
          A ORIENTAÇÃO PELA MÃO-DE-OBRA


O movimento da atividade produtiva de P para L –
   economia de custos de $3 ( mão-de-obra mais
   barata) – indústria desloca do ponto de custo
   total de transporte mínimo, P para o ponto L.
A reorientação da firma para L fará aumentar
   seus custos de transporte em um montante
   menor que $3, já que L se localiza dentro da
   isodapana crítica.
Na localização L – vantagens de explorar certas
   fontes de materias-primas que antes não
   apresentavam vantagens.
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                MONTES CLAROS
         A ORIENTAÇÃO PELA MÃO-DE-OBRA


A força de atração exercida pelo local onde o
   custo da mão-de-obra é mais favorável,
   depende da proporção do custo de mão-de-
   obra (mdo) da indústria com relação ao peso
   do produto (índice do custo de mdo).
O deslocamento de uma indústria para o ponto de
   custo de mdo mais favorável dependerá da
   combinação do “índice de custo de mdo” com
   o “peso locacional” – coeficiente de mão-de-
   obra.
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                  MONTES CLAROS
         OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E
                DESAGLOMERAÇÃO
O transporte e a mão-de-obra distribuem as indústrias sobre
    o espaço geográfico, fixando-as em locais de custo
    mínimo regional.
Os fatores de aglomeração tendem a reunir as indústrias,
    em particular, concentrando-as em um ou alguns pontos
    do espaço geográfico e os fatores desaglomerativos
    tendem a dispersá-las.
Fatores de aglomeração – economias de custos básicos
    devido à proximidade a outras indústrias auxiliares, a
    melhores comunicações com o mercado.
Principal fator desaglomerativo – “renda da terra” que
    aumenta com o aumento da concentração de indústrias
    em um dado local.
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                  MONTES CLAROS
         OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E
                DESAGLOMERAÇÃO
O fenômeno da aglomeração – é uma força de atração que
    afasta as indústrias manufatureiras dos pontos de
    custos totais mínimos de transporte.
Weber constrói isodapanas em torno dos pontos de menor
    custo de transporte das regiões, traçando isodapanas
    críticas que contrabalançam os aumentos de custos, a
    partir dos pontos de custo mínimo, com a diminuição de
    custos resultando das vantagens induzidas pela
    aglomeração.
Diferença dos modelos anteriores – os pontos de
    aglomeração não são fixos, assim como também, não o
    são suas forças de atração.
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         OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E
                DESAGLOMERAÇÃO

As forças de aglomeração somente se efetivarão se as
   isodapanas críticas de um dado número de atividades
   manufatureiras se interceptarem, gerando economias de
   custos capaz de contrabalançar os custos adicionais
   devidos aos afastamentos das firmas dos pontos de
   custos mínimos.
As áreas de aglomeração podem ser, também, pontos de
   custo mínimo de mão-de-obra.
OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E
      DESAGLOMERAÇÃO
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         OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E
                DESAGLOMERAÇÃO

A teoria Weberiana não analisa os fatores técnicos que
   geram aglomeração industrial (fatores diversos e
   heterogêneos)
Weber cria o conceito de “ Formwert” (valor adicionado)
   somente para as indústrias que têm produtos gerado
   pela transformação industrial com parcela significativa
   de valor dos custos de operação.
Somente quando há altos custos de mdo por tonelada do
   produto final é que se tornam vantajosas as economias
   de mdo de forma que a indústria se mostra inclinada a
   reorientar sua localização.
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          OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E
                 DESAGLOMERAÇÃO

Os custos da manufatura em geral – custos de maquinária sendo
    expressos pelo índice de manufatura composto de dois
    componentes: serviços do trabalho e os serviços do capital.
Estes componentes (trabalho e capital) atuam de modo diferente
    sobre a decisão locacional, alterando as forças que levam a
    concentração industrial.
O uso do capital implica em um “indice de matérias-primas” que
    cresce, em termos relativos, com o aumento da utilização
    mais intensiva dos serviços de capital
A utilização mais intensiva de MDO, segundo Weber, atua como
    fator de aglomeração (devido ao aumento relativo do valor
    adicionado pelo trabalho).
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O “índice de manufatura”, quando aumenta, mostra que
     percentagens iguais de redução de custo de um dado produto
     implicam em maiores economias por toneladas do produto
     em questão, sendo que as “isodapanas críticas”
     correspondentes serão estendidas para mais longe do ponto
     de custo mínimo de transporte.
Consequência do aumento das economias é aumento da força de
     atração de unidade de aglomeração, devido à possibilidade
     de maior compressão absoluta de custos.
Alto coeficiente de manufatura mostra forte tendência da indústria
     aglomerar, e baixo coeficiente fraca tendência de
     aglomeração.
OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E
      DESAGLOMERAÇÃO
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                 DESAGLOMERAÇÃO

As economias de aglomeração são de grande importância para
    estudos regionais. O problema central é a explicação da
    concentração de atividades em alguns centros, ao invés da
    dispersão harmônica por toda a região, e em todas as
    regiões.
Analise locacional das indústrias a nível urbano – contrapõem
    interesses de maior acessibilidade ao mercado com os custos
    de congestionamento e a força desaglomerativa da “renda de
    situação”, ou seja, os aluguéis.
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           OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E
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Deficiência da teoria Weberiana – combinação de 3 elementos distintos
     que influenciam os custos de produção das atividades em um dado
     local, sendo necessário separá-los. Tais elementos são:
a) Economias de escala dentro de uma firma, devido ao aumento da
     escala de produção da firma em um dado local (economias internas
     às firmas)
b) Economias de localização para todas as firmas de uma única
     indústria em um único local, devido ao aumento da produção total
     da indústria nesse mesmo local (economias externas às firmas e
     internas à indústria)
c) Economia de urbanização para todas as firmas em todas as
     indústrias em um único local, devido ao aumento do nível
     econômico ( população, renda, produção ou riqueza) para todas as
     indústrias tomadas em conjunto.

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Teoria Weberiana da localização industrial

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS ECONOMIA REGIONAL E URBANA • Teorias fundamentais da localização (pontos discretos no espaço geográfico) • Modelo Weberiano da localização industrial AULAS 5 e 6 13/08/2012
  • 2. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A Teoria Weberiana da localização industrial (Alfred Weber: 1868 - 1958) • Fatores de influência na decisão locacional: 1) custo de transporte, 2) 2) custo da mão de obra; e 3) 3) forças de aglomeração e desaglomeração. • Pressupostos: Fonte de matéria-prima conhecida e limitada Mercados consumidores constituem-se de pontos no espaço geográfico.
  • 3. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS • Teoria de Weber mostra onde se localiza uma dada atividade industrial, ao contrário da teoria agrícola de Von Thunen que procura responder quais atividades deverão se localizar em um dado sítio.
  • 4. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS MODELO DE WEBR OS FATORES LOCACIONAIS O fator locacional constitui um ganho, uma redução de custos, que a atividade econômica obtém quando se localiza em dado ponto. Fatores gerais: afetam as indústrias em maior ou menor intensidade (custos de transportes e o custo de mão-de-obra) Fatores especiais : particulares de uma indústria ou de grupo de indústrias (matérias-primas perecíveis, a umidade do ar e outros fatores que podem condicionar certos tipos de atividades) Fatores naturais Fatores técnicos Fatores sociais e culturais. O objetivo principal da firma é minimizar os custos, então o seu ponto de partida é identificar a localização que propicie minimizar o seu custo de operação.
  • 5. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A determinação do ponto de custo total de transporte mímimo: A orientação pelo transporte Papel decisivo na determinação da localização das manufaturas na teoria de Weber – peso físico do produto e o peso da distância Weber determina o ponto de custo mínimo de transporte (triângulo locacional) Custos de produção idênticos em todas as localidades, assim, a escolha locacional depende apenas dos custos de transporte (localização ótima) Matérias- primas são localizadas ou ubiquidades (matérias- primas encontradas em todas as partes com os mesmos custos em todos os locais – não exerce atratividade de localização ) Matérias-primas localizadas – influencia a escolha de um local para a atividade econômica.
  • 6. TRIÂNGULO LOCACIONAL C - ponto de consumo; M 1 e M2 - fonte de matérias-primas P, ponto de custo total e de transporte mínimo; d1 d2 e d3 - distâncias respectivas entre os três pontos x, y e z, vetores que representam as forças de atração das fontes de matérias- primas e do mercado C.
  • 7. TRIÂNGULO LOCACIONAL Cada ponto (C, M1 e M2) cria uma força de atração proporcional ao peso por unidade do produto final a ser transportado para o local de produção e do local de produção para o mercado. Custo de transporte mínimo – menor custo de tonelada/Km
  • 8. 1 TRIÂNGULO LOCACIONAL C Cada ponto (C, M1 e M2) cria uma força de atração proporcional ao 3 peso por unidade do produto final a ser transportado para o local de d1 d2 produção e do local de produção para o mercado. Custo de transporte mínimo – menor custo de tonelada/Km 2 1 Os ângulos 1  2  3 são opostos M1 M2 aos lados d1, d2 e d3 d3
  • 9. Triângulo Locacional e Triângulo dos pesos Determinação do Ponto P 2 d1 1 d2 1 2 d3 3
  • 10. A Localização da indústria A intercessão das circunferências dentro do triângulo locacional determina o ponto de custo mínimo de transporte
  • 11. Triângulo Locacional e Triângulo dos pesos Determinação do Ponto P No Ponto P as forças locacionais em M1, M2 e C são proporcionais a a1 , a2 e a3 ponderados 3 pelas distâncias de M1, M2 e C ao ponto P. _______ ______ _____ 1 2 CT  a1 M 1 P  a2 M 2 P  a3 CP CT Custo total mínimo de transporte por unidade de produto _______ ______ M 1P e M 2 P Distâncias das fontes de matérias- Coeficientes técnicos primas ao local de produção de produção _____ CP Distância do local de produção ao mercado
  • 12. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A Localização do ponto P, de custo total de transporte mínimo no polígono locacional – quando existe mais de três pontos no espaço geográfico que influenciam a decisão locacional. Exemplo de análise locacional de um empreendimento. Informações para a análise locacional de um empreendimento: a) Meta da produção 1.000.000 de toneladas por ano, cujo preço no mercado, por tonelada é dado e constante. b) Os coeficientes técnicos 2 toneladas de M1 Por toneladas do 2 toneladas de M2 produto final c) As relações com o mercado, ou seja, a distribuição das vendas previstas
  • 13. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS a) As relações com o mercado, ou seja, a distribuição das vendas previstas O mercado número 1 consome 30 % do produção (C1) O mercado número 2 consome 60 % do produção (C2) O mercado número 3 consome 10 % do produção (C3)
  • 14. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS Localização dos mercados das matérias-primas e dos entroncamentos Primeiro procedimento: verificar a possibilidade de C3 localização do empreendimento nos locais: M2 B a) Na fonte de matéria-prima (M1 e M2) b) Nos mercados (C1, C2 e C2 C1 C3) c) Nos entroncamentos das redes de transportes (A e M1 B) A O ponto A é excluído por falta de água e o mercado C1 por falta de energia.
  • 15. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS Localização dos mercados das matérias-primas e dos entroncamentos Fretes Percurso A Segunda etapa: M1 e M2 Produto final analisar os outros locais M1 - A 110 310 ou mercados A - C1 230 420 Regra geral: minimizar o A-B 650 1210 custos de transporte A - C3 950 1710 A terceira etapa: levantar os fretes de C1- B 430 870 transportes: tabela ao C1 - C3 730 1320 lado B - C3 300 610 M2 - C2 410 780 M2 - B 410 530 C2 - C1 290 540
  • 16. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS Localização dos mercados das matérias-primas e dos entroncamentos A quarta etapa: analisar o Custo de Reunião de matéria-prima por custo das matérias-primas, tonelada de produto final a partir do local do fornecimento desta até o ponto onde vai efetuar-se a produção. O quadro ao lado contém o custo de reunião da matéria-prima por tonelada de produto final. a) M2 a C2: 410 C2 a C1: 290 b) M2 a B : 410 C1 a A : 230 B a A : 650 A a M1 : 110 A a M1 : 110 1040 X 2 Toneladas = 2080 1170 X 2 Toneladas = 2340
  • 17. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS Localização dos mercados das matérias-primas e dos entroncamentos Custo de distribuição dos produtos A quinta etapa: cálculo acabados de custo de distribuição dos LOCAL C1 C2 C3 produtos acabados Cálculo: M1 730 1270 2020 a) M1 a A : 310 C2 540 0 1860 A a C1 : 420 730 M2 1320 780 1140 b) M1 a A: 310 B 870 1410 610 A a C1: 420 C1a C2: 540 C3 1320 1860 0 1270
  • 18. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS Localização dos mercados das matérias-primas e dos entroncamentos Cada aij do quadro (ao Custos Totais de Transporte lado) é o resultado da soma de cada célula aij correspondente dos dois quadros anteriores. C1 = 0,3 ou 30% C2 = 0,60 ou 60% A linha 1 do quadro C3 = 0,1 ou 10% 2810x0,3 = 843 3350x0,6 = 2010 4100x0,10 = 410 3263
  • 19. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A ORIENTAÇÃO PELA MÃO-DE-OBRA Weber analisa os efeitos do custo da mão-de-obra como fator de localização regional A influência da mão-de-obra relativamente mais barata no ponto de custo total de transporte mínimo. Determina o ponto do custo total de transporte mínimo pela técnica das isolinhas – isovetores em torno das fontes de máterias-primas e dos mercados consumidores que são curvas concêntricas de igual custo de transporte de reunião ou de distribuição. As linhas que ligam esses pontos de custo total de transporte são denominadas de isodapanas ( isso – igual e dapane – despesa ou custo). O ponto P de custo total de transporte mínimo fica no interior da isodapana de menor valor. As isodapanas são, também, o lugar geométrico dos pontos de iguais acréscimos de custo de transporte a partir do custo total de transporte mínimo.
  • 20. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A ORIENTAÇÃO PELA MÃO-DE-OBRA A ideia é que os centros, onde os custos da mão-de-obra sejam mais favoráveis para o produtor, atraem as indústrias dos pontos de custos totais de transporte mínimos para esses pontos onde a mão-de-obra é mais barata. Esta reorientação das indústrias somente ocorre, caso o montante economizado com a mão-de obra exceda o custo adicional de custo mínimo de transporte. Neste caso, a mão-de-obra não tem mobilidade espacial, senão os salários se igualariam em todos os locais, uma vez que se admite concorrência perfeita.
  • 21. Isovetores (custos de reunião e de distribuição) _______ Isodapanas (custos totais de transporte) - - - - - - - - - - M1 fonte de matéria-prima, C ponto de consumo.
  • 22. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A ORIENTAÇÃO PELA MÃO-DE-OBRA ISODAPANA CRITICA – é aquela na qual o custo de transporte adicional contrabalança a economia de gastos com mão-de-obra. Na orientação pela mão-de-obra, a atividade produtiva será atraída na direção da localidade em que o custo de mão-de-obra seja mais favorável, caso essa localidade se situe “dentro” da isodapana crítica, em caso contrário, a atividade produtiva permanecerá localizada no ponto mínimo de transporte.
  • 23.
  • 24. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A ORIENTAÇÃO PELA MÃO-DE-OBRA O movimento da atividade produtiva de P para L – economia de custos de $3 ( mão-de-obra mais barata) – indústria desloca do ponto de custo total de transporte mínimo, P para o ponto L. A reorientação da firma para L fará aumentar seus custos de transporte em um montante menor que $3, já que L se localiza dentro da isodapana crítica. Na localização L – vantagens de explorar certas fontes de materias-primas que antes não apresentavam vantagens.
  • 25.
  • 26. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS A ORIENTAÇÃO PELA MÃO-DE-OBRA A força de atração exercida pelo local onde o custo da mão-de-obra é mais favorável, depende da proporção do custo de mão-de- obra (mdo) da indústria com relação ao peso do produto (índice do custo de mdo). O deslocamento de uma indústria para o ponto de custo de mdo mais favorável dependerá da combinação do “índice de custo de mdo” com o “peso locacional” – coeficiente de mão-de- obra.
  • 27. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E DESAGLOMERAÇÃO O transporte e a mão-de-obra distribuem as indústrias sobre o espaço geográfico, fixando-as em locais de custo mínimo regional. Os fatores de aglomeração tendem a reunir as indústrias, em particular, concentrando-as em um ou alguns pontos do espaço geográfico e os fatores desaglomerativos tendem a dispersá-las. Fatores de aglomeração – economias de custos básicos devido à proximidade a outras indústrias auxiliares, a melhores comunicações com o mercado. Principal fator desaglomerativo – “renda da terra” que aumenta com o aumento da concentração de indústrias em um dado local.
  • 28. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E DESAGLOMERAÇÃO O fenômeno da aglomeração – é uma força de atração que afasta as indústrias manufatureiras dos pontos de custos totais mínimos de transporte. Weber constrói isodapanas em torno dos pontos de menor custo de transporte das regiões, traçando isodapanas críticas que contrabalançam os aumentos de custos, a partir dos pontos de custo mínimo, com a diminuição de custos resultando das vantagens induzidas pela aglomeração. Diferença dos modelos anteriores – os pontos de aglomeração não são fixos, assim como também, não o são suas forças de atração.
  • 29. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E DESAGLOMERAÇÃO As forças de aglomeração somente se efetivarão se as isodapanas críticas de um dado número de atividades manufatureiras se interceptarem, gerando economias de custos capaz de contrabalançar os custos adicionais devidos aos afastamentos das firmas dos pontos de custos mínimos. As áreas de aglomeração podem ser, também, pontos de custo mínimo de mão-de-obra.
  • 30. OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E DESAGLOMERAÇÃO
  • 31. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E DESAGLOMERAÇÃO A teoria Weberiana não analisa os fatores técnicos que geram aglomeração industrial (fatores diversos e heterogêneos) Weber cria o conceito de “ Formwert” (valor adicionado) somente para as indústrias que têm produtos gerado pela transformação industrial com parcela significativa de valor dos custos de operação. Somente quando há altos custos de mdo por tonelada do produto final é que se tornam vantajosas as economias de mdo de forma que a indústria se mostra inclinada a reorientar sua localização.
  • 32. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E DESAGLOMERAÇÃO Os custos da manufatura em geral – custos de maquinária sendo expressos pelo índice de manufatura composto de dois componentes: serviços do trabalho e os serviços do capital. Estes componentes (trabalho e capital) atuam de modo diferente sobre a decisão locacional, alterando as forças que levam a concentração industrial. O uso do capital implica em um “indice de matérias-primas” que cresce, em termos relativos, com o aumento da utilização mais intensiva dos serviços de capital A utilização mais intensiva de MDO, segundo Weber, atua como fator de aglomeração (devido ao aumento relativo do valor adicionado pelo trabalho).
  • 33. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E DESAGLOMERAÇÃO O “índice de manufatura”, quando aumenta, mostra que percentagens iguais de redução de custo de um dado produto implicam em maiores economias por toneladas do produto em questão, sendo que as “isodapanas críticas” correspondentes serão estendidas para mais longe do ponto de custo mínimo de transporte. Consequência do aumento das economias é aumento da força de atração de unidade de aglomeração, devido à possibilidade de maior compressão absoluta de custos. Alto coeficiente de manufatura mostra forte tendência da indústria aglomerar, e baixo coeficiente fraca tendência de aglomeração.
  • 34. OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E DESAGLOMERAÇÃO
  • 35. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E DESAGLOMERAÇÃO As economias de aglomeração são de grande importância para estudos regionais. O problema central é a explicação da concentração de atividades em alguns centros, ao invés da dispersão harmônica por toda a região, e em todas as regiões. Analise locacional das indústrias a nível urbano – contrapõem interesses de maior acessibilidade ao mercado com os custos de congestionamento e a força desaglomerativa da “renda de situação”, ou seja, os aluguéis.
  • 36. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS OS FATORES DE AGLOMERAÇÃO E DESAGLOMERAÇÃO Deficiência da teoria Weberiana – combinação de 3 elementos distintos que influenciam os custos de produção das atividades em um dado local, sendo necessário separá-los. Tais elementos são: a) Economias de escala dentro de uma firma, devido ao aumento da escala de produção da firma em um dado local (economias internas às firmas) b) Economias de localização para todas as firmas de uma única indústria em um único local, devido ao aumento da produção total da indústria nesse mesmo local (economias externas às firmas e internas à indústria) c) Economia de urbanização para todas as firmas em todas as indústrias em um único local, devido ao aumento do nível econômico ( população, renda, produção ou riqueza) para todas as indústrias tomadas em conjunto.