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Economia Rural
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Unidade 2: Oferta: função de produção e função
Custos
2.1 - Lei dos rendimentos decrescentes
2.2 - Análise de curto e longo prazo
2.3 - Economias de escala
2.4 - Fatores de crescimento da produção agrícola
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Oferta: A produção de alimentos
Objetivo: Apresentar os principais aspectos
referentes à produção de alimentos no mundo e no
Brasil no que tange à produção (tecnologia) e aos
custos de produção (insumos).
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Oferta de produtos agroindustriais:
elementos da teoria da firma.
Conceito de firma
- Unidade de transformação tecnológica, isto é,
transformar insumos em produtos através da adoção
da tecnologia economicamente mais viável (função de
produção).
- Função de produção - a combinação de insumos
(fatores de produção) que são transformados em
produtos mediante uma tecnologia, sendo expressa
por = ( , , )
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Oferta de produtos agroindustriais: elementos da
teoria da firma.
A função de produção
= ( , , )
- Q – produção ou produto
- K – capital (máquinas, equipamentos, instalações, etc)
- L – trabalho (pessoal empregado)
- N– Outros recursos ou fatores (terra, insumos
intermediários, habilidade empresarial)
Tecnologia é o método de combinar os insumos de forma
diferente. A tecnologia é eficiente se não existir outra que
produza a mesma quantidade de produto final utilizando
menos insumos.
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Lei dos rendimentos decrescentes
Curto e longo prazo – essa distinção não é baseado
em uma medida absoluta de tempo. Trata-se apenas
da distinção entre uma situação em que pelo menos
um dos fatores de produção é constante (curto prazo)
e outra em que todos os fatores são variáveis (longo
prazo).
Análise do curto prazo – lei dos rendimentos
decrescentes. Segundo esta lei, se forem adicionadas
ao processo de produção unidades de um dos fatores,
mantidos os demais constantes, o produto resultante
dessa maior utilização do fator é decrescente
Função de Produção
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Trabalho
Produção
(quantidade)
Produto
Marginal do
trabalho
0 0
1 50 50
2 90 40
3 120 30
4 140 20
5 150 10
6 155 5
7 158 3
8 160 2
9 161 1
10 162 1
trabalho
Quantidade
Estágios de Produção
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Terra
(fixo)
mão-de-obra
(variável)
produção
(produto
total)
produto
médio
produto
marginal
Estágio de
produção
1 1 3 3,0 3
Estágio I
1 2 7 3,5 4
1 3 12 4,0 5
1 4 16 4,0 4
Estágio II
1 5 19 3,8 3
1 6 21 3,5 2
1 7 22 3,1 1
1 8 22 2,8 0
Estágio III1 9 21 2,3 -1
1 10 15 1,5 -6
Estágios de Produção
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Estágios: aumento na quantidade de trabalho
I - O processo de divisão do trabalho aumenta a
produtividade
II – A escassez dos demais fatores de produção
começa manifestar-se, de tal modo que uma unidade a
mais de trabalho passa a gerar um acréscimo de
produto cada vez menor. Esse acréscimo é positivo,
de forma que o produto cresce a taxas decrescente.
III - O acréscimo de unidades de trabalho tem
impacto negativo sobre o produto, acarretando queda
no produto total.
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Medidas de produção:
1) Produtividade média (produto total/fator de produção)
ou produto médio - o valor máximo da produtividade
média é dado pelo ponto em que seu valor se iguala à
produtividade marginal.
2) Produtividade marginal dos fatores de produção ou
produto marginal – é o acréscimo de produto gerado
por uma unidade adicional de um fator de produção
- Passagem do estágio I para II: produtividade marginal
atinge o valor máximo
- Passagem do estágio II para III: produto marginal é
igual a zero.
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Isoquantas: tecnologia
Isoquanta ( iso significa igual e quanta significa
quantidade) representa a mesma quantidade de produção
variando diferentes quantidades de insumos.
Exemplo:
Produção de leite de 3860 (quantidade)
Insumos para a produção de leite : feno e grãos
Quantidade de feno (quilos) Quantidade de grãos (quilos)
2268 2792
2495 2474
2722 2219
2948 2006
3175 1827
3402 1676
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
2268 2495 2722 2948 3175 3402
Isoquanta e tecnologia
Isoquanta = 3860 litros de leite
A
B
C
D
E
F
Feno
Grãos
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Isoquanta:
Tecnologia representa as combinações de
insumos para produzir a mesma quantidade.
Combinações (A, B, C, D, E e F) de grãos e
feno para produzir a quantidade de leite (3860
litros).
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Mensuração de funções de produção:
A maior parte das estimações considera a função
de produção Cobb Douglas.
=
Parâmetros da função de produção de setores
agroindustriaias
Setores 1 2
Açúcar 0,59 0,33
Algodão 0,92 0,12
Alimentos básicos 0,72 0,35
Juta 0,84 0,14
Papel e celulose 0,62 0,37
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Combinação ótima de insumos
A escolha da combinação dos insumos é feita de acordo
com o preço relativo dos fatores de produção, de modo
que se um fator for relativamente mais caro, escolhe-se a
tecnologia que utiliza esse fator em menor quantidade
- A produtividade dos fatores devem igualar-se ao seu
preço relativo =
W – preço de uma unidade trabalho; r- preço de uma
unidade de capital , e a demais variáveis na fórmula
representam as produtividades marginais do trabalho e do
capital.
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Função custo:
A função custo associa a quantidade
produzida, a tecnologia e o preço dos fatores
de produção a um custo total de produção
= , ,
Onde
CT – Custo total de produção da quantidade
produzida
T – tecnologias eficientes disponíveis
Pf – preço dos fatores de produção
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Derivação dos custos dos fatores de produção
Função de produção = ( , )
Função custo de produção CT= . +
Q – produto final
Insumos: L - trabalho e K - capital
Custos dos insumos: w - Salários e r - taxa de juros
Lucro da empresa ( ) = Receita total (P.Q) menos custos
(CT), sendo P – preço
= P f(L,K) – λ [w L + r K]
Condição de maximização de lucro – derivada
primeira igual a zero.
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= P f(L,K) – λ [w L + r K]
= P Q– λ [w L + r K]
=
Q
L
- λ w = 0
=
Q
- λ w = 0
λ =
Q
w
=
Q
r
=
Custos de produção e o tempo
• A análise de custos de produção pode ser feita de
acordo com o período de avaliação do processo
produtivo: o curto e o longo prazos.
•curto prazo – período de tempo em que a firma
não pode variar alguns recursos (fatores fixos),
como equipamentos, construções, terra etc
• Longo prazo – período de tempo em que todos os
fatores são variáveis, inclusive a planta ou tamanho
da empresa.
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Custo fixo
Representa a quantidade monetária gasta com os
fatores fixos. O seu valor é constante no curto
prazo, independentemente da quantidade
produzida
Custo variável
Representa a quantidade monetária dos gastos
com cada unidade de fator variável utilizada na
produção de uma determinada quantidade de bens
e serviços. O seu valor aumenta conforme a
elevação da produção
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
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ECONOMIA DE ESCALA
As economias de escala são um importante
elemento na análise de mercado ao indicar o
aporte de capital mínimo para que uma empresa
seja competitiva no mercado.
Economias de escalas : quando as empresas
apresentam os custos de produção mais baixos,
tendo assim uma posição vantajosa diante dos
concorrentes.
No sistema agroindustrial, as economias de escala
se verificam, sobretudo nas atividades relacionadas
às grandes commodities .
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ECONOMIA DE ESCALA
- A moagem de trigo, em que os grandes moinhos
concorrem com custos mais baixos, desequilibrando a
concorrência.
- O setor supermercadista no que tange as empresas
médias e grandes
- Economias de escala: aquelas relacionadas ao produto
(reais) e aquelas relacionadas ao preço dos fatores
(pecuniárias).
- I) Economias de escala reais
- II) Economias de escala pecuniárias - referem-se ao
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ECONOMIA DE ESCALA
I) Economias de escala reais – recebem esse nome por se
tratarem de redução do uso de fatores de produção por
unidade de produto. Sendo estas : de trabalho, técnicas, de
estoque de segurança, de informação, de propaganda e
marketing e de gestão
II) Economias de escala pecuniárias - referem-se ao preço
de aquisição dos fatores de produção sendo as mais
frequentes: preço da matéria-prima, preço da propaganda,
preço do frete, taxa de juros e o preço do trabalho.
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Fatores de crescimento da produção agrícola
I) Expansão agrícola
II) Incremento na frequência do cultivo (uso de
técnicas de irrigação)
III) Ganhos de produtividade (tecnologia)
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Expansão agrícola (terra agrícola)
O fator mais importante a influenciar a produção de
alimentos de um país ou de uma região do mundo é o
seu potencial de terra agrícola.
De acordo com a Food and Agriculture Organization
(FAO) apesar da existência de grande quantidade de
áreas agrícolas não utilizadas ou mal utilizadas que
podem ser incorporadas para gerar produção, taxa de
expansão da fronteira agrícola será menor do que já
foi no passado.
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Expansão agrícola (terra agrícola)
A expansão da agricultura deve preservar a cobertura
florestal e o meio ambiente a fim de propiciar o
desenvolvimento sustentável para as gerações futuras
(dilema entre produzir e preservar)
Determinação da área total líquida com potencial arável
(destinada a agricultura) – área total bruta com potencial
arável descontada as áreas de proteção e de
assentamento humano
A incorporação de novas terras à produção representa um
custo, e este custo pode ser reduzido via elevação de
produtividade por hectare
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Expansão agrícola (terra agrícola)
A incorporação de novas terras ao sistema produtivo
agrícola tem algumas restrições, visto que os solos já
utilizáveis pela agricultura são aqueles mais férteis e de
menor custo de investimentos para se tornarem
produtivos.
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Aumento da produtividade
Aumento da produção agrícola por meio de maior
produtividade, ou seja, maior produção por unidade de
fator utilizado, em especial o fator terra.
Aumento de produtividade – adoção generalizada das
várias tecnologias disponíveis nos países desenvolvidos
que são ainda pouco difundidas nos países menos
desenvolvidos.
Tecnologias ligadas à química, à biologia, à mecânica
e, mais recentemente à biotecnologia.
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Com a incorporação de novas tecnologias na
agricultura mundial, a produtividade de alguns
produtos agrícolas dobrou ou até triplicou conforme os
dados da tabela do próximo slide.
Disparidade entre os rendimentos por hectare entre os
países desenvolvidos e os países em desenvolvimento
Produtividade elevada nos países desenvolvidos –
emprego de novas tecnologias, sementes melhoradas,
fertilizantes, irrigação, defensivos, mecanização e um
sólido sistema financeiro (créditos e custo dos
financiamentos)
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Evolução da produtividade média no mundo, países
desenvolvidos (PD) e em desenvolvimento (PED), dos
três principais grãos: trigo, milho e arroz, 1960-2000
em Kg/ha
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Períod
os
Trigo (kg/ha) Milho (kg/ha) Arroz (kg/ha)
Mundo PD PED Mundo PD PED Mundo PD PED
1960 1280 1450 970 2160 3490 1270 2075 4980 1960
1970 1680 1900 1350 2800 4620 1640 2480 5340 2380
1980 2150 2270 1995 3430 5500 2150 3140 5515 3070
1990 2580 2630 2500 3990 6440 2720 3670 5885 3630
2000 2780 2800 2750 4535 7400 3050 3940 6500 3870
1960 - A produtividade média dos países em
desenvolvimento começa crescer, mas à taxas inferiores
registradas nos PD
1980 – As taxas de produção de grãos registrou aumento
em todo mundo.
Nos últimos 20 – o crescimento da produtividade tem sido
maior nos países em desenvolvimento do que nos países
desenvolvidos devido à lei dos rendimentos marginais
decrescentes, segundo a qual é mais fácil elevar a
produção por unidade de área em regiões que ainda
utilizam menos insumos modernos. Nos países
desenvolvidos, a produtividade já se aproxima dos níveis
tecnicamente possíveis.
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Análise do trigo
Países desenvolvidos
- Produtividade média mundial variou de 1280kg/ha para 2780
kg/ha no período de 1960 a 2000, ou seja, 117,2% [(2780/1280)-
1]x100 = 117,2% em 40 anos
- 1960 – produtividade do trigo era 13,3% superior a média mundial
[(1450/1280) -1]x100
- 2000 - produtividade do trigo era 0,7% superior a média mundial
- Apresenta um incremento anual de 2,3% {[(2800/1450) -
1]x100}/40 = 2,3% ou crescimento de 1,65% segundo a taxa de
crescimento geométrica [(n√P(t+n)/P(t))– 1] x 100
[40√2800/1450– 1] x 100
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Análise do trigo
Países em desenvolvimento
- 1960 – Produtividade do trigo era 24% inferior à media mundial
- 2000 - Produtividade do trigo era 1,1% inferior à media mundial
- Incremento anual médio de 3,1% entre 1960 e 2000.
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Pesquisas agrícolas em andamento
Ênfase em duas tecnologias: biotecnologia e a agricultura
de precisão para aumentar a produtividade da produção
agrícola
- Progressos em melhores variedades de trigo, arroz,
batata, milho, feijão, soja etc que são mais resistentes às
doenças e insetos e de maior rendimentos em condições
de seca e calor e as características dos solos.
- Pesquisas com leguminosas e pastagens permitirão a
criação de animais nas áreas secas
- Cruzamento de espécies domesticadas com variedades
selvagens possibilitando o plantio de variedades de alto
rendimento em terras marginais.
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Pesquisas agrícolas em andamento
- Métodos mais eficientes de cultivo e melhores
sistemas de rotação
- Brasil – Pesquisas na agricultura liderada pela
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária) e principal indutora da expansão do
agronegócio nacional
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Pesquisas agrícolas em andamento
- No Brasil temos 5 tecnologias estratégicas para aumentar a
competitividade do agronegócio.
- 1) Tropicalização da soja (adaptação ao clima brasileiro)
- 2) Domínio da agricultura no cerrado (expansão da fronteira
agrícola em direção ao cerrado, antes considerado infértil, é a
maior fronteira agrícola do planeta)
- 3) Seleção de plantas forrageiras (desenvolvimento destas
plantas para alimentação animal de baixo custo)
- 4) Produção de álcool de cana (biocombustíveis e álcool
anidro como substituto aos combustíveis derivados de
petróleo)
- 5) Produção de celulose de eucalipto (técnicas de manejo e
melhoramento genético permitiu o Brasil produzir madeira
para papel e celulose.
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Promessas da biotecnologia
- Tecnologia ligada à agricultura ocorreu em três períodos
distintos:
- a) tecnologia mecânica
- b) tecnologia da química
- c) biotecnologia
- Mecânica e química : aproximação da agricultura ao setor
industrial (industrialização da agricultura) tanto no segmento da
indústria de insumos (máquinas, fertilizantes) quanto no
processamento (agroindústria) e transformação dos alimentos,
em conjunto com as tecnologias de preservação de alimentos
(indústrias de conservas e refrigeração)
- Biotecnologia – engenharia genética, cultura de tecidos de
plantas e animais (plantas e organismos são geneticamente
alterados)
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Pesquisas agrícolas em andamento
- Novas técnicas de engenharia genética. Exemplo do hormônio
bovino somatotropina para aumentar a produção de leite.
Hormônios de crescimento para aumentar a produção de carne.
- Produção de vacinas contra doenças viróticas e bacterianas para
aumentar o nível de resistência das plantas a doenças e insetos,
diminuindo o uso de fungicidas e inseticidas químicos.
- Duas vertentes do impacto da biotecnologia na área agrícola:
- 1) aparecimento de novos produtos, como os defensivos
virais, kts para diagnósticos de doenças de plantas e vacinas
- 2) acelerado ritmo de inovações tecnológicas e
melhoramento dos produtos atuais (melhoramento genético
com possibilidades aperfeiçoamento de novas variedades,
alimentos transgênicos)
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Pesquisas agrícolas em andamento
- Vertente contrária à biotecnologia é a agricultura
orgânica que é uma alternativa para o consumidor.
- Como o desenvolvimento dos transgênicos, abriu uma
nova oportunidade nos mercados globais: produtos
orgânicos cultivados por pequenos agricultores, sem
escala de produção, sem utilização de produtos
químicos no processo produtivo e com custos e preços
maiores.
- Brasil – a agricultura orgânica representa 0,2% da
área total utilizada pela agropecuária, com um
crescimento superior a 50% ao índice mundial
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Agricultura de precisão
- Utilização de GPS (Global Positioning System – Sistema de
posicionamento global) para conhecer o posicionamento
geográfico do sistema de produção (uso de satélites)
- Avaliar as condições de uma propriedade (tipos de solo, limites,
declividades, potencial de erosão e capacidade dos solos).
- Como o mapa eletrônico georreferenciado torna-se possível
proceder à gestão eficiente da empresa rural, maximizando a
produção e minimizando os custos oriundos deste processo.
- Colheitadeira equipada com GPS, podendo assim o produtor
gerar um mapa de produção nos vários talhões de sua
propriedade, determinando assim a produtividade de cada
porção de seu terreno. É uma maneira de analisar com precisão,
quais partes do terreno precisa aumentar a produtividade,
usando os insumos de maneira mais racional (aumento de
produtividade e redução dos custos de produção).
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Conclusão
“ A pobreza continua sendo a principal
causa da subnutrição, e não as limitações
de recursos, como insuficiência de terra
ou de água, ou de conhecimentos técnicos
que permitam utilizar variedades de
plantas de alto rendimento”
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BATALHA, Mário Otávio. Gestão agroindustrial:
GEPAI : Grupo de Estudos e Pesquisas
Agroindustriais. São Paulo: Atlas, 2007.
MENDES, Judas Tadeu Grassi; PADILHA JUNIOR,
Jõao Batista. Agronegócio: uma abordagem
econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RESENDE, Marcelo. Medidas de concentração industrial:
uma resenha. Análise Econômica. março e setembro/94
JAIR JÚNIOR SANCHES SABES. Medidas de
concentração no processamento de laranja no estado de
são paulo, no período de 2000/01 a 2007/08. XXX
ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro
de 2010.
Índices de Concentração. Cristiane Alkmin Junqueira
Schmidt; Marcos André de Lima. SEAE/MF Documento
de Trabalho nº 13.

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  • 1. ICA 205 ECONOMIA RURAL Prof. Luiz Paulo Fontes de Rezende UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 2. Economia Rural UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Unidade 2: Oferta: função de produção e função Custos 2.1 - Lei dos rendimentos decrescentes 2.2 - Análise de curto e longo prazo 2.3 - Economias de escala 2.4 - Fatores de crescimento da produção agrícola
  • 3. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Oferta: A produção de alimentos Objetivo: Apresentar os principais aspectos referentes à produção de alimentos no mundo e no Brasil no que tange à produção (tecnologia) e aos custos de produção (insumos).
  • 4. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Oferta de produtos agroindustriais: elementos da teoria da firma. Conceito de firma - Unidade de transformação tecnológica, isto é, transformar insumos em produtos através da adoção da tecnologia economicamente mais viável (função de produção). - Função de produção - a combinação de insumos (fatores de produção) que são transformados em produtos mediante uma tecnologia, sendo expressa por = ( , , )
  • 5. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Oferta de produtos agroindustriais: elementos da teoria da firma. A função de produção = ( , , ) - Q – produção ou produto - K – capital (máquinas, equipamentos, instalações, etc) - L – trabalho (pessoal empregado) - N– Outros recursos ou fatores (terra, insumos intermediários, habilidade empresarial) Tecnologia é o método de combinar os insumos de forma diferente. A tecnologia é eficiente se não existir outra que produza a mesma quantidade de produto final utilizando menos insumos.
  • 6. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Lei dos rendimentos decrescentes Curto e longo prazo – essa distinção não é baseado em uma medida absoluta de tempo. Trata-se apenas da distinção entre uma situação em que pelo menos um dos fatores de produção é constante (curto prazo) e outra em que todos os fatores são variáveis (longo prazo). Análise do curto prazo – lei dos rendimentos decrescentes. Segundo esta lei, se forem adicionadas ao processo de produção unidades de um dos fatores, mantidos os demais constantes, o produto resultante dessa maior utilização do fator é decrescente
  • 7. Função de Produção UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Trabalho Produção (quantidade) Produto Marginal do trabalho 0 0 1 50 50 2 90 40 3 120 30 4 140 20 5 150 10 6 155 5 7 158 3 8 160 2 9 161 1 10 162 1 trabalho Quantidade
  • 8. Estágios de Produção UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Terra (fixo) mão-de-obra (variável) produção (produto total) produto médio produto marginal Estágio de produção 1 1 3 3,0 3 Estágio I 1 2 7 3,5 4 1 3 12 4,0 5 1 4 16 4,0 4 Estágio II 1 5 19 3,8 3 1 6 21 3,5 2 1 7 22 3,1 1 1 8 22 2,8 0 Estágio III1 9 21 2,3 -1 1 10 15 1,5 -6
  • 9. Estágios de Produção UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 10. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Estágios: aumento na quantidade de trabalho I - O processo de divisão do trabalho aumenta a produtividade II – A escassez dos demais fatores de produção começa manifestar-se, de tal modo que uma unidade a mais de trabalho passa a gerar um acréscimo de produto cada vez menor. Esse acréscimo é positivo, de forma que o produto cresce a taxas decrescente. III - O acréscimo de unidades de trabalho tem impacto negativo sobre o produto, acarretando queda no produto total.
  • 11. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Medidas de produção: 1) Produtividade média (produto total/fator de produção) ou produto médio - o valor máximo da produtividade média é dado pelo ponto em que seu valor se iguala à produtividade marginal. 2) Produtividade marginal dos fatores de produção ou produto marginal – é o acréscimo de produto gerado por uma unidade adicional de um fator de produção - Passagem do estágio I para II: produtividade marginal atinge o valor máximo - Passagem do estágio II para III: produto marginal é igual a zero.
  • 12. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Isoquantas: tecnologia Isoquanta ( iso significa igual e quanta significa quantidade) representa a mesma quantidade de produção variando diferentes quantidades de insumos. Exemplo: Produção de leite de 3860 (quantidade) Insumos para a produção de leite : feno e grãos Quantidade de feno (quilos) Quantidade de grãos (quilos) 2268 2792 2495 2474 2722 2219 2948 2006 3175 1827 3402 1676
  • 13. 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 2268 2495 2722 2948 3175 3402 Isoquanta e tecnologia Isoquanta = 3860 litros de leite A B C D E F Feno Grãos
  • 14. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Isoquanta: Tecnologia representa as combinações de insumos para produzir a mesma quantidade. Combinações (A, B, C, D, E e F) de grãos e feno para produzir a quantidade de leite (3860 litros).
  • 15. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Mensuração de funções de produção: A maior parte das estimações considera a função de produção Cobb Douglas. = Parâmetros da função de produção de setores agroindustriaias Setores 1 2 Açúcar 0,59 0,33 Algodão 0,92 0,12 Alimentos básicos 0,72 0,35 Juta 0,84 0,14 Papel e celulose 0,62 0,37
  • 16. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Combinação ótima de insumos A escolha da combinação dos insumos é feita de acordo com o preço relativo dos fatores de produção, de modo que se um fator for relativamente mais caro, escolhe-se a tecnologia que utiliza esse fator em menor quantidade - A produtividade dos fatores devem igualar-se ao seu preço relativo = W – preço de uma unidade trabalho; r- preço de uma unidade de capital , e a demais variáveis na fórmula representam as produtividades marginais do trabalho e do capital.
  • 17. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Função custo: A função custo associa a quantidade produzida, a tecnologia e o preço dos fatores de produção a um custo total de produção = , , Onde CT – Custo total de produção da quantidade produzida T – tecnologias eficientes disponíveis Pf – preço dos fatores de produção
  • 18. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Derivação dos custos dos fatores de produção Função de produção = ( , ) Função custo de produção CT= . + Q – produto final Insumos: L - trabalho e K - capital Custos dos insumos: w - Salários e r - taxa de juros Lucro da empresa ( ) = Receita total (P.Q) menos custos (CT), sendo P – preço = P f(L,K) – λ [w L + r K] Condição de maximização de lucro – derivada primeira igual a zero.
  • 19. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros = P f(L,K) – λ [w L + r K] = P Q– λ [w L + r K] = Q L - λ w = 0 = Q - λ w = 0 λ = Q w = Q r =
  • 20. Custos de produção e o tempo • A análise de custos de produção pode ser feita de acordo com o período de avaliação do processo produtivo: o curto e o longo prazos. •curto prazo – período de tempo em que a firma não pode variar alguns recursos (fatores fixos), como equipamentos, construções, terra etc • Longo prazo – período de tempo em que todos os fatores são variáveis, inclusive a planta ou tamanho da empresa. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 21. Custo fixo Representa a quantidade monetária gasta com os fatores fixos. O seu valor é constante no curto prazo, independentemente da quantidade produzida Custo variável Representa a quantidade monetária dos gastos com cada unidade de fator variável utilizada na produção de uma determinada quantidade de bens e serviços. O seu valor aumenta conforme a elevação da produção UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 22.  UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 23. ECONOMIA DE ESCALA As economias de escala são um importante elemento na análise de mercado ao indicar o aporte de capital mínimo para que uma empresa seja competitiva no mercado. Economias de escalas : quando as empresas apresentam os custos de produção mais baixos, tendo assim uma posição vantajosa diante dos concorrentes. No sistema agroindustrial, as economias de escala se verificam, sobretudo nas atividades relacionadas às grandes commodities . UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 24. ECONOMIA DE ESCALA - A moagem de trigo, em que os grandes moinhos concorrem com custos mais baixos, desequilibrando a concorrência. - O setor supermercadista no que tange as empresas médias e grandes - Economias de escala: aquelas relacionadas ao produto (reais) e aquelas relacionadas ao preço dos fatores (pecuniárias). - I) Economias de escala reais - II) Economias de escala pecuniárias - referem-se ao UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 25. ECONOMIA DE ESCALA I) Economias de escala reais – recebem esse nome por se tratarem de redução do uso de fatores de produção por unidade de produto. Sendo estas : de trabalho, técnicas, de estoque de segurança, de informação, de propaganda e marketing e de gestão II) Economias de escala pecuniárias - referem-se ao preço de aquisição dos fatores de produção sendo as mais frequentes: preço da matéria-prima, preço da propaganda, preço do frete, taxa de juros e o preço do trabalho. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 26. Fatores de crescimento da produção agrícola I) Expansão agrícola II) Incremento na frequência do cultivo (uso de técnicas de irrigação) III) Ganhos de produtividade (tecnologia) UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 27. Expansão agrícola (terra agrícola) O fator mais importante a influenciar a produção de alimentos de um país ou de uma região do mundo é o seu potencial de terra agrícola. De acordo com a Food and Agriculture Organization (FAO) apesar da existência de grande quantidade de áreas agrícolas não utilizadas ou mal utilizadas que podem ser incorporadas para gerar produção, taxa de expansão da fronteira agrícola será menor do que já foi no passado. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 28. Expansão agrícola (terra agrícola) A expansão da agricultura deve preservar a cobertura florestal e o meio ambiente a fim de propiciar o desenvolvimento sustentável para as gerações futuras (dilema entre produzir e preservar) Determinação da área total líquida com potencial arável (destinada a agricultura) – área total bruta com potencial arável descontada as áreas de proteção e de assentamento humano A incorporação de novas terras à produção representa um custo, e este custo pode ser reduzido via elevação de produtividade por hectare UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 29. Expansão agrícola (terra agrícola) A incorporação de novas terras ao sistema produtivo agrícola tem algumas restrições, visto que os solos já utilizáveis pela agricultura são aqueles mais férteis e de menor custo de investimentos para se tornarem produtivos. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 30. Aumento da produtividade Aumento da produção agrícola por meio de maior produtividade, ou seja, maior produção por unidade de fator utilizado, em especial o fator terra. Aumento de produtividade – adoção generalizada das várias tecnologias disponíveis nos países desenvolvidos que são ainda pouco difundidas nos países menos desenvolvidos. Tecnologias ligadas à química, à biologia, à mecânica e, mais recentemente à biotecnologia. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 31. Com a incorporação de novas tecnologias na agricultura mundial, a produtividade de alguns produtos agrícolas dobrou ou até triplicou conforme os dados da tabela do próximo slide. Disparidade entre os rendimentos por hectare entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento Produtividade elevada nos países desenvolvidos – emprego de novas tecnologias, sementes melhoradas, fertilizantes, irrigação, defensivos, mecanização e um sólido sistema financeiro (créditos e custo dos financiamentos) UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 32. Evolução da produtividade média no mundo, países desenvolvidos (PD) e em desenvolvimento (PED), dos três principais grãos: trigo, milho e arroz, 1960-2000 em Kg/ha UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros Períod os Trigo (kg/ha) Milho (kg/ha) Arroz (kg/ha) Mundo PD PED Mundo PD PED Mundo PD PED 1960 1280 1450 970 2160 3490 1270 2075 4980 1960 1970 1680 1900 1350 2800 4620 1640 2480 5340 2380 1980 2150 2270 1995 3430 5500 2150 3140 5515 3070 1990 2580 2630 2500 3990 6440 2720 3670 5885 3630 2000 2780 2800 2750 4535 7400 3050 3940 6500 3870
  • 33. 1960 - A produtividade média dos países em desenvolvimento começa crescer, mas à taxas inferiores registradas nos PD 1980 – As taxas de produção de grãos registrou aumento em todo mundo. Nos últimos 20 – o crescimento da produtividade tem sido maior nos países em desenvolvimento do que nos países desenvolvidos devido à lei dos rendimentos marginais decrescentes, segundo a qual é mais fácil elevar a produção por unidade de área em regiões que ainda utilizam menos insumos modernos. Nos países desenvolvidos, a produtividade já se aproxima dos níveis tecnicamente possíveis. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 34. Análise do trigo Países desenvolvidos - Produtividade média mundial variou de 1280kg/ha para 2780 kg/ha no período de 1960 a 2000, ou seja, 117,2% [(2780/1280)- 1]x100 = 117,2% em 40 anos - 1960 – produtividade do trigo era 13,3% superior a média mundial [(1450/1280) -1]x100 - 2000 - produtividade do trigo era 0,7% superior a média mundial - Apresenta um incremento anual de 2,3% {[(2800/1450) - 1]x100}/40 = 2,3% ou crescimento de 1,65% segundo a taxa de crescimento geométrica [(n√P(t+n)/P(t))– 1] x 100 [40√2800/1450– 1] x 100 UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 35. Análise do trigo Países em desenvolvimento - 1960 – Produtividade do trigo era 24% inferior à media mundial - 2000 - Produtividade do trigo era 1,1% inferior à media mundial - Incremento anual médio de 3,1% entre 1960 e 2000. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 36. Pesquisas agrícolas em andamento Ênfase em duas tecnologias: biotecnologia e a agricultura de precisão para aumentar a produtividade da produção agrícola - Progressos em melhores variedades de trigo, arroz, batata, milho, feijão, soja etc que são mais resistentes às doenças e insetos e de maior rendimentos em condições de seca e calor e as características dos solos. - Pesquisas com leguminosas e pastagens permitirão a criação de animais nas áreas secas - Cruzamento de espécies domesticadas com variedades selvagens possibilitando o plantio de variedades de alto rendimento em terras marginais. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 37. Pesquisas agrícolas em andamento - Métodos mais eficientes de cultivo e melhores sistemas de rotação - Brasil – Pesquisas na agricultura liderada pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e principal indutora da expansão do agronegócio nacional UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 38. Pesquisas agrícolas em andamento - No Brasil temos 5 tecnologias estratégicas para aumentar a competitividade do agronegócio. - 1) Tropicalização da soja (adaptação ao clima brasileiro) - 2) Domínio da agricultura no cerrado (expansão da fronteira agrícola em direção ao cerrado, antes considerado infértil, é a maior fronteira agrícola do planeta) - 3) Seleção de plantas forrageiras (desenvolvimento destas plantas para alimentação animal de baixo custo) - 4) Produção de álcool de cana (biocombustíveis e álcool anidro como substituto aos combustíveis derivados de petróleo) - 5) Produção de celulose de eucalipto (técnicas de manejo e melhoramento genético permitiu o Brasil produzir madeira para papel e celulose. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 39. Promessas da biotecnologia - Tecnologia ligada à agricultura ocorreu em três períodos distintos: - a) tecnologia mecânica - b) tecnologia da química - c) biotecnologia - Mecânica e química : aproximação da agricultura ao setor industrial (industrialização da agricultura) tanto no segmento da indústria de insumos (máquinas, fertilizantes) quanto no processamento (agroindústria) e transformação dos alimentos, em conjunto com as tecnologias de preservação de alimentos (indústrias de conservas e refrigeração) - Biotecnologia – engenharia genética, cultura de tecidos de plantas e animais (plantas e organismos são geneticamente alterados) UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 40. Pesquisas agrícolas em andamento - Novas técnicas de engenharia genética. Exemplo do hormônio bovino somatotropina para aumentar a produção de leite. Hormônios de crescimento para aumentar a produção de carne. - Produção de vacinas contra doenças viróticas e bacterianas para aumentar o nível de resistência das plantas a doenças e insetos, diminuindo o uso de fungicidas e inseticidas químicos. - Duas vertentes do impacto da biotecnologia na área agrícola: - 1) aparecimento de novos produtos, como os defensivos virais, kts para diagnósticos de doenças de plantas e vacinas - 2) acelerado ritmo de inovações tecnológicas e melhoramento dos produtos atuais (melhoramento genético com possibilidades aperfeiçoamento de novas variedades, alimentos transgênicos) UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 41. Pesquisas agrícolas em andamento - Vertente contrária à biotecnologia é a agricultura orgânica que é uma alternativa para o consumidor. - Como o desenvolvimento dos transgênicos, abriu uma nova oportunidade nos mercados globais: produtos orgânicos cultivados por pequenos agricultores, sem escala de produção, sem utilização de produtos químicos no processo produtivo e com custos e preços maiores. - Brasil – a agricultura orgânica representa 0,2% da área total utilizada pela agropecuária, com um crescimento superior a 50% ao índice mundial UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 42. Agricultura de precisão - Utilização de GPS (Global Positioning System – Sistema de posicionamento global) para conhecer o posicionamento geográfico do sistema de produção (uso de satélites) - Avaliar as condições de uma propriedade (tipos de solo, limites, declividades, potencial de erosão e capacidade dos solos). - Como o mapa eletrônico georreferenciado torna-se possível proceder à gestão eficiente da empresa rural, maximizando a produção e minimizando os custos oriundos deste processo. - Colheitadeira equipada com GPS, podendo assim o produtor gerar um mapa de produção nos vários talhões de sua propriedade, determinando assim a produtividade de cada porção de seu terreno. É uma maneira de analisar com precisão, quais partes do terreno precisa aumentar a produtividade, usando os insumos de maneira mais racional (aumento de produtividade e redução dos custos de produção). UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 43. Conclusão “ A pobreza continua sendo a principal causa da subnutrição, e não as limitações de recursos, como insuficiência de terra ou de água, ou de conhecimentos técnicos que permitam utilizar variedades de plantas de alto rendimento” UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros
  • 44. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATALHA, Mário Otávio. Gestão agroindustrial: GEPAI : Grupo de Estudos e Pesquisas Agroindustriais. São Paulo: Atlas, 2007. MENDES, Judas Tadeu Grassi; PADILHA JUNIOR, Jõao Batista. Agronegócio: uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
  • 45. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS Campus Regional de Montes Claros REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RESENDE, Marcelo. Medidas de concentração industrial: uma resenha. Análise Econômica. março e setembro/94 JAIR JÚNIOR SANCHES SABES. Medidas de concentração no processamento de laranja no estado de são paulo, no período de 2000/01 a 2007/08. XXX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO. São Carlos, SP, Brasil, 12 a15 de outubro de 2010. Índices de Concentração. Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt; Marcos André de Lima. SEAE/MF Documento de Trabalho nº 13.