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EXERCÍCIOS
Profa. Julia Olzog
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AULA DEMONSTRATIVA
Olá alunos,
Este curso irá cobrir a matéria Economia Internacional para o cargo de
Economista do BNDES.
Vamos lá: Meu nome é Julia Olzog, sou economista com especialização
em Comércio Exterior e Mestrado em Organismos Internacionais. Também sou
bacharel em Direito e fiz um curso sobre os aspectos práticos e legais da
Organização Mundial do Comércio – OMC em Genebra, na Suíça. Sou servidora
pública federal e trabalho com análise de comércio exterior.
Aqui vou abordar temas das quais tenho bastante experiência prática e
teórica, trazendo para vocês uma abordagem completa das matérias do edital
com destaque para os tópicos de maior relevância que são frequentemente
cobrados pelas principais bancas de concursos.
São 9 aulas de Economia Internacional, seguindo os tópicos relacionados
no edital de 2012.
Cronograma 2012:
Aula 00
Teorias do comércio internacional: vantagens absolutas e
vantagens comparativas.
Aula 01
Modelo de Heckscher-Ohlin. Novas abordagens de comércio
internacional: rendimentos crescentes e concorrência
imperfeita.
Aula 02
Vantagens comparativas dinâmicas. Livre-comércio e
protecionismo. Instrumentos de política comercial.
Aula 03 As regras comerciais no GATT e na OMC
Aula 04
Experiências de integração regional: União Européia e
Mercosul.
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Aula 05 Investimento estrangeiro direto.
Aula 06
Paridade coberta e descoberta da taxa de juros. Paridade do
poder de compra e taxa de câmbio real.
Aula 07
Sistema monetário internacional: padrão-ouro, Bretton-Woods
e pós-Bretton Woods.
Aula 08 Papel de instituições multilaterais.
Aula 09
Novo papel das economias emergentes. Crise econômica
global de 2008 e crise européia de 2011: diagnósticos e
políticas de superação.
Nesta aula inaugural vou abordar as Teorias do comércio
internacional: vantagens absolutas e vantagens comparativas.
Além da teoria, as aulas trazem exercícios comentados sobre os assuntos
abordados que ajudarão melhor na fixação e compreensão da matéria. Na
parte de exercícios sempre tem um comentário importante, um complemento
da matéria que não foi dado na parte teórica, uma dica, enfim, todo o material
foi preparado para ajudar ao máximo no entendimento e fixação do
conteúdo!!!
Na verdade, eu preparei o meu material da forma como eu, se fosse
aluna, gostaria de estudar! Passei num concurso em 2002, e quando eu
buscava um material o que eu procurava:
1. Um material que cobrisse todo o edital
2. Com um bom conteúdo e explicações fáceis de entender
3. Que tivesse bastante exercícios para tentar resolver, com os comentários
das questões para perceber onde estão os erros e acertos
Acho que dessa forma, tentando fazer os exercícios e vendo a explicação,
o aluno tem a chance de fixar melhor o conteúdo, pois você está diante de
uma questão prática, de como realmente o assunto cai na prova!!
Outra coisa que acho importante não é apenas responder a questão e
apontar qual é o item certo, mas sim comentar os demais itens da questão
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(sempre que possível) para que o aluno tenha uma visão geral da matéria e
perceba as pegadinhas da banca.
Mas, gente, a matéria é muito extensa, e vocês sabem que sempre
escapa uma coisinha aqui e ali, então tentem também buscar informações na
internet sobre assuntos que vocês julguem importantes. Mais informação,
nunca é demais!
Então, preparei tudo pensando em vocês, futuros economistas do
BNDES!! Sei que vocês conseguem!! Basta um pouco de dedicação, força de
vontade e muito estudo. O salário e os benefícios do Banco são excelentes,
então vale a pena se dedicar a isso! E eu sei que você, ALUNO DO PONTO vai
chegar lá e nós vamos comemorar juntos!
Vamos começar, então?
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AULA DEMONSTRATIVA
Aula 00
Teorias do comércio internacional: vantagens absolutas e vantagens
comparativas.
1. Teorias do comércio internacional
A teoria do comércio internacional surgiu da necessidade de explicação
das trocas internacionais. Remonta aos autores clássicos liberais (com
destaque para Adam Smith e David Ricardo) o desenvolvimento de uma
análise suscetível de generalização a qualquer país, ou seja, uma teoria do
comércio internacional de validade universal.
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Profa. Julia Olzog
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As teorias clássicas do comércio internacional (como as teorias
vantagens absolutas e vantagens comparativas) foram antecedidas pelo
Mercantilismo. O Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de políticas
econômicas predominantes na Idade Moderna na Europa, entre os séculos XV
e XVIII, que preconizava o desenvolvimento econômico por meio do
enriquecimento das nações, graças, fundamentalmente, ao comércio exterior.
Os mercantilistas preocupavam-se com a acumulação de metais
monetários – ouro e prata – que associavam à ideia de riqueza do país. Uma
vez que a oferta de ouro era relativamente fixa, acreditavam que um país
poderia aumentar o seu estoque de metais monetários à custa dos demais, ou
seja, na concepção deste modelo, o comércio internacional tinha ganhos de
soma zero – um país ganha à custa do outro – por isso adotavam politica
comercial protecionista.
As principais características do mercantilismo eram: intervencionismo
estatal, protecionismo alfandegário para diminuir as importações, medidas de
apoio às exportações, fortalecimento do mercado interno, estímulo a práticas
monopolistas. A ideia central era obter uma balança comercial favorável, ou
seja, exportar mais do que importar a qualquer custo, para que a entrada de
ouro e prata fosse superior à saída. Para os mercantilistas o excedente
comercial estava acima de tudo, pois através do excedente comercial as
nações obteriam o acúmulo de metais preciosos necessário ao seu
enriquecimento. Outra forma de obtenção de metais preciosos e outros bens
valiosos muito usada pelos mercantilistas, vinha da exploração das riquezas
coloniais.
É com o advento do liberalismo econômico que se começa a desenvolver
a teoria do comércio internacional, que vamos ver em seguida.
Mas, antes de prosseguirmos, convém mencionar um termo usado
modernamente como referência ao mercantilismo: é o Neomercantilismo.
Esse termo é usado para descrever um regime de política econômica que
incentiva as exportações, desencoraja as importações, controla o movimento
de capitais e centraliza as decisões monetárias nas mãos de uma autoridade
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central. O objetivo das políticas neomercantilistas é aumentar o nível das
divisas mantidas pelo governo, permitindo uma política monetária e uma
política fiscal mais eficaz.
1.1. Teorias Clássicas
A teoria clássica segue, em termos temporais, a teoria Mercantilista. A
Escola Clássica do Pensamento Econômico tenta ver as vantagens da
existência do Comércio Internacional a partir da resposta a três questões
fundamentais:
- Explicitação da divisão de trabalho inerente às novas trocas comerciais;
- Vantagens para os dois países das trocas comerciais e;
- Cálculo das novas razões de trocas, isto é, o preço internacional das trocas
comerciais.
As duas principais teorias clássicas são as teorias das vantagens
absolutas e a das vantagens comparativas.
1.2. Teoria das Vantagens Absolutas
Adam Smith é o primeiro teórico do pensamento clássico. Em 1776,
Smith publica a sua obra-prima “A riqueza das Nações”, onde constata que a
fonte da riqueza das nações é o trabalho. Desta forma, o valor de troca de
uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho contido nela.
Para ele, a falha dos mercantilistas foi não perceber que uma troca
poderia beneficiar as duas partes envolvidas, pois uma economia só manterá
transações espontâneas com outra se perceber que conseguirá obter
vantagens nesse intercâmbio. Ao contrário, Adam Smith considera que o
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comércio internacional tem ganhos positivos para os países intervenientes na
troca.
Smith demonstra as vantagens da livre troca, ao observar que a abertura
ao exterior conduz a um ganho importante para os países no intercâmbio
comercial e, portanto, também para a economia mundial - originando o
aumento global da riqueza.
Para usufruir dos benefícios do livre comércio, os países deveriam se
especializar de acordo com as suas vantagens absolutas: cada país deve
especializar-se nos produtos em que tem vantagens absolutas em termos de
custos (ou produtividade), ou seja, em que o número de horas de trabalho
requerido para a sua produção é menor. E se o número de horas trabalhadas
é menor, isso significa também um menor custo de produção. Os custos
diferem-se entre as nações por causa da produtividade do trabalho. Então, um
país possui vantagem absoluta quando produz com: menor custo de produção,
maior eficiência, maior produtividade, menos horas de trabalho para produzir
determinado bem.
O excedente de produção (aquilo que excede a capacidade de consumo
interno) deveria ser objeto de trocas comerciais com outros países. As ideias
de Adam Smith deram fundamento à divisão internacional da produção.
A vantagem absoluta poderia advir de recursos naturais (solo, clima,
matérias primas), recursos humanos (mão de obra) ou capital. Isso permite o
pensamento que alguns países possuem maior vantagem em determinados
tipos de indústria do que em outras, de tal forma que tais indústrias devem ser
estimuladas de modo que a vantagem absoluta seja utilizada. No caso do
Brasil, país com amplas reservas minerais de ferro, a indústria siderúrgica é
uma candidata natural à posição de indústria com vantagem absoluta, de
modo que, em princípio, as fontes mais acessíveis de matéria prima fariam
dela uma competidora mais eficiente no mercado internacional.
A teoria das vantagens absolutas pode ser facilmente compreendida com
base num exemplo numérico. Considere dois bens - camisa e sapato -
produzidos por dois países X e Y:
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Número de horas para produção de mercadorias
País
Para produzir
uma camisa
Para produção
de um sapato
X 10 40
Y 15 25
Horas Necessárias
A partir da tabela, observa-se que o país X tem vantagem absoluta na
produção de camisas e o país Y, na produção de sapatos. Ou seja, cada um
gasta respectivamente menos horas para produzir o bem em que se
especializaram.
Na verdade, isso equivale a dizer que X produz camisas com menor custo
(maior eficiência) ou, dito de outro modo, a produtividade de X em camisas é
maior. Por isso, diz-se que X tem uma vantagem absoluta em camisas, pelo
que deve especializar-se completamente na sua produção. Por sua vez o país Y
é absolutamente mais eficiente para produzir sapatos devendo, então
especializar-se completamente na sua produção. Assim, os países irão se
especializar nos produtos em que são mais eficientes e exportar seu
excedente de produção: o que não for consumido no mercado interno será
ofertado no mercado externo.
Deste modo, ambas as partes saem ganhando com o comércio. Os países
irão concentrar seus recursos nos bens que produzem mais eficientemente (a
um custo menor) e irão adquirir os produtos em que não produzem de forma
eficiente a preços menores no mercado internacional.
Isso aplicado a todos os países resultaria no aumento da produção e da
riqueza das nações, fazendo com que as mesmas atingissem um nível ótimo de
bem estar, já que o mundo teria se transformado em um único mercado, com
os bens sendo negociados a preços mínimos e com melhor qualidade,
independentemente do país onde fossem produzidos.
Adam Smith era um defensor do livre comércio e seu principal objetivo
ao propor a livre troca, era a abertura dos mercados internacionais aos
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produtos industriais ingleses. Desse modo, a Inglaterra deixaria de estar
limitada ao seu mercado doméstico - que era pequeno para absorver toda sua
produção - e teria espaço para avançar na sua industrialização escoando
(exportando) a sua produção para o mundo.
Sendo um modelo de livre comércio, o Estado deveria abster-se de
intervir na economia, deixando que os mercados se autorregulassem1
. Apenas
interviria para impedir a existência de monopólios, ou em atividades que não
despertem interesse da iniciativa privada.
No entanto, embora a proposição de Smith seja válida como uma das
explicações para o comércio entre nações, ela não é suficiente para
compreender a realidade atual do comércio internacional. Uma das críticas ao
modelo refere-se ao fato de a teoria das Vantagens Absolutas ter sido
formulada com base na teoria do valor trabalho, no qual os custos e preços
das mercadorias seriam definidos principalmente por conta das horas
necessárias para se realizar a produção. Na verdade, outros fatores entram na
composição de custos de um produto, como a disponibilidade de matéria-prima
e de capital. Outra crítica é que, pelo modelo de Smith, países que não
possuem vantagem absoluta em nenhum bem (ineficiência absoluta), não
poderiam participar do comércio global ofertando seus produtos, o que não é
verdade na prática.
Esta limitação foi discutida por David Ricardo, que aprimorou a teoria das
vantagens absolutas, propondo a teoria das Vantagens Comparativas. Como
veremos de seguida, Ricardo mostrou que ainda que um país apresente maior
eficiência na produção de todos os bens (ou não apresente maior eficiência na
produção de nenhum bem), poderá haver vantagens com a livre troca para os
países intervenientes no comércio externo.
1.3. Teoria das Vantagens Comparativas: o modelo ricardiano de
vantagens comparativas
1 Adam Smith pregava, assim, a existência da “mão invisível” do mercado.
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David Ricardo (1817) tentou mostrar que mesmo quando um país fosse
absolutamente menos eficiente a produzir todos os bens, continuaria a
participar no comércio internacional ao produzir e exportar os bens que
produzisse de forma relativamente mais eficiente. Assim, o modelo
Ricardiano é referido como o modelo das Vantagens Comparativas ou Relativas
ou ainda Teoria dos Custos Comparados.
Para ele, o livre comércio pode ser mutuamente benéfico, pois o
comércio internacional não é um jogo de soma zero (como pensavam os
mercantilistas), onde os ganhos de um país equivalem às perdas do outro. Na
verdade, todos podem se beneficiar com o comércio internacional, na medida
em que ele permite que os países se especializem na produção e exportação
das mercadorias que conseguem produzir, comparativamente, de forma mais
eficiente.
Isso quer dizer que mesmo que um país X fosse mais eficiente na
produção de dois produtos, ainda assim valeria a pena comercializar com o
exterior (país Y), devendo o país X se especializar na produção do bem em que
fosse mais eficiente. Por outro lado, o país Y, menos eficiente na produção dos
dois produtos, deveria se especializar na fabricação daquele em que fosse
menos ineficiente.
Um exemplo: se o Brasil for relativamente mais produtivo na produção
de minérios do que na produção de computadores e na China ocorrer o
contrário, seria mais interessante que o Brasil utilizasse todos os seus recursos
para produzir minérios e utilizasse o dinheiro obtido com a exportação de
minérios para comprar computadores da China. Com a abertura comercial, as
pessoas que trabalhavam fabricando computadores de forma ineficiente
passariam a trabalhar na produção de minérios. Desta forma, o comércio
internacional faz com que os países fiquem mais ricos e que as pessoas
possam consumir produtos mais baratos do mundo todo.
Dessa forma, o modelo de Ricardo prevê uma direção para o comércio
exterior: os países exportarão os bens nos quais têm maior produtividade
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relativa do trabalho (têm vantagem comparativa na sua produção) e
importarão os bens nos quais apresentam menor produtividade relativa do
trabalho (não têm vantagem comparativa na sua produção). Ou seja, cada
país deveria dedicar-se ou especializar-se nos produtos em que seus custos
comparativos fossem menores. As tecnologias são diferentes entre os países,
ou seja, as técnicas de produção diferem entre países.
Vamos ver o exemplo usado por Ricardo para explicar sua teoria:
Número de horas para produção de mercadorias
País
Para produzir 1
unidade de tecido
Para produzir 1
unidade vinho
Portugal 90 80
Inglaterra 100 120
Horas Necessárias
A partir do exemplo acima, pode-se notar que Portugal tem vantagem
absoluta na produção de tecidos e vinhos em relação à Inglaterra, pois
necessita de menos horas que a Inglaterra, para produzir ambas as
mercadorias. Então, no contexto da teoria das vantagens absolutas, o
comércio entre os dois países seria nulo, uma vez que Portugal é
absolutamente mais eficiente na produção de ambos os bens, não havendo da
sua parte qualquer interesse na troca.
Mas a análise de Ricardo mostra que a Inglaterra tem menor
desvantagem competitiva em relação a tecidos do que a vinhos (precisa de
menos horas para produzir 1 unidade de tecido do que para produzir 1 unidade
de vinho). Assim, conviria à Inglaterra dedicar-se à produção de tecidos e
deixar a produção de vinhos para Portugal, porque, de acordo com Ricardo,
especializar-se na produção de uma mercadoria seria mais vantajoso do que
dividir o capital existente para a produção das duas mercadorias. Vale lembrar
que não se trata da eficiência do país, mas da eficiência na produção de
determinados bens.
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Todavia, os benefícios da especialização e do comércio podem ser melhor
observados ao se comparar a situação sem (economia fechada) e com
comércio internacional (economia aberta).
Sem comércio internacional, na Inglaterra são necessárias 100 horas de
trabalho para a produção de 1 unidade de tecido e 120 horas para a produção
de 1 unidade de vinho. Desse modo, uma unidade de vinho deve custar 1,2
unidade de tecido (120/ 100). Por outro lado, em Portugal, essa unidade de
vinho custará 0,88 unidade de tecido (80/90).
Se houver comércio entre os países, a Inglaterra poderá importar 1
unidade de vinho por um preço inferior a 1,2 unidade de tecido, e Portugal
poderá comprar mais que 0,88 unidade de tecido vendendo seu vinho.
País Tecido Vinho
Portugal 1,125 0,88
Inglaterra 0,83 1,2
Custos relativos
Assim, por exemplo, se a relação de troca entre o vinho e o tecido for de
1 para 1, ambos os países sairão beneficiados. A Inglaterra em autarquia
(economia fechada) gasta 120 horas de trabalho para obter 1 unidade de
vinho; com o comércio com Portugal, poderá utilizar apenas 100 horas de
trabalho, produzir 1 unidade de tecido e trocá-la por 1 unidade de vinho,
poupando, portanto, 20 horas de trabalho, que poderiam ser utilizadas
produzindo mais tecidos (obtendo, assim, um maior nível de consumo).
O mesmo raciocínio vale para Portugal: em vez de gastar 90 horas
produzindo 1 unidade de tecido, poderia usar apenas 80 produzindo 1 unidade
de vinho e troca-la no mercado internacional por 1 unidade de tecido, também
economizando 10 horas de trabalho. Desse modo, a Inglaterra deverá se
especializar na produção de tecidos, exportando-os e importando vinho de
Portugal, que se especializou em tal produção e passou a importar tecidos.
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Conclui-se, portanto, que dada uma certa quantidade de recursos
(fatores de produção2
), um país poderá obter ganhos através do comércio
internacional, produzindo aqueles bens que gerarem comparativamente mais
vantagens relativas.
No modelo ricardiano, os custos de produção estão baseados unicamente
na produtividade do trabalho. Assim, os países se especializarão e exportarão
na produção de bens que o seu trabalho produz de forma relativamente
eficiente (ou seja, utiliza menos recursos) e importarão bens que seu trabalho
produz de forma comparativamente ineficiente.
O comércio entre as nações, livre de entraves governamentais,
aumentaria a riqueza de todos. A imposição de barreiras poderia prejudicar a
alocação ótima dos recursos de produção, e possivelmente geraria um custo
muito grande para o país, por manter uma indústria ineficiente funcionando.
O modelo de Ricardo é o que melhor explica as trocas internacionais e é
utilizado até hoje. Mas, também sofre algumas críticas: assim como a teoria de
Smith, estipulava que as relações de valor entre dois bens eram determinadas
pelas quantidades de trabalho incorporadas na produção de cada bem. Ou
seja, esta pré condição ignorava o papel das matérias-primas e dos
investimentos como fatores de produção, analisando apenas a força de
trabalho. Também não leva em conta a distribuição de renda gerada pelo
comércio, não considera os ganhos de escala como uma explicação ao
comércio internacional e não considera a evolução das estruturas da oferta e
da demanda.
Pontos em comum entre as 2 teorias (vantagens absolutas e
comparativas):
(i) existe um único fator de produção, o trabalho;
(ii) a produtividade do trabalho nos vários países é diferente;
2
Recursos ou fatores de produção são trabalho (mão de obra, horas trabalhadas), terra, capital, matéria prima, energia
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(iii) os custos de produção são constantes; i.e., o número de horas de trabalho
por unidade de produto não se altera com a quantidade produzida, nem com o
tempo;
(iv) o trabalho é perfeitamente móvel entre indústrias de um mesmo país, mas
imóvel entre países;
(v) existe pleno emprego;
(vi) existem rendimentos constantes de escala;
(vii) no livre comércio não há quaisquer impedimentos ao comércio (ausência
de tarifas e custos de transporte nulos);
(viii) os mercados são de concorrência perfeita.
E as diferenças? A diferença básica entre as teorias de Smith e Ricardo é
que pela primeira (vantagens absolutas), o comércio internacional não seria
proveitoso para dois países se um deles fosse mais eficiente que o outro na
produção de todos os bens e pela segunda (vantagens comparativas) mesmo
que um país seja mais eficiente na produção de todos os bens, o comércio
internacional ainda assim seria benéfico. Mas a palavra-chave mesmo é
absoluto x comparativo ou relativo!! Sempre que cair uma questão ligando
a teoria de Ricardo com a palavra absoluto(a) está errado!
Vamos ver um exemplo? Essa questão caiu na última prova do MDIC/
Analista de Comércio Exterior (ESAF) de 2012!! “De acordo com o modelo de
David Ricardo, o padrão de especialização produtiva de um país e, por
consequência, a composição de sua pauta exportadora está diretamente
relacionada à(s)
d) vantagens absolutas derivadas das diferenças na remuneração da mão de
obra. Errado!! 2 erros: a palavra 'absolutas' (certo é comparativas ou
relativas) e remuneração da mão de obra (é produtividade da mão de
obra/trabalho). Essa questão está resolvida na parte de exercícios.
Ganhos de comércio
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Vimos no modelo de Ricardo que os países devem se especializar na
produção dos bens em que possuem maior vantagem na produção na
comparação com outros países. Na verdade, isso quer dizer o seguinte: as
vantagens comparativas não se baseiam apenas na eficiência de um país
(como pensava Smith), mas sim na ineficiência deste na produção de um bem.
Por isso a eficiência é relativa.
Mas, como se determinam os ganhos de comércio entre países que se
especializaram? Vamos dar um exemplo:
Antes da especialização, a produção da economia como um todo era de
80 mil unidades de vinho e 40 mil unidades de tecido, totalizando 120 mil
unidades. Apos a especialização, a produção de vinhos aumentou para 90 mil
(os 1000 trabalhadores em Portugal que faziam tecidos passam a fazer vinhos,
dobrando a produção) e a produção de tecidos no mundo aumentou para 40
(os 1000 trabalhadores na Inglaterra que faziam vinhos passam a fazer
tecidos, dobrando a produção) = 130 mil unidades. A especialização foi
benéfica para ambos os países e para o mundo, que ganhou em bem estar
com o aumento da produção.
Mas, nem sempre a especialização será um bom negocio para os países
envolvidos nas trocas. Para saber se haverá vantagem na especialização,
precisamos calcular os ganhos de comércio.
Suponha que uma unidade de vinho custe $1 e uma unidade de tecido
custe $1 (preço relativo Pv/Pt =1). Assim, sem especialização, Portugal fatura
$65 mil e a Inglaterra fatura $55 mil. Com especialização, Portugal passa a
vender $90 mil e a Inglaterra $40 mil. Nesse caso, houve ganho de comércio
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apenas para Portugal, que aumentou o faturamento de 65 para 90 mil. Mas,
para a Inglaterra, com o preço de $1 o tecido, a especialização não valeu a
pena, pois seus ganhos diminuíram.
Agora, suponha que uma unidade de vinho custe $1 e uma unidade de
tecido custe $2 (preço relativo Pv/Pt =0,5). Sem especialização: Portugal
fatura $85 mil e a Inglaterra fatura $75 mil. Com especialização, Portugal
passa a vender $90 mil e a Inglaterra $80 mil. A esse preço ($1 vinho e $2
tecido) a especialização foi vantajosa para ambos os países.
Agora, 1 unidade de vinho custa $1 e 1 unidade de tecido custa $3
(preço relativo Pv/Pt = 0,33). Sem especialização: Portugal fatura $105 mil e a
Inglaterra fatura $95 mil. Com especialização, Portugal passa a vender $90 mil
e a Inglaterra $120 mil. A esse preço ($1 vinho e $3 tecido) a especialização
foi vantajosa apenas para a Inglaterra.
Com isso, percebemos que a repartição dos ganhos do comércio é
determinada pelos preços relativos dos bens no mercado internacional.
1.4. Custo de Oportunidade
Como o modelo das vantagens comparativas leva em conta apenas o
fator trabalho como determinante do custo de produção, isso acaba sendo um
limite à explicação do comércio internacional.
Nos anos 30, Gottfried Haberler impediu que a teoria das vantagens
comparativas fosse rejeitada, libertando-a da hipótese restritiva da teoria do
valor trabalho. Para tal releu a teoria das vantagens comparativas de David
Ricardo à luz da sua teoria dos custos de oportunidade, isto é, em vez do custo
do trabalho, o conceito de custo utilizado é o de custo de oportunidade dos
bens. Isso permite considerar todos os fatores de produção e não apenas o
fator trabalho.
Custo de oportunidade decorre quando a especialização na produção de
determinado bem leva à renúncia na produção de outro bem, ou seja, a maior
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quantidade produzida de um produto corresponde a menor quantidade
produzida de outro.
A vantagem comparativa reflete o custo de oportunidade relativo, isto é,
a relação entre as quantidades de um determinado bem que dois países
precisam deixar de produzir para focar sua produção em outro bem.
Haberler desenvolveu a teoria dos custos de oportunidade utilizando a
curva de possibilidades de produção ou de substituição de produtos - o custo
de produção de um dado bem é igual a quantidade que se deixa de produzir de
outro bem em função da utilização de fatores para produzir o primeiro bem.
Suponha:
Curva de possibilidades de produção (CPP) de Portugal
Vinho
Tecido
Considere a CPP representada acima, de um produtor em Portugal que
pode escolher entre produzir apenas vinho, apenas tecido ou ainda uma
combinação dos dois bens. Se ele se dedicar apenas à produção de vinho,
consegue produzir 100 unidades (ponto A). Caso opte por produzir apenas
tecido, consegue produzir 80 unidades (ponto E). As demais combinações
estão representadas por todos os demais pontos existentes ao longo da reta
traçada (pontos B, C e D).
Se o produtor se encontrasse na situação do ponto A, produzindo
exclusivamente vinho, e caminhasse para o ponto B, pode-se observar que
ocorreria o seguinte:
- A produção de vinho diminuiria de 100 unidades para 75 unidades; e
- A produção de tecido aumentaria de 0 unidades para 20 unidades.
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Dessa maneira, pode-se dizer que o produtor abriu mão de produzir 25
unidades de vinho (redução de 100 para 75) para passar a produzir 20
unidades a mais de tecido (aumento de 0 para 20).
Essas combinações de produção mostram o conceito por trás do custo de
oportunidade: o quanto se perde da produção da mercadoria X ao se aumentar
em uma unidade a produção de Y.
Vamos ver um exemplo:
País
Tecido,
produção em
unidades
Vinho,
produção em
unidades
Portugal 2 /hora 4 /hora
Inglaterra 8 /hora 5 /hora
No exemplo acima, o custo de oportunidade de Portugal em produzir 2
unidades de tecido é 4 unidades de vinho. Fazendo uma regra de 3:
Tecido Vinho
2 4
1 X X= 4/2 = 2
Assim, para cada unidade de tecido produzida, Portugal deixa de fabricar
2 vinhos. Então, seu custo de oportunidade de tecido é de 2.
Tecido Vinho
Portugal 4/2 = 2 2/4 = 0,5
Inglaterra 5/8 = 0,625 8/5 = 1,6
custo de oportunidade
País
Nesse caso, Portugal tem vantagem comparativa em vinho dado que
para produzir uma unidade adicional de vinho tem que sacrificar apenas 0,5
unidade de tecido (ou seja, Portugal sacrifica uma menor quantidade de tecido
que a Inglaterra). Inglaterra tem vantagem comparativa em tecido dado que
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para produzir uma unidade adicional de tecido tem que sacrificar apenas 0,6
unidade de vinho (enquanto que Portugal sacrifica duas).
Portugal: custo de oportunidade do vinho em termos do tecido é mais
baixo que na Inglaterra
Inglaterra: custo de oportunidade do tecido em termos do vinho é mais
baixo que em Portugal
Assim, os países devem se especializar na produção de bens em que
possuam menor custo de oportunidade, ou seja, maior eficiência relativa.
EXERCÍCIOS
1. (Cesgranrio – BNDES/2009) Suponha que os custos de produção (em
termos de unidades de trabalho) de vinho e de tecido na Inglaterra e em
Portugal sejam conforme a tabela abaixo.
Assim, por exemplo, para produzir uma unidade de vinho em Portugal são
usadas 10 unidades de trabalho; e na Inglaterra, 50 unidades de trabalho.
Pode-se, então, afirmar que
a) a Inglaterra tem vantagem absoluta em ambas as indústrias.
b) Portugal tem vantagem comparativa em vinho e em tecido.
c) Portugal tem vantagem comparativa em vinho e a Inglaterra, em tecido.
d) Portugal tem vantagem absoluta em vinho, mas não em tecido.
e) Portugal tenderia a se especializar na produção de tecido e a Inglaterra, em
vinho, caso se abrisse o comércio entre os dois países.
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Comentários
Para responder essa questão, precisamos demonstrar os custos relativos de
produção entre os 2 bens nos 2 países:
País Vinho Tecido
Portugal 10/20 = 0,5 20/10 = 2
Inglaterra 50/50 = 1 50/50 = 1
Custos relativos
Portugal tem um custo mais baixo (custo relativo) para produzir vinho
(0,5) em relação a tecido e em relação a Inglaterra, o que mostra que Portugal
tem vantagem comparativa na produção de vinho. Já a Inglaterra, mesmo
tendo custos iguais entre os produtos, possui custo mais baixo para produzir
tecido (1) em relação a Portugal (2), o que mostra que a Inglaterra tem
vantagem comparativa na produção de tecido, devendo, portanto, Portugal se
especializar na produção de vinho e a Inglaterra na produção de tecido. letra c
________________
2. (Unama – Economista/2006) Em 1817, David Ricardo publicou seu livro
Princípios de Economia Política e Tributação, onde apresenta a teoria das
vantagens comparativas. De acordo com ela, o comércio internacional pode ser
benéfico para dois países, mesmo quando um deles é mais eficiente na
produção de todos os bens. Para isso, basta que cada país se especialize e
exporte os bens para os quais possua vantagem comparativa.
Suponha, de acordo com a teoria clássica do comércio internacional, dois
países (A e B) que produzem dois produtos (X e Y), usando apenas um fator
de produção (trabalho). As produtividades médias do trabalho (constantes na
produção de ambos os bens e em ambos os países) são apresentadas na
tabela abaixo.
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Nesse contexto, é correto afirmar que o país A deverá
a) exportar o bem X e importar o bem Y.
b) exportar o bem Y e importar o bem X.
c) exportar tanto o bem X como o bem Y.
d) importar tanto o bem X como o bem Y.
e) não comerciar com o país B.
Comentários
Cuidado com o enunciado! Vimos que os países possuem vantagem
comparativa nos produtos que produzem a um menor custo (como menos
horas trabalhadas, menos homens para produzir, menos matéria prima), ou
possuem vantagem comparativa nos produtos em que a produtividade é
maior, ou seja, a relação entre a quantidade produzida por fatores utilizados.
Quanto maior essa relação, maior é a produtividade, maior a eficiência.
Produtos A B
X 2 0,5
Y 1,5 0,67
Países
A questão pergunta a situação do país A. Pela tabela, vemos que A é mais
produtivo em X, por isso, deve exportar o bem X (se especializar em X) e
deixar que B se especialize em Y, e importar o bem Y. letra a
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3. (ESAF – MDIC/2012) De acordo com o modelo de David Ricardo, o
padrão de especialização produtiva de um país e, por consequência, a
composição de sua pauta exportadora está diretamente relacionada à(s)
a) diferenças entre os custos de remuneração do capital em diferentes
indústrias.
b) vantagens relativas determinadas pela produtividade do fator trabalho em
diferentes indústrias.
c) dotação dos fatores de produção.
d) vantagens absolutas derivadas das diferenças na remuneração da mão de
obra.
e) vantagens comparativas relativas determinadas pela produtividade do
capital.
Comentários
a) No modelo clássico de David Ricardo, os custos relativos de produção
referem-se a diferenças tecnológicas (fator trabalho) entre os países, e não se
refere ao fator capital. errado
b) O modelo de Ricardo fala das vantagens relativas determinadas pela
produtividade do trabalho entre países e, consequentemente, entre diferentes
indústrias (ex: vinho em Portugal e têxteis na Inglaterra). certo
c) Vamos ver na próxima aula que a Teoria Heckscher-Ohlin ou Teoria
Neoclássica ou Teoria das Dotações (ou Proporções) dos Fatores é que afirma
que cada país se especializa na produção do bem que utiliza mais o fator de
produção abundante. errado
d) O modelo de David Ricardo (Vantagens Comparativas) refere-se às
vantagens relativas derivadas dos diferentes custos de produção. A teoria das
Vantagens Absolutas é de Adam Smith, onde constata que a fonte da riqueza
das nações é o trabalho, contrariando a ideia mercantilista que atribuía esse
papel à quantidade de metais preciosos existente no território de um país.
errado
e) mesma consideração da letra A. errado
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_________________
4. (ESAF – AFRF/2000) A Teoria de Vantagens Absolutas afirma em quais
condições determinado produto ou serviço poderia ser oferecido com:
a) preços de custo inferiores aos do concorrente.
b) preços de aquisição inferiores aos do concorrente.
c) preço final (CIF) inferiores aos do concorrente.
d) custo de oportunidade maior que as do concorrente.
e) menor eficiência que os do concorrente.
Comentários
a) A Teoria das Vantagens Absolutas afirma que os países devem se
especializar na produção daquilo em que forem mais eficientes. A forma de se
medir essa eficiência é pelo custo de produção. Logo, cada país deve se
especializar na produção dos produtos que tenham menor custo de produção,
ou seja, menor preços de custo menores que os concorrentes. certo
b) Não se trata de preço de aquisição, mas preço de venda. errado
c) O preço CIF é o preço do bem acrescido do custo do frete e seguro
internacional. A teoria não se preocupa com essas questões, independente de
qual o preço negociado, se CIF ou FOB, a vantagem está no menor custo de
produção. errado
d) O custo de oportunidade é um dilema econômico que decorre da noção de
que toda escolha implica em algum tipo de renúncia, introduzido por Haberler.
Esse conceito não tem relação com a Teoria das Vantagens Absolutas, mas sim
com a Teoria das Vantagens Comparativas de Ricardo: a vantagem
comparativa reflete o custo de oportunidade relativa, isto é, a relação entre as
quantidades de um determinado bem que dois países precisam deixar de
produzir para focar sua produção em outro bem. errado
e) Ao contrário, a base da teoria é a maior eficiência na alocação do fator
trabalho. errado
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5. (ESAF - AFRF/2000) A transnacionalização é um fenômeno distinto que,
sutilmente, relega a internacionalização comercial quase a um segundo plano.
Este fenômeno começou a ser percebido a meados dos anos sessenta, quando
o valor da produção das subsidiárias dos grandes conglomerados industriais no
estrangeiro começou a superar o valor do comércio internacional. O auge da
inversão estrangeira direta, que alentou a instalação destas sucursais, deveu-
se a múltiplos fatores: a reconstrução e recuperação de um mundo destruído
pela guerra, o descobrimento da possibilidade de dividir o ciclo produtivo de
maneira muito mais fina do que no passado e a compreensão de que era
possível ter acesso às vantagens comparativas (relativas) peculiares que
ofereciam os diversos países e regiões do mundo. O grande mérito de um
economista foi mostrar que o comércio também seria proveitoso para dois
países, mesmo que um deles tivesse vantagem absoluta sobre o outro na
produção de todas as mercadorias; mas sua vantagem seria maior em alguns
produtos do que em outros. O economista em questão foi:
a) Adam Smith
b) Stephen Kanitz
c) Keneth Galbraith
d) Karl Max
e) David Ricardo
Comentários
A palavras chave comparativa, relativa e a declaração final de que “o grande
mérito de um economista foi mostrar que o comércio também seria proveitoso
para dois países, mesmo que um deles tivesse vantagem absoluta sobre o
outro na produção de todas as mercadorias; mas sua vantagem seria maior
em alguns produtos do que em outros”, indicam que o economista em questão
é David Ricardo. Letra e
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6. (ESAF – AFR/2002) De acordo com a teoria clássica do comércio
internacional, as trocas comerciais entre dois países podem ser vantajosas
mesmo quando um país não usufrua de vantagem absoluta no tocante à
produção de um determinado bem, mas sim de vantagem comparativa, a qual
decorre, segundo Ricardo, de diferenças, entre ambos os países, em relação:
a) à produtividade da mão-de-obra.
b) aos custos das matérias-primas.
c) aos custos de transporte.
d) aos custos de remuneração do capital.
e) à dotação de fatores de produção.
Comentários
No modelo de David Ricardo, o único fator de produção considerado é o
trabalho, ou seja, a produtividade da mão de obra, que é o parâmetro para
medir os custos de produção dos bens. letra a.
_____________
7. (ESAF – AFRFB/2002) Segundo a teoria clássica do comércio
internacional, na concepção de David Ricardo, o comércio entre dois países é
mutuamente benéfico quando:
a) cada país especializa-se na produção de bens nos quais possa empregar a
menor quantidade de trabalho possível, independentemente das condições de
produção e do preço dos mesmos bens no outro país, o que permitirá a ambos
auferir maiores lucros com a exportação do que com a venda daqueles bens
nos respectivos mercados internos.
b) intercambiam-se bens em cuja produção sejam empregadas as mesmas
quantidades de trabalho, o que lhes permite auferir ganhos em virtude de
diferenças, entre esses mesmos países, na dotação dos demais fatores de
produção.
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c) ambos países produzem os bens necessários para o abastecimento de seus
respectivos mercados, obtendo lucros adicionais com a exportação dos
excedentes gerados.
d) cada país especializa-se na produção daqueles bens em que possua
vantagem relativa, importando do outro aqueles bens para os quais o custo de
oportunidade de produção interna seja relativamente maior.
e) a capacidade relativa de produção entre ambos países for semelhante, o
que os leva a procurar obter vantagens absolutas e assim obter ganhos com o
comércio mediante a exportação dos excedentes de produção.
Comentários
a) O item fala na ‘menor quantidade de trabalho possível’, o que equivale ao
custo absoluto de produção. Essa não é a proposta de Ricardo que compara os
custos relativos de produção entre bens. Além disso, não está correto dizer
que os custos independem das condições de produção e do preço dos mesmos
bens no outro país, pois os custos são comparativos entre países também.
errado
b) São trocados bens que não têm necessariamente o mesmo custo em termos
de hora-trabalho, e Ricardo não menciona a dotação de fatores. errado
c) Nenhum país produz todos os bens. Importarão onde forem ineficientes.
errado
d) Essa é exatamante a ideia por trás da teoria de Ricardo: cada país
especializa-se na produção daqueles bens em que possua vantagem relativa,
importando do outro aqueles bens para os quais o custo de oportunidade de
produção interna seja relativamente maior. Ou seja, os países produzem e
exportam os bens cujo custo de oportunidade seja menor e importam os bens
cujo custo de oportunidade na produção seja maior (é mais barato importar
que produzir).
e) As capacidades de produção podem ser totalmente diferentes e são
vantagens relativas, não vantagens absolutas.
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____________________
8. (CESPE- MDIC/2008) A internacionalização crescente do espaço
econômico faz que o estudo da teoria do comércio internacional, incluindo os
aspectos macro e microeconômicos das economias abertas, seja fundamental
para uma inserção adequada no cenário mundial. Acerca desse assunto, julgue
o item abaixo.
De acordo com o modelo ricardiano, as vantagens comparativas, baseadas em
diferenças nos custos de produção, na demanda e na presença de economias
de escala, justificam a existência do livre comércio entre países e se traduzem
em ganhos adicionais para consumidores e produtores domésticos.
Comentários
O modelo de David Ricardo não menciona as diferenças entre as demandas
pelos produtos nem a presença de economias de escala. errado
________________
9. (CESPE- Diplomata/2011) Julgue o item. No modelo ricardiano das
vantagens comparativas, os ganhos do comércio são explicados pelas
diferenças da produtividade marginal relativa do fator trabalho entre os países.
Comentários
O modelo ricardiano das Vantagens Comparativas no comércio internacional
está baseado na teoria clássica do valor do trabalho. De acordo com este
modelo, os custos comparativos são determinados pela produtividade relativa
do fator trabalho. Variações nessa produtividade entre os países adviriam
principalmente de diferenças tecnológicas entre eles. certo
___________________
10. (CESPE- Diplomata/2011) Em A Riqueza das Nações, Adam Smith
critica o mercantilismo, alinhando-se, nesse aspecto, com os fisiocratas
franceses, mas deles se afastando ao sustentar que ao Estado compete
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conduzir e proteger a economia nacional na disputa por mercados com outros
países.
Comentários
A primeira parte da questão está certa, pois Adam Smith sim critica o
mercantilismo. Mas, como defensor do livre comércio, prega a não intervenção
do Estado na economia, deixando que os mercados se autorregulassem. A
única intervenção admitida seria para impedir a existência de monopólios,
atuar em atividades que não despertem interesse da iniciativa privada ou
atividades que sejam fundamentais ao funcionamento do Estado como
segurança, justiça, etc. errado
Respostas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
C A B A E A D Errado Certo Errado
Durante as aulas veremos muito mais! Então, espero vocês na primeira aula!!!
Profa. Julia Olzog
Referências Bibliográficas
- Baumann, Renato; Otaviano, Canuto e Gonçalves, Reinaldo. Economia
Internacional: Teoria e Experiência Brasileira. Editora Campus. Rio de Janeiro,
2004
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- Gontijo, Cláudio. As duas vias do princípio das vantagens comparativas de
David Ricardo e o padrão-ouro: um ensaio crítico. Revista de Economia
Política. 2007
- Krugman, Paul; Obstfeld, Maurice. Economia Internacional: Teoria e Política.
São Paulo, 2010.
- Stelzer, Joana e Gonçalves, Everton das Neves. O Direito Econômico e a
Economia Internacional para o Moderno Comércio Exterior. 2009

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Economia Internacional: Teorias do Comércio

  • 1. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 1 AULA DEMONSTRATIVA Olá alunos, Este curso irá cobrir a matéria Economia Internacional para o cargo de Economista do BNDES. Vamos lá: Meu nome é Julia Olzog, sou economista com especialização em Comércio Exterior e Mestrado em Organismos Internacionais. Também sou bacharel em Direito e fiz um curso sobre os aspectos práticos e legais da Organização Mundial do Comércio – OMC em Genebra, na Suíça. Sou servidora pública federal e trabalho com análise de comércio exterior. Aqui vou abordar temas das quais tenho bastante experiência prática e teórica, trazendo para vocês uma abordagem completa das matérias do edital com destaque para os tópicos de maior relevância que são frequentemente cobrados pelas principais bancas de concursos. São 9 aulas de Economia Internacional, seguindo os tópicos relacionados no edital de 2012. Cronograma 2012: Aula 00 Teorias do comércio internacional: vantagens absolutas e vantagens comparativas. Aula 01 Modelo de Heckscher-Ohlin. Novas abordagens de comércio internacional: rendimentos crescentes e concorrência imperfeita. Aula 02 Vantagens comparativas dinâmicas. Livre-comércio e protecionismo. Instrumentos de política comercial. Aula 03 As regras comerciais no GATT e na OMC Aula 04 Experiências de integração regional: União Européia e Mercosul.
  • 2. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 2 Aula 05 Investimento estrangeiro direto. Aula 06 Paridade coberta e descoberta da taxa de juros. Paridade do poder de compra e taxa de câmbio real. Aula 07 Sistema monetário internacional: padrão-ouro, Bretton-Woods e pós-Bretton Woods. Aula 08 Papel de instituições multilaterais. Aula 09 Novo papel das economias emergentes. Crise econômica global de 2008 e crise européia de 2011: diagnósticos e políticas de superação. Nesta aula inaugural vou abordar as Teorias do comércio internacional: vantagens absolutas e vantagens comparativas. Além da teoria, as aulas trazem exercícios comentados sobre os assuntos abordados que ajudarão melhor na fixação e compreensão da matéria. Na parte de exercícios sempre tem um comentário importante, um complemento da matéria que não foi dado na parte teórica, uma dica, enfim, todo o material foi preparado para ajudar ao máximo no entendimento e fixação do conteúdo!!! Na verdade, eu preparei o meu material da forma como eu, se fosse aluna, gostaria de estudar! Passei num concurso em 2002, e quando eu buscava um material o que eu procurava: 1. Um material que cobrisse todo o edital 2. Com um bom conteúdo e explicações fáceis de entender 3. Que tivesse bastante exercícios para tentar resolver, com os comentários das questões para perceber onde estão os erros e acertos Acho que dessa forma, tentando fazer os exercícios e vendo a explicação, o aluno tem a chance de fixar melhor o conteúdo, pois você está diante de uma questão prática, de como realmente o assunto cai na prova!! Outra coisa que acho importante não é apenas responder a questão e apontar qual é o item certo, mas sim comentar os demais itens da questão
  • 3. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 3 (sempre que possível) para que o aluno tenha uma visão geral da matéria e perceba as pegadinhas da banca. Mas, gente, a matéria é muito extensa, e vocês sabem que sempre escapa uma coisinha aqui e ali, então tentem também buscar informações na internet sobre assuntos que vocês julguem importantes. Mais informação, nunca é demais! Então, preparei tudo pensando em vocês, futuros economistas do BNDES!! Sei que vocês conseguem!! Basta um pouco de dedicação, força de vontade e muito estudo. O salário e os benefícios do Banco são excelentes, então vale a pena se dedicar a isso! E eu sei que você, ALUNO DO PONTO vai chegar lá e nós vamos comemorar juntos! Vamos começar, então? ____________________________ AULA DEMONSTRATIVA Aula 00 Teorias do comércio internacional: vantagens absolutas e vantagens comparativas. 1. Teorias do comércio internacional A teoria do comércio internacional surgiu da necessidade de explicação das trocas internacionais. Remonta aos autores clássicos liberais (com destaque para Adam Smith e David Ricardo) o desenvolvimento de uma análise suscetível de generalização a qualquer país, ou seja, uma teoria do comércio internacional de validade universal.
  • 4. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 4 As teorias clássicas do comércio internacional (como as teorias vantagens absolutas e vantagens comparativas) foram antecedidas pelo Mercantilismo. O Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de políticas econômicas predominantes na Idade Moderna na Europa, entre os séculos XV e XVIII, que preconizava o desenvolvimento econômico por meio do enriquecimento das nações, graças, fundamentalmente, ao comércio exterior. Os mercantilistas preocupavam-se com a acumulação de metais monetários – ouro e prata – que associavam à ideia de riqueza do país. Uma vez que a oferta de ouro era relativamente fixa, acreditavam que um país poderia aumentar o seu estoque de metais monetários à custa dos demais, ou seja, na concepção deste modelo, o comércio internacional tinha ganhos de soma zero – um país ganha à custa do outro – por isso adotavam politica comercial protecionista. As principais características do mercantilismo eram: intervencionismo estatal, protecionismo alfandegário para diminuir as importações, medidas de apoio às exportações, fortalecimento do mercado interno, estímulo a práticas monopolistas. A ideia central era obter uma balança comercial favorável, ou seja, exportar mais do que importar a qualquer custo, para que a entrada de ouro e prata fosse superior à saída. Para os mercantilistas o excedente comercial estava acima de tudo, pois através do excedente comercial as nações obteriam o acúmulo de metais preciosos necessário ao seu enriquecimento. Outra forma de obtenção de metais preciosos e outros bens valiosos muito usada pelos mercantilistas, vinha da exploração das riquezas coloniais. É com o advento do liberalismo econômico que se começa a desenvolver a teoria do comércio internacional, que vamos ver em seguida. Mas, antes de prosseguirmos, convém mencionar um termo usado modernamente como referência ao mercantilismo: é o Neomercantilismo. Esse termo é usado para descrever um regime de política econômica que incentiva as exportações, desencoraja as importações, controla o movimento de capitais e centraliza as decisões monetárias nas mãos de uma autoridade
  • 5. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 5 central. O objetivo das políticas neomercantilistas é aumentar o nível das divisas mantidas pelo governo, permitindo uma política monetária e uma política fiscal mais eficaz. 1.1. Teorias Clássicas A teoria clássica segue, em termos temporais, a teoria Mercantilista. A Escola Clássica do Pensamento Econômico tenta ver as vantagens da existência do Comércio Internacional a partir da resposta a três questões fundamentais: - Explicitação da divisão de trabalho inerente às novas trocas comerciais; - Vantagens para os dois países das trocas comerciais e; - Cálculo das novas razões de trocas, isto é, o preço internacional das trocas comerciais. As duas principais teorias clássicas são as teorias das vantagens absolutas e a das vantagens comparativas. 1.2. Teoria das Vantagens Absolutas Adam Smith é o primeiro teórico do pensamento clássico. Em 1776, Smith publica a sua obra-prima “A riqueza das Nações”, onde constata que a fonte da riqueza das nações é o trabalho. Desta forma, o valor de troca de uma mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho contido nela. Para ele, a falha dos mercantilistas foi não perceber que uma troca poderia beneficiar as duas partes envolvidas, pois uma economia só manterá transações espontâneas com outra se perceber que conseguirá obter vantagens nesse intercâmbio. Ao contrário, Adam Smith considera que o
  • 6. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 6 comércio internacional tem ganhos positivos para os países intervenientes na troca. Smith demonstra as vantagens da livre troca, ao observar que a abertura ao exterior conduz a um ganho importante para os países no intercâmbio comercial e, portanto, também para a economia mundial - originando o aumento global da riqueza. Para usufruir dos benefícios do livre comércio, os países deveriam se especializar de acordo com as suas vantagens absolutas: cada país deve especializar-se nos produtos em que tem vantagens absolutas em termos de custos (ou produtividade), ou seja, em que o número de horas de trabalho requerido para a sua produção é menor. E se o número de horas trabalhadas é menor, isso significa também um menor custo de produção. Os custos diferem-se entre as nações por causa da produtividade do trabalho. Então, um país possui vantagem absoluta quando produz com: menor custo de produção, maior eficiência, maior produtividade, menos horas de trabalho para produzir determinado bem. O excedente de produção (aquilo que excede a capacidade de consumo interno) deveria ser objeto de trocas comerciais com outros países. As ideias de Adam Smith deram fundamento à divisão internacional da produção. A vantagem absoluta poderia advir de recursos naturais (solo, clima, matérias primas), recursos humanos (mão de obra) ou capital. Isso permite o pensamento que alguns países possuem maior vantagem em determinados tipos de indústria do que em outras, de tal forma que tais indústrias devem ser estimuladas de modo que a vantagem absoluta seja utilizada. No caso do Brasil, país com amplas reservas minerais de ferro, a indústria siderúrgica é uma candidata natural à posição de indústria com vantagem absoluta, de modo que, em princípio, as fontes mais acessíveis de matéria prima fariam dela uma competidora mais eficiente no mercado internacional. A teoria das vantagens absolutas pode ser facilmente compreendida com base num exemplo numérico. Considere dois bens - camisa e sapato - produzidos por dois países X e Y:
  • 7. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 7 Número de horas para produção de mercadorias País Para produzir uma camisa Para produção de um sapato X 10 40 Y 15 25 Horas Necessárias A partir da tabela, observa-se que o país X tem vantagem absoluta na produção de camisas e o país Y, na produção de sapatos. Ou seja, cada um gasta respectivamente menos horas para produzir o bem em que se especializaram. Na verdade, isso equivale a dizer que X produz camisas com menor custo (maior eficiência) ou, dito de outro modo, a produtividade de X em camisas é maior. Por isso, diz-se que X tem uma vantagem absoluta em camisas, pelo que deve especializar-se completamente na sua produção. Por sua vez o país Y é absolutamente mais eficiente para produzir sapatos devendo, então especializar-se completamente na sua produção. Assim, os países irão se especializar nos produtos em que são mais eficientes e exportar seu excedente de produção: o que não for consumido no mercado interno será ofertado no mercado externo. Deste modo, ambas as partes saem ganhando com o comércio. Os países irão concentrar seus recursos nos bens que produzem mais eficientemente (a um custo menor) e irão adquirir os produtos em que não produzem de forma eficiente a preços menores no mercado internacional. Isso aplicado a todos os países resultaria no aumento da produção e da riqueza das nações, fazendo com que as mesmas atingissem um nível ótimo de bem estar, já que o mundo teria se transformado em um único mercado, com os bens sendo negociados a preços mínimos e com melhor qualidade, independentemente do país onde fossem produzidos. Adam Smith era um defensor do livre comércio e seu principal objetivo ao propor a livre troca, era a abertura dos mercados internacionais aos
  • 8. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 8 produtos industriais ingleses. Desse modo, a Inglaterra deixaria de estar limitada ao seu mercado doméstico - que era pequeno para absorver toda sua produção - e teria espaço para avançar na sua industrialização escoando (exportando) a sua produção para o mundo. Sendo um modelo de livre comércio, o Estado deveria abster-se de intervir na economia, deixando que os mercados se autorregulassem1 . Apenas interviria para impedir a existência de monopólios, ou em atividades que não despertem interesse da iniciativa privada. No entanto, embora a proposição de Smith seja válida como uma das explicações para o comércio entre nações, ela não é suficiente para compreender a realidade atual do comércio internacional. Uma das críticas ao modelo refere-se ao fato de a teoria das Vantagens Absolutas ter sido formulada com base na teoria do valor trabalho, no qual os custos e preços das mercadorias seriam definidos principalmente por conta das horas necessárias para se realizar a produção. Na verdade, outros fatores entram na composição de custos de um produto, como a disponibilidade de matéria-prima e de capital. Outra crítica é que, pelo modelo de Smith, países que não possuem vantagem absoluta em nenhum bem (ineficiência absoluta), não poderiam participar do comércio global ofertando seus produtos, o que não é verdade na prática. Esta limitação foi discutida por David Ricardo, que aprimorou a teoria das vantagens absolutas, propondo a teoria das Vantagens Comparativas. Como veremos de seguida, Ricardo mostrou que ainda que um país apresente maior eficiência na produção de todos os bens (ou não apresente maior eficiência na produção de nenhum bem), poderá haver vantagens com a livre troca para os países intervenientes no comércio externo. 1.3. Teoria das Vantagens Comparativas: o modelo ricardiano de vantagens comparativas 1 Adam Smith pregava, assim, a existência da “mão invisível” do mercado.
  • 9. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 9 David Ricardo (1817) tentou mostrar que mesmo quando um país fosse absolutamente menos eficiente a produzir todos os bens, continuaria a participar no comércio internacional ao produzir e exportar os bens que produzisse de forma relativamente mais eficiente. Assim, o modelo Ricardiano é referido como o modelo das Vantagens Comparativas ou Relativas ou ainda Teoria dos Custos Comparados. Para ele, o livre comércio pode ser mutuamente benéfico, pois o comércio internacional não é um jogo de soma zero (como pensavam os mercantilistas), onde os ganhos de um país equivalem às perdas do outro. Na verdade, todos podem se beneficiar com o comércio internacional, na medida em que ele permite que os países se especializem na produção e exportação das mercadorias que conseguem produzir, comparativamente, de forma mais eficiente. Isso quer dizer que mesmo que um país X fosse mais eficiente na produção de dois produtos, ainda assim valeria a pena comercializar com o exterior (país Y), devendo o país X se especializar na produção do bem em que fosse mais eficiente. Por outro lado, o país Y, menos eficiente na produção dos dois produtos, deveria se especializar na fabricação daquele em que fosse menos ineficiente. Um exemplo: se o Brasil for relativamente mais produtivo na produção de minérios do que na produção de computadores e na China ocorrer o contrário, seria mais interessante que o Brasil utilizasse todos os seus recursos para produzir minérios e utilizasse o dinheiro obtido com a exportação de minérios para comprar computadores da China. Com a abertura comercial, as pessoas que trabalhavam fabricando computadores de forma ineficiente passariam a trabalhar na produção de minérios. Desta forma, o comércio internacional faz com que os países fiquem mais ricos e que as pessoas possam consumir produtos mais baratos do mundo todo. Dessa forma, o modelo de Ricardo prevê uma direção para o comércio exterior: os países exportarão os bens nos quais têm maior produtividade
  • 10. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 10 relativa do trabalho (têm vantagem comparativa na sua produção) e importarão os bens nos quais apresentam menor produtividade relativa do trabalho (não têm vantagem comparativa na sua produção). Ou seja, cada país deveria dedicar-se ou especializar-se nos produtos em que seus custos comparativos fossem menores. As tecnologias são diferentes entre os países, ou seja, as técnicas de produção diferem entre países. Vamos ver o exemplo usado por Ricardo para explicar sua teoria: Número de horas para produção de mercadorias País Para produzir 1 unidade de tecido Para produzir 1 unidade vinho Portugal 90 80 Inglaterra 100 120 Horas Necessárias A partir do exemplo acima, pode-se notar que Portugal tem vantagem absoluta na produção de tecidos e vinhos em relação à Inglaterra, pois necessita de menos horas que a Inglaterra, para produzir ambas as mercadorias. Então, no contexto da teoria das vantagens absolutas, o comércio entre os dois países seria nulo, uma vez que Portugal é absolutamente mais eficiente na produção de ambos os bens, não havendo da sua parte qualquer interesse na troca. Mas a análise de Ricardo mostra que a Inglaterra tem menor desvantagem competitiva em relação a tecidos do que a vinhos (precisa de menos horas para produzir 1 unidade de tecido do que para produzir 1 unidade de vinho). Assim, conviria à Inglaterra dedicar-se à produção de tecidos e deixar a produção de vinhos para Portugal, porque, de acordo com Ricardo, especializar-se na produção de uma mercadoria seria mais vantajoso do que dividir o capital existente para a produção das duas mercadorias. Vale lembrar que não se trata da eficiência do país, mas da eficiência na produção de determinados bens.
  • 11. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 11 Todavia, os benefícios da especialização e do comércio podem ser melhor observados ao se comparar a situação sem (economia fechada) e com comércio internacional (economia aberta). Sem comércio internacional, na Inglaterra são necessárias 100 horas de trabalho para a produção de 1 unidade de tecido e 120 horas para a produção de 1 unidade de vinho. Desse modo, uma unidade de vinho deve custar 1,2 unidade de tecido (120/ 100). Por outro lado, em Portugal, essa unidade de vinho custará 0,88 unidade de tecido (80/90). Se houver comércio entre os países, a Inglaterra poderá importar 1 unidade de vinho por um preço inferior a 1,2 unidade de tecido, e Portugal poderá comprar mais que 0,88 unidade de tecido vendendo seu vinho. País Tecido Vinho Portugal 1,125 0,88 Inglaterra 0,83 1,2 Custos relativos Assim, por exemplo, se a relação de troca entre o vinho e o tecido for de 1 para 1, ambos os países sairão beneficiados. A Inglaterra em autarquia (economia fechada) gasta 120 horas de trabalho para obter 1 unidade de vinho; com o comércio com Portugal, poderá utilizar apenas 100 horas de trabalho, produzir 1 unidade de tecido e trocá-la por 1 unidade de vinho, poupando, portanto, 20 horas de trabalho, que poderiam ser utilizadas produzindo mais tecidos (obtendo, assim, um maior nível de consumo). O mesmo raciocínio vale para Portugal: em vez de gastar 90 horas produzindo 1 unidade de tecido, poderia usar apenas 80 produzindo 1 unidade de vinho e troca-la no mercado internacional por 1 unidade de tecido, também economizando 10 horas de trabalho. Desse modo, a Inglaterra deverá se especializar na produção de tecidos, exportando-os e importando vinho de Portugal, que se especializou em tal produção e passou a importar tecidos.
  • 12. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 12 Conclui-se, portanto, que dada uma certa quantidade de recursos (fatores de produção2 ), um país poderá obter ganhos através do comércio internacional, produzindo aqueles bens que gerarem comparativamente mais vantagens relativas. No modelo ricardiano, os custos de produção estão baseados unicamente na produtividade do trabalho. Assim, os países se especializarão e exportarão na produção de bens que o seu trabalho produz de forma relativamente eficiente (ou seja, utiliza menos recursos) e importarão bens que seu trabalho produz de forma comparativamente ineficiente. O comércio entre as nações, livre de entraves governamentais, aumentaria a riqueza de todos. A imposição de barreiras poderia prejudicar a alocação ótima dos recursos de produção, e possivelmente geraria um custo muito grande para o país, por manter uma indústria ineficiente funcionando. O modelo de Ricardo é o que melhor explica as trocas internacionais e é utilizado até hoje. Mas, também sofre algumas críticas: assim como a teoria de Smith, estipulava que as relações de valor entre dois bens eram determinadas pelas quantidades de trabalho incorporadas na produção de cada bem. Ou seja, esta pré condição ignorava o papel das matérias-primas e dos investimentos como fatores de produção, analisando apenas a força de trabalho. Também não leva em conta a distribuição de renda gerada pelo comércio, não considera os ganhos de escala como uma explicação ao comércio internacional e não considera a evolução das estruturas da oferta e da demanda. Pontos em comum entre as 2 teorias (vantagens absolutas e comparativas): (i) existe um único fator de produção, o trabalho; (ii) a produtividade do trabalho nos vários países é diferente; 2 Recursos ou fatores de produção são trabalho (mão de obra, horas trabalhadas), terra, capital, matéria prima, energia
  • 13. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 13 (iii) os custos de produção são constantes; i.e., o número de horas de trabalho por unidade de produto não se altera com a quantidade produzida, nem com o tempo; (iv) o trabalho é perfeitamente móvel entre indústrias de um mesmo país, mas imóvel entre países; (v) existe pleno emprego; (vi) existem rendimentos constantes de escala; (vii) no livre comércio não há quaisquer impedimentos ao comércio (ausência de tarifas e custos de transporte nulos); (viii) os mercados são de concorrência perfeita. E as diferenças? A diferença básica entre as teorias de Smith e Ricardo é que pela primeira (vantagens absolutas), o comércio internacional não seria proveitoso para dois países se um deles fosse mais eficiente que o outro na produção de todos os bens e pela segunda (vantagens comparativas) mesmo que um país seja mais eficiente na produção de todos os bens, o comércio internacional ainda assim seria benéfico. Mas a palavra-chave mesmo é absoluto x comparativo ou relativo!! Sempre que cair uma questão ligando a teoria de Ricardo com a palavra absoluto(a) está errado! Vamos ver um exemplo? Essa questão caiu na última prova do MDIC/ Analista de Comércio Exterior (ESAF) de 2012!! “De acordo com o modelo de David Ricardo, o padrão de especialização produtiva de um país e, por consequência, a composição de sua pauta exportadora está diretamente relacionada à(s) d) vantagens absolutas derivadas das diferenças na remuneração da mão de obra. Errado!! 2 erros: a palavra 'absolutas' (certo é comparativas ou relativas) e remuneração da mão de obra (é produtividade da mão de obra/trabalho). Essa questão está resolvida na parte de exercícios. Ganhos de comércio
  • 14. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 14 Vimos no modelo de Ricardo que os países devem se especializar na produção dos bens em que possuem maior vantagem na produção na comparação com outros países. Na verdade, isso quer dizer o seguinte: as vantagens comparativas não se baseiam apenas na eficiência de um país (como pensava Smith), mas sim na ineficiência deste na produção de um bem. Por isso a eficiência é relativa. Mas, como se determinam os ganhos de comércio entre países que se especializaram? Vamos dar um exemplo: Antes da especialização, a produção da economia como um todo era de 80 mil unidades de vinho e 40 mil unidades de tecido, totalizando 120 mil unidades. Apos a especialização, a produção de vinhos aumentou para 90 mil (os 1000 trabalhadores em Portugal que faziam tecidos passam a fazer vinhos, dobrando a produção) e a produção de tecidos no mundo aumentou para 40 (os 1000 trabalhadores na Inglaterra que faziam vinhos passam a fazer tecidos, dobrando a produção) = 130 mil unidades. A especialização foi benéfica para ambos os países e para o mundo, que ganhou em bem estar com o aumento da produção. Mas, nem sempre a especialização será um bom negocio para os países envolvidos nas trocas. Para saber se haverá vantagem na especialização, precisamos calcular os ganhos de comércio. Suponha que uma unidade de vinho custe $1 e uma unidade de tecido custe $1 (preço relativo Pv/Pt =1). Assim, sem especialização, Portugal fatura $65 mil e a Inglaterra fatura $55 mil. Com especialização, Portugal passa a vender $90 mil e a Inglaterra $40 mil. Nesse caso, houve ganho de comércio
  • 15. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 15 apenas para Portugal, que aumentou o faturamento de 65 para 90 mil. Mas, para a Inglaterra, com o preço de $1 o tecido, a especialização não valeu a pena, pois seus ganhos diminuíram. Agora, suponha que uma unidade de vinho custe $1 e uma unidade de tecido custe $2 (preço relativo Pv/Pt =0,5). Sem especialização: Portugal fatura $85 mil e a Inglaterra fatura $75 mil. Com especialização, Portugal passa a vender $90 mil e a Inglaterra $80 mil. A esse preço ($1 vinho e $2 tecido) a especialização foi vantajosa para ambos os países. Agora, 1 unidade de vinho custa $1 e 1 unidade de tecido custa $3 (preço relativo Pv/Pt = 0,33). Sem especialização: Portugal fatura $105 mil e a Inglaterra fatura $95 mil. Com especialização, Portugal passa a vender $90 mil e a Inglaterra $120 mil. A esse preço ($1 vinho e $3 tecido) a especialização foi vantajosa apenas para a Inglaterra. Com isso, percebemos que a repartição dos ganhos do comércio é determinada pelos preços relativos dos bens no mercado internacional. 1.4. Custo de Oportunidade Como o modelo das vantagens comparativas leva em conta apenas o fator trabalho como determinante do custo de produção, isso acaba sendo um limite à explicação do comércio internacional. Nos anos 30, Gottfried Haberler impediu que a teoria das vantagens comparativas fosse rejeitada, libertando-a da hipótese restritiva da teoria do valor trabalho. Para tal releu a teoria das vantagens comparativas de David Ricardo à luz da sua teoria dos custos de oportunidade, isto é, em vez do custo do trabalho, o conceito de custo utilizado é o de custo de oportunidade dos bens. Isso permite considerar todos os fatores de produção e não apenas o fator trabalho. Custo de oportunidade decorre quando a especialização na produção de determinado bem leva à renúncia na produção de outro bem, ou seja, a maior
  • 16. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 16 quantidade produzida de um produto corresponde a menor quantidade produzida de outro. A vantagem comparativa reflete o custo de oportunidade relativo, isto é, a relação entre as quantidades de um determinado bem que dois países precisam deixar de produzir para focar sua produção em outro bem. Haberler desenvolveu a teoria dos custos de oportunidade utilizando a curva de possibilidades de produção ou de substituição de produtos - o custo de produção de um dado bem é igual a quantidade que se deixa de produzir de outro bem em função da utilização de fatores para produzir o primeiro bem. Suponha: Curva de possibilidades de produção (CPP) de Portugal Vinho Tecido Considere a CPP representada acima, de um produtor em Portugal que pode escolher entre produzir apenas vinho, apenas tecido ou ainda uma combinação dos dois bens. Se ele se dedicar apenas à produção de vinho, consegue produzir 100 unidades (ponto A). Caso opte por produzir apenas tecido, consegue produzir 80 unidades (ponto E). As demais combinações estão representadas por todos os demais pontos existentes ao longo da reta traçada (pontos B, C e D). Se o produtor se encontrasse na situação do ponto A, produzindo exclusivamente vinho, e caminhasse para o ponto B, pode-se observar que ocorreria o seguinte: - A produção de vinho diminuiria de 100 unidades para 75 unidades; e - A produção de tecido aumentaria de 0 unidades para 20 unidades.
  • 17. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 17 Dessa maneira, pode-se dizer que o produtor abriu mão de produzir 25 unidades de vinho (redução de 100 para 75) para passar a produzir 20 unidades a mais de tecido (aumento de 0 para 20). Essas combinações de produção mostram o conceito por trás do custo de oportunidade: o quanto se perde da produção da mercadoria X ao se aumentar em uma unidade a produção de Y. Vamos ver um exemplo: País Tecido, produção em unidades Vinho, produção em unidades Portugal 2 /hora 4 /hora Inglaterra 8 /hora 5 /hora No exemplo acima, o custo de oportunidade de Portugal em produzir 2 unidades de tecido é 4 unidades de vinho. Fazendo uma regra de 3: Tecido Vinho 2 4 1 X X= 4/2 = 2 Assim, para cada unidade de tecido produzida, Portugal deixa de fabricar 2 vinhos. Então, seu custo de oportunidade de tecido é de 2. Tecido Vinho Portugal 4/2 = 2 2/4 = 0,5 Inglaterra 5/8 = 0,625 8/5 = 1,6 custo de oportunidade País Nesse caso, Portugal tem vantagem comparativa em vinho dado que para produzir uma unidade adicional de vinho tem que sacrificar apenas 0,5 unidade de tecido (ou seja, Portugal sacrifica uma menor quantidade de tecido que a Inglaterra). Inglaterra tem vantagem comparativa em tecido dado que
  • 18. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 18 para produzir uma unidade adicional de tecido tem que sacrificar apenas 0,6 unidade de vinho (enquanto que Portugal sacrifica duas). Portugal: custo de oportunidade do vinho em termos do tecido é mais baixo que na Inglaterra Inglaterra: custo de oportunidade do tecido em termos do vinho é mais baixo que em Portugal Assim, os países devem se especializar na produção de bens em que possuam menor custo de oportunidade, ou seja, maior eficiência relativa. EXERCÍCIOS 1. (Cesgranrio – BNDES/2009) Suponha que os custos de produção (em termos de unidades de trabalho) de vinho e de tecido na Inglaterra e em Portugal sejam conforme a tabela abaixo. Assim, por exemplo, para produzir uma unidade de vinho em Portugal são usadas 10 unidades de trabalho; e na Inglaterra, 50 unidades de trabalho. Pode-se, então, afirmar que a) a Inglaterra tem vantagem absoluta em ambas as indústrias. b) Portugal tem vantagem comparativa em vinho e em tecido. c) Portugal tem vantagem comparativa em vinho e a Inglaterra, em tecido. d) Portugal tem vantagem absoluta em vinho, mas não em tecido. e) Portugal tenderia a se especializar na produção de tecido e a Inglaterra, em vinho, caso se abrisse o comércio entre os dois países.
  • 19. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 19 Comentários Para responder essa questão, precisamos demonstrar os custos relativos de produção entre os 2 bens nos 2 países: País Vinho Tecido Portugal 10/20 = 0,5 20/10 = 2 Inglaterra 50/50 = 1 50/50 = 1 Custos relativos Portugal tem um custo mais baixo (custo relativo) para produzir vinho (0,5) em relação a tecido e em relação a Inglaterra, o que mostra que Portugal tem vantagem comparativa na produção de vinho. Já a Inglaterra, mesmo tendo custos iguais entre os produtos, possui custo mais baixo para produzir tecido (1) em relação a Portugal (2), o que mostra que a Inglaterra tem vantagem comparativa na produção de tecido, devendo, portanto, Portugal se especializar na produção de vinho e a Inglaterra na produção de tecido. letra c ________________ 2. (Unama – Economista/2006) Em 1817, David Ricardo publicou seu livro Princípios de Economia Política e Tributação, onde apresenta a teoria das vantagens comparativas. De acordo com ela, o comércio internacional pode ser benéfico para dois países, mesmo quando um deles é mais eficiente na produção de todos os bens. Para isso, basta que cada país se especialize e exporte os bens para os quais possua vantagem comparativa. Suponha, de acordo com a teoria clássica do comércio internacional, dois países (A e B) que produzem dois produtos (X e Y), usando apenas um fator de produção (trabalho). As produtividades médias do trabalho (constantes na produção de ambos os bens e em ambos os países) são apresentadas na tabela abaixo.
  • 20. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 20 Nesse contexto, é correto afirmar que o país A deverá a) exportar o bem X e importar o bem Y. b) exportar o bem Y e importar o bem X. c) exportar tanto o bem X como o bem Y. d) importar tanto o bem X como o bem Y. e) não comerciar com o país B. Comentários Cuidado com o enunciado! Vimos que os países possuem vantagem comparativa nos produtos que produzem a um menor custo (como menos horas trabalhadas, menos homens para produzir, menos matéria prima), ou possuem vantagem comparativa nos produtos em que a produtividade é maior, ou seja, a relação entre a quantidade produzida por fatores utilizados. Quanto maior essa relação, maior é a produtividade, maior a eficiência. Produtos A B X 2 0,5 Y 1,5 0,67 Países A questão pergunta a situação do país A. Pela tabela, vemos que A é mais produtivo em X, por isso, deve exportar o bem X (se especializar em X) e deixar que B se especialize em Y, e importar o bem Y. letra a _______________
  • 21. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 21 3. (ESAF – MDIC/2012) De acordo com o modelo de David Ricardo, o padrão de especialização produtiva de um país e, por consequência, a composição de sua pauta exportadora está diretamente relacionada à(s) a) diferenças entre os custos de remuneração do capital em diferentes indústrias. b) vantagens relativas determinadas pela produtividade do fator trabalho em diferentes indústrias. c) dotação dos fatores de produção. d) vantagens absolutas derivadas das diferenças na remuneração da mão de obra. e) vantagens comparativas relativas determinadas pela produtividade do capital. Comentários a) No modelo clássico de David Ricardo, os custos relativos de produção referem-se a diferenças tecnológicas (fator trabalho) entre os países, e não se refere ao fator capital. errado b) O modelo de Ricardo fala das vantagens relativas determinadas pela produtividade do trabalho entre países e, consequentemente, entre diferentes indústrias (ex: vinho em Portugal e têxteis na Inglaterra). certo c) Vamos ver na próxima aula que a Teoria Heckscher-Ohlin ou Teoria Neoclássica ou Teoria das Dotações (ou Proporções) dos Fatores é que afirma que cada país se especializa na produção do bem que utiliza mais o fator de produção abundante. errado d) O modelo de David Ricardo (Vantagens Comparativas) refere-se às vantagens relativas derivadas dos diferentes custos de produção. A teoria das Vantagens Absolutas é de Adam Smith, onde constata que a fonte da riqueza das nações é o trabalho, contrariando a ideia mercantilista que atribuía esse papel à quantidade de metais preciosos existente no território de um país. errado e) mesma consideração da letra A. errado
  • 22. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 22 _________________ 4. (ESAF – AFRF/2000) A Teoria de Vantagens Absolutas afirma em quais condições determinado produto ou serviço poderia ser oferecido com: a) preços de custo inferiores aos do concorrente. b) preços de aquisição inferiores aos do concorrente. c) preço final (CIF) inferiores aos do concorrente. d) custo de oportunidade maior que as do concorrente. e) menor eficiência que os do concorrente. Comentários a) A Teoria das Vantagens Absolutas afirma que os países devem se especializar na produção daquilo em que forem mais eficientes. A forma de se medir essa eficiência é pelo custo de produção. Logo, cada país deve se especializar na produção dos produtos que tenham menor custo de produção, ou seja, menor preços de custo menores que os concorrentes. certo b) Não se trata de preço de aquisição, mas preço de venda. errado c) O preço CIF é o preço do bem acrescido do custo do frete e seguro internacional. A teoria não se preocupa com essas questões, independente de qual o preço negociado, se CIF ou FOB, a vantagem está no menor custo de produção. errado d) O custo de oportunidade é um dilema econômico que decorre da noção de que toda escolha implica em algum tipo de renúncia, introduzido por Haberler. Esse conceito não tem relação com a Teoria das Vantagens Absolutas, mas sim com a Teoria das Vantagens Comparativas de Ricardo: a vantagem comparativa reflete o custo de oportunidade relativa, isto é, a relação entre as quantidades de um determinado bem que dois países precisam deixar de produzir para focar sua produção em outro bem. errado e) Ao contrário, a base da teoria é a maior eficiência na alocação do fator trabalho. errado
  • 23. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 23 _____________ 5. (ESAF - AFRF/2000) A transnacionalização é um fenômeno distinto que, sutilmente, relega a internacionalização comercial quase a um segundo plano. Este fenômeno começou a ser percebido a meados dos anos sessenta, quando o valor da produção das subsidiárias dos grandes conglomerados industriais no estrangeiro começou a superar o valor do comércio internacional. O auge da inversão estrangeira direta, que alentou a instalação destas sucursais, deveu- se a múltiplos fatores: a reconstrução e recuperação de um mundo destruído pela guerra, o descobrimento da possibilidade de dividir o ciclo produtivo de maneira muito mais fina do que no passado e a compreensão de que era possível ter acesso às vantagens comparativas (relativas) peculiares que ofereciam os diversos países e regiões do mundo. O grande mérito de um economista foi mostrar que o comércio também seria proveitoso para dois países, mesmo que um deles tivesse vantagem absoluta sobre o outro na produção de todas as mercadorias; mas sua vantagem seria maior em alguns produtos do que em outros. O economista em questão foi: a) Adam Smith b) Stephen Kanitz c) Keneth Galbraith d) Karl Max e) David Ricardo Comentários A palavras chave comparativa, relativa e a declaração final de que “o grande mérito de um economista foi mostrar que o comércio também seria proveitoso para dois países, mesmo que um deles tivesse vantagem absoluta sobre o outro na produção de todas as mercadorias; mas sua vantagem seria maior em alguns produtos do que em outros”, indicam que o economista em questão é David Ricardo. Letra e ___________________
  • 24. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 24 6. (ESAF – AFR/2002) De acordo com a teoria clássica do comércio internacional, as trocas comerciais entre dois países podem ser vantajosas mesmo quando um país não usufrua de vantagem absoluta no tocante à produção de um determinado bem, mas sim de vantagem comparativa, a qual decorre, segundo Ricardo, de diferenças, entre ambos os países, em relação: a) à produtividade da mão-de-obra. b) aos custos das matérias-primas. c) aos custos de transporte. d) aos custos de remuneração do capital. e) à dotação de fatores de produção. Comentários No modelo de David Ricardo, o único fator de produção considerado é o trabalho, ou seja, a produtividade da mão de obra, que é o parâmetro para medir os custos de produção dos bens. letra a. _____________ 7. (ESAF – AFRFB/2002) Segundo a teoria clássica do comércio internacional, na concepção de David Ricardo, o comércio entre dois países é mutuamente benéfico quando: a) cada país especializa-se na produção de bens nos quais possa empregar a menor quantidade de trabalho possível, independentemente das condições de produção e do preço dos mesmos bens no outro país, o que permitirá a ambos auferir maiores lucros com a exportação do que com a venda daqueles bens nos respectivos mercados internos. b) intercambiam-se bens em cuja produção sejam empregadas as mesmas quantidades de trabalho, o que lhes permite auferir ganhos em virtude de diferenças, entre esses mesmos países, na dotação dos demais fatores de produção.
  • 25. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 25 c) ambos países produzem os bens necessários para o abastecimento de seus respectivos mercados, obtendo lucros adicionais com a exportação dos excedentes gerados. d) cada país especializa-se na produção daqueles bens em que possua vantagem relativa, importando do outro aqueles bens para os quais o custo de oportunidade de produção interna seja relativamente maior. e) a capacidade relativa de produção entre ambos países for semelhante, o que os leva a procurar obter vantagens absolutas e assim obter ganhos com o comércio mediante a exportação dos excedentes de produção. Comentários a) O item fala na ‘menor quantidade de trabalho possível’, o que equivale ao custo absoluto de produção. Essa não é a proposta de Ricardo que compara os custos relativos de produção entre bens. Além disso, não está correto dizer que os custos independem das condições de produção e do preço dos mesmos bens no outro país, pois os custos são comparativos entre países também. errado b) São trocados bens que não têm necessariamente o mesmo custo em termos de hora-trabalho, e Ricardo não menciona a dotação de fatores. errado c) Nenhum país produz todos os bens. Importarão onde forem ineficientes. errado d) Essa é exatamante a ideia por trás da teoria de Ricardo: cada país especializa-se na produção daqueles bens em que possua vantagem relativa, importando do outro aqueles bens para os quais o custo de oportunidade de produção interna seja relativamente maior. Ou seja, os países produzem e exportam os bens cujo custo de oportunidade seja menor e importam os bens cujo custo de oportunidade na produção seja maior (é mais barato importar que produzir). e) As capacidades de produção podem ser totalmente diferentes e são vantagens relativas, não vantagens absolutas.
  • 26. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 26 ____________________ 8. (CESPE- MDIC/2008) A internacionalização crescente do espaço econômico faz que o estudo da teoria do comércio internacional, incluindo os aspectos macro e microeconômicos das economias abertas, seja fundamental para uma inserção adequada no cenário mundial. Acerca desse assunto, julgue o item abaixo. De acordo com o modelo ricardiano, as vantagens comparativas, baseadas em diferenças nos custos de produção, na demanda e na presença de economias de escala, justificam a existência do livre comércio entre países e se traduzem em ganhos adicionais para consumidores e produtores domésticos. Comentários O modelo de David Ricardo não menciona as diferenças entre as demandas pelos produtos nem a presença de economias de escala. errado ________________ 9. (CESPE- Diplomata/2011) Julgue o item. No modelo ricardiano das vantagens comparativas, os ganhos do comércio são explicados pelas diferenças da produtividade marginal relativa do fator trabalho entre os países. Comentários O modelo ricardiano das Vantagens Comparativas no comércio internacional está baseado na teoria clássica do valor do trabalho. De acordo com este modelo, os custos comparativos são determinados pela produtividade relativa do fator trabalho. Variações nessa produtividade entre os países adviriam principalmente de diferenças tecnológicas entre eles. certo ___________________ 10. (CESPE- Diplomata/2011) Em A Riqueza das Nações, Adam Smith critica o mercantilismo, alinhando-se, nesse aspecto, com os fisiocratas franceses, mas deles se afastando ao sustentar que ao Estado compete
  • 27. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 27 conduzir e proteger a economia nacional na disputa por mercados com outros países. Comentários A primeira parte da questão está certa, pois Adam Smith sim critica o mercantilismo. Mas, como defensor do livre comércio, prega a não intervenção do Estado na economia, deixando que os mercados se autorregulassem. A única intervenção admitida seria para impedir a existência de monopólios, atuar em atividades que não despertem interesse da iniciativa privada ou atividades que sejam fundamentais ao funcionamento do Estado como segurança, justiça, etc. errado Respostas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 C A B A E A D Errado Certo Errado Durante as aulas veremos muito mais! Então, espero vocês na primeira aula!!! Profa. Julia Olzog Referências Bibliográficas - Baumann, Renato; Otaviano, Canuto e Gonçalves, Reinaldo. Economia Internacional: Teoria e Experiência Brasileira. Editora Campus. Rio de Janeiro, 2004
  • 28. N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N om e99999999999 N o m e 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 O conteúdo deste curso é de uso exclusivo de Nome99999999999, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação e distribuição, sujeitando-se os infratores à responsabilização civil e criminal. ECONOMIA INTERNACIONAL – BNDES/TEORIA E EXERCÍCIOS Profa. Julia Olzog Profa. Julia Olzog www.pontodosconcursos.com.br Página 28 - Gontijo, Cláudio. As duas vias do princípio das vantagens comparativas de David Ricardo e o padrão-ouro: um ensaio crítico. Revista de Economia Política. 2007 - Krugman, Paul; Obstfeld, Maurice. Economia Internacional: Teoria e Política. São Paulo, 2010. - Stelzer, Joana e Gonçalves, Everton das Neves. O Direito Econômico e a Economia Internacional para o Moderno Comércio Exterior. 2009