1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (UNIRIO)
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS (CCH)
DEPARTAMENTO DE BIBLIOTECONOMIA (DEPB)
Formação e Desenvolvimento de Coleções
(Slides baseados na literatura do Programa da Disciplina)
25ª revisão e atualização
Simone R. Weitzel
2020/1
2. 1 Introdução ao tema
Sumário
3.1 Conceitos e considerações gerais
2 Formação e Desenvolvimento de
coleções
2.1 Conceitos de Administração e de
Formação e Desenvolvimento de
coleções
2.1.1 Funções da Administração
2.1.2 Planejamento estratégico
2.1.3 Conceitos, características e
funções de FDC
2.2 Estudos teóricos internacionais
2.3 Estudos teóricos nacionais
2.4 DC como processo e política
2.5 Modelos de Políticas de
desenvolvimento de coleções
2.6 Estrutura para formação de coleções
e Diagnóstico
2.7 Estudo da comunidade
3 Seleção de materiais
3.2 Organização do processo de seleção
3.2.1 Responsáveis pela seleção:
comissão de seleção, bibliotecários e
usuários
3.2.2 Mecanismos de identificação e
registro
3.2.3 Política de seleção
3.2.3.1 Critérios de seleção
3.2.3.2 Instrumentos e fontes de seleção
3.3 Seleção e censura
4 Aquisição: considerações gerais
4.1 Conceitos e tipos de aquisição
4.2 Impacto do paradigma digital
4.3 O bibliotecário e a ética
4.4 Organização do processo de
aquisição
3. Sumário (continuação)
4.4.1 Compra
4.4.1.1 Previsão orçamentária
4.4.1.2 Procedimentos para compra
4.4.1.3 Legislação
4.4.2 Permuta
4.4.3 Doação
4. 5 Instrumentos e fontes de
aquisição
4.6 Políticas
4.7 Cooperação
5 Avaliação de coleções
5.1 Conceitos e objetivos
5.1.1 Conceitos
5.1.2 Objetivos
5.2 Técnicas e Metodologias
6 Desbastamento
6.1 Conceitos e objetivos
6.2 Critérios, Métodos e Técnicas
7 Tópicos especiais
7.1 Conservação e Preservação
7.2 Direitos autorais
4. O QUE É FDC?
É um processo que envolve as seguintes atividades:
• Estudo ou análise da comunidade (perfil da
comunidade)
• Política e processo de seleção
• Política e processo de aquisição
• Política e processo de Avaliação de Coleções
• Política e processo de desbastamento (incluindo o
descarte)
(VERGUEIRO, 1989, p. 17)
(MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 16)
UNIDADE 1: Introdução ao tema
5. Definições de Evans
• “Definimos desenvolvimento de coleções como um processo
de identificação das fortalezas e fraquezas das coleções de
uma biblioteca em termos das necessidades dos usuários e
dos recursos da comunidade, na tentativa de corrigir as
fraquezas existentes, se houver” (2000, p. 15).
• “é um processo que vai de encontro às necessidades dos
usuários de uma comunidade de forma rápida e econômica
utilizando recursos informacionais locais, assim como de
outras instituições” (2000, p.15-16).
• Comentários sobre as definições: o ponto de partida é a
análise da comunidade – não apenas os usuários reais mas,
principalmente, os usuários potenciais. 5
6. Importância de FDC
• Antiguidade e Idade Média
• Invenção de Gutenberg
– laicização do conhecimento
– aumento do alcance das invenções
• Explosão da Informação
Modelo baseado na
armazenagem
– investimentos governamentais em pesquisa de P&D
– Multiplicação de textos publicados
– Limitação para absorver o conhecimento
Advento da internet
– Legitimação do modelo baseado no acesso
WEITZEL, S. R. O Desenvolvimento de coleções e a organização do conhecimento: suas origens e
desafios. Perspect.Cienc. Inf., Belo Horizonte, v. 7, n. 1, p. 61-67, jan./jun. 2002. 6
acesso
baseado
no
Modelo
7. 7
e controle
Importância de FDC
• “biblioteca como Interface entre os
recursos de informações disponíveis e a
comunidade de usuários a ser servida”
(LANCASTER, 1996, p. 2) .
Recursos
informacionais
Comunidades de
usuários
Fonte: Adaptado de Lancaster (1996, p. 2)
Seleção, aquisição e
tratamento da serviços
Informação
registrada
8. 8
A IMPORTÂNCIA DAS COLEÇÕES
• Coleções de uma biblioteca = fontes de informação
• Orientadas para indivíduos, grupos sociais, sociedade.
• A biblioteca não pode ser um aglomerado de livros e
revistas amontoados pelo mero acaso (apud
FONSECA, 2007).
• A biblioteca é produto da criação de pessoas,
projetada para um determinado objetivo ou fim social
(apud FONSECA, 2007).
• Exemplo: A biblioteca universitária deve estar
orientada para apoiar o ensino, pesquisa e extensão.
9. 9
TIPOS DE COLEÇÕES E BIBLIOTECAS
• Se a biblioteca é projetada para um
determinado fim, então as coleções também
refletem essa orientação;
• Logo, dificilmente uma biblioteca terá
coleções totalmente iguais à outra.
• Então as bibliotecas podem ser congêneres,
mas não iguais.
10. 10
Fatores que influenciam FDC
• O processo de FDC “está presente por inteiro em
todas as bibliotecas” mas não da mesma forma.
(VERGUEIRO, 1989, p. 19)
– Dependem do tipo de biblioteca
– A ênfase do processo de DC em cada tipo de
biblioteca é determinada especialmente pelos
objetivos institucionais e tipo de usuários
–As influências das indústrias produtoras
determinam o que está disponível para
aquisição.
11. TIPOS DE COLEÇÕES E BIBLIOTECAS
Tipo de Biblioteca Objetivos Tipo de coleções Ênfase no processo
de DC
Pública Democratização da
informação para a
comunidade local
Obras de referência,
ficção, não-ficção,
biografias, jornais e
revistas
Análise da
comunidade
Avaliação
Desbastamento
Infantil Estimular a
leitura/formar o
leitor
Livros infanto-
juvenis, de pano,
HQs, brinquedos, etc.
Seleção
Debastamento
Escolar Apoiar os programas
de ensino oficiais
Obras de referência,
livros para-didáticos,
literatura e não-
ficção
Seleção
Desbastamento
Universitária Apoiar os programas
de ensino, pesquisa e
extensão
Livros e periódicos
técnico-científicos
Avaliação
Desbastamento
Especializada Objetivos e metas da
instituição
mantenedorara
Normalmente
material especial
Seleção
Aquisição
Debastamento
12. Os tipos de documentos
De acordo com Guinchat e Menou (1994, p. 41-96)
• Características
• Físicas
• Intelectuais
• Estrutura
13. 13
Os tipos de documentos (Guinchat e Menou)
• Características físicas
– Natureza: textuais (texto escrito) e não textuais (documentos
iconográficos, sonoros, audiovisuais, materiais tais como
maquetes, documentos em braille, jogos, documentos
compostos, magnéticos e eletrônicos).
– Materiais: suporte físico (A fotografia é um documento de
natureza iconográfica que se apresenta em papel e negativo)
– Forma de produção: brutos (minerais etc.) e manufaturados
(obras literárias etc.)
– Modalidades de utilização: diretamente ou por meio de
equipamentos
– Periodicidade: uma vez ou em série (documentos textuais)
– Coleções: forma de agrupar documentos (mesma forma, tema,
objetivo)
– Forma de Publicação: publicados (editoras e comerciais) e
não-publicados (literatura cinzenta)
14. 14
Os tipos de documentos (Guinchat e Menou)
• Características intelectuais
– Objetivo: razão pela qual foi produzido
– Grau de elaboração: distingue os documentos primários,
secundários e terciários
– Conteúdo: assunto, forma de apresentação, exaustividade,
acessibilidade, nível científico, grau de originalidade e de
novidade, idade das informações, data de publicação, dados
numéricos
– Origem, fonte e autor: a fonte pode ser pública, privada,
anônima, conhecida. O autor pode ser uma pessoa, grupo de
pessoas, organização ou várias. Forma de obtenção , tratamento
e difusão
– Tipos de documentos:
• Nível formal: monografias, publicações periódicas, patentes, normas,
documentos não-textuais, secundários e os não convencionais.
• Nível intelectual: documentos essenciais e marginais a) contém certa
proporção de interesse; b) raramente contém algo de interesse
15. 15
Estrutura dos documentos
• Monografias (capa, página de rosto, texto dividido em
partes e sumário entre outros elementos)
• Publicações seriadas (fascículos ou volumes sucessivos:
periódicos, anuários, relatórios, atas de sociedades,
coleções de monografias)
• Documentos não publicados (estrutura variável: não
trazem autoria, título, data, etc.)
• Documentos não textuais (decorre de sua natureza,
objetivo e conteúdo – fotografia, filme sonoro)
• Partes (para identificação: capa, página de rosto, sumário)
• Unidade documental (identificável fisicamente)
• Condições (autêntico, confiável, acessível)
(GUINCHAT; MENOU, 1994, p. 41-56)
16. 16
• 2.1 Conceitos de Administração e de
Formação e Desenvolvimento de coleções
–2.1.1 Funções da Administração
–2.1.2 Planejamento estratégico
UNIDADE 2: Formação e
Desenvolvimento de coleções
17. 17
• Maciel e Mendonça (2000, p. 7) observaram que o
bibliotecário em geral está mais preocupado com o
trabalho cotidiano do que com a reflexão sobre o seu
fazer e sobre as estruturas sob as quais está
inserido.
• Consequência – o bibliotecário interfere pouco nas
estruturas e nos sistemas organizacionais pois sua
visão se restringe à ótica da microestrutura sem
considerar a macroestrutura.
• A gestão interna de organizações, dentre as quais se
incluem a biblioteca, é uma tarefa muito complexa
que determina o sucesso de uma organização ou sua
falência, o seu estilo e sua cultura organizacional.
2.1.1 Funções da Administração e
o Desenvolvimento de Coleções
18. 18
Conseqüências da pouca reflexão
• “Atualmente vivemos realidades paralelas. Enquanto
muitas bibliotecas se movem no contexto virtual [...],
outras, por uma série de fatores [...], permanecem estoques
de documentos cujo objetivo é sua localização para
empréstimo e consulta”. (MACIEL; MENDONÇA, 2000,
p. 8).
• A alternativa: enxergar a biblioteca como organização para
que seja possível a compreensão da:
“estrutura administrativa implícita à biblioteca, como
também dos mecanismos de integração formal dessa
estrutura com a instituição que a sustenta” (MACIEL;
MENDONÇA, 2000, p. 8).
19. 19
Funções da Administração
segundo Oliveira (1996)
PLANEJAMENTO (PREVISÃO): Estabelece metas e métodos bem
como recursos necessários para sua implementação.
• a)ESTRATÉGICO: estabelece o rumo a ser seguido pela empresa.
• b)TÁTICO: atua em uma área específica da empresa para otimizá-la.
• c)FUNCIONAL: formalização através de documentos escritos das
metodologias empregadas.
ORGANIZAÇÃO: Reúne fatores e recursos essenciais para a execução
dos planos estabelecendo estruturas organizacionais, definindo
hierarquias e desempenho do pessoal.
DIREÇÃO (COMANDO E COORDENAÇÃO): gestão da organização
procurando converter os planos em resultados.
CONTROLE: verifica se tudo o que foi planejado corre de acordo com o
programa adotado.
TOMADA DE DECISÃO: “designa o momento de opção, de escolha,
de seleção de uma alternativa” (MACIEL;MENDONÇA, 2000, P. 14))
20. 20
ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE UM SISTEMA DE
INFORMAÇÃO (WEISMANN)
• Qual a missão da organização, grupo ou atividade?
• Quais são as metas?
• O que as pessoas fazem para alcançar as metas (campo de
atividade, abrangência, cobertura)?
• Que informação usam ou necessitam para executar o seu
trabalho?
• Onde obtêm essa informação?
• As fontes disponíveis atendem bem às suas necessidades de
informação?
• A informação disponível é prestada a tempo, completa,
relevante, compreensível? Qual o custo?
2.1.2 Planejamento estratégico
21. 21
ETAPAS DO PLANEJAMENTO DE UM SISTEMA DE
INFORMAÇÃO (WEISMANN)
• Existe interesse, por parte da comunidade de usuários e outros
grupos de usuários em potencial, nos serviços de informação?
• O quanto o centro/sistema de informação proposto contribui para
os objetivos e metas da organização?
• O sistema é necessário?
• O que podem ser as metas, missão e escopo do sistema? Em
bases restritas e em bases amplas?
• Que atitudes, convenções, abordagens, restrições e características
individuais a organização têm e que podem influenciar a política
e a operação do sistema?
• Quais são os fatores de restrição que existem sob o ponto de
vista de: administração, custo, “estado da arte” do campo de
cobertura, abrangência, instalações e equipamentos, pessoal e
duplicação ou justa posição com outros serviços dentro da
organização e fora dela?
22. 22
Missão
(OLIVEIRA, 1996, p. 96)
• “É a razão de ser da empresa”. Procura determinar qual é
o negócio da empresa, por que ela existe, ou ainda em
que tipos de atividades a empresa deverá concentrar seus
esforços no futuro. (p. 96)
• “Procura-se responder à pergunta básica onde se quer
chegar com a empresa?”
• “É uma forma de se traduzir determinado sistema de
valores em termos de crenças ou áreas básicas de atuação
considerando as tradições e filosofia da empresa”.
• Exerce uma função orientadora e delimitadora da ação
empresarial dentro de um período longo com reflexos
nas crenças, expectativas, conceitos e recursos.
23. 23
Dicas para formulação da Missão
• Não explicitar o que se faz pois isso não provoca
mudanças;
• Não relacionar produtos e serviços oferecidos pois
isso reduz a amplitude da empresa;
• Não procurar definições nem tão curtas que
prejudiquem o entendimento, nem tão longas que
prejudiquem a assimilação;
• Frases definitivas não são recomendáveis pois
nada está isento de mudanças
24. 24
Missão
* Qual a razão de ser da nossa empresa?
* Qual a natureza dos negócios da empresa?
* Quais são os tipos de atividades que a empresa
deve concentrar?
Definição dos negócios da empresa = propósitos
* Definição das áreas prioritárias de atuação
* Consenso de que os esforços e recursos
dirigidos para o alvo estabelecido serão bem
sucedidos
Propósitos
Resultados
25. 25
Exemplos de Missão
(BARBALHO; BERAQUET, 1995, p. 34)
• Biblioteca Pública AlziraBrandão:
– Suprir as necessidades de conhecimento da população do
município, através da implantação de projetos de educação,
lazer e cultura, de maneira a contribuir, diretamente, para o
aumento do bem-estar do indivíduo e, indiretamente, para
melhoria da qualidade de vida da comunidade.
• Biblioteca do Colégio Paula Fracinetti
– Contribuir para a formação intelectual dos alunos do Colégio
Paula Fracinetti de forma a torná-los sujeitos críticos e
capazes de transformações sociais no ambiente onde estão
inseridos.
26. 26
Postura estratégica da empresa
• “É estabelecida por uma escolha consciente
de uma das alternativas de caminho e ação
para cumprir a sua missão. Objetiva orientar
o estabelecimento de todas as estratégias e
políticas” da empresa (p. 102-103).
– Missão da empresa
– Relação positiva ou negativa entre as
oportunidades e ameaças
– Relação positiva ou negativa entre os pontos
fortes e fracos que ela possui para fazer frente às
oportunidades e ameaças
Aspectos
31. 31
Conceitos e funções de FDC (FIGUEIREDO, 1998, p. 84-85)
• DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES (Collection
development)
Função de planejamento global da coleção
• POLÍTICA DE SELEÇÃO
Conjunto de diretrizes e normas que visa estabelecer ações,
delinear estratégias gerais, determinar instrumentos e delimitar
critérios para facilitar a tomada de decisão na composição e
desenvolvimento de coleções em consonância com os objetivos
da instituição e os usuários do sistema.
• SELEÇÃO (Selection/Positive selection)
Função do desenvolvimento da coleção; processo de tomada de
decisão para títulos individuais.
2.1.3 CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES DE FDC
32. 33
FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES
conceitos e funções (continuação)
• REMANEJAMENTO (relegation/retirement)
Processo de retirar títulos ou partes da coleção para outros
locais menos acessíveis.
• DESCARTE/SELEÇÃO NEGATIVA
(Discard/purging/negative selection)
Processo de retirada de títulos ou partes da coleção para
fins de doação, permuta ou eliminação.
• CONSERVAÇÃO/PRESERVAÇÃO
Conservação: retirada temporária da obra para
recomposição física;
Preservação: Recomposição de obras raras para
armazenamento especial.
34. 35
Modelos Teóricos
• Hendrix Edelman: hierarquia entre os termos
– Desenvolvimento de coleções:
• Função de planejamento
• Plano que descreve objetivos da biblioteca correlacionando-as
com aspectos do meio ambiente (usuários, verbas, história das
coleções)
– Seleção: implementação dos objetivos estabelecidos
– Aquisição: implementação das decisões da seleção
(VERGUEIRO, 1993, p. 15)
2.2 Estudos teóricos internacionais
35. 36
Modelos teóricos
G. Edward Evans: pontos fortes e fracos:
abordagem sistêmica
• É um processo de identificação dos pontos fortes e
fracos de uma coleção em termos de necessidades
dos usuários e recursos existentes.
• Procura corrigir as fraquezas existentes através da
avaliação dos recursos da biblioteca e do estudo
das necessidades dos usuário.
• Ver ilustração do processo de DC.
(VERGUEIRO, 1993, p. 17)
37. 38
Modelos Teóricos
• Charles B. Osborn: abordagem sistêmica
Desenvolvimento de coleções é:
“ Um sistema de serviço ao público, efetuado
mediante um processo de tomada de
decisões que leva a uma determinação da
aquisição e retenção dos materiais.”
(VERGUEIRO, 1993, p. 17)
38. 39
Modelos Teóricos
Bonita Bryant: estrutura organizacional: as três
posturas para desempenho das atividades
• Postura de aquisição – confiança na seleção que
deve direcionar para um objetivo.
• Postura de seleção – responsabilidade pelo
desenvolvimento da coleção e interação entre
usuários.
• Postura de administração e DC – distribuição de
tarefas e responsabilidades, articulação entre
política e desbastamento sistemático, análise do
orçamento, alocação e controle dos recursos
informacionais. (VERGUEIRO, 1993, p. 17)
39. 40
Modelos Teóricos
• James C. Baughman: abordagem estruturalista – padrão de
relacionamento
– Uso: grupo de demandas
– Conhecimento: grupo de disciplinas
– Biblioteconomia: grupo de relações entre as literaturas das diversas áreas
Planejamento + implementação + avaliação = DC
• Planejamento: projeto de acumulação (objetivos +
propósitos + prioridades + necessidades)
• Implementação: processamento da documentação +
acessibilidade
• Avaliação: exame em relação aos objetivos e propósitos
estabelecidos
• Ver ilustração: Abordagem estruturalista (VERGUEIRO, 1993, 15-16)
41. 42
Modelos Teóricos
• Cogswell: Oito funções da Administração de
coleções
DEFINIÇÃO: “É a administração sistemática do
planejamento, composição, orçamentação, avaliação e
uso das coleções de bibliotecas durante grandes
períodos de tempo, a fim de atingir objetivos
institucionais específicos” (VERGUEIRO, 1993, p. 18).
42. 43
Modelos Teóricos
1) Planejamento e elaboração de políticas –
identificação e implementação de planos de ação
em relação à coleção e estabelecimento de uma
política formal como instrumento de
comunicação;
2) Análise das coleções – avaliação dos pontos
fortes e fracos da coleção;
3) Seleção de materiais – expansão das coleções
4) Manutenção da coleção – re-seleção (o que será
mantido, preservado ou descartado);
43. 44
Modelos Teóricos
5) Administração fiscal – controle de orçamento e
alocação de recursos para aquisição;
6) Contato com o usuário – ligação entre usuários e
bibliotecário de FDC;
7) Compartilhamento de recursos;
8) Avaliação do programa – avaliação periódica
tendo em vista os objetivos institucionais e
adequação à comunidade.
(VERGUEIRO, 1993, p. 18)
44. 45
• Autores (décadas de 1970 a 1990)
–Nice Figueiredo (IBICT/DEP)
–Waldomiro Vergueiro (USP)
–Marília Mendonça (UFF)
• Contexto
–incluído no currículo em 1982
–alguma produção científica de lá para cá
–Existência do cargo de bibliotecário de FDC
(década de 1990)
2.3 Estudos teóricos nacionais
45. Precursores europeus - séc. XIX
CIM, Albert. Le livre. .. Paris: E. Flammarion,
1905-1908.
GRÄESEL, Arnim. Manual de
Bibliothéconomie.Paris: H. Welter, 1897
MAIRE, Albert. Manuel partique du
bibliothécaire: bibliothéques publiques,
bibliothéques universitaires, bibliothéques
privées. Paris: J. Pieard, 1896.
ROUVEYRE, Edouard. Connaissances
nécessaires a un bibliophile. 2. ed. Paris:
Librairie Aneienne et Moderne, 1878.
CONSTANTIN, L. A. Bibliothéconomie; ou,
Nouveau manuel complet pour
I'arrangement,Ia conservatión et
I'administration des bibliotheques. Paris:
A La Librarie Encyclopédique de Roret,
1841.
PEIGNOT, Gabriel. Manuel du bibliophile;
ou, Traité du choix des livres. Dijon:
Chez Victor Lagier, 1823.
MOREL, Eugene. Bibliotheques: essai sur le
dévelopmement des bibliotheques
publiques et de la librairie dans les deux
mondes. Paris: Mereure de Franee, 1908-
1909.
NAMUR, P. Manuel du bibliothécaire. . .
Bruxelles:Chez J. B. Tircher, 1834.
PETZHOLDT, Giulius. Manuale del
bibliotecario.Milano:UlrieoHoepli,1894.
RICHARD, Jules. L'Arte de former une
bibliotheque.Paris:Librairie Aneienne et
Moderne,1883.
46. Teóricos anglófonos
segundo Evans (2000)
MCCOLVIN, L. R. Theory of book selection for
public libraries. London: Grafton, 1925.
DRURY, F. K. W. Book selection. Chicago:
American Library Association, 1930.
HAINES, Helen E. Living with books. New
York: Columbia University Press, 1935.
RANGANATHAN, S. R. Librarybook
selection. Delhi: Indian Library
Association, 1952.
BROADUS, Robert. Selecting materials for
libraries. New York: H. W. Wilson, 1973.
CURLEY, Arthur; BRODERICK,
Dorothy. Building library collection.
Metuchen, NJ: Scarecrow Press,
1985. Original de Mary Duncan
Carter e Wallace John Bonk em
1959.
EVANS, G. Edward. Developing library
and information center collection. 4.
ed. Englewood: Libraries Unlimited,
2000.
47. 48
Definição de DC como processo
• “Uma atividade de planejamento, onde o
reconhecimento da comunidade a ser servida e
suas características culturais e informacionais,
oferecerá a base necessária e coerente para o
estabelecimento de políticas de seleção, para as
decisões relativas ao processamento técnico dos
documentos e ao seu adequado armazenamento”.
(MACIEL; MENDONÇA, p. 16, 2000)
2.4 DC como processo e como política
48. 49
Características
• “Operações relacionadas com a formação,
desenvolvimento e organização das coleções para
fins de acesso e utilização” (MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 16)
• Caráter cíclico (todas as etapas são importantes)
• Ininterrupto (sem começo ou fim. Deve se tornar
uma rotina),
• Heterogêneo (tipo de biblioteca e de comunidade
tem influência) (VERGUEIRO, 1989, p. 16)
49. SANTOS, Raimunda Fernanda dos; VITULLO, Nadia Aurora Vanti. A importância dos estudos métricos da
informação na construção de indicadores para a formação e desenvolvimento de coleções. Revista Informação
na Sociedade Contemporânea, v. 1, n. 2, 2017.
50. 52
Características e argumentos contra a política
• Gasta-se tanto tempo para elaborar uma
política que daria para fazer outras coisas
mais necessárias...
• É preciso coletar um volume muito grande
de dados de vários tipos...
• Quando a política está finalmente pronta, a
situação mudou tanto que a política está
sumariamente desatualizada!!!
51. 53
Características e argumentos a favor da política
• A política não resolverá todos osproblemas
• Oferece uma estrutura comum que orientará
decisões por diferentes pessoas (selecionadores)
• Sem a política as diferentes visões que emergem
sobre o que a biblioteca realmente é podem causar
confusões assim como as divergências de opiniões.
• Com a política as diferentes opiniões que emergem
podem enriquecer o trabalho pois todos refletem a
partir de um documento comum.
• Atualizar a política anualmente consome menos
tempo (adaptado de EVANS, 2000, p. 71-72)
52. 54
O documento de Políticas de DC
• “Deixar clara a filosofia a nortear o trabalho
bibliotecário no que diz respeito à coleção”;
• “tornar público relacionamento entre o DC e os
objetivos da instituição a que esta coleção deve
servir”;
• “Guia prático na seleção diária de itens”;
• “Peça-chave para o planejamento em larga escala”;
• Diretriz para as decisões dos bibliotecários em
relação à seleção [...] e à própria administração dos
recursos informacionais”. (VERGUEIRO, 1989, p. 25)
2.5 Modelos Políticas de desenvolvimento de coleções
53. 55
Política de DC por Nice Figueiredo
1) Análise dos objetivos gerais da instituição
a) Clientela a ser servida;
b) Fronteiras gerais de assuntos da coleção;
c) Tipos de programas ou necessidades dos usuários;
d) Prioridades gerais e limitações orientadas da seleção;
- grau de suporte continuado para coleções fortes,
- formas de materiais que deverão ser colecionados ou excluídos,
- idioma e área geográfica que deverão ser colecionados ou
excluídos,
- períodos cronológicos,
- outras exclusões,
- duplicações.
e) Acordos cooperativos de coleções em nível local, regional,
nacional e internacional. (FIGUEIREDO, 1998, p. 42-44)
54. 56
Política de DC por Nice Figueiredo
2) Análise detalhada da política de desenvolvimento da coleção
para áreas de assunto
Segundo Nice Figueiredo esta análise pode ser feita a partir da
áreas de assuntos por arranjo de classificação em no mínimo 500
subdivisões indicando o seguinte:
a) Nível (pontos fortes e nível desejado);
b) Idiomas;
c) Período;
d) Áreas geográficas;
e) Formas de material incluído e excluído;
f) Unidade da biblioteca ou selecionador responsável pela seleção
básica naquela área.
(FIGUEIREDO, 1998, p. 42-44)
55. 57
Política de DC por Nice Figueiredo
3) Análise detalhada da política de desenvolvimento da
coleção para formar tipos de coleções
O objetivo desta análise é formar tipos de coleções por forma.
a) Jornais;
b) Microformas;
c) Manuscritos;
d) Publicações governamentais;
e) Mapas;
f) Materiais audiovisuais;
g) Fitas de dados;
h) Etc. (FIGUEIREDO, 1998, p. 42-44)
56. 58
Política de DC por Evans:
Elementos da PDC
• Elemento n.º 1: Resumo ou Panorama ou
introdução
– Descrição da comunidade
– Identificação de quais serviços atendem qual clientela
(Ex. serviços gratuitos, serviços para crianças)
– Parâmetros das coleções (assuntos, tipos de formatos)
– Descrição detalhada dos tipos de programas ou
necessidades dos usuários que a coleção deve atender
(programas educacionais, culturais, mudanças sociais,
etnia, herança de valores culturais)
57. 59
Elementos da PDC
• Elemento n.º 2: Detalhamento dos assuntos e
formatos colecionados
– Tipos de clientes/usuários: adultos, jovens adultos,
crianças em idade escolar, pessoas em desvantagens
sociais e físicas, professores, pesquisadores,
funcionários e administradores, estudantes da graduação
e pós-gradução.
– Formatos: livros, jornais, periódicos, microformas,
slides, filmes e vídeos, fotografias, gravações de áudio,
recursos online, música, folhetos, manuscritos e
materiais arquivísticos, mapas, publicações
governamentais, CD-ROMs e laser discs, realia, jogos e
brinquedos, amostras, softwares, bases de dados e
outros formatos.
58. 60
Elementos da PDC (continuação)
• Elemento n.º 3: miscelâneas
– Doações: receba doações somente do que a biblioteca
iria comprar, pois há custos de processamento
– Desbastamento e descarte: quantos exemplares manter?
– Avaliação: para objetivos internos, comparações ou
avaliar a seleção?
– Reclamações e censura
– Recursos eletrônicos: é recomendado uma política em
separado
(EVANS, 2000, p. 82-84)
59. Elementos da PDC da IFLA
Modelo Conspectus (2001)
https://www.ifla.org/files/assets/acquisition-collection-development/publications/gcdp-es.pdf
60. Proposta de um
Manual de Serviço para DC
• Introdução
• Caracterização institucional
incluindo a biblioteca
• Caracterização do público
• Panorama e estrutura das
coleções (quantidade, tipos
de coleções,predominâncias
dos idiomas, assuntos e idade
do acervo)
• Determinação dos assuntos e
critérios gerais
• Seleção (processo e política)
• Aquisição (processo e
política)
• Desbastamento (processo e
política)
• Outros temas incluindo
direitos autorais, censura,
cooperação e
compartilhamento de
recursos
• Avaliação do programa de
DC
62
61. O melhor modelo segundo Evans
– Wellesley College –
General Policies
Guiding Principles | Archiving | Audiovisual media | Binding | Books/monographs |
Databases | Dissertations | Faculty publications | Festschriften | Gifts | Journals |
Languages collected | Maps | Multiple formats | Newspapers | Number of copies
acquired | Off-campus storage | Out-of-print materials and retrospective collection
development | Readership level | Recreational reading | Replacements | Standing
orders | Weeding/removing items from the collection | Workbooks | Not Acquired
http://www.wellesley.edu/lts/collections/collectiondevelopment/cdpolicies/cdmain#notacq
62. Wellesley College
Introduction
The general collections of the Wellesley College Library have been built through the
effort of generations of librarians, faculty, students, alumnae and donors who have
shared the vision of building a premier collection, one that provides the range of
resources needed to support teaching and learning at Wellesley. With over 1.5 million
print volumes, 200,000 electronic books, 55,000 electronic journals, and access to
digital images, online music, and electronic databases, Wellesley enjoys one of the
finest undergraduate library collections in thecountry.
In building the collections, the library seeks to achieve a rich mix of print and online
resources, drawing on the strengths of each format to meet the needs of Wellesley
scholars. As scholarship and publishing change, we adapt our strategies to ensure
that we are providing resources in the forms and formats that are the most accessible
and useful to our users. For some disciplines, print continues to define the record of
scholarship; in other disciplines a rapid shift from print to digital is underway, while for
others the shift to electronic is coming soon. We acquire collections resources which
reflect this range of needs, seeking to provide both a core set of reliable resources
and a selection of more specialized ones that expose our students to the most [...]
63. Wellesley College
Collection Development Policy
The overall collection development policy of the Wellesley College Library comprises
those of the Archives, Special Collections, Government Documents, and the General
Collections.
The General Collections policies described below are supplemented by individual
statements regarding collecting priorities for the various subject disciplines included
in the curriculum of the College.
General Policies
While the increasing availability of electronic resources in all disciplines has called for
continual reassessment of our format preferences, the overriding policies guiding
acquisitions have not changed:
We acquire materials based on demonstrated need, anticipated use and available
funding.
We support intellectual freedom by representing a diversity of opinions and viewpoints;
we seek to represent scholarship from both mainstream and alternative domestic and
foreign presses [...].
64. Wellesley College
Guiding principles :
A number of principles guide the selection of material added to the collection, primary
among them are equity, diversity, scope, balance and freedom of intellectual pursuit.
These are outlined in the following statements, devised by the library community, which
the Wellesley College Library endorses;
American Library Association’s Code of Ethics
Intellectual Freedom Principles for Academic Libraries
The Library Bill of Rights
The Freedom to Read Statement
The Freedom to View Statement
http://www.wellesley.edu/lts/collections/collectiondevelopment/cdpolicies/cdmain#notacq
68. Panorama das
coleções de uma
biblioteca
especializada que
atende a propósitos
também de
formação.
Dados coletados por Ana
Carolina Lyra, Henrique
Pereira da Costa, Rayssa
Tavares da Silva e Victor
César Rafael Martins
Felício.
69. Nesta biblioteca que
soma 12.773 itens a
classe 200
representa apenas
1% do total.
A classe 260 se
destaca com 68
itens mas com
certeza é um
assunto de menor
relevância
70. A classe 300
concentra o maior
volume de itens da
biblioteca com
percentual maior
que 63%
71. Com bom senso
agrupamos as cadeias
para dar um peso às
subclasses conforme o
número de ocorrências
até compor uma
listagem final com as
concentrações.
a) 320.98 poderia agrupar até
320.982 somando 391 itens
b) 321 poderia agrupar todos
os itens totalizando 59 itens
72. 2.6 Estrutura para FDC
• Níveis de coleção da ALA (FIGUEIREDO, 1998, p.41-42)
• Quatro dimensões de MIRANDA (1980, p. .68-72)
• Modelos para níveis de assunto da Pacific
Northwest (EVANS, 2000, p. 78)
• Valores numéricos para assuntos da RLG
• Método Conspectus (IFLA)
74
73. Níveis de coleção da ALA
• Nível de:
• Completeza
• Pesquisa
• Estudo
• Mínimo
• Básico
74. 76
Níveis de coleção da ALA
1) Nível de completeza (comprehensive)
Uma coleção na qual a biblioteca se empenha, tanto quanto
possível, em incluir todos os trabalhos significativos de
conhecimento registrado (publicações, manuscritos e outros
formatos) em todas as línguas aplicáveis, para um campo
necessariamente definido e limitado.
2) Nível de pesquisa
Uma coleção que inclui as melhores fontes de materiais requeridos
para dissertações e pesquisas independentes, incluindo materiais
contendo relatórios de pesquisa novas descobertas, resultados de
experimentos científicos e qualquer outra informação útil a
pesquisadores. Pode também incluir obras de referência
importantes e uma ampla seção de monografias especializadas,
como também uma extensa coleção de periódicos e os melhores
serviços de indexação e resumos na área.
75. 77
Níveis de coleção da ALA
3) Nível de estudo
Uma coleção adequada para apoiar trabalho de curso de graduação
e pós-graduação, ou estudo individual; isto é, adequada para manter
o conhecimento de um assunto requerido para propósitos limitados
ou generalizados, ou menos do que a coleção de pesquisa. Inclui
uma ampla gama de monografias básicas, coleções completas de
trabalhos dos autores mais importantes, seleções de trabalhos de
autores secundários, uma seleção dos periódicos representativos, os
instrumentos de referência e o aparato bibliográfico fundamental
pertencente ao assunto.
76. Níveis de coleção da ALA
4) Nível básico
Uma coleção altamente seletiva que serve para introduzir e
definir o assunto e indicar as variedades de informações
disponíveis em outro lugar. Inclui os melhores dicionários e
enciclopédias, seleção de edições de trabalhos importantes,
levantamentos históricos, importantes bibliografias e uns poucos
periódicos mais importantes na área.
5) Nível mínimo
Uma área de assunto que é fora do escopo para as coleções da
biblioteca e para a qual poucas seleções são feitas além dos
instrumentos de referência básicos.
Extraído integralmente do livro :
FIGUEIREDO, N. M. Desenvolvimento & avaliação de coleções.
Rio de Janeiro : Rabiskus, 1993. p.3. 78
77. As quatro dimensões de Miranda
• Coleção de Referência
• Coleção de Lastro (ou básica)
• Coleção Didática
• Literatura Corrente
78. 80
As quatro dimensões de Miranda
(MIRANDA, 1980, p. 68-72)
– Coleção de referência: “A biblioteca universitária é
antes de tudo uma biblioteca de referência [...] o elo de
ligação entre redes e sistemas de informação e com o
universo de conhecimentos contidos neles [...]
possibilitam ao leitor o seu treinamento na pesquisa
bibliográfica [... de forma que] promova uma mudança
qualitativa na sua formação profissional, na sua
habilidade de obtenção de informações”. Obras de
referência e serviços, catálogos coletivos, bases de
dados, etc.
– Coleção de “lastro” ou básica: coleção fundamental
para propiciar as atividades de pesquisa. Contem títulos
básicos em cada área ou disciplina contidas nos cursos
oferecidos pela universidade. Contém os clássicos de
cada área, traduções, e obras citadas em listas básicas.
79. 81
As quatro dimensões de Miranda
(MIRANDA, 1980, p. .68-72)
–Coleção didática: “obras recomendadas para
leitura obrigatória pelas bibliografias elaboradas
pelos professores para diferentes disciplinas”.
Contém revisões de literatura, introduções,
manuais, etc.
–Literatura corrente: Contém livros,
periódicos, etc., que atualizam a coleção básica
e os mesmos critérios devem ser adotados. São
os clássicos do amanhã e devido a dificuldade
de identificá-los é necessário parceria com
especialistas.
80. 82
Modelo para níveis de assuntos
da Pacific Northwest
• 20 divisões principais da LC (adequado para
pequenas e médias bibliotecas não
especializadas)
• 200 assuntos (ideal para bibliotecas de
faculdades)
• 500 áreas (ideal para bibliotecas acadêmicas
médias e grandes bibliotecas públicas)
• 5000 tópicos (para bibliotecas de pesquisa)
(EVANS, 2000, p. 78)
82. Valores numéricos para assuntos da
Research Library Group (RLG)
• adotados pela RLG: níveis desejáveis (1º elemento do método
Conspectus)
– 0=fora do escopo – não há obras sobre o assunto em análise;
– 1=nível mínimo – obras elementares;
– 2=nível de informação básica – obras que definem a temática;
– 3=nível instrucional/de ensino – obras para estudos independentes;
– 4=nível de pesquisa – permitem a realização de teses e pesquisas;
– 5= nível de completeza – acervo com exaustividade temática.
• adotados pela Pacific Northwest
– básico: 1a, 1b, 2a, 2b, 3a - intermediário: 3b – avançado: 3c
– Cobertura monográfica em uma divisão da LC
• 1a= fora de escopo
• 1b= (ou menos) menos que 2.500 títulos
• 2a= 2.500-5.000 títulos
• 2b= 5.000-8.000 títulos
• 3a=8.000-12.000 títulos
• 3b= (ou mais) mais de 12.000 títulos (EVANS, 2000,p. 78)
84
83. Valores numéricos para assuntos da Pacific
Northwest
– básico: 1a, 1b, 2a, 2b, 3ª
– intermediário: 3b
– avançado: 3c
– Cobertura monográfica em uma divisão da LC
• 1a= fora de escopo
• 1b= (ou menos) menos que 2.500 títulos
• 2a= 2.500-5.000 títulos
• 2b= 5.000-8.000 títulos
• 3a=8.000-12.000 títulos
• 3b= (ou mais) mais de 12.000 títulos
(EVANS, 2000, p. 78)
84. Continuação
– Percentagem de exemplares para cobertura monográfica
• 1b (ou menos) = 5% ou menos
• 2a = menos que 10%
• 2b = menos que 15%
• 3a = 15-20%
• 3b = 30-40%
• 3c = 50-70%
• 4 (ou mais) = 75-80%
– Cobertura de Periódicos
• 1b = periódicos gerais
• 2a = alguns periódicos gerais
• 2b = 2a + seleção mais ampla de periódicos gerais + 30% ou mais de
títulos indexados em base de dados de referência e no índice deassunto
• 3a 50% de títulos indexados conforme acima
• 75% de títulos indexados conforme acima
• 3c = 3b + 90% de títulos indexados conforme acima
(EVANS, 2000, p. 78-79)
86
85. Níveis de indicadores de profundidade
Nível 0 Fora de escopo
Nível 1 Nível Mínimo
Nível 1a Mínimo, cobertura desigual, poucas
seleções e uma representação pouco
metódica e não sistemática
Nível 1b Mínimo, cobertura focada, poucas
seleções e uma representação
sistemática dos assuntos
Nível 2 Nível básico de informação
Nível 2a Nível básico de informação
introdutório
Nível 2b Nível básico de informação avançado
86. Níveis de indicadores de profundidade
Nível 3 Nível de apoio instrucional ou estudo
Nível 3a Nível de apoio instrucional ou estudo
básico
Nível 3b Nível de apoio instrucional ou estudo
intermediário
Nível 3c Nível de apoio instrucional ou estudo
avançado
Nível 4 Nível de Pesquisa
Nível 5 Nível de Completeza
87. 89
Método Conspectus (IFLA, 2001)
• De acordo com as diretrizes da IFLA
“Conspectus quer dizer uma visão geral
ou um resumo da profundidade da coleção
e da organização das coleções por
assunto, por sistema de classificação ou
pela combinação de ambos; o Conspectus
também inclui os códigos padronizados
para os níveis de coleções e os idiomas
dos materiais adquiridos”.
88. 90
Método Conspectus
(CUNHA; CAVALCANTI, 2008, p.103)
• Método de avaliação de
acervos bibliotecários,
desenvolvido em 1980 pelo
Research Libraries Group,
que consiste na análise do
acervo comparando-o com a
tabela da classificação
utilizada na biblioteca. A
análise está centrada em dois
elementos.
• O primeiro é o nível da coleção
no qual se estabelecem níveis
distintos de zero a cinco (ver slide
67 – Valores numéricos - RLG)
• O segundo elemento é a
língua dos documentos, onde
são utilizados os símbolos:
E: os documentos estão
praticamente escritos na língua
inglesa
F: além do inglês existe uma
seleção de documentos em outras
línguas, principalmente europeias
W: existe uma completa seleção de
todas as línguas
Y: todos os documentos estão
escritos na língua inglesa
91. 93
Detalhamento (continuação)
Quantificação
• 650 = 35 itens
• 658.5 = 71 itens
• 658.8 = 150 itens
• Total = 256 itens
=>Identificar a quantidade de
itens por idiomas
2º Elemento
• 650 = 4W
• 658.5 = 3P
• 658.8 = 5P =
>5%
P= predomina o idioma
principal do país
W= Há uma ampla seleção de
idiomas representados
92. Nesta biblioteca que
soma 12.773 itens a
classe 200
representa apenas
1% do total.
A classe 260 se
destaca com 68
itens mas com
certeza é um
assunto de menor
relevância
93. A classe 300
concentra o maior
volume de itens da
biblioteca com
percentual maior
que 63%
94. Com bom senso
agrupamos as cadeias
para dar um peso às
subclasses conforme o
número de ocorrências
até compor uma
listagem final com as
concentrações.
a) 320.98 poderia agrupar até
320.982 somando 391 itens
b) 321 poderia agrupar todos
os itens totalizando 59 itens
95. Determinação dos assuntos
• As coleções da empresa x consistem de monografias, periódicos,
relatórios técnicos e catálogos comerciais nos assuntos a, b, c e d
com particular ênfase em material moderno em língua inglesa e em
português. Assuntos correlatos, como m e n, também estão
representados. Material de referência proverá outros itens e o
serviço interbibliotecário alargará as possibilidades de consulta.
– Assunto a: pesquisa com ênfase nos aspectos w e z
– Assunto b: nível exaustivo, dos últimos cinco anos
– Assunto c: nível de trabalho do setor y
– Assunto d: nível exaustivo, dos últimos dez anos
– Assunto m: ocasionalmente nos aspectos f, g, h e j
– Assunto n: ocasionalmente sob a forma de manuais, textos básicos e
periódicos básicos (alguns)
(FIGUEIREDO, 1998, p. 75)
97
96. Método Conspectus
• Como recurso para
• Avaliar coleções
• Estruturar coleções tal como os níveis de
coleção da ALA, 4 dimensões de Miranda e
tantos outros
• A estrutura de coleções deve espelhar o que foi
estabelecido na política de desenvolvimento de
coleções
97. 99
OUTROS MODELOS
para gêneros de literatura
Exemplo: Mistério
• Nível
– Recreacional =>
– Informacional =>
– Instrucional =>
– Referência =>
• Autor
– Lillian Jackson Braun
– Mary Higgins Clark
– Elmore Leonard
– Dorothy Sayes
(EVANS, 2000, p. 79)
98. 100
Taxonomia de Recursos na Internet
Demas, Mcdonald e Lawrence (1995, p. 288-289)
1.0 Referência - Nível
1.1 Diretórios 2
1.2 Dicionários 2
1.3 Bibliografias 1
1.4 OPACs
1.5 Índices e resumos W
1.6 Serviços de sumários
correntes 1
1.7 Enciclopédias 2
2.0 Monografias – Nível
2.1 Monografias 3
2.2 Anais de eventos 2
3.0 Seriados eletrônicos
3.1 Newsletter
3.2 Serviços de notícias
3.3 Revisto por pares
3.4 Sem revisão de pares
99. 4.0 Grupos de discussão – Nível
4.1 Listas (List-Serv lists) S
4.2 Bulletin Board D
4.3 Usenet Newsgroups
5.0 Arquivos numéricos
D
3
6.0 Informação genética 2
7.0 Gophers, Gateways e redes
7.1 Servidores Gophers S
7.2 Outros servidores e
gateway/redes S
8.0 Catálgos de museus (Coleção de
espécimes) W
9.0 Arquivos de Softwares D
10.0 Literatura e Resenhas W
11.0 Arquivos de imagem
gráfica W
12.0 Som – Nível W
13.0 Videoconferência W
14.0 Publicações de agências
governamentais dos EUA 3
15.0 Recursos usados pela
equipe
15.1 Instrumentos de seleção
15.1.1 Newsletter
15.1.2 Servidores Gopher e Web,
gateways e redes
15.1.3 Listas de discussão
15.1.4 Catálogos de editoras
15.1.5 Livrarias online
15.2 Recursos relacionados à
Biblioteconomia
101
100. Código dos níveis de coleções
para a biblioteca da Cornell University
• 0 – fora de escopo
• 1 – nível básico – alguns títulos representativos; altamente seletivo
• 2 – nível intermediário – uma boa representação do que há de
melhor entre os recursos são seletivamente colecionados
• 3 – nível intensivo – uma amplo e profunda representação de
recursos relevantes é intensivamente colecionada
• W – Wait (Espere) – Monitorar e avaliar recursos nesta categoria;
desenvolver política de coleções quando publicações mais
substantivas aparecerem
• D – Discutir – ainda não está claro qual como deveria ser nossa
política
• S – Instrumento de seleção – Usado na seleção mas não para ser
incluído no acervo. 102
101. 103
Estudo da comunidade
• Monroe identificou três formas para que a
biblioteca pública se torne parte integral da
população a qual ela serve:
• a) estudo contínuo ou periódico da comunidade;
• b) participação dos bibliotecários na vida da
comunidade;
• c) correlação dos programas com outras pessoas e
instituições da comunidade.
(FIGUEIREDO, 1998)
102. 104
Estudo da comunidade
• o conhecimento da comunidade local e as
mudanças da sociedade nela refletidas podem
afetar as metas e objetivos da biblioteca a ponto de
criar até mesmo um novo papel para a biblioteca.
• para levantar o perfil da comunidade considerando
as diferenças na composição da população entre as
comunidades precisamos de indicadores para o
planejamento de programas para bibliotecas
103. 105
Estudo da comunidade:
indicadores de Nice Figueiredo
a) Idade: crianças se tornam adultos influenciando os
serviços oferecidos nas bibliotecas.
b) Nível educacional: número de estudantes
matriculados em nível superior, médio e básico.
c) Ocupação e fontes geradores de emprego: dados
sobre a concentração de indústrias, escritórios, etc pois
podem apresentar alguma forma de demanda.
d) Informação étnica e/ou racial: valorização de
uma coleção especial com a história ou condições
através de um grupo étnico ou raciais.
104. 106
Estudo da comunidade
e) Previsão de mobilidade da população: para
planejar a expansão de bibliotecas
f) Tipo de área geográfica: A biblioteca deve estar
integrada no planejamento urbano ou rural das
cidades, bairros ou regiões.
g) Restrições ao meio ambiente: evitar que suas
instalações estejam em áreas sujeitas à inundações,
desabamentos, etc. ou traçar ações de prevenção
105. 107
Estudo da comunidade: Vergueiro
a) Históricas: Informações sobre os antecedentes históricos,
evolução e crescimento da comunidade.
b) Demográficas: Informações sobre o número de habitantes,
idade, sexo, nacionalidade, taxa de natalidade e mortalidade,
caráter urbano ou rural, etnias, etc.
c) Geográficas: Informações sobre o crescimento físico da
comunidade em relação à ocupação e distribuição da
população na área atendida pela biblioteca.
d) Educativas: grau de analfabetismo, nível de
instrução, cursos de férias, levantamento das escolas
existentes e de locais que oferecem cursos livres,
profissionalizantes, etc.
106. 108
Estudo da comunidade: Vergueiro
e) Sócio-econômicas: atividades econômicas mais
importantes, taxa de desemprego, nível econômico, serviço público
para a saúde e assistência, associações de moradores, etc.
f) Transporte: verificar o acesso à biblioteca, horários de ônibus,
preço, etc.
g) Culturais e informacionais: Levantamento das expressões
culturais da comunidade, se possuem TV, internet, telefone,
assinatura de jornais e revistas, etc.
h) Políticas e legais: subordinação da biblioteca, existência de
partidos políticos na região, correntes políticas dominantes, etc.
107. 109
Exemplo: Censo 2007/IBGE
Brasil 183.987.291
Sudeste 77.873.120
Rio de Janeiro 15.420.375
Noroeste Fluminense - RJ 307.032
Norte Fluminense - RJ 766.246
Centro Fluminense - RJ 464.746
Baixadas - RJ 591.262
Sul Fluminense - RJ 1.026.143
Metropolitana do RJ 12.264.946
Parte do Grande Rio
Nilópolis 153.581
Niterói 474.002
Nova Iguaçu 830.672
Queimados 130.275
Rio de Janeiro 6.093.472
São Gonçalo 960.631
São João de Meriti 464.282
Tanguá 28.322
108. Dados de 2010 – Rio de Janeiro - capital
Cerca de 7% da
população da
cidade do Rio de
Janeiro nunca
frequentou a
escola.
Fonte: IBGE (2017)
Capital Rio de Janeiro
População estimada
2016(2)
16.635.996
População 2010 15.989.929
Área 2015 (km²) 43.781,566
Densidade
demográfica 2010
(hab/km²)
365,23
109. 112
Diferença em relação ao estudo de usuário – exemplo de planejamento
Hipótese Objetivo Parâmetros Perguntas
SE a missão da
biblioteca contribui
para o
desenvolvimento do
ensino, pesquisa e
extensão de sua
comunidade, ENTÃO
os alunos
desempenham parte
de suas atividades
em bibliotecas da
universidade
Identificar quais são as
atividades que os alunos
desenvolvem na
biblioteca e quais são os
problemas que afetam
seu desempenho
Perfil do aluno Curso, turno, período,
etc.
Detectar quais são as
atividades que os
usuários
desempenham nas
bibliotecas
a última vez que você
foi a uma biblioteca da
universidade o que você
foi fazer lá?
Detectar quais dessas
atividades se
relacionam com ensino,
pesquisa e extensão
Essa atividade que você
desenvolveu na
biblioteca você se
enquadraria em Ensino,
Pesquisa ou Extensão
Universitária?
Detectar os problemas Quais foram os
que afetam as problemas que você
atividades dos usuários enfrentou para realizar
esta atividade?
Como você se sentiu
após sua saída?
110. 113
• Momento de decisão
• Negociador
• Conhecimentos sobre o mercado editorial
• Conhecimentos sobre o acervo
• Conhecimentos sobre a comunidade
(VERGUEIRO, 2010, p. 5-10)
3 Seleção de materiais
111. 114
• Definição
Implementa o que está formalizado na carta
ou política de seleção em relação a todos os
documentos a serem incluídos no acervo
tanto quanto à forma quanto ao conteúdo.
(MACIEL; MENDONÇA,2000)
3.1 Conceitos e considerações gerais
112. 1) Responsáveis
pela tomada de
decisão
Comissão de
seleção
Bibliotecário
Deliberativo
Consultivo
2) Mecanismos
para identificação
e Registro
Catálogo de demandas reprimida;
Catálogo de sugestões dos Clientes;
Catálogo Desiderata;
Catálogo de itens reprovados,
esgotados, não atendidos.
3.2 ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE
SELEÇÃO
113. 116
ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE SELEÇÃO
3) Política de
Identificação de quem seleciona
Critérios utilizados no processo
Catálogos de editoras
Seleção Instrumentos Auxiliares
Bibliografias
Resenhas
Outras fontes
Políticas Específicas Coleções Especiais
Doações
(VERGUEIRO, 2010, p. 57-67)
114. 117
• Comissão deliberativa:
– Representantes da comunidade atuam na comissão para tomada de
decisão COLEGIADA e coletiva.
– Ex.: 1 Representante discente da graduação, 1 da pós-graduação e 4
docentes (área A, B, C e D) de uma universidade.
– 1 representante da associação de moradores, 1 da Igreja, 1 do comércio
local, 1 da escola local, etc. para uma biblioteca pública
• Comissão consultiva:
– Consultores/especialistas apoiam a atividade de seleção para que o
bibliotecário possa tomar a decisão.
– Ex: 3 Especialistas da área X, Y,Z da EmpresaK.
– 2 bibliotecários de referência da área F e G da Biblioteca de uma ONG
3.2.1 Responsáveis pela seleção: comissão de
seleção, bibliotecários e usuários
(VERGUEIRO, 2010, p. 58-63)
115. 118
Comissão de caráter deliberativo
– Grupo de pessoas hierarquicamente acima do
bibliotecário
– O bibliotecário garante que as necessidades da coleções
estarão acima de interesses de grupos de indivíduos
– Outros bibliotecários podem participar
– Periodicidade fixada para reuniões
– Analisam sugestões dos usuários e da própria biblioteca
– O bibliotecário deve auxiliar na elaboração de
formulários, etc. para agilizar o trabalho da comissão
– As comissões permitem contato maior com os usuários
abrindo canal de debate e reflexão sobre a biblioteca; é
um veículo de relações públicas, dão apoio político por
mais recursos.
(VERGUEIRO, 2010, p. 59-60)
116. 119
Comissões deliberativas em...
• Bibliotecas públicas: indicadas pelo prefeito ou
pela câmara municipal, as diretrizes já estão
estabelecidas em leis ou decretos com atribuições e
o período do mandato dos membros.
• Bibliotecas especializadas: compostas por
pesquisadores da instituição representados por
departamentos
• Bibliotecas escolares e universitárias: indicados
entre membros dos corpos docentes e discente.
Podem incluir ex-alunos ou corpo técnico. O
bibliotecário deve cuidar para que representantes
mais ativos desenvolvam determinadas partes em
detrimento de outras. (VERGUEIRO, 2010, p. 60)
117. 120
Comissão de caráter consultivo
• “Visa proporcionar ao bibliotecário suporte às
decisões de seleção”
• Instituída formalmente indica reconhecimento pois
o bibliotecário toma a decisão final
• Necessidade de assessoria especializada
• Estratégia para aproximar usuários e otimizar as
decisões de seleção
• Bibliotecários de referência podem exercer o papel
da assessoria
(VERGUEIRO, 2010, p. 61)
118. 121
O bibliotecário faz a seleção
• O bibliotecário é o único responsável pela seleção
• Pode ser um reconhecimento institucional ou
desinteresse
• É mais fácil deixar o bibliotecário fazer tudo, e
negar-lhe as ferramentas para tomar decisões mais
eficientes
• É necessário constituir um ambiente de tomada de
decisões e encarar suas responsabilidades de
forma comprometida
(VERGUEIRO, 2010, p. 61-63)
119. • Controlar o fluxo de informações
• Elaborar e controlar listas de títulos a partir de
diversas fontes
• Elaborar formulários simples e adequados para
cada tipo de bibliotecas e usuário a fim de
identificar a procedência da indicação (tipo de
usuário) e do material (autor, títulos, etc). Evitar
burocracias.
• Definir instrumentos auxiliares para a seleção
• Importância da coleta de dados
(VERGUEIRO, 2010, p.63-67)
122
3.2.2 Mecanismos de identificação e registro
(transcrição) e instrumentos e fontes de seleção
120. 123
Registro (transcrição) e acompanhamento
das sugestões
• Catálogo ou base de dados para controlar as demandas reprimidas
– para identificar interesses (muitas vezes não expressos) de
usuários por material que não existe na biblioteca.
• Catálogo ou base de dados para controlar sugestões dos usuários
– identificam interesses expressos dos usuários por material.
• Catálogo ou lista Desiderata – são os itens analisados e aprovados
para aquisição
• Catálogos ou bases de dados dos itens reprovados – evita re-
trabalho das comissões, ou auxiliar na reconsideração do item
apresentando as razões da reprovação
• Catálogo ou bases de dados dos itens esgotados ou não atendidos
– devido a sua relevância é fundamental controlar o que ainda pode
ser adquirido (mais adequado para o setor de aquisição)
121. 124
• Razões para elaborar a política
– “garantir a manutenção dos critérios além da permanência física
dos profissionais responsáveis pelas decisões”;
– “Conseguir apoio dos usuários”;
– A coleção não é sempre um elemento de pacífica “concordância
na comunidade”.
– “Dar conhecimento a comunidade que a coleção não está sendo
desenvolvida de maneira aleatória”;
– “Comunicar a todos os interessados, de modo claro, quais são
os critérios que guiam a seleção do acervo”
(VERGUEIRO, 2010, p. 69-70)
3.2.3 Política de seleção
122. 125
(VERGUEIRO, 2010, p. 71).
3.2.3 Política de seleção (continuação)
• O documento formal possui caráter...
– Administrativo – garantir a continuidade dos
critérios;
– De relações públicas – comunica as decisões
à comunidade tornando a biblioteca mais
próxima;
– Político – instrumento para resistência ou
gerenciamento de conflitos e pressões
123. (MACIEL; MENDONÇA,2000)
126
O que é política de seleção e para que serve?
a) Estabelecimento de prioridades para aquisição
para as diferentes coleções
b) Escolha dos critérios para cobertura de assuntos
de maior demanda, incluindo o nível de cobertura ou
verticalização necessária a cada um deles, em
particular
c) Prioridades em relação ao idioma e atualização do
material a ser adquirido
d) Indicação do número de exemplares necessários
e) Incorporação de documentos doados
124. 128
• quanto ao conteúdo dos documentos
– Autoridade, precisão, imparcialidade, atualidade
e cobertura/tratamento.
• quanto à adequação ao usuário
– Conveniência, idioma, relevância/interesse e
estilo.
• aspectos adicionais do documento
– Características físicas, aspectos especiais,
contribuição potencial e custos
(VERGUEIRO, 2010, p. 17-25)
3.2.3.1 Critérios de seleção
125. Critérios que abordam o conteúdo
(VERGUEIRO, 2010, p. 19-21)
• Autoridade: Busca-se definir a qualidade do material a partir da
reputação de seu autor, editor ou patrocinador
• Precisão: Visa evidenciar o quanto a informação veiculada pelo
documento é exata, rigorosa, correta.
• Imparcialidade: Procura verificar se todos os lados do assunto são
apresentados de maneira justa, sem favoritismos, deixando clara ou
não, a existência de preconceitos.
• Atualidade: uma informação desatualizada perde muito de seu valor.
Para bibliotecas onde a atualidade dos dados têm muita importância,
este critério é decisivo.
• Cobertura/Tratamento: Diz respeito à forma como o assunto é
abordado. Na aplicação deste critério, o bibliotecário procurará
distinguir:
a) se o texto entra em detalhes suficientes sobre o assunto ou se a
abordagem é apenas superficial;
b) se todos os aspectos importantes foram cobertos ou alguns foram
apenas ligeiramente tratados ou deixados de fora. 129
126. Critérios que abordam o usuário
• Conveniência: Procura verificar se o trabalho é apresentado em um
nível, tanto de vocabulário como visual, que possa ser compreendido
pelo usuário. São levantados aspectos relativos à idade dos usuários,
desenvolvimento intelectual, etc.
• Idioma:Trata-se de definir se o idioma no qual o documento foi
produzido é acessível aos usuários da coleção.
• Relevância/Interesse: Busca definir se o documento é relevanteà
experiência do usuário, sendo de alguma utilidade para ele.
• Estilo: Muitas vezes o estilo utilizado não é apropriado ao assunto ou
ao objetivo do texto. Este critério procura verificar este fato, bem
como constatar se ele é adequado ao usuário pretendido.
(VERGUEIRO, 2010, p. 22-23)
130
127. Critérios que abordam aspectos adicionais
(VERGUEIRO, 2010, p. 23-25)
• Características físicas: Abrangem os aspectos materiais dos itens
a serem selecionados considerando o uso pretendido para o material e
as características dos usuários. Por exemplo: tipo dos caracteres
tipográficos (tamanho, legibilidade, etc), se a encadernação é resistente,
qualidade do papel, etc.
• Aspectos especiais: Análise da inclusão e a qualidade de
bibliografias, apêndices, notas, índices, etc. Enfim todos aqueles
elementos que costumam contribuir para uma melhor utilização do
documento.
• Contribuição potencial: Este critério leva em consideração a
coleção já existente, no qual o documento a ser selecionado deverá
ocupar um lugar específico na coleção.
• Custo: Considerar sobre a possibilidade da biblioteca arcar com o
custo do material. Se positiva, identificar alternativas financeiras mais
compensadoras para a biblioteca. Ex. Edições mais baratas, fatores
indiretos (armazenamento, etc). 131
128. Critérios de seleção para documentos eletrônicos
• Conteúdo (VERGUEIRO, 2010, p. 43-45)
– Os mesmos critérios anteriores
• Acesso
– Compatibilidade com o sistema de automação da
biblioteca
– Autorização do fornecedor para o acesso e se implica
no custo
– Impacto na demanda a partir do acesso às obras de
referência (demanda de obras que não existem no
acervo)
• Suporte
– Treinamento e documentação (manuais)
• Custo
– Assinatura, atualização, manutenção e uso 132
129. Testes para não ficção (FIGUEIREDO, 1998, p. 59)
• Assunto
– Qual é o assunto/tema?
– Qua é o escopo? Parcial?
Completo? Histórico?
Discussões de alguns pontos?
– Assuntos adicionais?
– É suscinto? Exaustivo?
Seletivo? Equilibrado?
– Tratamento to tema é concreto
ou abstrato?
– É popular? Erudito? Técnico?
Leitor comum? Especializado?
– Data?
• Autoridade
– Quais são as especificações do
autor? Formação, experiência,
preparo para tratar do tema
– Utilizou fontes de referência
sobre o tema?
– É trabalho de pesquisa ou de
observação pessoal?
– É correto? Inexato?
– O autor entende o período,
fatos ou teorias as quais ele
lida?
– Qual o ponto de vista do autor?
Parcial? Moderado?
Conservador? Radical?
133
130. Testes para não ficção (FIGUEIREDO, 1998, p. 59)
• Qualidades
– Mostra algum grau de poder
criativo?
– É a forma apropriada de
pensamento?
– Existe originalidade de
concepção?
– Estilo gráfico é claro? Graus
de legibilidade? Atrativo?
Profundo? Poder
imaginativo?
– Tem vitalidade? Interesse?
Tem probabilidade de
perdurar como uma
contribuição permanente à
literatura?
– É popular? Erudito?
Técnico? Leitor comum?
Especializado?
– Data?
• Características
– Existe um índice adequado?
– Existem ilustrações?
Bibliografias, apêndices?
Outros aspectos de
referência?
• Valores para o autor
– Informação?
– Contribuição para a cultura?
– Estímulo para os interesses?
– Recreação ou
entretenimento?
– Que leituras relacionadas
oferece?
– A que tipo de leitura atrai?
134
131. Critérios: Elaboração de formulário
Critério e pergunta Indicadores
Contribuição potencial
Qual é a contribuição potencial
do item?
Originalidade
Complementaridade
Redundância
Disponibilidade do item (na cidade,
estado, país, mundo)
Outros: _
Estilo
O item apresenta estilo
apropriado ao (s) usuário (s)?
Linguagem clara e concisa (sim ou
não)
Adequação da estrutura do texto ou de
sua apresentação (boa ou ruim)
Estilo adequado para o público-alvo
(sim ou não)
Outros: _
132. 137
Em busca de padrões nacionais
• Biblioteca universitária: INEP
• Biblioteca Pública: Fundação Biblioteca Nacional
(UNESCO)
• Biblioteca escolar – Lei 12.244 de 24/04/2010 (no
mínimo um título para cada aluno matriculado)
133. 138
• Não é possível se limitar somente às sugestões dos
usuários
• O bibliotecário deve acompanhar o universo editorial
por meio de instrumentos auxiliares da seleção ou fontes
de seleção
– É preciso tomar decisões baseado no que existe
– Nem sempre se pode contar com ajuda dos especialistas
• Cada biblioteca deve definir os instrumentos auxiliares
que serão adotados
– Catálogos de editoras, diretórios, obras de referência, etc
– Critérios de seleção: exaustividade, corrente/retrospectiva,
idiomas incluídos, inclusão de diferentes tipos de suportes e
materiais. (VERGUEIRO, 2010, p.65-67)
3.2.3.2 Instrumentos auxiliares
134. Instrumentos auxiliares de seleção
Título da
fonte
Tipos de
coleções
Idioma Áreas
Cobertas
1 Ulrich's
Periodicals
Directory
Periódicos Todos Todos
2 Catálogo da
Editora X
Obras de
Referência
Português Língua
portuguesa
3 Publisher's
Weekly
Livros e e-
books
Inglês Literatura
em língua
inglesa
135. Doação
espontânea
Política de
Seleção
Sugestões
de usuários
Prospecção
Seleção Etapas do Processo de
Seleção (WEITZEL, 2006)
Desiderata
Aprovação/repro
vação dos itens
pela Comissão
Análise da
comissão
Encaminhamento
dos formulários
à comissão
Envio para a
aquisição
Verificação em
Instrumentos
auxiliares
Checagem nos
controles
internos
Checagem no
acervo
Validação dos
Critérios de
seleção
Transcrição dos
dados do item em
formulário
136. Fluxo de trabalho
Identificação de itens
Transcrição dos dados bibliográficos dos itens
Validação dos critérios de seleção
Encaminhamento das fichas, formulários ou relatórios contendo
dados bibliográficos e respectivas análises dos itens selecionados
para uma comissão ou pessoa responsável
Tomada de decisão sobre cada item
Retorno ao usuário da decisão tomada
Encaminhamento da Lista Desiderata
137. 3.3 Seleção e Censura
• De acordo com Vergueiro (2010, p. 84) os bibliotecários norte-
americanos elaboraram cartas em defesa da liberdade intelectual
“em defesa do direito de o usuário ter acesso a totalidade de
opiniões sobre todos os assuntos”, de forma que as bibliotecas
possam desenvolver seu acervo com base nesta premissa.
Exemplo:
http://www.ala.org/ala/issuesadvocacy/intfreedom/librarybill/ind
ex.cfm
• A carta é útil mas não oferece assistência para lidar com a
censura. Requer um plano de ação para lidar com as queixas,
equipe com excelente formação e relações interpessoais,
ausência de acordos com grupos de pressão ou interesse ou de
sentimentos em relação a quem se queixa.
• Causas ou motivos para ações de censura: psicológicos, políticos
ou sociais
• Formas: legal ou governamental, individual ou grupo e
autocensur 142
(EVANS, 2000, p. 544-564)
138. 143
Library Bill of Rights
The American Library Association affirms that all libraries are forums for information
and ideas, and that the following basic policies should guide theirservices.
Adopted June 19, 1939.
Amended October 14, 1944; June 18, 1948; February 2, 1961; June 27, 1967; and January 23, 1980;
inclusion of “age” reaffirmed January 23, 1996, by the ALA Council.
I. Books and other library resources should be provided for the
interest, information, and enlightenment of all people of the
community the library serves. Materials should not be
excluded because of the origin, background, or views of those
contributing to their creation.
II. Libraries should provide materials and information
presenting all points of view on current and historical issues.
Materials should not be proscribed or removed because of
partisan or doctrinal disapproval.
139. 144
III. Libraries should challenge censorship in the fulfillment of
their responsibility to provide information and
enlightenment.
IV. Libraries should cooperate with all persons and groups
concerned with resisting abridgment of free expression and
free access to ideas.
V.A person’s right to use a library should not be denied or abridged
because of origin, age, background, or views.
VI. Libraries which make exhibit spaces and meeting rooms
available to the public they serve should make such facilities
available on an equitable basis, regardless of the beliefs or
affiliations of individuals or groups requesting their use.
140. 4.1 Conceitos e Tipos de aquisição
• Processo que implementa as decisões da seleção, esta
função inclui todas as atividades inerentes aos processos de
compra, doação e permuta de documentos. O controle
patrimonial do acervo – o registro das coleções – também é
de sua alçada”. (MACIEL; MENDONÇA, 2000, p. 21)
• À aquisição caberá o trabalho minucioso de identificação,
localização dos itens e sua posterior obtenção para o
acervo. (MACIEL; MENDONÇA, 2000)
• Envolve a localização e aquisição de itens identificados
como apropriados para a coleção. Conforme o tamanho da
biblioteca vai aumentando eleva-se a complexidade do
trabalho de seleção e aquisição exigindo unidades
separadas mas inter-relacionadas (EVANS, 2000, p. 293). 145
UNIDADE 4 AQUISIÇÃO
141. 146
Atividades principais
(MACIEL; MENDONÇA, 2000)
• Conhecimento dos trâmites burocráticos
institucional
• Acompanhamento direto e constante dos processos
• Conhecimento das dotações orçamentárias e outras
fontes de investimentos
• Cumprimento de prazos
• Supervisão e controle de gastos para futura
prestação de contas
• Gerenciamento do serviço de permuta e doações
142. 147
Requisitos segundo Evans (2000)
• Desenvolvimento de coleções e aquisição devem
SEMPRE ser coordenados em conjunto.
• Exige habilidades e atividades especializadas:
Determinação
Previsão – enfrentar riscos e exequibilidade
Controle – de sistemas e métodos
Escolha
Validação – das fontes, serviços e recursos
Quantificação – recursos, trabalho e custos
143. 148
Objetivos Gerais segundo Evans (2000)
o setor deve acompanhar...
• o desenvolvimento do comércio livreiro e dos
recursos eletrônicos;
• a seleção e o desenvolvimento de coleções;
• o processo de requisição de itens a ser incorporado
às coleções;
• o monitoramento das despesas e uso das verbas
para desenvolver coleções;
• a manutenção de todos os registros solicitados e
elaboração de relatórios referentes às despesas.
144. 149
Alcançando os objetivos
• Manter catálogos de editoras, distribuidores
e livrarias e anúncios de lançamentos;
• Controlar informações sobre o cronograma
de publicações, novas editoras e serviços;
• Manter um DSI para os selecionadores
• Garantir que a biblioteca adquira os itens
necessários em tempo e custo viáveis
145. 150
Desempenho segundo Evans (2000)
• Os maiores problemas na aquisição são:
imprecisão da informação, duplicação de pedidos,
indisponibilidade do material, entre outros...
• O processo básico para evitar problemas:
– Fazer a busca do pré-pedido
– Fazer o pedido
– Receber o material
– Fazer o controle fiscal
– Atualizar os registros
146. 151
Objetivos específicos
• Adquirir material o mais rápido possível
• Manter alto nível de precisão em todos os
procedimentos do trabalho
• Manter o processo de trabalho simples de forma a
não onerar a operação
• Desenvolver um relacionamento de trabalho
próximo e amigável com outras bibliotecas e
fornecedores
(EVANS, 2000).
147. 152
Alcançando os objetivos segundo Evans (2000)
• Objetivos gerais e específicos produzem
impactos em outros setores e na biblioteca;
• Velocidade é um fator significativo pois se
refere à demanda dos usuários e satisfação;
• Um sistema muito rápido, mas com alto índice
de erros aumenta custos operacionais
• Os custos para adquirir e processar é igual ou
maior que o preço do item
• Velocidade, precisão eeconomia/parcimônia
são as palavras-chave do processo de aquisição
148. 153
Outras considerações
• Em geral o processo de aquisição por compra
exige maior atenção pois temos que observar
prazos e prestar contas.
• É sempre bom lembrar que somos responsáveis
legais pela utilização dos recursos financeiros
colocados à nossa disposição pela instituição.
• Cometer erros, significa ter que arcar com as
despesas ou, na pior das hipóteses, responder à um
processo administrativo por má fé ou má
administração.
149. 154
Outras considerações
• Existe muito risco de corrupção nestes procedimentos de
compra, tanto no setor público quanto privado. Por isso, é
necessário além do profissionalismo, a responsabilidade
ética para não favorecer terceiros.
• Por exemplo, comprar sempre de um mesmo fornecedor.
Dependendo da instituição que você esteja, pode significar
algum tipo de favorecimento.
• Por isso, convém documentar cada etapa do processo de
aquisição com orçamentos diferentes para comprovar
menor preço ou melhor prazo de entrega.
150. Passo a passo da aquisição
• Receber a lista desiderata com prioridades
• Escolher a modalidade de aquisição (compra, doação ou permuta)
para cada item
• Escolher os fornecedores potenciais conforme o seu perfil (área,
instituição, etc)
• Solicitar cotação para os fornecedores potenciais encaminhando
lista dos itens que deseja adquirir para levantar preços, condições
de pagamento e entrega ou para verificar a disponibilidade do item
em caso de doação ou permuta
– Se for documento eletrônico será necessário negociar preço, nº de
usuários simultâneos, acesso remoto, cláusulas da licença, acesso
ou posse, instalação de tecnologia necessária, etc
• Após levantar preços tomar a decisão sobre qual item será
adquirido com quem e de que forma e encomendar os itens
• Controlar as solicitações, recebimento epagamento 155
151. 156
Mudanças em aquisição
• As Bibliotecas são organismos dinâmicos!
• Década de 90 - época de grandes mudanças
especialmente na natureza e as características
das coleções...
• Implicações quanto ao papel do bibliotecário
na aquisição. Trata-se de uma profissão?
• Apesar das mudanças sua função básica
permanece!
4.2 Impacto do paradigma digital
152. 157
Função da Aquisição
• “O trabalho de aquisição envolve localização e aquisição de
itens identificados como apropriados para as coleções”
(EVANS, 2000, p. 313).
O QUE MUDOU?
Produtos eletrônicos envolvem procedimentos específicos: tais
como análise do contrato, número de acessos permitidos
simultâneamente, garantia de acesso após o término da
assinatura, etc.
Importância do envolvimento da comunidade/usuários para
tomada de decisão: tais como o que deve ser preservado, o que
deve ser oferecido em meio impresso também, qualidade, etc.
153. 158
Exemplo
• Na Universidade Estadual de Ohio uma
bibliotecária de aquisição de periódicos
ocupa 50% de seu tempo com licenças e
negociações para produtos eletrônicos!!!
• Processo de aquisição envolve períodos de
testes (trials) e leasing (procedimento
oposto ao do material permanente).
154. DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS E PADRÕES PARA A PRÁTICA DA AQUISIÇÃO
EM TODAS as transações de aquisição, o bibliotecário...
• Considera primordialmente os objetivos e políticas de sua instituição
• Empenha-se e obter o máximo de valor para cada dólar gasto
• Garante a todos os fornecedores em uma licitação o mesmo tratamento...
• Defende e trabalha pela honestidade, verdade e justiça na compra e venda, e
denuncia todas as formas e manifestações de suborno
• Recusa presentes e gentilezas pessoais
• Utiliza somente com licença as idéias originais e planos desenvolvidos por um
fornecedor para objetivos de venda competitiva
• Garante recepção imediata e cortês, na medida em que as condições lhe permitam,
a todos que o visitam no cumprimento de missões comerciais...
• Empenha-se (...) por conhecer a indústria editorial e o comércio de livros
• Empenha-se por estabelecer métodos práticos e eficientes...
• Aconselha e auxilia seus colegas bibliotecários no desempenho de seus deveres....
• ..... (são 12 mandamentos) 159
4.3 O bibliotecário e a ética
155. a) O bibliotecário deve ser o responsável?
b) Manual de serviço – um instrumento
administrativo
- Função: registrar experiências, orientação e
integração dos funcionários com a atividade,
padronização e qualidade
- políticas para aquisição:
• Identificar Fontes para a atividade de aquisição
• Determinar a Responsabilidade pela aquisição e pelo processo
na instituição (a quem prestar contas, a quem solicitar liberação
de verba, etc.)
• Determinar as áreas prioritárias para aquisição
• Etc 160
4.4 ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE
AQUISIÇÃO
156. 161
ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE AQUISIÇÃO
c) Previsão orçamentária e alocação de recursos
MITO: orçamento é apenas uma atividade meramente burocrática.
VERDADE:
• é uma atividade de planejamento estratégico.
• Temos que saber de antemão quais serão as áreas prioritárias para aplicar os
nossos recursos. (item que deve estar explicitado na política de
desenvolvimento de coleções) Portanto esta provisão orçamentária se baseará
nisto.
• É, portanto, um investimento.
• Quanto melhor fundamentado o planejamento melhores serão os resultados
obtidos
• Aumenta a credibilidade dos clientes internos e externos
• Amplia as possibilidades de negociação dentro da instituição
157. 162
• Previsão orçamentária
• Alocação de recursos
• Procedimentos para aquisição por compra
• Legislação: compra na Administração
Pública
4.4.1 Aquisição por compra
158. • Altos preços dos materiais e inflação interferem no
declínio das aquisições.
• As verbas estão cada vez mais curtas para as
aquisições.
• Nos anos 70 e 80 foi dada maior ênfase na
manutenção de periódicos que em materiais
monográficos. Hoje isto está mudando e o
orçamento deve ser cuidadosamente preparado
para refletir as necessidades atuais.
• Estimativa dos custos é necessário para identificar
a média de preço ao longo dos anos dos diversos
tipos de materiais (EVANS, 2000, p. 378) 163
4.4.1.1 Previsão orçamentária
159. Para estimar custos
• Library Journal – publica periodicamente os
gastos de diversos tipos de bibliotecas, o que é útil
para estimativas.
• Library Materials Price Index Committee
(Divisão da ALA) produz indice de preços para
itens americanos e algumas publicações
internacionais.
• The Bowker Annual e Publishers Weekly trazem
preços correntes. Mas como são publicados
normalmente em fevereiro e março, dificultam sua
utilização para fechar o ano. (EVANS, 2000, p. 378)
• No Brasil, dados editoriais do SNEL e CBL
podem ajudar a cobrir a produção nacional de
livros.
164
161. 166
• Fatores
Alocação de recursos
– Considerar as práticas passadas
– Diferencial de preços das publicações
– Custo médio de cada item
– Taxas da inflação
– Nível da demanda
– Uso atual
• Em busca de um modelo
– Consome tempo e é difícil de desenvolver
– Pode ser alocado por selecionadores ou por áreas
– Considerar ano fiscal e prioridades
162. Alocação de Recursos – Método da ALA
* Seis métodos do ALA's Guide to Budget
Allocation for Information Resources:
a) Histórico (considera as práticas passadas)
b) Baseado em Zero (“zerado”)
c) Formulas
d) Ranking
e) Percentagens
f) Outros métodos
163. 168
• Organização dos pedidos em listas
• Complementação dos dados bibliográficos
(identificação do item, do solicitante, data e
finalidade do pedido)
• Verificação do item solicitado no acervo
• Seleção de fornecedores
• Cotação
• Controle dos registros
• Pagamento e controle do recebimento
• Controle da documentação fiscal e patrimônio
(ANDRADE;VERGUEIRO, 1996)
4.4.1.2 Procedimentos para compra
164. 169
Compra na Administração Pública
• Com licitação
– Convite (de R$8.000,00 até R$80.000,00)
– Tomada de preços (de R$80.000,00 até 650.000,00)
– Concorrência (acima de R$650.000,00)
– Concursos e Leilão não são aplicáveis
• Sem licitação
– Dispensa (até 8.000,00)
– Quando não surge candidatos
– Quando o material é produzido pela administração
pública.
• Por adiantamento (suprimento de fundos, verba de
pronto pagamento) (ANDRADE; VERGUEIRO, 1996)
4.4.1.3 Legislação
165. 170
Compra na Administração Pública
• Lei de Licitações e Contratos n.º 8.666 de 21/06/93
– Leitura Art. 6, 14, 15, 17, 22, 23, 24 e60
– Licitação por compra: todo o Capítulo II da Lei
8.666 do Art. 20 ao Art.47
166. Alienação de bens
Art. 6
III - Compra: toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vezou
parceladamente;
IV – Alienação: toda transferência de domínio de bens a terceiros (BRASIL, 1993).
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecer às
seguintes normas:
[...] II - quando móveis, depender de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos
seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de
sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma
de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da AdministraçãoPública
167. Modalidades de licitação – Art. 22
§ 1o
Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer
interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar,comprovem
possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto.
§ 2o
Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados
devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições
exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
§ 3o
Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo
pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados
em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual
afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o
estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade
que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e
quatro) horas da apresentação das propostas (BRASIL, 1993, grifo
nosso).
168. Valores - Licitação
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos
I a III do artigo anterior serão determinadas em função dos
seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da
contratação:
[...]
II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior [bens
móveis inclusive]:
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e
cinquenta mil reais);
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e
cinquenta mil reais) (BRASIL, 1993, grifo nosso).
169. Modalidade
Quem pode concorrer Exigência Valor
Convite
Interessados do ramo pertinente ao
objeto – cadastrados ou não
(Interessados cadastrados que não
foram convidados poderão manifestar
interesse em participar da licitação até
24h antes da apresentação das
propostas)
Até 80 mil
Tomada de
preços
Interessados cadastrados ou aqueles
que atenderem às exigências para
cadastramento no prazo determinado
Comprovar
qualificação
Até 650 mil
Concorrência
Qualquer interessado
Comprovar
qualificação mínima
no prazo determinado
Acima de 650 mil
170. Art. 24 – dispensa de licitação
II – [valores até R$8.000,00 (10% de R$80.000,00)];
III – nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
V – quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente,
não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste
caso, todas as condições preestabelecidas;
VII – quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente
superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os
fixados pelos órgãos oficiais competentes
VIII– para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens
produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a
Administração Pública
171. Art. 24 – dispensa de licitação
XV – para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos,
de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às
finalidades do órgão ou entidade.
XXI – para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à
pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela Capes,
pela Finep, pelo CNPq ou por outras instituições de fomento a pesquisa
credenciadas pelo CNPq para esse fim específico (BRASIL, 1993).
172. Art. 60 – pequenas compras
- pronto de pagamento: O valor não pode ser superior a
5% do limite estabelecido para a modalidade de convite –
atualmente no valor de R$4.000,00 (quatro mil reais).
- suprimento de fundos também está previsto em lei e não
pode exceder à 10% do valor da modalidade de convite,
atualmente em oito mil reais. As compras realizadas com o
suprimento de fundos pode ser realizada por meio de cartão
de pagamento.
173. Leituras recomendadas
BRASIL. Controladoria Geral da União. Suprimento de fundos e cartão de
pagamento: perguntas & respostas. Brasília, DF, [2009?]. 47 p. Disponível em:
< http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/orientacoes-aos-gestores/orientacoes-aos-
gestores>. Acesso em: 20 fev. 2015.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. SIASGnet: Sistema Integrado
de Administração de Serviços Gerais: manual da unidade cadastradora pessoa física e
pessoa jurídica, versão 1. Brasília, DF, 2011. 119 p. Disponível:
<http://www.comprasgovernamentais.gov.br/arquivos/manuais/manual_sicafweb_unida
de_cadastradora.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2015.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Sistema do cartão de
pagamento: SCP: detalhamento da aplicação: manual do usuário, versão 1.0. Brasília,
DF, [2009?]. 56 p. Disponível em: <http://www.comprasgovernamentais.gov.br/acesso-
aos-sistemas/scp>. Acesso em: 20 fev. 2015.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Licitações & contratos: orientações e
jurisprudência do TCU. 4. ed. rev., atual. e ampl. Brasília, DF: Senado Federal, 2010.
914 p.
174. 179
Compra da Administração Pública
• Lei nº 10.520
–modalidade de licitação denominada pregão,
para aquisição de bens e serviços comuns
–Poderá ser realizado o pregão por meio da
utilização de recursos de tecnologia da
informação, nos termos de regulamentação
específica.
175. 189
• Política associada à política de seleção
• Doações solicitadas e espontâneas
• Contrato de confiança entre o doador e biblioteca
• Formalizar o ato de doação
• Fontes de recursos: Lei de incentivo à cultura,
sociedade de amigos da biblioteca, parcerias.
• Evans recomenda que adicione uma pequena
percentagem de doações ao acervo.
4.4.2 Doações
176. 181
• Tipos
–Listas de duplicatas (inclui descartes)
–Publicações próprias
• Critérios
–Equilíbrio de conteúdo
–Qualidade material
• Formalização de contratos
–Garante maior controle de qualidade
4.4.3 Permuta
177. Permuta ou Intercâmbio
• Histórico com algumas datas importantes:
– 1694: iniciou-se a prática da permuta entre Bibliotecas com a
Biblioteca Nacional de Paris trocando suas duplicatas por livros
ingleses e alemães;
– 1851: foi fundado o 1º Centro de Permutas – International
Exchange Service (Smithsoniam Institution) e depois na Bélgica
(1871), Dinamarca (1945), Reino Unido (1948), Alemanha (1949) e
Hungria (1952);
– 1886: Convenção de Bruxelas para permuta de documentos oficiais
e publicações científicas e literárias (Bélgica, Brasil, Espanha,
EUA, Itália, Portugal, Sérvia e Suíça;
– 1954: 1º CBBD definiu participação de bibliotecas especializadas
no programa de permuta da UNESCO e redução de tarifas postais
(SUAIDEN, 1978, p.28-35) 182
178. Intercâmbio
nacional internacional
• BIREME
• GT de Bibliotecários
Biomédicos da APB
• GT em Tecnologia da APB
• Sistema Nacional de
Informação Agrícola
(SNIDA) – BC do
Ministério da Agricultura
• Intercâmbio de
Publicações Oficiais (BN e
Ministério das Relações
Exteriores
• Duplicate Exchange Union
(ALA)
• Instituto Interamericano de
Ciências Agrícolas da
OEA
• International Exchange of
Duplicate Medical
Literature (OMS)
• Library of Congress (LC)
• Medical Library
Association (MLA)
• United States Book
Exchange (USBE)
(SUAIDEN, 1978, p.28-35) (SUAIDEN, 1978, p.36-50)
183
179. Vantagens e desvantagens da doação e permuta
• Vantagens
–Aquisição de material esgotado, raro ou antigo;
–Oportunidade de completar falhas na coleção;
–Substituir o valor de um item comprado por um
item doado/permutado;
–Meio de aquisição de publicações institucionais;
–Estabelecer intercâmbio cultural e difusão do
conhecimento mesmo entre países com restrições
comerciais;
• Desvantagens
–Atraso na entrega do material permutado.
(ANDRADE;VERGUEIRO, 1996; SUAIDEN, 1978; EVANS, 1995, p. 303) 184
180. • Para complementação de dados
bibliográficos, preços, etc. e/ou validação
– Catálogo da Biblioteca Nacional e de outras
– Publicações da Câmara Brasileira do Livro
– Books in Print, Libros españoles en venta, Les livres
disponibles, German Books in print, Catalogo dei libri
in commercio etc
– Ulrich‟s International Periodicals Directory
– DOAJ- Directory of Open Access Journal
– ACQNET
– ACQWEB
185
4.5 Instrumentos e fontes de aquisição
181. Exemplo – sistematização dos
instrumentos auxiliares de aquisição
Assuntos Catálogo de
editoras
estrangeiros
Catálogo de
editoras
nacionais
Periódicos Etc.
FDC Libraries
Unlimited,
ALA, etc.
Briquet de
Lemos,
Intertexto, etc.
DOAJ
ULRICH'S
OAB Libraries
Unlimited,
ALA, etc.
Briquet de
Lemos etc.
Etc.
182. 187
a) Aplicação e distribuição equitativa dos recursos
financeiros
b) Escolha dos fornecedores: livrarias, editoras,
agências
c) Decisão sobre o processo de aquisição, se direto
ou indireto
d) Decisão sobre suas modalidades, se no serviço
público, convite, licitação, etc.
e) Alteração de critérios face a fatores imprevistos
(MACIEL; MENDONÇA, 2000)
4.6 Políticas de aquisição
183. 188
Políticas de aquisição
f) Adoção de recursos para o controle de aquisição
face as diferentes fontes de captação
g) Implantação de rotinas para permuta e doações
h) Adoção de critérios para o registro das diferentes
coleções
i) Participação em planos ou programas de aquisição
cooperativa
j) Adoção de programas para o controle e
acompanhamento automatizado dos processos de
aquisição
(MACIEL; MENDONÇA, 2000)
184. 189
• Desenvolvimento de coleções cooperativa: um
mecanismo onde duas ou mais bibliotecas
concordam que cada uma terá certas áreas de
responsabilidade para colecionar e que elas farão
intercâmbio destes materiais gratuitamente
• Aquisição coordenada: duas ou mais bibliotecas
concordam em comprar certos materiais, e/ou
compartilhar os custos, e um ou mais ficam com os
materiais
• Consórcios: os membros compram um produto ou
serviço e cada membro recebe o produto/serviço
(EVANS, 2000, p. 455)
4.7 Cooperação
185. 190
Aquisição planificada e cooperativa
• Compartilhar recursos informacionais para
equacionar problemas de escassez financeira em
relação ao desenvolvimento de coleções,
especialmente otimizar o aproveitamento de
recursos
• Planificada: “a instituição faz um programa onde
planeja formar ou ampliar sua coleção conforme
princípios definidos dentro da filosofia e das
diretrizes institucionais. O programa estabelece
prioridades e procedimentos para adquirir o
material informacional” (FIGUEIREDO, 1998, p. 88-89)
186. Aquisição planificada e cooperativa (cont.)
• Aquisição cooperativa: as instituições, mediante acordos e
convênios, estabelecem programas envolvendo bibliotecas
de uma mesma região, com os mesmos interesses e com
especializações de assuntos, com a finalidade de assegurar
acesso a informações relevantes ao maior número possível
de usuários
• Objetivo: garantir cobertura exaustiva da literatura
especializada relevante a todos os usuários de todas as
bibliotecas cooperantes.
• Pressupostos: seleção planificada, catálogos coletivos
completos e atualizados, acesso aos materiais (“lei do
menor esforço”)
– Intensifica o uso e otimiza a relação custo/benefício com menor
investimento
– Elimina duplicações desnecessárias dentre de uma área geográfica
– Decisão sobre coleções de alto preço ou baixa demanda
(FIGUEIREDO, 1998, p. 89-93)
191
187. Implicações no processo de seleção
• Impossibilidade de atingir auto-suficiência em
termos de acervo devido à explosão informacional,
mesmo com o refinamento do processo de seleção
haverá restrições orçamentárias, físicas, espaciais,
humanas, etc.
• Organização de redes e sistemas
• Empréstimo-entre-bibliotecas
– Garantia de acesso (acesso ao documento pela outra
instituição
– Possibilidades práticas de acesso (quem vai buscar o
material?)
– Ônus para o usuário
– Custo para a biblioteca (VERGUEIRO, 1995, p. 90-93)
192
188. • É um ramo da pesquisa – a aplicação do „método
científico‟ para determinar, por exemplo, a
qualidade do desempenho de um programa;
• Reúne dados necessários para determinar quais
dentre várias estratégias alternativas parecem ter
mais probabilidade de obter um resultado
almejado;
• Componente essencial da administração (cujos
resultados) pode ajudar o administrador a alocar
recursos de modo mais eficiente;
• Reunir dados úteis para atividades destinadas a
solucionar problemas ou tomar decisões.
5 Avaliação 5.1.1