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CONCEITO E TERMO NA MODELAGEM
DE LINGUAGENS DOCUMENTÁRIAS
Adriano Cosmo da Silva
Fernanda Mendes Fontes
João Anderson do Carmo Souza
Rafael Eich
Rio de Janeiro
2021
TEORIA DO CONCEITO
DE DAHLBERG
TEORIA DO CONCEITO
“Na década de 1970, Dahlberg sistematizou e formalizou a Teoria do
Conceito, com base na Teoria Geral da Terminologia de Eugene Wüster e
na Teoria da Classificação Facetada de Ranganathan.” (MELO, 2014, p. 71).
“o conceito é uma unidade do conhecimento e só pode ser determinado a
partir da junção dos três elementos que o constitui: item de referência
(referente), propriedades (síntese de características) e termo (designações).”
(MELO, 2014, p. 71).
LINGUAGENS
“O conhecimento fixou-se através dos elementos da linguagem. Novos conhecimentos
apareceram com novos elementos linguísticos e também através destes tornaram-se mais
claros e distintos.” (DAHLBERG, 1978, p. 101).
• Linguagens naturais
• Linguagens utilizadas nas necessidades da vida diária.
• Linguagens especiais / linguagens artificiais
• Linguagens formalizadas. Ex: linguagem da química, linguagem da matemática,
linguagem da lógica, linguagens documentárias.
“Podemos dizer, utilizando a linguagem kantiana, que nossa experiência é toda
condicionada pelas formas do tempo e do espaço ou que tempo e espaço são
condições ‘a priori’ da nossa sensibilidade.” (DAHLBERG, 1978, p. 101-102).
• Objetos individuais: os objetos individuais estão aqui e agora.
• Ex.: esta casa, esta mesa, este automóvel, esta partida de futebol, etc.
• Objetos gerais: prescindem das formas do tempo e do espaço.
• Ex: as universidades, as partidas de futebol, as descobertas marítimas, etc.
OBJETO
• Categoria: conceito na sua mais ampla extensão (tem por base as categorias aristotélicas).
• Característica: atributo predicável obtido através de enunciados verdadeiros.
• Conceitos podem ser:
• Individuais
• Ex: UNIRIO. Características: é uma universidade; situada no Rio de Janeiro;
relacionada com a promoção de Ensino Superior e pesquisa científica.
• Gerais
• Ex: Universidade. Características: é constituída de um grupo de pessoas; que
trabalham, estudam e pesquisam com determinada finalidade.
O conjunto dos enunciados, em cada caso, formam os conceitos de UNIRIO e UNIVERSIDADE.
CATEGORIA, CONCEITO E CARACTERÍSTICA
“é formulando enunciados sobre os atributos necessários ou possíveis dos
objetos que se obtém as características dos respectivos conceitos”
(DAHLBERG, 1978, p. 102).
“Se o conceito ainda não tem nome é possível formulá-lo pela síntese das
características descobertas” (DAHLBERG, 1978, p. 103).
SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS:
O conceito, segundo Dahlberg (1978, p. 102), é a “compilação de enunciados
verdadeiros sobre determinado objeto, fixada por um símbolo linguístico”.
CONCEITO
CONCEITO
SÍNTESE DAS
CARACTERÍSTICAS
OBJETO
ESPÉCIES DE CARACTERÍSTICAS
ESPÉCIES EXEMPLOS
Matéria (substância) de madeira, de metal, de couro, de vidro, etc.
Qualidade possuir determinada estrutura, forma, ser redondo, colorido, etc.
Quantidade (extensão) possuir comprimento, largura, peso, etc.
Relação ser o dobro, ser mais largo, ser causa de, ser condição de, etc.
Processo (atividade) começar, continuar, terminar, realizar algo, etc.
Modo de ser estar em pé, sentado, voando, etc.
Passividade ser cortado, pressionado, etc.
Posição estar em cima, em baixo,
Localização (lugar) estar em Brasília, no Rio de Janeiro, etc.
Tempo em fevereiro de 1978, etc.
ESPÉCIES DE CONCEITOS
ESPÉCIES EXEMPLOS
Objetivos plantas, produtos, papel, etc.
Fenômenos crescimento, chuva, tráfego, etc.
Processos imprimir, sintetizar, etc.
Propriedades cego/cegueira, suave/suavidade, etc.
Relações causalidade, necessidade.
Dimensão espaço, tempo, posição, etc.
“A ordem das características depende sempre dos objetos cujos conceitos são constituídos pelas
mesmas características.” (DAHLBERG, 1978, p. 103).
• Características essenciais (necessárias): determinadas pelas finalidades e pela aplicação
• Constitutivas da essência. Ex: a bola (é material; tem uma estrutura)
• Consecutivas da essência. Ex: a bola (é de plástico)
• Características acidentais (adicionais ou possíveis): dependem da respectiva eficiência ou outros
valores em geral práticos.
• Gerais. Ex: a bola (tem forma redonda; é azul)
• Individualizantes. Ex: a bola (está na minha mão; está aqui)
ORDEM DAS CARACTERÍSTICAS
Relações lógicas baseadas em conceitos comuns:
RELAÇÕES ENTRE OS CONCEITOS
Identidade A (x, x, x) B (x, x, x) As características são as mesmas;
Implicação (relação hierárquica) A (x, x) B (x, x, x) O conceito A está contido no conceito B;
Intersecção (relação funcional) A (x, x, o) B (x, o, o) Os dois conceitos coincidem algum elemento;
Disjunção A (x, x, x) B (o, o, o) Os conceitos se excluem mutuamente. Nenhuma
característica em comum;
Negação (relação de oposição) A (x, x, o) B (o, x, o) O conceito A inclui uma característica cuja
negação se encontra em B.
• Intensão: é a soma total das características do conceito
• Ex: casa (edifício; habitualmente feito de pedra ou madeira; contendo quartos e
salas; contendo portas e janelas; etc.)
• Extensão: soma total dos conceitos mais específicos que possui.
• Ex: casa (casa de pedra; casa de madeira; etc)
INTENSÃO E EXTENSÃO DO CONCEITO
TERMOS
“O conceito não é mais apenas um elemento de significação do
termo: o termo acaba sendo um elemento do próprio conceito - o
‘terminum’ [...] Não importa, agora, se o termo é formado por uma ou
mais palavras, se é constituído por um substantivo ou por um
substantivo mais um adjetivo etc. o que importa é que ele denota um
referente.” (CAMPOS, 2001, p. 100).
EXEMPLO DE MODELAGEM
Ballasté (2011, p. 683)
apresenta em seu artigo uma
proposta de organização
conceitual do domínio de
instrumentos musicais de
cordas dedilhadas utilizando a
Teoria do Conceito, proposta
por Dahlberg (1978).
EXEMPLO DE MODELAGEM
1ª Seleção das unidade de análise a partir
de um universo de itens, os que forem
pertinentes. Para a pesquisa, a autora
selecionou os itens: guitarra, guitarra
portuguesa, viola, viola francesa e violão.
2ª Compilação de definições originais das
unidades de análise e posterior
identificação de características dos
objetos. As características mencionadas
pela autora foram: tem trastes; tem cordas;
tem cravelhas.
3º Definição do termo pelo qual o conceito
será denominado. A autora menciona os
seguintes termos definidos: guitarra,
chitara e banxa.
REFERÊNCIAS
BALLESTÉ, A. O. Organização conceitual do domínio de instrumentos musicais com base na
Teoria do Conceito. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, v. 4,
n. 1, p. 1-12, 2011.
CAMPOS, Maria Luiza de Almeida. 4.3 PRINCíPIOS DA TEORIADO CONCEITO. In
Linguagem documentária: teorias que fundamentam sua elaboração. Niterói, RJ: EdUFF,
2001. p.100-103.
DAHLBERG, Ingetraut. Teoria do Conceito. Ciência da Informação, v.7, n.2, p.. Ci.
LARA, M. L. G. Linguagem documentária e terminologia. Transinformação, Campinas, n.
16, p. 232-240, set./dez.2004
MELO, M. A. F.; BRÄSCHER, M. Termo, conceito e relações conceituais: um estudo das
propostas de Dahlberg e Hjørland., Ciência da Informação v. 41, n. 1, p.67-80, 2014.
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  • 1. CONCEITO E TERMO NA MODELAGEM DE LINGUAGENS DOCUMENTÁRIAS Adriano Cosmo da Silva Fernanda Mendes Fontes João Anderson do Carmo Souza Rafael Eich Rio de Janeiro 2021
  • 3. TEORIA DO CONCEITO “Na década de 1970, Dahlberg sistematizou e formalizou a Teoria do Conceito, com base na Teoria Geral da Terminologia de Eugene Wüster e na Teoria da Classificação Facetada de Ranganathan.” (MELO, 2014, p. 71). “o conceito é uma unidade do conhecimento e só pode ser determinado a partir da junção dos três elementos que o constitui: item de referência (referente), propriedades (síntese de características) e termo (designações).” (MELO, 2014, p. 71).
  • 4. LINGUAGENS “O conhecimento fixou-se através dos elementos da linguagem. Novos conhecimentos apareceram com novos elementos linguísticos e também através destes tornaram-se mais claros e distintos.” (DAHLBERG, 1978, p. 101). • Linguagens naturais • Linguagens utilizadas nas necessidades da vida diária. • Linguagens especiais / linguagens artificiais • Linguagens formalizadas. Ex: linguagem da química, linguagem da matemática, linguagem da lógica, linguagens documentárias.
  • 5. “Podemos dizer, utilizando a linguagem kantiana, que nossa experiência é toda condicionada pelas formas do tempo e do espaço ou que tempo e espaço são condições ‘a priori’ da nossa sensibilidade.” (DAHLBERG, 1978, p. 101-102). • Objetos individuais: os objetos individuais estão aqui e agora. • Ex.: esta casa, esta mesa, este automóvel, esta partida de futebol, etc. • Objetos gerais: prescindem das formas do tempo e do espaço. • Ex: as universidades, as partidas de futebol, as descobertas marítimas, etc. OBJETO
  • 6. • Categoria: conceito na sua mais ampla extensão (tem por base as categorias aristotélicas). • Característica: atributo predicável obtido através de enunciados verdadeiros. • Conceitos podem ser: • Individuais • Ex: UNIRIO. Características: é uma universidade; situada no Rio de Janeiro; relacionada com a promoção de Ensino Superior e pesquisa científica. • Gerais • Ex: Universidade. Características: é constituída de um grupo de pessoas; que trabalham, estudam e pesquisam com determinada finalidade. O conjunto dos enunciados, em cada caso, formam os conceitos de UNIRIO e UNIVERSIDADE. CATEGORIA, CONCEITO E CARACTERÍSTICA
  • 7. “é formulando enunciados sobre os atributos necessários ou possíveis dos objetos que se obtém as características dos respectivos conceitos” (DAHLBERG, 1978, p. 102). “Se o conceito ainda não tem nome é possível formulá-lo pela síntese das características descobertas” (DAHLBERG, 1978, p. 103). SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS:
  • 8. O conceito, segundo Dahlberg (1978, p. 102), é a “compilação de enunciados verdadeiros sobre determinado objeto, fixada por um símbolo linguístico”. CONCEITO CONCEITO SÍNTESE DAS CARACTERÍSTICAS OBJETO
  • 9. ESPÉCIES DE CARACTERÍSTICAS ESPÉCIES EXEMPLOS Matéria (substância) de madeira, de metal, de couro, de vidro, etc. Qualidade possuir determinada estrutura, forma, ser redondo, colorido, etc. Quantidade (extensão) possuir comprimento, largura, peso, etc. Relação ser o dobro, ser mais largo, ser causa de, ser condição de, etc. Processo (atividade) começar, continuar, terminar, realizar algo, etc. Modo de ser estar em pé, sentado, voando, etc. Passividade ser cortado, pressionado, etc. Posição estar em cima, em baixo, Localização (lugar) estar em Brasília, no Rio de Janeiro, etc. Tempo em fevereiro de 1978, etc.
  • 10. ESPÉCIES DE CONCEITOS ESPÉCIES EXEMPLOS Objetivos plantas, produtos, papel, etc. Fenômenos crescimento, chuva, tráfego, etc. Processos imprimir, sintetizar, etc. Propriedades cego/cegueira, suave/suavidade, etc. Relações causalidade, necessidade. Dimensão espaço, tempo, posição, etc.
  • 11. “A ordem das características depende sempre dos objetos cujos conceitos são constituídos pelas mesmas características.” (DAHLBERG, 1978, p. 103). • Características essenciais (necessárias): determinadas pelas finalidades e pela aplicação • Constitutivas da essência. Ex: a bola (é material; tem uma estrutura) • Consecutivas da essência. Ex: a bola (é de plástico) • Características acidentais (adicionais ou possíveis): dependem da respectiva eficiência ou outros valores em geral práticos. • Gerais. Ex: a bola (tem forma redonda; é azul) • Individualizantes. Ex: a bola (está na minha mão; está aqui) ORDEM DAS CARACTERÍSTICAS
  • 12. Relações lógicas baseadas em conceitos comuns: RELAÇÕES ENTRE OS CONCEITOS Identidade A (x, x, x) B (x, x, x) As características são as mesmas; Implicação (relação hierárquica) A (x, x) B (x, x, x) O conceito A está contido no conceito B; Intersecção (relação funcional) A (x, x, o) B (x, o, o) Os dois conceitos coincidem algum elemento; Disjunção A (x, x, x) B (o, o, o) Os conceitos se excluem mutuamente. Nenhuma característica em comum; Negação (relação de oposição) A (x, x, o) B (o, x, o) O conceito A inclui uma característica cuja negação se encontra em B.
  • 13. • Intensão: é a soma total das características do conceito • Ex: casa (edifício; habitualmente feito de pedra ou madeira; contendo quartos e salas; contendo portas e janelas; etc.) • Extensão: soma total dos conceitos mais específicos que possui. • Ex: casa (casa de pedra; casa de madeira; etc) INTENSÃO E EXTENSÃO DO CONCEITO
  • 14. TERMOS “O conceito não é mais apenas um elemento de significação do termo: o termo acaba sendo um elemento do próprio conceito - o ‘terminum’ [...] Não importa, agora, se o termo é formado por uma ou mais palavras, se é constituído por um substantivo ou por um substantivo mais um adjetivo etc. o que importa é que ele denota um referente.” (CAMPOS, 2001, p. 100).
  • 15. EXEMPLO DE MODELAGEM Ballasté (2011, p. 683) apresenta em seu artigo uma proposta de organização conceitual do domínio de instrumentos musicais de cordas dedilhadas utilizando a Teoria do Conceito, proposta por Dahlberg (1978).
  • 16. EXEMPLO DE MODELAGEM 1ª Seleção das unidade de análise a partir de um universo de itens, os que forem pertinentes. Para a pesquisa, a autora selecionou os itens: guitarra, guitarra portuguesa, viola, viola francesa e violão. 2ª Compilação de definições originais das unidades de análise e posterior identificação de características dos objetos. As características mencionadas pela autora foram: tem trastes; tem cordas; tem cravelhas. 3º Definição do termo pelo qual o conceito será denominado. A autora menciona os seguintes termos definidos: guitarra, chitara e banxa.
  • 17. REFERÊNCIAS BALLESTÉ, A. O. Organização conceitual do domínio de instrumentos musicais com base na Teoria do Conceito. Tendências da Pesquisa Brasileira em Ciência da Informação, v. 4, n. 1, p. 1-12, 2011. CAMPOS, Maria Luiza de Almeida. 4.3 PRINCíPIOS DA TEORIADO CONCEITO. In Linguagem documentária: teorias que fundamentam sua elaboração. Niterói, RJ: EdUFF, 2001. p.100-103. DAHLBERG, Ingetraut. Teoria do Conceito. Ciência da Informação, v.7, n.2, p.. Ci. LARA, M. L. G. Linguagem documentária e terminologia. Transinformação, Campinas, n. 16, p. 232-240, set./dez.2004 MELO, M. A. F.; BRÄSCHER, M. Termo, conceito e relações conceituais: um estudo das propostas de Dahlberg e Hjørland., Ciência da Informação v. 41, n. 1, p.67-80, 2014.