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Cálculos de Medicações
ENF
. Gislaine Raposo
FEVEREIRO/2020 –
UNICAMP / VUNESP
 Definições
 Porcentagem
 Cálculo diluição de medicamentos
 Cálculo com penicilina cristalina
 Cálculo de insulina
 Cálculo com heparina
 Cálculo de gotejamento
 Transformação de soro
 Rediluição
Conceitos básicos
Solução : mistura homogênea composta de soluto e solvente.
- Solvente: é a porção líquida da solução.
- Soluto: é a porção sólida da solução.
Exemplo: No soro glicosado a água é o solvente e a glicose é o
soluto.
• SOLUÇÃO ISOTÔNICA: a concentração é igual ou
próxima a do plasma sanguíneo
• SOLUÇÃO HIPERTÔNICA: a concentração é maior
qua a do plasma sanguíneo
• SOLUÇÃO HIPOTÔNICA: a concentração é menor
que a do plasma sanguíneo
Concentração
 É a relação entre a quantidade de soluto e
solvente.
 Exemplo: g/ml a quantidade em gramas
de soluto pela quantidade em mililitros de
solvente
Proporção
 É a forma de expressar uma concentração
e consiste na relação entre soluto e
solvente expressa em “partes”.
Exemplo: 1:500, significa que há 1g de
soluto para 500ml de solvente.
Porcentagem
 É uma outra forma de expressar uma
concentração. O termo por cento (%)
significa
que a quantidade de solvente é sempre
100ml.
 Exemplo: 7%, significa que há 7g de
soluto em 100ml de solvente.
Regra de três
 Relação entre grandezas proporcionais. A
regra de três permite de forma simples,
estruturar o problema obtendo sua
solução, que neste caso, é a prescrição
determinada. Importante observar que a
regra de três só se faz necessária, quando
não conseguimos resolver o problema
de maneira direta.
EQUIVALÊNCIAS PARA TRANSFORMAÇÃO DE
UNIDADES
• 1g = 1000mg = 1000 000mcg
• 1mg = 1000mcg
• 1L = 1000ml
• 1ml = 20 gotas ou macrogotas
• 1ml = 60 microgotas
• 1 gota = 3 microgotas
Cálculo para administração de
medicamentos
No preparo e na administração de medicamentos
é preciso muita consciência e o máximo de
atenção.
Não podemos administrar mais ou menos a dose
prescrita. Ela tem que ser exata! E somente
através dos cálculos que é possível.
Exemplo 1
Foram prescritos 500mg VO de keflex (cefalexina)
suspensão de 6/6h.Quantos ml devemos administrar?
Observe que temos no frasco 250mg em 5 ml
Agora é só montar a regra de três.
250mg (temos em) 5ml
500mg (não sabemos) X ml
Exemplo 1
Utilizando a propriedade fundamental das proporções:
250mg 5ml
500mg Xml
X está na grandeza do ml, portanto, a resposta será
em ml.
X . 250= 500.5
X . 250=2.500
X = 2.500/250
X = 10
portanto X =10 ml
Exemplo 2.
Foram prescritos 125mg de vitamina C VO as
refeições. Temos na clinica comprimidos de
500mg. Portanto precisaremos esmagar o
comprimido após dividi-lo ao meio (250mg).
Diluiremos em 10ml então teremos:
250mg (metade do cp)----------------10ml
125mg (não sabemos)------------------Xml
Exemplo 2.
250mg-----------------10ml
125mg-------------------Xml
X . 250=125.10
X . 250=1.250
X = 1.250 = 5
250
X = 5ml
Exemplo 3.
Deveremos administrar 200mg de cefalim (cefalotina)
EV de 6/6h. Temos na clinica um fr/amp de 1g. Como
proceder?
Precisaremos diluir o medicamento há somente
soluto,a quantidade de solvente que vou utilizar sera
de 10ml, sendo a quantidade do soluto e de 1g =
1.000mg, fazendo sempre a conversão quando
necessária.
Cálculo com Penicilina cristalina
A pc não deve ser administrada diretamente na
veia ela deve ser administrada na bureta e
infundida no minimo em 30 min. Ela vem
apresentada num fr/amp como um pó-liofilizado.
Portanto precisaremos diluir a medicação.
Normalmente nos hospitais, o fr/amp de
5.000.000UI e 10.000.000UI
OBSERVAÇÕES:
• Se a quantidade de AD não estiver na prescrição, quem determina é
quem está preparando
AMPOLA - DILUENTE
PM - X
Exemplo 1.
Temos que administrar 2.000.000UI de pc EV de 4/4h. Há na
clinica fr/amp de 5.000.000UI. Quantos ml deveremos
administrar?
Obs: Ao injetarmos o solvente no frasco, vamos observar
que o volume total sempre ficará com 2ml à mais ( ex:se
utilizarmos 8ml de AD, o volume total será de 10ml).
5.000.000UI 8ml de AD + 2ml do pó.
Exemplo 1.
• X . 5.000.000 = 2.000.000 . 10
• X . 5.000.000 = 20.000.000
• X = 20.000.000 = 4
• 5.000.000
• X = 4ml
Assim:
5.000.000UI 10ml
2.000.000UI Xml
EXEMPLO 2
Temos que administrar 4.800.000UI de PC EV de
4/4h. Há na clinica fr/amp de 10.000.000UI.
Quantos ml deveremos administrar?
Cálculo de Insulina
REGULAR: - ação rápida
NPH – ação lenta
INSULINA GLARGINA (LANTUS) – Ação continua –
unica dose a cada 24 horas
Atualmente existem insulinas na concentração de
100UI/ml e seringas de 1ml graduada também em 100UI.
Assim por exemplo se for prescrito 20UI e só aspirar o
medicamento ate a marca de 20UI e administrar ao
paciente.
A problemática é quando não temos a seringa
correta ou frascos com apresentação
diferente
• FRASCO ----- SERINGA
• PRESCRIÇÃO ------ X
• FUI ----- SALVO
• PELO ----- X
• SERINGA SEMPRE USAREMOS A DE 1 ML DE REFERÊNCIA
Exemplo 1.
Foram prescritos 50UI de insulina NPH por via subcutânea (sc) e
não temos seringa própria, só de 3ml e agulha 10x5. Como
devemos proceder?
100UI/ml (lê-se: em 1ml temos 100UI de insulina)
100UI 1 ml
50UI X ml
X .100 = 50 .1
X . 100 = 50
X = 50 = 0,5
100
Devemos aspirar 0,5ml de insulina e administrar ao paciente, utilizando uma seringa de
3ml e agulha 10x5
Cálculo com Heparina(Liquinine)
• Também a heparina é apresentada em UI. Ela é
encontrada de duas maneiras:
• Ampola 5.000UI/0,25ml
• fr/amp 5.000UI/ml (frascos com 5ml)
Exemplo 1.
Temos que administrar 2.500UI de heparina
subcutânea de 12/12h. E só temos fr/amp com
5.000UI/ml. Quantos ml dessa solução devemos
administrar?
Obs:Temos 5.000UI/ml lê-se 5.000 UI em cada 1ml
5.000UI 1ml
2.500UI Xml
X . 5.000 = 2.500 . 1
X . 5.000 = 2.500
X = 2.500 = 0,5
5.000
X = 0,5ml
Cálculo de Gotejamento
A bomba de infusão é um grande auxilio de
volume infundível portanto, vamos aprender o
cálculo de gotejamento e o controle de volume
fundido por hora, através da confecção de fita de
horário.
Exemplo 1.
Quantas macrogotas (gotas) deveraõ correr em 1min. Para
administrar 1000ml de soro glicosado (SG) a 5% de 6 em 6
horas?
N° de gotas/min = V
Tx3
V = Volume em ml T = Tempo em horas
Exemplo 1.
• Agora basta substituir:
• V=1000ml
• T=6 h
• V = 1000ml = 1000 = 55,5 = 56 gotas/min
• Tx3 6x3 18
Exemplo 2.
Quantas microgotas deverão correr em um
minuto, para administrar 300ml SF 0,9% em 4 horas?
N° de microgotas/min = V
T
V=Volume em ml T=Tempo em horas
Exemplo 2.
Agora basta substituir:
V= 300ml
T= 4 h
V = 300ml = 300 = 75 microgotas/min
T 4 4
Exemplo 3.
Devemos administrar 100ml de bicarbonato de sodio
a 10% em 30 min. Quantas gotas deverão correr por
minuto?
N° de gotas/minuto = V x 20
T
V = 100ml T= nº de minutos = 30
Exemplo 3.
N° de gotas/minuto = V x 20
nº de minutos
N° de gotas/minuto = 100 x 20 =
30
2.000 = 66,6 = 67 gotas/min.
30
Exemplo 3.
E se fôssemos utilizar uma bureta para administrar o
bicarbonato?
Então seriam microgotas e não macrogotas.
N° de Microgotas/minuto = V.60 =
T
100.60 = 6000 = 200 microgotas /min.
30 30
Exemplo 4.
Devemos administrar o seguinte soro:
SG 5% ---------------- 400ml
NaCL 30% ------------- 20ml
KCL 19,1%------------- 10ml
Vit C 10%----------------- 5ml
Complexo B ------------ 2ml
Quantas gotas deverão correr por minuto?(EV 6/6h.)
Transformação do Soro
O soro é uma solução injetável e muito usado
para hidratação e alimentação do paciente é
também utilizado como solvente de medicamento.
Exemplo 1.
Foi prescrito SG 6% - 500ml e não temos na clinica.
Temos somente - SG5% - 500ml e ampola de glicose a 50% - 10ml.
Como deveremos proceder?
 1º passo: O que pede a PM em gramas ?
 2º passo: Quantos gramas temos no nosso SG?
 3º passo: Quantos gramas faltam para completar a PM ?
 4º passo: Quantos gramas temos em cada ampola ?
 5°passo: Quantos ml de glicose preciso adicionar ao soro disponível.
 6°passo: Quantos gramas de G vou desprezar ?
 7°passo: Quantos ml preciso para repor a G que desprezei ?
Exemplo 1.
ica
1º passo é saber quantos gramas de G tem no
soro da PM. Se ele é a 6%, eu tenho 6gr em cada
100ml.
6gr -------- 100ml
X ---------- 500ml
1X = 6.5
X = 30/1
X = 30gr
Já sabemos que no soro da prescrição méd
tem 30gr de G
Exemplo 1.
 2º passo temos que procurar saber quantos gr de G
tem no soro disponível. Se ele é a 5%, temos 5gr
em 100ml.
• 5gr -------- 100ml
• X ----------- 500ml
• 1X = 5.5
• X = 25/1
• X = 25gr.
 Já sabemos que no soro disponível temos 25gr de
G.
Exemplo 1.
 3º passo, estamos procurando saber quantos
gramas de glicose, iremos adicionar ao soro
disponível, para transformá-lo na prescrição
médica. Então, temos que subtrair prescrição
médica menos disponível.
• 30gr – 25gr = 5gr
 Preciso de 5gr de glicose para realizar minha
transformação.
 Bom, para eu colocar essa G dentro do soro, vou
precisar das ampolas de G, então, terei que saber
quantas gr de G tem na ampola.
EXEMPLO 1
• 4º passo quero saber quantas gr de G tem na
• ampola. Minha ampola é a 50%, então, tenho 50gr em 100ml.
• •50gr --------- 100ml
• • X ---------- 10ml
• • 10X = 50.1
• X = 50/10
 X = 5gr
 Na ampola de G temos 5gr de G.
•
• Bom, já calculamos, e sabemos que o SG6% da PM
tem 30gr; já sabemos que o SG5% disponível tem
25gr; já sabemos que precisamos de 5gr para fazer a
transformação e que na ampola temos 5gr de G.
EXEMPLO 1
 5º passo eu quero saber quantas ml de
glicose preciso adicionar ao soro disponível,
já que preciso de 5gr.
• 5gr ---------- 10ml
 5gr X
• 5X = 5.10
• X = 50/5
 X = 10ml
 Preciso adicionar 10ml de G no soro
disponível para realizar a transformação.
 Se eu colocar 10ml de G no soro disponível,
a concentração estará certa, mas o volume
não, porque, se eu acrescentar 10ml no soro
de 500ml, o volume será então de 510ml.
Então, antes de colocar os 10ml de G, tenho
que desprezar 10ml do soro glicosado.
Desprezando os 10ml, estou jogando G fora,
então, terei que saber quantas Gr de G
estou jogando fora para poder repor.
EXEMPLO 1
 6º passo quero saber quantos gramas de G vou
desprezar, para repor depois.
5gr ------------ 100ml
• X --------------- 10ml
• 10X = 5.1
• X = 5/10
• X= 0,5g
•
• Desprezando os 10ml estou perdendo 0,5gr de G.
Terei que repor essa glicose para administrar o
medicamento na mesma concentração que o médico
prescreveu.
EXEMPLO 1
• 7º passo, quero saber quantos ml preciso para repor a G que
desprezei. Vou utilizar as ampolas novamente.
• •5gr ---------- 10ml
• •0,5g X
• •5X = 0,5.10
• • X = 5/5
• X = 1ml.
• Preciso adicionar 1ml de G no soro disponível para repor a
glicose que desprezei.
• Portanto, o soro da prescrição médica agora terá 501ml ao invés
de 510ml. Pense, o cliente irá receber só 1ml a mais.
• Ao todo precisará de 11ml de G para realizar a transformação.
Vamos praticar?
Assinale a alternativa correta. O desequilíbrio hidro-
eletrolítico normalmente é corrigido pela reposição
de volume e eletrólitos. Dispondo de 500 ml de soro
glicosado a 10% e ampolas de glicose a 50% com
10 ml cada, quantas ampolas serão necessárias
para transformar este soro em solução de glicose a
20%?
a) 50
b) 10
c) 25
d) 15
e) 5
REDILUIÇÃO
• É diluir ainda mais o medicamento, aumentando o valume do
solvente, com o objetivo de obter dosagens pequenas ou seja
concentração menores de soluto, porém com um volume que
possa ser trabalhado com segurança.
Foi prescrito aminofilina 15 mg IV, tem-se na
unidade, ampolas de 240 mg/10 ml. Como
proceder?
PM: 3mg
DISPONÍVEL: 240 mg/ 10 ml
240 mg ------ 10 ml
3 mg ------ X
X = 0,125 ml
240 mg ------- 10 ml
X -------- 1 ml
X = 24 mg
24 mg ---------10 ml (9 + 1ml)
3mg ---------- X
X = 1,25
Assistência de enfermagem na
situações de violência sexual e
doenças sexualmente
transmissíveis.
Violência
“O uso intencional da força física ou do poder,
real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra
pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade,
que resulte ou tenha grande possibilidade de
resultar em lesão, morte, dano psicológico,
deficiência de desenvolvimento ou privação”.
Relatório Mundial sobre Violência e Saúde – OMS,
Violência
É preciso ter em mente que a violência possui
algumas características como:
A) é um fato humano e social;
B) é histórica;
C) abrange todas as classes e segmentos sociais; D)
está dentro de cada um de nós.
Procedimentos em caso de Suspeita de Violência Contra
a Mulher
Profissional atua no sentido de:
• mapear potenciais riscos que a mulher pode correr e
avaliar junto com a mulher os riscos, tentativas
anteriores e formas de prevenção;
• partindo das questões trazidas pelas mulheres em
atendimento, informar que a violência é uma situação de
alta ocorrência, tem caráter social e está associada às
desigualdades de direitos entre o homem e a mulher;
• discutir os planos da mulher para a vida dela,
buscando encontrar alternativas à situação atual.
Notificação dos Casos
• A Portaria GM/MS nº 1.271, de 6 de junho de 2014,
define a Lista Nacional de Notificação Compulsória
de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos
serviços de saúde públicos e privados em todo o
território nacional. Nesta, a violência sexual e a
tentativa de suicídio passam a ter notificação
imediata (24 horas) para a Secretaria Municipal de
Saúde.
Lei 11.340 –Lei Maria da Penha
“Violência Sexual como qualquer conduta que a
constranja a presenciar, a manter ou a participar de
relação sexual não desejada, mediante intimidação,
ameaça, coação ou uso da força; que a induza a
comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua
sexualidade, que a impeça de usar qualquer método
contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez,
ao aborto ou à prostituição, mediante coação,
chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou
anule o exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos.”
Lei Nº 12.845, DE 1º/08/2013
• Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de
pessoas em situação de violência sexual.
• Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência
sexual atendimento emergencial, integral e multidisciplinar,
visando ao controle e ao tratamento dos agravos físicos e
psíquicos decorrentes de violência sexual, e
encaminhamento, se for o caso, aos serviços de
assistência social.
Decreto 7958 de 13/03/2013
Trata da atuação Integrada entre a Segurança
Pública e a Saúde.
• Art 4º - Procedimentos
-Item 3 – Preenchimento do Termo de Relato
Circunstanciado e Termo de Consentimento
Informado;
-Item 4 – Coleta de Vestígios (cadeia de Custódia)
para encaminhamento à perícia oficial.
Menos de 72 horas
• ATENDIMENTO MÉDICO
– TESTES RÁPIDOS (GRAVIDEZ E HIV)
– MEDICAÇÃO PROFILÁTICA (EXCETO EM ABUSO
CRÔNICO)
– ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA
– 1ª COLETA (AGUARDAR O IML)
• PREENCHER – TERMO DE CONSENTIMENTO
COMUNICAR – CONSELHO TUTELAR (SE CRIANÇA)
– DELEGACIA DA MULHER (COMUNICARÁ O IGP), SE CONSENTIDO.
OBRIGATÓRIO SE CRIANÇA.
– VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• MANUTENÇÃO DO TTO
• CRONOGRAMA DE COLETAS
• ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL.
Mais de 72 horas
• ACOLHIMENTO
– TESTES RÁPIDOS (GRAVIDEZ E HIV)
– ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA ATÉ 5 DIAS.
• COMUNICAR
– CONSELHO TUTELAR (SE CRIANÇA)
– SUGERIR DELEGACIA DA MULHER. OBRIGATÓRIO SE CRIANÇA.
• CRONOGRAMA DE COLETAS
• ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL
Gravidez decorrente de Violência Sexual
• Manter a gestação e ficar com a criança;
• Manter a gestação/ adoção;
• Interromper a gestação (abortamento legal).
ABORTO Ato Portaria No 1.508 /GM, de 01 de setembro de 2005
Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da
Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS
De acordo com o art 128, inciso II do Código Penal, o abortamento é permitido
quando a gravidez resulta de estupro, crime tipificado no art 213 do Código Penal.
Nesse caso exige-se o consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu
representante legal.
Constituição Federal – Art. 87 - § único – inciso II
Gravidez Decorrente da Violência Sexual Consentimento
“A realização do abortamento não se condiciona à decisão judicial que ateste e
decida se ocorreu estupro ou violência sexual. Portanto, a lei penal brasileira não
exige alvará ou autorização judicial para a realização do abortamento em casos de
gravidez decorrente violência sexual. O mesmo cabe para o Boletim de Ocorrência
Policial e para o laudo do Exame de Corpo de Delito e Conjunção Carnal, do Instituo
Médico Legal. Embora esses documentos possam ser desejáveis em algumas
circunstâncias, a realização do abortamento não está condicionada a apresentação
dos mesmos. Não há sustentação legal para que os serviços de saúde neguem o
procedimento caso a mulher não possa apresentálos.”
IST – INFECÇÕES SEXUALMENTE
TRANSMISSIVEIS
MudançadeT
erminologia:D
S
T IST
DST(doenças)
• Implica em sinaise
sintomasvisíveisno
organismodoindivíduo
IST(Infecções)
• Podemter períodos
assintomáticasousemanter
assintomáticasdurante toda
a vida, sendodetectadas
pormeio deexames
laboratoriais
Otermo ISTalerta a populaçãosobrea possibilidadede ter e
transmitir umainfecção,mesmosemsinaise sintomas.
InfecçõesSexualmenteTransmissíveis
SINTOMÁTICOS
ASSINTOMÁTICOS
Considerações
Iniciais
Síndromes
 Úlceras genitais
 Corrimento
uretral
 Corrimento
vaginal
 DIP
Classificação
Doenças essencialmente
transmitidas por contágio sexual
 Sífilis
 Gonorréia
 Cancro mole
 Linfogranuloma venéreo
Classificação
Doenças freqüentem
transmitidas por contágio sexual


 Donovanose

 Uretrite não gonocócica

 Herpes simples genital

 Condiloma acuminado

 Candidíase genital

 Ftiríase

 Hepatite B


 AIDS
Classificação
Doenças eventualmente
transmitidas por contágio sexual
 Molusco contagioso
 Pediculose
 Escabiose
 Shiguelose
 Amebíase
Cancro Mole
Cancro
Mole
Sinonímia: cancróide,
cancrela,cancro venéreo simples,
cancro de Ducrey, “cavalo”
Incubação: 2 a 5 dias
Haemophilus ducreyi: cocobacilo,
Gram- negativo e agrupado em
cadeias (estreptobacilos)
Manifestações Clínicas
Úlceras múltiplas, bordas
irregulares, autoinoculáveis,
fagedênicas, inflamadas, adenite
regional unilateral (bubão) com
supuração em orifício único
Homem: sulco balanoprepucial
Mulher: fúrcula e face interna dos
pequenos e grandes lábios
Cerca de 20 casos em homens para
1 caso em mulher
Tratamento
Azitromicina 1g VO em dose única
Ciprofloxacina 500mg VO 12/12h por 3
dias
Eritromicina (estearato) 500mg VO 8/8h
7 dias
Doxiciclina 100mg VO 12/12h ou 200mg
VO 1 vez ao dia por 7 dias
Tianfenicol granulado 5g (2 envelopes
de 2,5g) VO dose única
Tianfenicol 500mg VO 8/8h 7 dias
Ceftriaxona 250mg IM dose única
Linfogranuloma Venéreo
Linfogranuloma Venéreo
Linfogranuloma inguinal, doença de
Nicolas-Frave-Durand, adenite
climática, quarta moléstia,
poroadenite supurativa
benigna,“mula”
Incubação: uma a 2 semanas
Chlamydia trachomatis cepas L1,L2
e L3
Manifestações
Clínicas
Adenite inguinal inflamatória e
dolorosa (bubão)
Lesões genitoinguinal (fase aguda) ou
genitorretal (fase crônica)
Fase aguda: fistulização multifocal
(“bico de regador”), sintomas
gripais, mal-estar geral
Fase crônica: linfonodos pararretais
(estenose de reto), estiomene
(elefantíase com fístulas e úlceras)
Tratamento
Doxiciclina 100mg VO 12/12h ou 200
mg 1 vez ao dia por 21 dias
Azitromicina 1g VO uma vez por
semana por 3 semanas
Eritromicina (estearato) 500mg 6/6h
VO por 21 dias
Sulfametoxazol 800mg + trimetoprina
160mg VO 12/12h por 21 dias
Tianfenicol 500mg 8/8h por 21 dias
Donovanose
Donovanose
Granuloma inguinal, tropical,
contagioso, ulcerativo, esclerosante,
úlcera venérea crônica, donovani
Incubação: variável de 3 dias a 6
meses
Klebisiella (Calymmatobacterium)
granulomatis: cocobacilo
encapsulado, pleomorfo,
extremidades arredondadas (alfinete
de fraldas) encontrada dentro do
citoplasma de histiócitos ou
macrófagos
Manifestações
Clínicas
Ulcerações de bordas planas ou
hipertróficas, com fundo
granuloso, de aspecto vermelho
vivo e fácil sangramento
Podem ser múltiplas que evoluem
para necrose
Lesões crônicas
Ausência de linfadenopatia
regional
Tratamento
Doxiciclina 100mg VO 12/12h ou
200mg 1 vez por dia (primeira
escolha)
Ciprofloxacina 750mg VO 12/12h
Azitromicina 1g VO 1 vez por semana
Sulfametoxazol/trimetoprim (400/80
mg) 02 comprimidos VO 12/12h
 O tratamento deve ser feito até a
cicatrização das lesões, por no
mínimo 21 dias
Herpes genital
Herpes genital
Sinonímia: herpes febril
Incubação:de um a 26 dias (média de
7 dias) após o contágio
Agente etiológico: herpes simples
(HVS 1 e HVS 2), DNA-vírus,
termolábeis e sensíveis ao éter,
fenol e formol
Manifestações Clínicas
Primoinfecção
Precedida por sintomas subjetivos
Edema, ardor, prurido e dor
Vesículas agrupadas com base
eritematosa que duram de 4 a 5 dias
e depois erosam
Duas a 3 semanas de duração
Febre, cefaléia, mal-estar e mialgia
Adenopatia inguinal e femoral
Manifestações Clínicas
Infecção recorrente
HSV latente na bainha de mielina
dos nervos periféricos
Surtos recorrentes com
manifestações clínicas mais
amenas
Quadro clínico mais severo em
imunodeficientes
Tratamento
Aciclovir 400mg VO 8/8h por 5 dias
Aciclovir 200mg VO 4/4h (exceto a
dose da madrugada= 5 vezes ao dia)
por 5 dias
Fanciclovir 125mg VO 12/12h por 5
dias
Valaciclovir 500mg VO 12/12h por 5
dias
Gonorréia e Clamídia
Gonorréia
Doença gonocócica, blenorragia,
pingadeira, gota matinal, estrela da
manhã, fogagem, esquentamento e
escorrimento
Incubação: 2 a 10 dias (24h a 20 dias)
Neisseria gonorrhorea: diplococo
Gram- negativo, intra-celular de
polimorfonuclear
Manifestações Clínicas
Masculinas
Formigamento ou prurido intra-
uretral, com disúria
Fluxo uretral mucoso ou
mucopurulento, com eliminação
abundante e espontânea
Edema e eritema de bordas do meato
uretral
Manifestações Clínicas
Femininas
Metade assintomática ou
oligossintomática
Disúria, urgência urinária
Secreção amarelo-esverdeada,
vulvovaginite
Endocervicite, muco cervical turvo,
hiperemia de colo
Metrorragia, prurido anal, secreção
anal mucopurulenta
Dor pélvica ou ao toque vaginal
combinado
Infecção por Chlamydia
Uretrite não gonocócica (UNG),
cervicite, doença inflamatória
pélvica (DIP)
Incubação: duas semanas a 1 mês
Chlamydia trachomatis: cepas D, E, F,
G, I, J e K bactérias parasitas
intracelulares obrigatórias
Manifestações Clínicas
Masculinas
Uretrite com secreção clara e
mucóide
Raramente purulenta
Disúria leve ou moderada
Femininas
Endocervite com muco cervical
Ectopia e friabilidade com
sangramento
Condilomas Genitais
(HPV)
Condilomas Genitais
Condiloma acuminado, verrugas
anogenitais, thymus, ficus, crista-de-
galo
Papilomavírus humano (HPV)-
hiperplasia celular
Virose mais comum transmitida por
via sexual
Mais prevalente em mulheres
Associação com Neoplasias Intra-
Epiteliais do colo uterino
Condilomas Genitais
Período de Incubação:
Variável, relacionado a competência
imunológica do indivíduo
De 3 semanas a 8 meses (média 3
meses)
Pode ser por tempo indeterminado
Etiologia
Human Papillomavirus (HPV)
São DNA vírus não cultiváveis in vitro
Existem mais de 100 subtipos (35
específicos para o epitélio anogenital)
 Baixo risco: HPV 6, 11, 42, 43, 44 -
comumente não integrados ao genoma
do hospedeiro (verrugas)
 Intermediários: HPV 33,35,51 e 52
Manifestações Clínicas
Infecções transitórias (50% dos
casos), com completa eliminação
do vírus (indivíduos
imunocompetentes)
Surgimento de lesões, com
regressão espontânea em 30-50%
dos casos
Lesões persistentes, resistentes ao
tratamento convencional (alto
risco)
Prevenção
Evitar comportamento sexual de
risco
Uso de preservativos
Exame ginecológico de rotina
Busca ativa e seguimento de
parcerias
Vacina contra HPV
CuidadoIntegral à Sífilis
História natural dasífilis
Agente Etiológico: Treponemapallidum
Possuibaixa resistência ao meio ambiente. É
sensível àação do sabãoe de outros
desinfetantes;
Forma de transmissão: sexual e vertical;
Transmissão sexual é maior (cerca de 60%)
nos estágios iniciais (primária, secundária e
latente recente);
Em gestantes não tratadas ou tratadas
inadequadamente a taxa de transmissão de
até 80% para o feto, nos estágios iniciais
(primária, secundária e latente recente)
Abordagemintegral
Promoção e
prevençãoem
SaúdeSexual
eReprodutiva
Diagnóstico
precoce e
T
ratamento
oportuno
Acompanha
mento dos
casos
Abordagem
da parceria
sexual
Notificação
doscasos
2. DIAGNÓSTICOde sífilis
SUSPEIT
ARotempotodo!
Saber
IDENTIFICAR
manifestações
clínicas
Saber
SOLICIT
ARos
testes
Saber
EXECUT
ARo
testerápido
Saber
INTERPRET
AR
ostestes
Transmissão
 Sexual
 Congênita (passagem através da placenta/parto)
 Contato íntimo com área com lesão ativa
 Transfusão de sangue humano ou
hemoderivados (fresco)
 Inoculação acidental
Sífilis primária
Sífilis secundária
Sífilis latente
Recente (< 1 ano)
Tardia (> 1 ano)
Sífilis terciária
ESTÁGIOS CLÍNICOS
Cursoclínicodasífilis nãotratada
Sífilis primária
Cancro duro
 Pápula única indolor → erosão e enduração
 Úlcera: base lisa e bordas elevadas e firmes,
consistência cartilaginosa. “Limpa”, sem exsudato
 Indolor, mas sensível ao toque
Linfadenopatia regional indolor
Podem ocorrer lesões múltiplas
Espiroquetas nas lesões
Desaparecem espontaneamente dentro de 2 a 8
semanas, mas podem persistir por períodos mais
longos
SÍFILIS PRIMÁRIA
Lesão ulcerada, fundo limpo,
indolor, borda bem
delimitada, regular e endurada
Não percebida em 15-30% dos
pacientes
Desaparece após 4 a 6
semanas
ALTAMENTE INFECTANTE
Uso de ATB ou sífilis prévia
pode alterar lesão
Sífilis secundária
Número máximo de treponemas (grande carga antigênica)
presente de forma disseminada pela corrente sangüínea
Treponemas demonstrados em vários outros tecidos
Anormalidades laboratoriais, presença de treponemas ou
ambos pode ser detectados no SNC em até 40% desses
pacientes;
Resposta imune bastante intensa e então pode se desenvolver
um quadro de glomerulonefrite
Erupção cutânea não pruriginosa, máculo-papular,
acometendo tronco, palmas das mãos e plantas dos pés
Linfadenopatia generalizada, indolor
Condiloma
Lesões de mucosa “em placa”
Febre, adinamia, astenia
Sífilis maligna precoce
SÍFILIS SECUNDÁRIA
SÍFILIS LATENTE
ASSINTOMÁTICA
• RECENTE se menos de 1 ano da infecção
• TARDIA se mais de 1 ano da infecção
• Diagnóstico exclusivamente por testes
sorológicos
• Recorrências de secundarismo
• Principalmente 1 ano (sífilis latente recente)
Fonte: Syphilis, Mandel: Principles and Practice of Infectious
Diseases, 6th ed.
Sífilis terciária
Doença ativa com manifestações clínicas aparentes
ou inaparentes
Até 1/3 dos pacientes não tratados;
Maioria das lesões envolvem o vaso vasorum da
artéria aorta ou de artérias do SNC, ou ambos
 Aneurisma de aorta
 Insuficiência aórtica
 Neurossífilis
O resto consiste principalmente de GOMAS, lesão
granulomatosa característica com um centro
coagulado ou amorfo e endarterite de pequenos
vasos
 Pele, fígado, ossos e baço são os sítios mais comuns
Sífilis congênita
Risco de transmissão
 70% - 100% nas fases primária ou secundária
 40% na fase latente precoce
 10% na fase latente tardia
Abortamento, óbito fetal e natimortalidade (50%)
Pode ser assintomática em 1/2 a 2/3 dos casos ao nascer
Precoce (< 2 anos): Prematuridade, baixo peso, rinite
serosanguinolenta, osteocondrite, periostite, osteíte, chôro ao
manuseio, hepatoesplenomegalia, linfoadenopatia, rash cutâneo
(exantemático ou bolhoso), anemia, alterações respiratórias,
condiloma plano, hidropsia, pseudoparalisia dos membros
Tardia (> 2 anos): Tíbia em lâmina de sabre, fronte olímpica, nariz
em sela, dentes de Huntchinson, mandíbula curta, arco palatino
elevado, ceratite intersticial com cegueira, surdez neurológica,
hidrocefalia, def. cognitivo
SÍFIL
Sífiliscongênitaprecoce
Diagnosticadaaté osegundoanode vida
Sintomas discretos ou inespecíficos- >50%dos casos
prematuridade e do baixo peso ao nascimento,
hepatoesplenomegalia,
lesões cutâneas (rash, condiloma plano, pênfi go palmo-plantar),
obstrução nasal e rinite sero-sanguinolenta,
sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, icterícia,
pseudoparalisias,
edema (secundário asíndrome nefrótica e/ou desnutrição).
petéquias, púrpura, fissura peribucal, hidropsia, hipertensão
pulmonar, pan-hipopituitarismo transitório, convulsão emeningite.
SÍFIL
Clássicos:
ceratite intersticial, periostite, osteíte ou osteo -condrite
(com
alterações características ao estudo radiológico), surdezneurológica,
anormalidades dentárias (dentes incisivos medianos superiores
deformados – dentes de Hutchinson, molares em “amora”),
desenvolvimento pobre da maxila, palato em ogiva, nariz em sela,
“fronte olímpica”
Sãosinais menosfrequentes:
tíbia em sabre, rágades (fi ssurasperiorais eperinasais),
retardo mental, hidrocefalia,
escápula em clarão e articulações de Clutton (efusão dosjoelhos).
Sífiliscongênita tardia
Diagnosticadaapósosegundoanode vida
T
estesimunológicosparadiagnósticodasífilis
Recomenda-seiniciar o fluxograma de diagnóstico peloteste
treponêmico (preferencialmente testerápido)
 Nome do produto: Rapid Check Sífilis
 Fabricante: Núcleo de Doenças Infecciosas
 Finalidade: detecção de anticorpos (IgM e IgG) específicos para antígenos do Treponema pallidum
 Amostras utilizadas: sangue total, soro ou plasma
 Características do desempenho: plasma  Sensibilidade = 99,7%; Especificidade = 99,3%; sangue
total  Sensibilidade = 99,7%; Especificidade = 99,3% (informado pelo fabricante).
Testes rápidos para a triagem da sífilis
COMO INTERPRETAR
VDRL
(teste não
treponêmico)
FTA-ABS
(teste
treponêmico)
INTERPRETAÇÃO
+ + Sífilis (recente ou tardia)
+ - VDRL falso positivo para sífilis
- + Sífilis curada ou pré-cancro (janela
imunológica do VDRL)
- - Ausência de infecção ou período de
incubação
Fluxograma-Diagnósticodasífiliscomutilização
detestesrápidostreponêmicos
Aprovado pelaPortaria
nº 2.012/2016
Fluxograma- T
esteinicialnãotreponêmico+ teste
treponêmico
Aprovado pelaPortaria
nº 2.012/2016
TEST
AGEMDAGEST
ANTE
Pré-natal
1ª consultado
pré-natal
3º trimestrede
gestação(28ª
semana)
Maternidade
Parto Aborto
História
de
exposição
de risco/
violência
sexual
O tratamento deve ser iniciado com apenas
um teste reagente, treponênico ou não
treponêmico, sem aguardar o resultado do
segundoteste.
Momentosdetestagemda gestante
Testageme tratamento
na mesmaconsulta
3. TRATAMENTOparasífilis
PRESCREVER
ADEQUADAMENTEparao
estágio clínico
ADMINISTRARapenicilina
naAtenção Básica
Usodapenicilina naAtenção
Básica
Única opção de tratamento da sífilis nagestação
A possibilidade de reação anafilática à administração
de penicilina benzatina é de 0,002%;
Diversos medicamentos (ex.: AINE, lidocaína etc.), e
alimentos (ex.: nozes, frutos do mar, corantes etc.)
apresentam mais riscos de anafilaxia
Oreceio de ocorrência de reação anafilática NÃO deve
ser impeditivo para a administração de penicilina na
prevenção da sífilis congênita.
v.8 (2);2013
¹Safety of Benzathine Penicillin for Preventing Congenital Syphilis: A SystematicReview
Tais F. Galvao1*, Marcus T. Silva1, Suzanne J. Serruya2, Lori M. Newman3, Jeffrey D. Klausner4, Mauricio G. Pereira1, RicardoFescina2
Caderno da Atenção Básica nº 28, Volume II, Acolhimento à Demanda Espontânea, Capítulo 2: Queixas comuns no atendimento à demanda espontânea e urgências/emergências, pág. 25, disponível em:
<http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_28.pdf>. .
SÍFILIS
SífilisPrimária, Sífilis
Secundáriaoulatente
precoce(<2 anos)
Sífilislatente tardia(>2anos),
Terciáriaou
DURAÇÃOIGNORADA
PenicilinaBenzatina
2,4milhões UI (doseúnica)
PenicilinaBenzatina
7,2milhõesUI
(2,4milhões UI 1x/sem por 3sem)
TRATAMENTOparasífilis
Seguimentoclínico sorológico
Importante lembrar:
Casoo intervalo entre asdosesultrapasse a14 dias,o
esquemadeverá ser reiniciado
Fonte: www.aids.gov.br/pcdt
REAÇÃODEJARISCH-HERXHEIMER
Inicia-se entre 2-4h apóstratamento, podendo durar 24 a48h
Não setrata de alergia
Tratar comsintomáticos
• Febre • Calafrios
 Mialgia  Cefaleia
 Hipotensão  Taquicardia
 Acentuação daslesões cutâneas
Ceftriaxona¹:
Sífilis Primária/Secundária e Latente Precoce
250mg EV ou IM por 5 dias
Sífilis Latente Tardia e Terciária
1g EV ou IM ao dia, por 14 dias.
Azitromicina:
Sífilis precoce
2g VO DU ² ³
1g/sem por 3-4 semanas 4
OUTROS TRATAMENTOS ALTERNATIVOS
¹ Diretrizes de Atendimento de Sífilis em Adultos - Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário
Clementino Fraga Filho – UFRJ
² Sex Transm Dis. 2002, Hook EW
³N Engl J Med. 2005 Riedner G; London School of Hygiene and Tropical Medicine, London.
4 DST J. Bras. Doenças Sex. Transm; 2001.Passos, Mauro Romero Leal
• PenicilinaGbenzatina(c),nadoseúnicade50.000 UI/kg,IM
CriançaExpostaà
Sífilis
• PenicilinaGprocaína50.000 UI/kg, doseúnicadiária, IM,
durante10 diasOU
• Penicilinacristalina,50.000 UI/kg/dose, IV,a cada12 horas
(nos primeiros 7 dias de vida) e acada8 horas(após7 dias de
vida), durante 10dias
SífilisCongênita
• Penicilinacristalina,50.000 UI/kg/dose, IV,a cada12 horas
(nos primeiros 7 dias de vida) e acada8 horas(após7 dias de
vida), durante 10dias
Neurossífilis
Tratamentodasífiliscongênita
Oacompanhamento é obrigatório, incluindo o seguimento com testenão
treponêmico sérico após conclusão do tratamento
Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes-
terapeuticas-para-prevencao-da-transmissao-vertical-de-hiv
4. ACOMPANHAMENTOdoscasos
Avaliar possível REINFECÇÃO
Avaliar possível FALHAao tratamento
Avaliar possível foco não tratado. Ex.neurossífilis
Importante:
Énecessárioregistrar nacaderneta de pré-natal dagestantetodas asmedidasque
compõemasaçõespara prevenir a sífilis congênita,evitando que a criançaexposta
sejasubmetida a intervenções desnecessáriasno pós-parto.
Seguimentopós-tratamento
Acompanhamento dos casos
Gestante População Geral
(incluindo PVHIV)
Período Testes Período Testes
Mensal
Testenão-
treponêmico
(VDRL,RPR)
1º ano –
trimestral
2º ano -
semestral
Testenão-
treponêmico
(VDRL,RPR)
Definição de resposta
Primária
 2 títulos (exemplo: 1:32 a 1:8) em 6 meses
 3 títulos em 12 meses
 4 títulos em 24 meses
Secundária
 3 títulos em 6 meses
 4 títulos em 12 meses
Latente
 2 títulos em 12 meses
Critériosde retratamento da sífilis
Importante: Omonitoramento é fundamental para
classificar aresposta ao tratamento e definir a
conduta mais correta para cadacaso.
5. AbordagemdaP
ARCERIAsexual
Esforço para a testagem e
tratamento das parcerias
sexuais
Interromper acadeia de
transmissão e reinfecção
Buscaativa SIGILO
6. NOTIFICAÇÃOdoscasos
Obrigatória para SÍFILISADQUIRIDA
SÍFILISEMGEST
ANTE(pré-natal, parto epuerpério)
SÍFILISCONGÊNITA
Acionar VEe receber auxílio no manejo do casoe
parcerias sexuais
Programação e planejamento de enfrentamento da
epidemia
ParceriacomCofenpara administração
da penicilina
benzatinanaAtençãoBásica, 2015
Revogao Parecer de
Conselheiro do COFEN
nº 008/2014
que restringia a
administração da
penicilina somente aos
serviços que tivessem
materiais,equipamentos
e medicamentos de de
emergência
Ação
ParceriacomCofenpara ampliaçãoda
testagemrápida – auxiliarese
técnicosde Enfermagem-
2016
 Revoga o Parecer Normativo do
Cofen n°001/2013 que restringia
a realização dos testes rápidos
somente aosenfermeiros.
técnicos de enfermagem
 Aprova o Parecernº
259/2016
queamplia para auxiliares e
a
realização de testes rápidos sob
supervisão do enfermeiro.
1 – A Penicilina Benzatina pode ser administrada por
profissionais de enfermagem no âmbito das Unidades
Básicas de Saúde, mediante prescrição médica ou de
enfermagem;
1 – Os Enfermeiros podem prescrever a Penicilina
Benzatina, desde que o gestor municipal adote os
protocolos do Ministério da Saúde ou desenvolva
protocolos próprios do município, em que haja a
previsão da prescrição da penicilina pelo Enfermeiro;
1 – A ausência do médico na Unidade Básica de Saúde
não se configura motivo para a não realização da
administração da Penicilina Benzatina, desde que o
Enfermeiro esteja presente.
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/06/NOTA-T%C3%89CNICA-COFEN-CTLN-N%C2%B0-03-2017.pdf
ConselhoFederalde EnfermagempublicaNota Técnica sobre
administraçãode penicilina naAtençãoBásica– 21 de
Junho/2017
vunesp./ p.Itapevi/ 2019
Com base nas diretrizes do Ministério da Saúde, no que diz respeito à gestante,
frente aos resultados obtidos nos exames sorológicos para sífilis, o enfermeiro deve
considerar que se trata de
(A) situação de falso-positivo para sífilis devendo, conforme protocolo, solicitar a
repetição dos exames no início terceiro trimestre da gestação.
(B) sífilis recente, devendo iniciar imediatamente o tratamento com Penicilina G
benzatina 2,4 milhões UI, IM, em dose única, aplicando 1,2 milhões UI em cada
glúteo.
(C) sífilis secundária, devendo iniciar imediatamente o tratamento com Penicilina G
benzatina 2,4 milhões UI, IM, aplicando a primeira dose de 1,2 milhões UI no
momento e a segunda dose em sete dias.
(D) sífilis tardia, iniciando o tratamento imediatamente com Penicilina G benzatina
2,4 milhões UI, por 3 semanas consecutivas, totalizando 7,2 milhões UI.
(E) caso suspeito de sífilis, devendo solicitar a repetição dos exames para
confirmação dos resultados e início do tratamento, se necessário.
Ano: 2016 VUNESP Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
M.J. 24 anos, casada há um ano, gestante com 62/7 semanas de idade
gestacional, compareceu à consulta de enfermagem de pré-natal. Ao realizar o
teste rápido para sífilis a enfermeira constatou que o resultado do exame era
positivo. Frente a essa situação, de acordo com o preconizado pelo Ministério
da Saúde (2013), a enfermeira deve orientar a usuária e
a) iniciar, imediatamente, o tratamento da gestante para sífilis primária.
b) convocar o marido de M.J. para avaliação diagnóstica para sífilis e iniciar,
imediatamente, o tratamento da gestante para sífilis terciária.
c) iniciar o tratamento da gestante e seu marido para sífilis secundária.
d) encaminhar a gestante para o pré-natal de alto risco para avaliação,
tratamento e acompanhamento.
e) coletar amostra de sangue da gestante para realização do exame de VDRL
e solicitar o comparecimento de seu marido para avaliação diagnóstica para
sífilis.
#846780 VUNESP - (Pref Cubatão)/2012
De uma maneira geral, as manifestações características da sífilis, de acordo
com o estágio da doença, são:
a) na sífilis básica: feridas purulentas doloridas, pruriginosas e com sensação
de ardor.
b) na sífilis primária: cancro duro, que poderá passar desapercebido na
mulher quando localizado nas paredes vaginais ou no colo do útero associado
ou não à adenopatia satélite.
c) na sífilis secundária: lesões generalizadas cutâneo-mucosa na forma de
cancro mole, uretrite e alterações osteoarticulares.
d) na sífilis de latência: lesões na forma de roséola sifilítica pruriginosa e
linfonodo, alternando períodos de latência com o surgimento de feridas
purulentas doloridas.
e) na sífilis terciária: cancro mole, enfartamento ganglionar, micção dolorosa,
alterações urológicas.
HIV – VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA
HUMANA
Miriam Raquel Teodoro de Sousa - Núcleo de
Prevenção - 143
HIV é a sigla em inglês do vírus da
imunodeficiência humana. Causador da
aids, ataca o sistema imunológico,
responsável por defender o organismo de
doenças. As células mais atingidas são os
linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA
dessa célula que o HIV faz cópias de si
mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os
linfócitos em busca de outros para
continuar a infecção.
HIV X AIDS
Miriam Raquel Teodoro de Sousa - Núcleo de
Prevenção - 144
 A SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS) É
CAUSADA PELO VÍRUS HIV
 O HIV ATACA E DESTRÓI OS GLÓBULOS BRANCOS (LINFÓCITOS
T-CD4) DO SANGUE, CAUSANDO UM DEFEITO NO SISTEMA
IMUNOLÓGICO DO CORPO
 O SISTEMA IMUNOLÓGICO TORNA-SE TÃO ENFRAQUECIDO
QUE ELA NÃO PODE PROTEGER-SE DE INFECÇÕES SÉRIAS.
QUANDO ISSO ACONTECE, DO PONTO DE VISTA CLÍNICO ESTA
PESSOA CONTRAIU A AIDS
CONCEITOS
 Janela Diagnóstica: conceito mais amplo do que o de
janela imunológica ou sorológica. O período de janela
diagnóstica é o tempo decorrido entre a infecção e o
aparecimento ou detecção de um marcador da infecção,
seja ele RNA viral, DNA pró-viral, antígeno p24 ou
anticorpo. A duração desse período depende do tipo do
teste, da sensibilidade do teste e do método utilizado
para detectar o marcador
 No caso de anticorpo, também podemos chamar de
janela imunológica).
 Controladores de Elite: (do inglês, elite controllers)
são indíviduos que têm a infecção pelo HIV, apresentam
resultados reagentes nos testes sorológicos que
detectam anticorpos e não estão em tratamento
antirretroviral, porém apresentam consistentemente (por
pelo menos 1 ano) Carga Viral inferior ao limite de
detecção dos ensaios rotineiramente utilizados. Estima-
se que menos de 1% dos pacientes HIV-1 soropositivos
pertença a esse grupo.
 Imunosilenciosos: (do inglês, immunosilents) são
indivíduos que possuem níveis baixos ou mesmo
ausência de anticorpos específicos e, dessa forma, não
são detectados nos testes sorológicos.
HIV – VÍRUS DA
IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA
Miriam Raquel Teodoro de Sousa - Núcleo de
Prevenção - 147
 Sexo vaginal, oral e anal sem camisinha, com
alguém infectado
 Compartilhando agulhas e seringas com sangue
contaminado
 Da mãe para o filho, durante a gravidez, no
parto ou na amamentação
 Transfusão de sangue contaminado
 Acidentes pérfuro-cortantes
HIV – VÍRUS DA
IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA
Miriam Raquel Teodoro de Sousa - Núcleo de
Prevenção - 148
 Usar preservativo do começo ao fim de qualquer tipo de
relação sexual (anal, oral ou vaginal)
 Nunca utilizar o mesmo preservativo mais de uma vez
 Não compartilhar objetos perfuro cortantes, como agulhas
ou seringas, que entrem em contato direto com o sangue
 Nunca reutilizar objetos perfuro cortantes
 Descartar objetos perfuro cortantes em locais seguros
 Receber transfusão de sangue previamente testado
 Testar toda gestante com o exame diagnóstico que
identifica a presença do vírus HIV
PREVENÇÃO
Qual a melhor estratégia de prevenção das IST/HIV/AIDS?
Métodos combinados
Preservativos
+
Teste
Testes
+
Acordos de
Segurança
Acordos de
Segurança
+
PEP Sexual
PEP Sexual
+
Teste
Tratamento
HIV
+
Preservativos
Preservativos
+
PEP Sexual
Práticas
Seguras
+
PEP Sexual
Estratégias de Atenção integral
às Pessoas com IST
PREF. SÃO Paulo – vunesp - 2014
28. Assinale a alternativa correta com relação às Doenças
Sexualmente Transmissíveis – DSTs.
(A) O HIV é transmitido através das vias sexual e sanguíneas, de
transmissão vertical, dos objetos perfuro-cortantes contaminados e da
amamentação.
(B) A sífilis congênita é transmitida da mãe ao feto durante o último
trimestre da gravidez.
(C) A sífilis, a gonorreia, o herpes e a AIDS são DSTs que podem ser
transmitidas durante a gravidez, mas raramente por meio do parto.
(D) A pílula anticoncepcional minimizou o surgimento das DSTs.
(E) A partir da contaminação com o micro-organismo de determinada DST,
o indivíduo passa a ser imune a essa mesma DST
Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2016 -
As chamadas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também são
transmitidas por outras vias, além da relação sexual. O quadro apresenta
algumas DSTs.
Suponha que Júlio adquiriu uma DST através de transfusão sanguínea, que
Paulo adquiriu uma DST ainda no ventre materno e que Adriano teve uma DST
que só se adquire por relação sexual. As DSTs de Júlio, Paulo e Adriano podem
ser, respectivamente,
A cancro mole, aids e condiloma acuminado
B condiloma acuminado, gonorreia e sífilis
C aids, sífilis e cancro mole.
D gonorreia, condiloma acuminado e aids.
E sífilis, cancro mole e gonorreia.
VUNESP - (TJ PA/2014
Para a “Semana da Saúde” na empresa estão programadas atividades de
educação em saúde sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Considerando as dificuldades existentes na negociação do uso do preservativo
masculino com o parceiro, como medida de prevenção eficaz contra as DSTs
as mulheres serão orientadas a fazer uso
a) do preservativo feminino.
b) do diafragma.
c) da ducha vaginal, imediatamente após a relação sexual.
d) do diafragma associado ao gel espermicida.
e) do dispositivo intrauterino com filamento de cobre (DIU) associado ao gel
espermicida.
Prefeitura de Sorocaba - VUNESP - 2006
Na imunologia da AIDS, considera-se como Janela Imunológica o
A período específico para detecção do antígeno.
B isolamento laboratorial do vírus no soro.
C intervalo entre a infecção e as doenças oportunistas.
D período inicial da infecção e a redução dos anticorpos.
E intervalo entre a infecção e a detecção de anticorpos.
Ano: 2019 VUNESP (TJ SP)
Face a uma realidade global de índices elevados de infecções transmissíveis por
via sexual (IST), torna-se fundamental que os profissionais de saúde aproveitem
todas as oportunidades para orientar sobre a importância de se pensar em opção
contraceptiva que proporcione uma dupla proteção exemplificada pelo uso
combinado
a) da camisinha feminina e do anticoncepcional oral.
b) do diafragma e do dispositivo intrauterino.
c) do anticoncepcional injetável e do diafragma.
d) do gel espermicida e do anticoncepcional oral.
e) da camisinha masculina e da camisinha feminina.

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Cálculos de Medicações

  • 1. Cálculos de Medicações ENF . Gislaine Raposo FEVEREIRO/2020 – UNICAMP / VUNESP
  • 2.  Definições  Porcentagem  Cálculo diluição de medicamentos  Cálculo com penicilina cristalina  Cálculo de insulina  Cálculo com heparina  Cálculo de gotejamento  Transformação de soro  Rediluição
  • 3. Conceitos básicos Solução : mistura homogênea composta de soluto e solvente. - Solvente: é a porção líquida da solução. - Soluto: é a porção sólida da solução. Exemplo: No soro glicosado a água é o solvente e a glicose é o soluto.
  • 4. • SOLUÇÃO ISOTÔNICA: a concentração é igual ou próxima a do plasma sanguíneo • SOLUÇÃO HIPERTÔNICA: a concentração é maior qua a do plasma sanguíneo • SOLUÇÃO HIPOTÔNICA: a concentração é menor que a do plasma sanguíneo
  • 5. Concentração  É a relação entre a quantidade de soluto e solvente.  Exemplo: g/ml a quantidade em gramas de soluto pela quantidade em mililitros de solvente
  • 6. Proporção  É a forma de expressar uma concentração e consiste na relação entre soluto e solvente expressa em “partes”. Exemplo: 1:500, significa que há 1g de soluto para 500ml de solvente.
  • 7. Porcentagem  É uma outra forma de expressar uma concentração. O termo por cento (%) significa que a quantidade de solvente é sempre 100ml.  Exemplo: 7%, significa que há 7g de soluto em 100ml de solvente.
  • 8. Regra de três  Relação entre grandezas proporcionais. A regra de três permite de forma simples, estruturar o problema obtendo sua solução, que neste caso, é a prescrição determinada. Importante observar que a regra de três só se faz necessária, quando não conseguimos resolver o problema de maneira direta.
  • 9. EQUIVALÊNCIAS PARA TRANSFORMAÇÃO DE UNIDADES • 1g = 1000mg = 1000 000mcg • 1mg = 1000mcg • 1L = 1000ml • 1ml = 20 gotas ou macrogotas • 1ml = 60 microgotas • 1 gota = 3 microgotas
  • 10. Cálculo para administração de medicamentos No preparo e na administração de medicamentos é preciso muita consciência e o máximo de atenção. Não podemos administrar mais ou menos a dose prescrita. Ela tem que ser exata! E somente através dos cálculos que é possível.
  • 11. Exemplo 1 Foram prescritos 500mg VO de keflex (cefalexina) suspensão de 6/6h.Quantos ml devemos administrar? Observe que temos no frasco 250mg em 5 ml Agora é só montar a regra de três. 250mg (temos em) 5ml 500mg (não sabemos) X ml
  • 12. Exemplo 1 Utilizando a propriedade fundamental das proporções: 250mg 5ml 500mg Xml X está na grandeza do ml, portanto, a resposta será em ml. X . 250= 500.5 X . 250=2.500 X = 2.500/250 X = 10 portanto X =10 ml
  • 13. Exemplo 2. Foram prescritos 125mg de vitamina C VO as refeições. Temos na clinica comprimidos de 500mg. Portanto precisaremos esmagar o comprimido após dividi-lo ao meio (250mg). Diluiremos em 10ml então teremos: 250mg (metade do cp)----------------10ml 125mg (não sabemos)------------------Xml
  • 14. Exemplo 2. 250mg-----------------10ml 125mg-------------------Xml X . 250=125.10 X . 250=1.250 X = 1.250 = 5 250 X = 5ml
  • 15. Exemplo 3. Deveremos administrar 200mg de cefalim (cefalotina) EV de 6/6h. Temos na clinica um fr/amp de 1g. Como proceder? Precisaremos diluir o medicamento há somente soluto,a quantidade de solvente que vou utilizar sera de 10ml, sendo a quantidade do soluto e de 1g = 1.000mg, fazendo sempre a conversão quando necessária.
  • 16. Cálculo com Penicilina cristalina A pc não deve ser administrada diretamente na veia ela deve ser administrada na bureta e infundida no minimo em 30 min. Ela vem apresentada num fr/amp como um pó-liofilizado. Portanto precisaremos diluir a medicação. Normalmente nos hospitais, o fr/amp de 5.000.000UI e 10.000.000UI
  • 17. OBSERVAÇÕES: • Se a quantidade de AD não estiver na prescrição, quem determina é quem está preparando AMPOLA - DILUENTE PM - X
  • 18. Exemplo 1. Temos que administrar 2.000.000UI de pc EV de 4/4h. Há na clinica fr/amp de 5.000.000UI. Quantos ml deveremos administrar? Obs: Ao injetarmos o solvente no frasco, vamos observar que o volume total sempre ficará com 2ml à mais ( ex:se utilizarmos 8ml de AD, o volume total será de 10ml). 5.000.000UI 8ml de AD + 2ml do pó.
  • 19. Exemplo 1. • X . 5.000.000 = 2.000.000 . 10 • X . 5.000.000 = 20.000.000 • X = 20.000.000 = 4 • 5.000.000 • X = 4ml Assim: 5.000.000UI 10ml 2.000.000UI Xml
  • 20. EXEMPLO 2 Temos que administrar 4.800.000UI de PC EV de 4/4h. Há na clinica fr/amp de 10.000.000UI. Quantos ml deveremos administrar?
  • 21. Cálculo de Insulina REGULAR: - ação rápida NPH – ação lenta INSULINA GLARGINA (LANTUS) – Ação continua – unica dose a cada 24 horas Atualmente existem insulinas na concentração de 100UI/ml e seringas de 1ml graduada também em 100UI. Assim por exemplo se for prescrito 20UI e só aspirar o medicamento ate a marca de 20UI e administrar ao paciente.
  • 22. A problemática é quando não temos a seringa correta ou frascos com apresentação diferente • FRASCO ----- SERINGA • PRESCRIÇÃO ------ X • FUI ----- SALVO • PELO ----- X • SERINGA SEMPRE USAREMOS A DE 1 ML DE REFERÊNCIA
  • 23. Exemplo 1. Foram prescritos 50UI de insulina NPH por via subcutânea (sc) e não temos seringa própria, só de 3ml e agulha 10x5. Como devemos proceder? 100UI/ml (lê-se: em 1ml temos 100UI de insulina) 100UI 1 ml 50UI X ml X .100 = 50 .1 X . 100 = 50 X = 50 = 0,5 100 Devemos aspirar 0,5ml de insulina e administrar ao paciente, utilizando uma seringa de 3ml e agulha 10x5
  • 24. Cálculo com Heparina(Liquinine) • Também a heparina é apresentada em UI. Ela é encontrada de duas maneiras: • Ampola 5.000UI/0,25ml • fr/amp 5.000UI/ml (frascos com 5ml)
  • 25. Exemplo 1. Temos que administrar 2.500UI de heparina subcutânea de 12/12h. E só temos fr/amp com 5.000UI/ml. Quantos ml dessa solução devemos administrar? Obs:Temos 5.000UI/ml lê-se 5.000 UI em cada 1ml 5.000UI 1ml 2.500UI Xml X . 5.000 = 2.500 . 1 X . 5.000 = 2.500 X = 2.500 = 0,5 5.000 X = 0,5ml
  • 26. Cálculo de Gotejamento A bomba de infusão é um grande auxilio de volume infundível portanto, vamos aprender o cálculo de gotejamento e o controle de volume fundido por hora, através da confecção de fita de horário.
  • 27. Exemplo 1. Quantas macrogotas (gotas) deveraõ correr em 1min. Para administrar 1000ml de soro glicosado (SG) a 5% de 6 em 6 horas? N° de gotas/min = V Tx3 V = Volume em ml T = Tempo em horas
  • 28. Exemplo 1. • Agora basta substituir: • V=1000ml • T=6 h • V = 1000ml = 1000 = 55,5 = 56 gotas/min • Tx3 6x3 18
  • 29. Exemplo 2. Quantas microgotas deverão correr em um minuto, para administrar 300ml SF 0,9% em 4 horas? N° de microgotas/min = V T V=Volume em ml T=Tempo em horas
  • 30. Exemplo 2. Agora basta substituir: V= 300ml T= 4 h V = 300ml = 300 = 75 microgotas/min T 4 4
  • 31. Exemplo 3. Devemos administrar 100ml de bicarbonato de sodio a 10% em 30 min. Quantas gotas deverão correr por minuto? N° de gotas/minuto = V x 20 T V = 100ml T= nº de minutos = 30
  • 32. Exemplo 3. N° de gotas/minuto = V x 20 nº de minutos N° de gotas/minuto = 100 x 20 = 30 2.000 = 66,6 = 67 gotas/min. 30
  • 33. Exemplo 3. E se fôssemos utilizar uma bureta para administrar o bicarbonato? Então seriam microgotas e não macrogotas. N° de Microgotas/minuto = V.60 = T 100.60 = 6000 = 200 microgotas /min. 30 30
  • 34. Exemplo 4. Devemos administrar o seguinte soro: SG 5% ---------------- 400ml NaCL 30% ------------- 20ml KCL 19,1%------------- 10ml Vit C 10%----------------- 5ml Complexo B ------------ 2ml Quantas gotas deverão correr por minuto?(EV 6/6h.)
  • 35. Transformação do Soro O soro é uma solução injetável e muito usado para hidratação e alimentação do paciente é também utilizado como solvente de medicamento.
  • 36. Exemplo 1. Foi prescrito SG 6% - 500ml e não temos na clinica. Temos somente - SG5% - 500ml e ampola de glicose a 50% - 10ml. Como deveremos proceder?  1º passo: O que pede a PM em gramas ?  2º passo: Quantos gramas temos no nosso SG?  3º passo: Quantos gramas faltam para completar a PM ?  4º passo: Quantos gramas temos em cada ampola ?  5°passo: Quantos ml de glicose preciso adicionar ao soro disponível.  6°passo: Quantos gramas de G vou desprezar ?  7°passo: Quantos ml preciso para repor a G que desprezei ?
  • 37. Exemplo 1. ica 1º passo é saber quantos gramas de G tem no soro da PM. Se ele é a 6%, eu tenho 6gr em cada 100ml. 6gr -------- 100ml X ---------- 500ml 1X = 6.5 X = 30/1 X = 30gr Já sabemos que no soro da prescrição méd tem 30gr de G
  • 38. Exemplo 1.  2º passo temos que procurar saber quantos gr de G tem no soro disponível. Se ele é a 5%, temos 5gr em 100ml. • 5gr -------- 100ml • X ----------- 500ml • 1X = 5.5 • X = 25/1 • X = 25gr.  Já sabemos que no soro disponível temos 25gr de G.
  • 39. Exemplo 1.  3º passo, estamos procurando saber quantos gramas de glicose, iremos adicionar ao soro disponível, para transformá-lo na prescrição médica. Então, temos que subtrair prescrição médica menos disponível. • 30gr – 25gr = 5gr  Preciso de 5gr de glicose para realizar minha transformação.  Bom, para eu colocar essa G dentro do soro, vou precisar das ampolas de G, então, terei que saber quantas gr de G tem na ampola.
  • 40. EXEMPLO 1 • 4º passo quero saber quantas gr de G tem na • ampola. Minha ampola é a 50%, então, tenho 50gr em 100ml. • •50gr --------- 100ml • • X ---------- 10ml • • 10X = 50.1 • X = 50/10  X = 5gr  Na ampola de G temos 5gr de G. • • Bom, já calculamos, e sabemos que o SG6% da PM tem 30gr; já sabemos que o SG5% disponível tem 25gr; já sabemos que precisamos de 5gr para fazer a transformação e que na ampola temos 5gr de G.
  • 41. EXEMPLO 1  5º passo eu quero saber quantas ml de glicose preciso adicionar ao soro disponível, já que preciso de 5gr. • 5gr ---------- 10ml  5gr X • 5X = 5.10 • X = 50/5  X = 10ml  Preciso adicionar 10ml de G no soro disponível para realizar a transformação.
  • 42.  Se eu colocar 10ml de G no soro disponível, a concentração estará certa, mas o volume não, porque, se eu acrescentar 10ml no soro de 500ml, o volume será então de 510ml. Então, antes de colocar os 10ml de G, tenho que desprezar 10ml do soro glicosado. Desprezando os 10ml, estou jogando G fora, então, terei que saber quantas Gr de G estou jogando fora para poder repor.
  • 43. EXEMPLO 1  6º passo quero saber quantos gramas de G vou desprezar, para repor depois. 5gr ------------ 100ml • X --------------- 10ml • 10X = 5.1 • X = 5/10 • X= 0,5g • • Desprezando os 10ml estou perdendo 0,5gr de G. Terei que repor essa glicose para administrar o medicamento na mesma concentração que o médico prescreveu.
  • 44. EXEMPLO 1 • 7º passo, quero saber quantos ml preciso para repor a G que desprezei. Vou utilizar as ampolas novamente. • •5gr ---------- 10ml • •0,5g X • •5X = 0,5.10 • • X = 5/5 • X = 1ml. • Preciso adicionar 1ml de G no soro disponível para repor a glicose que desprezei. • Portanto, o soro da prescrição médica agora terá 501ml ao invés de 510ml. Pense, o cliente irá receber só 1ml a mais. • Ao todo precisará de 11ml de G para realizar a transformação.
  • 45. Vamos praticar? Assinale a alternativa correta. O desequilíbrio hidro- eletrolítico normalmente é corrigido pela reposição de volume e eletrólitos. Dispondo de 500 ml de soro glicosado a 10% e ampolas de glicose a 50% com 10 ml cada, quantas ampolas serão necessárias para transformar este soro em solução de glicose a 20%? a) 50 b) 10 c) 25 d) 15 e) 5
  • 46. REDILUIÇÃO • É diluir ainda mais o medicamento, aumentando o valume do solvente, com o objetivo de obter dosagens pequenas ou seja concentração menores de soluto, porém com um volume que possa ser trabalhado com segurança. Foi prescrito aminofilina 15 mg IV, tem-se na unidade, ampolas de 240 mg/10 ml. Como proceder? PM: 3mg DISPONÍVEL: 240 mg/ 10 ml 240 mg ------ 10 ml 3 mg ------ X X = 0,125 ml 240 mg ------- 10 ml X -------- 1 ml X = 24 mg 24 mg ---------10 ml (9 + 1ml) 3mg ---------- X X = 1,25
  • 47. Assistência de enfermagem na situações de violência sexual e doenças sexualmente transmissíveis.
  • 48. Violência “O uso intencional da força física ou do poder, real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”. Relatório Mundial sobre Violência e Saúde – OMS,
  • 49. Violência É preciso ter em mente que a violência possui algumas características como: A) é um fato humano e social; B) é histórica; C) abrange todas as classes e segmentos sociais; D) está dentro de cada um de nós.
  • 50.
  • 51.
  • 52.
  • 53. Procedimentos em caso de Suspeita de Violência Contra a Mulher Profissional atua no sentido de: • mapear potenciais riscos que a mulher pode correr e avaliar junto com a mulher os riscos, tentativas anteriores e formas de prevenção; • partindo das questões trazidas pelas mulheres em atendimento, informar que a violência é uma situação de alta ocorrência, tem caráter social e está associada às desigualdades de direitos entre o homem e a mulher; • discutir os planos da mulher para a vida dela, buscando encontrar alternativas à situação atual.
  • 54. Notificação dos Casos • A Portaria GM/MS nº 1.271, de 6 de junho de 2014, define a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Nesta, a violência sexual e a tentativa de suicídio passam a ter notificação imediata (24 horas) para a Secretaria Municipal de Saúde.
  • 55.
  • 56.
  • 57. Lei 11.340 –Lei Maria da Penha “Violência Sexual como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos.”
  • 58. Lei Nº 12.845, DE 1º/08/2013 • Dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual. • Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência sexual atendimento emergencial, integral e multidisciplinar, visando ao controle e ao tratamento dos agravos físicos e psíquicos decorrentes de violência sexual, e encaminhamento, se for o caso, aos serviços de assistência social.
  • 59. Decreto 7958 de 13/03/2013 Trata da atuação Integrada entre a Segurança Pública e a Saúde. • Art 4º - Procedimentos -Item 3 – Preenchimento do Termo de Relato Circunstanciado e Termo de Consentimento Informado; -Item 4 – Coleta de Vestígios (cadeia de Custódia) para encaminhamento à perícia oficial.
  • 60. Menos de 72 horas • ATENDIMENTO MÉDICO – TESTES RÁPIDOS (GRAVIDEZ E HIV) – MEDICAÇÃO PROFILÁTICA (EXCETO EM ABUSO CRÔNICO) – ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA – 1ª COLETA (AGUARDAR O IML) • PREENCHER – TERMO DE CONSENTIMENTO COMUNICAR – CONSELHO TUTELAR (SE CRIANÇA) – DELEGACIA DA MULHER (COMUNICARÁ O IGP), SE CONSENTIDO. OBRIGATÓRIO SE CRIANÇA. – VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA • MANUTENÇÃO DO TTO • CRONOGRAMA DE COLETAS • ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL.
  • 61. Mais de 72 horas • ACOLHIMENTO – TESTES RÁPIDOS (GRAVIDEZ E HIV) – ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA ATÉ 5 DIAS. • COMUNICAR – CONSELHO TUTELAR (SE CRIANÇA) – SUGERIR DELEGACIA DA MULHER. OBRIGATÓRIO SE CRIANÇA. • CRONOGRAMA DE COLETAS • ATENDIMENTO MULTIPROFISSIONAL
  • 62. Gravidez decorrente de Violência Sexual • Manter a gestação e ficar com a criança; • Manter a gestação/ adoção; • Interromper a gestação (abortamento legal).
  • 63. ABORTO Ato Portaria No 1.508 /GM, de 01 de setembro de 2005 Dispõe sobre o Procedimento de Justificação e Autorização da Interrupção da Gravidez nos casos previstos em lei, no âmbito do Sistema Único de Saúde-SUS De acordo com o art 128, inciso II do Código Penal, o abortamento é permitido quando a gravidez resulta de estupro, crime tipificado no art 213 do Código Penal. Nesse caso exige-se o consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. Constituição Federal – Art. 87 - § único – inciso II Gravidez Decorrente da Violência Sexual Consentimento “A realização do abortamento não se condiciona à decisão judicial que ateste e decida se ocorreu estupro ou violência sexual. Portanto, a lei penal brasileira não exige alvará ou autorização judicial para a realização do abortamento em casos de gravidez decorrente violência sexual. O mesmo cabe para o Boletim de Ocorrência Policial e para o laudo do Exame de Corpo de Delito e Conjunção Carnal, do Instituo Médico Legal. Embora esses documentos possam ser desejáveis em algumas circunstâncias, a realização do abortamento não está condicionada a apresentação dos mesmos. Não há sustentação legal para que os serviços de saúde neguem o procedimento caso a mulher não possa apresentálos.”
  • 64. IST – INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSIVEIS
  • 65. MudançadeT erminologia:D S T IST DST(doenças) • Implica em sinaise sintomasvisíveisno organismodoindivíduo IST(Infecções) • Podemter períodos assintomáticasousemanter assintomáticasdurante toda a vida, sendodetectadas pormeio deexames laboratoriais Otermo ISTalerta a populaçãosobrea possibilidadede ter e transmitir umainfecção,mesmosemsinaise sintomas.
  • 68. Síndromes  Úlceras genitais  Corrimento uretral  Corrimento vaginal  DIP
  • 69. Classificação Doenças essencialmente transmitidas por contágio sexual  Sífilis  Gonorréia  Cancro mole  Linfogranuloma venéreo
  • 70. Classificação Doenças freqüentem transmitidas por contágio sexual    Donovanose   Uretrite não gonocócica   Herpes simples genital   Condiloma acuminado   Candidíase genital   Ftiríase   Hepatite B    AIDS
  • 71. Classificação Doenças eventualmente transmitidas por contágio sexual  Molusco contagioso  Pediculose  Escabiose  Shiguelose  Amebíase
  • 73. Cancro Mole Sinonímia: cancróide, cancrela,cancro venéreo simples, cancro de Ducrey, “cavalo” Incubação: 2 a 5 dias Haemophilus ducreyi: cocobacilo, Gram- negativo e agrupado em cadeias (estreptobacilos)
  • 74. Manifestações Clínicas Úlceras múltiplas, bordas irregulares, autoinoculáveis, fagedênicas, inflamadas, adenite regional unilateral (bubão) com supuração em orifício único Homem: sulco balanoprepucial Mulher: fúrcula e face interna dos pequenos e grandes lábios Cerca de 20 casos em homens para 1 caso em mulher
  • 75.
  • 76. Tratamento Azitromicina 1g VO em dose única Ciprofloxacina 500mg VO 12/12h por 3 dias Eritromicina (estearato) 500mg VO 8/8h 7 dias Doxiciclina 100mg VO 12/12h ou 200mg VO 1 vez ao dia por 7 dias Tianfenicol granulado 5g (2 envelopes de 2,5g) VO dose única Tianfenicol 500mg VO 8/8h 7 dias Ceftriaxona 250mg IM dose única
  • 78. Linfogranuloma Venéreo Linfogranuloma inguinal, doença de Nicolas-Frave-Durand, adenite climática, quarta moléstia, poroadenite supurativa benigna,“mula” Incubação: uma a 2 semanas Chlamydia trachomatis cepas L1,L2 e L3
  • 79. Manifestações Clínicas Adenite inguinal inflamatória e dolorosa (bubão) Lesões genitoinguinal (fase aguda) ou genitorretal (fase crônica) Fase aguda: fistulização multifocal (“bico de regador”), sintomas gripais, mal-estar geral Fase crônica: linfonodos pararretais (estenose de reto), estiomene (elefantíase com fístulas e úlceras)
  • 80. Tratamento Doxiciclina 100mg VO 12/12h ou 200 mg 1 vez ao dia por 21 dias Azitromicina 1g VO uma vez por semana por 3 semanas Eritromicina (estearato) 500mg 6/6h VO por 21 dias Sulfametoxazol 800mg + trimetoprina 160mg VO 12/12h por 21 dias Tianfenicol 500mg 8/8h por 21 dias
  • 82. Donovanose Granuloma inguinal, tropical, contagioso, ulcerativo, esclerosante, úlcera venérea crônica, donovani Incubação: variável de 3 dias a 6 meses Klebisiella (Calymmatobacterium) granulomatis: cocobacilo encapsulado, pleomorfo, extremidades arredondadas (alfinete de fraldas) encontrada dentro do citoplasma de histiócitos ou macrófagos
  • 83. Manifestações Clínicas Ulcerações de bordas planas ou hipertróficas, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e fácil sangramento Podem ser múltiplas que evoluem para necrose Lesões crônicas Ausência de linfadenopatia regional
  • 84. Tratamento Doxiciclina 100mg VO 12/12h ou 200mg 1 vez por dia (primeira escolha) Ciprofloxacina 750mg VO 12/12h Azitromicina 1g VO 1 vez por semana Sulfametoxazol/trimetoprim (400/80 mg) 02 comprimidos VO 12/12h  O tratamento deve ser feito até a cicatrização das lesões, por no mínimo 21 dias
  • 86. Herpes genital Sinonímia: herpes febril Incubação:de um a 26 dias (média de 7 dias) após o contágio Agente etiológico: herpes simples (HVS 1 e HVS 2), DNA-vírus, termolábeis e sensíveis ao éter, fenol e formol
  • 87. Manifestações Clínicas Primoinfecção Precedida por sintomas subjetivos Edema, ardor, prurido e dor Vesículas agrupadas com base eritematosa que duram de 4 a 5 dias e depois erosam Duas a 3 semanas de duração Febre, cefaléia, mal-estar e mialgia Adenopatia inguinal e femoral
  • 88. Manifestações Clínicas Infecção recorrente HSV latente na bainha de mielina dos nervos periféricos Surtos recorrentes com manifestações clínicas mais amenas Quadro clínico mais severo em imunodeficientes
  • 89. Tratamento Aciclovir 400mg VO 8/8h por 5 dias Aciclovir 200mg VO 4/4h (exceto a dose da madrugada= 5 vezes ao dia) por 5 dias Fanciclovir 125mg VO 12/12h por 5 dias Valaciclovir 500mg VO 12/12h por 5 dias
  • 91. Gonorréia Doença gonocócica, blenorragia, pingadeira, gota matinal, estrela da manhã, fogagem, esquentamento e escorrimento Incubação: 2 a 10 dias (24h a 20 dias) Neisseria gonorrhorea: diplococo Gram- negativo, intra-celular de polimorfonuclear
  • 92. Manifestações Clínicas Masculinas Formigamento ou prurido intra- uretral, com disúria Fluxo uretral mucoso ou mucopurulento, com eliminação abundante e espontânea Edema e eritema de bordas do meato uretral
  • 93. Manifestações Clínicas Femininas Metade assintomática ou oligossintomática Disúria, urgência urinária Secreção amarelo-esverdeada, vulvovaginite Endocervicite, muco cervical turvo, hiperemia de colo Metrorragia, prurido anal, secreção anal mucopurulenta Dor pélvica ou ao toque vaginal combinado
  • 94. Infecção por Chlamydia Uretrite não gonocócica (UNG), cervicite, doença inflamatória pélvica (DIP) Incubação: duas semanas a 1 mês Chlamydia trachomatis: cepas D, E, F, G, I, J e K bactérias parasitas intracelulares obrigatórias
  • 95. Manifestações Clínicas Masculinas Uretrite com secreção clara e mucóide Raramente purulenta Disúria leve ou moderada Femininas Endocervite com muco cervical Ectopia e friabilidade com sangramento
  • 97. Condilomas Genitais Condiloma acuminado, verrugas anogenitais, thymus, ficus, crista-de- galo Papilomavírus humano (HPV)- hiperplasia celular Virose mais comum transmitida por via sexual Mais prevalente em mulheres Associação com Neoplasias Intra- Epiteliais do colo uterino
  • 98. Condilomas Genitais Período de Incubação: Variável, relacionado a competência imunológica do indivíduo De 3 semanas a 8 meses (média 3 meses) Pode ser por tempo indeterminado
  • 99. Etiologia Human Papillomavirus (HPV) São DNA vírus não cultiváveis in vitro Existem mais de 100 subtipos (35 específicos para o epitélio anogenital)  Baixo risco: HPV 6, 11, 42, 43, 44 - comumente não integrados ao genoma do hospedeiro (verrugas)  Intermediários: HPV 33,35,51 e 52
  • 100. Manifestações Clínicas Infecções transitórias (50% dos casos), com completa eliminação do vírus (indivíduos imunocompetentes) Surgimento de lesões, com regressão espontânea em 30-50% dos casos Lesões persistentes, resistentes ao tratamento convencional (alto risco)
  • 101. Prevenção Evitar comportamento sexual de risco Uso de preservativos Exame ginecológico de rotina Busca ativa e seguimento de parcerias Vacina contra HPV
  • 103. História natural dasífilis Agente Etiológico: Treponemapallidum Possuibaixa resistência ao meio ambiente. É sensível àação do sabãoe de outros desinfetantes; Forma de transmissão: sexual e vertical; Transmissão sexual é maior (cerca de 60%) nos estágios iniciais (primária, secundária e latente recente); Em gestantes não tratadas ou tratadas inadequadamente a taxa de transmissão de até 80% para o feto, nos estágios iniciais (primária, secundária e latente recente)
  • 106. Transmissão  Sexual  Congênita (passagem através da placenta/parto)  Contato íntimo com área com lesão ativa  Transfusão de sangue humano ou hemoderivados (fresco)  Inoculação acidental
  • 107. Sífilis primária Sífilis secundária Sífilis latente Recente (< 1 ano) Tardia (> 1 ano) Sífilis terciária ESTÁGIOS CLÍNICOS
  • 109. Sífilis primária Cancro duro  Pápula única indolor → erosão e enduração  Úlcera: base lisa e bordas elevadas e firmes, consistência cartilaginosa. “Limpa”, sem exsudato  Indolor, mas sensível ao toque Linfadenopatia regional indolor Podem ocorrer lesões múltiplas Espiroquetas nas lesões Desaparecem espontaneamente dentro de 2 a 8 semanas, mas podem persistir por períodos mais longos
  • 110. SÍFILIS PRIMÁRIA Lesão ulcerada, fundo limpo, indolor, borda bem delimitada, regular e endurada Não percebida em 15-30% dos pacientes Desaparece após 4 a 6 semanas ALTAMENTE INFECTANTE Uso de ATB ou sífilis prévia pode alterar lesão
  • 111. Sífilis secundária Número máximo de treponemas (grande carga antigênica) presente de forma disseminada pela corrente sangüínea Treponemas demonstrados em vários outros tecidos Anormalidades laboratoriais, presença de treponemas ou ambos pode ser detectados no SNC em até 40% desses pacientes; Resposta imune bastante intensa e então pode se desenvolver um quadro de glomerulonefrite Erupção cutânea não pruriginosa, máculo-papular, acometendo tronco, palmas das mãos e plantas dos pés Linfadenopatia generalizada, indolor Condiloma Lesões de mucosa “em placa” Febre, adinamia, astenia Sífilis maligna precoce
  • 113. SÍFILIS LATENTE ASSINTOMÁTICA • RECENTE se menos de 1 ano da infecção • TARDIA se mais de 1 ano da infecção • Diagnóstico exclusivamente por testes sorológicos • Recorrências de secundarismo • Principalmente 1 ano (sífilis latente recente) Fonte: Syphilis, Mandel: Principles and Practice of Infectious Diseases, 6th ed.
  • 114. Sífilis terciária Doença ativa com manifestações clínicas aparentes ou inaparentes Até 1/3 dos pacientes não tratados; Maioria das lesões envolvem o vaso vasorum da artéria aorta ou de artérias do SNC, ou ambos  Aneurisma de aorta  Insuficiência aórtica  Neurossífilis O resto consiste principalmente de GOMAS, lesão granulomatosa característica com um centro coagulado ou amorfo e endarterite de pequenos vasos  Pele, fígado, ossos e baço são os sítios mais comuns
  • 115. Sífilis congênita Risco de transmissão  70% - 100% nas fases primária ou secundária  40% na fase latente precoce  10% na fase latente tardia Abortamento, óbito fetal e natimortalidade (50%) Pode ser assintomática em 1/2 a 2/3 dos casos ao nascer Precoce (< 2 anos): Prematuridade, baixo peso, rinite serosanguinolenta, osteocondrite, periostite, osteíte, chôro ao manuseio, hepatoesplenomegalia, linfoadenopatia, rash cutâneo (exantemático ou bolhoso), anemia, alterações respiratórias, condiloma plano, hidropsia, pseudoparalisia dos membros Tardia (> 2 anos): Tíbia em lâmina de sabre, fronte olímpica, nariz em sela, dentes de Huntchinson, mandíbula curta, arco palatino elevado, ceratite intersticial com cegueira, surdez neurológica, hidrocefalia, def. cognitivo
  • 116. SÍFIL Sífiliscongênitaprecoce Diagnosticadaaté osegundoanode vida Sintomas discretos ou inespecíficos- >50%dos casos prematuridade e do baixo peso ao nascimento, hepatoesplenomegalia, lesões cutâneas (rash, condiloma plano, pênfi go palmo-plantar), obstrução nasal e rinite sero-sanguinolenta, sofrimento respiratório com ou sem pneumonia, icterícia, pseudoparalisias, edema (secundário asíndrome nefrótica e/ou desnutrição). petéquias, púrpura, fissura peribucal, hidropsia, hipertensão pulmonar, pan-hipopituitarismo transitório, convulsão emeningite.
  • 117. SÍFIL Clássicos: ceratite intersticial, periostite, osteíte ou osteo -condrite (com alterações características ao estudo radiológico), surdezneurológica, anormalidades dentárias (dentes incisivos medianos superiores deformados – dentes de Hutchinson, molares em “amora”), desenvolvimento pobre da maxila, palato em ogiva, nariz em sela, “fronte olímpica” Sãosinais menosfrequentes: tíbia em sabre, rágades (fi ssurasperiorais eperinasais), retardo mental, hidrocefalia, escápula em clarão e articulações de Clutton (efusão dosjoelhos). Sífiliscongênita tardia Diagnosticadaapósosegundoanode vida
  • 118. T estesimunológicosparadiagnósticodasífilis Recomenda-seiniciar o fluxograma de diagnóstico peloteste treponêmico (preferencialmente testerápido)
  • 119.  Nome do produto: Rapid Check Sífilis  Fabricante: Núcleo de Doenças Infecciosas  Finalidade: detecção de anticorpos (IgM e IgG) específicos para antígenos do Treponema pallidum  Amostras utilizadas: sangue total, soro ou plasma  Características do desempenho: plasma  Sensibilidade = 99,7%; Especificidade = 99,3%; sangue total  Sensibilidade = 99,7%; Especificidade = 99,3% (informado pelo fabricante). Testes rápidos para a triagem da sífilis
  • 120. COMO INTERPRETAR VDRL (teste não treponêmico) FTA-ABS (teste treponêmico) INTERPRETAÇÃO + + Sífilis (recente ou tardia) + - VDRL falso positivo para sífilis - + Sífilis curada ou pré-cancro (janela imunológica do VDRL) - - Ausência de infecção ou período de incubação
  • 123. TEST AGEMDAGEST ANTE Pré-natal 1ª consultado pré-natal 3º trimestrede gestação(28ª semana) Maternidade Parto Aborto História de exposição de risco/ violência sexual O tratamento deve ser iniciado com apenas um teste reagente, treponênico ou não treponêmico, sem aguardar o resultado do segundoteste. Momentosdetestagemda gestante Testageme tratamento na mesmaconsulta
  • 125. Usodapenicilina naAtenção Básica Única opção de tratamento da sífilis nagestação A possibilidade de reação anafilática à administração de penicilina benzatina é de 0,002%; Diversos medicamentos (ex.: AINE, lidocaína etc.), e alimentos (ex.: nozes, frutos do mar, corantes etc.) apresentam mais riscos de anafilaxia Oreceio de ocorrência de reação anafilática NÃO deve ser impeditivo para a administração de penicilina na prevenção da sífilis congênita. v.8 (2);2013 ¹Safety of Benzathine Penicillin for Preventing Congenital Syphilis: A SystematicReview Tais F. Galvao1*, Marcus T. Silva1, Suzanne J. Serruya2, Lori M. Newman3, Jeffrey D. Klausner4, Mauricio G. Pereira1, RicardoFescina2 Caderno da Atenção Básica nº 28, Volume II, Acolhimento à Demanda Espontânea, Capítulo 2: Queixas comuns no atendimento à demanda espontânea e urgências/emergências, pág. 25, disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/caderno_28.pdf>. .
  • 126. SÍFILIS SífilisPrimária, Sífilis Secundáriaoulatente precoce(<2 anos) Sífilislatente tardia(>2anos), Terciáriaou DURAÇÃOIGNORADA PenicilinaBenzatina 2,4milhões UI (doseúnica) PenicilinaBenzatina 7,2milhõesUI (2,4milhões UI 1x/sem por 3sem) TRATAMENTOparasífilis Seguimentoclínico sorológico Importante lembrar: Casoo intervalo entre asdosesultrapasse a14 dias,o esquemadeverá ser reiniciado Fonte: www.aids.gov.br/pcdt
  • 127.
  • 128. REAÇÃODEJARISCH-HERXHEIMER Inicia-se entre 2-4h apóstratamento, podendo durar 24 a48h Não setrata de alergia Tratar comsintomáticos • Febre • Calafrios  Mialgia  Cefaleia  Hipotensão  Taquicardia  Acentuação daslesões cutâneas
  • 129. Ceftriaxona¹: Sífilis Primária/Secundária e Latente Precoce 250mg EV ou IM por 5 dias Sífilis Latente Tardia e Terciária 1g EV ou IM ao dia, por 14 dias. Azitromicina: Sífilis precoce 2g VO DU ² ³ 1g/sem por 3-4 semanas 4 OUTROS TRATAMENTOS ALTERNATIVOS ¹ Diretrizes de Atendimento de Sífilis em Adultos - Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho – UFRJ ² Sex Transm Dis. 2002, Hook EW ³N Engl J Med. 2005 Riedner G; London School of Hygiene and Tropical Medicine, London. 4 DST J. Bras. Doenças Sex. Transm; 2001.Passos, Mauro Romero Leal
  • 130. • PenicilinaGbenzatina(c),nadoseúnicade50.000 UI/kg,IM CriançaExpostaà Sífilis • PenicilinaGprocaína50.000 UI/kg, doseúnicadiária, IM, durante10 diasOU • Penicilinacristalina,50.000 UI/kg/dose, IV,a cada12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e acada8 horas(após7 dias de vida), durante 10dias SífilisCongênita • Penicilinacristalina,50.000 UI/kg/dose, IV,a cada12 horas (nos primeiros 7 dias de vida) e acada8 horas(após7 dias de vida), durante 10dias Neurossífilis Tratamentodasífiliscongênita Oacompanhamento é obrigatório, incluindo o seguimento com testenão treponêmico sérico após conclusão do tratamento Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2015/protocolo-clinico-e-diretrizes- terapeuticas-para-prevencao-da-transmissao-vertical-de-hiv
  • 131. 4. ACOMPANHAMENTOdoscasos Avaliar possível REINFECÇÃO Avaliar possível FALHAao tratamento Avaliar possível foco não tratado. Ex.neurossífilis Importante: Énecessárioregistrar nacaderneta de pré-natal dagestantetodas asmedidasque compõemasaçõespara prevenir a sífilis congênita,evitando que a criançaexposta sejasubmetida a intervenções desnecessáriasno pós-parto.
  • 132. Seguimentopós-tratamento Acompanhamento dos casos Gestante População Geral (incluindo PVHIV) Período Testes Período Testes Mensal Testenão- treponêmico (VDRL,RPR) 1º ano – trimestral 2º ano - semestral Testenão- treponêmico (VDRL,RPR)
  • 133. Definição de resposta Primária  2 títulos (exemplo: 1:32 a 1:8) em 6 meses  3 títulos em 12 meses  4 títulos em 24 meses Secundária  3 títulos em 6 meses  4 títulos em 12 meses Latente  2 títulos em 12 meses
  • 134. Critériosde retratamento da sífilis Importante: Omonitoramento é fundamental para classificar aresposta ao tratamento e definir a conduta mais correta para cadacaso.
  • 135. 5. AbordagemdaP ARCERIAsexual Esforço para a testagem e tratamento das parcerias sexuais Interromper acadeia de transmissão e reinfecção Buscaativa SIGILO
  • 136. 6. NOTIFICAÇÃOdoscasos Obrigatória para SÍFILISADQUIRIDA SÍFILISEMGEST ANTE(pré-natal, parto epuerpério) SÍFILISCONGÊNITA Acionar VEe receber auxílio no manejo do casoe parcerias sexuais Programação e planejamento de enfrentamento da epidemia
  • 137. ParceriacomCofenpara administração da penicilina benzatinanaAtençãoBásica, 2015 Revogao Parecer de Conselheiro do COFEN nº 008/2014 que restringia a administração da penicilina somente aos serviços que tivessem materiais,equipamentos e medicamentos de de emergência Ação
  • 138. ParceriacomCofenpara ampliaçãoda testagemrápida – auxiliarese técnicosde Enfermagem- 2016  Revoga o Parecer Normativo do Cofen n°001/2013 que restringia a realização dos testes rápidos somente aosenfermeiros. técnicos de enfermagem  Aprova o Parecernº 259/2016 queamplia para auxiliares e a realização de testes rápidos sob supervisão do enfermeiro.
  • 139. 1 – A Penicilina Benzatina pode ser administrada por profissionais de enfermagem no âmbito das Unidades Básicas de Saúde, mediante prescrição médica ou de enfermagem; 1 – Os Enfermeiros podem prescrever a Penicilina Benzatina, desde que o gestor municipal adote os protocolos do Ministério da Saúde ou desenvolva protocolos próprios do município, em que haja a previsão da prescrição da penicilina pelo Enfermeiro; 1 – A ausência do médico na Unidade Básica de Saúde não se configura motivo para a não realização da administração da Penicilina Benzatina, desde que o Enfermeiro esteja presente. http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2017/06/NOTA-T%C3%89CNICA-COFEN-CTLN-N%C2%B0-03-2017.pdf ConselhoFederalde EnfermagempublicaNota Técnica sobre administraçãode penicilina naAtençãoBásica– 21 de Junho/2017
  • 140. vunesp./ p.Itapevi/ 2019 Com base nas diretrizes do Ministério da Saúde, no que diz respeito à gestante, frente aos resultados obtidos nos exames sorológicos para sífilis, o enfermeiro deve considerar que se trata de (A) situação de falso-positivo para sífilis devendo, conforme protocolo, solicitar a repetição dos exames no início terceiro trimestre da gestação. (B) sífilis recente, devendo iniciar imediatamente o tratamento com Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, IM, em dose única, aplicando 1,2 milhões UI em cada glúteo. (C) sífilis secundária, devendo iniciar imediatamente o tratamento com Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, IM, aplicando a primeira dose de 1,2 milhões UI no momento e a segunda dose em sete dias. (D) sífilis tardia, iniciando o tratamento imediatamente com Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI, por 3 semanas consecutivas, totalizando 7,2 milhões UI. (E) caso suspeito de sífilis, devendo solicitar a repetição dos exames para confirmação dos resultados e início do tratamento, se necessário.
  • 141. Ano: 2016 VUNESP Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) M.J. 24 anos, casada há um ano, gestante com 62/7 semanas de idade gestacional, compareceu à consulta de enfermagem de pré-natal. Ao realizar o teste rápido para sífilis a enfermeira constatou que o resultado do exame era positivo. Frente a essa situação, de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde (2013), a enfermeira deve orientar a usuária e a) iniciar, imediatamente, o tratamento da gestante para sífilis primária. b) convocar o marido de M.J. para avaliação diagnóstica para sífilis e iniciar, imediatamente, o tratamento da gestante para sífilis terciária. c) iniciar o tratamento da gestante e seu marido para sífilis secundária. d) encaminhar a gestante para o pré-natal de alto risco para avaliação, tratamento e acompanhamento. e) coletar amostra de sangue da gestante para realização do exame de VDRL e solicitar o comparecimento de seu marido para avaliação diagnóstica para sífilis.
  • 142. #846780 VUNESP - (Pref Cubatão)/2012 De uma maneira geral, as manifestações características da sífilis, de acordo com o estágio da doença, são: a) na sífilis básica: feridas purulentas doloridas, pruriginosas e com sensação de ardor. b) na sífilis primária: cancro duro, que poderá passar desapercebido na mulher quando localizado nas paredes vaginais ou no colo do útero associado ou não à adenopatia satélite. c) na sífilis secundária: lesões generalizadas cutâneo-mucosa na forma de cancro mole, uretrite e alterações osteoarticulares. d) na sífilis de latência: lesões na forma de roséola sifilítica pruriginosa e linfonodo, alternando períodos de latência com o surgimento de feridas purulentas doloridas. e) na sífilis terciária: cancro mole, enfartamento ganglionar, micção dolorosa, alterações urológicas.
  • 143. HIV – VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA Miriam Raquel Teodoro de Sousa - Núcleo de Prevenção - 143 HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
  • 144. HIV X AIDS Miriam Raquel Teodoro de Sousa - Núcleo de Prevenção - 144  A SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA (AIDS) É CAUSADA PELO VÍRUS HIV  O HIV ATACA E DESTRÓI OS GLÓBULOS BRANCOS (LINFÓCITOS T-CD4) DO SANGUE, CAUSANDO UM DEFEITO NO SISTEMA IMUNOLÓGICO DO CORPO  O SISTEMA IMUNOLÓGICO TORNA-SE TÃO ENFRAQUECIDO QUE ELA NÃO PODE PROTEGER-SE DE INFECÇÕES SÉRIAS. QUANDO ISSO ACONTECE, DO PONTO DE VISTA CLÍNICO ESTA PESSOA CONTRAIU A AIDS
  • 145. CONCEITOS  Janela Diagnóstica: conceito mais amplo do que o de janela imunológica ou sorológica. O período de janela diagnóstica é o tempo decorrido entre a infecção e o aparecimento ou detecção de um marcador da infecção, seja ele RNA viral, DNA pró-viral, antígeno p24 ou anticorpo. A duração desse período depende do tipo do teste, da sensibilidade do teste e do método utilizado para detectar o marcador  No caso de anticorpo, também podemos chamar de janela imunológica).
  • 146.  Controladores de Elite: (do inglês, elite controllers) são indíviduos que têm a infecção pelo HIV, apresentam resultados reagentes nos testes sorológicos que detectam anticorpos e não estão em tratamento antirretroviral, porém apresentam consistentemente (por pelo menos 1 ano) Carga Viral inferior ao limite de detecção dos ensaios rotineiramente utilizados. Estima- se que menos de 1% dos pacientes HIV-1 soropositivos pertença a esse grupo.  Imunosilenciosos: (do inglês, immunosilents) são indivíduos que possuem níveis baixos ou mesmo ausência de anticorpos específicos e, dessa forma, não são detectados nos testes sorológicos.
  • 147. HIV – VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA Miriam Raquel Teodoro de Sousa - Núcleo de Prevenção - 147  Sexo vaginal, oral e anal sem camisinha, com alguém infectado  Compartilhando agulhas e seringas com sangue contaminado  Da mãe para o filho, durante a gravidez, no parto ou na amamentação  Transfusão de sangue contaminado  Acidentes pérfuro-cortantes
  • 148. HIV – VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA Miriam Raquel Teodoro de Sousa - Núcleo de Prevenção - 148  Usar preservativo do começo ao fim de qualquer tipo de relação sexual (anal, oral ou vaginal)  Nunca utilizar o mesmo preservativo mais de uma vez  Não compartilhar objetos perfuro cortantes, como agulhas ou seringas, que entrem em contato direto com o sangue  Nunca reutilizar objetos perfuro cortantes  Descartar objetos perfuro cortantes em locais seguros  Receber transfusão de sangue previamente testado  Testar toda gestante com o exame diagnóstico que identifica a presença do vírus HIV PREVENÇÃO
  • 149. Qual a melhor estratégia de prevenção das IST/HIV/AIDS?
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  • 151.
  • 152.
  • 153.
  • 154. Métodos combinados Preservativos + Teste Testes + Acordos de Segurança Acordos de Segurança + PEP Sexual PEP Sexual + Teste Tratamento HIV + Preservativos Preservativos + PEP Sexual Práticas Seguras + PEP Sexual
  • 155. Estratégias de Atenção integral às Pessoas com IST
  • 156. PREF. SÃO Paulo – vunesp - 2014 28. Assinale a alternativa correta com relação às Doenças Sexualmente Transmissíveis – DSTs. (A) O HIV é transmitido através das vias sexual e sanguíneas, de transmissão vertical, dos objetos perfuro-cortantes contaminados e da amamentação. (B) A sífilis congênita é transmitida da mãe ao feto durante o último trimestre da gravidez. (C) A sífilis, a gonorreia, o herpes e a AIDS são DSTs que podem ser transmitidas durante a gravidez, mas raramente por meio do parto. (D) A pílula anticoncepcional minimizou o surgimento das DSTs. (E) A partir da contaminação com o micro-organismo de determinada DST, o indivíduo passa a ser imune a essa mesma DST
  • 157. Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2016 - As chamadas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) também são transmitidas por outras vias, além da relação sexual. O quadro apresenta algumas DSTs. Suponha que Júlio adquiriu uma DST através de transfusão sanguínea, que Paulo adquiriu uma DST ainda no ventre materno e que Adriano teve uma DST que só se adquire por relação sexual. As DSTs de Júlio, Paulo e Adriano podem ser, respectivamente, A cancro mole, aids e condiloma acuminado B condiloma acuminado, gonorreia e sífilis C aids, sífilis e cancro mole. D gonorreia, condiloma acuminado e aids. E sífilis, cancro mole e gonorreia.
  • 158. VUNESP - (TJ PA/2014 Para a “Semana da Saúde” na empresa estão programadas atividades de educação em saúde sobre as doenças sexualmente transmissíveis (DST). Considerando as dificuldades existentes na negociação do uso do preservativo masculino com o parceiro, como medida de prevenção eficaz contra as DSTs as mulheres serão orientadas a fazer uso a) do preservativo feminino. b) do diafragma. c) da ducha vaginal, imediatamente após a relação sexual. d) do diafragma associado ao gel espermicida. e) do dispositivo intrauterino com filamento de cobre (DIU) associado ao gel espermicida.
  • 159. Prefeitura de Sorocaba - VUNESP - 2006 Na imunologia da AIDS, considera-se como Janela Imunológica o A período específico para detecção do antígeno. B isolamento laboratorial do vírus no soro. C intervalo entre a infecção e as doenças oportunistas. D período inicial da infecção e a redução dos anticorpos. E intervalo entre a infecção e a detecção de anticorpos.
  • 160. Ano: 2019 VUNESP (TJ SP) Face a uma realidade global de índices elevados de infecções transmissíveis por via sexual (IST), torna-se fundamental que os profissionais de saúde aproveitem todas as oportunidades para orientar sobre a importância de se pensar em opção contraceptiva que proporcione uma dupla proteção exemplificada pelo uso combinado a) da camisinha feminina e do anticoncepcional oral. b) do diafragma e do dispositivo intrauterino. c) do anticoncepcional injetável e do diafragma. d) do gel espermicida e do anticoncepcional oral. e) da camisinha masculina e da camisinha feminina.