O documento discute como a infraestrutura molda o território através de três pontos principais: 1) A infraestrutura é historicamente construída de forma polarizada e hierárquica, concentrando investimentos nas áreas urbanas mais desenvolvidas; 2) Isso gera desequilíbrios territoriais e barreiras urbanas; 3) Há propostas para novas formas de rede que promovam mais conectividade e equilíbrio regional, como modelos em anel e estrela.
Metrópole ressurgente: economia, sociedade e urbanização em um mundo intercon...Samuel Viana
Uma problemática urbana é identificada acerca das características essenciais das cidades enquanto conjuntos de atividade humana espacialmente polarizados e marcados por simbiose interna elevada. As raízes da crise da metrópole industrial clássica do século XX são identificadas e o surgimento de um novo tipo de dinâmica econômica urbana ao longo dos anos 1980 e 1990 é discutido. Meu argumento é de que essa nova dinâmica baseia-se, em grande medida, no crescimento e disseminação de sistemas de produção cultural-cognitivos. Em paralelo a essas mudanças ocorreram profundas transformações no espaço urbano e na vida social, e muitas cidades empreenderam esforços para se consolidarem como centros culturais nacionais e internacionais. Esse argumento é o fundamento do que podemos chamar de hipótese da metrópole ressurgente. Os efeitos da globalização são considerados como de fundamental importância na gênese e geografia do ressurgimento urbano. Três dilemas políticos das cidades ressurgentes são destacados: sua fragmentação institucional interna; o fortalecimento de sua condição de agentes econômicos em escala global e a importância concomitante das formas coletivas de construção de vantagens competitivas localizadas; e a intensificação de sua desintegração e segmentação sociais.
Metrópole ressurgente: economia, sociedade e urbanização em um mundo intercon...Samuel Viana
Uma problemática urbana é identificada acerca das características essenciais das cidades enquanto conjuntos de atividade humana espacialmente polarizados e marcados por simbiose interna elevada. As raízes da crise da metrópole industrial clássica do século XX são identificadas e o surgimento de um novo tipo de dinâmica econômica urbana ao longo dos anos 1980 e 1990 é discutido. Meu argumento é de que essa nova dinâmica baseia-se, em grande medida, no crescimento e disseminação de sistemas de produção cultural-cognitivos. Em paralelo a essas mudanças ocorreram profundas transformações no espaço urbano e na vida social, e muitas cidades empreenderam esforços para se consolidarem como centros culturais nacionais e internacionais. Esse argumento é o fundamento do que podemos chamar de hipótese da metrópole ressurgente. Os efeitos da globalização são considerados como de fundamental importância na gênese e geografia do ressurgimento urbano. Três dilemas políticos das cidades ressurgentes são destacados: sua fragmentação institucional interna; o fortalecimento de sua condição de agentes econômicos em escala global e a importância concomitante das formas coletivas de construção de vantagens competitivas localizadas; e a intensificação de sua desintegração e segmentação sociais.
I- REPENSANDO A TEORIA DAS LOCALIDADES CENTRAIS
I – Natureza Histórica Das Localidades Centrais
II – Acumulação Capitalista E Reprodução De Classes Sociais
III – Formas Da Produção No Espaço
IV - Produção Concentrada
Alternativas de recuperação das mais valias urbanas através do estudo de impa...Davi Alcantara Bonates
O trabalho em questão analisa um modelo de estudo dos impactos dos investimentos em transportes públicos urbanos sobre a valorização imobiliária e as mudanças de uso do solo. A utilização desse modelo permitiria que os empreendedores pudessem recuperar as mais valias urbanas geradas pelos investimentos em transporte público, principalmente, os investimentos realizados pelo setor público num cenário de escassez de recursos. Consideramos a investigação dos fenômenos urbanos sob o prisma dos transportes e através do binômio centralidade/acessibilidade, uma das perspectivas de análise do que é a cidade, quando inserida na totalidade que lhe confere significado. Assim, qualquer variação no uso do solo implicará em modificações na matriz de acessibilidade e também na própria diferenciação intra-urbana. Conseqüentemente, os efeitos/impactos da intervenção pública em transportes numa determinada área não se restringem à área diretamente atingida, ou seja, o impacto não ficará limitado na região em que se localizará o investimento. Portanto, num modelo de avaliação de impactos, devem ser consideradas as inter-relações sistêmicas entre os investimentos em transportes urbanos e as possíveis alterações no uso e ocupação do solo, ao mesmo tempo em que aqueles são em geral dimensionados com base num determinado padrão de ocupação existente ou tendencial e podem exercer forte indução na redefinição desses usos e o aumento de necessidades por deslocamentos na cidade.
Governanca urbana uma_reflexao_sobre_a_participacao_do_publico_nos_instrument...bastant
O presente texto é uma reflexão desenvolvida no âmbito do exercício das minhas funções enquanto sociólogo integrado numa equipa multidisciplinar responsável pela produção, monitorização e revisão de planos municipais de ordenamento do território (PMOT), na Câmara Municipal de Lisboa.
A participação das populações nas decisões que implicam com o seu quotidiano, nomeadamente acerca dos espaços que habitam, é entendida como um direito humano básico e, como tal, é um pressuposto da nossa lei fundamental. Podemos mesmo dizer, de forma um tanto lapidar, que a participação é o que torna verdadeiramente democrática a democracia.
"Experiências e práticas: uma análise crítica da infraestrutura nos projetos de urbanização"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 3: Desenho Urbano e Infraestrutura
I- REPENSANDO A TEORIA DAS LOCALIDADES CENTRAIS
I – Natureza Histórica Das Localidades Centrais
II – Acumulação Capitalista E Reprodução De Classes Sociais
III – Formas Da Produção No Espaço
IV - Produção Concentrada
Alternativas de recuperação das mais valias urbanas através do estudo de impa...Davi Alcantara Bonates
O trabalho em questão analisa um modelo de estudo dos impactos dos investimentos em transportes públicos urbanos sobre a valorização imobiliária e as mudanças de uso do solo. A utilização desse modelo permitiria que os empreendedores pudessem recuperar as mais valias urbanas geradas pelos investimentos em transporte público, principalmente, os investimentos realizados pelo setor público num cenário de escassez de recursos. Consideramos a investigação dos fenômenos urbanos sob o prisma dos transportes e através do binômio centralidade/acessibilidade, uma das perspectivas de análise do que é a cidade, quando inserida na totalidade que lhe confere significado. Assim, qualquer variação no uso do solo implicará em modificações na matriz de acessibilidade e também na própria diferenciação intra-urbana. Conseqüentemente, os efeitos/impactos da intervenção pública em transportes numa determinada área não se restringem à área diretamente atingida, ou seja, o impacto não ficará limitado na região em que se localizará o investimento. Portanto, num modelo de avaliação de impactos, devem ser consideradas as inter-relações sistêmicas entre os investimentos em transportes urbanos e as possíveis alterações no uso e ocupação do solo, ao mesmo tempo em que aqueles são em geral dimensionados com base num determinado padrão de ocupação existente ou tendencial e podem exercer forte indução na redefinição desses usos e o aumento de necessidades por deslocamentos na cidade.
Governanca urbana uma_reflexao_sobre_a_participacao_do_publico_nos_instrument...bastant
O presente texto é uma reflexão desenvolvida no âmbito do exercício das minhas funções enquanto sociólogo integrado numa equipa multidisciplinar responsável pela produção, monitorização e revisão de planos municipais de ordenamento do território (PMOT), na Câmara Municipal de Lisboa.
A participação das populações nas decisões que implicam com o seu quotidiano, nomeadamente acerca dos espaços que habitam, é entendida como um direito humano básico e, como tal, é um pressuposto da nossa lei fundamental. Podemos mesmo dizer, de forma um tanto lapidar, que a participação é o que torna verdadeiramente democrática a democracia.
"Experiências e práticas: uma análise crítica da infraestrutura nos projetos de urbanização"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 3: Desenho Urbano e Infraestrutura
"Experiências e práticas: uma análise crítica da infraestrutura nos projetos de urbanização"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 3: Desenho Urbano e Infraestrutura
"Conceitos e modelos referenciais: uma introdução às diferentes escalas de infraestrutura"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 3: Desenho Urbano e Infraestrutura
"Aspectos gerais do Novo Marco Legal"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 1: Legislação urbanística e ambiental no Brasil, o desafio de articulação em nome da recuperação urbana em bairros precários.
"PRIS - Programas de Recuperação de Interesse Social"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 1: Legislação urbanística e ambiental no Brasil, o desafio de articulação em nome da recuperação urbana em bairros precários.
"Regularização Fundiária no Processo de Urbanização de Assentamentos Precários"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 1: Legislação urbanística e ambiental no Brasil, o desafio de articulação em nome da recuperação urbana em bairros precários.
"Complexo Cantinho do Céu - Diretrizes para Urbanização e Recuperação Ambiental"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 1: Legislação urbanística e ambiental no Brasil, o desafio de articulação em nome da recuperação urbana em bairros precários.
"Sustentabilidade e desenvolvimento urbano: integração das políticas habitacional e ambiental"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 1: Legislação urbanística e ambiental no Brasil, o desafio de articulação em nome da recuperação urbana em bairros precários.
"Conceitos gerais sobre intervenção em águas e territórios"
Módulo 3: Planejamento Urbano e regularização fundiária
Disciplina 1: Legislação urbanística e ambiental no Brasil, o desafio de articulação em nome da recuperação urbana em bairros precários.
"Precariedade habitacional e urbanização de favelas: noções gerais"
Módulo 2: Movimentos Sociais e Políticas Públicas
Disciplina 3: Urbanização precária no mundo contemporâneo
"Atuação dos movimentos sociais na habitação de interesse social e os desafios na gestão do pós-ocupação"
Módulo 2: Movimentos Sociais e Políticas Públicas
Disciplina 2: Políticas públicas habitacionais no mundo atual
"A política municipal de habitação de São Bernardo do Campo - 2009 a 2016: A implementação de projetos de urbanização e o trabalho social"
Módulo 2: Movimentos Sociais e Políticas Públicas
Disciplina 2: Políticas públicas habitacionais no mundo atual
"Autogestão e moradia digna"
Módulo 2: Movimentos Sociais e Políticas Públicas
Disciplina 1: Movimentos de moradia e a assessoria técnica na habitação e na cidade
"Operação Urbana consorciada - Bairros Tamanduateí"
Módulo 1 - Habitação coletiva como desenho de cidade
Disciplina 2: Projeto para a Habitação associada à valorização do Espaço Público.
"Plano Diretor Estratégico e Novo Zoneamento em São Paulo"
Módulo 1 - Habitação coletiva como desenho de cidade
Disciplina 2: Projeto para a Habitação associada à valorização do Espaço Público.
"Recursos necessários para a provisão habitacional e o desafio da restrição orçamentária – Parcerias Público-Privadas."
Módulo 2 - Políticas Públicas Habitacionais
Disciplina 1: Habitação promovida pelo Poder Público
Professor: João Octaviano
"Esfera pública e espaço público: proposições à luz da contemporaneidade urbana brasileira"
Módulo 1 "Produção do Habitat Humano "
Disciplina 2 "Projeto para a Habitação associada à valorização do Espaço Público"
Professor: Eugenio Fernandes Queiroga
"Habitação / Espaço Público ou o que não é habitação na habitação social?"
Módulo 1 "Produção do Habitat Humano "
Disciplina 2 "Projeto para a Habitação associada à valorização do Espaço Público"
Professor: Caio Santoamore
"Relato e discussão de experiência no empreendimento “City Jaraguá” em São Paulo"
Módulo 1 "Produção do Habitat Humano "
Disciplina 2 "Projeto para a Habitação associada à valorização do Espaço Público"
Professor: Roberto Sakamoto Rezende de Souza
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América Latina: Da Independência à Consolidação dos Estados NacionaisValéria Shoujofan
Aula voltada para alunos do Ensino Médio focando nos processos de Independência da América Latina a partir dos antecedentes até a consolidação dos Estados Nacionais.
Livro de conscientização acerca do autismo, através de uma experiência pessoal.
O autismo não limita as pessoas. Mas o preconceito sim, ele limita a forma com que as vemos e o que achamos que elas são capazes. - Letícia Butterfield.
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6. Dizemos, portanto, que a forma é o resultado de um processo,
cujo ponto de partida não é a própria forma.
G. C. Argan (in: História da arte como história da cidade, 1995, p. 75)
7. ESTRUTURA: elementos mínimos e essenciais
que compõem o todo e atuam conjuntamente
INFRA: inferior, abaixo, subterrâneo, invisível
8. De Embelezamentos a Melhoramentos para funcionalidade da
cidade moderna
(SAKAGUCHI, 2005)
Planejamento pela provisão infraestrutural como projeto
político de poder
(BERNARDINI, 2007)
Instalação de infraestrutura, equipamentos e serviços cujos usos
sociais fortalecem o desenvolvimento da economia e do
processo de urbanização
(REIS FILHO, 2010)
Equipar o território é uma forma de aplicar capital fixo e
transformar as relações de trabalho e de poder.
(SANTOS, 1994)
10. AS RELAÇÕES SISTÊMICAS
Teorias Econômicas Espaciais
Perroux: Polos de Crescimento
W. Cristaller e A. Losch: Teoria dos Lugares Centrais
G. Myrdal: Causação Circular Cumulativa
J. R. Boudeville: Política Regional para Integração do Território e Evitar o Desequilíbrio
ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
11. Todas as teorias tratam da relação: CONCENTRAÇÃO x DISPERSÃO
Ou seria: CONCENTRAÇÃO E DISPERSÃO
O objetivo dessa relação sistêmica é a garantir o movimento e a permanência de
matéria-prima, mercadoria, recursos e pessoas
ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
12. A influência dos modelos tecnológicos aplicados sobre o território podem garantir ou
inverter a lógica produtivista regulada pelas formas de gestão e pelas relações
econômicas
ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
13. A Construção da Centralidade: Polarização e Hierarquia
Analisando os polos ou aglomerações concentradas e a forma de controle Estatal
entendemos porque as formas infraestruturais são condições para a urbanização
As grandes redes definem-se pela economia de escala e pelo monopólio dos serviços
ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
14. A economia de escala é o atendimento a uma demanda concentrada e sempre
crescente cujo investimento possa ser compensado num curto período de tempo
A metrópole é o território das concentrações, por isso os investimentos ocorrem
predominantemente nas metrópoles
A Construção da Centralidade: Polarização e Hierarquia
Analisando os polos ou aglomerações concentradas e a forma de controle Estatal
entendemos porque as formas infraestruturais são condições para a urbanização
As grandes redes definem-se pela economia de escala e pelo monopólio dos serviços
ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
15. O monopólio sobre os serviços públicos garante ao Estado aplicar uma política coesa
e integrada da produção, distribuição e consumo desses serviços. O que faz da gestão
dos serviços públicos uma lógica de monopólios, tanto de escala como de escopo.
Para manter a coesão e integração das políticas as decisões tornam-se concentradas.
Do ponto-de-vista racional, o objetivo é promover o crescimento. Assim, os
investimentos em infraestrutura concentram-se nas áreas mais equipadas e, por isso
mesmo, mais produtivas para obter maior riqueza com menor investimento.
Portanto, a Rede se constitui de forma polarizada e hierarquizada.
ECONOMIAS DE AGLOMERAÇÃO
18. A associação em grandes redes, portanto
encontra nas grandes concentrações
urbanas o lócus ideal para sua
reprodução, pois tem garantida uma
situação de economia de escala e de
escopo e o monopólio do Estado sobre a
concepção do sistema.
Nas redes, as formas ficam submetidas ao
Hub, elemento hierarquicamente mais
importante e distribuidor dos demais
fluxos.
Nesse caso, predominam as formas radiais
ou concêntricas.
38. 1. Economia de Escopo: Conectividade
A economia de escopo é a associação entre finalidades distintas que compartilham o
mesmo sistema físico numa mesma rede
ALTERNATIVAS PARA UM NOVO
DESENHO DE REDE
39. Três funções que caracterizam uma rede, segundo Jerome Rottemberg (MIT, década de
1970):
1. Capacidade central: essa função é concentrada (captação de água, ou o
tratamento de esgoto; um terminal de ônibus, ou um aeroporto; uma estação de
energia elétrica);
2. Distribuição Arterial: essa função é vetorizada, pois são percursos definidores de
acessos e direções, embora não seja responsável por fazer a cobertura final (adutora,
rodovias, linhas de alta tensão);
3. Distribuição Capilar: essa função é difusa e garante a oportunidade ao serviço. Seu
atendimento se torna mais universal quanto mais difusa a distribuição capilar for
(redes domiciliares, ruas, cabeamento elétrico).
ALTERNATIVAS PARA UM NOVO
DESENHO DE REDE
40. Equilíbrio está diretamente vinculado aos conceitos de atendimento universal e
conectividade.
Conectividade é a integração entre redes o que garante que uma mesma localidade
estará atendida independentemente do funcionamento ou não de uma das redes
conectadas.
No atendimento universal através da conectividade entre redes, extingue-se o modelo
de polarização e hierarquia.
Embora possa existir centro, existirão vários deles.
A hierarquia será desmontada, pois os fluxos podem circular por diferentes redes
para atingir um mesmo ponto.
ALTERNATIVAS PARA UM NOVO
DESENHO DE REDE
41. O modelo em árvore também é
hierárquico, pois constitui-se por
ramificações de pontos centrais. Há,
porém conexões diretas e indiretas
com as centralidades. Nem sempre as
ramificações estão integradas entre
si, o que gera certo desequilíbrio
entre os ramos
O modelo em anel, por sua
vez garante acesso às áreas
periféricas, eventualmente
integrando-se ao Hub
42. A forma em estrela abstrai a hierarquia central, pois todas as conexões entre os pontos não
dependem de passar pelo centro. Desse modelo podemos pensar um ideal de redes e sistema
cuja hierarquia seja abolida e que a conectividade seja predominante em todas as direções em
todos os fluxos
43. 2. A Escala Regional: Equilíbrio Territorial
Ao invés de centro e periferia teríamos fronteiras que se definem pelas regiões
homogêneas de atendimento
A escala regional, portanto é fundamental para fazer compensações e evitar as
relações subsidiárias
Nesse critério, o atendimento equilibrado é aquele que não está sobrecarregado ou
ocioso. As regiões homogêneas, portanto devem ser planejadas integralmente afim
de atenderem ao conjunto dinâmico, por compensações
As redundâncias – se não responsáveis por excessos – são bem-vindas
ALTERNATIVAS PARA UM NOVO
DESENHO DE REDE
44. A centralidade permanece apenas na concepção de rede (Capacidade Central), mas
as saídas ou chegadas são garantidas por fluxos contínuos e simultâneos para todos
os vetores
O acesso é difuso e tudo é equivalente, pois tudo está conectado
45. A distribuição demográfica não é igual em todo lugar, mas os fluxos podem ser e dar
oportunidade de áreas distantes serem tão influentes quanto as áreas próximas às
grandes metrópoles.
As forças produtivas forçam as economias de aglomeração, mas é possível
proporcionar um sistema de multipolaridade
Pode-se atribuir igualdade de decisão e desenvolvimento a várias centralidades,
simultaneamente
58. Foto: Fernando Alda. In:
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.130/4066
59. GUATELLI, Igor. O MAXXI e o
delírio de Zaha Hadid em
Roma. Projetos, São Paulo, ano
11, n. 129.03, Vitruvius, set. 2011
<http://www.vitruvius.com.br/re
vistas/read/projetos/11.129/404
3>.
Fondazione MAXXI – Museo
Nazionale delle Arti del XXI
Secolo
Zaha Hadid e Patrik Schumacher
Local: Roma, Italia
Ano: 1999-2006
Programa: Museu, Auditório,
Loja, Restaurante
64. GUATELLI, Igor. O MAXXI e o delírio de Zaha Hadid em Roma. Projetos, São Paulo, ano 11, n. 129.03, Vitruvius, set. 2011
<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/11.129/4043>.
65. “... os elementos fixos, fixados em cada lugar, permitem ações que modificam o
próprio lugar, fluxos novos ou renovados que recriam as condições ambientais e as
condições sociais, e redefinem cada lugar. Os fluxos são um resultado direto ou
indireto das ações e atravessam ou se instalam nos fixos, modificando a sua
significação e o seu valor, ao mesmo tempo em que, também se modificam"
Milton Santos, A natureza do Espaço, p.61
FLUXOS E FIXOS