2. Possibilitar a compreensão das curas à luz da
Doutrina Espírita, buscando os conteúdos
morais nelas contidos.
OBJETIVOS
2
3. 1. O natural e o sobrenatural
2. Que é milagre
3. Explicações científicas
4. Manipulação de energias
5. Importância da fé e as funções físicas e mentais
6. As curas e a ciência espírita
7. As curas no Evangelho
8. Fatos extraordinários da vida de Jesus
ABORDAGENS
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4. ==== MILAGRE ====
• Acepção Etimológica:
do latim “mirari”
coisa admirável, extraordinária.
• Conceito Acadêmico:
um ato divino contrário às leis conhecidas
da natureza.
1. O natural e o sobrenatural
2. Que é milagre
4
CAP. XIII
Caracteres
dos Milagres
<<<< PARA A IGREJA >>>
Um dos caracteres do milagre é de ser
inexplicável, pois se realiza fora das leis naturais.
O que dá valor aos milagres é precisamente sua
origem sobrenatural e a impossibilidade de
explicá-los.
Toda associação dos milagres aos fenômenos da
natureza é taxada de heresia, de atentado
contra a fé.
5. “Os séculos de ignorância foram
fecundos em milagres, porque tudo
aquilo cuja causa era desconhecida,
passava por sobrenatural.”
“O Espiritismo, demonstrando que o elemento
espiritual é uma das forças vivas da Natureza,
que age incessantemente em conjunto com a
força material, faz voltar ao círculo dos feitos
naturais os fenômenos que dele haviam saído,
pois que, como os demais, são submetidos a leis.”
1. O natural e o sobrenatural
2. Que é milagre
CAP. XIII
Caracteres
dos Milagres
5
6. O ESPIRITISMO NÃO FAZ MILAGRES
Ele vem revelar novas leis e explicar os fenômenos que
derivam dessas leis.
Esses fenômenos derivam da EXISTÊNCIA DOS ESPÍRITOS
e à sua INTERVENÇÃO NO MUNDO MATERIAL.
O Espírito é submetido às leis que regem o princípio
espiritual, como o corpo é submetido às que regem o
princípio material.
1. O natural e o sobrenatural
2. Que é milagre
CAP. XIII
Caracteres
dos Milagres
6
7. Fenômenos Espíritas:
Espontâneos
produzem-se sem nenhuma ideia preconcebida,
com as pessoas que menos o esperam.
são importantes, pois não se pode duvidar da boa-fé das
pessoas que os obtém.
Provocados
Produzidos por agentes designados sob o nome de médiuns.
1. O natural e o sobrenatural
2. Que é milagre
Exemplo:
O sonambulismo, em certos indivíduos, é natural e involuntário.
Com outros, é provocado pela ação magnética.
CAP. XIII
7
8. CAP. XIII
“As curas são devidas à ação de um agente fluídico que faz o papel
de agente terapêutico, cujas propriedades são bastante naturais,
mas que têm sido desconhecidas até agora.
Portanto, elas são tão miraculosas como tantos outros efeitos,
como o da gravidade.”
1. O natural e o sobrenatural
2. Que é milagre
Os médiuns não produzem
absolutamente nada de
sobrenatural
Não fazem
NENHUM
MILAGRE
8
De modo semelhante ao Magnetismo, o Espiritismo
revela uma lei não desconhecida, mas apenas mal
compreendida.
Conhecem-se os efeitos, pois são produzidos em
todos os tempos, mas não se conhecia a lei; a
ignorância dessa lei é que engendrou a superstição.
Conhecida a lei, o maravilhoso desaparece e os
fenômenos voltam à ordem das coisas naturais.
“E conhecereis a verdade, e
a verdade vos libertará"...
João 8:32
9. 3. Explicações científicas
4. Manipulação de energias
“Os elementos fluídicos do mundo espiritual escapam aos nossos
instrumentos de análise e à percepção de nossos sentidos, feitos
para a matéria tangível e não para a matéria etérea.
Parte deles pertence a um meio, de tal modo diferente do nosso,
que não podemos apreciá-los senão através de comparações tão
imperfeitas quanto as que permitissem a um cego de nascença
procurar fazer ideia da teoria das cores.”
“O FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL é a matéria
elementar primitiva, de cujas modificações e
transformações constituem a inumerável
variedade dos corpos da natureza.”
CAP. XIV
Porque então não
percebemos isso?
o Sólido
o Liquido
o Gasoso
9
oEtérico
oSuper etérico
oSubatômico
oAtômico
10. 3. Explicações científicas
4. Manipulação de energias
“O FLUIDO CÓSMICO UNIVERSAL é o veículo
do pensamento, como o ar é o veículo do som.
Os Espíritos agem sobre os fluidos espirituais
não como os homens manipulam os gases,
mas com o auxílio do pensamento e da
vontade, que são para o Espírito, aquilo que a
mão é para o homem.”
CAP. XIV
10
11. 3. Explicações científicas
4. Manipulação de energias
“Pelo pensamento, eles imprimem a tais fluidos
esta ou aquela direção; eles o aglomeram, os
combinam ou os dispersam; formam com esses
materiais, conjuntos que tenham uma aparência,
uma forma, uma cor determinadas; mudam suas
propriedades como um químico altera as
propriedades dos gases ou de outros corpos,
combinando-os segundo determinadas leis. É a
grande oficina ou laboratório da vida espiritual.”
CAP. XIV
11
12. 3. Explicações científicas
4. Manipulação de energias
“Como o pensamento pode modificar as
propriedades dos fluidos, é evidente que eles
devem estar impregnados das qualidades
boas ou más dos pensamentos que os colocam
em vibração, modificados pela pureza ou
impureza dos sentimentos.
Os maus pensamentos corrompem os fluidos
espirituais.”
CAP. XIV
12
13. 3. Explicações científicas
4. Manipulação de energias
“O períspirito desempenha um papel preponderante em
nosso organismo.
Os fluidos agem sobre o períspirito, e este, por sua vez,
reage sobre o organismo material com o qual está em
contato molecular.
Se os seus eflúvios forem de boa natureza, o corpo recebe
uma impressão salutar; se forem maus, a impressão é
penosa.
Se os fluidos maus forem permanentes e enérgicos, poderão
determinar desordens físicas: esta é a verdadeira causa de
certas doenças.”
CAP. XIV
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14. 3. Explicações científicas
4. Manipulação de energias
“À invasão de maus fluidos, é preciso opor os bons fluidos;
Como cada um tem em seu próprio períspirito uma fonte
fluídica permanente, trazemos o remédio em nós
mesmos;
Trata-se de purificar esta fonte e dar-lhe tais qualidades,
que sejam um verdadeiro repulsor para as más
influências, em lugar de ser uma força de atração.
Como as qualidades do períspirito estão em razão das
qualidades da alma, será preciso trabalhar em sua
própria melhoria, pois são as imperfeições da alma que
atraem os maus Espíritos e as doenças.”
CAP. XIV
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15. 5. Importância da fé e as funções físicas e mentais
FÉ: “crença nos dogmas particulares que caracterizam as diferentes
religiões.”
• Cega:
Não examina nada;
Aceita, sem controle, o falso como verdadeiro;
Choca com a evidência e a razão;
Levada ao extremo, produz o fanatismo;
Quando se baseia no erro, ela se destrói, cedo ou tarde.
• Raciocinada:
Tem por base a verdade;
Tem futuro assegurado, pois não teme a evolução do conhecimento;
Dá perseverança, energia e recursos para vencer os obstáculos, tanto nas pequenas
como nas grandes coisas;
Proporciona uma lucidez que nos faz ver, no pensamento (ou intuição), o objetivo
que se procura e os meios de se chegar até ele.
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16. 5. Importância da fé e as funções físicas e mentais
O poder da fé possui uma aplicação direta e especial na
ação magnética:
o homem age sobre o fluido universal, modificando-lhe as
qualidades e dando-lhe um “impulso irresistível”.
Aquele que acrescenta uma grande fé a um poder
fluídico normal, pode, somente com a vontade dirigida
para o bem, operar fenômenos da cura e outros que,
antes, seriam tidos como prodígios ou milagres, mas que
são apenas as consequências de uma lei natural.
Por isso Jesus disse aos seus apóstolos:
“Se não o curastes é porque não tínheis fé”.
CAP. XIV
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17. Fluido Cósmico Universal (FCU):
elemento primitivo do corpo físico e do
períspirito, que dele são meras transformações.
Este fluido, condensado no períspirito, pode
fornecer ao corpo físico os princípios
reparadores.
Sua fonte é o Espírito, encarnado ou
desencarnado, que infiltra num corpo
deteriorado uma parte da substância de seu
envoltório fluídico.
6. As curas e a ciência Espírita
CAP. XIV
17
18. A cura se opera substituindo uma molécula malsã por
uma molécula sã.
O poder curador depende:
da pureza da substância inoculada;
da energia da vontade, que provoca uma emissão fluídica
mais abundante, e dá ao fluido uma maior força de
penetração;
das intenções que animam aquele que quer curar, quer seja
homem ou Espírito.
Os fluidos que emanam de uma fonte impura são como
substâncias medicinais alteradas.
6. As curas e a ciência Espírita
CAP. XIV
18
19. 7. As curas no Evangelho
Mulher com fluxo de sangue [Lc 8:43-48]
“De mim saiu virtude...”
“Filha, tem bom ânimo! A tua fé te curou!”
TESE: Mulher, que há 12 anos
sofria de hemorragia, toca as
vestes de Jesus e fica curada.
Jesus, por seu turno, teve o
conhecimento que de si mesmo
havia saído uma ”virtude”.
Questão: O efeito não foi
provocado por nenhum
ato de vontade de Jesus;
não houve magnetização,
nem imposição das mãos.
Pergunta-se: Por que a
irradiação foi direcionada
para aquela mulher e não
a outra qualquer, dado
que tinha uma multidão à
sua volta?
CAP. XV
19
Explicação: O fluido pode ser dirigido
sobre o mal pela vontade do curador, ou
atraído pelo desejo ardente, pela
confiança, pela fé do doente.
No primeiro caso, a cura assemelha-se a
uma bomba calcante; no segundo caso, a
uma bomba aspirante.
Algumas vezes, é necessária a
simultaneidade das duas ações; doutras,
basta uma só.
No caso em questão, a fé funcionou
como uma força atrativa.
Deve-se levar em conta, também, o
merecimento do doente.
20. Cura do cego Bartimeu [Mc 10:46-52]
“- Que queres que eu te faça?
- Que eu veja!”
7. As curas no Evangelho
TESE: Tomou o cego pela
mão, passou-lhe saliva nos
olhos e impôs-lhe as mãos.
Explicação: Aqui, é evidente o
efeito magnético.
A cura não foi instantânea,
porém gradual e consequente
a uma ação prolongada e
reiterada, se bem que mais
rápida do que na
magnetização ordinária.
CAP. XV
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21. 7. As curas no Evangelho
Cura de um paralítico [Mt 9:1-8]
“Teus pecados te são perdoados”
“Pega a tua cama e vai para a tua casa!”
TESE: Jesus cura um
paralítico e diz:
“Meu filho, tem confiança;
os teus pecados te são
perdoados.”
Explicação: "Teus pecados te são perdoados"
significa dizer que os males desta vida são
muitas vezes expiações do passado, bem
como que sofremos na vida as consequências
das faltas que cometemos em existência
anterior.
Assim, dizer "Teus pecados te são perdoados"
equivale a dizer: "Pagaste a tua dívida".
CAP. XV
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22. Os dez leprosos [Lc 17:11-19]
“- Mestre, tem misericórdia de nós.
- Levanta-te, e vai; a tua fé te salvou!”
7. As curas no Evangelho
TESE: Ide mostrar-vos aos
sacerdotes. Quando iam a caminho,
ficaram curados.
Somente o Samaritano voltou para
agradecer.
Explicação: Os Samaritanos eram, naquela época, mais ou
menos como os protestantes com relação aos católicos de
hoje, e os Judeus os tinham em desprezo, como heréticos.
Curando indistintamente os Judeus e os Samaritanos, dava
Jesus, ao mesmo tempo, uma lição e um exemplo de
tolerância.
E fazendo ressaltar que só o Samaritano voltara a glorificar a
Deus, mostrava que havia nele maior soma da verdadeira fé
e de reconhecimento do que nos que se diziam ortodoxos.
CAP. XV
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23. 7. As curas no Evangelho
Cura de um cego de nascença [Jo 9:1-41]
“Vai lavar-te na piscina de Siloé.”
TESE: Jesus cuspiu no chão e,
havendo feito lama com a sua
saliva, ungiu com essa lama os
olhos do cego - e lhe disse: Vai
lavar-te na piscina de Siloé. Ele
foi, lavou-se e voltou vendo
claro.
Questão: “Mestre, foi pecado
desse homem, ou dos que o
puseram no mundo, que deu
causa que ele nascesse cego?”
Resposta: “Não é por pecado
dele, nem dos que o puseram
no mundo; mas, para que nele
se patenteiem as obras do
poder de Deus.”
Explicação: Com relação à pergunta dos discípulos, o fato de
sofrer sem ter pecado revela a Sabedoria Divina. Ou seja, ele
servia de instrumento de uma manifestação divina. Se não era
uma expiação do passado, era uma provação apropriada ao
progresso daquele Espírito, porquanto Deus, que é justo, não
lhe imporia um sofrimento sem utilidade.
CAP. XV
23
Quanto ao meio empregado para a sua cura, evidentemente
aquela espécie de lama, feita de saliva e terra, nenhuma virtude
podia encerrar, a não ser pela ação do fluido curativo de que
fora impregnada.
É assim que as mais insignificantes substâncias, como a água,
por exemplo, podem adquirir qualidades poderosas e efetivas,
sob a ação do fluido espiritual ou magnético, ao qual elas
servem de veículo, ou, se quiserem, de reservatório.
24. 8. FATOS EXTRAORDIÁRIOS DA VIDA DE JESUS
A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
Jesus demonstra que existia algo mais que ligava o Espírito ao
corpo: o PERISPÍRITO.
“Em certos casos patológicos, quando o Espírito não está mais no
corpo, e o perispírito não adere a ele senão por alguns pontos, o
corpo tem todas as aparências de morto (a vida está por um fio).
Tal estado pode durar por mais ou menos tempo; certas partes do
corpo podem mesmo entrar em decomposição, sem que a vida
seja definitivamente extinta.
Enquanto o derradeiro fio não for rompido, o Espírito pode ser
trazido de volta ao corpo, seja por uma ação energética da sua
própria vontade, seja pelo influxo fluídico estranho, igualmente
poderoso.”
“Esta enfermidade não é
para a morte, mas para a
glória de Deus, para que o
Filho de Deus seja
glorificado por ela... Lázaro,
o nosso amigo, dorme.”
João, II:1-4 e 38-42
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25. 8. FATOS EXTRAORDIÁRIOS DA VIDA DE JESUS
A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
Marta supunha que Lázaro estava morto. Jesus não socorreu
Lázaro de imediato, pois quis destacar o fato, para que a
ressurreição ficasse marcada na memória das pessoas.
1ª ordenação de Jesus:
- “Tirai a pedra!
- Senhor, já cheira mal,
porque já é de 4 dias.
- Não te hei dito que, se
creres, verás a glória de
Deus?
João, II:1-4 e 38-42
“Tirai a pedra”
pode ser entendido como:
“Tirai o entulho mental que
impede a visão dos
panoramas da Vida Imortal”.
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26. 8. FATOS EXTRAORDIÁRIOS DA VIDA DE JESUS
A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
Tão logo estabeleceu contato visual com Lázaro,
Jesus fala-lhe diretamente, sem reticências.
Não há mais intermediários: Jesus dá-lhe a
ordem, incisiva e categórica; intima-o, com
bondosa energia, a deixar a sombra do túmulo.
2ª ordenação de Jesus:
- “Lázaro, vem pra fora!
João, II:39
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27. 8. FATOS EXTRAORDIÁRIOS DA VIDA DE JESUS
A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
3ª ordenação de Jesus:
- “Desligai-o e deixai-o ir
João, II:43
O valor da amizade:
Aqui Jesus roga o concurso de amigos, benfeitores
incansáveis de outras existências, que estiveram ao
nosso lado na “morte”, no “sono”, no
“despertamento”, e que acorrem de novo, para nos
desligarem das “faixas” que nos perturbam, nos
inibem e nos impedem de dar o passo decisivo.
“E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o
seu rosto, envolto num lençol. Disse-lhe Jesus: Desligai-o e
deixai-o ir.”
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28. 8. FATOS EXTRAORDIÁRIOS DA VIDA DE JESUS
A RESSURREIÇÃO DE LÁZARO
Lições da passagem:
O lento despertar do Espírito para as belezas da imortalidade. O
despertamento é gradativo.
Ninguém se ergue, de um momento para outro, do túmulo da
ignorância para o santuário do conhecimento.
Ninguém, após levantar-se, conseguirá desligar-se com facilidade
das situações anteriores, sem o concurso de amigos e benfeitores,
sejam eles encarnados ou desencarnados.
Há sempre alguém intercedendo por nós, à maneira de Marta e
Maria, que se apressaram a enviar mensageiros ao Cristo, a fim de
que pudesse Lázaro ser restituído à dinâmica da vida.
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29. A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS
A transfiguração tem como base as alterações ocorridas nas propriedades
do períspirito, as quais se refletem no corpo físico, automaticamente.
CAP. XIV
“Podendo o Espírito operar transformações na contextura do seu envoltório perispirítico
e irradiando-se esse envoltório em torno do corpo qual atmosfera fluídica, pode
produzir-se na superfície deste corpo um fenômeno análogo ao das aparições.
(...) Se o Espirito encarnado, saindo do terra a terra, se identifica com as coisas do
mundo espiritual, a expressão de uma fisionomia feia pode tornar-se bela, radiosa, e por
vezes, mesmo luminosa: se ao contrário, o espirito é exaltado por más paixões, uma
fisionomia bela pode tomar aspecto horrendo.
As transfigurações são sempre um reflexo das qualidades e
dos sentimentos predominantes do Espírito.
Este fenômeno é resultado de uma transformação fluídica; é uma espécie de aparição
perispiritual que se produz sobre o próprio corpo vivente, e algumas vezes no momento
da morte, em lugar de se produzir ao longe, como é o caso das aparições propriamente
ditas.”
29
30. A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS
Lições espirituais deste fenômeno:
1. Autoridade espiritual do Cristo
“E seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes
se tornaram brancas como a luz.” Mt 17:12
2. O entendimento de ser Ele o Messias aguardado.
3. A ideia da sobrevivência do espírito e da reencarnação.
4. Os fenômenos mediúnicos, etc.
É possível que Pedro, João e Tiago
tenham sido poderosos médiuns de
efeitos físicos, doadores incomuns
de energias magnéticas.
As transfigurações podem ser de duas naturezas:
Mediúnica: se um Espírito imprime no médium
mudanças fisionômicas.
Anímica: como aconteceu com o Cristo.
A transformação da aparência está fundamentada
nas alterações perispirituais.
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31. A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS
• “(...) o Espírito pode dar ao seu períspirito
todas as aparências que quiser;
• mediante uma simples modificação na
disposição molecular, pode dar-lhe a
visibilidade, a tangibilidade e a
opacidade;
• o períspirito de uma pessoa viva
(reencarnada), isolado do corpo, é passível
das mesmas transformações;
• essa mudança de estado se opera pela
combinação dos fluidos.”
“Com o Cristo o fenômeno
se revela sublime. A
pureza do perispírito de
Jesus permitiu que seu
Espírito lhe desse
excepcional fulgor.“
CAP. XV
Item 123
31
32. A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS
“E eis que lhes apareceram Moisés e Elias, falando
com ele.”
Esta passagem evidencia:
A comprovação da imortalidade do Espírito
sobrevivente à morte do corpo físico.
Moisés revogava a proibição de falar com os mortos,
vindo ele próprio demonstrar esta possibilidade, agora
tornada real.
A lição da ressurreição também estava sendo
transmitida, pois quando Jesus fosse crucificado, esses
apóstolos recordariam da cena da transfiguração e não
perderiam a fé.
32
33. A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS
Em seu sentido simbólico, a transfiguração significa que
as provas materiais, quando cumpridas de conformidade
com as leis divinas, transfiguram o Espírito, tornando-o
puro e luminoso.
A lição deste fenômeno no Tabor é de que o homem deve
viver sua existência no mundo, sabendo que pertence ao
Céu, sendo indispensável, desse modo, que se
“desmaterialize”, a todos os instantes, para que se
desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização
da virtude celeste, cujos germes lhe dormitam no coração.
33
34. JESUS CAMINHA SOBRE AS ÁGUAS
A TEMPESTADE ACALMADA
“Jesus produziu muitos fenômenos, considerados milagres. Hoje, porém, tais
prodígios são plenamente explicados pelo Espiritismo, revelando que não
aconteceu nenhuma derrogação das leis naturais.
Assim, (...) no campo da fenomenologia física, identificamo-lo em plena
levitação, caminhando sobre as águas.”
“Acalmar ventos e tempestades não representava dificuldade para o Mestre, que tinha
controle sobre os elementos materiais e espirituais do Planeta que governa.
O que permanece, o que deve marcar o nosso Espírito, não são os seus atos
exteriores, mas as suas lições sublimes, uma vez que Jesus foi a manifestação do
amor de Deus, a personificação de sua bondade infinita.”
CAP. 26
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35. “De todos os fatos que dão testemunhos do poder de Jesus, os mais
numerosos são, sem contestação, as curas.
Queria ele provar, desta forma, que o verdadeiro poder é o daquele
que faz o bem; que o seu objetivo era ser útil e não satisfazer à
curiosidade dos indiferentes, por meio de coisas extraordinárias.
Aliviando sofrimentos, prendia a si as criaturas pelo coração e fazia
prosélitos mais numerosos e sinceros do que se apenas os
maravilhasse com espetáculos para os olhos.
Daquele modo, fazia-se amado, ao passo que se limitasse a
produzir surpreendentes fatos materiais, conforme os fariseus
reclamavam, a maioria das pessoas não teria visto nele senão um
feiticeiro, ou um mágico hábil, que os desocupados iriam apreciar
para se distraírem.”
CAP. XV
Item 27
35
36. “Ninguém reuniu sobre a Terra tão elevadas expressões de recursos
desconhecidos quanto Jesus.
Aos doentes, bastava tocar-lhe as vestiduras para que se curassem de
enfermidades dolorosas; suas mãos devolviam o movimento ao paralítico, a
visão aos cegos.
Entretanto, no dia do Calvário, vemos o Mestre ferido e ultrajado, sem
recorrer aos poderes que lhe constituíam apanágio divino, em benefício da
própria situação.
Havendo cumprido a lei sublime do amor, no serviço do Pai, entregou-se à
sua vontade, em se tratando dos interesses de si mesmo.
A lição do Senhor é bastante significativa. É compreensível que o discípulo
estude e se enriqueça de energias espirituais, recordando-se porém, de que,
antes do nosso, permanece o bem dos outros e que esse bem, distribuído no
caminho da vida, é voz que falará por nós a Deus e aos homens, hoje e
amanhã.”
CAP. 70
36