Este documento discute as parábolas de Jesus contidas nos evangelhos. Explica que as parábolas eram uma maneira comum de Jesus ensinar e que representam cerca de um terço de seus ensinamentos registrados. Também fornece uma lista detalhada das 40 parábolas e oferece conselhos para a interpretação correta delas.
1. Texto Áureo:
“Então, se aproximaram os discípulos e lhe perguntaram: Por
que lhes falas por parábolas?Ao que respondeu: Porque a vós
outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas
àqueles não lhes é isso concedido.”
Mateus 13:10,11
2. INTRODUÇÃO
As Parábolas de Jesus são narrativas breves, dotadas de um
conteúdo alegórico, utilizadas nas pregações e sermões de
Jesus com a finalidade de transmitirem ensinamento.
Esta era a maneira predileta de Jesus ensinar. Ele sabia que
as pessoas gostavam de ouvir uma boa estória! Jesus usava
parábolas para pregar ao povo. Nisto se cumpria o que o
profeta Isaías tinha dito:
“Torna insensível o coração deste povo, endurece-lhe os
ouvidos e fecha-lhe os olhos, para que não venha ele a ver
com os olhos, a ouvir com os ouvidos e a entender com o
coração, e se converta, e seja salvo.” (Isaías 6:10 - Mateus
13:14,15).
3. INTRODUÇÃO
Segundo alguns estudos as parábolas representam a
terça parte de todas as palavras de Jesus que foram
registradas nos quatro evangelhos, o que torna as
parábolas uma das mais importantes características do
discurso de Jesus.
4. AS 40 PARÁBOLAS DE JESUS, DISTRIBUÍDAS NOS 4 EVANGELHOS:AS 40 PARÁBOLAS DE JESUS, DISTRIBUÍDAS NOS 4 EVANGELHOS:
O bom samaritano — Lucas 10.30-37 - A ovelha perdida — Lucas 15.4-7 - A
dracma perdida — Lucas 15.8-10 - O filho pródigo — Lucas 15.11-32 - O
administrador desonesto — Lucas 16.1-8 - O homem rico e Lázaro — Lucas
16.19-31 - Os servos — Lucas 17.7-10 - A viúva e o juiz — Lucas 18.2-5 - Os
talentos — Lucas 19.12-27 - Os lavradores maus — Lucas 20.9-16 - A roupa nova
— Lucas 5.36 - O vinho novo — Lucas 5.37-38 - Os dois alicerces — Lucas 6.47-49 -
Os dois devedores — Lucas 7.41-43 - O semeador — Lucas 8.5-8 (Mateus 13:3-9) –
A Candeia — Lucas 8.16-18 - Os empregados alertas — Lucas 12.35-40 - O amigo
persistente — Lucas 11.5-8 - O rico sem juízo — Lucas 12.16-21 - O empregado
fiel — Lucas 12.42-48 - A figueira sem figos — Lucas 13.6-9 - A figueira sem
folhas — Lucas 21.29-31 - A semente de mostarda — Lucas 13.18-19 (Mateus
13:31-32, Marcos 4:30-32) - O fermento — Lucas 13.20-21 - Os convidados para
festa de casamento — Lucas 14.7-14 - A grande festa — Lucas 14.15-24 - A
construção duma torre — Lucas 14.28-33 - O fariseu e o cobrador de
impostos — Lucas 18.10-14 - O retorno do proprietário — Marcos 12.1-9 - A
semente que cresce — Marcos 4.26-29 - O joio — Mateus 13.24-30 - O tesouro
escondido — Mateus 13.44 - A pérola — Mateus 13.45-46 - A rede — Mateus 13.47-
48 - O empregado mal — Mateus 18.23-24 - Os trabalhadores no vinhedo —
Mateus 20.1-16 - Os dois filhos — Mateus 21.28-31 - A festa de casamento —
Mateus 22.2-14 - As dez virgens — Mateus 25.1-13 - As ovelhas e as cabras —
Mateus 25.31-36
5. O Reino de Deus é um tema recorrente
nas parábolas de Jesus. Ele estava
implantando um novo Reino espiritual e
todo seu enfoque estava na
manifestação desse Reino, por isso
muitos não o compreendiam (Mateus
13:13) por estarem com seus corações
endurecidos, cheios de incredulidade.
Jesus proferiu várias parábolas
referindo-se diretamente ao Reino de
Deus e que, freqüentemente, revelam
uma perspectiva escatológica
6. No Evangelho segundo João não há
parábolas, contudo temos duas (2)
passagens “parabólicas”: O Verbo que
se fez carne (Jo 1:1-14) e os Anjos
Deus sobre Jesus (Jo 1: 47-51).
7. CONSELHOS FUNDAMENTAIS PARA OCONSELHOS FUNDAMENTAIS PARA O
ESTUDO DAS PARÁBOLAS:ESTUDO DAS PARÁBOLAS:
1) ANALISAR O TEXTO DENTRO DE TODO O
SEU CONTEXTO
2) LEVAR EM CONTA A INTENÇÃO DO AUTOR
3) LEMBRAR: “A ESCRITURA INTERPRETA A
ESCRITURA”
8. A PARÁBOLA DA DRACMA PERDIDA (LC 15:8-
10)
Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas,
se perder uma, não acende a candeia, varre a
casa e a procura diligentemente até encontrá-
la? E, tendo-a achado, reúne as amigas e
vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque
achei a dracma que eu tinha perdido. Eu vos
afirmo que, de igual modo, há júbilo diante
dos anjos de Deus por um pecador que se
arrepende.
9. INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA:INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA:
1º - QUAL O SENTIDO DO TEXTO DENTRO DE
TODO O SEU CONTEXTO ?
A parábola da Dracma Perdida (Lc 15,8-10)
precisa ser lida à luz das outras duas: a da
Ovelha perdida (Lc15,3-7) e a do Filho pródigo
(Lc 15,11-32), uma vez que ela está no meio
destas duas. Vale ressaltar que ela é relatada
unicamente em Lucas.
10. INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA:INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA:
OBSERVAÇÃO:
Ainda dentro da contextualização é importante
entender e saber o significado de todos os itens
apresentados. Exemplo:
A Dracma era uma moeda de prata que equivalia ao
pagamento de um dia de trabalho e também era usada
para enfeitar colares para noivas.
O colar com 10 dracmas tinha o significado de uma aliança,
o noivo presenteava sua noiva com o colar selando um
compromisso de casamento. Assim, a noiva deveria cuidar
bem do colar em demonstração de confiança e fidelidade.
Perder dracmas do colar implicava em maus julgamentos
por parte do noivo e até rompimento da relação.
11. INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA:INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA:
2º - QUAL A INTENÇÃO DO AUTOR ?
Na parábola da Ovelha perdida Jesus a propõe com a
intenção de mostrar que Deus se preocupa com
qualquer ovelha que se perde do seu rebanho, na
parábola do filho pródigo, o pai fica ansioso e feliz
pela volta do seu filho mais novo que volta
arrependido. Sendo Deus apresentado como um pai
amoroso e que se alegra com a volta dos filhos que
dele se afastam. Na parábola da Dracma perdida é
a moeda que se perde. Deus é comparado com a
mulher que se preocupa em procurar o que se
perdeu dando grande valor e importância a ela.
Percebemos a busca de Deus pelos que dele se
afastam. Se na da Ovelha perdida é a alegria de
Deus por encontrar uma ovelha que se perdeu, na
do filho pródigo a alegria e a festa por um filho que
se arrepende e retorna. na da Dracma perdida é a
alegria por reencontrar o valoroso que havia se
perdido.
12. INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA:INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA:
2º - Esta passagem e sua interpretação
está coerente com o restante da escritura?
(“A ESCRITURA INTERPRETA A ESCRITURA”)
Conseguimos aprender que quando alguém peca se
afasta de Deus, é como se se escondesse de Deus.
Algo que fizeram Adão e Eva quando
desobedeceram a Deus em Genesis 3:8. Veja
também como Deus vai novamente conquistar seu
povo que dele se tinha afastado em Oséias 2:14,
quando Deus atrai seu povo para si, o leva ao
deserto e lhe fala ao coração.
13. INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA:INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA:
CONCLUSÃO
A parábola deixa claro o amor de Deus pelo pecador
e a obra de resgate e conversão dos perdidos.
Esta parábola nos ensina que existe um Deus vivo
empenhado no resgate dos seus, um Deus que
enxerga os lugares inacessíveis, um Deus que põe
luz nas trevas e que com incomparável amor
constrange o pecador a arrepender-se. É o amor do
Cristo vivo e ressuscitado que salva, que busca
diligentemente e diariamente o perdido.
14. CONCLUSÃOCONCLUSÃO
Para um correto entendimento dos evangelhos é de
fundamental importância uma boa interpretação das
parábolas de Jesus. As histórias contadas por Ele eram
primeiramente direcionadas aos discípulos, por isso eram
ensinos claros e práticos.
“Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já
deu ao homem. Todo o bem, da parte do Salvador
do mundo, nos é transmitido mediante este livro”.
ABRÃAO LINCON