SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Baixar para ler offline
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
CURSO DE GRADUAÇAO EM PEDAGOGIA – LICENCIAMENTO – EAD

Município: Pirassununga
Estado: São Paulo
Turma: 440
Pólo: Fundação de Ensino de Pirassununga
Tutor (a): Inez Nunes Paula Vasconcelos
Semestre/Ano: 6ª/2009
1

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM
Angela Maria Pelaes

RESUMO
O artigo trata da importância do desenvolvimento da afetividade paralelamente ao
desenvolvimento cognitivo nas escolas, mostrando por meio das teorias de Piaget,
Vygotsky e Wallon, como estão intimamente relacionados. Oferece contribuições
para que o professor desenvolva uma relação de afeto com seus alunos e discute a
necessidade de atenção a essa dimensão em sala de aula. O artigo tem o objetivo
de: discutir a importância do estudo dos teóricos: Piaget, Wallon e Vygotsky, na
formação cognitiva e afetiva na criança, analisar como se dá o processo de ensino aprendizagem nas crianças até 12 anos e analisar de que forma as escolas podem
trabalhar a partir dos conceitos dos três autores na formação cognitiva dos
estudantes. No primeiro momento, veremos como surgiu o interesse de se fazer uma
pesquisa no campo da psicopedagogia, os principais pensadores, um breve resumo
histórico das questões que nortearam a pesquisa. Em seguida, os três teóricos
serão apresentados de maneira a focalizar suas teorias e relações no campo da
educação. Será concluído, abordando as perspectivas psicopedagógica para os
Anos Iniciais do Ensino Fundamental.

1

Artigo apresentado na disciplina de Estágio Curricular IV ao Curso de Graduação em Pedagogia - Licenciatura -

EAD, da Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para conclusão de Curso.
2

Palavras-chave: Afetividade. Cognição. Ensino – Aprendizagem.

INTRODUÇÃO
Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e a
dos anjos (...) se eu não tivesse amor. Eu nada seria.
(Primeira carta de São Paulo aos Coríntios, cap. 13)

A idéia de pesquisar o tema afetividade e cognição: o processo de ensino aprendizagem nas series iniciais, surgiu após ter concluído os estágios dos módulos
8 e 10 e após ter concluído a disciplina de Introdução a Psicopedagogia do módulo
11, o qual se fundamentou basicamente nas teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon.
Durante todo o curso de Pedagogia foram feitas reflexões sobre as reais
contribuições da psicologia para a educação, de forma a desenvolver capacidades e
habilidades para futura atuação como mediadores do conhecimento. Pensando
nisso surgiu a questão: Como se dá o processo de afetividade/ cognição e
aprendizagem com as crianças até 12 anos?
Estudos na área de desenvolvimento humano têm mostrado como questões afetivas
e cognitivas influenciam diretamente no processo ensino-aprendizagem. Dentre os
teóricos

construtivistas

enfatizados

nesse

artigo, Wallon

e

Vygotsky

são

proeminentes no estudo de como essas duas faculdades, agindo de forma dialética,
contribuem

no

desenvolvimento

da

criança.

Levando em consideração esse processo, surgiram alguns questionamentos como:
a) Quais as contribuições que Piaget, Wallon e Vygotsky trouxeram para o
desenvolvimento cognitivo no processo de desenvolvimento humano; b) Como a
afetividade influencia no processo cognitivo; c) De que forma a escola pode atuar
nessa

perspectiva

psicopedagógica.

Para responder estas questões, primeiramente serão analisadas as teorias de
Piaget, Vygotsky e Wallon separadamente, levando em conta as contribuições para
o campo educacional, abordando o processo de cognição e afetividade sob a ótica
dos três estudiosos, concluindo assim a perspectiva psicopedagógica e a escola.
A pesquisa será desenvolvida através de coleta de dados por meio de pesquisas
bibliográficas.

I- DESENVOLVIMENTO HUMANO: UMA QUESTÃO PSICOPEDAGÓGICA
O estudo da psicologia aplicada na educação tem sido intensa nos últimos anos sob
3

a luz de alguns teóricos, dentre eles Piaget, Vygotsky e Wallon que serão aqui
abordados separadamente. A escola é o segundo grupo da escala social mais
importante na vida das crianças. Hoje, boa parte delas, ingressam nas instituições
aos

quatro

meses

de

idade.

De acordo com De Paula e Mendonça (2007), para o professor é de fundamental
importância a compreensão do desenvolvimento humano nos primeiros anos de
vida. Esse conhecimento capacita o educador, tornando-o apto a entender as
características psíquicas, biológicas e comportamentais da criança em uma fase
específica do seu crescimento, possibilitando o reconhecimento de possíveis
deficiências

no

processo,

bem

como

a

devida

intervenção.

Durante muitos anos, a dificuldade de aprendizagem era vista como problema
orgânico. Depois da aplicação de teorias psicanalíticas na área médica essa visão
foi modificada com as novas concepções sobre tais dificuldades. Surge o movimento
da Escola Nova que durou dos anos 20 até 60. Por meio de experiências educativas
existentes nos Estados Unidos e na Europa, o Brasil se empenhou em encontrar
respostas para os problemas educacionais que buscava enfatizar uma pedagogia
humanística.
Segundo Gouvêa (2005) só a partir da década de 80 a psicopedagogia conseguiu se
estruturar graças a sua funcionalidade e eficiência ao tratar com dificuldades de
aprendizagem, atuando de forma direta nas escolas de todo o mundo.
O processo de ensino-aprendizagem vai além dos conteúdos didáticos. É necessário
conhecer e acompanhar individualmente o desenvolvimento de cada criança durante
o período escolar para que seja proporcionada a cada estudante uma metodologia
que

facilite

seu

desenvolvimento

afetivo,

cognitivo

e

motor.

II- PIAGET E OS ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO

Piaget desenvolveu estudos científicos em diversos campos como a psicologia do
desenvolvimento, epistemologia genética e a teoria cognitiva.
O indivíduo tende a um equilíbrio, que está relacionado a um comportamento
adaptativo em relação à natureza, que por sua vez sugere um sujeito de
características biológicas inegáveis, as quais são fonte de construção da
inteligência. O desenvolvimento e caracterizado por um processo de sucessivas
equilibrações. O desenvolvimento psíquico começa quando nascemos e segue até a
maturidade, sendo comparável ao crescimento orgânico: com este, orienta-se,
essencialmente, para o equilíbrio (PIAGET, 1974, p.13).
4

Esse desenvolvimento apesar de contínuo é caracterizado por determinadas formas
de pensar e agir em diferentes idades, formas que o autor denominou estágios e
refletem os diferentes modos de a criança pensar ao longo de sua vida. Segundo
Piaget,

o

desenvolvimento

passa

por

quatro

diferentes

estágios:

O sensório-motor (0 a 2 anos aproximadamente), a criança procura observar os
objetos que a rodeia e passa a ter controle motor, adquirindo conhecimentos
empíricos que são controlados por informações sensoriais imediatas. A principal
característica desse período é a ausência da função semiótica. A inteligência é
trabalhada por meio de percepções e ações, como o deslocamento do próprio corpo.
A linguagem começa por repetição de sílabas e vai até às palavras que não são
frases, mas indicadores de ações já que não representa mentalmente os objetos. A
criança nessa fase reage a isolamento e indiferença quanto a sua conduta social,
pois

acredita

que

o

mundo

é

apenas

ela

mesma.

O pré-operatório (2 a 7 anos aproximadamente), a criança procura desenvolver a
habilidade verbal. Aqui, ela já consegue nomear objetos e raciocinar intuitivamente,
embora ainda não consiga coordenar operações fundamentais. De dois a quatro
anos a criança vive o período simbólico, ou seja, a função semiótica permite o
surgimento da imitação, linguagem, dramatização, desenho, etc., criando imagens
mentais na ausência do objeto ou da ação. É conhecido também como o período da
fantasia e do jogo simbólico. A linguagem está no nível de monólogo. Todas as
crianças falam ao mesmo tempo sem ter uma linearidade com o que o outro está
dizendo. Piaget denomina algumas expressões verbais delas como nominalismo
(nomear objetos que ainda não saibam o nome), egocentrismo e superdeterminação
(teimosia). Dos quatro a oito anos as crianças vivem o período intuitivo que é
marcado pelo desejo de explicação dos fenômenos, onde “os por quês” são
freqüentes.

Aqui

elas

já

distinguem

a

fantasia

do

real.

O estágio operatório concreto (7 a 11 anos aproximadamente), as crianças
começam a lidar com conceitos abstratos e é caracterizado por uma constante
habilidade de solucionar problemas concretos e por uma lógica interna. O sujeito já é
capaz de organizar o mundo da forma lógica ou operatória. Nesse momento as
crianças formam grupos, círculos de amizades, compreendendo regras e
estabelecem compromissos. Mas, discutir pontos de vista e chegar a um senso
comum

só

será

possível

na

fase

seguinte.

O operatório formal (aproximadamente a partir dos 12 anos), a criança inicia sua
5

transição para o modo de pensar do adulto, sendo capaz de refletir sobre idéias
abstratas e raciocinar sistematicamente. A partir de estruturas lógico-matemático e
hipotético-dedutivo é possível a dialética, permitindo uma conclusão diante de uma
discussão e estabelecer relações cooperativas e reciprocidade em grupos sociais.
De acordo com a teoria de Jean Piaget, o desenvolvimento intelectual possui dois
componentes que são o cognitivo e o afetivo. Ambos se dão paralelamente e é de
fundamental importância o cuidado com o aspecto afetivo no processo de ensinoaprendizagem, pois ela é a dimensão que representa a dificuldade na tomada de
consciência do eu e do outro.

III- O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A LUZ DE VYGOTSKY

A teoria de Vygotsky fundamenta-se no desenvolvimento humano como resultado de
um processo sócio-histórico, uma maior importância ao papel da linguagem e da
aprendizagem, tendo como centro das atenções a aquisição de conhecimentos pela
interação do sujeito com o meio. Para Vygotsky (1988),
“a formação de conceitos se da através das relações entre o pensamento e a
linguagem, questões culturais na construção de significados, processo de
internalização e ao papel da escola enquanto transmissora de conhecimentos.”

Ele propõe uma visão de formação das funções psíquicas superiores tais como a
internalização

mediada

pela

cultura.

Segundo Vygotsky, existe a Zona de Desenvolvimento Proximal, que diz respeito a
distancia entre o nível de desenvolvimento atual e o nível potencial do
desenvolvimento. A idéia de Mediação enfatiza a construção do conhecimento como
uma interação mediada por varias relações. A linguagem representa uma grande
importância para a evolução humana. É por meio dela que criamos conceitos,
formas de organização do real, a mediação entre sujeito e o objeto do
conhecimento. Na Cultura que é fornecido ao ser humano os sistemas simbólicos de
representação da realidade, que estão em constante progresso de recriação e
reinterpretarão

de

informações,

conceitos

e

significações.

Para o funcionamento do psicológico, o desenvolvimento do processo de
internalização que envolve uma atividade externa que deve ser modificada para se
tornar uma atividade interna, é interpessoal e se torna intrapessoal. A interação
social se dá no pensamento, memória, percepção e atenção. A motivação, a
6

necessidade, impulso, emoção e afeto, parte através do pensamento. Outra
importância da relação ensino- aprendizagem no aspecto emocional se dá através
do que Vygotsky classifica como influência da educação no sentimento.
“Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais o pensamento,
devemos fazer com que as atividades sejam emocionalmente estimuladas. A
experiência e a pesquisa têm mostrado que um fato impregnado de emoção é
recordado mais sólido, firme e prolongado que um feito indiferente. Cada vez que
comunicarem algo ao aluno tente afetar seu sentimento. A emoção não é uma
ferramenta menos importante que o pensamento” (Vygotsky)

Assim, se para Vygotsky a emoção e o sentimento são fatores determinantes no
desenvolvimento cognitivo, podemos concluir que a escola é onde a intervenção
pedagógica

interacional

desencadeia

o

processo

ensino-aprendizagem.

IV- WALLON E OS ASPÉCTOS AFETITIVOS

Henri Wallon num primeiro momento dedicou-se à psicopatologia e depois ao
desenvolvimento da criança, tendo a consciência como fundamental questão,
buscando entende-la pela sua gênese. Sua teoria aponta para dois fatores que
constitui condições para cada estágio que são os fatores orgânicos e sociais. Essas
características se dão em cada estagio em determinada cultura e época. Wallon
(2000) aponta cinco estágios de desenvolvimento que são o impulsivo emocional,
sensório motor e projetivo, personalismo, categorial e puberdade e adolescência.
O estágio impulsivo emocional (0 a 1 ano), se divide em duas fases. A primeira é
chamada de impulsiva que começa no momento do nascimento e dura até o 3º mês
de vida, onde a exploração do próprio corpo em relação as suas sensibilidades
externas e internas são explorados por meio de movimentos bruscos e
desordenados que expressam bem ou mal estar. Na segunda fase que vai do 3º
mês ao 1º ano é chamado de emocional, onde já reconhece sensações como o
medo e a alegria, ou seja, é capaz de se comunicar com o próprio corpo.
O estágio sensório- motor e projetivo (1 a 3 anos), a criança já percebe o espaço
físico ao sentar, pegar e apontar, acompanhados pela fala. Ela já descrimina
objetos, separando-os entre si e isso a prepara para o afetivo e cognitivo no próximo
estágio.
No estágio do personalismo (3 a 6 anos), é marcado exploração de si mesmo como
alguém diferente do outro, construindo sua subjetividade por meio de atividades de
oposição

e

ao

mesmo

tempo

sedução

a

outras

pessoas.

O estágio categorial (6 a 11 anos), nesse momento a criança está em condições de
7

exploração mental do mundo físico por meio de classificação, agrupamento,
seriação, abstração e chega ao pensamento categorial que é a organização do
mundo

físico

e

compreensão

mais

nítida

de

si

mesmo.

O estágio da puberdade e adolescência (11 anos em diante), o sujeito se prepara
para a vida adulta passando por crises de exploração de si mesmo como uma
identidade autônoma, auto-afirmação, questionamentos existenciais e ao mesmo
tempo submete-se a valores impostos pela sociedade e pela família embora não
compreenda ou aceite. As categorias cognitivas aqui possuem um alto nível de
abstração que possibilita discriminação de limites, autonomia e dependência.
Mudanças no corpo e na personalidade causam conflitos diante de si mesmo.
Em todas as fases, os aspectos motor, afetivo e cognitivo reagem a estímulos
internos e externos, traduzindo a passagem do sincretismo para a diferenciação que
está presente no processo de desenvolvimento. O afetivo se origina na intercepção
e propriação que são responsáveis pela atividade generalizada do organismo.

V-A ESCOLA E A PERSPECTIVA PSICOPEDAGÓGICA

Na perspectiva psicopedagógica, os autores: Piaget, Vygotsky e Wallon contribuem
com suas teorias de forma significativa e eficaz para a compreensão do
desenvolvimento humano no processo de ensino-aprendizagem nas séries iniciais.
Jean Piaget, oferece aos professores uma teoria didática para que possam
desenvolver as capacidades e habilidades cognitivas e afetivas nos alunos por meio
de estímulos. É de suma importância a definição dos períodos de desenvolvimento
da inteligência para que auxilie o professor no entendimento da fase que seus
alunos estão passando e montar uma didática específica para o grupo.
Baseado na teoria de Vygotsky, o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto
de estudo, interferindo no processo de aprendizagem, levando em conta aspectos
da linguagem, cultura, processo de internalização, função mental e zona de
desenvolvimento proximal. O aluno aprende junto ao outro o que produz o grupo
social

seja

na

linguagem,

valores

ou

conhecimentos.

Wallon propõe uma teoria pedagógica tendo o “meio” como um conjunto de
circunstâncias no qual as pessoas se desenvolvem interagindo com o outro.
8

IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS
“O amor é um conceito diverso, repleto de contrastes, antíteses, paradoxos e
peculiaridades que o tornam tão singular quanto complexo. (...) amor transcende
qualquer ciência. Ele nasce, cresce e se multiplica, ocupando espaços maiores ou
menores, mas sempre edificados com o que há de mais nobre no espírito e no
coração do ser humano (CHALITA, 2003 P.22)”

Dessa maneira, o artigo aqui apresentado sugere que o professor compreenda as
teorias do desenvolvimento humano e tenha atitude de investigador do aluno e da
sua prática por meio de pesquisas na área psicopedagógica. O estudo acerca da
relação entre afetividade e sua influência no processo de desenvolvimento da
aprendizagem da criança com base nas teorias leva a algumas considerações. A
primeira delas é o fato de que afetividade e inteligência constituem um conjunto
inseparável na evolução do psiquismo da criança, pois ambas têm funções bastante
definidas e quando se integram, permitem à criança alcançar níveis de pensamento
cada vez mais elevados e a constituição da sua pessoa, que expressa a sua forma
de ser única no mundo. Na escola, um bom ajustamento afetivo se torna condição
necessária ao pleno desenvolvimento do aluno. Foram evidentes durante os
estágios II e III, que as Regras de Boa Convivência e o Jogo de Xadrez foram
instrumentos importantes, trabalhando tanto o aspecto afetivo quanto o cognitivo,
que são indissociáveis na conduta humana. Nesse caso, o professor desempenha o
papel de mediador no processo educativo, isso significa que a ação do professor
precisa ser pautada no conhecimento acerca do desenvolvimento psicológico da
criança e, consequentemente, das suas necessidades.
Acredito que dessa forma, o professor terá condições de tomar as decisões
comprometidas com o desenvolvimento de habilidades e potencialidades, que façam
desse aluno uma pessoa mais feliz e plenamente realizada em suas aprendizagens.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHALITA, G; Pedagogia do Amor: a contribuição das histórias universais para a
formação de valores das novas gerações – São Paulo: 19ª Ed. - Editora Gente,
2003. 208 p.
PAULA, E M A T. de; MENDONÇA, F W. / Psicologia do Desenvolvimento./Curitiba: IESDE Brasil S.A. 160 p.
SÁ, M S M; VALLE, B de B R do; DELOU, C M C; et al./
Introdução à
Psicopedagogia. / 2ª Ed – Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2008. 140 p.
Obs: artigo científico cedido pelo autor para publicação no Portal Somática Educar
9

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogico
A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogicoA relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogico
A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogicoespacoartedeaprender
 
Aspectos psicológicos, sociológicos e filosóficos da educa
Aspectos psicológicos, sociológicos e filosóficos da educaAspectos psicológicos, sociológicos e filosóficos da educa
Aspectos psicológicos, sociológicos e filosóficos da educaAntonio Carneiro
 
Slides da aula 1 psicologia - professora léia lídice
Slides da aula 1   psicologia - professora léia lídiceSlides da aula 1   psicologia - professora léia lídice
Slides da aula 1 psicologia - professora léia lídiceLéia Lídice
 
Construtivismo
ConstrutivismoConstrutivismo
Construtivismosgessy
 
Factores e processos aprendizagem 1
Factores e processos aprendizagem 1Factores e processos aprendizagem 1
Factores e processos aprendizagem 1CENORF
 
Teorias de aprendizagem.sintese
Teorias de aprendizagem.sinteseTeorias de aprendizagem.sintese
Teorias de aprendizagem.sinteseEduardo Lopes
 
Psicologia da aprendizagem
Psicologia da aprendizagemPsicologia da aprendizagem
Psicologia da aprendizagemna educação
 
26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe
26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe
26616 teoricos da_aprendizagem_nzroeKualo Kala
 
TEORIAS DE APRENDIZAGEM PARTE 1: “VYGOTSKY’’ QUESTÕES DE CONCURSOS DIVERS...
TEORIAS DE APRENDIZAGEM  PARTE 1:  “VYGOTSKY’’ QUESTÕES  DE  CONCURSOS DIVERS...TEORIAS DE APRENDIZAGEM  PARTE 1:  “VYGOTSKY’’ QUESTÕES  DE  CONCURSOS DIVERS...
TEORIAS DE APRENDIZAGEM PARTE 1: “VYGOTSKY’’ QUESTÕES DE CONCURSOS DIVERS...Suellen Melo
 
Produtos da Aprendizagem
Produtos da AprendizagemProdutos da Aprendizagem
Produtos da AprendizagemCassia Dias
 
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagemPsicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagemDébora Silveira
 
Teorias da Aprendizagem e Modelos Pedagógicos
Teorias da Aprendizagem e Modelos PedagógicosTeorias da Aprendizagem e Modelos Pedagógicos
Teorias da Aprendizagem e Modelos PedagógicosInstituto Consciência GO
 
Apresentação "Os fundamentos da Teoria de Vygostky e Wallon"
Apresentação "Os fundamentos da Teoria de Vygostky e Wallon" Apresentação "Os fundamentos da Teoria de Vygostky e Wallon"
Apresentação "Os fundamentos da Teoria de Vygostky e Wallon" delicia2
 
Teorias contemporâneas da aprendizagem
Teorias contemporâneas da aprendizagemTeorias contemporâneas da aprendizagem
Teorias contemporâneas da aprendizagemCarlos Caldas
 
Teorias Da Aprendizagem Material Para Alunos
Teorias Da Aprendizagem Material Para AlunosTeorias Da Aprendizagem Material Para Alunos
Teorias Da Aprendizagem Material Para Alunosneliane frança
 
Teorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagemTeorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagemMarcelo Assis
 

Mais procurados (20)

A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogico
A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogicoA relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogico
A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogico
 
Aspectos psicológicos, sociológicos e filosóficos da educa
Aspectos psicológicos, sociológicos e filosóficos da educaAspectos psicológicos, sociológicos e filosóficos da educa
Aspectos psicológicos, sociológicos e filosóficos da educa
 
Construtivismo
ConstrutivismoConstrutivismo
Construtivismo
 
Slides da aula 1 psicologia - professora léia lídice
Slides da aula 1   psicologia - professora léia lídiceSlides da aula 1   psicologia - professora léia lídice
Slides da aula 1 psicologia - professora léia lídice
 
A Psicologia da Aprendizagem
A Psicologia da AprendizagemA Psicologia da Aprendizagem
A Psicologia da Aprendizagem
 
Construtivismo
ConstrutivismoConstrutivismo
Construtivismo
 
Factores e processos aprendizagem 1
Factores e processos aprendizagem 1Factores e processos aprendizagem 1
Factores e processos aprendizagem 1
 
Teorias de aprendizagem.sintese
Teorias de aprendizagem.sinteseTeorias de aprendizagem.sintese
Teorias de aprendizagem.sintese
 
Psicologia da aprendizagem
Psicologia da aprendizagemPsicologia da aprendizagem
Psicologia da aprendizagem
 
26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe
26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe
26616 teoricos da_aprendizagem_nzroe
 
TEORIAS DE APRENDIZAGEM PARTE 1: “VYGOTSKY’’ QUESTÕES DE CONCURSOS DIVERS...
TEORIAS DE APRENDIZAGEM  PARTE 1:  “VYGOTSKY’’ QUESTÕES  DE  CONCURSOS DIVERS...TEORIAS DE APRENDIZAGEM  PARTE 1:  “VYGOTSKY’’ QUESTÕES  DE  CONCURSOS DIVERS...
TEORIAS DE APRENDIZAGEM PARTE 1: “VYGOTSKY’’ QUESTÕES DE CONCURSOS DIVERS...
 
Construtivismo[1]
Construtivismo[1]Construtivismo[1]
Construtivismo[1]
 
A Escola de Vygotsky e Piaget
A Escola de Vygotsky e PiagetA Escola de Vygotsky e Piaget
A Escola de Vygotsky e Piaget
 
Produtos da Aprendizagem
Produtos da AprendizagemProdutos da Aprendizagem
Produtos da Aprendizagem
 
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagemPsicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
Psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem
 
Teorias da Aprendizagem e Modelos Pedagógicos
Teorias da Aprendizagem e Modelos PedagógicosTeorias da Aprendizagem e Modelos Pedagógicos
Teorias da Aprendizagem e Modelos Pedagógicos
 
Apresentação "Os fundamentos da Teoria de Vygostky e Wallon"
Apresentação "Os fundamentos da Teoria de Vygostky e Wallon" Apresentação "Os fundamentos da Teoria de Vygostky e Wallon"
Apresentação "Os fundamentos da Teoria de Vygostky e Wallon"
 
Teorias contemporâneas da aprendizagem
Teorias contemporâneas da aprendizagemTeorias contemporâneas da aprendizagem
Teorias contemporâneas da aprendizagem
 
Teorias Da Aprendizagem Material Para Alunos
Teorias Da Aprendizagem Material Para AlunosTeorias Da Aprendizagem Material Para Alunos
Teorias Da Aprendizagem Material Para Alunos
 
Teorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagemTeorias da aprendizagem
Teorias da aprendizagem
 

Destaque

Trabajo de quimica
Trabajo de quimicaTrabajo de quimica
Trabajo de quimicaKriito Fdez
 
Tesis controd de motor de cd
Tesis controd de motor de cdTesis controd de motor de cd
Tesis controd de motor de cdGerardo Yuki
 
Activitats de socials
Activitats de socialsActivitats de socials
Activitats de socialsnicolaurosbou
 
Principios y conceptos básicos de la ecología
Principios y conceptos básicos de la ecologíaPrincipios y conceptos básicos de la ecología
Principios y conceptos básicos de la ecologíaDaniela R. Dioses
 
The Great State of Design with CSS Grid Layout and Friends
The Great State of Design with CSS Grid Layout and FriendsThe Great State of Design with CSS Grid Layout and Friends
The Great State of Design with CSS Grid Layout and FriendsStacy Kvernmo
 
32 Ways a Digital Marketing Consultant Can Help Grow Your Business
32 Ways a Digital Marketing Consultant Can Help Grow Your Business32 Ways a Digital Marketing Consultant Can Help Grow Your Business
32 Ways a Digital Marketing Consultant Can Help Grow Your BusinessBarry Feldman
 

Destaque (12)

Trabajo de quimica
Trabajo de quimicaTrabajo de quimica
Trabajo de quimica
 
Sistemas operativos
Sistemas operativosSistemas operativos
Sistemas operativos
 
Tesis controd de motor de cd
Tesis controd de motor de cdTesis controd de motor de cd
Tesis controd de motor de cd
 
Artigo ed esp prot.
Artigo ed esp prot.Artigo ed esp prot.
Artigo ed esp prot.
 
Artigo ed esp prot.
Artigo ed esp prot.Artigo ed esp prot.
Artigo ed esp prot.
 
Activitats de socials
Activitats de socialsActivitats de socials
Activitats de socials
 
Iluminación led
Iluminación ledIluminación led
Iluminación led
 
Desastres naturales
Desastres naturalesDesastres naturales
Desastres naturales
 
Principios y conceptos básicos de la ecología
Principios y conceptos básicos de la ecologíaPrincipios y conceptos básicos de la ecología
Principios y conceptos básicos de la ecología
 
Ecología
EcologíaEcología
Ecología
 
The Great State of Design with CSS Grid Layout and Friends
The Great State of Design with CSS Grid Layout and FriendsThe Great State of Design with CSS Grid Layout and Friends
The Great State of Design with CSS Grid Layout and Friends
 
32 Ways a Digital Marketing Consultant Can Help Grow Your Business
32 Ways a Digital Marketing Consultant Can Help Grow Your Business32 Ways a Digital Marketing Consultant Can Help Grow Your Business
32 Ways a Digital Marketing Consultant Can Help Grow Your Business
 

Semelhante a A importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem segundo Piaget, Vygotsky e Wallon

A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogico
A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogicoA relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogico
A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogicoespacoartedeaprender
 
Aula 2 - Psicologia da Educação.pdf
Aula 2 - Psicologia da Educação.pdfAula 2 - Psicologia da Educação.pdf
Aula 2 - Psicologia da Educação.pdfJoversinaMartinsdeSo
 
A teoria historico cultural de vygotsky
A teoria historico cultural de vygotskyA teoria historico cultural de vygotsky
A teoria historico cultural de vygotskyDaniella Bezerra
 
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.marianedesouzapadua
 
Afetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantilAfetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantilPessoal
 
S2 teorias da_aprendizagem
S2 teorias da_aprendizagemS2 teorias da_aprendizagem
S2 teorias da_aprendizagemLoyane Fernandes
 
Apostila de psicologia da educaã‡ãƒo (1)
Apostila de psicologia da educaã‡ãƒo (1)Apostila de psicologia da educaã‡ãƒo (1)
Apostila de psicologia da educaã‡ãƒo (1)William Silva
 
3239 acompanhamentodecrianas-desenvolvimentoinfantil-manual
3239 acompanhamentodecrianas-desenvolvimentoinfantil-manual3239 acompanhamentodecrianas-desenvolvimentoinfantil-manual
3239 acompanhamentodecrianas-desenvolvimentoinfantil-manualscatarina
 
Psicomotricidade na Educação Infantil
Psicomotricidade na Educação InfantilPsicomotricidade na Educação Infantil
Psicomotricidade na Educação InfantilGELCINEIA POLIZELLO
 
Avaliação a distância (Didática)........
Avaliação a distância (Didática)........Avaliação a distância (Didática)........
Avaliação a distância (Didática)........marinetebarretoqueir
 
Artigo o desenvolvimento infantil simone helen drumond
Artigo o desenvolvimento infantil simone helen drumondArtigo o desenvolvimento infantil simone helen drumond
Artigo o desenvolvimento infantil simone helen drumondSimoneHelenDrumond
 
Eslaide Fundamentos Do Conhecimeno Psic Desenv Enade
Eslaide Fundamentos Do Conhecimeno Psic Desenv EnadeEslaide Fundamentos Do Conhecimeno Psic Desenv Enade
Eslaide Fundamentos Do Conhecimeno Psic Desenv Enadedebora
 

Semelhante a A importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem segundo Piaget, Vygotsky e Wallon (20)

A Psicologia Escolar (Conceitos, Desenvolvimento e Desafios)
A Psicologia Escolar (Conceitos, Desenvolvimento e Desafios)A Psicologia Escolar (Conceitos, Desenvolvimento e Desafios)
A Psicologia Escolar (Conceitos, Desenvolvimento e Desafios)
 
A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogico
A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogicoA relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogico
A relacao entre_afetividade_e_aprendizagem_num_olhar_psicopedagogico
 
Aula 2 - Psicologia da Educação.pdf
Aula 2 - Psicologia da Educação.pdfAula 2 - Psicologia da Educação.pdf
Aula 2 - Psicologia da Educação.pdf
 
A teoria historico cultural de vygotsky
A teoria historico cultural de vygotskyA teoria historico cultural de vygotsky
A teoria historico cultural de vygotsky
 
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.
Jean Piaget - Trajetória, teoria e contribuições para educação.
 
Vygotsky.ppt
Vygotsky.pptVygotsky.ppt
Vygotsky.ppt
 
Afetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantilAfetividade na educação infantil
Afetividade na educação infantil
 
Jean Piaget
Jean PiagetJean Piaget
Jean Piaget
 
Vigotsky letras 6 semestre aula de 03042013
Vigotsky letras 6 semestre aula de 03042013Vigotsky letras 6 semestre aula de 03042013
Vigotsky letras 6 semestre aula de 03042013
 
S2 teorias da_aprendizagem
S2 teorias da_aprendizagemS2 teorias da_aprendizagem
S2 teorias da_aprendizagem
 
Apostila de psicologia da educaã‡ãƒo (1)
Apostila de psicologia da educaã‡ãƒo (1)Apostila de psicologia da educaã‡ãƒo (1)
Apostila de psicologia da educaã‡ãƒo (1)
 
3239 acompanhamentodecrianas-desenvolvimentoinfantil-manual
3239 acompanhamentodecrianas-desenvolvimentoinfantil-manual3239 acompanhamentodecrianas-desenvolvimentoinfantil-manual
3239 acompanhamentodecrianas-desenvolvimentoinfantil-manual
 
Psicomotricidade na Educação Infantil
Psicomotricidade na Educação InfantilPsicomotricidade na Educação Infantil
Psicomotricidade na Educação Infantil
 
Avaliação a distância (Didática)........
Avaliação a distância (Didática)........Avaliação a distância (Didática)........
Avaliação a distância (Didática)........
 
Apostila EaD.doc
Apostila EaD.docApostila EaD.doc
Apostila EaD.doc
 
Desenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantilDesenvolvimento infantil
Desenvolvimento infantil
 
Artigo o desenvolvimento infantil simone helen drumond
Artigo o desenvolvimento infantil simone helen drumondArtigo o desenvolvimento infantil simone helen drumond
Artigo o desenvolvimento infantil simone helen drumond
 
Rev03 04
Rev03 04Rev03 04
Rev03 04
 
Psicologia da Educação
Psicologia da EducaçãoPsicologia da Educação
Psicologia da Educação
 
Eslaide Fundamentos Do Conhecimeno Psic Desenv Enade
Eslaide Fundamentos Do Conhecimeno Psic Desenv EnadeEslaide Fundamentos Do Conhecimeno Psic Desenv Enade
Eslaide Fundamentos Do Conhecimeno Psic Desenv Enade
 

Último

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxDianaSheila2
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfElianeElika
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxferreirapriscilla84
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memorialgrecchi
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 

Último (20)

PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptxAtividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
Atividade sobre os Pronomes Pessoais.pptx
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdfGEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
GEOGRAFIA - ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS.pdf
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptxDiscurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre.pptx
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS MemoriaLibras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
Libras Jogo da memória em LIBRAS Memoria
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 

A importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem segundo Piaget, Vygotsky e Wallon

  • 1. UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CURSO DE GRADUAÇAO EM PEDAGOGIA – LICENCIAMENTO – EAD Município: Pirassununga Estado: São Paulo Turma: 440 Pólo: Fundação de Ensino de Pirassununga Tutor (a): Inez Nunes Paula Vasconcelos Semestre/Ano: 6ª/2009 1 A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE PARA O PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM Angela Maria Pelaes RESUMO O artigo trata da importância do desenvolvimento da afetividade paralelamente ao desenvolvimento cognitivo nas escolas, mostrando por meio das teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon, como estão intimamente relacionados. Oferece contribuições para que o professor desenvolva uma relação de afeto com seus alunos e discute a necessidade de atenção a essa dimensão em sala de aula. O artigo tem o objetivo de: discutir a importância do estudo dos teóricos: Piaget, Wallon e Vygotsky, na formação cognitiva e afetiva na criança, analisar como se dá o processo de ensino aprendizagem nas crianças até 12 anos e analisar de que forma as escolas podem trabalhar a partir dos conceitos dos três autores na formação cognitiva dos estudantes. No primeiro momento, veremos como surgiu o interesse de se fazer uma pesquisa no campo da psicopedagogia, os principais pensadores, um breve resumo histórico das questões que nortearam a pesquisa. Em seguida, os três teóricos serão apresentados de maneira a focalizar suas teorias e relações no campo da educação. Será concluído, abordando as perspectivas psicopedagógica para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental. 1 Artigo apresentado na disciplina de Estágio Curricular IV ao Curso de Graduação em Pedagogia - Licenciatura - EAD, da Universidade Luterana do Brasil, como requisito parcial para conclusão de Curso.
  • 2. 2 Palavras-chave: Afetividade. Cognição. Ensino – Aprendizagem. INTRODUÇÃO Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e a dos anjos (...) se eu não tivesse amor. Eu nada seria. (Primeira carta de São Paulo aos Coríntios, cap. 13) A idéia de pesquisar o tema afetividade e cognição: o processo de ensino aprendizagem nas series iniciais, surgiu após ter concluído os estágios dos módulos 8 e 10 e após ter concluído a disciplina de Introdução a Psicopedagogia do módulo 11, o qual se fundamentou basicamente nas teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon. Durante todo o curso de Pedagogia foram feitas reflexões sobre as reais contribuições da psicologia para a educação, de forma a desenvolver capacidades e habilidades para futura atuação como mediadores do conhecimento. Pensando nisso surgiu a questão: Como se dá o processo de afetividade/ cognição e aprendizagem com as crianças até 12 anos? Estudos na área de desenvolvimento humano têm mostrado como questões afetivas e cognitivas influenciam diretamente no processo ensino-aprendizagem. Dentre os teóricos construtivistas enfatizados nesse artigo, Wallon e Vygotsky são proeminentes no estudo de como essas duas faculdades, agindo de forma dialética, contribuem no desenvolvimento da criança. Levando em consideração esse processo, surgiram alguns questionamentos como: a) Quais as contribuições que Piaget, Wallon e Vygotsky trouxeram para o desenvolvimento cognitivo no processo de desenvolvimento humano; b) Como a afetividade influencia no processo cognitivo; c) De que forma a escola pode atuar nessa perspectiva psicopedagógica. Para responder estas questões, primeiramente serão analisadas as teorias de Piaget, Vygotsky e Wallon separadamente, levando em conta as contribuições para o campo educacional, abordando o processo de cognição e afetividade sob a ótica dos três estudiosos, concluindo assim a perspectiva psicopedagógica e a escola. A pesquisa será desenvolvida através de coleta de dados por meio de pesquisas bibliográficas. I- DESENVOLVIMENTO HUMANO: UMA QUESTÃO PSICOPEDAGÓGICA O estudo da psicologia aplicada na educação tem sido intensa nos últimos anos sob
  • 3. 3 a luz de alguns teóricos, dentre eles Piaget, Vygotsky e Wallon que serão aqui abordados separadamente. A escola é o segundo grupo da escala social mais importante na vida das crianças. Hoje, boa parte delas, ingressam nas instituições aos quatro meses de idade. De acordo com De Paula e Mendonça (2007), para o professor é de fundamental importância a compreensão do desenvolvimento humano nos primeiros anos de vida. Esse conhecimento capacita o educador, tornando-o apto a entender as características psíquicas, biológicas e comportamentais da criança em uma fase específica do seu crescimento, possibilitando o reconhecimento de possíveis deficiências no processo, bem como a devida intervenção. Durante muitos anos, a dificuldade de aprendizagem era vista como problema orgânico. Depois da aplicação de teorias psicanalíticas na área médica essa visão foi modificada com as novas concepções sobre tais dificuldades. Surge o movimento da Escola Nova que durou dos anos 20 até 60. Por meio de experiências educativas existentes nos Estados Unidos e na Europa, o Brasil se empenhou em encontrar respostas para os problemas educacionais que buscava enfatizar uma pedagogia humanística. Segundo Gouvêa (2005) só a partir da década de 80 a psicopedagogia conseguiu se estruturar graças a sua funcionalidade e eficiência ao tratar com dificuldades de aprendizagem, atuando de forma direta nas escolas de todo o mundo. O processo de ensino-aprendizagem vai além dos conteúdos didáticos. É necessário conhecer e acompanhar individualmente o desenvolvimento de cada criança durante o período escolar para que seja proporcionada a cada estudante uma metodologia que facilite seu desenvolvimento afetivo, cognitivo e motor. II- PIAGET E OS ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Piaget desenvolveu estudos científicos em diversos campos como a psicologia do desenvolvimento, epistemologia genética e a teoria cognitiva. O indivíduo tende a um equilíbrio, que está relacionado a um comportamento adaptativo em relação à natureza, que por sua vez sugere um sujeito de características biológicas inegáveis, as quais são fonte de construção da inteligência. O desenvolvimento e caracterizado por um processo de sucessivas equilibrações. O desenvolvimento psíquico começa quando nascemos e segue até a maturidade, sendo comparável ao crescimento orgânico: com este, orienta-se, essencialmente, para o equilíbrio (PIAGET, 1974, p.13).
  • 4. 4 Esse desenvolvimento apesar de contínuo é caracterizado por determinadas formas de pensar e agir em diferentes idades, formas que o autor denominou estágios e refletem os diferentes modos de a criança pensar ao longo de sua vida. Segundo Piaget, o desenvolvimento passa por quatro diferentes estágios: O sensório-motor (0 a 2 anos aproximadamente), a criança procura observar os objetos que a rodeia e passa a ter controle motor, adquirindo conhecimentos empíricos que são controlados por informações sensoriais imediatas. A principal característica desse período é a ausência da função semiótica. A inteligência é trabalhada por meio de percepções e ações, como o deslocamento do próprio corpo. A linguagem começa por repetição de sílabas e vai até às palavras que não são frases, mas indicadores de ações já que não representa mentalmente os objetos. A criança nessa fase reage a isolamento e indiferença quanto a sua conduta social, pois acredita que o mundo é apenas ela mesma. O pré-operatório (2 a 7 anos aproximadamente), a criança procura desenvolver a habilidade verbal. Aqui, ela já consegue nomear objetos e raciocinar intuitivamente, embora ainda não consiga coordenar operações fundamentais. De dois a quatro anos a criança vive o período simbólico, ou seja, a função semiótica permite o surgimento da imitação, linguagem, dramatização, desenho, etc., criando imagens mentais na ausência do objeto ou da ação. É conhecido também como o período da fantasia e do jogo simbólico. A linguagem está no nível de monólogo. Todas as crianças falam ao mesmo tempo sem ter uma linearidade com o que o outro está dizendo. Piaget denomina algumas expressões verbais delas como nominalismo (nomear objetos que ainda não saibam o nome), egocentrismo e superdeterminação (teimosia). Dos quatro a oito anos as crianças vivem o período intuitivo que é marcado pelo desejo de explicação dos fenômenos, onde “os por quês” são freqüentes. Aqui elas já distinguem a fantasia do real. O estágio operatório concreto (7 a 11 anos aproximadamente), as crianças começam a lidar com conceitos abstratos e é caracterizado por uma constante habilidade de solucionar problemas concretos e por uma lógica interna. O sujeito já é capaz de organizar o mundo da forma lógica ou operatória. Nesse momento as crianças formam grupos, círculos de amizades, compreendendo regras e estabelecem compromissos. Mas, discutir pontos de vista e chegar a um senso comum só será possível na fase seguinte. O operatório formal (aproximadamente a partir dos 12 anos), a criança inicia sua
  • 5. 5 transição para o modo de pensar do adulto, sendo capaz de refletir sobre idéias abstratas e raciocinar sistematicamente. A partir de estruturas lógico-matemático e hipotético-dedutivo é possível a dialética, permitindo uma conclusão diante de uma discussão e estabelecer relações cooperativas e reciprocidade em grupos sociais. De acordo com a teoria de Jean Piaget, o desenvolvimento intelectual possui dois componentes que são o cognitivo e o afetivo. Ambos se dão paralelamente e é de fundamental importância o cuidado com o aspecto afetivo no processo de ensinoaprendizagem, pois ela é a dimensão que representa a dificuldade na tomada de consciência do eu e do outro. III- O DESENVOLVIMENTO HUMANO SOB A LUZ DE VYGOTSKY A teoria de Vygotsky fundamenta-se no desenvolvimento humano como resultado de um processo sócio-histórico, uma maior importância ao papel da linguagem e da aprendizagem, tendo como centro das atenções a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com o meio. Para Vygotsky (1988), “a formação de conceitos se da através das relações entre o pensamento e a linguagem, questões culturais na construção de significados, processo de internalização e ao papel da escola enquanto transmissora de conhecimentos.” Ele propõe uma visão de formação das funções psíquicas superiores tais como a internalização mediada pela cultura. Segundo Vygotsky, existe a Zona de Desenvolvimento Proximal, que diz respeito a distancia entre o nível de desenvolvimento atual e o nível potencial do desenvolvimento. A idéia de Mediação enfatiza a construção do conhecimento como uma interação mediada por varias relações. A linguagem representa uma grande importância para a evolução humana. É por meio dela que criamos conceitos, formas de organização do real, a mediação entre sujeito e o objeto do conhecimento. Na Cultura que é fornecido ao ser humano os sistemas simbólicos de representação da realidade, que estão em constante progresso de recriação e reinterpretarão de informações, conceitos e significações. Para o funcionamento do psicológico, o desenvolvimento do processo de internalização que envolve uma atividade externa que deve ser modificada para se tornar uma atividade interna, é interpessoal e se torna intrapessoal. A interação social se dá no pensamento, memória, percepção e atenção. A motivação, a
  • 6. 6 necessidade, impulso, emoção e afeto, parte através do pensamento. Outra importância da relação ensino- aprendizagem no aspecto emocional se dá através do que Vygotsky classifica como influência da educação no sentimento. “Se quisermos que os alunos recordem melhor ou exercitem mais o pensamento, devemos fazer com que as atividades sejam emocionalmente estimuladas. A experiência e a pesquisa têm mostrado que um fato impregnado de emoção é recordado mais sólido, firme e prolongado que um feito indiferente. Cada vez que comunicarem algo ao aluno tente afetar seu sentimento. A emoção não é uma ferramenta menos importante que o pensamento” (Vygotsky) Assim, se para Vygotsky a emoção e o sentimento são fatores determinantes no desenvolvimento cognitivo, podemos concluir que a escola é onde a intervenção pedagógica interacional desencadeia o processo ensino-aprendizagem. IV- WALLON E OS ASPÉCTOS AFETITIVOS Henri Wallon num primeiro momento dedicou-se à psicopatologia e depois ao desenvolvimento da criança, tendo a consciência como fundamental questão, buscando entende-la pela sua gênese. Sua teoria aponta para dois fatores que constitui condições para cada estágio que são os fatores orgânicos e sociais. Essas características se dão em cada estagio em determinada cultura e época. Wallon (2000) aponta cinco estágios de desenvolvimento que são o impulsivo emocional, sensório motor e projetivo, personalismo, categorial e puberdade e adolescência. O estágio impulsivo emocional (0 a 1 ano), se divide em duas fases. A primeira é chamada de impulsiva que começa no momento do nascimento e dura até o 3º mês de vida, onde a exploração do próprio corpo em relação as suas sensibilidades externas e internas são explorados por meio de movimentos bruscos e desordenados que expressam bem ou mal estar. Na segunda fase que vai do 3º mês ao 1º ano é chamado de emocional, onde já reconhece sensações como o medo e a alegria, ou seja, é capaz de se comunicar com o próprio corpo. O estágio sensório- motor e projetivo (1 a 3 anos), a criança já percebe o espaço físico ao sentar, pegar e apontar, acompanhados pela fala. Ela já descrimina objetos, separando-os entre si e isso a prepara para o afetivo e cognitivo no próximo estágio. No estágio do personalismo (3 a 6 anos), é marcado exploração de si mesmo como alguém diferente do outro, construindo sua subjetividade por meio de atividades de oposição e ao mesmo tempo sedução a outras pessoas. O estágio categorial (6 a 11 anos), nesse momento a criança está em condições de
  • 7. 7 exploração mental do mundo físico por meio de classificação, agrupamento, seriação, abstração e chega ao pensamento categorial que é a organização do mundo físico e compreensão mais nítida de si mesmo. O estágio da puberdade e adolescência (11 anos em diante), o sujeito se prepara para a vida adulta passando por crises de exploração de si mesmo como uma identidade autônoma, auto-afirmação, questionamentos existenciais e ao mesmo tempo submete-se a valores impostos pela sociedade e pela família embora não compreenda ou aceite. As categorias cognitivas aqui possuem um alto nível de abstração que possibilita discriminação de limites, autonomia e dependência. Mudanças no corpo e na personalidade causam conflitos diante de si mesmo. Em todas as fases, os aspectos motor, afetivo e cognitivo reagem a estímulos internos e externos, traduzindo a passagem do sincretismo para a diferenciação que está presente no processo de desenvolvimento. O afetivo se origina na intercepção e propriação que são responsáveis pela atividade generalizada do organismo. V-A ESCOLA E A PERSPECTIVA PSICOPEDAGÓGICA Na perspectiva psicopedagógica, os autores: Piaget, Vygotsky e Wallon contribuem com suas teorias de forma significativa e eficaz para a compreensão do desenvolvimento humano no processo de ensino-aprendizagem nas séries iniciais. Jean Piaget, oferece aos professores uma teoria didática para que possam desenvolver as capacidades e habilidades cognitivas e afetivas nos alunos por meio de estímulos. É de suma importância a definição dos períodos de desenvolvimento da inteligência para que auxilie o professor no entendimento da fase que seus alunos estão passando e montar uma didática específica para o grupo. Baseado na teoria de Vygotsky, o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto de estudo, interferindo no processo de aprendizagem, levando em conta aspectos da linguagem, cultura, processo de internalização, função mental e zona de desenvolvimento proximal. O aluno aprende junto ao outro o que produz o grupo social seja na linguagem, valores ou conhecimentos. Wallon propõe uma teoria pedagógica tendo o “meio” como um conjunto de circunstâncias no qual as pessoas se desenvolvem interagindo com o outro.
  • 8. 8 IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS “O amor é um conceito diverso, repleto de contrastes, antíteses, paradoxos e peculiaridades que o tornam tão singular quanto complexo. (...) amor transcende qualquer ciência. Ele nasce, cresce e se multiplica, ocupando espaços maiores ou menores, mas sempre edificados com o que há de mais nobre no espírito e no coração do ser humano (CHALITA, 2003 P.22)” Dessa maneira, o artigo aqui apresentado sugere que o professor compreenda as teorias do desenvolvimento humano e tenha atitude de investigador do aluno e da sua prática por meio de pesquisas na área psicopedagógica. O estudo acerca da relação entre afetividade e sua influência no processo de desenvolvimento da aprendizagem da criança com base nas teorias leva a algumas considerações. A primeira delas é o fato de que afetividade e inteligência constituem um conjunto inseparável na evolução do psiquismo da criança, pois ambas têm funções bastante definidas e quando se integram, permitem à criança alcançar níveis de pensamento cada vez mais elevados e a constituição da sua pessoa, que expressa a sua forma de ser única no mundo. Na escola, um bom ajustamento afetivo se torna condição necessária ao pleno desenvolvimento do aluno. Foram evidentes durante os estágios II e III, que as Regras de Boa Convivência e o Jogo de Xadrez foram instrumentos importantes, trabalhando tanto o aspecto afetivo quanto o cognitivo, que são indissociáveis na conduta humana. Nesse caso, o professor desempenha o papel de mediador no processo educativo, isso significa que a ação do professor precisa ser pautada no conhecimento acerca do desenvolvimento psicológico da criança e, consequentemente, das suas necessidades. Acredito que dessa forma, o professor terá condições de tomar as decisões comprometidas com o desenvolvimento de habilidades e potencialidades, que façam desse aluno uma pessoa mais feliz e plenamente realizada em suas aprendizagens. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CHALITA, G; Pedagogia do Amor: a contribuição das histórias universais para a formação de valores das novas gerações – São Paulo: 19ª Ed. - Editora Gente, 2003. 208 p. PAULA, E M A T. de; MENDONÇA, F W. / Psicologia do Desenvolvimento./Curitiba: IESDE Brasil S.A. 160 p. SÁ, M S M; VALLE, B de B R do; DELOU, C M C; et al./ Introdução à Psicopedagogia. / 2ª Ed – Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2008. 140 p. Obs: artigo científico cedido pelo autor para publicação no Portal Somática Educar
  • 9. 9