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Arquivologia: objetivos e objetos 
HELOÍSA LIBERALLI BELLOTTO 
O objetivo da arquivologia é o acesso à informação, desde aquela que é imprescindível para o processo decisório e para o funcionamento das atividades governamentais e/ou das de uma empresa privada ou pessoa física, assim como a que atua como testemunho dos direitos do cidadão, até a que visa à crítica e "explicação" das sociedades passadas pela historiografia, tanto quanto a que permanece como componente de um corpus informacional que possibilite a transmissão cultural de geração a geração. 
Há teóricos que colocam a informação entre os objetos da arquivologia, considerando o seu objetivo maior o da organização da informação. Porém, na verdade, não são informações o que se organiza em arquivos; trata-se antes da organização dos dados com vistas à informação. Assim, a transferência da informação não é senão uma etapa de trabalho feita sobre um dos objetos da arquivologia - o documento, configurando-se antes como um segmento entre o dado contido no documento e o acesso à informação possibilitado pelas atividades arquivísticas. 
A finalidade última dos arquivos, seu objetivo maior, é, pois, comprovadamente, o acesso à informação, seja em que idade documental for e, conseqüentemente, em que âmbito arquivístico for (corrente, intermediário, permanente). 
Poderíamos, talvez, de um outro ponto de vista, tomar a informação como um objeto intelectual da arquivologia, considerando os demais como objetos físicos. Entretanto, mesmo assim, na dicotomia objeto intelectual/objeto material talvez coubesse considerar o dado como o objeto intelectual, continuando a ser o acesso à informação, o objetivo do que fazer arquivístico. 
Os objetos físicos da arquivologia são três, referenciados em ordem de concentração e importância: 
- O primeiro, o fundamental, é o arquivo como conjunto documental. Para sua caracterização teríamos uma infinidade de definições clássicas. Eu chamaria a atenção para a concepção do italiano Elio Lodolini, por ser bastante objetiva e significativa: arquivo como "sedimentação documentária das atividades administrativas, cujos documentos estão ligados por um vínculo original, necessário e determinado". Este é, portanto, o primeiro dos objetos da arquivologia: os conjuntos documentais, sejam os produzidos/acumulados por uma única entidade pública ou privada, considerando-se os seus arquivos setoriais e centrais correntes, ou sejam aqueles de diversos órgãos públicos, quando terminado o seu uso primário passem a conviver, sob o mesmo "teto administrativo", seja de nível municipal, seja de estadual ou de federal, com outros conjuntos em arquivos mais abrangentes do tipo geral, intermediário ou permanente, desde que devidamente separados em fundos respectivos. 
Já se disse que esta é uma ciência de conjuntos. Realmente, só assim deve ser entendida a arquivologia: documentos contextualizados no seu meio genético de geração, atuação e acumulação. Ressalte-se com isso a primeira grande especificidade deste objeto essencial da arquivologia que são os arquivos entendidos como conjuntos: a sua organicidade. No entendimento claro de que arquivo não é coleção e sim acumulação
sucessiva, orgânica e natural de documentos que possuem caracteres externos e internos bastante específicos, está a base da compreensão desta área profissional, sobretudo pelos que a ela não pertencem. 
O princípio da organicidade, aliado ao da unicidade do documento de arquivo e ao da indivisibilidade dos conjuntos documentais, cujos componentes - reitere-se - guardam relações orgânicas entre si, proporciona à arquivologia seu perfil único e inconfundível, dentre as ciências da informação. 
- O segundo objeto da arquivologia é o documento em si, como indivíduo. Pode parecer paradoxal, já que o peculiar da arquivologia é o tratamento dos documentos por conjuntos orgânicos. Porém, esse tratamento não será eficaz nem correto se se ignorar a estrutura de seus componentes. Aliás, é como documento único e isolado que se dá a geração e o trâmite. A organização e a guarda é que serão com base nos conjuntos lógicos que são as séries documentais. 
O documento possui seus caracteres externos e internos que não cabe analisar neste texto; enquadra-se em espécies, gêneros, categorias que os distinguem uns dos outros. Estas são classificações que, embora do campo da diplomática e da tipologia documental, passam à órbita dos estudos de gestão e de avaliação arquivísticas, quando se trate, por exemplo, de analisar fatores como os ligados à identificação do tipo documental dos documentos, tipo documental hoje concebido como a união da espécie- veículo com a atividade administrativa nela expressa. 
- O terceiro objeto é o arquivo como entidade, isto na área dos arquivos públicos. À sua direção cabe administrar a organização documental e cabe o inter-relacionar-se com os órgãos produtores, com os usuários e com a comunidade em geral. 
A par do processamento técnico e dos contatos burocrático-administrativos, cabe-lhe outro papel: o de ser um centro difusor de cultura. 
Sua presença na comunidade deve se fazer sentir, seja como aglutinador dos especialistas-pesquisadores das áreas atinentes ao seu acervo, seja como animador de atividades culturais locais, principalmente nas pequenas cidades. O arquivo público permanente, voltando-se para fora de suas paredes para inteirar-se com a população, inclusivamente quanto a angariar os documentos privados, testemunhos de histórias-de- vida, cumpre seu papel centralizador de informações da evolução administrativa e social do meio a que serve. 
Arquivos como conjuntos, documentos como indivíduos, arquivos como entidade: seu estudo, organização e difusão, se devidamente levados a cabo, possibilitam que o arquivista cumpra o seu objetivo profissional: o de proporcionar o acesso à informação a partir dos acervos colocados sob a sua responsabilidade. 
In: Arquivo: boletim histórico e informativo. São Paulo, Edições Arquivo do Estado, julho-dezembro de 1989, v. 10 nº 2, pp. 81-83. 
Heloísa Liberalli Bellotto é professora da Universidade de São Paulo, arquivista, bibliotecária e historiadora. Autora de Arquivos permanentes: tratamento documental. São Paulo, PAQueiroz Editora, 1991.

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Objetivos e objetos da arquivologia

  • 1. Arquivologia: objetivos e objetos HELOÍSA LIBERALLI BELLOTTO O objetivo da arquivologia é o acesso à informação, desde aquela que é imprescindível para o processo decisório e para o funcionamento das atividades governamentais e/ou das de uma empresa privada ou pessoa física, assim como a que atua como testemunho dos direitos do cidadão, até a que visa à crítica e "explicação" das sociedades passadas pela historiografia, tanto quanto a que permanece como componente de um corpus informacional que possibilite a transmissão cultural de geração a geração. Há teóricos que colocam a informação entre os objetos da arquivologia, considerando o seu objetivo maior o da organização da informação. Porém, na verdade, não são informações o que se organiza em arquivos; trata-se antes da organização dos dados com vistas à informação. Assim, a transferência da informação não é senão uma etapa de trabalho feita sobre um dos objetos da arquivologia - o documento, configurando-se antes como um segmento entre o dado contido no documento e o acesso à informação possibilitado pelas atividades arquivísticas. A finalidade última dos arquivos, seu objetivo maior, é, pois, comprovadamente, o acesso à informação, seja em que idade documental for e, conseqüentemente, em que âmbito arquivístico for (corrente, intermediário, permanente). Poderíamos, talvez, de um outro ponto de vista, tomar a informação como um objeto intelectual da arquivologia, considerando os demais como objetos físicos. Entretanto, mesmo assim, na dicotomia objeto intelectual/objeto material talvez coubesse considerar o dado como o objeto intelectual, continuando a ser o acesso à informação, o objetivo do que fazer arquivístico. Os objetos físicos da arquivologia são três, referenciados em ordem de concentração e importância: - O primeiro, o fundamental, é o arquivo como conjunto documental. Para sua caracterização teríamos uma infinidade de definições clássicas. Eu chamaria a atenção para a concepção do italiano Elio Lodolini, por ser bastante objetiva e significativa: arquivo como "sedimentação documentária das atividades administrativas, cujos documentos estão ligados por um vínculo original, necessário e determinado". Este é, portanto, o primeiro dos objetos da arquivologia: os conjuntos documentais, sejam os produzidos/acumulados por uma única entidade pública ou privada, considerando-se os seus arquivos setoriais e centrais correntes, ou sejam aqueles de diversos órgãos públicos, quando terminado o seu uso primário passem a conviver, sob o mesmo "teto administrativo", seja de nível municipal, seja de estadual ou de federal, com outros conjuntos em arquivos mais abrangentes do tipo geral, intermediário ou permanente, desde que devidamente separados em fundos respectivos. Já se disse que esta é uma ciência de conjuntos. Realmente, só assim deve ser entendida a arquivologia: documentos contextualizados no seu meio genético de geração, atuação e acumulação. Ressalte-se com isso a primeira grande especificidade deste objeto essencial da arquivologia que são os arquivos entendidos como conjuntos: a sua organicidade. No entendimento claro de que arquivo não é coleção e sim acumulação
  • 2. sucessiva, orgânica e natural de documentos que possuem caracteres externos e internos bastante específicos, está a base da compreensão desta área profissional, sobretudo pelos que a ela não pertencem. O princípio da organicidade, aliado ao da unicidade do documento de arquivo e ao da indivisibilidade dos conjuntos documentais, cujos componentes - reitere-se - guardam relações orgânicas entre si, proporciona à arquivologia seu perfil único e inconfundível, dentre as ciências da informação. - O segundo objeto da arquivologia é o documento em si, como indivíduo. Pode parecer paradoxal, já que o peculiar da arquivologia é o tratamento dos documentos por conjuntos orgânicos. Porém, esse tratamento não será eficaz nem correto se se ignorar a estrutura de seus componentes. Aliás, é como documento único e isolado que se dá a geração e o trâmite. A organização e a guarda é que serão com base nos conjuntos lógicos que são as séries documentais. O documento possui seus caracteres externos e internos que não cabe analisar neste texto; enquadra-se em espécies, gêneros, categorias que os distinguem uns dos outros. Estas são classificações que, embora do campo da diplomática e da tipologia documental, passam à órbita dos estudos de gestão e de avaliação arquivísticas, quando se trate, por exemplo, de analisar fatores como os ligados à identificação do tipo documental dos documentos, tipo documental hoje concebido como a união da espécie- veículo com a atividade administrativa nela expressa. - O terceiro objeto é o arquivo como entidade, isto na área dos arquivos públicos. À sua direção cabe administrar a organização documental e cabe o inter-relacionar-se com os órgãos produtores, com os usuários e com a comunidade em geral. A par do processamento técnico e dos contatos burocrático-administrativos, cabe-lhe outro papel: o de ser um centro difusor de cultura. Sua presença na comunidade deve se fazer sentir, seja como aglutinador dos especialistas-pesquisadores das áreas atinentes ao seu acervo, seja como animador de atividades culturais locais, principalmente nas pequenas cidades. O arquivo público permanente, voltando-se para fora de suas paredes para inteirar-se com a população, inclusivamente quanto a angariar os documentos privados, testemunhos de histórias-de- vida, cumpre seu papel centralizador de informações da evolução administrativa e social do meio a que serve. Arquivos como conjuntos, documentos como indivíduos, arquivos como entidade: seu estudo, organização e difusão, se devidamente levados a cabo, possibilitam que o arquivista cumpra o seu objetivo profissional: o de proporcionar o acesso à informação a partir dos acervos colocados sob a sua responsabilidade. In: Arquivo: boletim histórico e informativo. São Paulo, Edições Arquivo do Estado, julho-dezembro de 1989, v. 10 nº 2, pp. 81-83. Heloísa Liberalli Bellotto é professora da Universidade de São Paulo, arquivista, bibliotecária e historiadora. Autora de Arquivos permanentes: tratamento documental. São Paulo, PAQueiroz Editora, 1991.