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O Behaviorismo preconiza que a
Psicologia deve se concentrar apenas
no comportamento observável e
mensurável, em oposiçã o aos
processos mentais internos.
- A análise do comportamento baseia-
se na observaçã o rigorosa do
comportamento dos organismos e dos
estímulos ambientais que o provocam
ou resultam dele.
O Behaviorismo, também conhecido
como Comportamentalismo, foi uma
abordagem psicológica dominante nos
Estados Unidos do início do século XX
até a década de 1960.
John B. Watson e Burrhus Frederic
Skinner sã o os principais fundadores
dessa abordagem, com Skinner sendo
reconhecido pelo desenvolvimento do
Behaviorismo Radical.
Origens e principais teóricos
Objeto de estudo e metodologia
Aquisição da linguagem
Perspectiva Behaviorista
- Ivan Pavlov desenvolveu o conceito
de condicionamento clássico,
demonstrando como os estímulos
ambientais podem levar a respostas
condicionadas nos organismos.
- Pavlov observou que os animais
podem associar estímulos neutros a
estímulos naturais, resultando em
respostas condicionadas.
Condicionamento clássico:
- Burrhus Frederic Skinner expandiu o
trabalho de Pavlov, introduzindo o
conceito de condicionamento operante.
- Ele realizou estudos com ratos e
pombos em câmaras de
condicionamento operante,
demonstrando como os organismos
aprendem a associar comportamentos
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Condicionamento operante
Caixa de Skinner
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Reforçadores e aprendizagem
Skinner definiu empiricamente o
conceito de reforçador, que é qualquer
elemento que aumenta a frequência de
uma resposta.
- Os reforçadores podem ser positivos
(apresentados) ou negativos
(removidos), e a puniçã o também pode
ser considerada um reforçador
negativo.
Podem ser físicos - Conseguir um copo
d’água após uma ordem verbal Podem
ser sociais - Ganhar um elogio; receber
críticas e puniçõ es Desta forma, o
comportamento é guiado pelas
experiências anteriores.
Aquisição da linguagem
Perspectiva Behaviorista
- Para os behavioristas, os indivíduos
sã o completamente moldados pelo
ambiente que os cerca.
- O comportamento humano é visto
como resultado das interaçõ es do
indivíduo com o meio, onde as
recompensas e puniçõ es determinam as
açõ es futuras.
Moldabilidade do comportamento
- A linguagem é vista como um
comportamento aprendido, um hábito,
que emerge da interaçã o do ser com o
ambiente.
- Exemplo: Uma criança aprende a
falar através da exposiçã o a estímulos
linguísticos fornecidos pelos pais e
outros membros da comunidade.
- Enunciados linguísticos servem como
estímulo condicionado e resposta
condicionada.
- Exemplo: Uma criança pronuncia
uma palavra e recebe elogios dos pais,
o que reforça esse comportamento
linguístico.
- A criança aprende a linguagem
através da exposiçã o à língua usada
pelas pessoas ao seu redor e do reforço
oferecido por eles.
- Exemplo: Uma criança que é
elogiada quando pronuncia
corretamente uma palavra é
incentivada a repetir esse
comportamento.
- A criança é considerada uma "tabula
rasa", sem conhecimento prévio, e
aprende uma língua somente se for
ensinada.
- O ambiente é responsável pelo
conhecimento adquirido pela criança,
através das leis de condicionamento.
- Exemplo: Uma criança aprende a
associar palavras a objetos através da
exposiçã o constante a essas
associaçõ es no ambiente familiar.
- As crianças imitam sons e padrõ es
linguísticos ao seu redor, recebendo
reforço positivo quando o fazem
corretamente.
- Exemplo: Uma criança pratica
repetidamente uma palavra até
pronunciá-la corretamente e receber
elogios dos adultos.
- Skinner sugere que as crianças
associam diferentes formas
linguísticas às formas já
familiarizadas.
- Exemplo: Uma criança aprende a
formar frases completas associando
palavras já aprendidas a novas
palavras ou grupos de palavras.
Condicionamento operante na explicação do
desenvolvimento da linguagem
Linguagem como comportamento aprendido e
hábito
Imitação, prática e formação de hábitos
Tabula rasa e influência do ambiente
Aquisição da linguagem através da experiência e
reforço
Aquisição da linguagem
Perspectiva Gerativista
- A abordagem gerativista, também
chamada de inatista, postula a
existência de um mecanismo inato, a
Gramática Universal (GU),
responsável pela aquisiçã o da
linguagem.
A Teoria Gerativa, de Chomsky,
busca entender a natureza das
línguas naturais e o conhecimento
que os humanos possuem ao
utilizar qualquer língua.
A GU é descrita como um dispositivo
independente para a linguagem,
exclusivo da espécie humana, com
caráter altamente criativo.
Abordagem Gerativista e Gramática Universal:
- Linguagem-E (externa) é a
língua em uso, enquanto a
Linguagem-I (interna) é o objeto da
teoria linguística, caracterizada
como estado mental independente.
- A GU é o estado inicial da faculdade
da linguagem, consistindo em
princípios rígidos e parâmetros
abertos, que determinam as
variaçõ es entre as línguas.
Quando todos os parâmetros estã o
fixados, a criança atinge o estado
estável de competência linguística.
Influências Filosóficas e Linguísticas
Faculdade da Linguagem
Gramática Universal e Parâmetros:
Linguagem-I e Linguagem-E
-Filósofos como Descartes
influenciaram Chomsky, com
proposiçõ es racionalistas sobre a
natureza da linguagem.
O gerativismo baseia-se na ideia de
que existem ideias inatas pré-
determinadas, nã o explicáveis pelas
experiências sensoriais.
O ser humano possui uma
capacidade criativa para expressar e
compreender cadeias de forma
irrestrita, baseada em elementos
restritos.
Capacidade Criativa da Linguagem
A linguagem nã o é uma habilidade,
mas sim uma capacidade inata e
exclusiva dos humanos, como
argumenta Chomsky em crítica à
teoria comportamentalista de
Skinner.
A faculdade da linguagem é um
aspecto essencial da mente humana,
operando de forma rápida,
inconsciente e comum entre os seres
humanos, envolvendo processos
complexos.
Aquisição da linguagem
Perspectiva Gerativista
- Chomsky sugere que há uma parte
da faculdade da linguagem que é
inata na mente/cérebro da criança.
Isso significa que as crianças têm
um conjunto de princípios
linguísticos inatos que as ajudam a
adquirir a linguagem.
Inatismo Linguístico:
A gramática que a criança possui é
entendida como uma entidade mental,
nã o apenas como um conjunto de sons
e palavras. Isso permite que a criança
estabeleça relaçõ es gramaticais
complexas entre palavras e sentenças,
mesmo sem ter ouvido essas
construçõ es antes.
Lennenberg propôs a existência de um
período crítico para a aquisiçã o da
linguagem, que começa por volta dos 2
anos e termina por volta da puberdade.
Esse período é crucial para o
desenvolvimento da linguagem, e a
falta de exposiçã o à linguagem durante
esse período pode prejudicar o
desenvolvimento linguístico.
Aquisição Universal da Linguagem
Período Crítico de Aquisição
Gramática Mental:
As crianças em diferentes partes do
mundo passam por estágios
semelhantes de aquisiçã o da linguagem,
sugerindo que a linguagem nã o é
aprendida, mas determinada por
princípios linguísticos inatos que
interagem com a língua que a criança
ouve ao seu redor.
Chomsky argumenta que a forma
como as crianças entendem e
produzem palavras e sentenças está
relacionada com o funcionamento da
mente humana.
Faculdade da Linguagem e Mente Humana
Isso sugere que há algum tipo de
conhecimento inato que facilita o
desenvolvimento da linguagem.
A capacidade da criança de usar a
linguagem é explicada pela interaçã o
entre fatores ambientais (experiência
linguística) e biológicos (princípios
inatos). O ambiente influencia como a
criança usa a linguagem, mas nã o
determina os princípios básicos da
linguagem que a criança possui.
Interseção entre Fatores Ambientais
e Biológicos

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Aquisição da linguagem Behaviorismo e Gerativismo

  • 1. O Behaviorismo preconiza que a Psicologia deve se concentrar apenas no comportamento observável e mensurável, em oposiçã o aos processos mentais internos. - A análise do comportamento baseia- se na observaçã o rigorosa do comportamento dos organismos e dos estímulos ambientais que o provocam ou resultam dele. O Behaviorismo, também conhecido como Comportamentalismo, foi uma abordagem psicológica dominante nos Estados Unidos do início do século XX até a década de 1960. John B. Watson e Burrhus Frederic Skinner sã o os principais fundadores dessa abordagem, com Skinner sendo reconhecido pelo desenvolvimento do Behaviorismo Radical. Origens e principais teóricos Objeto de estudo e metodologia Aquisição da linguagem Perspectiva Behaviorista - Ivan Pavlov desenvolveu o conceito de condicionamento clássico, demonstrando como os estímulos ambientais podem levar a respostas condicionadas nos organismos. - Pavlov observou que os animais podem associar estímulos neutros a estímulos naturais, resultando em respostas condicionadas. Condicionamento clássico: - Burrhus Frederic Skinner expandiu o trabalho de Pavlov, introduzindo o conceito de condicionamento operante. - Ele realizou estudos com ratos e pombos em câmaras de condicionamento operante, demonstrando como os organismos aprendem a associar comportamentos a consequências. Condicionamento operante Caixa de Skinner - Reforçadores e aprendizagem Skinner definiu empiricamente o conceito de reforçador, que é qualquer elemento que aumenta a frequência de uma resposta. - Os reforçadores podem ser positivos (apresentados) ou negativos (removidos), e a puniçã o também pode ser considerada um reforçador negativo. Podem ser físicos - Conseguir um copo d’água após uma ordem verbal Podem ser sociais - Ganhar um elogio; receber críticas e puniçõ es Desta forma, o comportamento é guiado pelas experiências anteriores.
  • 2. Aquisição da linguagem Perspectiva Behaviorista - Para os behavioristas, os indivíduos sã o completamente moldados pelo ambiente que os cerca. - O comportamento humano é visto como resultado das interaçõ es do indivíduo com o meio, onde as recompensas e puniçõ es determinam as açõ es futuras. Moldabilidade do comportamento - A linguagem é vista como um comportamento aprendido, um hábito, que emerge da interaçã o do ser com o ambiente. - Exemplo: Uma criança aprende a falar através da exposiçã o a estímulos linguísticos fornecidos pelos pais e outros membros da comunidade. - Enunciados linguísticos servem como estímulo condicionado e resposta condicionada. - Exemplo: Uma criança pronuncia uma palavra e recebe elogios dos pais, o que reforça esse comportamento linguístico. - A criança aprende a linguagem através da exposiçã o à língua usada pelas pessoas ao seu redor e do reforço oferecido por eles. - Exemplo: Uma criança que é elogiada quando pronuncia corretamente uma palavra é incentivada a repetir esse comportamento. - A criança é considerada uma "tabula rasa", sem conhecimento prévio, e aprende uma língua somente se for ensinada. - O ambiente é responsável pelo conhecimento adquirido pela criança, através das leis de condicionamento. - Exemplo: Uma criança aprende a associar palavras a objetos através da exposiçã o constante a essas associaçõ es no ambiente familiar. - As crianças imitam sons e padrõ es linguísticos ao seu redor, recebendo reforço positivo quando o fazem corretamente. - Exemplo: Uma criança pratica repetidamente uma palavra até pronunciá-la corretamente e receber elogios dos adultos. - Skinner sugere que as crianças associam diferentes formas linguísticas às formas já familiarizadas. - Exemplo: Uma criança aprende a formar frases completas associando palavras já aprendidas a novas palavras ou grupos de palavras. Condicionamento operante na explicação do desenvolvimento da linguagem Linguagem como comportamento aprendido e hábito Imitação, prática e formação de hábitos Tabula rasa e influência do ambiente Aquisição da linguagem através da experiência e reforço
  • 3. Aquisição da linguagem Perspectiva Gerativista - A abordagem gerativista, também chamada de inatista, postula a existência de um mecanismo inato, a Gramática Universal (GU), responsável pela aquisiçã o da linguagem. A Teoria Gerativa, de Chomsky, busca entender a natureza das línguas naturais e o conhecimento que os humanos possuem ao utilizar qualquer língua. A GU é descrita como um dispositivo independente para a linguagem, exclusivo da espécie humana, com caráter altamente criativo. Abordagem Gerativista e Gramática Universal: - Linguagem-E (externa) é a língua em uso, enquanto a Linguagem-I (interna) é o objeto da teoria linguística, caracterizada como estado mental independente. - A GU é o estado inicial da faculdade da linguagem, consistindo em princípios rígidos e parâmetros abertos, que determinam as variaçõ es entre as línguas. Quando todos os parâmetros estã o fixados, a criança atinge o estado estável de competência linguística. Influências Filosóficas e Linguísticas Faculdade da Linguagem Gramática Universal e Parâmetros: Linguagem-I e Linguagem-E -Filósofos como Descartes influenciaram Chomsky, com proposiçõ es racionalistas sobre a natureza da linguagem. O gerativismo baseia-se na ideia de que existem ideias inatas pré- determinadas, nã o explicáveis pelas experiências sensoriais. O ser humano possui uma capacidade criativa para expressar e compreender cadeias de forma irrestrita, baseada em elementos restritos. Capacidade Criativa da Linguagem A linguagem nã o é uma habilidade, mas sim uma capacidade inata e exclusiva dos humanos, como argumenta Chomsky em crítica à teoria comportamentalista de Skinner. A faculdade da linguagem é um aspecto essencial da mente humana, operando de forma rápida, inconsciente e comum entre os seres humanos, envolvendo processos complexos.
  • 4. Aquisição da linguagem Perspectiva Gerativista - Chomsky sugere que há uma parte da faculdade da linguagem que é inata na mente/cérebro da criança. Isso significa que as crianças têm um conjunto de princípios linguísticos inatos que as ajudam a adquirir a linguagem. Inatismo Linguístico: A gramática que a criança possui é entendida como uma entidade mental, nã o apenas como um conjunto de sons e palavras. Isso permite que a criança estabeleça relaçõ es gramaticais complexas entre palavras e sentenças, mesmo sem ter ouvido essas construçõ es antes. Lennenberg propôs a existência de um período crítico para a aquisiçã o da linguagem, que começa por volta dos 2 anos e termina por volta da puberdade. Esse período é crucial para o desenvolvimento da linguagem, e a falta de exposiçã o à linguagem durante esse período pode prejudicar o desenvolvimento linguístico. Aquisição Universal da Linguagem Período Crítico de Aquisição Gramática Mental: As crianças em diferentes partes do mundo passam por estágios semelhantes de aquisiçã o da linguagem, sugerindo que a linguagem nã o é aprendida, mas determinada por princípios linguísticos inatos que interagem com a língua que a criança ouve ao seu redor. Chomsky argumenta que a forma como as crianças entendem e produzem palavras e sentenças está relacionada com o funcionamento da mente humana. Faculdade da Linguagem e Mente Humana Isso sugere que há algum tipo de conhecimento inato que facilita o desenvolvimento da linguagem. A capacidade da criança de usar a linguagem é explicada pela interaçã o entre fatores ambientais (experiência linguística) e biológicos (princípios inatos). O ambiente influencia como a criança usa a linguagem, mas nã o determina os princípios básicos da linguagem que a criança possui. Interseção entre Fatores Ambientais e Biológicos