O documento discute os conceitos de cultura, mudança cultural, aculturação, assimilação e apropriação cultural. Define cultura como um conjunto de ideias, comportamentos e práticas sociais aprendidos e transmitidos entre gerações. Explica que a cultura é dinâmica e sofre mudanças através da invenção, difusão e descoberta de novos conceitos. Distingue aculturação de assimilação e apropriação cultural, sendo esta última vista de forma mais negativa quando envolve a dominação de uma cultura por outra.
Aula de Sociologia sobre os conceitos de Cultura, Etnocentrismo e Relativismo Cultural.
Organizada pelo Prof. Alex, da Escola Estadual Deputado Silva Prado, localizada em São Paulo, capital.
O documento discute a teoria da luta de classes de Karl Marx e como processos revolucionários podem ser entendidos como momentos em que determinadas classes sociais passam a ocupar lugares distintos na estrutura de uma sociedade, com grupos antes dominados passando a ser dominadores.
A indústria cultural é composta por empresas que produzem cultura visando lucro através de meios como TV, rádio e entretenimento, manipulando a sociedade para aumentar o consumo e moldar hábitos. Ela domina a sociedade usando estereótipos para fazer as pessoas acreditarem em determinados modelos de vida, muitas vezes sem que percebam a manipulação. No Brasil, devido à desigualdade, a indústria cultural não apresenta homogeneidade na sociedade de consumo.
Estudo dirigido 1º ano - socialização e violência de gêneroSara Sarita
O documento discute a desigualdade de gênero e violência contra a mulher, explicando como relações de gênero foram historicamente construídas de forma desigual. A violência contra mulheres é manifestação extrema dessas desigualdades, e dados mostram que uma em cada cinco mulheres já sofreu alguma violência no Brasil. As redes sociais também são usadas para empoderar mulheres e denunciar casos de assédio.
O documento define movimentos sociais como grupos organizados que promovem ou resistem mudanças sociais através de ação coletiva contínua. Ele lista exemplos históricos como os movimentos feministas, operários e sem-terra, e caracteriza movimentos como tendo objetivos, programas e ideologias. Também classifica movimentos em expressivos, reacionários, progressistas, reformistas e revolucionários.
O documento discute as culturas jovens ao longo das décadas desde os anos 1960, incluindo movimentos políticos e sociais como o movimento hippie, a ditadura militar brasileira, e as gerações recentes influenciadas pela internet e consumismo. Também aborda a cultura nas favelas e periferias e diferentes perspectivas sociológicas sobre o conceito de cultura.
Apresentação feita por Suzana Varjão (baseada nos conteúdos preparados por Lucia Xavier) na oficina Midia, Infância e Desigualdade Racial organizada pela ANDI e UNICEF em Belem no dia 17 de maio de 2011
Aula de Sociologia sobre os conceitos de Cultura, Etnocentrismo e Relativismo Cultural.
Organizada pelo Prof. Alex, da Escola Estadual Deputado Silva Prado, localizada em São Paulo, capital.
O documento discute a teoria da luta de classes de Karl Marx e como processos revolucionários podem ser entendidos como momentos em que determinadas classes sociais passam a ocupar lugares distintos na estrutura de uma sociedade, com grupos antes dominados passando a ser dominadores.
A indústria cultural é composta por empresas que produzem cultura visando lucro através de meios como TV, rádio e entretenimento, manipulando a sociedade para aumentar o consumo e moldar hábitos. Ela domina a sociedade usando estereótipos para fazer as pessoas acreditarem em determinados modelos de vida, muitas vezes sem que percebam a manipulação. No Brasil, devido à desigualdade, a indústria cultural não apresenta homogeneidade na sociedade de consumo.
Estudo dirigido 1º ano - socialização e violência de gêneroSara Sarita
O documento discute a desigualdade de gênero e violência contra a mulher, explicando como relações de gênero foram historicamente construídas de forma desigual. A violência contra mulheres é manifestação extrema dessas desigualdades, e dados mostram que uma em cada cinco mulheres já sofreu alguma violência no Brasil. As redes sociais também são usadas para empoderar mulheres e denunciar casos de assédio.
O documento define movimentos sociais como grupos organizados que promovem ou resistem mudanças sociais através de ação coletiva contínua. Ele lista exemplos históricos como os movimentos feministas, operários e sem-terra, e caracteriza movimentos como tendo objetivos, programas e ideologias. Também classifica movimentos em expressivos, reacionários, progressistas, reformistas e revolucionários.
O documento discute as culturas jovens ao longo das décadas desde os anos 1960, incluindo movimentos políticos e sociais como o movimento hippie, a ditadura militar brasileira, e as gerações recentes influenciadas pela internet e consumismo. Também aborda a cultura nas favelas e periferias e diferentes perspectivas sociológicas sobre o conceito de cultura.
Apresentação feita por Suzana Varjão (baseada nos conteúdos preparados por Lucia Xavier) na oficina Midia, Infância e Desigualdade Racial organizada pela ANDI e UNICEF em Belem no dia 17 de maio de 2011
Este documento fornece informações sobre educação de jovens e adultos, abordando tópicos como: 1) o material é organizado para aqueles que desejam completar os estudos rapidamente e de maneira eficiente; 2) o material foi elaborado por profissionais qualificados e respeita metodologias de aprendizagem modernas; 3) acredita-se que entendimento e reflexão sobre princípios como transparência e respeito permitirão alcançar padrões morais e éticos mais elevados.
A Sociologia estuda as sociedades humanas e as interações entre indivíduos em grupos e instituições. Surgiu no século XIX para entender os problemas decorrentes da Revolução Industrial e da organização da sociedade em classes. Três abordagens principais influenciaram seu desenvolvimento: a positivista de Comte, a dialética de Marx e a compreensiva de Weber.
O documento discute os principais conceitos e teorias da demografia, incluindo o estudo da população pelo IBGE no Brasil, as teorias de Malthus, neo-Malthus e Marxista, a transição demográfica, estrutura etária da população, migrações e problemas urbanos relacionados ao crescimento populacional.
O documento discute os conceitos fundamentais da sociologia, incluindo: 1) fatos sociais como objetos de estudo irreproduzíveis historicamente; 2) fatos sociais podem ser externos ou coercitivos; 3) a sociologia estuda a realidade social e as situações cotidianas dos indivíduos na sociedade.
HISTÓRIA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13CHS103) D1/D4GernciadeProduodeMat
Este documento fornece diretrizes para uma aula de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do 1o ano do Ensino Médio sobre identidade cultural e memória. A aula sugere analisar a música "Faroeste Caboclo" e o filme homônimo para discutir desigualdades sociais e identidade cultural no Brasil.
O documento discute o conceito de Indústria Cultural desenvolvido por Adorno e Horkheimer. A Indústria Cultural refere-se à capacidade do capitalismo de produzir bens culturais em larga escala como mercadoria. Ela leva à uniformização do sujeito e manipulação de sua autonomia através da produção em massa de produtos culturais como rádio, TV, cinema e música.
O documento discute indústria cultural e cultura de massa. A indústria cultural massifica a arte transformando-a em mercadoria para consumo rápido e propaganda. Isso ameaça características essenciais da arte como expressão, criação e experimentação. Mídia como rádio e TV também massificam a cultura visando lucro e dividindo públicos.
Sociologia no brasil e seus principais representantesedsonfgodoy
1) Os principais sociólogos brasileiros do século XX estudaram a formação da sociedade e identidade brasileiras, incluindo Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda.
2) Gilberto Freyre analisou a miscigenação como elemento fundamental da identidade nacional brasileira em sua obra Casa Grande & Senzala.
3) Esses sociólogos abordaram temas como a herança colonial, a escravidão, e os desafios para o desenvolvimento do Brasil.
O documento discute a identidade cultural como um conceito complexo e dinâmico que é construído socialmente através de valores compartilhados historicamente. A identidade cultural não pode ser vista como fixa, mas sim em constante mudança com o intercâmbio e modificação entre culturas, especialmente na era da globalização. Teorias mais recentes questionam noções rígidas de identidade e cultura.
Cultura pode ser definida como a vida total de um povo, incluindo seus bens, ideias, hábitos e valores herdados. Ela é adquirida socialmente através da educação formal e informal e consiste em aspectos materiais e imateriais. A cultura de um grupo é formada por elementos menores como traços culturais e complexos culturais, e é transmitida entre gerações por processos como socialização e controle social.
O documento descreve os principais pontos sobre o nascimento da sociologia como disciplina acadêmica, incluindo a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e o surgimento do capitalismo como fatores que levaram ao seu desenvolvimento. Também apresenta os principais pensadores fundadores da sociologia como Comte e Durkheim, e suas abordagens teóricas.
O documento discute as origens e desenvolvimento das religiões ao longo da história humana. Aborda como as primeiras sociedades buscavam respostas para questões existenciais através do sagrado e do sobrenatural, levando ao surgimento de instituições e crenças religiosas. Também apresenta os principais sistemas de crenças como o hinduísmo, budismo, xintoísmo, taoísmo, confucionismo, judaísmo, cristianismo e islamismo, além de religiões afro-brasileiras. Por fim, disc
O documento descreve a origem e evolução do capitalismo desde os séculos XV-XVI na Europa até a sua forma atual. O capitalismo passou por três fases principais: a comercial, a industrial e a financeira. Embora traga benefícios como progresso econômico, o capitalismo também gera problemas sociais que requerem intervenção estatal para reduzir desigualdades.
O documento discute quatro tipos de conhecimento: 1) conhecimento popular baseado na experiência diária; 2) conhecimento religioso baseado em revelações divinas; 3) conhecimento filosófico baseado em hipóteses não verificáveis; e 4) conhecimento científico baseado em fatos verificáveis através da experiência.
A globalização é o processo de integração mundial intensificado nas últimas décadas principalmente na esfera econômica, tendo como base a liberalização das economias dos países. Caracteriza-se pela queda das barreiras alfandegárias, tendência à homogenização cultural e desnacionalização das economias com o crescimento de multinacionais. Passou por três fases históricas marcadas por revoluções industriais e tecnológicas que aproximaram os povos e aceleraram os fluxos de informações e mercadorias.
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CULTURA- Questões discursivas - 1º ano Ensino Médio...Prof. Noe Assunção
Cultura é representada por mãos trabalhadoras, crianças brincando e mulheres artesãs. Refere-se a tudo que as pessoas imaginam, realizam e sonham. Cultura valoriza a vida das pessoas de acordo com seus princípios e criação.
O documento discute três estudiosos do fenômeno urbano: Georg Simmel, Robert Park e Bauman. Analisam como a vida na cidade alterou os comportamentos sociais e as interações de poder, e como as cidades foram laboratórios para entender a segregação social.
O documento discute os conceitos de etnia e cultura, explicando que grupos étnicos são definidos por características socioculturais como língua, religião e comportamentos. Também aborda teorias deterministas, padronização cultural versus diversidade, aculturação e resistência cultural, concluindo que a diversidade cultural deve ser protegida.
O documento discute os conceitos de etnia e cultura, explicando que grupos étnicos compartilham padrões culturais como língua, religião e costumes. Também aborda teorias deterministas, a influência da cultura versus biologia no comportamento humano, padronização cultural versus diversidade, e formas de resistência e preservação cultural.
Este documento fornece informações sobre educação de jovens e adultos, abordando tópicos como: 1) o material é organizado para aqueles que desejam completar os estudos rapidamente e de maneira eficiente; 2) o material foi elaborado por profissionais qualificados e respeita metodologias de aprendizagem modernas; 3) acredita-se que entendimento e reflexão sobre princípios como transparência e respeito permitirão alcançar padrões morais e éticos mais elevados.
A Sociologia estuda as sociedades humanas e as interações entre indivíduos em grupos e instituições. Surgiu no século XIX para entender os problemas decorrentes da Revolução Industrial e da organização da sociedade em classes. Três abordagens principais influenciaram seu desenvolvimento: a positivista de Comte, a dialética de Marx e a compreensiva de Weber.
O documento discute os principais conceitos e teorias da demografia, incluindo o estudo da população pelo IBGE no Brasil, as teorias de Malthus, neo-Malthus e Marxista, a transição demográfica, estrutura etária da população, migrações e problemas urbanos relacionados ao crescimento populacional.
O documento discute os conceitos fundamentais da sociologia, incluindo: 1) fatos sociais como objetos de estudo irreproduzíveis historicamente; 2) fatos sociais podem ser externos ou coercitivos; 3) a sociologia estuda a realidade social e as situações cotidianas dos indivíduos na sociedade.
HISTÓRIA | 1ª SÉRIE | HABILIDADE DA BNCC - (EM13CHS103) D1/D4GernciadeProduodeMat
Este documento fornece diretrizes para uma aula de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do 1o ano do Ensino Médio sobre identidade cultural e memória. A aula sugere analisar a música "Faroeste Caboclo" e o filme homônimo para discutir desigualdades sociais e identidade cultural no Brasil.
O documento discute o conceito de Indústria Cultural desenvolvido por Adorno e Horkheimer. A Indústria Cultural refere-se à capacidade do capitalismo de produzir bens culturais em larga escala como mercadoria. Ela leva à uniformização do sujeito e manipulação de sua autonomia através da produção em massa de produtos culturais como rádio, TV, cinema e música.
O documento discute indústria cultural e cultura de massa. A indústria cultural massifica a arte transformando-a em mercadoria para consumo rápido e propaganda. Isso ameaça características essenciais da arte como expressão, criação e experimentação. Mídia como rádio e TV também massificam a cultura visando lucro e dividindo públicos.
Sociologia no brasil e seus principais representantesedsonfgodoy
1) Os principais sociólogos brasileiros do século XX estudaram a formação da sociedade e identidade brasileiras, incluindo Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda.
2) Gilberto Freyre analisou a miscigenação como elemento fundamental da identidade nacional brasileira em sua obra Casa Grande & Senzala.
3) Esses sociólogos abordaram temas como a herança colonial, a escravidão, e os desafios para o desenvolvimento do Brasil.
O documento discute a identidade cultural como um conceito complexo e dinâmico que é construído socialmente através de valores compartilhados historicamente. A identidade cultural não pode ser vista como fixa, mas sim em constante mudança com o intercâmbio e modificação entre culturas, especialmente na era da globalização. Teorias mais recentes questionam noções rígidas de identidade e cultura.
Cultura pode ser definida como a vida total de um povo, incluindo seus bens, ideias, hábitos e valores herdados. Ela é adquirida socialmente através da educação formal e informal e consiste em aspectos materiais e imateriais. A cultura de um grupo é formada por elementos menores como traços culturais e complexos culturais, e é transmitida entre gerações por processos como socialização e controle social.
O documento descreve os principais pontos sobre o nascimento da sociologia como disciplina acadêmica, incluindo a Revolução Industrial, a Revolução Francesa e o surgimento do capitalismo como fatores que levaram ao seu desenvolvimento. Também apresenta os principais pensadores fundadores da sociologia como Comte e Durkheim, e suas abordagens teóricas.
O documento discute as origens e desenvolvimento das religiões ao longo da história humana. Aborda como as primeiras sociedades buscavam respostas para questões existenciais através do sagrado e do sobrenatural, levando ao surgimento de instituições e crenças religiosas. Também apresenta os principais sistemas de crenças como o hinduísmo, budismo, xintoísmo, taoísmo, confucionismo, judaísmo, cristianismo e islamismo, além de religiões afro-brasileiras. Por fim, disc
O documento descreve a origem e evolução do capitalismo desde os séculos XV-XVI na Europa até a sua forma atual. O capitalismo passou por três fases principais: a comercial, a industrial e a financeira. Embora traga benefícios como progresso econômico, o capitalismo também gera problemas sociais que requerem intervenção estatal para reduzir desigualdades.
O documento discute quatro tipos de conhecimento: 1) conhecimento popular baseado na experiência diária; 2) conhecimento religioso baseado em revelações divinas; 3) conhecimento filosófico baseado em hipóteses não verificáveis; e 4) conhecimento científico baseado em fatos verificáveis através da experiência.
A globalização é o processo de integração mundial intensificado nas últimas décadas principalmente na esfera econômica, tendo como base a liberalização das economias dos países. Caracteriza-se pela queda das barreiras alfandegárias, tendência à homogenização cultural e desnacionalização das economias com o crescimento de multinacionais. Passou por três fases históricas marcadas por revoluções industriais e tecnológicas que aproximaram os povos e aceleraram os fluxos de informações e mercadorias.
AVALIAÇÃO DE SOCIOLOGIA - CULTURA- Questões discursivas - 1º ano Ensino Médio...Prof. Noe Assunção
Cultura é representada por mãos trabalhadoras, crianças brincando e mulheres artesãs. Refere-se a tudo que as pessoas imaginam, realizam e sonham. Cultura valoriza a vida das pessoas de acordo com seus princípios e criação.
O documento discute três estudiosos do fenômeno urbano: Georg Simmel, Robert Park e Bauman. Analisam como a vida na cidade alterou os comportamentos sociais e as interações de poder, e como as cidades foram laboratórios para entender a segregação social.
O documento discute os conceitos de etnia e cultura, explicando que grupos étnicos são definidos por características socioculturais como língua, religião e comportamentos. Também aborda teorias deterministas, padronização cultural versus diversidade, aculturação e resistência cultural, concluindo que a diversidade cultural deve ser protegida.
O documento discute os conceitos de etnia e cultura, explicando que grupos étnicos compartilham padrões culturais como língua, religião e costumes. Também aborda teorias deterministas, a influência da cultura versus biologia no comportamento humano, padronização cultural versus diversidade, e formas de resistência e preservação cultural.
O documento aborda o tema do tradutor como mediador cultural. Primeiramente, define termos como identidade cultural, aculturação, preconceito e etnocentrismo. Em seguida, discute a tradução como um ato de comunicação intercultural e o papel do tradutor como mediador entre culturas. Por fim, apresenta o modelo de sensibilidade cultural de David Katan composto por seis estágios para o desenvolvimento do tradutor como mediador cultural.
O documento discute os conceitos de cultura e padrão cultural. A cultura é definida como um modo de vida de um povo que inclui idéias, instituições, linguagem e sentimentos. O padrão cultural refere-se aos costumes e atividades de um grupo que caracterizam sua cultura. O documento também discute os conceitos de traços culturais e complexos culturais.
O documento discute os conceitos de cultura, etnocentrismo, relativismo cultural e diversidade cultural. Aborda a definição de cultura, como cultura é transmitida entre gerações e modificada, e como o contato entre culturas diferentes pode levar a mudanças culturais e ao processo de aculturação.
1) O documento discute os conceitos de cultura, dinamismo cultural e mudança cultural, incluindo suas definições e fatores.
2) A enculturação é o processo pelo qual os membros de uma cultura adquirem seus valores e comportamentos através da socialização.
3) A história da antropologia é dividida em quatro períodos: formação, convergência, construção e crítico.
O documento discute vários conceitos relacionados à cultura, incluindo: (1) cultura como tudo o que resulta da criação humana, como ideias, artefatos e costumes; (2) a ideia de que todas as sociedades, sejam simples ou complexas, possuem sua própria cultura; (3) as funções da cultura em satisfazer necessidades humanas e limitá-las normativamente.
O documento discute a noção de cultura e sua diversidade entre os diferentes grupos humanos. Apresenta argumentos contra a ideia de hierarquizar as culturas e a visão de que existiria uma linha única de evolução cultural. Defende que cada cultura deve ser entendida em seu contexto histórico particular e em relação com outras, reconhecendo a desigualdade nas relações entre os povos.
Este documento resume uma aula sobre cultura e sociedade. Aborda os significados de cultura, a relação entre cultura e identidade, etnocentrismo versus relativismo cultural, as perspectivas de autores clássicos da sociologia sobre cultura, a relação entre cultura e ideologia, e a indústria cultural e a Escola de Frankfurt.
ATIVIDADE - CONCEITO DE CULTURA COM JOGO DA CRUZADINHAProf. Noe Assunção
1) O documento discute os diferentes significados do conceito de cultura na antropologia desde o século XIX. 2) Franz Boas foi pioneiro em afirmar que cada cultura tem uma história própria que não pode ser julgada por outras. 3) A antropologia procura estudar a diversidade cultural entre os povos e questiona se raça e meio ambiente influenciam as definições culturais.
A cultura para a sociologia é o conjunto de crenças, valores e normas de uma sociedade, que refletem seu modo de vida e são resultado do contato social entre indivíduos. A cultura varia entre sociedades e grupos sociais e está em constante transformação, seja por influências internas ou contatos entre culturas diferentes.
O documento discute etnocentrismo, relativismo cultural e diversidade cultural. O etnocentrismo é quando um grupo se vê como superior e julga outros com base nos próprios valores. O relativismo cultural defende que todas as culturas são igualmente válidas quando avaliadas em seu próprio contexto. O documento também discute os desafios de aceitar diferentes culturas e a importância da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A ideia de cultura, de Terry Eagleton.pptxMarília Vieira
O documento discute a evolução do conceito de cultura ao longo da história. Inicialmente referia-se a atividades agrícolas e espirituais, mas passou a denotar modos de vida característicos de grupos. Sua associação com a justiça social e grupos minoritários é recente. Atualmente, cultura está ligada à criação artística e crítica social, embora essas acepções sejam distintas.
O documento discute os conceitos fundamentais da antropologia cultural, incluindo: 1) A definição de cultura como um sistema de significados compartilhados que é aprendido socialmente; 2) Os primeiros antropólogos como Tylor e Boas que desenvolveram conceitos de cultura; 3) A importância do relativismo cultural e da etnografia para entender cada cultura em seus próprios termos.
O documento discute várias definições de cultura, incluindo aquelas de Edward Tylor, Ralph Linton e Clifford Geertz. A cultura é descrita como um todo complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, moral e costumes adquiridos em sociedade. A cultura pode mudar através da invenção de novos conceitos e da difusão entre culturas.
O documento discute conceitos fundamentais de sociologia e antropologia, como cultura, sociedade, subcultura e os processos de difusão, aculturação e mudança cultural. A cultura é transmitida entre gerações e influencia a personalidade e comportamento das pessoas de determinada sociedade.
Este documento discute o conceito de cultura na antropologia em três frases:
1) Cultura refere-se aos padrões de comportamento, crenças e símbolos compartilhados que são transmitidos socialmente dentro de uma sociedade.
2) A cultura condiciona a visão de mundo dos indivíduos e influencia aspectos biológicos como alimentação e estilo de vida.
3) Embora imersos em uma cultura, os indivíduos participam dela de forma parcial e selecionada, e as culturas são dinâmicas
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
O documento discute os conceitos de cultura, sociologia e cultura na perspectiva da sociologia. Apresenta definições de cultura segundo Edward Tylor e sua natureza dinâmica. Discorre também sobre etnocentrismo, relativismo cultural e alteridade. Aborda os tipos de cultura - erudita, popular e industrial - e como esta última transforma a cultura em mercadoria.
Este documento discute vários tópicos relacionados a desigualdades e identidades sociais, incluindo: 1) tipos de desigualdades sociais e suas consequências; 2) classes sociais e classificação; 3) mobilidade social; 4) diversidade cultural; 5) sexo versus gênero; 6) conceitos de pobreza e critérios; e 7) exclusão social. O objetivo é aprofundar o conhecimento sobre esses temas sociológicos.
- O documento discute os principais conceitos de cultura na antropologia, incluindo definições de autores como Tylor, Malinowski, Levi-Strauss, Geertz e DaMatta.
- Aborda como a cultura condiciona a visão de mundo e como opera através da transmissão de padrões de comportamento. Também discute etnocentrismo, dinamicidade cultural e diversidade cultural.
- Finalmente, apresenta debates em torno do multiculturalismo e relativismo cultural.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
Slides Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 10, Central Gospel, A Batalha Do Armagedom, 1Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Revista ano 11, nº 1, Revista Estudo Bíblico Jovens E Adultos, Central Gospel, 2º Trimestre de 2024, Professor, Tema, Os Grandes Temas Do Fim, Comentarista, Pr. Joá Caitano, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique
Slides Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
Slideshare Lição 11, CPAD, A Realidade Bíblica do Inferno, 2Tr24, Pr Henrique, EBD NA TV, Lições Bíblicas, 2º Trimestre de 2024, adultos, Tema, A CARREIRA QUE NOS ESTÁ PROPOSTA, O CAMINHO DA SALVAÇÃO, SANTIDADE E PERSEVERANÇA PARA CHEGAR AO CÉU, Coment Osiel Gomes, estudantes, professores, Ervália, MG, Imperatriz, MA, Cajamar, SP, estudos bíblicos, gospel, DEUS, ESPÍRITO SANTO, JESUS CRISTO, Com. Extra Pr. Luiz Henrique, de Almeida Silva, tel-What, 99-99152-0454, Canal YouTube, Henriquelhas, @PrHenrique, https://ebdnatv.blogspot.com/
Folheto | Centro de Informação Europeia Jacques Delors (junho/2024)Centro Jacques Delors
Estrutura de apresentação:
- Apresentação do Centro de Informação Europeia Jacques Delors (CIEJD);
- Documentação;
- Informação;
- Atividade editorial;
- Atividades pedagógicas, formativas e conteúdos;
- O CIEJD Digital;
- Contactos.
Para mais informações, consulte o portal Eurocid:
- https://eurocid.mne.gov.pt/quem-somos
Autor: Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Fonte: https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9267
Versão em inglês [EN] também disponível em:
https://infoeuropa.mne.gov.pt/Nyron/Library/Catalog/winlibimg.aspx?doc=48197&img=9266
Data de conceção: setembro/2019.
Data de atualização: maio-junho 2024.
1. Apropriação Cultural
Cultura:
Cultura (do latim cultura) é um conceito de vários significados, sendo o mais corrente, especialmente na
antropologia, a definição genérica formulada por Edward B. Tylor segundo a qual cultura é "todo aquele
complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros
hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade".
Clifford Geertz definiu cultura como sendo um "padrão de significados transmitidos historicamente,
incorporado em símbolos, um sistema de concepções herdadas expressas em formas simbólicas por
meio das quais os homens comunicam, perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e suas atividades
em relação a vida."
Do ponto de vista das ciências sociais (isto é, da sociologia e da antropologia), sobretudo conforme a
formulação de Tylor, a cultura é um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais
artificiais (isto é, não naturais ou biológicos) aprendidos de geração em geração por meio da vida em
sociedade.
Por ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura, muitas vezes, se
confunde com noções de: desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite.
Essa confusão entre cultura e civilização foi comum, sobretudo, na França e na Inglaterra dos séculos XVIII
e XIX, onde cultura se referia a um ideal de elite. Ela possibilitou o surgimento da dicotomia (e,
eventualmente, hierarquização) entre "cultura erudita" e "cultura popular".
A cultura é um dos fatores constituintes dos homens. Assim, outros dois pensadores importantes para a
discussão são Norbert Elias e Vigotsky. Há uma certa “sintonia” entre a visão de Elias e a visão de Vigotski
a respeito da constituição humana do homem. Tanto no caso do processo civilizador de Elias quanto no do
processo de constituição cultural do homem de Vigotski, a idéia é semelhante: “o homem é obra do
próprio homem”, não efeito da natureza ou de qualquer outro fator externo.
Mudança Cultural
A cultura é dinâmica. Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças. Traços se
perdem, outros se adicionam, em velocidades distintas nas diferentes sociedades. Dois mecanismos básicos
permitem a mudança cultural: a invenção ou introdução de novos conceitos, e a difusão de conceitos a partir
de outras culturas. Há também a descoberta, que é um tipo de mudança cultural originado pela revelação de
algo desconhecido pela própria sociedade e que ela decide adotar.
A mudança acarreta normalmente em resistência. Visto que os aspectos da vida cultural estão ligados entre
si, a alteração mínima de somente um deles pode ocasionar efeitos em todos os outros. Modificações na
maneira de produzir podem, por exemplo, interferir na escolha de membros para o governo ou na aplicação
de leis. A resistência à mudança representa uma vantagem, no sentido de que somente modificações
realmente proveitosas, e que sejam por isso inevitáveis, serão adotadas evitando o esforço da sociedade em
adotar, e depois rejeitar um novo conceito. O ambiente exerce um papel fundamental sobre as mudanças
culturais, embora não único: os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por contingências
ambientais quanto por transformações da consciência social.
2. Aculturação e Assimilação
O termo “aculturação” foi criado em 1880 por um antropólogo chamado J. W. Powell para designar as
transformações dos modos de vida e pensamento dos imigrantes em contato com a sociedade norte-
americana (CUCHE, 2002, p. 114).
A aculturação não significa “deculturação” simplesmente. Pois o “a” na frente não tem o sentido de “falta
de” ou “privação”, como ocorre com outras palavras. Por exemplo: amorfo, sem forma, ou ainda amoral,
como alguém que não tem moral. Não é esse o caso da palavra aculturação. O “a” no início da palavra vem
etimologicamente do latim ad, que significa um movimento de aproximação.
Com o passar do tempo, a palavra se transformou em conceito para explicar o contato entre diferentes
povos. E a partir de então o termo passa a significar:
“A aculturação é o conjunto de fenômenos que resultam de um contato contínuo e direto entre grupos
de indivíduos de culturas diferentes e que provocam mudanças nos modelos (patterns) culturais
iniciais de um ou dos dois grupos.” CUCHE, Dennys. A noção de cultura nas Ciências Sociais. 2. ed.
Bauru: EDUSC, 2002. p. 115.
A aculturação:
· não é necessariamente sinônimo de mudança cultural;
· não é apenas difusão de traços culturais;
· não pode ser confundida com assimilação.
A aculturação não é necessariamente sinônimo de mudança cultural. Toda cultura muda. Não há cultura
que permaneça estática, que não se transforme, pois a cultura é um eterno processo. A mudança cultural é
parte de toda cultura. Entretanto, algumas mudam mais rápido, outras mais devagar.
Por exemplo: muitos grupos indígenas que, segundo o senso comum, dão a impressão de não mudar, porém
isso ocorre, pois nós não os conhecemos direito. As culturas mudam não só devido a causas externas, isto é,
elas não mudam apenas pelo contato com outras culturas, mas também devido a fatores internos à própria
cultura. E se a aculturação vem do contato com outros povos, confundi-la com mudança cultural é deixar de
lado toda uma parte da mudança cultural que é a transformação por fatores internos à própria cultura.
A aculturação não é somente difusão de traços culturais. Pois ela é um processo maior e mais complexo do
que a difusão de traços e características que pode ocorrer sem que povos entrem em contato direto entre si.
Por exemplo, por meio de livros, revistas, filmes etc. Mas a aculturação pressupõe justamente o contato
direto de pessoas de diferentes grupos.
A aculturação não pode ser confundida com assimilação. Ela não é sinônimo de assimilação. Povos
aculturados não são necessariamente assimilados. Pois nem todo processo de aculturação resulta
necessariamente na assimilação total de um grupo por outro:
“Por outro lado, não se pode confundir aculturação e ‘assimilação’. A assimilação deve ser compreendida
como a última fase da aculturação, fase aliás raramente atingida. Ela implica o desaparecimento total da
cultura de origem de um grupo e na interiorização completa da cultura do grupo dominante.” CUCHE,
Dennys. A noção de cultura nas Ciências Sociais. 2. ed. Bauru: EDUSC, 2002. p.116.
De fato, a assimilação seria a última etapa de todo o processo de aculturação devido ao contato de dois
grupos, pois implica o fim da culturade um dos grupos, uma vez que a cultura do segundo grupo é
3. totalmente assimilada pelo primeiro. Ora, a assimilação total de um grupo por outro é algo muito difícil de
ocorrer. E, assim, a aculturação na grande maioria das vezes não provoca o fim de uma das culturas. Na
verdade, na maioria das vezes ambos os grupos se modificam. É verdade que as modificações são em geral
maiores em um grupo do que no outro. Dificilmente um dos grupos acaba. Os novos costumes, ou
características, são sempre internalizados por ele de acordo com a sua lógica interna. Apesar das
modificações, a lógica interna permanece muitas vezes. Com isso mantém-se a forma de raciocinar do
grupo.
Por exemplo: o uso de roupas ocidentais por grande parte da humanidade não faz com que os grupos deixem
de pensar como sempre pensaram. A incorporação do jeans e da camiseta como quase um uniforme por
todos os jovens não faz com que eles pensem da mesma forma ou que deixem de ter seus valores de acordo
com a cultura na qual estão inseridos. O que não significa que não sejam influenciados pelos valores de
outra cultura.
É verdade também que às vezes as mudanças são tão intensas que pode ocorrer de o grupo realmente acabar.
De qualquer forma, é sempre bom destacar que praticamente não há cultura que não se modifique pelo
contato com outra. Ou seja, que o processo de aculturação quase sempre se dá dos dois lados. É por isso
também que há autores que vão criticar a ideia de aculturação, pois ela muitas vezes parece não dar conta de
que o processo é recíproco, mesmo que raras vezes seja simétrico. Normalmente é um processo assimétrico.
Uma cultura quase sempre se transforma mais do que a outra, pois as culturas não estão em pé de igualdade.
A Era Vargas durante a segunda Guerra Mundial pode ser um exemplo. Os estrangeiros dos países do Eixo
aqui residentes foram proibidos de falar suas respectivas línguas, seus jornais foram fechados, e muitos
locais tiveram que mudar seus nomes. Durante esse período, os estrangeiros que aqui viviam foram forçados
a passar por um processo de assimilação da cultura brasileira.
ApropriaçãoCultural
Apropriação cultural é a adoção de alguns elementosespecíficosde umacultura por um grupo cultural diferente.
Ela descreve aculturação ou assimilação,mas pode implicaruma visão negativaem relação a aculturação de uma
cultura minoritária por uma cultura dominante.
4. Má que diabos é apropriação cultural?
E porque xingar o famosinho no Instagram não tem nada a ver com isso.
Desde que comecei a escrever por aí, sempre aparecem pessoas me perguntando qual a minha opinião
sobre apropriaçãocultural. Normal nãosaberemqual é minha opinião, principalmente porque considero essa uma
das questões mais banalmente discutidas nas redes sociais e dos modos mais lesados possíveis, então tenho:
preguiça.
Mas uma coisa que me intriga é a pergunta feita: “qual sua opinião sobre apropriação cultural?” Ué, isso é
questão de opinião? O termo “apropriação” já tem conotação negativa por si só. Dialoga com “roubo” e “invasão”.
Existem diversos termos e conceitos usados para falar do assunto de um modo positivo: “empréstimo cultural”,
“assimilação cultural”, “aculturação”, “sincretismo”, etc. Todos esses termos existem para falar das mudanças que
acontecememuma sociedade diantede suafusãocom elementos culturais externos. São conceitos para se pensar
esses processos de globalização, de cruzamento de culturas e até mesmo de dominação de uma cultura por outra
quanto ao lugar que a cultura dominada ganha na sociedade dominadora por meio da assimilação de costumes.
Essa troca é consideradaumaparte integrante dasdinâmicassociaise oresultadoóbviodocontatoentre diferentes
tradições e culturas, sendo muitas vezes benéfica e cheirosa. Se o caso é de “apropriação” não tem muito como
emitir opinião do tipo NOSSA, ACHO DAORA, APROPRIA MESMO, ACHO DEZ, MELHOR QUE LASANHA.
Mas enfim APROPRIAÇÃO cultural tem a ver com hegemonia cultural, dominação, poder, etnocentrismo e
capitalismo. As sociedades modernas, essas onde povos de origens diferentes convivem, são formadas por uma
culturamaioritária(aquelaque ditaasregrasgerais — alíngua, o padrão socialmente aceito de vestir, de comer, de
falar, de se relacionar etc) e por culturas minoritárias (aquelas que tem que se submeter às práticas da cultura
maioritária pra viver na paz). (...) Não tem a ver com número de membros pertencentes, mas sim com qual dessas
culturasé maisvalorizadae bemvista no meio em que vivemos. Entre essas culturas que convivem em um estado
não segregado, existem trocas e assimilações porque seria impossível não o ser.
O que é alvo de críticas quando falamos de apropriação cultural é justamente a ignorância e
desconhecimentoaotrataruma culturadiferente e acolocaçãode seusíconescomo elementose produtos postos à
venda de um modo que perpetue as relações desiguais de poder entre a cultura dominada e a cultura dominante.
Isso basicamente acontece quando rolam esses passos aqui ó:
1- a cultura maioritária desdenha de elementos de uma cultura minoritária dando a eles ares de exotismo,
criminalizando-os, destratando e ligando-os ao indesejado porque só a cultura deles é pra ser daora, tesuda e
civilizada;
2 — aí todo mundo que está inserido nessa sociedade passa a ver esses elementos minoritários como nocivos e
inferiores;
3 — a cultura minoritária passa a abandonar seus elementos para se adaptar aos elementos dados pela cultura
maioritária e, os que permanecem resistindo, são excluídos ou destratados por essa sociedade;*
4 — aí, quandoesseselementosligadosàquelaculturaminoritáriajáestãocomcarga negativasuficiente e quando a
sociedade toda tá curtindo a onda posta pela cultura maioritária BOOOOOOM! resolvem resignificar elementos
minoritários para serem consumidos pela maioria entediada;
5 — entãoaqueleselementosantesdestratadossãocolocadoscomoobjetosque deveriam ser desejados pelos que
vivem a cultura maioritária em sua plenitude — são capitalizados, comercializados e propagandeados para que a
cultura maioritária os achem interessante, veja ali beleza pela primeira vez e os consuma.
*Por isso esse argumento de “aim, as negras alisam e pintam o cabelo de loiro mas ninguém diz que é
apropriação” é um argumento burro porque, olha só: imposição estética não é apropriação, seja bem vindo ao
mundo real.
Basicamente todacriaçãocultural é boapro capital porque ele pode tera chance de lucrar emcima,simples.
MAS ele só vai lucrar de fato com isso de um modo pleno se convencer a parte da sociedade que consome que
aquilo é dez, ao mesmo tempo que consegue manter uma outra parte na subalternidade — porque né, sem
desigualdade não existe capitalismo.
Tem uma simetria que rola na internet que eu particularmente acho boa: é quando você, sendo minoria
cultural, faz um trabalho, tira um F e seu professor e a banca avaliadora dizem pra você mandar currículo pro
McDonalds porque tu nunca vai ter futuro na área. MAS AÍ tu empresta seu trabalho pra alguém da cultura
maioritária,ele cópiateutrabalhointeiro,tiraA e aindaganha convite prair no Faustãofalar pro Brasil inteiro sobre
como ele é foda e original.
O problemaé que,oprofessor,abanca que julgateu trabalhoe os produtoresdoFaustãonessasimetriasão
o sistema, sabe? São eles que dão peso diferente pras duas produções. Não é como se o maluco que copiou teu
trabalhofosse um cara malvadão que tá lá rindo dizendo que vai foder você porque sim. Então é meio babaca tu ir
5. na página do Facebook desse maluco postar meme e fazer campanha pra ridicularizar o parça, sendo que é todo o
sistemaque tá errado em julgar os dois de modo diferente e de não ter reprovado o sujeito também — afinal, não
pode copiar trabalho, né? Então…
Ok, vocêsprovavelmente dirãoque eutô fazendo“defesade apropriador”,“passandopano”ou sei lá o que.
Mas porra, o cara não vai sozinho “””””se apropriar e destratar toda uma cultura””””” o desgramado precisa sim de
todo um aval sistêmico pra isso. Sem esse aval ele seria expulso por copiar trabalho do amiguinho, caspita!
*vemos aqui eu me apropriar de um termo da cultura italiana, risos *
(...)
Eu vejo gente indo perguntar em grupo se pode dar um turbante de presente pra mãe branca idosa que
entrou em depressão após perder o cabelo por causa de quimioterapia — e a galera caí em cima como se a
senhorinha com câncer fosse o problema.
O problema não tá no fulano do Jardim Europa comendo acarajé, velho, segura ae
(...)
Recentemente alunos de um curso de extensão em publicidade — todos comunicadores e publicitários
formados — me perguntaramsobre issodurante umaaulaque dei porlá. E eurespondi que apublicidade também é
culpada sim. Ela tem papel nisso. Ela também é um braço do sistema e um dos maiores meios de divulgação dos
ideais do capitalismo. Ela que ajuda a vender o negro de dread como drogado sujo e o branco de dread como o
alternativoamigo da natureza. Ela que divulga o trabalho da pichadora de porcelana como inovador, mas continua
colaborandocomo discursoque criminalizaosque inspiraramaidéia. Por que ela resolve colocar uma mulher loira
padrão europeuusandoturbante emumacapa de revista,comercial oupropaganda, mas jamais usaria uma mulher
negra ou uma mulher de origem árabe de turbante para a mesma peça? Fazendo isso, a publicidade está sim
colaborando pra que certos elementos só sejam bem vistos e valorizados se antes passarem por uma “limpeza
étnica” e está sim colaborando também para que os que não passaram por essa “limpeza” continuem sofrendo
preconceito por aí, se mantendo a margem do sistema.
Em sociedadesque passaram por segregação isso é ainda pior e mais descarado. Por isso que a Iggy sei lá o
que azaléia lá causa tanto questionamento quando ganha prêmio cantando rap. Então, minha opinião é que vocês
focamno inimigoerrado,insistememcolocar uma questão sistêmica como problema individual e em pôr as coisas
na linha do “quem pode” e do “quem não pode”. A permissão a sociedade já deu. Capitalizados e com seu
significado cultural original alterado ou esquecido os elementos já estão. A gente tem é que aprender a atacar
quando vemos os discursos oficiais endossando isso, a reclamar quando a banalização disso permanece sendo
vendida nos bailes da Vogue.
Ou continuem aí postando meme e xingando em foto de perfil de branco com trança. Ceis que sabem.
Não sou mãe de vocês também — e muito menos dos brancos que querem fazer dread, então por favor,
encaminhem seus formulários de permissão para mudança de penteado para outro setor.
Agradecida.
Suzane Jardim
Apropriação Cultural é Um Problema do Sistema, Não de Indivíduos
Ultimamente temse faladomuitosobre apropriaçãocultural nasredessociais. Textos e mais textos sobre o
tema, discussões, muitas vezes infrutíferas, e esvaziamento de conceitos. (...)
Precisamos entender como o sistema funciona. Por exemplo: durante muito tempo, o samba foi
criminalizado, tido como coisa de “preto favelado”, mas, a partir do momento que se percebe a possibilidade de
lucrodo samba,a imagemmuda.E a imagemmudarsignificaque se embranquece seus símbolos e atores para com
o objetivo de mercantilização. Para ganhar dinheiro, o capitalista coloca o branco como a nova cara do samba.
Por que issoé um problema?Porque esvaziade sentidouma cultura com o propósito de mercantilização ao
mesmo tempo em que exclui e invisibiliza quem produz. Essa apropriação cultural cínica não se transforma em
respeito e em direitos na prática do dia-a-dia. Mulheres negras não passaram a ser tratadas com dignidade, por
exemplo, porque o samba ganhou o status de símbolo nacional. E é extremamente importante apontar isso: falar
sobre apropriação cultural significa apontar uma questão que envolve um apagamento de quem sempre foi
inferiorizado e vê sua cultura ganhando proporções maiores, mas com outro protagonista. Uma frase do poeta
americanoB. Easy,compartilhadano Twitter, e bastante compartilhadas nas redes sociais faz todo o sentido nessa
discussão:
6. “A cultura negra é popular, mas as pessoas negras, não”.
Uma coisa é a troca, o intercâmbiode culturas,oque é muitopositivo.Outracoisaé a apropriação.No nosso
país, as culturas foram hierarquizadas, sendo a negra colocada como inferior, exótica. Dentro desse contexto é
possível falaremtroca? A troca só é possível quandonãoexistemhierarquias. Enquanto terreiros são invadidos, há
marcas que acham cult colocarmodelosbrancasrepresentandoIemanjá.Esse discursode que acultura é humana só
é válida quando querem apropriá-la. No momento de considerar a humanidade daqueles que produzem essa
cultura, a história é bem diferente. No momento de perceber a necessidade histórica de ser representado e ter
posse de sua história, é ignorado. E esse é ponto nevrálgico da nossa crítica em relação à apropriação cultural.
Porém,issonãosignificaculpabilizarosindivíduosque estão inseridos dentro dessa lógica. Não julgo certo apontar
dedos para pessoas brancas que fazem uso da cultura negra por alguns motivos. Primeiro, muitas dessas pessoas
desconhecemadiscussãosobre apropriaçãocultural, segundo, não se pode responsabilizar somente os sujeitos e,
por fim, estamos falando de um problema estrutural.
A crítica deve serfeitasàs indústrias que lucram com isso. Achei correta a crítica feita à marca Farm quando
colocouváriasmodelosbrancasusandoturbantese nenhuma negra. A marca estava lucrando com um símbolo sem
dar protagonismo aos sujeitos que os produzem. Agora, criticar uma pessoa somente por fazer o mesmo, acho
energia gasta com o alvo errado.
É necessário, sim, se problematizar essas questões, mas tendo em mente que vivemos numa sociedade
capitalista e nesta, tudo vira mercadoria.
Djamila Ribeiro
Resistência, política e elegância: O empoderamento através do turbante
Resistência,sabedoria,políticae elegância. O turbante surge para o movimento negro como um resgate da
culturados ancestraise da estética.Simboliza,politicamente, a resistência cultural dos descendentes dos africanos
escravizadosemseuscostumes originais. Como forma de valorização da história, cultura e estética africana e afro-
brasileira,ousodoturbante é uma maneirade empoderarasmulheresnegras e apresentar outras belezas que não
as que a moda impõe como ideal e torna por vitimizar.
Para os seguidores das religiões de matriz africana, o turbante é usado para proteger o “ori”, que significa
cabeça, na língua yorubá. Além do significado religioso, o ornamento ganha cada vez mais espaço nas ruas como
forma de reconhecimento da cultura negra ou como um simples acessório – quando usado sem conhecimento de
causa – , apresentando-se em diferentes tipos de tecidos, estampas e amarrações.
(...)
“O turbante trata-se de um símbolo de resistência do povo negro [luta, empoderamento, identidade e
especialmente ancestralidade], sobretudo para as mulheres negras e a medida em que esse sujeitx conhe ce sua
históriae o real significadodessesímbolo,omesmotransforma-se emalgo para além de um pano florido e ou mais
um item da moda, que a mídia e o sistema capitalista tentam pregar, mas não é isso. Inclusive essas concepções
equivocadas, servem para demonstrar o racismo e a falta de compreensão sobre as religiões afro presente na
sociedade,noqual oturbante sempre foi associadoàcoisasnegativase olharesatravessados, “escuramente” visível
no momento em que uma mulher negra usa-o, sendo imediatamente tida como “macumbeira” e ou também
“exótica”, enquanto a mulher branca ao usar essa ferramenta de empoderamento negro, é elogiada tida como
“cool”, “trend”,“style”.Percebemos ai a seletividade nas percepções acerca do turbante, usá-lo nessa sociedade
padrão e eurocêntrica,e logoracista, é umaforma de lutar e resistirtodososdias,para uma conscientização racial e
ancestral de um povoque tanto influencioue influenciatodososespaçosda sociedade,maisé muitoinvisibilizada e
criminalizada, sofrendo preconceitos de várias formas”.
Há séculosa culturaeuropeiae seupadrãoestéticoocidental e brancoé dominante e impostonomundoem
que vivemos.Issofazcomque haja umeternoprocessode embranquecimento, elitização e exclusão dos costumes
originaisde umasociedade. A amarração de um pano na cabeça que sua empregada fazia não parecia interessante
até sair – na cabeça de uma branca – numa revista. Essa mesma exclusão vem quando a tradição se torna uma
tendência da moda, ou seja, um bem de consumo caro e de acesso restrito.
7. Não é o ato de usarum turbante que ofende x negrx, mas sim usar sem ter consciência de seu valor para as
comunidades tradicionais. Tente perceber a diferença entre um branco e um negro usar turbante. Os olhares são
outros porque quando usado pelo protagonista daquela tradição, o símbolo ganha outro significado: se torna
político, de resistência e empoderamento.
Na internet, hastags como #meuturbanteminhaacoroa vem tomando espaços importantes para o
empoderamentoatravésdessarepresentatividade.Oobjetivoé mostrarprincipalmente para as mulheres o poder e
a política através do uso do turbante, afastando qualquer possibilidade de opressão e inviabilização.
(...)
“O empoderamento é um processo individual, coletivo, longo e também doloroso. Não encerra em uma
“transição”,ouemusar turbante,ououvirrap, porexemplo. Émaisprofundo,vai naraiz da nossahistóriaenquanto
mulheres negras, enquanto povo preto. É um processo de re(ex)istência e resiliência e requer sim ajuda em seu
processode libertação.Éa partirdaí que compreendemos o nosso papel enquanto sujeitx político na história, pois
“nossos passos vêm de longe”, a luta é nossa constante e o empoderamento sem conhecimento é vazio”.
(...)
“É assimque a apropriaçãoacontece,tornando uma cultura combativa em algo que não incomode o status quo”. E
essaapropriaçãotemsidofeitaa séculos,desde osambaaté os dias de hoje com turbantes, tirando a visibilidade e
protagonismo dxs pretxs e quando temos poder sobre esse protagonismo, somos chamadas de “metidas””.
Camila Fortes
Bibliografia
http://www.uel.br/grupo-
estudo/processoscivilizadores/portugues/sitesanais/anais9/artigos/mesa_redonda/art3.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura
https://medium.com/@suzanejardim/m%C3%A1-que-diabos-%C3%A9-apropria%C3%A7%C3%A3o-cultural-
b0920fda1ad0#.9o8vrm7aw
http://nabuska.blogspot.com.br/2012/12/aculturacao-e-assimilacao.html
http://colunastortas.com.br/2013/11/04/o-processo-civilizador-norbert-elias-uma-resenha/
http://entrecultura.com.br/2016/08/11/resistencia-politica-e-elegancia-o-empoderamento-atraves-do-turbante/
http://azmina.com.br/2016/04/apropriacao-cultural-e-um-problema-do-sistema-nao-de-individuos/
Video:
https://www.youtube.com/watch?v=bFwJkIO-CwU
Leiturascomplementares:
http://www.geledes.org.br/hoje-em-dia-tudo-e-apropriacao-cultural/#gs.jb8Wqvc
http://esquerdaonline.com.br/2017/02/13/para-alem-da-aparencia-apropriacao-cultural-no-capitalismo/
http://www.diariodaregiao.com.br/cultura/turbante-%C3%A9-s%C3%ADmbolo-de-resist%C3%AAncia-da-mulher-
negra-1.359598
http://blogueirasnegras.org/2017/01/17/pessoas-brancas-nem-tudo-e-sobre-voces/
8. Contraponto
https://www.youtube.com/watch?v=iRfzwpQiVRU
https://www.youtube.com/watch?v=Z6Hktho5PCI
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2631
https://www.youtube.com/watch?annotation_id=annotation_750189109&feature=iv&src_vid=iRfzwpQiVRU&v=j2c
oKbrjCCg
O mais novo delírio totalitário dos progressistas: a “apropriação cultural”
O episódio a seguir aconteceu no início de fevereiro e fez muito burburinho nas redes sociais.
A jovem Thauane Cordeiro estava em uma estação de ônibus em Curitiba. Ela usava um turbante,
pois estava com a cabeça raspada por sofrer de leucemia mieloide aguda. Thauane é branca caucasiana.
Thauane percebeu que estava sendo encarada, com ares de desaprovação, por duas jovens negras. Ambas
finalmente se aproximaram de Thauane e lhe deram uma reprimenda: sendo Thauane branca, ela não tinha o
direito de usar um turbante, pois tal adereço é típico da "cultura afro", podendo ser usado apenas por negros.
Ao usar um turbante, Thauane, que é branca, estava praticando uma violenta "apropriação cultural".
Thauane, indignada, apenas respondeu: "Tá vendo essa careca? Isso se chama câncer, então eu uso o que eu
quero! Adeus." Ato contínuo, Thauane foi relatar sua experiência em sua página no Facebook. Aí todo o
inferno progressista se insurgiu. Mesmo tendo usado o turbante por causa de uma doença, os "justiceiros
sociais" repreenderam Thauane, dizendo que "câncer não é desculpa para se apropriar da cultura negra".
Antes de prosseguirmos, uma palavra sobre turbantes.
Os turbantes foram criados muito provavelmente pelos mesopotâmicos e foram utilizados por
diversos povos diferentes pelos séculos. Persas, árabes, judeus, hindus, indianos, gregos, povos das
Américas, todos usaram turbantes de várias maneiras e bem antes da era cristã. O turbante, inclusive, já foi
símbolo de status social e poder econômico e político em alguns povos, inclusive africanos. Aliás, esse
também é o caso das tranças e dreadlocks.
Turbantes também já foram utilizados por pintores e artistas para proteger os cabelos das tintas e pó
de mármore, fizeram parte da indumentária de homens e mulheres europeus durante o período medieval,
foram utilizados por Maria Antonieta como peça de moda, e, finalmente, renasceram quando Paris já era
considerada a capital mundial da moda no século XX com o estilista francês Paul Poiret na década de 1920.
Turbantes também foram muito utilizados pelas mulheres europeias durante a Segunda Guerra Mundial para
esconder os cabelos mal cuidados devido às condições de vida precárias da época.
No Brasil, ao contrário do que se possa pensar, o turbante chegou com os primeiros europeus que
vieram desbravar o território, não com os negros africanos. Há relatos de que viraram moda no país com a
chegada da família real, em 1808, visto que a rainha Carlota Joaquina e outras damas da corte
desembarcaram usando turbantes para disfarçar a peste de piolhos que acometeu os tripulantes durante a
viagem.
Ou seja, essa postura não mascara apenas o racismo dos progressistas (quem diria?), mas também sua
enorme ignorância.
A definição de apropriação cultural
Segundo o politicamente correto, 'apropriação cultural' é a adoção de alguns elementos específicos de
uma cultura por um grupo cultural diferente. Quando brancos utilizam adereços ou emulam comportamentos
que são "típicos da cultura afro", isso representa uma intolerável forma de aculturação de "uma cultura
minoritária por uma cultura dominante".
E isso é "extremamente ofensivo".
9. Consequentemente, quando a cantora Anitta apareceu no programa Altas Horas utilizando um
simples dreadlocks no cabelo, ela foi acusada de "apropriação cultural". Na edição de 2016 do Baile da
Vogue, a África foi o tema. Sabrina Sato, Adriane Galisteu, Eliana, Mariana Weickert, Luiza Possi e outras
celebridades compareceram ao evento vestidas a caráter, com trajes inspirados na cultura negra. Os
justiceiros sociais prontamente as acusaram de uma insensível "apropriação cultural". O estilista Marc
Jacobs colocou duas modelos brancas desfilando com dreadlocks coloridos. Foi trucidado na internet por sua
"ofensa".
Os justiceiros sociais já até criaram um manual do tipo "pode e não pode", definindo ao mundo o que
eles toleram e o que eles consideram ofensivo. Confira aqui.
Por último, este trecho diz tudo o que você precisa saber sobre o ideário deste movimento:
O sistema global hoje só existe e se sustenta porque fazemos parte de um mundo em que exclusão,
segregação, racismo e elitismo são características mantidas e propagadas. Não se pode ver a apropriação
de culturas marginalizadas com bons olhos, porque quem marginaliza é o mesmo que se apropria, é algo
muito mais amplo que mera globalização, é um processo para manutenção das mazelas.
Apropriação cultural é, na realidade, um elogio
O interessante é que, quando as paixões e cegueiras ideológicas são deixadas de lado e a realidade é
abracada, a apropriação cultural passa a ser vista como uma forma de elogio e, por que não?, até mesmo de
amor.
Quando uma bela mulher branca, de origem bávara, se veste como uma dançarina de salsa, ou
quando um grupo de estudantes asiáticos se veste como os Jackson Five, há apenas coisas positivas
acontecendo. A dançarina de salsa se vestiu assim porque ela vê a beleza da cultura, das vestes e das pessoas
a elas associadas. Ela adora e admira essa cultura a tal ponto que ela está disposta a gastar seu próprio
dinheiro para incorporá-la, nem que seja por apenas uma noite. Já os garotos asiáticos claramente não apenas
conhecem o famoso grupo negro americano, como também foram impactados pelo seu talento, estilo e
cultura.
Igualmente, quando mulheres brancas utilizam dreads ou turbantes, isso nada mais é que uma
demonstração de admiração e respeito por estes itens. Quem iria utilizá-los caso os considerassem feios ou
mesmo ridículos?
É por isso que a apropriação cultural, longe de ser uma violência, é um gesto de amor da própria
humanidade. É o exato oposto da discriminação, do racismo e do isolacionismo.
Só que, infelizmente, à medida que nossa cultura vai se tornando cada vez mais politicamente correta e
censora de demonstrações "ofensivas" de imitações culturais, a diversidade deixou de ser vista como
expressões de cooperação humanística e passou a ser visa como uma forma de opressão direta.
No linguajar do politicamente correto, aquela vestimenta da dançarina de salsa é insensível aos
sofrimentos das mulheres hispânicas que tiveram de se submeter ao patriarcado. Já a imitação dos Jackson
Five supostamente ignoraria a "exploração capitalista", feita pela indústria musical, dos artistas negros
durante o movimento dos direitos civis dos negros na década de 1950. Essa é a narrativa mais comum que
você vai ouvir dos progressistas nas universidades e nos blogs.
Muitos consideram essa censura politicamente correta apenas algo irritante, e dão de ombros. Mas
não. É muito pior que irritante: é ultrajante. Afinal, quem os progressistas pensam que são para estipular
quem pode e quem não pode expressar sua admiração por outra cultura? Quem eles pensam que são ao
alegarem possuir um direito exclusivo sobre uma determinada cultura? Em suma, quem eles pensam que são
para fazer um microgerenciamento das identidades e estipular quais tipos de comportamentos pacíficos são
toleráveis e quais não são?
Não deixa de ser irônico notar que, ao agirem assim, os progressistas estão na prática defendendo o
segregacionismo e a intolerância. Em sua tentativa de abolir aquilo que eles estipularam ser uma
problemática apropriação cultural, o efeito prático é o de retroceder as interações humanas, fazendo com que
as relações étnicas se tornem menos harmoniosas.
Os progressistas, em suma, defendem o retrocesso.
Aquilo que nos separa
Houve uma época em que um homem branco vestido de sheik árabe ou um homem negro vestido de
irlandês tocador de gaita era visto com entusiasmo e interesse. Ali estava um exemplo de interação étnica
pacífica. Hoje, no entanto, há uma turba pronta para ameaçá-los, xingá-los de fanáticos racistas e exigir
reparações. Basicamente, a turba está dizendo: "Vocês são diferentes e deveriam se manter assim. Cada um
na sua tribo!"
10. Quem realmente é o racista?
Mais ainda: como exatamente esse comportamento ajuda no avanço das igualdades raciais e das
relações pacíficas?
A verdade é que esses progressistas desprezam a hipótese de haver um mercado livre e natural de
associações e inclusões voluntárias. Eles querem ditatorialmente estar no comando das relações humanas. Já
era assim na economia; agora querem interferir também nas relações humanas espontâneas e voluntárias.
Conclusão
Um mundo sem apropriação cultural é um mundo sem aprendizado, emulação, aspiração, celebração
e progresso. É um mundo congelado e sombrio, marcado pelo isolamento, pelo ressentimento e pela
desconfiança. É o genuíno retrocesso.
A cultura é espontânea, e a expressão dela também deve ser. Garotas brancas que quiserem usar um
"cabelo afro" devem ser livres para tal. Garotas negras que quiserem tingir os cabelos de louro não devem se
sentir intimidadas e molestadas. Qual é exatamente o problema de celebridades negras se vestirem de
cowboys e celebridades brancas se vestirem de índio em uma festa?
Sua vida não tem de estar nas mãos de planejadores sociais. Sua vida não tem de estar à disposição
de causas políticas e politicamente corretas. Sua vida não existe para ser manipulada nem por planejadores
centrais, nem por governos, nem por justiceiros sociais. Sua vida existe para que você busque seus próprios
interesses, descobrindo aquilo que o faz mais feliz. Eventuais acusações de racismo ou degeneração que se
danem.