1. DIFICULDADE, DEFICIÊNCIA OU
TRANSTORNO?
Andréia Santos da Costa Ferrão
Pedagoga – Educação Especial
Especialista em Psicopedagogia e Atendimento
Educacional Especializado
Professora de Sala Multimeios – PMF
3. “Para que se constitua uma situação de
aprendizagem necessitamos de um
ensinante e
de um aprendente que estabeleçam uma
relação em função de outra relação de
ambos
com um terceiro: o conhecimento”.
FERNÁNDEZ, 1994
4. DIFICULDADE
Aquilo que é difícil, que nos faz
parar, que representa um
obstáculo, um aperto, um embaraço.
O transtorno é neurológico a
dificuldade não.
5. ●
Problemas anteriores à vida escolar;
●
Problemas na proposta pedagógica ou
métodos inadequados;
●
Capacitação do professor;
●
Estímulos inadequados ou falta de;
●
Problemas emocionais ou familiares;
●
Dificuldades nos processos de
pensamento;
●
Dificuldades nas atitudes de trabalho;
●
Dificuldade numa área específica.
6. TRANSTORNOS
É um conjunto de sinais ou sintomas que
provocam uma série de perturbações no
aprender da criança, interferindo no
processo de aquisição e manutenção de
informações de uma forma acentuada. O
transtorno corresponde a uma inabilidade
específica em uma das áreas como a leitura,
a escrita, a matemática, em indivíduos
considerados capazes intelectualmente.
7. DISLEXIA
Transtorno da Leitura – dificuldade
específica em compreender as palavras
escritas. Não é uma patologia, mas uma forma
de processamento no cérebro na área visual
que envolve o RECONHECIMENTO,
REPRODUÇÃO, IDENTIFICAÇÃO, ASSOCIAÇÃO,
ORDENAÇÃO DOS SONS, FORMAS DAS LETRAS
E ORGANIZAÇÃO CORRETA.
EFEITOS DA DISTORÇÃO: www.dislexiadeleitura.com.br
8. O diagnóstico da Dislexia é de exclusão e
deve ser feito por equipe multidisciplinar,
formada por psicólogo, fonoaudiólogo e
psicopedagogo. Quando é necessário
encaminhar para neurologista,
oftalmologista, geneticista para determinar
se existem outros fatores associados que
possam estar comprometendo o processo de
aprendizagem.
9.
10. DISGRAFIA OU DISORTOGRAFIA
Transtorno da Escrita – ortografia e
caligrafia geralmente combinado à
dificuldade em compor textos escritos
por apresentar erros de gramática,
pontuação, má organização dos
parágrafos, múltiplos erros
ortográficos e caligrafia disforme.
11. DISCALCULIA
Transtorno da matemática – inabilidade em
adquirir conceitos matemáticos e a utilizá-los na
vida diária.
●
Números invertidos;
●
Inabilidade para somas simples;
●
Dificuldade para ler multidígitos;
●
Dificuldade em realizar transporte;
●
Ordenação e espaçamento inapropriado na
multiplicação e divisão.
13. TDAHI
Transtorno do Déficit de Atenção com ou
sem Hiperatividade/Impulsividade
Sintomas específicos como tendência à
distração, desorganização, dificuldade de
dar seguimento a tarefas e impulsividade
podem impedir as pessoas com TDAHI de
aprender ou usar habilidades de
enfrentamento eficazes.
14. CARACTERÍSTICAS DO
FUNCIONAMENTO:
• Desempenho escolar comprometido;
• Habilidades deficientes de estudo;
• Entorno desorganizado;
• Falta de atenção às explicações;
• Agitação que atrapalha e compromete;
• Falam sem permissão;
• Irritabilidade quando confrontado;
• Descuido nas tarefas;
• Mexe-se constantemente.
15.
16. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Os deficientes intelectuais apresentam
limitações funcionais cognitivas em
consequência de prejuízos nos sistemas
básicos de retirada e retenção de
informações: PERCEPÇÃO, MOTRICIDADE,
MEMÓRIA, mobilização eficaz das
capacidades cognitivas, tendo em vista a
resolução de problemas.
17. CARACTERÍSTICAS DO
FUNCIONAMENTO INTELECTUAL
Possui um ritmo mais lento no desenvolvimento
de suas estruturas intelectuais, podendo não
finalizar o desenvolvimento destas;
Os mecanismos de equilibração são os mesmos
(assimilação e acomodação) – apresentam um
falso equilíbrio ou viscosidade genética;
Permanência ou fixação temporária ou definitiva
no estádio pré-operatório.
18. Dificuldade de representação – pensamento
abstrato
Dificuldade em conservar esquemas sem
mediação
Distinguir fatores cognitivos dos emocionais
O apoio cognitivo deve estar no ambiente
19. APRENDIZAGEM E
PARTICIPAÇÃO DE TODOS
Planejar e prever estratégias de recursos e
apoio;
Variação dos métodos de ensino;
Rotina;
Participação de todos nas atividades.
20. ESTRATÉGIAS
●
Ambiente facilitador;
●
Conhecer o estilo de aprendizagem de cada aluno;
●
A informação deve ser clara e objetiva – evitar
redundâncias;
●
Rotina constante e previsível – regras claramente
estabelecidas;
●
Estimulação multisensorial;
●
Introduzir novidades e proporcionar desafios –
sem improvisações;
●
Ouvir as sugestões dos alunos sobre como as
coisas poderiam ser mais fáceis;
●
21. ●
Projeto conjunto – trabalho colaborativo;
●
Estabelecer pequenas metas;
●
Flexibilização;
●
Cuidar o nível de exigência respeitando a
individualidade;
●
Fornecer feedback consistente e imediato;
●
Potencializar as capacidades e minimizar as
dificuldades;
●
Avaliar o aluno por seu progresso individual e não
comparando-o ao grupo;
●
Variação não é do conteúdo é da atividade;
●
Utilizar material concreto como apoio;
22. ●
Partir do simples para o complexo - etapas;
●
Possibilitar práticas para operacionalizar o
que aprenderam em diversas situações e
contextos – funcionalidade;
●
Aprendizagem deve ser significativa,
ninguém aprende por mera repetição;
●
Incentivar, elogiar, provocar o pensamento.
23. “Quando o diamante e o carvão, salvos
da ilusão em que vivem, descobrirem
que, em realidade, um não é mais do
que o outro, pois são a mesma coisa –
carbono – então deixará de existir a
injustiça do primeiro contra o
segundo e a revolta deste contra
aquele”.(Hermógenes, s.d., p.16)