3. • Diante do Sinédrio, Estevão prossegue
sua fala inspirada. Chama-os à reflexão,
fala do que lhes é mais sagrado e
precioso, a Lei Mosaica e os profetas,
dando, porém, a correta interpretação.
A pergunta nos chama a refletir em
nossa conduta hoje.
• Queremos paz?
• Por que, então, incentivamos a revolta?
Contexto
5. 873. O sentimento da justiça está na Natureza,
ou é resultado de ideias adquiridas?
“Está de tal modo na Natureza, que vos revoltais à simples ideia
de uma injustiça. É fora de dúvida que o progresso moral
desenvolve esse sentimento, mas não o dá. Deus o pôs no
coração do homem. Daí vem que, frequentemente, em homens
simples e incultos se vos deparam noções mais exatas da
justiça do que nos que possuem grande cabedal de saber.”
Livro dos Espíritos
6. 874. Sendo a justiça uma lei da Natureza, como se explica que os
homens a entendam de modos tão diferentes,
considerando uns justo o que a outros parece injusto?
“É porque a esse sentimento se misturam paixões que o alteram,
como sucede à maior parte dos outros sentimentos naturais,
fazendo que os homens vejam as coisas por um prisma falso.”
875. Como se pode definir a justiça?
“A justiça consiste em cada um respeitar
os direitos dos demais.”
Livro dos Espíritos
7. Justiça
Revoltar-se diante de uma injustiça é algo natural ao homem,
porém, ensinam-nos os espíritos o que é a verdadeira justiça,
permeando-a pelo Lei da Caridade, que é fazer ao outro o que
gostaríamos que fizessem conosco, só assim, estaremos aptos a
respeitar o direito que o outro tem.
8. Aceitação para alcançar a paz
• “Rebeldia complica os melhores planos da vida.
Revolta é atraso lastimável em qualquer organização.
• Acolhe as tuas dificuldades quando não consigas
extingui-las, sanando-as, pouco a pouco, sob o esforço
de tua energia serena.
• Não fujas à luta que a vida te propõe, na intimidade de
ti mesmo e, atendendo ao trabalho do dia-a-dia, a fim
de superá-la, conserva a certeza de que é pelas tuas
próprias prestações de serviço ao bem comum que a
bênção da vitória te marcará.”
• Emmanuel – livro Inspiração
10. Paz
Estevão sabia que a revolta promove guerras e discussões e que
jamais levará o homem aos caminhos da paz. Aprendera isto
com o Cristo, que preferiu a cruz a se revoltar diante da decisão
do Sinédrio. Também Estevão partiria sereno para a Pátria
Espiritual. São espíritos que nos vem ensinar a frearmos as
nossas paixões e a canalizarmos nosso vigor para soluções
pacíficas, respeitando o livre-arbítrio de cada um.
11. Cultiva a paz - Emmanuel
• “Em verdade, há muitos desesperados na vida humana.
Mas quantos se apegam, voluptuosamente, à própria
desesperação? quantos revoltados fogem à luz da
paciência? quantos criminosos choram de dor por lhes ser
impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes
escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?
• Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível
trabalhe intensamente no mundo intimo, cessando as vozes
da inadaptação à Vontade Divina e evitando as
manifestações de desarmonia, perante as leis eternas.
• Todos rogam a paz no planeta atormentado de horríveis
discórdias, mas raros se fazem dignos dela.”
12. Cultiva a paz - Emmanuel
• “Exigem que a tranquilidade resida no mesmo apartamento
onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a
esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé
lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária
preparação espiritual.
• Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz
legítima é realização muito distante.
• Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito
devem anteceder o benefício.
• Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no
bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem
iluminação do raciocínio. ”
13. Cultiva a paz - Emmanuel
• “Antes da sublime edificação,
poderão registrar os mais belos
discursos, vislumbrar as mais altas
perspectivas do plano superior,
conviver com os grandes apóstolos da
Causa da Redenção, mas poderão
igualmente viver longe da harmonia
interior, que constitui a fonte divina e
inesgotável da verdadeira felicidade,
porque se o homem ouve a lição da
paz cristã, sem o propósito firme de
se lhe afeiçoar, é da própria
recomendação do Senhor que esse
bem celestial volte ao núcleo de
origem, como intransferível conquista
de cada um.”
15. Lição Final
A pergunta de Estevão dirigida ao Sinédrio causou alarde.
Queremos a paz, porém, incentivamos a revolta, assim como o faziam
os fariseus de outrora, hoje, somos agentes do mundo que nos cerca.
Se observarmos as pessoas de bem que já habitaram este planeta,
perceberemos que o seu trabalho consistia em incentivar o bem,
em trabalhar pela paz. Se algo estava errado,
toda a sua energia voltava-se para as coisas positivas
que poderiam amenizar e concertar o erro.
Eis o convite, se queremos a paz,
devemos trabalhar por ela, a começar em mim...