Este documento fornece uma introdução aos principais conceitos relacionados com cores digitais, incluindo modelos de cores como RGB, CMYK e HSV. Explica como as cores são representadas e processadas em diferentes dispositivos como monitores, impressoras e sistemas de televisão.
Apresentação referente a uma Planificação da disciplina de Técnicas de Multimédia do Curso Profissional de nível secundário de Técnico de Multimédia (CPTM) enquadrada na u.c. de Didáctica Informática II do Mestrado em Ensino de Informática da Universidade de Lisboa (IE - UL).
Apresentação referente a uma Planificação da disciplina de Técnicas de Multimédia do Curso Profissional de nível secundário de Técnico de Multimédia (CPTM) enquadrada na u.c. de Didáctica Informática II do Mestrado em Ensino de Informática da Universidade de Lisboa (IE - UL).
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Aplicaçoes unidade 4
1. Agrupamento Escolas Nuno Álvares
Aplicações Informáticas B
Unidade 4:
“Utilização do Sistema Multimédia”
Professor: Adelino Domingos
Elaborado por: Eliana nº9 e Miguel Reis nº23
Ano letivo de 2013/2014
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Índice
Índice ....................................................................................................................................... 2
Teoria da cor .......................................................................................................................... 3
Modelos de representação de cores ............................................................................... 4
Modelo RGB ........................................................................................................................... 5
Resolução e tamanho.......................................................................................................... 5
Profundidade da cor ............................................................................................................ 6
Indexação da cor .................................................................................................................. 6
Paleta de cores ..................................................................................................................... 6
Complementaridade de cores ........................................................................................... 7
Modelo CMYK ........................................................................................................................ 7
Modelo HSV ........................................................................................................................... 8
Modelo YUV ........................................................................................................................... 9
Cores em HTML .................................................................................................................. 10
Formatos de ficheiros de imagem ................................................................................. 10
Bibliografia ........................................................................................................................... 12
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Teoria da cor
Através do sentido de visão do ser humano é possível ter uma perceção da luz emitida,
refletida e difundida por objetos. A esta perceção damos o nome de cor, que será
consequentemente um atributo desses mesmos objetos.
Vários fatores interferem com a qualidade da cor que pressentimos, como por exemplo
as fontes que emitem a luz, a reflexão dessa mesma luz na superfície, as características
sensoriais do ser humano e os dispositivos que a emitem. Diz-se que há inexistência de
cor quando não há nenhuma fonte de luz, pois nada se vê.
Um objeto terá certa cor se não absorver os raios correspondentes à frequência daquela
cor. Assim, um objeto será azul se absorver os comprimentos de onda não azuis, isto é,
se refletir os comprimentos de onda correspondentes à cor azul.
Considerando as cores como luz, a cor branca resulta da sobreposição de todas as cores,
enquanto o preto é a ausência de luz. Uma luz branca pode ser decomposta em todas as
cores (o espectro da luz visível) por meio de um prisma. Na natureza, esta
decomposição origina, por exemplo, um arco-íris.
A luz que é emitida possui uma serie de ondas eletromagnéticas com diversos
comprimentos de onda. São estes comprimentos de onda que vão formar o espectro de
luz sensível ao ser humano. Os nossos olhos apenas captam a radiação visível, porém
existem outras radiações que constituem o espectro eletromagnético, tais como as ondas
rádio, as micro-ondas, as infravermelhas, as ultravioletas, os raio-X e os raios gamas.
*A luz visível situa-se entre os 380 e os 780 nm
A interação das cores é, depois de emitida, captada pela iris e projetada depois na retina.
Os olhos tornam-se assim os sensores de toda a visão.
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A visão divide-se em dois tipos:
Visão escotópica- Esta é assegurada por um tipo de bastonetes que existem na
retina. As bastonetes são sensíveis à alteração de luminosidade mas não aos
comprimentos da onda de luz visível, o que quer dizer que não detetam a cor
mas sim a luminosidade.
A visão fotópica – esta é assegurada por 3 tipos diferentes de cones existentes
na retina. Estes já são sensíveis ao comprimento da onda e portanto à cor.
Como os bastonetes e os cones são dois tipos de sensores diferentes que apreendem a
intensidade da luz e as diferenças de cor, é usual associá-los, respetivamente, aos
conceitos de luminância e crominância. Estes conceitos estão, por sua vez, relacionados
com as diferentes formas de representar as cores:
Luminância é uma medida que descreve a quantidade de luz que atravessa ou é
emitida de uma superfície em questão, e decai segundo um ângulo sólido.
Crominância, é um dos dois elementos que formam um sinal de vídeo, junto
com a luminância. A crominância refere-se ao valor das cores, enquanto a
luminância se refere às luzes (branco e preto). Os diferentes sistemas de difusão
de vídeo (NTSC, PAL, etc) permitem misturar ou enviar por separados ambos os
elementos.
Modelos de representação de cores
Existem dois modelos principais de representação de cor: o aditivo e o subtrativo.
Modelo aditivo – a ausência de luz representa-se pela cor preta enquanto que as
restantes (vermelha, verde e azul) indicam a presença de luz. A combinação
destas 3 cores origina a cor branca.
Este modelo explica a mistura dos comprimentos de onda de qualquer luz emitida. Os
monitores e televisores utilizam este modelo (modelo RGB) para representar a cor.
Modelo subtrativo – a combinação das 3 cores primárias origina tons mais escuros,
porque são absorvidos mais comprimentos de onda, subtraindo-os à luz. A
ausência de cor origina o branco e significa que nenhum comprimento de onda é
absorvido, mas sim refletido.
Assim se explica a mistura de pinturas e tintas para criarem cores que absorvem alguns
comprimentos de onda da luz e refletem outros. Deste modo, a cor de um objeto é
resultado da luz emitida por ele e que os olhos recebem. Este modelo (modelo CMYK)
é usado por impressoras e plotters.
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Aplicações do modelo aditivo e modelo subtrativo
Modelo RGB
Este modelo enquadra-se no modelo de visão aditivo e neste as cores têm origem através da
combinação das 3 cores primárias (que não derivam da existência de outras cores): vermelho
(Red), verde (Green) e azul (Blue).
As cores, num sistema digital, são representadas por valores numéricos: decimal, de 0 a 1;
inteiro, de 0 a 255; percentual de 0% a 100% e hexadecimal de 00 a FF.
O seguinte cubo é utilizado para representar o modelo de cores RGB. Para definir as cores são
utilizadas coordenadas cartesianas que variam em números decimais. Como o Modelo RGB é
aditivo, no cubo aparecem representada as cores primárias. O Branco representa a combinação
dessas mesmas cores, o preto a sua ausência total.
A emissão de cores no modelo RPG está associada à emissão de luz através de equipamentos
tais como monitores, ecrã de computador e televisão.
Resolução e tamanho
Uma imagem digital é constituída por pixéis. O pixel é a unidade elementar do brilho e cor que
constituem uma imagem.Deste modo podemos definir a resolução de uma imagem como a
quantidade de informação que esta contém por unidade de comprimento, ou seja o número de
pixéis existentes por polegada.
O nível de resolução de uma imagem permite-nos ter noção do nível do seu detalhe assim como
definir quais são os seus requisitos de armazenamento. Deste modo podemos afirmar que
quanto maior é a resolução de uma imagem maior é o tamanho do seu ficheiro para
armazenamento.
Os pixéis estão codificados de acordo com o brilho e cor que representam. Isto faz com que o
número de bits varie de acordo com o número de cores, tons cinza e brilho para uma
determinada imagem.
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Profundidade da cor
A profundidade de cor indica o número de bits usados para representar a cor de um
único pixel numa imagem bitmap; este valor é conhecido por bits por pixel. Quanto
maior a quantidade da profundidade da cor presente na imagem, maior é a escala de
cores disponível.
A profundidade de cor das imagens varia com o número de cores presentes na imagem.
No modelo RGB, com a profundidade de 24 bits existe a possibilidade de escolher 16,7
milhões de combinações de cor. Embora o olho humano não possa identificar estes 16,7
milhões de cores, este número de combinações permite variações ténues que dão a
impressão de imagens com aspetos muito reais.
Com uma profundidade de 32 bits, apenas são endereçadas 65 536 cores. Este é um
modo gráfico especial usado pelo vídeo digital, animação e jogos para levar a cabo
certos efeitos.
Indexação da cor
A indexação da cor é a representação das cores dos pixéis numa tabela, onde se designam cores
indexadas porque a sua referência é feita por números, organizados num índice que depois são
usados pelo computador para identificar cada cor.
A indexação de cores faz com que aconteça uma redução no tamanho dos ficheiros de imagens.
Há 256 cores indexadas. Quanto mais cores existem num ficheiro de imagem maior ele se torna,
por isso uma fotografia, que geralmente utiliza muitas cores torna-se um ficheiro grande.
Paleta de cores
A paleta de cores também pode ser designada por mada cor; índice de cor; tabela de cores e
tabela indexada. Serve para denominar todos os subconjuntos de cores suportado pelo sistema
gráfico de um computador.Cada cor da paleta é identificada por um número (índice). O uso
destas paletas permite diminuir o tamanho dos ficheiros de imagem, porque só são armazenadas
as cores usadas.
Exemplo de uma tabela de cores
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Complementaridade de cores
Uma cor complementar de uma determinada cor primária é a cor que se encontra
quando é feita uma rotação de 180 graus num anel de cor. No modelo RGB, estas
cores complementares são também chamadas cores secundárias ou cores primárias de
impressão. Em termos técnicos, as cores secundárias ou complementares de um
modelo são cores que resultam da mistura de quantidades iguais de duas cores
primárias adjacentes.
Cores primárias do modelo RGB e as suas complementares
Modelo CMYK
O Modelo CMYK é um modelo subtrativo, segundo o qual, as cores resultam da
combinação das três cores primárias: ciano (Cyan), magenta (Magenta) e amarelo
(Yellow). A cor preta (BlacK) foi adicionada ao modelo por ser mais fácil a sua
obtenção quando impressa.
O modelo de cor CMYK é chamado de modelo subtrativo porque cria cores absorvendo
luz.O modelo CMYK é utilizado em impressoras e fotocopiadoras, onde há uma
sobreposição de camadas de tinta das suas cores primárias.
Nota: as cores primárias do modelo CMYK são as cores secundárias do modelo RGB e
as cores primárias de RGB são as cores secundárias de CMY.
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Modelo HSV
O modelo HSV (Hue, Saturation e Value) baseia-se na perceção humana da cor segundo
os artistas plásticos, de modo a obter várias cores, que resultam da combinação de
tonalidades com elementos de brilho e de saturação.
A tonalidade (hue) - ou matiz é a cor pura com saturação e luminosidade máximas.
Esta permite fazer a distinção das várias cores puras e exprime-se num valor angular
entre 0 e 360 graus.
A saturação (saturation) - indica a maior ou menor intensidade da tonalidade. Uma
cor saturada ou pura não contém a cor preta nem a branca. A saturação é utilizada para
descrever quão viva ou pura é a cor e em termos técnicos representa a quantidade de
cinzas numa cor. Exprime-se num valor percentual entre 0 (inexistência de cor) e 100%
(cor saturada ou pura).
O valor (Value) traduz a luminosidade ou o brilho de uma cor, isto é, se uma cor é mais
clara ou mais escura. Em termos técnicos, esta grandeza indica a quantidade de preto
associado à cor e exprime-se num valor percentual entre 0 (cor é muito escura ou preta)
e 100% (cor saturada ou pura).
Modelo HSV
A tonalidade e a saturação são elementos de crominância pois fornecem a informação
relativa à cor, enquanto a perceção da luminosidade (luz refletida) e do brilho (luz
emitida) são elementos de luminância.
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Modelo YUV
O modelo YUV, ao contrário dos outros modelos, tem em conta a característica que a
visão humana é mais sensível às mudanças de intensidade da luz (Luminância) do que
da cor (Crominância).
Este modelo foi criado a par do desenvolvimento da transmissão de sinais de cor de
televisão, poispermite transmitir componentes de cor em menos tempo do que seria
necessário se fosse utilizado o modelo RGB e também permite transmitir imagens a
preto e branco e de cor de forma independente.
O modelo YUV guarda a informação de luminância separada da informação da cor, o
que não acontece nos outros modelos.Com este modelo, é possível representar uma
imagem a preto e branco usando apenas a luminância e reduzindo a informação que
seria necessário no outro modelo.
O modelo YUV é adequado às televisões a cores, porque permite enviar a informação
da cor separada da informação de luminância e também é adequada para sinais de vídeo,
porque permite uma boa compressão dos dados, já que alguma informação de
crominância pode ser retirada sem implicar muitas perdas na qualidade da imagem.
O modelo YUV é utilizado pelos sistemas de televisão europeu PAL e na compressão
dos formatos JPEG/MPEG.
Utilização de vários modelos de cor por diferentes equipamentos
e a necessidade das respetivas conversões
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Cores em HTML
As cores presentes em páginas Web utilizam normalmente o modelo RGB.
Os primeiros monitores apenas permitiam uma paleta limitada de 256 cores RGB.
Atualmente, com o aparecimento de monitores e placas gráficas que proporcionam uma
profundidade de 24 bits, o uso de mais de 156 cores não é problema para umcomputador
com capacidade para processar este número de cores.
No entanto existem outros dispositivos que permitem visualizar documentos em HTML,
mas cuja capacidade cromática é ainda limitada, é o caso dos telemóveis. Assim, no
desenvolvimento de páginas web é recomendável utilizar um conjunto de 216 cores,
pois são uma paleta de cores seguras que podem ser visualizadas corretamente em
qualquer sistema.
Para criar uma paleta com as 216 cores seguras é preciso combinar vermelho, verde e
azul com apenas os 6 códigos hexadecimais.
Formatos de ficheiros de imagem
Existem vários formatos para guardar os ficheiros de imagens e os vários programas
devem ser capazes de ler e guardar nesses formatos. Apesar de geralmente se guardar no
formato que é apresentado pelo programa, é preciso conhecer os vários formatos e saber
qual deles é o melhor a usar, bem como saber qual é o software mais adequado.
Os programas de computador que trabalham com imagens estão divididos em 2 categorias:
programas bitmap (imagem) e programas vetoriais (gráficos ou desenho). O formato
bitmap é baseado num mapa de bits e o formato vetorial baseia-se em fórmulas
matemáticas.
Tipos de formatos para imagens bitmap
BMP (bitmap)
O BMP é um formato muito popular, devido ao programa de pintura do Windows, o
Paint. É o formato mais comum e não inclui compressão.
GIF (Graphics Interchenge Format)
O GIF é um formato com compressão sem perdas, o que significa que não perde a qualidade
quando é alterado o seu tamanho original. Este formato ocupa um pouco espaço no computador,
não suporta mais do que 256 cores e é lido por muitos programas. São usados no
desenvolvimento de páginas web, devido ao seu tamanho e particularidades como a
transparência e suporte universal nos browsers.
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Um ficheiro GIF pode ser animado quando é composto por várias imagens (frames) que
carregam com um certo movimento. Uma imagem entrelaçada (Interlace) no formato GIF é
visualizada no browser com uma resolução crescente à medida que vai sendo carregada.
JPEG (Joint Photographic Experts Group)
A extensão JPEG; JPG ou JFIF (JPEG File Interchange Format) é um formato muito popular
para compressão de imagens, mas esta tem perdas, o que leva à diminuiçãoda qualidade de
imagem. A compressão neste formato elimina informações irrelevantes, como a repetição da
mesma cor em pontos adjacentes ou de cores semelhantes não diferenciadas a olho nu. Contudo,
pode-se escolher compressões menores para atenuar a perda de qualidade.
PCX (PC Paintbrush)
O formato PCX é um formato bitmap antigo criado para o programa Paint-brush da Microsoft.
Ele continua a ser usado pelas aplicações da Zsoft, e pode ser lido por vários programas.
PDF(Portable Document Format)
O formato PDF é um formato criado com o programa Adobe Acrobat, para converter e
comprimir documentos de texto e imagens, apenas para leitura, quando têm de ser enviados para
outro computador. É necessário que o outro computador tenha instalado o Adobe Reader ou
outro programa que possa ler este formato.
PNG (Portable Network Graphics)
O formato PNG é um formato com compressão sem perdas, que suporta uma profundidade de
cor até 48 bits, mas não comporta animação.
TIFF (Tagged Image File Format)
O formato TIFF é um formato sem compressão muito usado em programas bitmapde pintura e
edição de imagem e com software de digitalização. É o maior em tamanho e o melhor em
qualidade de imagem. É ideal para o tratamento da imagem antes de esta ser convertida para
qualquer outro formato.
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Bibliografia
Dalila Fonseca, Deolinda Pacheco, Fernando Marques, Ricardo Soares, Porto Editora,
Aplicações informáticas B – 12ºano, 2010, Porto.
http://pardalsbloog.blogspot.pt/2012/03/formatos-para-imagens-bitmap.html
http://www.slideshare.net/AnaJoanaAIB/modelos-de-cor-7056052
http://dfmesteves.blogspot.pt/2012/11/modelo-cmyk.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/RGB
http://pt.wikipedia.org/wiki/CMYK
http://unidade4multimedia.blogspot.pt/2011/02/o-que-e-crominancia-e-luminancia.html
http://solangesach.blogspot.pt/2010/04/o-modelo-da-cor-cmyk-caracterizacao-do.html
http://esam-ai-12h.blogspot.pt/
http://pmpsintra.blogspot.pt/search/label/cor