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UFMG 2010
 2a Etapa corrigida e comentada




     Professor   Rodrigo Penna
     www.fisicanovestibular.com.br




                                     1
© Professor Rodrigo Penna - 2010

                          COMENTÁRIOS
      As alterações ocorridas na 1a Etapa do vestibular, em 2008, não ocasionaram
mudanças na 2a Etapa. O vestibular da UFMG continuou com questões interessantes,
bem feitas e com vários itens. E envolvendo um grau de complexidade maior como era
de se esperar de uma prova da 2a Etapa. Ficou muito mais difícil para nós, professores,
chutarmos o que virá na 2a etapa. Veja que neste ano nada foi repetido em relação ao
passado. A não ser o Modelo de Bohr, porém em uma questão muito diferente!
      Permaneço com a opinião de que um aluno preparado para a 1a não está,
necessariamente, bem preparado para a 2a. São dois estilos distintos, que merecem ser
trabalhados.
      Cabe dizer que ao corrigir e comentar as provas meu objetivo não é apresentar
um padrão de respostas das questões. Antes e pelo contrário, trabalho com a
hipótese de que um aluno que consulta este material está interessado em aprender, e eu
em ensinar. Por isto, sou muito prolixo na explicação de cada questão, abordo muitas
vezes mais de uma alternativa de resolução, faço links com a internet, enfim, evito
simplesmente resolver cada questão. Outros sites, de pré-vestibular, por exemplo,
fazem isto.
      Um aluno que deseja conhecer o padrão de respostas esperado pela banca da
UFMG, inclusive com estatísticas de erros e de acertos, deve procurar em uma boa
biblioteca a coleção de correções das provas da própria UFMG, de todas as disciplinas
e que é editada e vendida anualmente. Por sinal, as de 2008 e 2009 atrasaram e ainda
não consegui comprar! Acumulou agora com a de 2010!
      As mesmas questões resolvidas são encontradas em meu site, separadas por
assunto. Neste caso, o estudante terá uma série de questões resolvidas e comentadas
sobre o mesmo tema.
      Faço questão absoluta de lembrar que apesar da internet, dos recursos
multimídia, da melhora na qualidade dos livros didáticos, da competência e capacitação
contínua dos professores, ainda não inventaram nada melhor para aprender do que
ESTUDAR. E noto que, infelizmente, boa parte dos alunos o faz cada vez menos! Aí não
tem salvação!



                             Professor Rodrigo Penna                     (10/03/2010)

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© Professor Rodrigo Penna – UFMG 2010, 2a ETAPA
           CORREÇÃO DA PROVA DA UFMG/2010 2a Etapa
1.   (UFMG/2010) O Manual do Usuário de um automóvel contém estas informações:
     • a distância entre os eixos das rodas é de 2,5 m; e
     • 60% do peso do veículo está concentrado sobre as rodas dianteiras e 40%, sobre as rodas
     traseiras.

1. Considerando essas informações, CALCULE a distância horizontal entre o eixo da roda dianteira e o
centro de gravidade desse automóvel.

2. Durante uma arrancada, a roda desse automóvel pode deslizar sobre o solo.
   Considerando a situação descrita e as informações do Manual, RESPONDA:
   Esse tipo de deslizamento ocorre mais facilmente se o automóvel tiver tração nas rodas dianteiras
   ou nas rodas traseiras?
   JUSTIFIQUE sua resposta.


                                           CORREÇÃO

      A grande área da Mecânica (1º ano), subdividida em dois de seus itens: Equilíbrio de
um corpo extenso (Momento de uma força) e Atrito (Leis de Newton).
      Como envolve as forças, é sempre recomendável começar fazendo um esquema, como
o seguinte.
                                                               2,5 m
       O Peso é aplicado
no chamado Centro de
Gravidade. Para um carro
de motor dianteiro, o
modelo mais comum, este
está      deslocado  para     Normaltras                            C.G.        Normaldiant
frente. As Normais nas             0,4 P
rodas equilibram (FRes=0)         (40%)                   2,5 – x                       0,6 P
                                                                       x
o peso. Mas, não são                                                                   (60%)
iguais...                                       Apoio
                                                                      Peso
      Quem compreende
bem o conceito de
Momento            (“giro”)
consegue solucionar o problema, facilmente, de cabeça. Se 3/5 (60%) do peso estão na
dianteira, e a distância entre os eixos é de 2,5 m (÷ 5 = 0,5 m), então 3/5 da distância, ou
seja, 1,5 m estão para a parte traseira. Para frente, sobra 1,0 m. Afinal, grosso modo,
Momento = Força x Distância .Pronto!

       Resolvendo detalhada e matematicamente, para que o carro fique em Equilíbrio, além
de obedecer à 1ª Lei de Newton (FRes=0 ⇒ P = Nd + Nt), o Momento Resultante deve ser
igual a zero. Ou, o giro no sentido horário deve ser igual ao giro no sentido anti-horário.
       Como temos que escolher um ponto de apoio, tomemos a roda traseira, por exemplo.
Poderíamos escolher o centro de gravidade, também... Veja no esquema que, assim, o Peso
tende a girar no sentido horário e a normal dianteira no anti-horário. Igualando os momentos
em relação à roda traseira: F1.d1= F2.d2 (Obs: não precisamos do seno pois as forças estão
perpendiculares ao braço de alavanca e sem 90º = 1). Escolhendo o apoio na traseira, o
momento da normal traseira vai a zero: distância ao apoio zero. Escolhido o Centro de
Gravidade, anularíamos o momento do peso pelo mesmo motivo.

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      Por fim, como já notei que nestes problemas os alunos, às vezes, erram as distâncias,
note que o peso está a uma distância (2,5 – x) da roda traseira e a normal dianteira está a 2,5
m! Fazendo as contas:

 P .(2,5 − x ) = 0,6 P .2,5 ⇒ x = 2,5 − 1,5 = 1,0 m .
      Lembre-se: caminhões têm mais rodas atrás. Porque o peso é concentrado na traseira,
ao contrário deste carro.



        Quanto ao deslizamento eventual da roda, convém primeiro lembrar detalhadamente.
Ilustrei uma arrancada.

      É a força de atrito, Fat, entre o pneu e
o asfalto, que empurra o carro para frente.
Deslizar sobre o solo significa derrapar.
Neste caso, passa-se do atrito estático
para     o   chamado       atrito    cinético.
Certamente a correção vai exigir este
comentário. A força máxima de atrito, limite
a partir do qual ocorre a derrapagem, é a
chamada Força de Atrito Estático Máxima,
cuja relação é: FMáx = μe . N .
                                                              Fat
        Conhecendo esta relação, vemos que
o atrito depende da normal e do material dos pneus (μe = coeficiente de atrito estático, que
varia com o material).
        Como, de acordo com os dados, a normal na traseira, onde há menos peso, é menor, o
atrito na traseira será menor e o carro de tração traseira derrapará, assim, mais
facilmente.
        Por isto pneus são tão importantes na Fórmula 1! O atrito...




2.   (UFMG/2010) Duas esferas – R e S – estão
     penduradas por fios de mesmo comprimento.
Inicialmente, a esfera S está na posição de equilíbrio e o
fio da esfera R faz um ângulo de 60° com a vertical, como
mostrado na figura ao lado.
Em seguida, a esfera R é solta, colide com a esfera S e
retorna a um ponto em que seu fio faz um ângulo de 45°
com a vertical.
Analisando a situação descrita, RESPONDA:
A) Logo após a colisão, qual das duas esferas – R ou S –
tem mais energia cinética?
JUSTIFIQUE sua resposta.

B) Logo após a colisão, o módulo da quantidade de
movimento da esfera R é menor, igual ou maior que o
da esfera S?
JUSTIFIQUE sua resposta.

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                                           CORREÇÃO

        Este problema sobre Colisões, no qual aplicaremos as Leis da Conservação, deve ter
dado trabalho aos alunos. Foge do comum...
        Vamos analisar a estória contada. A esfera R desce, bate na outra e volta. Subentende-
se que a outra se moveu, também, após o choque.
        Em termos de Energia Mecânica, podemos comparar o quanto a esfera R tinha antes e
depois do choque. Como subiu só até 45º, terá menos... Trata-se de um problema muito
conceitual, embora tenhamos que calcular. Isto porque não sabemos nem a massa (de R ou de
S) nem o quanto S se move após o choque, para calcularmos quanto energia foi transferida a
ela... Esqueminha de sempre.

       Antes do choque, R tinha
energia     potencial    gravitacional,                                            l cos θ
mgh, representada pela altura h1.                                            do lado = adjacente
Após o choque, a altura é menor, h2.                         45º
       Usando trigonometria básica,                                 l
podemos calcular não a energia
potencial    gravitacional,   que    é
diretamente proporcional à altura,                                            h1
                                                                        h2
mas qual fração da altura foi perdida.
E, a altura h pode ser calculada pela
diferença entre o comprimento total
do fio  l e o co-seno do ângulo.
Estes, dados na primeira página da prova. Se bem que são ângulos notáveis.
h1 = l − l cos 60º = l − 0,5 l = 0,50 l
h1 = l − l cos 45º = l − 0,707 l = 0, 29 l
0, 29 l
        = 0,58 = 58%
0,50 l
     Pelos cálculos, restaram 58% da altura e da energia gravitacional. Logo, perdeu-se 42%,
ou menos da metade.

       Não sabemos se o choque foi perfeitamente elástico (toda energia perdida por R
transferida a S), mas nem vem ao caso. Considerando que toda energia mecânica perdida
por R fosse para S (42%), a primeira ainda teria mais energia (58%). E, ainda, como a
energia potencial gravitacional que R adquire na volta, após o choque, vem da energia
cinética (da velocidade) que ela tinha imediatamente após o choque (na subida ela perde
velocidade e ganha altura), podemos afirmar que logo após o choque a energia cinética
de R é maior.



     Para responder ao segundo questionamento, usaremos a Quantidade de Movimento.
Na colisão, só atua a força de interação entre as bolinhas, interna, e esta se conserva:
Q final = Qinicial             Q = mv , grandeza vetorial, como se vê. Representação:
                     . Sendo

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                ANTES DO CHOQUE                         APÓS O CHOQUE
                         QR                      Q 'R                           Q 'S
                    R               S                    R               S

                               vS = QS = 0


                        QTotal                                QTotal
        Antes, S estava parada (vS=0) e R em movimento. A quantidade de movimento total
QTotal era a de R. Após o choque, R volta, necessariamente com uma quantidade de movimento
Q’R. Logo, para que QTotal se conserve S deve ter uma quantidade de movimento Q’S maior
que a de R ao final.
        O aluno confunde esta questão demais. Energia Cinética EC=mv2/2 e Q = mv. Muitos
não entendem como uma pode ter maior energia cinética ( α v2 ) e menor quantidade de
movimento ( α v ) na volta. O que é matematicamente possível. Veja: 22=4>3, mas 2<3.




3.   (UFMG/2010) Uma máquina térmica é
     constituída de um cilindro, cheio de gás,
     que tem um êmbolo móvel. Durante o
     funcionamento dessa máquina, o gás é
     submetido a um processo cíclico, que o
     leva de um estado K a outro estado L e,
     depois, de volta ao estado K e assim
     sucessivamente, como representado no
     diagrama pressão versus volume,
     mostrado na figura ao lado.

Considerando       essas     informações,
ESPONDA:
A) Em qual dos dois estados – K ou L – a
temperatura do gás é maior?
JUSTIFIQUE sua resposta.

B) Em um ciclo completo, em que o gás sai
do estado K e volta ao mesmo estado, essa máquina realiza trabalho líquido?
JUSTIFIQUE sua resposta.

C) Tendo-se em vista que se trata de um sistema ideal, é possível converter em trabalho todo o calor
fornecido a essa máquina?
JUSTIFIQUE sua resposta.


                                             CORREÇÃO

       A Termodinâmica. Envolve conhecimento, mas não achei esta tão complicada.

      Quanto ao item A, em qual estado (K ou L) a temperatura é maior, podemos justificar de
dois modos bem distintos. Escrevendo a famosa equação de Clapeyron, a “puta velha”...

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PV = nRT              . Dela, vemos que, se o número de mols n permanecer constante, o
que ocorre quando o gás (neste caso considerado ideal) está preso (confianado) na máquina,
dentro de um cilindro com êmbolo, e sendo R já é uma constante, então a Temperatura é
proporcional ao produto Pressão x Volume (T α P.V). No gráfico, observamos que para L
os valores da Pressão e do Volume são maiores do que em K. Veja...



                                       TK            TL > TK

                        PL > PK
                            PK




                                       VK           VL > VK

      No gráfico, como disse, em L os valores de P e V são maiores. Logo, em L a
temperatura é maior. Outra maneira pela qual gosto de visualizar é através das Isotermas,
hipérboles, curvas que neste caso mostram pontos de temperaturas constantes.
      Note que a isoterma de K é mais baixa que a de L, logo sua temperatura é menor.


       Quanto ao item B, vou argumentar pela área sob o
gráfico, conhecimento fundamental. Ela fornece o trabalho.
Durante a expansão, o gás realiza trabalho (positivo), e
durante a compressão trabalho é realizado sobre ele
(negativo). O chamado Trabalho Líquido é a diferença entre
estes dois, e é dado pela área dentro do círculo. Como se vê,
o trabalho positivo é maior que o negativo e há, portanto,
sim, trabalho líquido. O que significa que a máquina realmente
cumpriu seu papel: como num carro, por exemplo, moveu as
rodas.


Finalmente, em C, um dos enunciados da famosa e filosófica 2a Lei da Termodinâmica, diz
que não existe máquina térmica cujo rendimento seja de 100%. O que quer dizer que não é
possível converter em trabalho todo o calor...




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© Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA
4.   (UFMG/2010)    Na Figura I, está
     representada, em certo instante, a
     forma de uma onda que se propaga
     em uma corda muito comprida e, na
     Figura II, essa mesma onda 0,10 s
     depois. O ponto P da corda,
     mostrado em ambas as figuras,
     realiza um movimento harmônico
     simples na direção y e, entre os dois
     instantes de tempo representados,
     desloca-se em um único sentido.

1. Considerando essas informações,
RESPONDA:
Essa onda está se propagando no
sentido positivo ou negativo do eixo x?
JUSTIFIQUE sua resposta.

2.    Para    a   onda    representada,
DETERMINE
A) a frequência.
B) a velocidade de propagação.


                                             CORREÇÃO

       Típica de Ondas, talvez o primeiro item seja complicado...
       O segredo de 1 está no ponto “...P...desloca-se em um único sentido”. Veja a figura abaixo.

       Caso a onda se deslocasse para                                    Movimento
a direita (1,2,3), em um primeiro                                         da onda
                                                         1   2   3
momento (A) o ponto P desceria até
um vale, e só então subiria (B) até                                  A           B
atingir a crista, conforme a figura II.
Mas, aí, houve inversão no sentido
do seu movimento.

      Ao contrário, se o movimento
fosse para a esquerda (1,2,3), como
mostrei na figura II, o ponto P                                                              Movimento
apenas subiria até a crista (A), sem                                         3       2        da onda
                                                                                         1
inversão de movimento.                                                   A



      Portanto, o    sentido     do
movimento da onda é da direita para
a esquerda.



      Os outros dois itens são cálculos,
simples até...
      Em A, queremos calcular a frequência, definida como o número de ciclos realizados
pela onda num intervalo de tempo. Em Hertz, este tempo é de 1 segundo.


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      Vejamos quantos ciclos a onda se deslocou entre as duas figuras. Desenhei um ciclo
completo (comprimento de onda λ) , partido
em 4 pedaços.

      Entre as figuras I e II, a onda se deslocou,
conforme o esquema, ¼ de um ciclo em 0,10 s.

                                  5
       ciclos 1 / 4 1 10
 f =         =     = .   = 2,5 Hz                                                     λ
       tempo 1 s 4 1                          .
                    2
               10                                                         1/4   1/4       1/4   1/4



       Quanto à velocidade, B, como a onda não
muda de meio, sua velocidade é constante e
seu movimento Uniforme. Calculando e tirando
da figura a distância de 25 cm ou 0,25 m para
trás, quer dizer, - 0,25 m.

       d −0, 25m −25 10          m
v=       =        =    .  = −2,5                   .
       t   0,10 s   100 1        s
                             10


       Seria possível usar também v = λf, se quiséssemos.




5.   (UFMG/2010) Para testar as
     novidades que lhe foram
     ensinadas em uma aula de
     Ciências, Rafael faz algumas
     experiências,     a     seguir
     descritas. Inicialmente, ele
     esfrega um pente de plástico
     em um pedaço de flanela e
     pendura-o em um            fio
     isolante. Observa, então,
     que uma bolinha de isopor
     pendurada próxima ao pente
     é atraída por      ele, como
     mostrado na Figura I, ao
     lado.

EXPLIQUE por que, nesse caso, a bolinha de isopor é atraída pelo pente.




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© Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA
2. Em seguida, enquanto o pente ainda está
eletricamente carregado, Rafael envolve a bolinha
de isopor com uma gaiola metálica, como mostrado
na Figura II, ao lado, e observa o que acontece.

RESPONDA:
A bolinha de isopor continua sendo atraída pelo
pente?
JUSTIFIQUE sua resposta.




3. Para concluir, Rafael envolve o
pente, que continua eletricamente
carregado, com a gaiola metálica,
como mostrado na Figura III, ao
lado, e, novamente, observa o
que acontece.

RESPONDA:
Nessa situação, a bolinha de
isopor é atraída pelo pente?
JUSTIFIQUE sua resposta.




                                          CORREÇÃO

      ELETROSTÁTICA, sendo do tipo mais básico de questão. Recomendo a todos os
alunos assistirem aos filmes, disponíveis no YouTube, do autodenominado “Mago da Física”,
sobre os processos de eletrização. Que inclusive recomendo no meu site:
   • http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=K9J-2m8pqj4 ;
   • http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=i_z7o6NyHWA .

   Quanto à primeira pergunta, a mais simples, diria que será respondida pela maioria
corretamente. O pente foi eletrizado (carregado) por atrito. A carga elétrica do pente
polariza a bolinha de isopor, que é um dielétrico (sinônimo de isolante). Devido à
polarização, a bolinha, que embora a questão não diga estamos considerando neutra, é
atraída.

       Creio que ainda não ilustrei a polarização. Vou aproveitar...

       Primeiramente, e apenas como ilustração, vou supor que a carga adquirida pelo pente
no atrito seja positiva. No fundo, apenas como exemplo, tanto faz. O isopor, isolante, possuía
as moléculas organizadas em termos aleatórios, do ponto de vista elétrico, como tento mostrar
na figura abaixo.
                         www.fisicanovestibular.xpg.com.br                                 10
© Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA
       Ainda que as moléculas sejam apolares, com a aproximação do pente eletrizado, elas
irão se orientar, deslocando internamente a nuvem eletrônica conforme mostrado na figura
seguinte.
                                       Isopor antes




      Desta forma, aparece um saldo de cargas contrárias ao pente na extremidade voltada
para ele, que causa a atração. Costumamos frisar bastante, em aula, que corpos neutros
também podem ser atraídos, e explicar as razões.

                                            Isopor polarizado




                     ++
                     ++
                       +
                     +        Atrai!
                     ++
                      +




        No item 2, a coisa começa a complicar. Apesar do pente

                                                                          E =0
eletrizado, a bolinha está protegida em uma gaiola metálica!
Lembra muito a famosa gaiola de Faraday. A explicação mais + +
sofisticada do fenômeno chamado aliás “efeito de penetração”, ou  ++
skin effect, pode ser encontrada neste link:                        +
                                                                  +
http://en.wikipedia.org/wiki/Skin_effect . Mas, a explicação mais + +
comum é conhecida como blindagem eletrostática. O pente            +
carregado vai provocar uma distribuição de cargas na gaiola
condutora. Mas, o resultado final é que no interior da gaiola - CONDUTORA - o Campo
Elétrico se anula. E a bolinha, portanto, não será atraída.


                      www.fisicanovestibular.xpg.com.br                               11
© Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA
          Um exemplo seria você colocar seu celular dentro de um forno de microondas e fechar a
porta. Não é para ligá-lo, viu! O sinal cai bastante, talvez a zero! Outro caso típico é a estória
de se proteger de raios dentro de carros, metálicos. Veja um vídeo sobre isto:
 - http://higheredbcs.wiley.com/legacy/college/trefil/0471150584/demo_videos/realplayer_videos/pira_5b20.37_rc.rm .
          Recomendo o Real Player: http://www.baixaki.com.br/download/RealPlayer.htm .


       Por fim, também acho que provocará
muitos erros, o item 3. Com o pente                                        +
                                                                     +    –
eletrizado dentro da gaiola, condutora,                               –        – +
                                                               +                  – +
ocorrerá nesta a indução eletrostática. Veja                     –
ao lado. O pente positivo atrai elétrons para                   –           + +    –
a parte de dentro do condutor, e a                            + –           ++       +
superfície externa da gaiola fica positiva.                                   +    –
                                                              + –           +
Se a carga do pente fosse a contrária, bastaria                             ++     – +
mudar todos os sinais. Novamente, dentro da                   +              +
gaiola ocorre a blindagem e o Campo
Elétrico se anula. Mas, o fato é que a bolinha
– do lado de fora da gaiola – novamente se
polariza, e é de novo atraída.




6.   (UFMG/2010) O espectro de emissão de luz do átomo de hidrogênio é
     discreto, ou seja, são emitidas apenas ondas eletromagnéticas de
     determinadas frequências, que, por sua vez, fornecem informações sobre os
     níveis de energia desse átomo. Na figura ao lado, está representado o
     diagrama de níveis de energia do átomo de hidrogênio.

1. No século XIX, já se sabia que cada frequência do espectro de emissão do
hidrogênio é igual à soma ou à diferença de duas outras frequências desse
espectro.
EXPLIQUE por que isso ocorre.
E
2. Sabe-se que o espectro do átomo de hidrogênio contém as frequências
      14            14
2,7×10 Hz e 4,6×10 Hz. A partir desses dados, DETERMINE outra frequência
desse espectro que corresponde a uma luz emitida na região do visível.




                                                 CORREÇÃO

        Dentro da Física Moderna, o Modelo Atômico de Bohr, ou seja, questão das mais
tradicionais na própria UFMG. Mas, o jeito de perguntar, creio, vai dificultar...

       Segundo Bohr – veja na apostila que disponibilizo sobre Física Moderna – a energia de

um fóton emitido ou absorvido por um átomo é dada por
                                                                     E = hf
                                                                , onde este “E”, na verdade,
é a diferença de energia entre dois níveis. Gosto de simplificar a explicação adotando
números redondos para os valores da energia em cada nível. Observe.

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© Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA
      Escolhi, arbitrariamente, 6, 3 e 1 para os valores de
energia nos níveis do hidrogênio. Supondo transições entre o
3º e o 2º, o 3º e o 1º e entre o 2º e o 1º níveis,
respectivamente, os valores de energia dos fótons emitidos
seriam 3, 5 e 2 – note que cada um correspondendo a uma
                                                                  6
frequência de fóton. A equação de Planck,
                                                   E = hf   ,
                                                                         6–3=3
mostra relação direta entre energia e frequência. Veja os         3
valores – genéricos – de frequências emitidas: 3, 5 e 2.
       Logo, neste modelo atômico, é fácil perceber que                  6–1=5
5 = 3 + 2 ou 3 = 5 – 2, isto é, as frequências dos fótons                   3–1=2
emitidos ( e absorvidos) são iguais à somas ou diferenças
entre as outras frequências. Basicamente, é porque a
energia – ligada à freqüência – de cada fóton vem justamente      1
da diferença de energia entre dois níveis, segundo explicou
Bohr.


Quanto a determinar outra frequência do hidrogênio, sendo dadas duas, a terceira pode ser
justamente a soma das outras duas: f3 = (2,7+4,6).10 14 = 7,3.10 14 Hz. Porém, a questão
exige na região do visível.... Na primeira página da prova, tiramos esta informação.




       O visível vai de um comprimento de onda λ igual a 4,0 até 7,0.10 – 7 m. Calculando
facilmente as frequências pela equação de onda – da vaca – v = λf e usando a velocidade
da luz c, teremos:
         c               3.108
 f =         ⇒ f máx   =        = 0,75.108+7 = 7,5.1014 Hz
         λ               4.10−7
           3.108
         =        = 0, 428...108+7 = 4,3.1014 Hz
                                                                          .   Assim,   temos
 f mín
           7.10−7
certeza que o valor que encontramos na soma, f3 = (2,7+4,6).10 14 = 7,3.10 14 Hz, está sim,
dentro do espectro visível! Quem não comentar a questão do visível certamente perderá
pontos.

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  • 1. UFMG 2010 2a Etapa corrigida e comentada Professor Rodrigo Penna www.fisicanovestibular.com.br 1
  • 2. © Professor Rodrigo Penna - 2010 COMENTÁRIOS As alterações ocorridas na 1a Etapa do vestibular, em 2008, não ocasionaram mudanças na 2a Etapa. O vestibular da UFMG continuou com questões interessantes, bem feitas e com vários itens. E envolvendo um grau de complexidade maior como era de se esperar de uma prova da 2a Etapa. Ficou muito mais difícil para nós, professores, chutarmos o que virá na 2a etapa. Veja que neste ano nada foi repetido em relação ao passado. A não ser o Modelo de Bohr, porém em uma questão muito diferente! Permaneço com a opinião de que um aluno preparado para a 1a não está, necessariamente, bem preparado para a 2a. São dois estilos distintos, que merecem ser trabalhados. Cabe dizer que ao corrigir e comentar as provas meu objetivo não é apresentar um padrão de respostas das questões. Antes e pelo contrário, trabalho com a hipótese de que um aluno que consulta este material está interessado em aprender, e eu em ensinar. Por isto, sou muito prolixo na explicação de cada questão, abordo muitas vezes mais de uma alternativa de resolução, faço links com a internet, enfim, evito simplesmente resolver cada questão. Outros sites, de pré-vestibular, por exemplo, fazem isto. Um aluno que deseja conhecer o padrão de respostas esperado pela banca da UFMG, inclusive com estatísticas de erros e de acertos, deve procurar em uma boa biblioteca a coleção de correções das provas da própria UFMG, de todas as disciplinas e que é editada e vendida anualmente. Por sinal, as de 2008 e 2009 atrasaram e ainda não consegui comprar! Acumulou agora com a de 2010! As mesmas questões resolvidas são encontradas em meu site, separadas por assunto. Neste caso, o estudante terá uma série de questões resolvidas e comentadas sobre o mesmo tema. Faço questão absoluta de lembrar que apesar da internet, dos recursos multimídia, da melhora na qualidade dos livros didáticos, da competência e capacitação contínua dos professores, ainda não inventaram nada melhor para aprender do que ESTUDAR. E noto que, infelizmente, boa parte dos alunos o faz cada vez menos! Aí não tem salvação! Professor Rodrigo Penna (10/03/2010) www.fisicanovestibular.com.br 2
  • 3. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2010, 2a ETAPA CORREÇÃO DA PROVA DA UFMG/2010 2a Etapa 1. (UFMG/2010) O Manual do Usuário de um automóvel contém estas informações: • a distância entre os eixos das rodas é de 2,5 m; e • 60% do peso do veículo está concentrado sobre as rodas dianteiras e 40%, sobre as rodas traseiras. 1. Considerando essas informações, CALCULE a distância horizontal entre o eixo da roda dianteira e o centro de gravidade desse automóvel. 2. Durante uma arrancada, a roda desse automóvel pode deslizar sobre o solo. Considerando a situação descrita e as informações do Manual, RESPONDA: Esse tipo de deslizamento ocorre mais facilmente se o automóvel tiver tração nas rodas dianteiras ou nas rodas traseiras? JUSTIFIQUE sua resposta. CORREÇÃO A grande área da Mecânica (1º ano), subdividida em dois de seus itens: Equilíbrio de um corpo extenso (Momento de uma força) e Atrito (Leis de Newton). Como envolve as forças, é sempre recomendável começar fazendo um esquema, como o seguinte. 2,5 m O Peso é aplicado no chamado Centro de Gravidade. Para um carro de motor dianteiro, o modelo mais comum, este está deslocado para Normaltras C.G. Normaldiant frente. As Normais nas 0,4 P rodas equilibram (FRes=0) (40%) 2,5 – x 0,6 P x o peso. Mas, não são (60%) iguais... Apoio Peso Quem compreende bem o conceito de Momento (“giro”) consegue solucionar o problema, facilmente, de cabeça. Se 3/5 (60%) do peso estão na dianteira, e a distância entre os eixos é de 2,5 m (÷ 5 = 0,5 m), então 3/5 da distância, ou seja, 1,5 m estão para a parte traseira. Para frente, sobra 1,0 m. Afinal, grosso modo, Momento = Força x Distância .Pronto! Resolvendo detalhada e matematicamente, para que o carro fique em Equilíbrio, além de obedecer à 1ª Lei de Newton (FRes=0 ⇒ P = Nd + Nt), o Momento Resultante deve ser igual a zero. Ou, o giro no sentido horário deve ser igual ao giro no sentido anti-horário. Como temos que escolher um ponto de apoio, tomemos a roda traseira, por exemplo. Poderíamos escolher o centro de gravidade, também... Veja no esquema que, assim, o Peso tende a girar no sentido horário e a normal dianteira no anti-horário. Igualando os momentos em relação à roda traseira: F1.d1= F2.d2 (Obs: não precisamos do seno pois as forças estão perpendiculares ao braço de alavanca e sem 90º = 1). Escolhendo o apoio na traseira, o momento da normal traseira vai a zero: distância ao apoio zero. Escolhido o Centro de Gravidade, anularíamos o momento do peso pelo mesmo motivo. www.fisicanovestibular.com.br 3
  • 4. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA Por fim, como já notei que nestes problemas os alunos, às vezes, erram as distâncias, note que o peso está a uma distância (2,5 – x) da roda traseira e a normal dianteira está a 2,5 m! Fazendo as contas: P .(2,5 − x ) = 0,6 P .2,5 ⇒ x = 2,5 − 1,5 = 1,0 m . Lembre-se: caminhões têm mais rodas atrás. Porque o peso é concentrado na traseira, ao contrário deste carro. Quanto ao deslizamento eventual da roda, convém primeiro lembrar detalhadamente. Ilustrei uma arrancada. É a força de atrito, Fat, entre o pneu e o asfalto, que empurra o carro para frente. Deslizar sobre o solo significa derrapar. Neste caso, passa-se do atrito estático para o chamado atrito cinético. Certamente a correção vai exigir este comentário. A força máxima de atrito, limite a partir do qual ocorre a derrapagem, é a chamada Força de Atrito Estático Máxima, cuja relação é: FMáx = μe . N . Fat Conhecendo esta relação, vemos que o atrito depende da normal e do material dos pneus (μe = coeficiente de atrito estático, que varia com o material). Como, de acordo com os dados, a normal na traseira, onde há menos peso, é menor, o atrito na traseira será menor e o carro de tração traseira derrapará, assim, mais facilmente. Por isto pneus são tão importantes na Fórmula 1! O atrito... 2. (UFMG/2010) Duas esferas – R e S – estão penduradas por fios de mesmo comprimento. Inicialmente, a esfera S está na posição de equilíbrio e o fio da esfera R faz um ângulo de 60° com a vertical, como mostrado na figura ao lado. Em seguida, a esfera R é solta, colide com a esfera S e retorna a um ponto em que seu fio faz um ângulo de 45° com a vertical. Analisando a situação descrita, RESPONDA: A) Logo após a colisão, qual das duas esferas – R ou S – tem mais energia cinética? JUSTIFIQUE sua resposta. B) Logo após a colisão, o módulo da quantidade de movimento da esfera R é menor, igual ou maior que o da esfera S? JUSTIFIQUE sua resposta. www.fisicanovestibular.xpg.com.br 4
  • 5. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA CORREÇÃO Este problema sobre Colisões, no qual aplicaremos as Leis da Conservação, deve ter dado trabalho aos alunos. Foge do comum... Vamos analisar a estória contada. A esfera R desce, bate na outra e volta. Subentende- se que a outra se moveu, também, após o choque. Em termos de Energia Mecânica, podemos comparar o quanto a esfera R tinha antes e depois do choque. Como subiu só até 45º, terá menos... Trata-se de um problema muito conceitual, embora tenhamos que calcular. Isto porque não sabemos nem a massa (de R ou de S) nem o quanto S se move após o choque, para calcularmos quanto energia foi transferida a ela... Esqueminha de sempre. Antes do choque, R tinha energia potencial gravitacional, l cos θ mgh, representada pela altura h1. do lado = adjacente Após o choque, a altura é menor, h2. 45º Usando trigonometria básica, l podemos calcular não a energia potencial gravitacional, que é diretamente proporcional à altura, h1 h2 mas qual fração da altura foi perdida. E, a altura h pode ser calculada pela diferença entre o comprimento total do fio l e o co-seno do ângulo. Estes, dados na primeira página da prova. Se bem que são ângulos notáveis. h1 = l − l cos 60º = l − 0,5 l = 0,50 l h1 = l − l cos 45º = l − 0,707 l = 0, 29 l 0, 29 l = 0,58 = 58% 0,50 l Pelos cálculos, restaram 58% da altura e da energia gravitacional. Logo, perdeu-se 42%, ou menos da metade. Não sabemos se o choque foi perfeitamente elástico (toda energia perdida por R transferida a S), mas nem vem ao caso. Considerando que toda energia mecânica perdida por R fosse para S (42%), a primeira ainda teria mais energia (58%). E, ainda, como a energia potencial gravitacional que R adquire na volta, após o choque, vem da energia cinética (da velocidade) que ela tinha imediatamente após o choque (na subida ela perde velocidade e ganha altura), podemos afirmar que logo após o choque a energia cinética de R é maior. Para responder ao segundo questionamento, usaremos a Quantidade de Movimento. Na colisão, só atua a força de interação entre as bolinhas, interna, e esta se conserva: Q final = Qinicial Q = mv , grandeza vetorial, como se vê. Representação: . Sendo www.fisicanovestibular.xpg.com.br 5
  • 6. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA ANTES DO CHOQUE APÓS O CHOQUE QR Q 'R Q 'S R S R S vS = QS = 0 QTotal QTotal Antes, S estava parada (vS=0) e R em movimento. A quantidade de movimento total QTotal era a de R. Após o choque, R volta, necessariamente com uma quantidade de movimento Q’R. Logo, para que QTotal se conserve S deve ter uma quantidade de movimento Q’S maior que a de R ao final. O aluno confunde esta questão demais. Energia Cinética EC=mv2/2 e Q = mv. Muitos não entendem como uma pode ter maior energia cinética ( α v2 ) e menor quantidade de movimento ( α v ) na volta. O que é matematicamente possível. Veja: 22=4>3, mas 2<3. 3. (UFMG/2010) Uma máquina térmica é constituída de um cilindro, cheio de gás, que tem um êmbolo móvel. Durante o funcionamento dessa máquina, o gás é submetido a um processo cíclico, que o leva de um estado K a outro estado L e, depois, de volta ao estado K e assim sucessivamente, como representado no diagrama pressão versus volume, mostrado na figura ao lado. Considerando essas informações, ESPONDA: A) Em qual dos dois estados – K ou L – a temperatura do gás é maior? JUSTIFIQUE sua resposta. B) Em um ciclo completo, em que o gás sai do estado K e volta ao mesmo estado, essa máquina realiza trabalho líquido? JUSTIFIQUE sua resposta. C) Tendo-se em vista que se trata de um sistema ideal, é possível converter em trabalho todo o calor fornecido a essa máquina? JUSTIFIQUE sua resposta. CORREÇÃO A Termodinâmica. Envolve conhecimento, mas não achei esta tão complicada. Quanto ao item A, em qual estado (K ou L) a temperatura é maior, podemos justificar de dois modos bem distintos. Escrevendo a famosa equação de Clapeyron, a “puta velha”... www.fisicanovestibular.xpg.com.br 6
  • 7. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA PV = nRT . Dela, vemos que, se o número de mols n permanecer constante, o que ocorre quando o gás (neste caso considerado ideal) está preso (confianado) na máquina, dentro de um cilindro com êmbolo, e sendo R já é uma constante, então a Temperatura é proporcional ao produto Pressão x Volume (T α P.V). No gráfico, observamos que para L os valores da Pressão e do Volume são maiores do que em K. Veja... TK TL > TK PL > PK PK VK VL > VK No gráfico, como disse, em L os valores de P e V são maiores. Logo, em L a temperatura é maior. Outra maneira pela qual gosto de visualizar é através das Isotermas, hipérboles, curvas que neste caso mostram pontos de temperaturas constantes. Note que a isoterma de K é mais baixa que a de L, logo sua temperatura é menor. Quanto ao item B, vou argumentar pela área sob o gráfico, conhecimento fundamental. Ela fornece o trabalho. Durante a expansão, o gás realiza trabalho (positivo), e durante a compressão trabalho é realizado sobre ele (negativo). O chamado Trabalho Líquido é a diferença entre estes dois, e é dado pela área dentro do círculo. Como se vê, o trabalho positivo é maior que o negativo e há, portanto, sim, trabalho líquido. O que significa que a máquina realmente cumpriu seu papel: como num carro, por exemplo, moveu as rodas. Finalmente, em C, um dos enunciados da famosa e filosófica 2a Lei da Termodinâmica, diz que não existe máquina térmica cujo rendimento seja de 100%. O que quer dizer que não é possível converter em trabalho todo o calor... www.fisicanovestibular.xpg.com.br 7
  • 8. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA 4. (UFMG/2010) Na Figura I, está representada, em certo instante, a forma de uma onda que se propaga em uma corda muito comprida e, na Figura II, essa mesma onda 0,10 s depois. O ponto P da corda, mostrado em ambas as figuras, realiza um movimento harmônico simples na direção y e, entre os dois instantes de tempo representados, desloca-se em um único sentido. 1. Considerando essas informações, RESPONDA: Essa onda está se propagando no sentido positivo ou negativo do eixo x? JUSTIFIQUE sua resposta. 2. Para a onda representada, DETERMINE A) a frequência. B) a velocidade de propagação. CORREÇÃO Típica de Ondas, talvez o primeiro item seja complicado... O segredo de 1 está no ponto “...P...desloca-se em um único sentido”. Veja a figura abaixo. Caso a onda se deslocasse para Movimento a direita (1,2,3), em um primeiro da onda 1 2 3 momento (A) o ponto P desceria até um vale, e só então subiria (B) até A B atingir a crista, conforme a figura II. Mas, aí, houve inversão no sentido do seu movimento. Ao contrário, se o movimento fosse para a esquerda (1,2,3), como mostrei na figura II, o ponto P Movimento apenas subiria até a crista (A), sem 3 2 da onda 1 inversão de movimento. A Portanto, o sentido do movimento da onda é da direita para a esquerda. Os outros dois itens são cálculos, simples até... Em A, queremos calcular a frequência, definida como o número de ciclos realizados pela onda num intervalo de tempo. Em Hertz, este tempo é de 1 segundo. www.fisicanovestibular.xpg.com.br 8
  • 9. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA Vejamos quantos ciclos a onda se deslocou entre as duas figuras. Desenhei um ciclo completo (comprimento de onda λ) , partido em 4 pedaços. Entre as figuras I e II, a onda se deslocou, conforme o esquema, ¼ de um ciclo em 0,10 s. 5 ciclos 1 / 4 1 10 f = = = . = 2,5 Hz λ tempo 1 s 4 1 . 2 10 1/4 1/4 1/4 1/4 Quanto à velocidade, B, como a onda não muda de meio, sua velocidade é constante e seu movimento Uniforme. Calculando e tirando da figura a distância de 25 cm ou 0,25 m para trás, quer dizer, - 0,25 m. d −0, 25m −25 10 m v= = = . = −2,5 . t 0,10 s 100 1 s 10 Seria possível usar também v = λf, se quiséssemos. 5. (UFMG/2010) Para testar as novidades que lhe foram ensinadas em uma aula de Ciências, Rafael faz algumas experiências, a seguir descritas. Inicialmente, ele esfrega um pente de plástico em um pedaço de flanela e pendura-o em um fio isolante. Observa, então, que uma bolinha de isopor pendurada próxima ao pente é atraída por ele, como mostrado na Figura I, ao lado. EXPLIQUE por que, nesse caso, a bolinha de isopor é atraída pelo pente. www.fisicanovestibular.xpg.com.br 9
  • 10. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA 2. Em seguida, enquanto o pente ainda está eletricamente carregado, Rafael envolve a bolinha de isopor com uma gaiola metálica, como mostrado na Figura II, ao lado, e observa o que acontece. RESPONDA: A bolinha de isopor continua sendo atraída pelo pente? JUSTIFIQUE sua resposta. 3. Para concluir, Rafael envolve o pente, que continua eletricamente carregado, com a gaiola metálica, como mostrado na Figura III, ao lado, e, novamente, observa o que acontece. RESPONDA: Nessa situação, a bolinha de isopor é atraída pelo pente? JUSTIFIQUE sua resposta. CORREÇÃO ELETROSTÁTICA, sendo do tipo mais básico de questão. Recomendo a todos os alunos assistirem aos filmes, disponíveis no YouTube, do autodenominado “Mago da Física”, sobre os processos de eletrização. Que inclusive recomendo no meu site: • http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=K9J-2m8pqj4 ; • http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=i_z7o6NyHWA . Quanto à primeira pergunta, a mais simples, diria que será respondida pela maioria corretamente. O pente foi eletrizado (carregado) por atrito. A carga elétrica do pente polariza a bolinha de isopor, que é um dielétrico (sinônimo de isolante). Devido à polarização, a bolinha, que embora a questão não diga estamos considerando neutra, é atraída. Creio que ainda não ilustrei a polarização. Vou aproveitar... Primeiramente, e apenas como ilustração, vou supor que a carga adquirida pelo pente no atrito seja positiva. No fundo, apenas como exemplo, tanto faz. O isopor, isolante, possuía as moléculas organizadas em termos aleatórios, do ponto de vista elétrico, como tento mostrar na figura abaixo. www.fisicanovestibular.xpg.com.br 10
  • 11. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA Ainda que as moléculas sejam apolares, com a aproximação do pente eletrizado, elas irão se orientar, deslocando internamente a nuvem eletrônica conforme mostrado na figura seguinte. Isopor antes Desta forma, aparece um saldo de cargas contrárias ao pente na extremidade voltada para ele, que causa a atração. Costumamos frisar bastante, em aula, que corpos neutros também podem ser atraídos, e explicar as razões. Isopor polarizado ++ ++ + + Atrai! ++ + No item 2, a coisa começa a complicar. Apesar do pente E =0 eletrizado, a bolinha está protegida em uma gaiola metálica! Lembra muito a famosa gaiola de Faraday. A explicação mais + + sofisticada do fenômeno chamado aliás “efeito de penetração”, ou ++ skin effect, pode ser encontrada neste link: + + http://en.wikipedia.org/wiki/Skin_effect . Mas, a explicação mais + + comum é conhecida como blindagem eletrostática. O pente + carregado vai provocar uma distribuição de cargas na gaiola condutora. Mas, o resultado final é que no interior da gaiola - CONDUTORA - o Campo Elétrico se anula. E a bolinha, portanto, não será atraída. www.fisicanovestibular.xpg.com.br 11
  • 12. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA Um exemplo seria você colocar seu celular dentro de um forno de microondas e fechar a porta. Não é para ligá-lo, viu! O sinal cai bastante, talvez a zero! Outro caso típico é a estória de se proteger de raios dentro de carros, metálicos. Veja um vídeo sobre isto: - http://higheredbcs.wiley.com/legacy/college/trefil/0471150584/demo_videos/realplayer_videos/pira_5b20.37_rc.rm . Recomendo o Real Player: http://www.baixaki.com.br/download/RealPlayer.htm . Por fim, também acho que provocará muitos erros, o item 3. Com o pente + + – eletrizado dentro da gaiola, condutora, – – + + – + ocorrerá nesta a indução eletrostática. Veja – ao lado. O pente positivo atrai elétrons para – + + – a parte de dentro do condutor, e a + – ++ + superfície externa da gaiola fica positiva. + – + – + Se a carga do pente fosse a contrária, bastaria ++ – + mudar todos os sinais. Novamente, dentro da + + gaiola ocorre a blindagem e o Campo Elétrico se anula. Mas, o fato é que a bolinha – do lado de fora da gaiola – novamente se polariza, e é de novo atraída. 6. (UFMG/2010) O espectro de emissão de luz do átomo de hidrogênio é discreto, ou seja, são emitidas apenas ondas eletromagnéticas de determinadas frequências, que, por sua vez, fornecem informações sobre os níveis de energia desse átomo. Na figura ao lado, está representado o diagrama de níveis de energia do átomo de hidrogênio. 1. No século XIX, já se sabia que cada frequência do espectro de emissão do hidrogênio é igual à soma ou à diferença de duas outras frequências desse espectro. EXPLIQUE por que isso ocorre. E 2. Sabe-se que o espectro do átomo de hidrogênio contém as frequências 14 14 2,7×10 Hz e 4,6×10 Hz. A partir desses dados, DETERMINE outra frequência desse espectro que corresponde a uma luz emitida na região do visível. CORREÇÃO Dentro da Física Moderna, o Modelo Atômico de Bohr, ou seja, questão das mais tradicionais na própria UFMG. Mas, o jeito de perguntar, creio, vai dificultar... Segundo Bohr – veja na apostila que disponibilizo sobre Física Moderna – a energia de um fóton emitido ou absorvido por um átomo é dada por E = hf , onde este “E”, na verdade, é a diferença de energia entre dois níveis. Gosto de simplificar a explicação adotando números redondos para os valores da energia em cada nível. Observe. www.fisicanovestibular.xpg.com.br 12
  • 13. © Professor Rodrigo Penna – UFMG 2008, 2a ETAPA Escolhi, arbitrariamente, 6, 3 e 1 para os valores de energia nos níveis do hidrogênio. Supondo transições entre o 3º e o 2º, o 3º e o 1º e entre o 2º e o 1º níveis, respectivamente, os valores de energia dos fótons emitidos seriam 3, 5 e 2 – note que cada um correspondendo a uma 6 frequência de fóton. A equação de Planck, E = hf , 6–3=3 mostra relação direta entre energia e frequência. Veja os 3 valores – genéricos – de frequências emitidas: 3, 5 e 2. Logo, neste modelo atômico, é fácil perceber que 6–1=5 5 = 3 + 2 ou 3 = 5 – 2, isto é, as frequências dos fótons 3–1=2 emitidos ( e absorvidos) são iguais à somas ou diferenças entre as outras frequências. Basicamente, é porque a energia – ligada à freqüência – de cada fóton vem justamente 1 da diferença de energia entre dois níveis, segundo explicou Bohr. Quanto a determinar outra frequência do hidrogênio, sendo dadas duas, a terceira pode ser justamente a soma das outras duas: f3 = (2,7+4,6).10 14 = 7,3.10 14 Hz. Porém, a questão exige na região do visível.... Na primeira página da prova, tiramos esta informação. O visível vai de um comprimento de onda λ igual a 4,0 até 7,0.10 – 7 m. Calculando facilmente as frequências pela equação de onda – da vaca – v = λf e usando a velocidade da luz c, teremos: c 3.108 f = ⇒ f máx = = 0,75.108+7 = 7,5.1014 Hz λ 4.10−7 3.108 = = 0, 428...108+7 = 4,3.1014 Hz . Assim, temos f mín 7.10−7 certeza que o valor que encontramos na soma, f3 = (2,7+4,6).10 14 = 7,3.10 14 Hz, está sim, dentro do espectro visível! Quem não comentar a questão do visível certamente perderá pontos. www.fisicanovestibular.xpg.com.br 13