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O RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO
DE PROGRAMAS SOCIAIS DO SESI
3.1.3 O uso da alimentação alternativa
e regionalizada
O RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE PROGRAMAS SOCIAIS DO SESI
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3.1.3 - O uso da alimentação alternativa e regionalizada
A alimentação, sendo uma das maiores preocupações do dia-a-dia das pessoas,
deve ser feita aproveitando tudo o que for possível do alimento, como cascas, folhas
e talos, que podem ser fonte de nutrientes fundamental para uma alimentação
equilibrada e adequada. Algumas doenças podem ser causadas por alimentação
inadequada ou insuficiente, tais como diabetes, anemia, desnutrição, falta de
vitaminas e minerais. A utilização máxima dos alimentos fornece incremento de
nutrientes que são indispensáveis para promover o crescimento (dentro e fora do
útero), aumentar a resistência às infecções, prevenir e curar a anemia nutricional,
diminuir diarréias, diminuir doenças respiratórias e manter a saúde.8
Um dos passos
para promover a utilização de todo o potencial dos alimentos é mudar a cultura, ou
seja, a visão de que talos, cascas ou sementes são partes descartáveis da
alimentação.
O panorama nutricional brasileiro mostra aproveitamento insuficiente do potencial
nutritivo dos alimentos: a fome é agravada pela ausência de iniciativas para uma
melhor utilização de fontes nutrientes disponíveis. Desperdiça-se a complementação
alimentar de baixo custo que pode ser encontrada em folhas de hortaliças,
vegetação espontânea, sementes e farelos produzidos no beneficiamento de
cereais, como arroz e trigo. É importante lembrar que se pode aproveitar toda a
potencialidade nutritiva dos alimentos por meio da combinação de variados
elementos, presentes em partes de alimentos que tradicionalmente não são
consumidas.
A utilização de alimentação alternativa, por meio de talos e folhas de hortaliças e
sementes para crianças, em creches e postos de saúde, proporciona a cicatrização
de lesões cutâneas, melhoria da visão e dos reflexos motores e psíquicos,
diminuição de diarréias e outros sintomas típicos da desnutrição, aumento da
capacidade de resposta a estímulos e redução de apatia e dificuldades de
aprendizado (Barker, 1998). O baixo custo desse tipo de iniciativa leva a outros
resultados positivos, uma vez que a alimentação alternativa passa a servir, também,
como instrumento de geração de renda, estimulando pequenos agricultores e
iniciativas comunitárias, como hortas e cooperativas.
O RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE PROGRAMAS SOCIAIS DO SESI
2
A alimentação alternativa possibilita o aproveitamento mais racional de recursos
naturais, ao eliminar o desperdício de alimentos (e partes de alimentos) com grande
poder nutritivo. A utilização de partes de alimentos, geralmente descartadas,
também valoriza aspectos da culinária brasileira popular, por possibilitar a
redescoberta de antigas receitas e a reavaliação de outras.
O Brasil é um país de grandes dimensões, com regiões famosas por sua diversidade
de recursos naturais. Muitos alimentos são tipicamente consumidos em apenas
algumas regiões. Alguns alimentos nutritivos e saborosos eram apreciados e faziam
parte das refeições das famílias, mas foram sendo esquecidos e substituídos por
produtos industrializados.
A história do Brasil, desde o início da colonização, traz em sua memória relatos da
cultura alimentar brasileira: sua cor, aroma e sabor. A singular culinária brasileira
incorpora a cultura original de populações indígenas, assim como um vasto número
de tradições, como a africana, portuguesa, espanhola, alemã, polonesa, francesa,
holandesa, libanesa, japonesa, entre outras. Muitos alimentos típicos da nossa terra
são bem conhecidos, como, por exemplo, a mandioca e a manga. No entanto,
existem muitos outros alimentos nutritivos e saborosos, que eram apreciados e
faziam parte das refeições familiares, mas que foram, aos poucos, sendo esquecidos
ou desvalorizados. Entre as principais razões do abandono gradual desses
alimentos, está o fato de as pessoas terem migrado para as cidades grandes,
passando a consumir quantidade maior de alimentos industrializados.
Um país com as dimensões continentais como o Brasil apresenta significativa
diversidade regional. Cada região possui hábitos alimentares próprios de sua cultura,
pratos típicos, que servem como marcadores da identidade regional. Assim, alguns
pratos costumam ser mais intimamente associados às suas regiões de origem e seus
habitantes, tais como o acarajé e o vatapá baianos, o tutu e o pão de queijo mineiros,
o tucupi e o tacacá do Norte, o churrasco gaúcho, e muitos outros.
Outros ainda são sazonais, isto é, dependem do período de produção de algum dos
elementos usados, é o caso do delicioso arroz com pequi, típico do Centro-Oeste.
Se alguns pratos regionais são famosos em todo o País, há outros que são quase
desconhecidos pelas demais regiões, muitas vezes pelo simples fato de que os
O RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE PROGRAMAS SOCIAIS DO SESI
3
ingredientes necessários são exclusivos do lugar de origem, mas também por
motivos de ordem cultural, que de- terminam certos hábitos alimentares, como a
maniçoba do Pará.
Segundo Baccarin (2005), atualmente, vários programas têm se pautado no
desenvolvimento de ações com vistas a resgatar e despertar o interesse da
população para a vasta quantidade de frutas, hortaliças, grãos, cereais,
leguminosos, oleaginosas, sementes, além de animais, como peixes, aves, entre
outros, presentes em todas as regiões do Brasil e típicos da nossa flora e fauna, de
forma a contribuir para melhoria da alimentação da população, preservando a
diversidade e os hábitos alimentares locais.
Além de proteção à saúde e prevenção de doenças, o clima do Brasil permite que
muitos desses alimentos sejam de fácil disponibilidade e que proporcionem
benefícios especiais para a população como um todo, especialmente as de pouco
poder aquisitivo. O conhecimento, a valorização, a produção e a utilização dos
alimentos regionais na comunidade encorajam o orgulho e a auto-suficiência desta,
colaborando para a melhoria da economia local e da qualidade de vida.
8 - BARKER, D. J. P. In utero programming of chronic disease. [s.I.]: Clinical Science, 1995.

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Alimentos regionalizados

  • 1. SESI - COZINHA BRASIL O RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE PROGRAMAS SOCIAIS DO SESI 3.1.3 O uso da alimentação alternativa e regionalizada
  • 2. O RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE PROGRAMAS SOCIAIS DO SESI 1 3.1.3 - O uso da alimentação alternativa e regionalizada A alimentação, sendo uma das maiores preocupações do dia-a-dia das pessoas, deve ser feita aproveitando tudo o que for possível do alimento, como cascas, folhas e talos, que podem ser fonte de nutrientes fundamental para uma alimentação equilibrada e adequada. Algumas doenças podem ser causadas por alimentação inadequada ou insuficiente, tais como diabetes, anemia, desnutrição, falta de vitaminas e minerais. A utilização máxima dos alimentos fornece incremento de nutrientes que são indispensáveis para promover o crescimento (dentro e fora do útero), aumentar a resistência às infecções, prevenir e curar a anemia nutricional, diminuir diarréias, diminuir doenças respiratórias e manter a saúde.8 Um dos passos para promover a utilização de todo o potencial dos alimentos é mudar a cultura, ou seja, a visão de que talos, cascas ou sementes são partes descartáveis da alimentação. O panorama nutricional brasileiro mostra aproveitamento insuficiente do potencial nutritivo dos alimentos: a fome é agravada pela ausência de iniciativas para uma melhor utilização de fontes nutrientes disponíveis. Desperdiça-se a complementação alimentar de baixo custo que pode ser encontrada em folhas de hortaliças, vegetação espontânea, sementes e farelos produzidos no beneficiamento de cereais, como arroz e trigo. É importante lembrar que se pode aproveitar toda a potencialidade nutritiva dos alimentos por meio da combinação de variados elementos, presentes em partes de alimentos que tradicionalmente não são consumidas. A utilização de alimentação alternativa, por meio de talos e folhas de hortaliças e sementes para crianças, em creches e postos de saúde, proporciona a cicatrização de lesões cutâneas, melhoria da visão e dos reflexos motores e psíquicos, diminuição de diarréias e outros sintomas típicos da desnutrição, aumento da capacidade de resposta a estímulos e redução de apatia e dificuldades de aprendizado (Barker, 1998). O baixo custo desse tipo de iniciativa leva a outros resultados positivos, uma vez que a alimentação alternativa passa a servir, também, como instrumento de geração de renda, estimulando pequenos agricultores e iniciativas comunitárias, como hortas e cooperativas.
  • 3. O RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE PROGRAMAS SOCIAIS DO SESI 2 A alimentação alternativa possibilita o aproveitamento mais racional de recursos naturais, ao eliminar o desperdício de alimentos (e partes de alimentos) com grande poder nutritivo. A utilização de partes de alimentos, geralmente descartadas, também valoriza aspectos da culinária brasileira popular, por possibilitar a redescoberta de antigas receitas e a reavaliação de outras. O Brasil é um país de grandes dimensões, com regiões famosas por sua diversidade de recursos naturais. Muitos alimentos são tipicamente consumidos em apenas algumas regiões. Alguns alimentos nutritivos e saborosos eram apreciados e faziam parte das refeições das famílias, mas foram sendo esquecidos e substituídos por produtos industrializados. A história do Brasil, desde o início da colonização, traz em sua memória relatos da cultura alimentar brasileira: sua cor, aroma e sabor. A singular culinária brasileira incorpora a cultura original de populações indígenas, assim como um vasto número de tradições, como a africana, portuguesa, espanhola, alemã, polonesa, francesa, holandesa, libanesa, japonesa, entre outras. Muitos alimentos típicos da nossa terra são bem conhecidos, como, por exemplo, a mandioca e a manga. No entanto, existem muitos outros alimentos nutritivos e saborosos, que eram apreciados e faziam parte das refeições familiares, mas que foram, aos poucos, sendo esquecidos ou desvalorizados. Entre as principais razões do abandono gradual desses alimentos, está o fato de as pessoas terem migrado para as cidades grandes, passando a consumir quantidade maior de alimentos industrializados. Um país com as dimensões continentais como o Brasil apresenta significativa diversidade regional. Cada região possui hábitos alimentares próprios de sua cultura, pratos típicos, que servem como marcadores da identidade regional. Assim, alguns pratos costumam ser mais intimamente associados às suas regiões de origem e seus habitantes, tais como o acarajé e o vatapá baianos, o tutu e o pão de queijo mineiros, o tucupi e o tacacá do Norte, o churrasco gaúcho, e muitos outros. Outros ainda são sazonais, isto é, dependem do período de produção de algum dos elementos usados, é o caso do delicioso arroz com pequi, típico do Centro-Oeste. Se alguns pratos regionais são famosos em todo o País, há outros que são quase desconhecidos pelas demais regiões, muitas vezes pelo simples fato de que os
  • 4. O RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE PROGRAMAS SOCIAIS DO SESI 3 ingredientes necessários são exclusivos do lugar de origem, mas também por motivos de ordem cultural, que de- terminam certos hábitos alimentares, como a maniçoba do Pará. Segundo Baccarin (2005), atualmente, vários programas têm se pautado no desenvolvimento de ações com vistas a resgatar e despertar o interesse da população para a vasta quantidade de frutas, hortaliças, grãos, cereais, leguminosos, oleaginosas, sementes, além de animais, como peixes, aves, entre outros, presentes em todas as regiões do Brasil e típicos da nossa flora e fauna, de forma a contribuir para melhoria da alimentação da população, preservando a diversidade e os hábitos alimentares locais. Além de proteção à saúde e prevenção de doenças, o clima do Brasil permite que muitos desses alimentos sejam de fácil disponibilidade e que proporcionem benefícios especiais para a população como um todo, especialmente as de pouco poder aquisitivo. O conhecimento, a valorização, a produção e a utilização dos alimentos regionais na comunidade encorajam o orgulho e a auto-suficiência desta, colaborando para a melhoria da economia local e da qualidade de vida. 8 - BARKER, D. J. P. In utero programming of chronic disease. [s.I.]: Clinical Science, 1995.