SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 62
Baixar para ler offline
Álgebra Linear
    Espaço Vetorial
Prof. Carlos Alexandre Mello
           cabm@cin.ufpe.br




    Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
               cabm@cin.ufpe.br              1
Espaços Vetoriais

• Definição: Um espaço vetorial real é um

  conjunto V, não vazio, com duas operações:

  soma, V X V → V, e multiplicação por escalar,

  R X V → V, tais que, para quaisquer u, v, w ∈V

  e a, b ∈ R, as seguintes propriedades sejam

  satisfeitas:

           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br              2
Espaços Vetoriais
• Propriedades:
    i) (u + v) + w = u + (v + w)
    ii) u + v = v + u
    iii) existe 0 ∈ V tal que u + 0 = u
     • 0 é o vetor nulo
    iv) Existe –u ∈ V tal que u + (-u) = 0
    v) a(u + v) = au + av, a escalar
    vi) (a + b)v = av + bv, a, b escalares
    vii) (ab)v = a(bv)
    viii) 1.u = u

           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br              3
Espaços Vetoriais
• Designamos por vetor um elemento do espaço
  vetorial
• Exemplo: V = M(2, 2) é o conjunto de matrizes
  2x2
    V é um espaço vetorial
     • Todas as propriedades anteriores são satisfeitas se a
        adição é entendida como a adição de matrizes




             Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                        cabm@cin.ufpe.br                       4
Espaços Vetoriais
 • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
 Axioma 1: (u + v) + w = u + (v + w)
                 ⎛ ⎡u11 u12 ⎤ ⎡ v11 v12 ⎤ ⎞ ⎡ w11 w12 ⎤
(u + v ) + w = ⎜ ⎢
                 ⎜ u        ⎥ + ⎢v         ⎥ ⎟ + ⎢w
                                             ⎟             ⎥=
                 ⎝ ⎣ 21 u22 ⎦ ⎣ 21 v22 ⎦ ⎠ ⎣ 21 w22 ⎦
  ⎡ (u11 + v11 ) (u12 + v12 )⎤ ⎡ w11 w12 ⎤
=⎢                           ⎥ + ⎢w          ⎥=
  ⎣(u21 + v21 ) (u22 + v22 )⎦ ⎣ 21 w22 ⎦
  ⎡ (u11 + v11 ) + w11 (u12 + v12 ) + w12 ⎤ ⎡ u11 + (v11 + w11 ) u12 + (v12 + w12 ) ⎤
=⎢                                        ⎥ = ⎢u + (v + w ) u + (v + w )⎥ =
  ⎣(u21 + v21 ) + w21 (u22 + v22 ) + w22 ⎦ ⎣ 21       21    21    22     22    22 ⎦

  ⎡u11 u12 ⎤ ⎡ (v11 + w11 ) (v12 + w12 )⎤
=⎢            ⎥ + ⎢(v + w ) (v + w )⎥ =
  ⎣u21 u22 ⎦ ⎣ 21          21      22     22 ⎦

 ⎡u11 u12 ⎤ ⎛ ⎡ v11 v12 ⎤ ⎡ w11 w12 ⎤ ⎞
=⎢        ⎥ + ⎜ ⎢v Carlos Alexandrew de Mello ⎟ = u + (v + w )
              ⎜ Prof. v ⎥ + ⎢ Barros w ⎥ ⎟
 ⎣u21 u22 ⎦ ⎝ ⎣ 21 cabm@cin.ufpe.br 22 ⎦ ⎠
                         22 ⎦    ⎣ 21                                           5
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova

 Axioma 2: u + v = v + u

                     Operação vetorial genérica


              ⎡u11 u12 ⎤ ⎡v11 v12 ⎤ ⎡v11 v12 ⎤ ⎡u11 u12 ⎤
       u+ v = ⎢        ⎥ + ⎢v v ⎥ = ⎢v v ⎥ + ⎢u u ⎥ = v +u
              ⎣u21 u22 ⎦ ⎣ 21 22 ⎦ ⎣ 21 22 ⎦ ⎣ 21 22 ⎦

                                           Interpretação concreta




            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br                             6
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
 Axioma 3: Existe um elemento 0 em V, chamado um vetor nulo
   para V, tal que u + 0 = u para todo u em V.

             ⎡0 0 ⎤
    Seja 0 ≡ ⎢    ⎥. Então,
             ⎣0 0 ⎦
                     ⎡u11 u12 ⎤ ⎡0 0⎤ ⎡u11 u12 ⎤
    ∀ u ∈V , u + 0 = ⎢        ⎥ + ⎢0 0⎥ = ⎢u     ⎥=u
                     ⎣u21 u22 ⎦ ⎣     ⎦ ⎣ 21 u22 ⎦




            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br                       7
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
 Axioma 4: Para todo u em V, há um objeto –u em V, chamado
 um oposto ou negativo ou simétrico de u, tal que u + (-u) = 0

           ⎡ − u11    − u12 ⎤
Seja − u ≡ ⎢                ⎥. Então,
           ⎣− u21     − u22 ⎦
                       ⎡u11 u12 ⎤ ⎛ ⎡ − u11             − u12 ⎤ ⎞
∀ u ∈ V , u + (− u ) = ⎢        ⎥ + ⎜ ⎢− u
                                    ⎜                         ⎥⎟ =
                       ⎣u21 u22 ⎦ ⎝ ⎣ 21                − u22 ⎦ ⎟
                                                                ⎠
⎡ u11 + (−u11 ) u12 + (−u12 ) ⎤ ⎡ u11 − u11 u12 − u12 ⎤ ⎡0 0⎤
⎢u + (−u ) u + (−u )⎥ = ⎢u − u                        ⎥ = ⎢0 0 ⎥ = 0
⎣ 21       21    22      22 ⎦   ⎣ 21 21 u22 − u22 ⎦ ⎣          ⎦


               Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                          cabm@cin.ufpe.br                             8
Espaços Vetoriais
 • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
      Axioma 5: k (u + v) = k u + k v


               ⎛ ⎡u11 u12 ⎤ ⎡ v11 v12 ⎤ ⎞
k (u + v ) = k ⎜ ⎢
               ⎜ u        ⎥ + ⎢v      ⎥⎟ =
                                        ⎟
               ⎝⎣  21 u22 ⎦ ⎣ 21 v22 ⎦ ⎠
  ⎡ u11 + v11 u12 + v12 ⎤ ⎡ k (u11 + v11 ) k (u12 + v12 )⎤
=k⎢                     ⎥ = ⎢k (u + v ) k (u + v )⎥
  ⎣u21 + v21 u22 + v22 ⎦ ⎣ 21 21               22    22 ⎦

 ⎡ k u11 + k v11    k u12 + k v12 ⎤ ⎡ k u11                 k u12 ⎤ ⎡ k v11   k v12 ⎤
=⎢                                ⎥ = ⎢k u                        ⎥ + ⎢k v          ⎥ = ku + kv
 ⎣k u21 + k v21     k u22 + k v22 ⎦ ⎣ 21                    k u22 ⎦ ⎣ 21      k v22 ⎦



                   Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                              cabm@cin.ufpe.br                                                    9
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
Axioma 6: (k + l ) u = k u + l u


                      ⎡u11 u12 ⎤
 (k + l )u = (k + l ) ⎢        ⎥=
                      ⎣u21 u22 ⎦
   ⎡ (k + l )u11 (k + l )u12 ⎤ ⎡ k u11 + l u11          k u12 + l u12 ⎤
 =⎢                          ⎥ = ⎢k u + l u                           ⎥=
   ⎣(k + l )u21 (k + l )u22 ⎦ ⎣ 21          21          k u22 + l u22 ⎦
  ⎡ k u11   k u12 ⎤ ⎡l u11 l u12 ⎤
 =⎢               ⎥ + ⎢l u       ⎥ = ku+lu
  ⎣k u21    k u22 ⎦ ⎣ 21 l u22 ⎦



               Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                          cabm@cin.ufpe.br                                 10
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
   Axioma 7: k (l u) = (k l ) (u)

                ⎛ ⎡u11 u12 ⎤ ⎞
   k (l u ) = k ⎜ l ⎢
                ⎜ u            ⎥⎟ =
                                 ⎟
                ⎝   ⎣ 21 u22 ⎦ ⎠
        ⎡l u11 l u12 ⎤ ⎡ k l u11 k l u12 ⎤ ⎡ (k l )u11          (k l )u12 ⎤
   =k⎢                 ⎥ = ⎢k l u             ⎥ = ⎢(k l )u
        ⎣l u21 l u22 ⎦ ⎣           21 k l u22 ⎦ ⎣          21   (k l )u22 ⎥
                                                                          ⎦
            ⎡u11 u12 ⎤
   = (k l ) ⎢           ⎥ = (k l )u
            ⎣u21 u22 ⎦



              Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                         cabm@cin.ufpe.br                                     11
Espaços Vetoriais
• Exemplo: V = M(2, 2) - Prova
  Axioma 8: 1u = u

             ⎡u11 u12 ⎤ ⎡1u11 1u12 ⎤ ⎡u11 u12 ⎤
      1u = 1 ⎢        ⎥ = ⎢1u      ⎥ = ⎢u     ⎥=u
             ⎣u21 u22 ⎦ ⎣ 21 1u22 ⎦ ⎣ 21 u22 ⎦




           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br              12
Espaços Vetoriais
• Contra-Exemplo: Um conjunto que não é um
  espaço vetorial:
    Seja u = (u1, v1) e v = (u2, v2)
    Seja V = R2 e adição e multiplicação definidas como:
     • u + v = (u1 + u2, v1 + v2)
     • k.u = (ku1, 0)
    Nesse caso, o axioma 8 não vale, pois:
     • 1u = 1(u1, u2) = (u1, 0) ≠ u
    Logo V não é um espaço vetorial


           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br                 13
Subespaços Vetoriais
• Definição: Dado um espaço vetorial V, um
  subconjunto W, não vazio, será um subespaço
  vetorial de V se:
    i) Para quaisquer u, v ∈ W, tivermos u + v ∈ W
    ii) Para quaisquer a ∈ R, u ∈ W, tivermos au ∈ W




          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br                  14
Subespaços Vetoriais
• Observações:
   1) Ao operarmos em W (soma e multiplicação por
   escalar) não obteremos um vetor fora de W
     Isso é suficiente para afirmar que W é ele mesmo um
     espaço vetorial, pois assim as operações ficam bem
     definidas
     Assim, não precisamos verificar novamente as
     propriedades (i) a (viii) de espaço vetorial porque elas são
     válidas em V, que contém W



         Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                    cabm@cin.ufpe.br                                15
Subespaços Vetoriais
• Observações:
   2) Qualquer subespaço W de V precisa
   necessariamente conter o vetor nulo (por causa da
   condição (ii) da definição quando a = 0)
   3) Todo espaço vetorial admite, pelo menos, dois
   subespaços (que são chamados de subespaços
   triviais):
    • O conjunto formado apenas pelo vetor nulo
    • O próprio espaço vetorial


           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br                 16
Subespaços Vetoriais
• Exemplo 1: V = R3 e W ⊂ V, um plano
  passando pela origem


                            Observe que, se W não passasse
    W
                            pela origem, não seria um subespaço

                            Os únicos subespaços de R3 são a
                            origem, as retas e planos que passam
                            pela origem e o próprio R3



         Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                    cabm@cin.ufpe.br                         17
Subespaços Vetoriais
• Exemplo 2: V = R5 e W = {(0,x2,x3,x4,x5); xi∈R}
    Isso é, W é o conjunto de vetores de R5 com a
    primeira coordenada nula
    Vamos verificar as condições (i) e (ii):
    (i):u = (0, x2, x3, x4, x5), v = (0, y2, y3, y4, y5) ∈ W
  Então: u+v=(0, x2+y2, x3+y3, x4+y4, x5+y5) ∈ W
    (ii) ku = (0, kx2, kx3, kx4, kx5) ∈ W
    Portanto, W é subespaço vetorial de R5.


            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br                        18
Subespaços Vetoriais
• Teorema: Interseção de subespaços
    Dados W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial
    V, a interseção W1 ∩ W2 ainda é um subespaço de
    V
     • Observe que W1 ∩ W2 nunca é vazio já que eles sempre
       contêm, pelo menos, o vetor nulo

• Exemplo 1: V = R3, W1 ∩ W2 é a reta de
  interseção dos planos W1 e W2
                             W2

                        W1


           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br                        19
Subespaços Vetoriais
• Embora a interseção gere um subespaço
  vetorial, isso necessariamente não acontece
  com a união
• Teorema: Soma de subespaços
    Sejam W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial
    V. Então o conjunto
     • W1 + W2 = {v∈V; v=w1 + w2, w1∈W1, w2∈W2}
    é subespaço de V
• Exemplo 1: Se W1 e W2 são duas retas, W =
  W1+W2 é o plano que contém as retas

          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br                20
Subespaços Vetoriais

• Quando W1 ∩ W2 = {0}, então W1 + W2 é

 chamado soma direta de W1 com W2,

 denotado por W1 ⊕ W2




         Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                    cabm@cin.ufpe.br              21
Combinação Linear
• Sejam V um espaço vetorial real, v1, v2, ..., vn
  ∈V e a1, a2, ...,an números reais
• Então o vetor
    v = a1v1 + a2v2 + .... anvn
• é um elemento de V ao qual chamamos de
  combinação linear de v1, v2, ..., vn
    Uma vez fixados vetores v1, v2, ..., vn em V, o
    conjunto W de todos os vetores de V que são
    combinação linear desse é um subespaço vetorial
      • W é chamado de subespaço gerado por v1, v2, ..., vn
      • W = [v1, v2, ..., vn]

            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br                       22
Combinação Linear
• Exemplo 1:V = R2, v1 = (1, 0), v2 = (0, 1)
    Logo, V = [v1, v2], pois dados v = (x, y)∈V, temos (x,
    y) = x(1, 0) + y(0, 1)
     • Ou seja, v = x.v1 + y.v2
• Exemplo 2:

     v1 =
          1               0                     v2 =
                                                     0           1
          0               0                          0           0

    Então [v1, v2] =             a            b     : a, b ∈ R
                                 0            0
           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br                               23
Dependência e Independência Linear
• Definição: Sejam V um espaço vetorial e v1, v2,
  ..., vn ∈V. Dizemos que o conjunto {v1,v2, ...,vn} é
  linearmente independente (LI), ou que o vetores
  v1, v2, ..., vn são LI se a equação:
    a1v1 + a2v2 + ... + anvn = 0
   implica que a1 = a2 = .... = an = 0
     {v1,v2, ...,vn} é LD se, e somente se, um destes
     vetores for combinação linear dos outros.
• Se algum ai ≠ 0, dizemos que {v1,v2, ...,vn} é
  linearmente dependente (LD) ou que os vetores
  v1,v2, ...,vn são LD
           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br              24
Dependência e Independência Linear
• Exemplo 1: V = R2, e1 = (1, 0) e e2 = (0, 1)
• e1 e e2 são LI, pois
     a1.e1 + a2.e2 = 0
     a1.(1, 0) + a2.(0, 1) = 0
     (a1, a2) = (0, 0)
     a1 = 0 e a2 = 0
• Exemplo 2: De modo análogo, para V =R3, e1
  = (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e e3 = (0, 0, 1) são LI
• Exemplo 3: V = R2
     {(1, -1), (1, 0), (1, 1)} é LD pois:
     ½.(1, -1) -1.(1, 0) + ½.(1, 1) = (0, 0)

            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br                 25
Base de um Espaço Vetorial

• Definição: Um conjunto {v1,v2, ...,vn} de

  vetores de V será uma base de V se:

    i) {v1,v2, ...,vn} é LI

    ii) [v1,v2, ...,vn] é V

  Esse conjunto gera todos os vetores de V.



            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br              26
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 1: V = R2, e1=(1,0) e e2=(0,1)
• {e1, e2} é base de V, conhecida como base
  canônica de R2
• O conjunto {(1,1),(0,1)} também é uma base de
  V = R2
    De fato, se (0,0) = a(1,1) + b(0,1) = (a, a + b), então
    a=b=0
     • Assim, {(1, 1), (0, 1)} é LI
    Ainda [(1, 1), (0, 1)] = V pois dado v = (x, y) ∈ V,
    temos: (x, y) = x(1, 1) + (y – x)(0, 1)
    Ou seja, todo vetor de R2 é uma combinação linear
    dos vetores (1,1) e (0,1)
            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br                       27
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 2: {(0,1), (0,2)} não é base de R2,
  pois é um conjunto LD
    Se (0,0) = a(0,1) + b(0,2), então a = -2b e a e b não
    são zero necessariamente
• Exemplo 3: {(1,0,0), (0,1,0), (0,0,1)} é uma
  base de R3
    Base canônica de R3
    i) {e1, e2, e3} é LI
    ii) (x, y, z) = x.e1 + y.e2 + z.e3
• Exemplo 4: {(1,0,0), (0,1,0)} não é base de R3
    É LI mas não gera todo R3
            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br                     28
Base de um Espaço Vetorial
• Teorema: Sejam v1,v2, ...,vn vetores não nulos
  que geram um espaço vetorial V. Então dentre
  esses vetores podemos extrair uma base de V.
    Isso independe de v1,v2, ...,vn serem LD ou LI


• Teorema: Seja um espaço vetorial V gerado
  por um conjunto finito de vetores v1,v2,...,vn.
• Então, qualquer conjunto com mais de n
  vetores é necessariamente LD (e, portanto,
  qualquer conjunto LI tem no máximo n vetores)

          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br                29
Base de um Espaço Vetorial
• Corolário: Qualquer base de um espaço
  vetorial tem sempre o mesmo número de
  elementos. Este número é chamado dimensão
  de V, e denotado por dim V
• Exemplo 1: V = R2: dim V = 2
    {(1,0), (0,1)} e {(1,1),(0,1)} são bases de V
• Exemplo 2: V = R3: dim V = 3
• Exemplo 3: V = M(2, 2): dim V = 4
    1     0        0            1          0        0   0   0   É uma
    0     0        0            0          1        0   0   1   base de V
           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br                               30
Base de um Espaço Vetorial
• Teorema: Qualquer conjunto de vetores LI de um
  espaço vetorial V de dimensão finita pode ser
  completado de modo a formar uma base de V
• Corolário: Se dim V = n, qualquer conjunto de n
  vetores LI formará uma base de V
• Teorema: Se U e W são subespaços de um
  espaço vetorial V que tem dimensão finita, então
  dim U ≤ dim V e dim W ≤ dim V. Além disso:
    dim(U + W) = dim U + dim W – dim(U ∩ W)



          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br              31
Base de um Espaço Vetorial
• Teorema: Dada uma base β = {v1,v2, ...,vn} de
  V, cada vetor de V é escrito de maneira única
  como combinação linear de v1, v2, ...,vn.
• Definição: Sejam β = {v1,v2, ...,vn} base de V e
  v ∈ V onde v = a1v1 +...+ anvn. Chamamos
  esses números ai de coordenadas de v em
  relação à base β e denotamos por:
                                       a1
                     [v]β =            ...
                                       an

          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br                32
Base de um Espaço Vetorial
•   Exemplo 1: V = R2
•   β = {(1, 0), (0, 1)}
•   (4, 3) = 4.(1, 0) + 3.(0, 1)                      Observe que os
                                                      coeficientes são
•   Logo:                4                            representados
            [(4, 3)]β =                               como elementos
                                    3                 de uma matriz
                                                      coluna.




             Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                        cabm@cin.ufpe.br                                 33
Base de um Espaço Vetorial
•   Exemplo 2: V = R2
•   β = {(1, 1), (0, 1)}
•   (4, 3) = x.(1, 1) + y.(0, 1) ⇒ x=4 e y=-1
•   Logo:                 4
            [(4, 3)]β =
                                   -1




            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br              34
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 3: Observe que a ordem dos
  elementos de uma base influi na matriz das
  coordenadas de um vetor em relação à esta
  base
• V = R2
• β1 = {(1, 0), (0, 1)} e β2 = {(0, 1), (1, 0)}

                               4                                  3
        [(4, 3)]β1 =                               [(4, 3)]β2 =
                               3                                  4

          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br                                 35
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: Considere:
   V = {(x, y, z): x + y – z = 0}
   W = {(x, y, z): x = y}
   Determine V + W
   V: x + y – z = 0 ⇒ z = x + y
    • Base: (x, y, x + y) = x.(1, 0, 1) + y.(0, 1, 1)
    • Logo: Base = [(1, 0 , 1),(0, 1, 1)]
   W: x = y
    • Base: (y, y, z) = y.(1, 1, 0) + z.(0, 0, 1)
    • Logo: Base = [(1, 1, 0), (0, 0, 1)]               cont…
          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br                       36
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
   Como:
   V = [(1, 0, 1), (0, 1, 1)]
   W = [(1, 1, 0), (0, 0, 1)]
   Então V + W = [(1,0,1), (0,1,1), (1,1,0), (0,0,1)]
   Mas espera-se que o resultado esteja no R3,
   logo essa base deve ter algum elemento LD


                                                  cont…
         Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                    cabm@cin.ufpe.br                  37
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
    (x,y,z)=a(1,0,1)+b(0,1,1)+c(1,1,0)+d(0,0,1)
     • x=a+c
     • y=b+c
     • z=a+b+d

                          1            0          1   0   x
       Sistema:           0            1          1   0   y
                          1            1          0   1   z


                                                              cont…
         Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                    cabm@cin.ufpe.br                              38
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
    Solução:
    •   2a + d = x – y + z
    •   2b + d = y – x + z
    •   2c – d = x + y – z
    •   Se c = 0:
         d=z–x–y                            Claro, não é solução única já
         b=y                                que 4 vetores no R3 implica em
         a=x                                algum ser LD...



                                                                       cont…
            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br                                      39
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
    (x,y,z)=a(1,0,1)+b(0,1,1)+c(1,1,0)+d(0,0,1)
    Logo, V + W = R3
    dim R3 = dim V + dim W – dim(V∩W)
    V∩W = ??




                                                  cont…
         Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                    cabm@cin.ufpe.br                  40
Base de um Espaço Vetorial
• Exemplo 4: (cont..)
    V∩W = {(x,y,z); x + y – z = 0 e x = y}
  = {(x,y,z); x = y = z/2}
  = [(1, 1, 2)]
    dim (V∩W) = 1
    dim R3 = dim V + dim W – dim(V∩W)
    dim R3 = 2 + 2 – 1 = 3
    • Como esperado....



         Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                    cabm@cin.ufpe.br              41
Mudança de Base

• Sejam β={u1,...,un} e β’= {w1,...,wn} duas bases
  ordenadas de um mesmo espaço vetorial V

• Dado o vetor v ∈V, podemos escrevê-lo como:
    v = x1u1 + ... + xnun
                                                    (1)
    v = y1w1 + ... + ynwn




           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br                    42
Mudança de Base
• Como podemos relacionar as coordenadas de
  v em relação à base β
                                      x1
                               [v]β = …
                                      xn
• com as coordenadas do mesmo vetor v em
  relação à base β’
                                       y1
                               [v]β’ = …
                                       yn
         Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                    cabm@cin.ufpe.br              43
Mudança de Base
• Já que {u1,...,un} é base de V, podemos escrever
  os vetores v e w como combinação linear dos uj,
  isto é:
        w1 = a11u1 + a21u2 + ...+ an1un
        w2 = a12u1 + a22u2 + ...+ an2un              (2)
        ......
        wn = a1nu1 + a2nu2 + ...+ annun
• Substituindo (2) em (1):
  v=y1w1+...+ynwn=y1(a11u1+...+an1un)+..+yn(a1nu1+...+annun)
    = u1(a11y1+...+an1yn)+..+un(a1ny1+...+annyn)

            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br                    44
Mudança de Base
• Mas v = x1u1 + ... + xnun, e como as coordenadas
  em relação a uma base são únicas temos:
  x1 = a11y1 + ... + an1yn
  .....                                               Observe que as linhas
                                                      viraram colunas!
  xn = a1ny1 + ... + annyn
• Ou, em forma matricial
              x1  a11 ... a1n                                 x1
              … = … … …                                       …
              xn  an1 … ann                                   xn

             Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                        cabm@cin.ufpe.br                                      45
Mudança de Base
• Isso é denotado por:
                a11 ... a1n
            β’
       [ I ]β = … … …
                an1 … ann
• Temos:
                               β’
        [v]β = [ I           ] β [v]β’
        β’
  [I   ]β ⇒ Matriz de mudança da base β’ para a base β
           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br              46
Mudança de Base
                                β’
• Observe que, encontrando [ I ] , podemos
                                β
  encontrar as coordenadas de qualquer vetor v

  em relação à base β, multiplicando a matriz

  pelas coordenadas de v na base β’




          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br              47
Mudança de Base
• Exemplo: Sejam β={(2,-1), (3,4)} e β’={(1,0),(0,1)}
  bases de R2:      β’
               [ I ]β = ?
  w1 = (1,0) = a11(2,-1) + a21(3,4) = (2a11+ 3a21, -a11+ 4a21)
  ⇒ 2a11+3a21 = 1                      e            -a11+4a21 = 0
  ⇒ a11 = 4a21 ⇒ a21 = 1/11 e a11 = 4/11
  w2 = (0,1) = a12(2,-1) + a22(3,4) = (2a12+ 3a22, -a12+ 4a22)
  ⇒ 2a12+3a22 = 0                      e            -a12+4a22 = 1
  ⇒ a22 = 2/11 e a12 = -3/11


           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br                              48
Mudança de Base
• Exemplo: (cont.)
  – Assim:
     • w1 = (1,0) = (4/11)(2,-1) + (1/11)(3,4)
     • w2 = (0,1) = (-3/11)(2,-1) + (2/11)(3,4)


                                  4/11 -3/11
                      β’
              [I     ]β =
                                  1/11             2/11
                                                          Linhas tornam-se
                                                          colunas!!!

          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br                                  49
Mudança de Base
• Exemplo: (cont.) Podemos usar essa matriz para
  encontrar, por exemplo, [v]β para v = (5, -8)

                            β’
    [(5, -8)]β =   [I      ]β [(5, -8)]β’
                     4/11 -3/11                      5        4
               =                                          =
                     1/11         2/11               -8       -1

    Isto é: (5, -8) = 4.(2, -1) + (-1).(3, 4)

            Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                       cabm@cin.ufpe.br                            50
A Inversa da Matriz Mudança de Base
                             β’
• Temos [v]β = [        I   ]β [v]β

                                                         β            β’
• Um fato importante é que                         [I   ]β’ e   [I   ]β são
  matrizes inversíveis:
          β’ -1     β
    ([ I ] ) = [ I ]
          β         β’




          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br                                         51
A Inversa da Matriz Mudança de Base

• Exemplo:
                                                                            β’
    Do exemplo anterior, vamos calcular                               [I   ]β a partir
                β                                    β é fácil de ser
    de [   I   ]β’ . Note que                [I     ]β’
    calculada pois β’ é a base canônica:
     • (2, -1) = 2.(1, 0) + (-1).(0, 1)
     • (3, 4) = 3.(1, 0) + 4.(0, 1)
                β                     2       3
    Assim: [ I ] =
                β’                   -1       4
                β’                                             4/11 -3/11
    Então: [ I ] =                    2       3         -1 =
                β                    -1       4                1/11    2/11
               Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                          cabm@cin.ufpe.br                                               52
Espaço Vetorial
• Exercício 18: Considere o subespaço de
  R4 gerado pelos vetores v1 = (1,-1,0,0),
  v2=(0,0,1,1), v3=(-2,2,1,1) e v4=(1,0,0,0)
    a) O vetor (2, -3, 2, 2) ∈ [v1,v2,v3,v4]?
    b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual
    sua dimensão?
    c) [v1,v2,v3,v4] = R4?



         Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                    cabm@cin.ufpe.br              53
Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 18:
   – a) O vetor (2, -3, 2, 2) ∈ [v1,v2,v3,v4]?
   – Ou seja, existem a, b, c, d, tal que:
     (2, -3, 2, 2) = a.(1,-1,0,0) + b.(0,0,1,1) +c.(-
     2,2,1,1) + d.(1,0,0,0)
     a – 2c + d = 2
     -a + 2c = -3             1     0     -2    1      2
     b+c=2                   -1     0      2    0     -3
     b+c=2                    0     1      1    0      2

           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br                54
Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 18:
   – a) O vetor (2, -3, 2, 2) ∈ [v1,v2,v3,v4]?
   Solução: a = 3, b = 2, c = 0, d = -1
   Logo, como existe solução, o vetor pertence a
     [v1,v2,v3,v4]




          Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                     cabm@cin.ufpe.br              55
Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 18:
        b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual
        sua dimensão?
   1        -1        0            0                  1   0   0   0
   0        0         1            1                  0   1   0   0
   -2       2         1            1                  0   0   1   1
   1        0         0            0                  0   0   0   0
 Com isso, descobrimos que v4 é combinação linear dos
 outros vetores. Logo, a base é formada por [v1,v2,v3].
             Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                        cabm@cin.ufpe.br                              56
Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 18:
        b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual
        sua dimensão?
          Base = [v1,v2,v3] ⇒ dim = 3
        c) [v1,v2,v3,v4] = R4?
          Como dim Base = 3 e dim R4 = 4, então
          [v1,v2,v3,v4] ≠ R4




             Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                        cabm@cin.ufpe.br              57
Espaço Vetorial
• Exercício 19: Considere o subespaço de
  R3 gerado pelos vetores v1=(1,1,0),
  v2=(0,-1,1) e v3=(1,1,1).
• [v1,v2,v3]=R3?




        Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                   cabm@cin.ufpe.br              58
Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 19: Solução 1:
     Existem a, b, c tal que:
   (x, y, z) = a.(1,1,0) + b.(0,-1,1) + c.(1,1,1)

        a+c=x                            a = 2x – y - z
        a-b=y                            b=x-y
        b+c=z                            c = -x + y + z

           Ou seja, há valores para a, b e c que
           podem gerar qualquer vetor no R3.
           Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                      cabm@cin.ufpe.br                    59
Espaço Vetorial
Cont.
• Exercício 19: Solução 2:
        Vamos tentar escalonar:
   1        1         0                                1   0   0
   0       -1         1                  …             0   1   0
   1        1         1                                0   0   1

O que isso significa?
          Significa que, com esses vetores e operações
          lineares, conseguimos gerar a base canônica.
          Logo, podemos gerar todo o R3.
              Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                         cabm@cin.ufpe.br                          60
Exercícios Sugeridos
•   2
•   4
•   6
•   7
•   8
•   9
•   11
•   15
•   25
•   29
         Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                    cabm@cin.ufpe.br              61
A Seguir...
• Transformações Lineares




        Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello
                   cabm@cin.ufpe.br              62

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterleRespostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterlesamuelsaocristovao
 
3 matrizes escalonadas e as inversas
3 matrizes escalonadas e as inversas3 matrizes escalonadas e as inversas
3 matrizes escalonadas e as inversasMagdaPatricio1
 
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangente
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangenteExercícios Resolvidos: Equação da reta tangente
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangenteDiego Oliveira
 
Matemática Financeira - Juros Compostos
Matemática Financeira - Juros CompostosMatemática Financeira - Juros Compostos
Matemática Financeira - Juros Compostosguest20a5fb
 
Exercícios função de 2° grau 2p
Exercícios função de 2° grau 2pExercícios função de 2° grau 2p
Exercícios função de 2° grau 2pKamilla Oliveira
 
Elementos de Matemática Básica - Equações e Inequações
Elementos de Matemática Básica - Equações e InequaçõesElementos de Matemática Básica - Equações e Inequações
Elementos de Matemática Básica - Equações e InequaçõesMilton Henrique do Couto Neto
 
Resumo de matemática básica
Resumo de matemática básicaResumo de matemática básica
Resumo de matemática básicaeeemba
 
Tabela de identidades trigonometricas
Tabela de identidades trigonometricasTabela de identidades trigonometricas
Tabela de identidades trigonometricasRodrigo Sócrate
 
34 nucleo e imagem de uma transformacao linear
34 nucleo e imagem de uma transformacao linear34 nucleo e imagem de uma transformacao linear
34 nucleo e imagem de uma transformacao linearAndressa Leite Rodrigues
 
Exercícios resolvidos de máximo e mínimo de função
Exercícios resolvidos de máximo e mínimo de funçãoExercícios resolvidos de máximo e mínimo de função
Exercícios resolvidos de máximo e mínimo de funçãoDiego Oliveira
 
18 series de taylor e de maclaurin
18 series de taylor e de maclaurin18 series de taylor e de maclaurin
18 series de taylor e de maclaurinGabriela Cristina
 
14 produto misto volume paralelepipedo
14 produto misto volume paralelepipedo14 produto misto volume paralelepipedo
14 produto misto volume paralelepipedoRodrigo da Silva
 
Movimento retilíeno uniformemente variado - MRUV
Movimento retilíeno uniformemente variado - MRUVMovimento retilíeno uniformemente variado - MRUV
Movimento retilíeno uniformemente variado - MRUVO mundo da FÍSICA
 

Mais procurados (20)

Aula 02 Cálculo de limites - Conceitos Básicos
Aula 02   Cálculo de limites - Conceitos BásicosAula 02   Cálculo de limites - Conceitos Básicos
Aula 02 Cálculo de limites - Conceitos Básicos
 
Volume e capacidade
Volume e capacidadeVolume e capacidade
Volume e capacidade
 
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterleRespostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
Respostas do-livro-geometria-analitica-alfredo-steinbruch-e-paulo-winterle
 
3 matrizes escalonadas e as inversas
3 matrizes escalonadas e as inversas3 matrizes escalonadas e as inversas
3 matrizes escalonadas e as inversas
 
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangente
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangenteExercícios Resolvidos: Equação da reta tangente
Exercícios Resolvidos: Equação da reta tangente
 
Matemática Financeira - Juros Compostos
Matemática Financeira - Juros CompostosMatemática Financeira - Juros Compostos
Matemática Financeira - Juros Compostos
 
Exercícios função de 2° grau 2p
Exercícios função de 2° grau 2pExercícios função de 2° grau 2p
Exercícios função de 2° grau 2p
 
Elementos de Matemática Básica - Equações e Inequações
Elementos de Matemática Básica - Equações e InequaçõesElementos de Matemática Básica - Equações e Inequações
Elementos de Matemática Básica - Equações e Inequações
 
07 tabela-de-derivadas-e-integrais
07 tabela-de-derivadas-e-integrais07 tabela-de-derivadas-e-integrais
07 tabela-de-derivadas-e-integrais
 
Juro composto
Juro compostoJuro composto
Juro composto
 
Resumo de matemática básica
Resumo de matemática básicaResumo de matemática básica
Resumo de matemática básica
 
Tabela de identidades trigonometricas
Tabela de identidades trigonometricasTabela de identidades trigonometricas
Tabela de identidades trigonometricas
 
Aula 22 probabilidade - parte 1
Aula 22   probabilidade - parte 1Aula 22   probabilidade - parte 1
Aula 22 probabilidade - parte 1
 
34 nucleo e imagem de uma transformacao linear
34 nucleo e imagem de uma transformacao linear34 nucleo e imagem de uma transformacao linear
34 nucleo e imagem de uma transformacao linear
 
Exercícios resolvidos de máximo e mínimo de função
Exercícios resolvidos de máximo e mínimo de funçãoExercícios resolvidos de máximo e mínimo de função
Exercícios resolvidos de máximo e mínimo de função
 
18 series de taylor e de maclaurin
18 series de taylor e de maclaurin18 series de taylor e de maclaurin
18 series de taylor e de maclaurin
 
Aula 4 vetores
Aula 4  vetoresAula 4  vetores
Aula 4 vetores
 
14 produto misto volume paralelepipedo
14 produto misto volume paralelepipedo14 produto misto volume paralelepipedo
14 produto misto volume paralelepipedo
 
Função Exponencial
Função ExponencialFunção Exponencial
Função Exponencial
 
Movimento retilíeno uniformemente variado - MRUV
Movimento retilíeno uniformemente variado - MRUVMovimento retilíeno uniformemente variado - MRUV
Movimento retilíeno uniformemente variado - MRUV
 

Semelhante a Álgebra Linear: Espaços Vetoriais e Subespaços

GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04Andrei Bastos
 
Gacap04 130507191020-phpapp01
Gacap04 130507191020-phpapp01Gacap04 130507191020-phpapp01
Gacap04 130507191020-phpapp01Carlos Andrade
 
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalarPedro Povoleri
 
Algebra linear 02 aula 01-03-produto misto
Algebra linear 02 aula 01-03-produto mistoAlgebra linear 02 aula 01-03-produto misto
Algebra linear 02 aula 01-03-produto mistoPedro Povoleri
 
Algebra Linear cap 02
Algebra Linear cap 02Algebra Linear cap 02
Algebra Linear cap 02Andrei Bastos
 
Exercicios resolvidos
Exercicios resolvidosExercicios resolvidos
Exercicios resolvidosBrunna Vilar
 
Mat em geometria sol vol6 cap1
Mat em geometria sol vol6 cap1Mat em geometria sol vol6 cap1
Mat em geometria sol vol6 cap1trigono_metrico
 
Algebra linear exercicios_resolvidos
Algebra linear exercicios_resolvidosAlgebra linear exercicios_resolvidos
Algebra linear exercicios_resolvidosRodolfo Sena da Penha
 
03.ProdutoInterno.docx, regras do produto interno,
03.ProdutoInterno.docx, regras do produto interno,03.ProdutoInterno.docx, regras do produto interno,
03.ProdutoInterno.docx, regras do produto interno,paulosextocomissario
 
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempoAplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempoLucas Guimaraes
 
Apostila de potenciacao 001
Apostila de potenciacao  001Apostila de potenciacao  001
Apostila de potenciacao 001con_seguir
 

Semelhante a Álgebra Linear: Espaços Vetoriais e Subespaços (20)

Vetores
VetoresVetores
Vetores
 
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04GEOMETRIA ANALÍTICA cap  04
GEOMETRIA ANALÍTICA cap 04
 
Gacap04 130507191020-phpapp01
Gacap04 130507191020-phpapp01Gacap04 130507191020-phpapp01
Gacap04 130507191020-phpapp01
 
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar
¦Lgebra linear 02 aula 01-01-produto escalar
 
Vetor resumo
Vetor resumoVetor resumo
Vetor resumo
 
Algebra linear 02 aula 01-03-produto misto
Algebra linear 02 aula 01-03-produto mistoAlgebra linear 02 aula 01-03-produto misto
Algebra linear 02 aula 01-03-produto misto
 
Equações Exatas exercicios
Equações Exatas exerciciosEquações Exatas exercicios
Equações Exatas exercicios
 
Algebra Linear cap 02
Algebra Linear cap 02Algebra Linear cap 02
Algebra Linear cap 02
 
Exercicios resolvidos
Exercicios resolvidosExercicios resolvidos
Exercicios resolvidos
 
Produto escalar
Produto escalarProduto escalar
Produto escalar
 
Produto escalar resumo
Produto escalar resumoProduto escalar resumo
Produto escalar resumo
 
Aula 4 espaços vetoriais
Aula 4   espaços vetoriaisAula 4   espaços vetoriais
Aula 4 espaços vetoriais
 
Mat em geometria sol vol6 cap1
Mat em geometria sol vol6 cap1Mat em geometria sol vol6 cap1
Mat em geometria sol vol6 cap1
 
Algebra linear exercicios_resolvidos
Algebra linear exercicios_resolvidosAlgebra linear exercicios_resolvidos
Algebra linear exercicios_resolvidos
 
Lista 4 - Resolução
Lista 4 - ResoluçãoLista 4 - Resolução
Lista 4 - Resolução
 
03.ProdutoInterno.docx, regras do produto interno,
03.ProdutoInterno.docx, regras do produto interno,03.ProdutoInterno.docx, regras do produto interno,
03.ProdutoInterno.docx, regras do produto interno,
 
áLgebra linear
áLgebra linearáLgebra linear
áLgebra linear
 
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempoAplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
Aplicações da equação de Schrödinger independente do tempo
 
Aula 21 vetores
Aula 21   vetoresAula 21   vetores
Aula 21 vetores
 
Apostila de potenciacao 001
Apostila de potenciacao  001Apostila de potenciacao  001
Apostila de potenciacao 001
 

Álgebra Linear: Espaços Vetoriais e Subespaços

  • 1. Álgebra Linear Espaço Vetorial Prof. Carlos Alexandre Mello cabm@cin.ufpe.br Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 1
  • 2. Espaços Vetoriais • Definição: Um espaço vetorial real é um conjunto V, não vazio, com duas operações: soma, V X V → V, e multiplicação por escalar, R X V → V, tais que, para quaisquer u, v, w ∈V e a, b ∈ R, as seguintes propriedades sejam satisfeitas: Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 2
  • 3. Espaços Vetoriais • Propriedades: i) (u + v) + w = u + (v + w) ii) u + v = v + u iii) existe 0 ∈ V tal que u + 0 = u • 0 é o vetor nulo iv) Existe –u ∈ V tal que u + (-u) = 0 v) a(u + v) = au + av, a escalar vi) (a + b)v = av + bv, a, b escalares vii) (ab)v = a(bv) viii) 1.u = u Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 3
  • 4. Espaços Vetoriais • Designamos por vetor um elemento do espaço vetorial • Exemplo: V = M(2, 2) é o conjunto de matrizes 2x2 V é um espaço vetorial • Todas as propriedades anteriores são satisfeitas se a adição é entendida como a adição de matrizes Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 4
  • 5. Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 1: (u + v) + w = u + (v + w) ⎛ ⎡u11 u12 ⎤ ⎡ v11 v12 ⎤ ⎞ ⎡ w11 w12 ⎤ (u + v ) + w = ⎜ ⎢ ⎜ u ⎥ + ⎢v ⎥ ⎟ + ⎢w ⎟ ⎥= ⎝ ⎣ 21 u22 ⎦ ⎣ 21 v22 ⎦ ⎠ ⎣ 21 w22 ⎦ ⎡ (u11 + v11 ) (u12 + v12 )⎤ ⎡ w11 w12 ⎤ =⎢ ⎥ + ⎢w ⎥= ⎣(u21 + v21 ) (u22 + v22 )⎦ ⎣ 21 w22 ⎦ ⎡ (u11 + v11 ) + w11 (u12 + v12 ) + w12 ⎤ ⎡ u11 + (v11 + w11 ) u12 + (v12 + w12 ) ⎤ =⎢ ⎥ = ⎢u + (v + w ) u + (v + w )⎥ = ⎣(u21 + v21 ) + w21 (u22 + v22 ) + w22 ⎦ ⎣ 21 21 21 22 22 22 ⎦ ⎡u11 u12 ⎤ ⎡ (v11 + w11 ) (v12 + w12 )⎤ =⎢ ⎥ + ⎢(v + w ) (v + w )⎥ = ⎣u21 u22 ⎦ ⎣ 21 21 22 22 ⎦ ⎡u11 u12 ⎤ ⎛ ⎡ v11 v12 ⎤ ⎡ w11 w12 ⎤ ⎞ =⎢ ⎥ + ⎜ ⎢v Carlos Alexandrew de Mello ⎟ = u + (v + w ) ⎜ Prof. v ⎥ + ⎢ Barros w ⎥ ⎟ ⎣u21 u22 ⎦ ⎝ ⎣ 21 cabm@cin.ufpe.br 22 ⎦ ⎠ 22 ⎦ ⎣ 21 5
  • 6. Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 2: u + v = v + u Operação vetorial genérica ⎡u11 u12 ⎤ ⎡v11 v12 ⎤ ⎡v11 v12 ⎤ ⎡u11 u12 ⎤ u+ v = ⎢ ⎥ + ⎢v v ⎥ = ⎢v v ⎥ + ⎢u u ⎥ = v +u ⎣u21 u22 ⎦ ⎣ 21 22 ⎦ ⎣ 21 22 ⎦ ⎣ 21 22 ⎦ Interpretação concreta Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 6
  • 7. Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 3: Existe um elemento 0 em V, chamado um vetor nulo para V, tal que u + 0 = u para todo u em V. ⎡0 0 ⎤ Seja 0 ≡ ⎢ ⎥. Então, ⎣0 0 ⎦ ⎡u11 u12 ⎤ ⎡0 0⎤ ⎡u11 u12 ⎤ ∀ u ∈V , u + 0 = ⎢ ⎥ + ⎢0 0⎥ = ⎢u ⎥=u ⎣u21 u22 ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ 21 u22 ⎦ Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 7
  • 8. Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 4: Para todo u em V, há um objeto –u em V, chamado um oposto ou negativo ou simétrico de u, tal que u + (-u) = 0 ⎡ − u11 − u12 ⎤ Seja − u ≡ ⎢ ⎥. Então, ⎣− u21 − u22 ⎦ ⎡u11 u12 ⎤ ⎛ ⎡ − u11 − u12 ⎤ ⎞ ∀ u ∈ V , u + (− u ) = ⎢ ⎥ + ⎜ ⎢− u ⎜ ⎥⎟ = ⎣u21 u22 ⎦ ⎝ ⎣ 21 − u22 ⎦ ⎟ ⎠ ⎡ u11 + (−u11 ) u12 + (−u12 ) ⎤ ⎡ u11 − u11 u12 − u12 ⎤ ⎡0 0⎤ ⎢u + (−u ) u + (−u )⎥ = ⎢u − u ⎥ = ⎢0 0 ⎥ = 0 ⎣ 21 21 22 22 ⎦ ⎣ 21 21 u22 − u22 ⎦ ⎣ ⎦ Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 8
  • 9. Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 5: k (u + v) = k u + k v ⎛ ⎡u11 u12 ⎤ ⎡ v11 v12 ⎤ ⎞ k (u + v ) = k ⎜ ⎢ ⎜ u ⎥ + ⎢v ⎥⎟ = ⎟ ⎝⎣ 21 u22 ⎦ ⎣ 21 v22 ⎦ ⎠ ⎡ u11 + v11 u12 + v12 ⎤ ⎡ k (u11 + v11 ) k (u12 + v12 )⎤ =k⎢ ⎥ = ⎢k (u + v ) k (u + v )⎥ ⎣u21 + v21 u22 + v22 ⎦ ⎣ 21 21 22 22 ⎦ ⎡ k u11 + k v11 k u12 + k v12 ⎤ ⎡ k u11 k u12 ⎤ ⎡ k v11 k v12 ⎤ =⎢ ⎥ = ⎢k u ⎥ + ⎢k v ⎥ = ku + kv ⎣k u21 + k v21 k u22 + k v22 ⎦ ⎣ 21 k u22 ⎦ ⎣ 21 k v22 ⎦ Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 9
  • 10. Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 6: (k + l ) u = k u + l u ⎡u11 u12 ⎤ (k + l )u = (k + l ) ⎢ ⎥= ⎣u21 u22 ⎦ ⎡ (k + l )u11 (k + l )u12 ⎤ ⎡ k u11 + l u11 k u12 + l u12 ⎤ =⎢ ⎥ = ⎢k u + l u ⎥= ⎣(k + l )u21 (k + l )u22 ⎦ ⎣ 21 21 k u22 + l u22 ⎦ ⎡ k u11 k u12 ⎤ ⎡l u11 l u12 ⎤ =⎢ ⎥ + ⎢l u ⎥ = ku+lu ⎣k u21 k u22 ⎦ ⎣ 21 l u22 ⎦ Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 10
  • 11. Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 7: k (l u) = (k l ) (u) ⎛ ⎡u11 u12 ⎤ ⎞ k (l u ) = k ⎜ l ⎢ ⎜ u ⎥⎟ = ⎟ ⎝ ⎣ 21 u22 ⎦ ⎠ ⎡l u11 l u12 ⎤ ⎡ k l u11 k l u12 ⎤ ⎡ (k l )u11 (k l )u12 ⎤ =k⎢ ⎥ = ⎢k l u ⎥ = ⎢(k l )u ⎣l u21 l u22 ⎦ ⎣ 21 k l u22 ⎦ ⎣ 21 (k l )u22 ⎥ ⎦ ⎡u11 u12 ⎤ = (k l ) ⎢ ⎥ = (k l )u ⎣u21 u22 ⎦ Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 11
  • 12. Espaços Vetoriais • Exemplo: V = M(2, 2) - Prova Axioma 8: 1u = u ⎡u11 u12 ⎤ ⎡1u11 1u12 ⎤ ⎡u11 u12 ⎤ 1u = 1 ⎢ ⎥ = ⎢1u ⎥ = ⎢u ⎥=u ⎣u21 u22 ⎦ ⎣ 21 1u22 ⎦ ⎣ 21 u22 ⎦ Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 12
  • 13. Espaços Vetoriais • Contra-Exemplo: Um conjunto que não é um espaço vetorial: Seja u = (u1, v1) e v = (u2, v2) Seja V = R2 e adição e multiplicação definidas como: • u + v = (u1 + u2, v1 + v2) • k.u = (ku1, 0) Nesse caso, o axioma 8 não vale, pois: • 1u = 1(u1, u2) = (u1, 0) ≠ u Logo V não é um espaço vetorial Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 13
  • 14. Subespaços Vetoriais • Definição: Dado um espaço vetorial V, um subconjunto W, não vazio, será um subespaço vetorial de V se: i) Para quaisquer u, v ∈ W, tivermos u + v ∈ W ii) Para quaisquer a ∈ R, u ∈ W, tivermos au ∈ W Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 14
  • 15. Subespaços Vetoriais • Observações: 1) Ao operarmos em W (soma e multiplicação por escalar) não obteremos um vetor fora de W Isso é suficiente para afirmar que W é ele mesmo um espaço vetorial, pois assim as operações ficam bem definidas Assim, não precisamos verificar novamente as propriedades (i) a (viii) de espaço vetorial porque elas são válidas em V, que contém W Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 15
  • 16. Subespaços Vetoriais • Observações: 2) Qualquer subespaço W de V precisa necessariamente conter o vetor nulo (por causa da condição (ii) da definição quando a = 0) 3) Todo espaço vetorial admite, pelo menos, dois subespaços (que são chamados de subespaços triviais): • O conjunto formado apenas pelo vetor nulo • O próprio espaço vetorial Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 16
  • 17. Subespaços Vetoriais • Exemplo 1: V = R3 e W ⊂ V, um plano passando pela origem Observe que, se W não passasse W pela origem, não seria um subespaço Os únicos subespaços de R3 são a origem, as retas e planos que passam pela origem e o próprio R3 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 17
  • 18. Subespaços Vetoriais • Exemplo 2: V = R5 e W = {(0,x2,x3,x4,x5); xi∈R} Isso é, W é o conjunto de vetores de R5 com a primeira coordenada nula Vamos verificar as condições (i) e (ii): (i):u = (0, x2, x3, x4, x5), v = (0, y2, y3, y4, y5) ∈ W Então: u+v=(0, x2+y2, x3+y3, x4+y4, x5+y5) ∈ W (ii) ku = (0, kx2, kx3, kx4, kx5) ∈ W Portanto, W é subespaço vetorial de R5. Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 18
  • 19. Subespaços Vetoriais • Teorema: Interseção de subespaços Dados W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial V, a interseção W1 ∩ W2 ainda é um subespaço de V • Observe que W1 ∩ W2 nunca é vazio já que eles sempre contêm, pelo menos, o vetor nulo • Exemplo 1: V = R3, W1 ∩ W2 é a reta de interseção dos planos W1 e W2 W2 W1 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 19
  • 20. Subespaços Vetoriais • Embora a interseção gere um subespaço vetorial, isso necessariamente não acontece com a união • Teorema: Soma de subespaços Sejam W1 e W2 subespaços de um espaço vetorial V. Então o conjunto • W1 + W2 = {v∈V; v=w1 + w2, w1∈W1, w2∈W2} é subespaço de V • Exemplo 1: Se W1 e W2 são duas retas, W = W1+W2 é o plano que contém as retas Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 20
  • 21. Subespaços Vetoriais • Quando W1 ∩ W2 = {0}, então W1 + W2 é chamado soma direta de W1 com W2, denotado por W1 ⊕ W2 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 21
  • 22. Combinação Linear • Sejam V um espaço vetorial real, v1, v2, ..., vn ∈V e a1, a2, ...,an números reais • Então o vetor v = a1v1 + a2v2 + .... anvn • é um elemento de V ao qual chamamos de combinação linear de v1, v2, ..., vn Uma vez fixados vetores v1, v2, ..., vn em V, o conjunto W de todos os vetores de V que são combinação linear desse é um subespaço vetorial • W é chamado de subespaço gerado por v1, v2, ..., vn • W = [v1, v2, ..., vn] Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 22
  • 23. Combinação Linear • Exemplo 1:V = R2, v1 = (1, 0), v2 = (0, 1) Logo, V = [v1, v2], pois dados v = (x, y)∈V, temos (x, y) = x(1, 0) + y(0, 1) • Ou seja, v = x.v1 + y.v2 • Exemplo 2: v1 = 1 0 v2 = 0 1 0 0 0 0 Então [v1, v2] = a b : a, b ∈ R 0 0 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 23
  • 24. Dependência e Independência Linear • Definição: Sejam V um espaço vetorial e v1, v2, ..., vn ∈V. Dizemos que o conjunto {v1,v2, ...,vn} é linearmente independente (LI), ou que o vetores v1, v2, ..., vn são LI se a equação: a1v1 + a2v2 + ... + anvn = 0 implica que a1 = a2 = .... = an = 0 {v1,v2, ...,vn} é LD se, e somente se, um destes vetores for combinação linear dos outros. • Se algum ai ≠ 0, dizemos que {v1,v2, ...,vn} é linearmente dependente (LD) ou que os vetores v1,v2, ...,vn são LD Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 24
  • 25. Dependência e Independência Linear • Exemplo 1: V = R2, e1 = (1, 0) e e2 = (0, 1) • e1 e e2 são LI, pois a1.e1 + a2.e2 = 0 a1.(1, 0) + a2.(0, 1) = 0 (a1, a2) = (0, 0) a1 = 0 e a2 = 0 • Exemplo 2: De modo análogo, para V =R3, e1 = (1, 0, 0), e2 = (0, 1, 0) e e3 = (0, 0, 1) são LI • Exemplo 3: V = R2 {(1, -1), (1, 0), (1, 1)} é LD pois: ½.(1, -1) -1.(1, 0) + ½.(1, 1) = (0, 0) Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 25
  • 26. Base de um Espaço Vetorial • Definição: Um conjunto {v1,v2, ...,vn} de vetores de V será uma base de V se: i) {v1,v2, ...,vn} é LI ii) [v1,v2, ...,vn] é V Esse conjunto gera todos os vetores de V. Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 26
  • 27. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 1: V = R2, e1=(1,0) e e2=(0,1) • {e1, e2} é base de V, conhecida como base canônica de R2 • O conjunto {(1,1),(0,1)} também é uma base de V = R2 De fato, se (0,0) = a(1,1) + b(0,1) = (a, a + b), então a=b=0 • Assim, {(1, 1), (0, 1)} é LI Ainda [(1, 1), (0, 1)] = V pois dado v = (x, y) ∈ V, temos: (x, y) = x(1, 1) + (y – x)(0, 1) Ou seja, todo vetor de R2 é uma combinação linear dos vetores (1,1) e (0,1) Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 27
  • 28. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 2: {(0,1), (0,2)} não é base de R2, pois é um conjunto LD Se (0,0) = a(0,1) + b(0,2), então a = -2b e a e b não são zero necessariamente • Exemplo 3: {(1,0,0), (0,1,0), (0,0,1)} é uma base de R3 Base canônica de R3 i) {e1, e2, e3} é LI ii) (x, y, z) = x.e1 + y.e2 + z.e3 • Exemplo 4: {(1,0,0), (0,1,0)} não é base de R3 É LI mas não gera todo R3 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 28
  • 29. Base de um Espaço Vetorial • Teorema: Sejam v1,v2, ...,vn vetores não nulos que geram um espaço vetorial V. Então dentre esses vetores podemos extrair uma base de V. Isso independe de v1,v2, ...,vn serem LD ou LI • Teorema: Seja um espaço vetorial V gerado por um conjunto finito de vetores v1,v2,...,vn. • Então, qualquer conjunto com mais de n vetores é necessariamente LD (e, portanto, qualquer conjunto LI tem no máximo n vetores) Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 29
  • 30. Base de um Espaço Vetorial • Corolário: Qualquer base de um espaço vetorial tem sempre o mesmo número de elementos. Este número é chamado dimensão de V, e denotado por dim V • Exemplo 1: V = R2: dim V = 2 {(1,0), (0,1)} e {(1,1),(0,1)} são bases de V • Exemplo 2: V = R3: dim V = 3 • Exemplo 3: V = M(2, 2): dim V = 4 1 0 0 1 0 0 0 0 É uma 0 0 0 0 1 0 0 1 base de V Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 30
  • 31. Base de um Espaço Vetorial • Teorema: Qualquer conjunto de vetores LI de um espaço vetorial V de dimensão finita pode ser completado de modo a formar uma base de V • Corolário: Se dim V = n, qualquer conjunto de n vetores LI formará uma base de V • Teorema: Se U e W são subespaços de um espaço vetorial V que tem dimensão finita, então dim U ≤ dim V e dim W ≤ dim V. Além disso: dim(U + W) = dim U + dim W – dim(U ∩ W) Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 31
  • 32. Base de um Espaço Vetorial • Teorema: Dada uma base β = {v1,v2, ...,vn} de V, cada vetor de V é escrito de maneira única como combinação linear de v1, v2, ...,vn. • Definição: Sejam β = {v1,v2, ...,vn} base de V e v ∈ V onde v = a1v1 +...+ anvn. Chamamos esses números ai de coordenadas de v em relação à base β e denotamos por: a1 [v]β = ... an Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 32
  • 33. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 1: V = R2 • β = {(1, 0), (0, 1)} • (4, 3) = 4.(1, 0) + 3.(0, 1) Observe que os coeficientes são • Logo: 4 representados [(4, 3)]β = como elementos 3 de uma matriz coluna. Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 33
  • 34. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 2: V = R2 • β = {(1, 1), (0, 1)} • (4, 3) = x.(1, 1) + y.(0, 1) ⇒ x=4 e y=-1 • Logo: 4 [(4, 3)]β = -1 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 34
  • 35. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 3: Observe que a ordem dos elementos de uma base influi na matriz das coordenadas de um vetor em relação à esta base • V = R2 • β1 = {(1, 0), (0, 1)} e β2 = {(0, 1), (1, 0)} 4 3 [(4, 3)]β1 = [(4, 3)]β2 = 3 4 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 35
  • 36. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: Considere: V = {(x, y, z): x + y – z = 0} W = {(x, y, z): x = y} Determine V + W V: x + y – z = 0 ⇒ z = x + y • Base: (x, y, x + y) = x.(1, 0, 1) + y.(0, 1, 1) • Logo: Base = [(1, 0 , 1),(0, 1, 1)] W: x = y • Base: (y, y, z) = y.(1, 1, 0) + z.(0, 0, 1) • Logo: Base = [(1, 1, 0), (0, 0, 1)] cont… Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 36
  • 37. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: (cont..) Como: V = [(1, 0, 1), (0, 1, 1)] W = [(1, 1, 0), (0, 0, 1)] Então V + W = [(1,0,1), (0,1,1), (1,1,0), (0,0,1)] Mas espera-se que o resultado esteja no R3, logo essa base deve ter algum elemento LD cont… Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 37
  • 38. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: (cont..) (x,y,z)=a(1,0,1)+b(0,1,1)+c(1,1,0)+d(0,0,1) • x=a+c • y=b+c • z=a+b+d 1 0 1 0 x Sistema: 0 1 1 0 y 1 1 0 1 z cont… Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 38
  • 39. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: (cont..) Solução: • 2a + d = x – y + z • 2b + d = y – x + z • 2c – d = x + y – z • Se c = 0: d=z–x–y Claro, não é solução única já b=y que 4 vetores no R3 implica em a=x algum ser LD... cont… Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 39
  • 40. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: (cont..) (x,y,z)=a(1,0,1)+b(0,1,1)+c(1,1,0)+d(0,0,1) Logo, V + W = R3 dim R3 = dim V + dim W – dim(V∩W) V∩W = ?? cont… Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 40
  • 41. Base de um Espaço Vetorial • Exemplo 4: (cont..) V∩W = {(x,y,z); x + y – z = 0 e x = y} = {(x,y,z); x = y = z/2} = [(1, 1, 2)] dim (V∩W) = 1 dim R3 = dim V + dim W – dim(V∩W) dim R3 = 2 + 2 – 1 = 3 • Como esperado.... Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 41
  • 42. Mudança de Base • Sejam β={u1,...,un} e β’= {w1,...,wn} duas bases ordenadas de um mesmo espaço vetorial V • Dado o vetor v ∈V, podemos escrevê-lo como: v = x1u1 + ... + xnun (1) v = y1w1 + ... + ynwn Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 42
  • 43. Mudança de Base • Como podemos relacionar as coordenadas de v em relação à base β x1 [v]β = … xn • com as coordenadas do mesmo vetor v em relação à base β’ y1 [v]β’ = … yn Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 43
  • 44. Mudança de Base • Já que {u1,...,un} é base de V, podemos escrever os vetores v e w como combinação linear dos uj, isto é: w1 = a11u1 + a21u2 + ...+ an1un w2 = a12u1 + a22u2 + ...+ an2un (2) ...... wn = a1nu1 + a2nu2 + ...+ annun • Substituindo (2) em (1): v=y1w1+...+ynwn=y1(a11u1+...+an1un)+..+yn(a1nu1+...+annun) = u1(a11y1+...+an1yn)+..+un(a1ny1+...+annyn) Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 44
  • 45. Mudança de Base • Mas v = x1u1 + ... + xnun, e como as coordenadas em relação a uma base são únicas temos: x1 = a11y1 + ... + an1yn ..... Observe que as linhas viraram colunas! xn = a1ny1 + ... + annyn • Ou, em forma matricial x1 a11 ... a1n x1 … = … … … … xn an1 … ann xn Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 45
  • 46. Mudança de Base • Isso é denotado por: a11 ... a1n β’ [ I ]β = … … … an1 … ann • Temos: β’ [v]β = [ I ] β [v]β’ β’ [I ]β ⇒ Matriz de mudança da base β’ para a base β Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 46
  • 47. Mudança de Base β’ • Observe que, encontrando [ I ] , podemos β encontrar as coordenadas de qualquer vetor v em relação à base β, multiplicando a matriz pelas coordenadas de v na base β’ Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 47
  • 48. Mudança de Base • Exemplo: Sejam β={(2,-1), (3,4)} e β’={(1,0),(0,1)} bases de R2: β’ [ I ]β = ? w1 = (1,0) = a11(2,-1) + a21(3,4) = (2a11+ 3a21, -a11+ 4a21) ⇒ 2a11+3a21 = 1 e -a11+4a21 = 0 ⇒ a11 = 4a21 ⇒ a21 = 1/11 e a11 = 4/11 w2 = (0,1) = a12(2,-1) + a22(3,4) = (2a12+ 3a22, -a12+ 4a22) ⇒ 2a12+3a22 = 0 e -a12+4a22 = 1 ⇒ a22 = 2/11 e a12 = -3/11 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 48
  • 49. Mudança de Base • Exemplo: (cont.) – Assim: • w1 = (1,0) = (4/11)(2,-1) + (1/11)(3,4) • w2 = (0,1) = (-3/11)(2,-1) + (2/11)(3,4) 4/11 -3/11 β’ [I ]β = 1/11 2/11 Linhas tornam-se colunas!!! Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 49
  • 50. Mudança de Base • Exemplo: (cont.) Podemos usar essa matriz para encontrar, por exemplo, [v]β para v = (5, -8) β’ [(5, -8)]β = [I ]β [(5, -8)]β’ 4/11 -3/11 5 4 = = 1/11 2/11 -8 -1 Isto é: (5, -8) = 4.(2, -1) + (-1).(3, 4) Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 50
  • 51. A Inversa da Matriz Mudança de Base β’ • Temos [v]β = [ I ]β [v]β β β’ • Um fato importante é que [I ]β’ e [I ]β são matrizes inversíveis: β’ -1 β ([ I ] ) = [ I ] β β’ Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 51
  • 52. A Inversa da Matriz Mudança de Base • Exemplo: β’ Do exemplo anterior, vamos calcular [I ]β a partir β β é fácil de ser de [ I ]β’ . Note que [I ]β’ calculada pois β’ é a base canônica: • (2, -1) = 2.(1, 0) + (-1).(0, 1) • (3, 4) = 3.(1, 0) + 4.(0, 1) β 2 3 Assim: [ I ] = β’ -1 4 β’ 4/11 -3/11 Então: [ I ] = 2 3 -1 = β -1 4 1/11 2/11 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 52
  • 53. Espaço Vetorial • Exercício 18: Considere o subespaço de R4 gerado pelos vetores v1 = (1,-1,0,0), v2=(0,0,1,1), v3=(-2,2,1,1) e v4=(1,0,0,0) a) O vetor (2, -3, 2, 2) ∈ [v1,v2,v3,v4]? b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual sua dimensão? c) [v1,v2,v3,v4] = R4? Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 53
  • 54. Espaço Vetorial Cont. • Exercício 18: – a) O vetor (2, -3, 2, 2) ∈ [v1,v2,v3,v4]? – Ou seja, existem a, b, c, d, tal que: (2, -3, 2, 2) = a.(1,-1,0,0) + b.(0,0,1,1) +c.(- 2,2,1,1) + d.(1,0,0,0) a – 2c + d = 2 -a + 2c = -3 1 0 -2 1 2 b+c=2 -1 0 2 0 -3 b+c=2 0 1 1 0 2 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 54
  • 55. Espaço Vetorial Cont. • Exercício 18: – a) O vetor (2, -3, 2, 2) ∈ [v1,v2,v3,v4]? Solução: a = 3, b = 2, c = 0, d = -1 Logo, como existe solução, o vetor pertence a [v1,v2,v3,v4] Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 55
  • 56. Espaço Vetorial Cont. • Exercício 18: b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual sua dimensão? 1 -1 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 0 0 -2 2 1 1 0 0 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 Com isso, descobrimos que v4 é combinação linear dos outros vetores. Logo, a base é formada por [v1,v2,v3]. Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 56
  • 57. Espaço Vetorial Cont. • Exercício 18: b) Exiba uma base para [v1,v2,v3,v4]? Qual sua dimensão? Base = [v1,v2,v3] ⇒ dim = 3 c) [v1,v2,v3,v4] = R4? Como dim Base = 3 e dim R4 = 4, então [v1,v2,v3,v4] ≠ R4 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 57
  • 58. Espaço Vetorial • Exercício 19: Considere o subespaço de R3 gerado pelos vetores v1=(1,1,0), v2=(0,-1,1) e v3=(1,1,1). • [v1,v2,v3]=R3? Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 58
  • 59. Espaço Vetorial Cont. • Exercício 19: Solução 1: Existem a, b, c tal que: (x, y, z) = a.(1,1,0) + b.(0,-1,1) + c.(1,1,1) a+c=x a = 2x – y - z a-b=y b=x-y b+c=z c = -x + y + z Ou seja, há valores para a, b e c que podem gerar qualquer vetor no R3. Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 59
  • 60. Espaço Vetorial Cont. • Exercício 19: Solução 2: Vamos tentar escalonar: 1 1 0 1 0 0 0 -1 1 … 0 1 0 1 1 1 0 0 1 O que isso significa? Significa que, com esses vetores e operações lineares, conseguimos gerar a base canônica. Logo, podemos gerar todo o R3. Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 60
  • 61. Exercícios Sugeridos • 2 • 4 • 6 • 7 • 8 • 9 • 11 • 15 • 25 • 29 Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 61
  • 62. A Seguir... • Transformações Lineares Prof. Carlos Alexandre Barros de Mello cabm@cin.ufpe.br 62