O documento discute as adaptações curriculares como possibilidades educacionais para atender às dificuldades de aprendizagem dos alunos. Ele aborda três níveis de adaptação: no projeto político pedagógico da escola, no currículo da sala de aula e no nível individual do aluno. Além disso, fornece exemplos de adequações nos objetivos, conteúdos, metodologia, avaliação e temporalidade do currículo.
3. (...) As adaptações curriculares constituem
possibilidades educacionais de atuar frente
as dificuldades de aprendizagem dos
alunos.
Pressupõe que se realize adaptação do
currículo regular, quando necessário, para
torná-lo apropriado as peculiaridades dos
alunos com n.e.e. Não um novo currículo,
mas um currículo dinâmico, alterável,
passível de ampliação, para que atenda
realmente a todos os educadores.
4. As adequações curriculares implicam a planificação
pedagógica e ações docentes em critérios que definem:
• O que os alunos devem aprender;
• Como e quando aprender;
• Que formas de organização do ensino são mais
eficientes para o processo de aprendizagem;
• Como e quando avaliar o aluno.
5. Sugestões para que cada escola construa,
possibilidades educacionais a partir das necessidades
de seus alunos:
Para que os alunos n.e.e possam participar integralmente e em ambiente
rico de oportunidades que favoreçam a aprendizagem é preciso
considerar:
A preparação e dedicação da equipe educacional e dos professores;
Apoio e recursos especializados quando forem necessários.
Adaptações curriculares de acesso ao currículo.
As decisões curriculares de vem envolver a equipe da escola ( professor
da sala de aula, direção, supervisão e orientação educacional e o
professor do AEE ) para realizar a avaliação, a identificação das
necessidades espaciais e providenciar apoio correspondente para o
professor e o aluno.
7. • No âmbito do Projeto Político Pedagógico - focalizar,
principalmente, a organização escolar e os serviços de apoio.
• No currículo desenvolvido na sala de aula – Focalizar a
organização e os procedimentos didáticos – pedagógicos e
destacar o como fazer, a organização temporal dos
componentes e dos conteúdos curriculares de modo que
favorece a efetiva participação, integração e aprendizagem do
aluno.
• No nível individual – focalizam a atuação do professor da sala de
aula e do A.E.E, na avaliação e o atendimento do aluno, que
farão a definição do nível de competência curricular do
educando e a identificação dos fatores que interferem no
processo ensino – aprendizagem.
8. As adaptações tem o currículo regular como
referencia considerando:
• A real necessidade dessas adaptações;
• Avaliação do nível de competência curricular do
aluno;
• Respeito ao caráter processual permitindo
alterações constantes.
9. Adaptações de conteúdos e avaliação:
• Adequar os objetivos, conteúdos e critérios de avaliação, o
que implica modificar os objetivos, considerando as
condições do aluno em relação aos colegas da turma;
• Mudar a temporalidade dos objetivos, conteúdos e critérios
de avaliação;
• Mudar a temporalidade das disciplinas do curso, série ou ciclo
ou seja, cursar menos disciplina no ano letivo estendendo o
período de duração do curso, série ou ciclo que frequenta;
• A supressão dos conteúdos e objetivos da programação não
devem causar prejuízos para a escolarização e promoção
acadêmica.
10. Considerações...
• A educação infantil deve assegurar o A.E.E.
• O professor do A.E.E juntamente com o professor da
sala de aula comum devem elaborar os Planos de
Estudos adequados ao desenvolvimento do aluno que
deve ser o guia a ser implementado descrevendo as
competências a serem desenvolvidas e os resultados
que se espera alcançar, que deverá ser acompanhado
do parecer descritivo.
• A avaliação da aprendizagem do aluno também deve
ser realizada pela equipe pedagógica da escola.
11. Adequações organizativas têm um caráter facilitador
do processo educativo e dizem respeito:
• Ao tipo de agrupamento de alunos;
• À organização didática da aula;
• À organização dos períodos definidos
para o desenvolvimento das atividades
previstas.
12. As adequações relativas aos objetivos e
conteúdos dizem respeito:
• A priorização de conteúdos que garantam funcionalidade e que sejam
essenciais e instrumentais para as aprendizagens posteriores.
Ex: habilidade de leitura, escrita, cálculos...
• À priorização de objetivos que enfatizam a capacidade e habilidades
básicas de atenção, adaptabilidade, participação.
Ex: habilidades sociais, de trabalho em equipe de persistência na
tarefa...
• À sequenciação pormenorizada de conteúdos que requeiram processos
gradativos de menor á maior complexidade das tarefas, atendendo á
sequência de passos, à ordenação da aprendizagem;
13. • Ao reforço da aprendizagem e à retomada de
determinados conteúdos para garantir o seu
domínio e a sua consolidação.
• À eliminação de conteúdos menos relevantes,
secundários para dar enfoque mais intensivo e
prolongado a conteúdos considerados básicos e
essenciais ao currículo.
14. Adequações avaliativas dizem respeito à seleção
de técnicas e instrumentos para avaliar o aluno:
• À alteração nos métodos definidos para o ensino dos
conteúdos curriculares;
• À seleção de um método mais acessível para o aluno;
• À introdução de atividades complementares que requeiram
habilidades diferentes ou a fixação e consolidação de
conhecimentos já ministrados;
• À introdução de atividades prévias que preparam o aluno
para novas aprendizagens;
• À introdução de atividades alternativas;
• À alternação do nível de abstração, oferecendo recursos de
apoio;
• À alternação do nível de complexidade – simplificação da
atividade.
16. Adequações relativas aos objetivos sugerem decisões que modificam
significativamente o planejamento quanto aos objetivos definidos:
• Eliminação dos objetivos básicos;
• Introdução dos objetivos
específicos alternativos; (não
previsto aos demais alunos)
• Introdução de objetivos
específicos complementares; (
não previsto aos demais alunos)
17. Adequações relativas aos conteúdos básicos e
essências ao currículo:
• Introdução de novos conteúdos não
previstos aos demais alunos, mas
essenciais para alguns alunos;
• Eliminação de conteúdos que embora
essenciais no currículo, sejam inviáveis
de aquisição por parte do aluno.
18. Adaptação relativas à metodologia são consideradas
significativas quando implicam uma modificação expressiva
no planejamento e na atuação docente:
• À introdução de métodos muitos específicos;
• Às alterações nos procedimentos didáticos;
• À organização significativa diferenciada da sala de aula.
19. Adaptações na avaliação:
As adequações significativas na avaliação estão vinculadas às
alterações nos objetivos e conteúdos que foram acrescidos ou
eliminados.
Adaptações significativas na temporalidade:
Referem-se ao ajuste temporal possível para que o aluno
adquira conhecimento e habilidades que estão ao seu alcance,
mas que dependem do ritmo próprio ou do repertorio anterior
que esteja indispensável para novas aprendizagens.
20. Níveis de adequações curriculares:
• No âmbito do projeto político pedagógico;
• No currículo desenvolvido na sala de aula;
• No nível individual.
21. Novo Nível do Projeto Político Pedagógico
Exemplos de Algumas Ações
• A escola flexibiliza os critérios e os procedimentos
pedagógicos levando em conta a diversidade dos seus
alunos;
• O contexto escolar permite discussões e propicia
medidas diferenciadas na metodologia, avaliação e
promoção;
• Diversificação de técnicas, procedimentos e estratégias
de ensino e aprendizagem;
• Identificação e avaliação diagnóstica do aluno com
N.E.E, com apoio de outros setores;
• Elabora objetivos gerais levando em conta a diversidade
a diversidade dos alunos.
22. Adequações relativas ao currículo na sala de
aula (realizadas pelo professor)
• Relação professor aluno;
• Relações entre colegas;
• Agrupamento dos alunos;
• Cooperatividade;
• Organização especial em sala de aula;
• Seleção, adequação e a utilização dos recursos materiais,
equipamentos e mobiliário de modo que favoreça a aprendizagem de
todos;
• Organização do tempo considerando os serviços de apoio ao aluno e o
respeito ao ritmo próprio de aprendizagem e desempenho de cada
um;
• Avaliação flexível;
• Metodologia, atividades e procedimentos de ensino de acordo com a
necessidade do aluno;
• Atividades diversificadas adequadas de modo que atendam ás
peculiaridades individuais e grupais na sala de aula.
23. Sugestões que favoreçam o acesso ao Currículo
• Agrupar os alunos de maneira que facilite a realização de
atividades em grupo e incentive a comunicação
• Propiciar ambientes com adequada luminosidade,
sonoridade e movimentação;
• Encorajar, estimular e reforçar a comunicação, a
participação, o sucesso, a iniciativa e o desempenho do
aluno.
• Adaptar materiais escritos de uso comum: destacar alguns
aspectos que necessitam ser aprendidos com cores,
desenhos traços, cobrir partes que possam desviar a
atenção do aluno.
24. • Incluir desenhos, gráficos que ajudem na compreensão:
destacar imagens; modificar conteúdos de material escrito
de modo a torna-lo mais acessível à compreensão;
• Providenciar adaptação de instrumentos de avaliação e de
ensino-aprendizagem;
• Favorecer o processo comunicativo entre aluno-aluno,
aluno-professor, aluno-adulto.
• Providenciar softwares educativos;
• Despertar motivação, atenção e interesse dos alunos;
• Apoiar o uso dos materiais de ensino aprendizagem de uso
comum;
• Atuar para eliminar sentimentos de inferioridade, menos
valia e fracasso.
25. Adaptações metodológicas e didáticas
• Situar os alunos nos grupos com os quais melhor trabalha;
• Adotar métodos e técnicas de ensino e aprendizagem especificas para
o aluno na operacionalização dos conteúdos curriculares sem prejuízo
para as atividades;
• Utilizar técnicas, procedimentos e instrumentos de avaliação distintos
da classe, quando necessário sem alterar os objetivos da avaliação;
• Introduzir atividades individuais complementares para o aluno
alcançar os objetivos comuns aos demais colegas. Estas atividades
podem se realizar na sala de aula ou em atendimento de apoio.
• Eliminar atividades que não beneficiem o aluno ou que lhe restrinja
uma participação ativa ou real ou ainda que esteja impossibilitado de
executar;
• Substituir objetos que o aluno, em razão de sua preferência, não
consiga realizar por outros acessíveis, significativos e básicos para o
aluno.
26. Adequações conteúdos curriculares e no
processo avaliativo
• Adequar os objetivos conteúdos e critérios de avaliação o
que implica modificar objetivos considerando as condições
do aluno em relação aos demais colegas da turma.
• Priorizar determinados objetivos, conteúdos e critérios de
avaliação. Essa priorização implica em abandonar os
objetivos definidos para o grupo, mas acrescentar outros
mais concernentes com as necessidades educacionais de
cada aluno.
• Mudar a temporalidade dos objetivos, conteúdos e
critérios de avaliação (o aluno com N.E.E poderá alcançar
os mesmos objetivos do grupo mesmo que requeira um
tempo maior para isso)
27. • Introduzir conteúdos, objetivos e critérios de avaliação. O
acréscimo de objetivos, conteúdos e critérios de avaliação não
pressupõe a eliminação ou redução dos elementos constantes
do currículo regular desenvolvido pelo aluno;
• Eliminar conteúdos, objetivos e critérios de avaliação,
definidos para o aluno em razão de suas deficiências ou
limitações pessoais. A supressão destes conteúdos e objetivos
da programação educacional regular não deve causar prejuízo
para a sua escolarização e promoção acadêmica. Deve
considerar, rigorosamente, o significado dos conteúdos e
habilitados, ou seja, se são básicas, fundamentais para sua
aprendizagem e pré-requisitos para aprendizagem
posteriores.
28. As medidas de adequações curriculares devem
considerar os seguintes aspectos, dentre outros:
• Ser precedida de uma criteriosa avaliação do
aluno, considerando, a sua competência
acadêmica;
• Fundamentar-se na análise do contexto escolar e
familiar, que favoreça a identificação dos
elementos adaptativos necessários que
possibilitem as alterações indicadas;
• Contar com a participação da equipe docente e
técnica da sala de escola e com o apoio de uma
equipe multidisciplinar;
29. • Promover o registro documental das medidas
adaptativas adotadas, para integrar o acervo
documental do aluno;
• Evitar as programações individuais sejam
definidas, organizadas e realizadas com prejuízo
para o aluno, ou seja, para seu desempenho,
promoção escolar e socialização;
• Adotar critérios para evitar adequações
curriculares que impliquem na supressão de
conteúdos significativos (quantitativos e
qualitativos),bem como a eliminação de disciplinas
ou de áreas curriculares completas.
30. Quando relacionado ao aluno com N.E.E,
processo avaliativo de vê focalizar:
• Os aspectos do desenvolvimento (biológico, intelectual,
motor, emocional, social, comunicação e linguagem);
• O nível de competência curricular (capacidade do aluno em
relação aos conteúdos curriculares anteriores e os a serem
desenvolvidos);
• O estilo de aprendizagem (motivação, capacidade de
atenção, interesses acadêmicos, estratégias próprias de
aprendizagem, tipos preferenciais de agrupamento que
facilitam a aprendizagem e condições físico-ambientais
mais favoráveis para aprender).
31. “SE REALMENTE QUEREMOS QUE ALGUÉM
FAÇA PARTE DAS NOSSAS VIDAS FAREMOS O
QUE FOR PRECISO PARA RECEBER ESSA
PESSOA E ACOMODAR SUAS NECESSIDADES”.
FOREST, 1988.
32. REFERÊNCIAS:
• PARECER Nº 56/2006-CED
• RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2/2001
SABERES E PRATICAS DA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
• UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO-RJ