O documento discute o absolutismo monárquico e seus principais teóricos defensores. Resume que o absolutismo concentrou poder no monarca, mas ele dependia do apoio de nobreza e burguesia. Três teóricos são destacados: Maquiavel defendia a separação de ética e política para o governante se manter no poder; Hobbes via o homem como egoísta por natureza, necessitando de um soberano absoluto para evitar a guerra; Bossuet via o absolutismo como vontade divina, com o rei representando Deus.
Trabalho realizado pelos alunos Ana Carolina, Beatriz Cremasco, Lucas Araújo, Marcelo Gonçalves, Samara Cometti, Thamires Lima e Victória Cristina - 2M2
Mas você já pensou em quantas coisas boas na sua vida foram conseguidas por lutas políticas? Por exemplo, hoje você pode postar na internet uma frase como “Odeio todos os políticos, o governo é corrupto”. No Brasil, há pouco mais de trinta anos, quem criticasse o governo desse jeito poderia ser preso, torturado e até morto. Isso só deixou de ser assim graças a um movimento político forte que mudou a forma de o país ser governado. E quem achar que outros problemas graves do Brasil podem ser resolvidos sem política está seriamente iludido.
A Ciência Política ajuda a entender como funcionam o governo, as leis, os partidos, e tudo aquilo que influencia ou regulamenta a vida dos cidadãos.
Trabalho realizado pelos alunos Ana Carolina, Beatriz Cremasco, Lucas Araújo, Marcelo Gonçalves, Samara Cometti, Thamires Lima e Victória Cristina - 2M2
Mas você já pensou em quantas coisas boas na sua vida foram conseguidas por lutas políticas? Por exemplo, hoje você pode postar na internet uma frase como “Odeio todos os políticos, o governo é corrupto”. No Brasil, há pouco mais de trinta anos, quem criticasse o governo desse jeito poderia ser preso, torturado e até morto. Isso só deixou de ser assim graças a um movimento político forte que mudou a forma de o país ser governado. E quem achar que outros problemas graves do Brasil podem ser resolvidos sem política está seriamente iludido.
A Ciência Política ajuda a entender como funcionam o governo, as leis, os partidos, e tudo aquilo que influencia ou regulamenta a vida dos cidadãos.
Fruto das tensões politicas, econômicas e sociais do final do século XIX, a Europa inicia o século XX vivendo a Belle Époque, crises imperialistas, paixões nacionalistas e conflitos de ordem econômica, uma mistura que faz explodir nos Bálcãs o estopim da Primeira Grande Guerra, capaz de alterar a velha Ordem Mundial... Veja em nosso slide.
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1. Absolutismo monárquico
1. Conceituações Gerais:
Por vezes, costuma-se afirmar que o absolutismo significou o total e ilimitado poder nas mãos
do rei. Na verdade, o que percebemos é uma grande concentração de poderes e prestígio
social no membro mais importante da corte e, por mais que este monarca dispusesse de enorme
importância, dependia do apoio de setores sociais importantes para se manter no poder.
A adesão da crescente burguesia à concentração de poderes nas mãos do rei, por exemplo
se daria a partir da efetivação do processo de centralização dos diversos feudos, acompanhada da
integração das taxas e impostos, que antes eram cobrados para atravessar os mesmos. Outras
padronizações realizadas pelo monarca receberam grande apoio da classe burguesa e também
merecem ser destacadas, como nas leis, nos pesos, nas medidas e nas moedas, que passaram a
ser únicos em todo o Estado, facilitando o desenvolvimento da economia monetária.
Enfraquecida politicamente pelo processo de centralização do poder e economicamente pela
crescente ruptura das relações servis, a nobreza buscou se agarrar aos privilégios sociais que tinha
da época feudal, como a isenção de impostos e o direito a uma justiça especial. O próprio rei para
manter os privilégios à nobreza, passou a distribuir a seus membros favores especiais como cargos
e pensões pagos com o Tesouro nacional.
Com isso, podemos afirmar que, apesar das várias modificações do Estado absolutista em
relação à época feudal, marcadas principalmente pela centralização do poder nas mãos do monarca
em detrimento dos senhores feudais, algumas permanências puderam ser percebidas, como a
manutenção da sociedade estamental - aquela antiga sociedade de privilégios - dividida em três
grupos: o alto clero (1° estado/ordem), seguido pela nobreza (2° estado/ordem), ambos com muitos
privilégios e na base social ou 3° estado tínhamos a maioria da população que, no entanto, dispunha
da minoria das terras (burgueses e camponeses, principalmente).
2. Teóricos defensores do absolutismo:
A seguir, vamos observar três, dos principais teóricos que se empenharam na explicação e
justificação do absolutismo.
2.1. Nicolau Maquiavel (1469-1527):
- PRINCIPAL OBRA: “O Príncipe”
Pensador renascentista que, apesar de não ter escrito uma teoria sobre o absolutismo,
procurou mostrar como o soberano deveria agir e quais recursos empregar não somente para
conquistar, mas também para permanecer no poder.
Maquiavel separa os critérios morais da permanência no poder (daí a frase que se refere a
Maquiavel: “os fins justificam os meios”), ou seja, deveriam ser utilizados até mesmo atos como
crimes, mentiras, fraudes etc. Segundo o pensador: “O príncipe não deve se desviar do bem, se
possível, mas deve estar pronto para fazer o mal, se necessário"
Um bom governante para Maquiavel seria aquele que, com sabedoria, soubesse combinar a
“Virtude” (capacidade de o governante escolher a melhor estratégia para ação de seu governo) e
“Fortuna" (ligada às coisas inevitáveis do destino - boas ou más - que acontecem aos homens,
podendo tanto levar quanto retirar alguém do poder).
2. Além de defender a separação da moral e da ética em relação à política, Maquiavel também
defendia que os reis (príncipes) não poderiam estar submetidos a nenhuma instituição, inclusive à
Igreja Católica.
Uma característica marcante de Maquiavel em suas obras, inclusive em O Príncipe foram os
constantes exemplos históricos utilizados como forma de referência nas atitudes políticas. Segundo
o próprio pensador: “deve um homem prudente seguir sempre pelas sendas (pelos caminhos)
percorridas pelos que se tornaram grandes e imitar aqueles que foram excelentes, isto para que, não
sendo possível chegar à virtude destes, pelo menos dai venha a auferir (conseguir) algum proveito”.
2.2. Thomas Hobbes (1588-1679):
- PRINCIPAL OBRA: Leviatã
O Pensamento político de Hobbes trata o homem como um ser egoísta por natureza, não
havendo desta forma um consenso espontâneo como nos demais animais. Por isso, é tão comum ,
se resumir o pensamento do autor na seguinte frase: “O homem é lobo do próprio homem”. A
condição natural em que os homens se encontram, portanto, é a da violência, da guerra de todos
contra todos, o que obviamente ameaçaria o bem maior da humanidade: a vida.
Para escapar desta situação, o homem recorre à razão e ao instinto. O instinto consiste em
evitar a guerra e conseguir o que for necessário para a sobrevivência humana. A razão produziria as
“leis da natureza", que seriam “normas” que possibilitariam o sucesso desse instinto de
autoconservação.
Em outras palavras: com o objetivo de se buscar a paz social, ameaçada pelo estado natural
do homem, são “criadas” algumas “regras", que Hobbes chama de Contrato ou Pacto Social.
O homem entregaria todos os seus direitos a um único homem ou assembléia. Este soberano
ficaria, desta maneira, acima do bem e do mal, passando a exercer poder absoluto sobre todos. As
instituições em geral (inclusive a Igreja Católica) deveriam também ficar submetidas a ele.
2.3. Jacgues-Bénigne Bossuet (1627-1704):
- PRINCIPAL OBRA: A Política tirada da Sagrada Escritura
Diferentemente de Maquiavel e Hobbes que, conforme lemos acima, defendiam de maneira -
laica (ou seja, de maneira não religiosa) o absolutismo, Bossuet afirmava que a centralização
monárquica seria uma vontade de Deus e que a autoridade do rei deveria exercida de maneira
natural, com um pai em relação a seus filhos.
A defesa principal de Bossuet partia pela Teoria do Direito Divino, na qual, o rei seria o
representante de Deus na Terra e quaisquer rebeliões ou desrespeitos às suas ordens deveriam ser
vistos como atos criminosos que atingiriam a uma figura sagrada.