O documento discute a interface entre espiritualidade, religião e saúde mental. Apresenta a técnica de mindfulness, originada do budismo, que tem sido utilizada em terapias cognitivo-comportamentais para reduzir estresse e sintomas. Finalmente, resume uma entrevista com uma psiquiatra especializada em terapias cognitivas que discute a aproximação entre mindfulness, espiritualidade e terapias cognitivas.
1. O documento apresenta os resultados de uma investigação sobre a relação entre mindfulness, auto-compaixão, vergonha e psicopatologia em praticantes e não praticantes de meditação/yoga.
2. Os resultados revelam que praticantes de meditação/yoga apresentam níveis mais elevados de mindfulness e auto-compaixão e mais baixos de vergonha e psicopatologia.
3. Também se verificou que indivíduos com maior mindfulness distinguem-se por ter níveis mais altos de auto-compaixão e mais baix
O documento discute como técnicas de mindfulness, originalmente associadas à meditação budista, podem ser aplicadas em psicoterapia. Aborda definições de mindfulness, evidências neurobiológicas de seus benefícios, e como pode ser usado no tratamento de problemas como ansiedade, depressão, dor e transtornos de personalidade.
Este documento discute a relação entre meditação e bem-estar psicológico. Apresenta três processos psicológicos que parecem mediar esta relação: relaxamento, metacognição/mindfulness e autorregulação. Revisa estudos empíricos que apoiam os efeitos da meditação sobre experiências emocionais positivas através destes mecanismos. Argumenta que o estudo destes processos e dos efeitos da meditação pode contribuir para sua aplicação na psicologia e no desenvolvimento da ciência psicológica.
O documento descreve os fundamentos e características da Terapia Cognitiva. Apresenta sua origem a partir dos estudos de Aaron Beck na década de 1960, que propôs um modelo cognitivo para a depressão. Descreve também os principais conceitos e técnicas da Terapia Cognitiva, como o foco nos esquemas cognitivos dos pacientes e o uso de estratégias diretivas e semiestruturadas.
O documento discute a importância e objetivos da entrevista psiquiátrica. A entrevista é o principal método para avaliar o paciente, estabelecer um diagnóstico e planejar o tratamento. Ela permite ao médico compreender a história do paciente e como fatores genéticos, ambientais e psicológicos influenciaram seu desenvolvimento e estado mental atual. A entrevista também pode ter fins terapêuticos, de pesquisa ou educacionais.
O documento descreve uma série de módulos sobre Terapia Cognitiva elaborados por Ana Maria Serra e o Instituto de Terapia Cognitiva de São Paulo. Os oito módulos abordam tópicos como introdução à Terapia Cognitiva, depressão, ansiedade, dependência química, terapia com casais e famílias, e transtornos de personalidade. O objetivo é aprimorar os conhecimentos de estudantes e profissionais da Psicologia sobre os princípios e aplicações da Terapia C
Este documento discute a história da psicoterapia desde a antiguidade até o iluminismo, com ênfase nas abordagens de Platão, Hipócrates, Descartes e Pinel. Também aborda os principais tipos de psicoterapia e as diferentes abordagens teóricas, enfatizando a importância da formação do terapeuta e da indicação adequada de cada caso.
1. O documento apresenta os resultados de uma investigação sobre a relação entre mindfulness, auto-compaixão, vergonha e psicopatologia em praticantes e não praticantes de meditação/yoga.
2. Os resultados revelam que praticantes de meditação/yoga apresentam níveis mais elevados de mindfulness e auto-compaixão e mais baixos de vergonha e psicopatologia.
3. Também se verificou que indivíduos com maior mindfulness distinguem-se por ter níveis mais altos de auto-compaixão e mais baix
O documento discute como técnicas de mindfulness, originalmente associadas à meditação budista, podem ser aplicadas em psicoterapia. Aborda definições de mindfulness, evidências neurobiológicas de seus benefícios, e como pode ser usado no tratamento de problemas como ansiedade, depressão, dor e transtornos de personalidade.
Este documento discute a relação entre meditação e bem-estar psicológico. Apresenta três processos psicológicos que parecem mediar esta relação: relaxamento, metacognição/mindfulness e autorregulação. Revisa estudos empíricos que apoiam os efeitos da meditação sobre experiências emocionais positivas através destes mecanismos. Argumenta que o estudo destes processos e dos efeitos da meditação pode contribuir para sua aplicação na psicologia e no desenvolvimento da ciência psicológica.
O documento descreve os fundamentos e características da Terapia Cognitiva. Apresenta sua origem a partir dos estudos de Aaron Beck na década de 1960, que propôs um modelo cognitivo para a depressão. Descreve também os principais conceitos e técnicas da Terapia Cognitiva, como o foco nos esquemas cognitivos dos pacientes e o uso de estratégias diretivas e semiestruturadas.
O documento discute a importância e objetivos da entrevista psiquiátrica. A entrevista é o principal método para avaliar o paciente, estabelecer um diagnóstico e planejar o tratamento. Ela permite ao médico compreender a história do paciente e como fatores genéticos, ambientais e psicológicos influenciaram seu desenvolvimento e estado mental atual. A entrevista também pode ter fins terapêuticos, de pesquisa ou educacionais.
O documento descreve uma série de módulos sobre Terapia Cognitiva elaborados por Ana Maria Serra e o Instituto de Terapia Cognitiva de São Paulo. Os oito módulos abordam tópicos como introdução à Terapia Cognitiva, depressão, ansiedade, dependência química, terapia com casais e famílias, e transtornos de personalidade. O objetivo é aprimorar os conhecimentos de estudantes e profissionais da Psicologia sobre os princípios e aplicações da Terapia C
Este documento discute a história da psicoterapia desde a antiguidade até o iluminismo, com ênfase nas abordagens de Platão, Hipócrates, Descartes e Pinel. Também aborda os principais tipos de psicoterapia e as diferentes abordagens teóricas, enfatizando a importância da formação do terapeuta e da indicação adequada de cada caso.
O documento discute vários tópicos relacionados à psicologia, incluindo diferentes tipos de profissionais da psicologia como psiquiatras, psicanalistas, psicólogos clínicos e psicoterapeutas. Também discute a psicologia do esporte e o papel do psicólogo em promover o desenvolvimento pessoal e a autonomia.
O documento descreve uma nova abordagem de psicoterapia breve chamada Psicoterapia Trajetória de Vida desenvolvida pela psicóloga Marisa Oliveira e pelo psiquiatra Mário Simões. A abordagem usa técnicas como hipnose clínica e visualização criativa para ajudar os pacientes a resignificarem positivamente suas vidas através de objetivos definidos a curto prazo.
A meditação é uma prática antiga associada a religiões orientais que envolve focar a mente internamente. Estudos mostram que a meditação causa alterações no cérebro ligadas a benefícios como redução de ansiedade, depressão e dores. Pesquisas também demonstraram que a meditação melhora a memória, o sono e reduz recaídas em dependentes.
As principais influências orientais utilizadas nas abordagens da terapia cogn...Marcus Deminco
OBJETIVO: pesquisar e descrever as principais técnicas orientais utilizadas como recursos de intervenções psicoterapêuticas em algumas práticas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) contemporânea. MÉTODOS: análise correlacional por revisão não sistemática em fontes secundárias. CONCLUSÕES: as práticas orientais utilizadas pela Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), como o Mindfulness, a Terapia Comportamental Dialética (TCD), a Respiração Diafragmática e o Relaxamento Muscular Progressivo, representam não só um acréscimo relevante no arsenal de suas técnicas psicoterapêuticas, como também – proporcionam aos seus pacientes – uma maior variedade de recursos disponíveis no processo terapêutico.
Apresentação Terapia de Aceitação e Compromissopsicologiaestoi
Este documento descreve os fundamentos teóricos e a aplicação da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) aos sintomas psicóticos. A ACT foca-se em ensinar os pacientes a aceitarem experiências privadas indesejadas, em vez de tentarem controlá-las ou eliminá-las, e em comprometerem-se com valores para melhorar a qualidade de vida. O documento apresenta três estudos de caso que mostraram reduções nos sintomas psicóticos e melhorias nos comportamentos orientados para valores após a intervenção com
Este documento discute o tratamento da depressão em terapia cognitivo-comportamental. A terapia é baseada em um modelo cognitivo coerente de distúrbio emocional e envolve identificar pensamentos e crenças disfuncionais do paciente para testá-los e substituí-los por pensamentos mais realistas. O documento descreve as etapas da avaliação comportamental e o uso de metáforas para explicar conceitos-chave da terapia ao paciente.
A prática do cuidado na relação clínica entre o acupunturista e o clienteBruno Cuiabano
Este artigo relaciona o conceito “Eu-Tu e Eu-Isso” de Martin Buber com os termos Empatia, Presença e Congruência no fazer de um profissional de saúde, no caso o Acupunturista. O artigo tem como objetivo refletir que atitudes do profissional de saúde, consigo e com seus clientes, que levam em consideração as ferramentas filosóficas Empatia, Presença e Congruência, geram uma relação de cuidado e norteiam uma prática mais humana e ética. A realização dessa investigação foi elaborada a partir de pesquisa bibliográfica, levantamento de informações através da leitura de livros, artigos, teses, dissertações e sites de internet. O tratamento dos dados se deu de forma analítica e descritiva
O documento descreve o que é a psicoterapia, explicando que é um caminho percorrido em conjunto entre o paciente e o terapeuta, onde o terapeuta guia o paciente na descoberta de novas soluções. Descreve também os passos comuns na psicoterapia, como a recolha de dados, definição de objetivos e conceptualização do caso. Realça que o processo foca-se no paciente e que as decisões são tomadas em conjunto.
Diagnóstico psicológico e terapia cognitiva considerações atuaisCenira Marcelo
O documento discute a importância da avaliação psicológica no processo terapêutico da terapia cognitivo-comportamental. A avaliação psicológica fornece elementos importantes para o desenvolvimento do tratamento nesta abordagem. Classificações como CID-10 e DSM-IV facilitam o diagnóstico e a comunicação entre profissionais de diferentes campos. A terapia cognitivo-comportamental tem se desenvolvido com diversos modelos comprovadamente eficazes.
O documento discute a Terapia Comportamental e Cognitiva (TCC), resumindo:
1) A TCC foca no comportamento manifesto e cognições, visando modificar hábitos não adaptativos através do reforço de comportamentos alternativos.
2) A TCC tem suas origens no behaviorismo e evoluiu para incorporar variáveis cognitivas, originando a terapia cognitiva.
3) Técnicas como dessensibilização sistemática, modelagem e reforço são utilizadas para tratar problemas como fobias.
[1] O documento discute a prática do aconselhamento psicológico dentro de organizações para promover a saúde mental e qualidade de vida dos trabalhadores. [2] Uma pesquisa com psicólogos organizacionais mostrou que a maioria reconhece os benefícios do aconselhamento, porém ele não é amplamente oferecido. [3] O documento defende que o aconselhamento psicológico deve ser mais utilizado nas empresas para criar um ambiente saudável e de crescimento.
Este artigo analisa como as igrejas neopentecostais influenciam a visão de saúde, doença e cura de seus fiéis. Observando cultos e entrevistando membros de uma igreja, percebeu-se que o discurso da igreja fornece sentido e ajuda com problemas diários. A doença é vista como ação demoníaca e a cura requer exorcismo. Além disso, os rituais de cura da igreja e a consulta médica são vistos como quase excludentes.
Uma psicoterapia é uma experiência emocional vivida. Como tal, ela não pode na verdade, ser traduzida, transcrita, explicada, compreendida ou contada em palavras.
Este documento discute sete mitos comuns sobre psicoterapia. Explica que procurar ajuda profissional não significa que alguém esteja maluco, e que amigos e família, embora importantes, nem sempre podem fornecer o mesmo nível de compreensão e tratamento que um psicólogo. Também discute que embora esforço e atitude positiva sejam úteis, problemas mentais podem requerer mais do que isso, e que a psicoterapia envolve mais do que apenas ouvir problemas.
1) O documento discute a Abordagem Centrada na Pessoa, uma abordagem de terapia desenvolvida por Carl Rogers que se opõe aos paradigmas psicanalítico e comportamentalista.
2) A abordagem enfatiza a experiência subjetiva do cliente através da empatia do terapeuta e vê o ser humano como tendo capacidade de escolha e autodeterminação.
3) As condições para mudança terapêutica incluem a compreensão empática do terapeuta, aceitação incondicional do cliente e congru
Trabalho proposto pela professora Lígia Trevisan para a disciplina de Fundamentos Históricos e Epistemológicos I do 1º semestre do curso de bacharelado em Psicologia da Universidade Franciscana – UFN.
O documento descreve os princípios da meditação Vipassana. Ele explica que o sofrimento humano é causado pela geração de negatividades e que a meditação Vipassana ensina a observar as sensações físicas e mentais para enfrentar as impurezas da mente. O documento também descreve a história, prática e benefícios da meditação Vipassana.
O documento descreve o que é mindfulness, como foi criado por Jon Kabat-Zinn nos anos 70 com base em técnicas de meditação budistas, e envolve observar a experiência interior no momento presente de forma não julgadora. Estudos mostram que mindfulness melhora a regulação emocional e concentração ao aumentar a substância cinzenta em áreas cerebrais ligadas a esses processos, e fornece um exercício simples de contar a respiração para praticar mindfulness.
A prática do Mindfulness traz benefícios a vários níveis (aumento das capacidades de aprendizagem, memória, concentração e regulação das emoções). Através do trabalho do fotógrafo Peter Seidler, conseguimos agora mostrar que também há mudanças no aspecto físico das pessoas que meditam.
Mindfulness cultivar a atenção plena 2016Vasco Gaspar
Este documento discute os benefícios da atenção plena (mindfulness) e como ela está sendo aplicada em grandes organizações. Explica que a qualidade da atenção determina os resultados e define mindfulness como a consciência que emerge quando prestamos atenção de forma intencional no momento presente sem julgamentos. Também resume diferentes tipos de intervenções sobre mindfulness, como palestras, workshops e programas, destacando seus formatos e objetivos.
The document discusses mindfulness therapy and meditation, outlining the path of mindfulness from healthy lifestyle to self-actualization, research on benefits such as reduced stress and anxiety, and therapeutic interventions like Mindfulness-Based Stress Reduction and Cognitive Therapy which incorporate mindfulness practices and have shown lasting improvements for conditions like depression.
O documento discute vários tópicos relacionados à psicologia, incluindo diferentes tipos de profissionais da psicologia como psiquiatras, psicanalistas, psicólogos clínicos e psicoterapeutas. Também discute a psicologia do esporte e o papel do psicólogo em promover o desenvolvimento pessoal e a autonomia.
O documento descreve uma nova abordagem de psicoterapia breve chamada Psicoterapia Trajetória de Vida desenvolvida pela psicóloga Marisa Oliveira e pelo psiquiatra Mário Simões. A abordagem usa técnicas como hipnose clínica e visualização criativa para ajudar os pacientes a resignificarem positivamente suas vidas através de objetivos definidos a curto prazo.
A meditação é uma prática antiga associada a religiões orientais que envolve focar a mente internamente. Estudos mostram que a meditação causa alterações no cérebro ligadas a benefícios como redução de ansiedade, depressão e dores. Pesquisas também demonstraram que a meditação melhora a memória, o sono e reduz recaídas em dependentes.
As principais influências orientais utilizadas nas abordagens da terapia cogn...Marcus Deminco
OBJETIVO: pesquisar e descrever as principais técnicas orientais utilizadas como recursos de intervenções psicoterapêuticas em algumas práticas da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) contemporânea. MÉTODOS: análise correlacional por revisão não sistemática em fontes secundárias. CONCLUSÕES: as práticas orientais utilizadas pela Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), como o Mindfulness, a Terapia Comportamental Dialética (TCD), a Respiração Diafragmática e o Relaxamento Muscular Progressivo, representam não só um acréscimo relevante no arsenal de suas técnicas psicoterapêuticas, como também – proporcionam aos seus pacientes – uma maior variedade de recursos disponíveis no processo terapêutico.
Apresentação Terapia de Aceitação e Compromissopsicologiaestoi
Este documento descreve os fundamentos teóricos e a aplicação da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) aos sintomas psicóticos. A ACT foca-se em ensinar os pacientes a aceitarem experiências privadas indesejadas, em vez de tentarem controlá-las ou eliminá-las, e em comprometerem-se com valores para melhorar a qualidade de vida. O documento apresenta três estudos de caso que mostraram reduções nos sintomas psicóticos e melhorias nos comportamentos orientados para valores após a intervenção com
Este documento discute o tratamento da depressão em terapia cognitivo-comportamental. A terapia é baseada em um modelo cognitivo coerente de distúrbio emocional e envolve identificar pensamentos e crenças disfuncionais do paciente para testá-los e substituí-los por pensamentos mais realistas. O documento descreve as etapas da avaliação comportamental e o uso de metáforas para explicar conceitos-chave da terapia ao paciente.
A prática do cuidado na relação clínica entre o acupunturista e o clienteBruno Cuiabano
Este artigo relaciona o conceito “Eu-Tu e Eu-Isso” de Martin Buber com os termos Empatia, Presença e Congruência no fazer de um profissional de saúde, no caso o Acupunturista. O artigo tem como objetivo refletir que atitudes do profissional de saúde, consigo e com seus clientes, que levam em consideração as ferramentas filosóficas Empatia, Presença e Congruência, geram uma relação de cuidado e norteiam uma prática mais humana e ética. A realização dessa investigação foi elaborada a partir de pesquisa bibliográfica, levantamento de informações através da leitura de livros, artigos, teses, dissertações e sites de internet. O tratamento dos dados se deu de forma analítica e descritiva
O documento descreve o que é a psicoterapia, explicando que é um caminho percorrido em conjunto entre o paciente e o terapeuta, onde o terapeuta guia o paciente na descoberta de novas soluções. Descreve também os passos comuns na psicoterapia, como a recolha de dados, definição de objetivos e conceptualização do caso. Realça que o processo foca-se no paciente e que as decisões são tomadas em conjunto.
Diagnóstico psicológico e terapia cognitiva considerações atuaisCenira Marcelo
O documento discute a importância da avaliação psicológica no processo terapêutico da terapia cognitivo-comportamental. A avaliação psicológica fornece elementos importantes para o desenvolvimento do tratamento nesta abordagem. Classificações como CID-10 e DSM-IV facilitam o diagnóstico e a comunicação entre profissionais de diferentes campos. A terapia cognitivo-comportamental tem se desenvolvido com diversos modelos comprovadamente eficazes.
O documento discute a Terapia Comportamental e Cognitiva (TCC), resumindo:
1) A TCC foca no comportamento manifesto e cognições, visando modificar hábitos não adaptativos através do reforço de comportamentos alternativos.
2) A TCC tem suas origens no behaviorismo e evoluiu para incorporar variáveis cognitivas, originando a terapia cognitiva.
3) Técnicas como dessensibilização sistemática, modelagem e reforço são utilizadas para tratar problemas como fobias.
[1] O documento discute a prática do aconselhamento psicológico dentro de organizações para promover a saúde mental e qualidade de vida dos trabalhadores. [2] Uma pesquisa com psicólogos organizacionais mostrou que a maioria reconhece os benefícios do aconselhamento, porém ele não é amplamente oferecido. [3] O documento defende que o aconselhamento psicológico deve ser mais utilizado nas empresas para criar um ambiente saudável e de crescimento.
Este artigo analisa como as igrejas neopentecostais influenciam a visão de saúde, doença e cura de seus fiéis. Observando cultos e entrevistando membros de uma igreja, percebeu-se que o discurso da igreja fornece sentido e ajuda com problemas diários. A doença é vista como ação demoníaca e a cura requer exorcismo. Além disso, os rituais de cura da igreja e a consulta médica são vistos como quase excludentes.
Uma psicoterapia é uma experiência emocional vivida. Como tal, ela não pode na verdade, ser traduzida, transcrita, explicada, compreendida ou contada em palavras.
Este documento discute sete mitos comuns sobre psicoterapia. Explica que procurar ajuda profissional não significa que alguém esteja maluco, e que amigos e família, embora importantes, nem sempre podem fornecer o mesmo nível de compreensão e tratamento que um psicólogo. Também discute que embora esforço e atitude positiva sejam úteis, problemas mentais podem requerer mais do que isso, e que a psicoterapia envolve mais do que apenas ouvir problemas.
1) O documento discute a Abordagem Centrada na Pessoa, uma abordagem de terapia desenvolvida por Carl Rogers que se opõe aos paradigmas psicanalítico e comportamentalista.
2) A abordagem enfatiza a experiência subjetiva do cliente através da empatia do terapeuta e vê o ser humano como tendo capacidade de escolha e autodeterminação.
3) As condições para mudança terapêutica incluem a compreensão empática do terapeuta, aceitação incondicional do cliente e congru
Trabalho proposto pela professora Lígia Trevisan para a disciplina de Fundamentos Históricos e Epistemológicos I do 1º semestre do curso de bacharelado em Psicologia da Universidade Franciscana – UFN.
O documento descreve os princípios da meditação Vipassana. Ele explica que o sofrimento humano é causado pela geração de negatividades e que a meditação Vipassana ensina a observar as sensações físicas e mentais para enfrentar as impurezas da mente. O documento também descreve a história, prática e benefícios da meditação Vipassana.
O documento descreve o que é mindfulness, como foi criado por Jon Kabat-Zinn nos anos 70 com base em técnicas de meditação budistas, e envolve observar a experiência interior no momento presente de forma não julgadora. Estudos mostram que mindfulness melhora a regulação emocional e concentração ao aumentar a substância cinzenta em áreas cerebrais ligadas a esses processos, e fornece um exercício simples de contar a respiração para praticar mindfulness.
A prática do Mindfulness traz benefícios a vários níveis (aumento das capacidades de aprendizagem, memória, concentração e regulação das emoções). Através do trabalho do fotógrafo Peter Seidler, conseguimos agora mostrar que também há mudanças no aspecto físico das pessoas que meditam.
Mindfulness cultivar a atenção plena 2016Vasco Gaspar
Este documento discute os benefícios da atenção plena (mindfulness) e como ela está sendo aplicada em grandes organizações. Explica que a qualidade da atenção determina os resultados e define mindfulness como a consciência que emerge quando prestamos atenção de forma intencional no momento presente sem julgamentos. Também resume diferentes tipos de intervenções sobre mindfulness, como palestras, workshops e programas, destacando seus formatos e objetivos.
The document discusses mindfulness therapy and meditation, outlining the path of mindfulness from healthy lifestyle to self-actualization, research on benefits such as reduced stress and anxiety, and therapeutic interventions like Mindfulness-Based Stress Reduction and Cognitive Therapy which incorporate mindfulness practices and have shown lasting improvements for conditions like depression.
Search Inside Yourself / Procura Dentro de TiVasco Gaspar
Este documento discute a importância da inteligência emocional baseada em mindfulness para líderes. Apresenta dados mostrando que a maioria dos funcionários se sente desmotivada e não está vivendo seu potencial criativo no trabalho. Defende que o mindfulness é uma competência essencial para líderes lidarem com a complexidade crescente e preocupações. Descreve os benefícios da inteligência emocional e mindfulness para o bem-estar, desempenho e liderança.
Mindfulness na educação março2016 [modo de compatibilidade]Bento Andreato
O documento discute mindfulness na educação, definindo-o como a qualidade de estar atento, ciente e consciente no presente momento. Apresenta benefícios como desenvolvimento da concentração, redução de estresse e melhora nas relações, e evidências de que programas de mindfulness para crianças e adultos trazem resultados positivos. Também lista universidades e empresas que adotaram a prática e descreve brevemente os instrutores.
O documento discute a educação emocional básica e como padrões emocionais inadequados aprendidos na infância podem levar a problemas como baixa autoestima e dependência de vícios. Ele também descreve como identificar esses padrões e aprender novos através da reeducação emocional, focando na vergonha tóxica e como o amor próprio pode ajudar a superá-la.
Apresentação Mindfulness, Emoções e Valores HumanosGil Sant'Anna
O documento discute como a prática da atenção plena (mindfulness) pode ajudar a prevenir problemas de saúde mental e emocional. Apresenta estatísticas mostrando que problemas como depressão, ansiedade e suicídio são muito comuns e incapacitantes. Explica que a atenção plena treina a mente a ficar no momento presente sem julgamento, e discute como isso pode ser aplicado para melhor compreender e lidar com emoções.
O documento discute a meditação e o autoconhecimento como formas de evitar o sofrimento. Ele explica que viver no presente ao invés de se preocupar com o futuro pode prevenir a infelicidade. Também descreve como a atenção plena, praticada corretamente, pode trazer benefícios como redução do estresse e melhorias no humor.
This document discusses how cognitive behavioral therapy and mindfulness can be used together in addiction treatment. It defines CBT and mindfulness, explaining how CBT identifies and challenges dysfunctional thoughts while mindfulness promotes present-moment awareness. The document outlines how to use thought records and cognitive restructuring to identify automatic thoughts and core beliefs related to addiction and develop alternative perspectives. It also describes how mindfulness can support CBT by reducing judgment of thoughts and cultivating acceptance.
A Psicologia das 6 Necessidades Humanas de Anthony RobbinsFocusLife
Slides da video-palestra que explica a Psicologia das 6 Necessidades Humanas, que foi desenvolvida por Anthony Robbins.
Principais tópicos da video-palestra:
- Como criamos nossas emoções;
- As 4 Classes de Experiência;
- Necessidade de Certeza/Conforto;
- Necessidade de Incerteza/Variedade;
- Necessidade de Significado/Importância;
- Necessidade de Amor/Conexão;
- Necessidade de Crescimento;
- Necessidade de Contribuição.
Visite também o site: www.focuslife.com.br
10 frases sobre pos-venda - com o palestrante de vendas leandro branquinhoLeandro Branquinho
O relacionamento com um cliente deveria ser como um casamento bem sucedido. Deixar de falar "eu te amo", esfria a relação, assim como deixar de fazer pós-venda esfria o relacionamento com seus clientes
10 frases para melhorar seu atendimento com o palestrante de vendas Leandro B...Leandro Branquinho
O documento apresenta 10 frases para melhorar o atendimento ao cliente, destacando que atender bem vai além de tratar bem as pessoas e envolve resolver problemas, entender as necessidades dos clientes, antecipar suas necessidades e fazer o melhor para atendê-los.
Mindfulness at Work: Navigating Multitasking With Focus & EaseShalini Bahl
This is a webinar I did for AllOne Health’s clients on mindfulness at work and how it enhances the ability to focus and well being. If you would like to see the full webinar please visit the website:
http://mindfuluniverse.com/video/mindfulness-at-work-new-approaches-to-maximize-focus If you would like the slides please let me know and I will be happy to email you a copy
This document provides information about mindfulness, including its origins in Buddhism, definitions, facets, measures, interventions, and exercises. It defines mindfulness as paying attention to the present moment non-judgmentally. Facets include self-regulation of attention and orientation to experience. Common interventions discussed are Mindfulness-Based Stress Reduction (MBSR), Mindfulness-Based Cognitive Behavioral Therapy (MBCBT), and mindfulness-based approaches for eating disorders and relationships. Exercises include mindfulness of breath meditation and noting thoughts.
O documento fornece dicas para vendedores melhorarem o atendimento aos clientes, como cumprir com promessas, resolver problemas em vez de passá-los adiante, e demonstrar interesse genuíno pelos clientes. Também ressalta a importância de antecipar as necessidades dos clientes e de manter uma mente aberta ao lidar com reclamações.
O documento discute estratégias de marketing pós-venda e fidelização de clientes, abordando tópicos como pré-venda, pós-venda e qualidade total; conquista e satisfação do cliente; e estratégias para manter relacionamentos de longo prazo com clientes.
12 maneiras para ter sucesso na abordagem de vendasAgendor
O documento fornece 12 dicas para vendas de sucesso, enfatizando a importância de se conectar emocionalmente com os clientes, adaptar a linguagem a cada cliente e estudar o ambiente da reunião de vendas. Também destaca que as abordagens tradicionais de vendas já não funcionam e que os vendedores devem focar em escutar os clientes em vez de falar muito.
Este documento apresenta uma revisão integrativa da literatura científica sobre como a religiosidade/espiritualidade está presente na prática clínica em Psicologia. A revisão encontrou 50 estudos que mostram que a religiosidade/espiritualidade vem sendo incorporada nas noções de saúde, cuidado e integralidade na prática clínica. Alguns protocolos e estratégias são apresentados para integrar a religiosidade/espiritualidade no atendimento, mas é necessária mais pesquisa no Brasil para fornecer subsídios étic
Este documento apresenta uma revisão integrativa sobre a relação entre religião e saúde mental. A pesquisa analisou treze artigos publicados entre 2000-2010 que abordaram o tema. As principais conclusões foram: 1) A religião pode contribuir positivamente para o tratamento de pacientes com doenças mentais, oferecendo continência emocional e ensinamentos que incentivam a qualidade de vida; 2) No entanto, integrar a religiosidade no cuidado com pacientes representa um desafio, já que profissionais de saúde recebem pouco
1) O documento discute a relação entre espiritualidade e saúde, citando estudos que encontram associação positiva entre envolvimento espiritual e melhor saúde mental e física.
2) A espiritualidade é definida como um sistema de crenças que dá significado à vida, e pode mobilizar energias de forma positiva para melhorar a qualidade de vida, mesmo na deficiência física.
3) Estudos demonstram que pessoas religiosas lidam melhor com estresse e têm estilos de vida mais saudáveis, requerendo menos assistência
A importância da integração da espiritualidade e da religiosidade no manejo d...Dr. Mario Peres
Este documento discute a importância da integração da espiritualidade e religiosidade no manejo da dor crônica e nos cuidados paliativos. Ele revisa estudos que mostram associações positivas entre espiritualidade, religiosidade e melhora em variáveis de doenças crônicas. Defende que esses aspectos devem ser reconhecidos e incorporados no tratamento de pacientes com dor crônica por profissionais de saúde.
Uso de práticas espirituais em instituição para portadores de deficiência mentalOsvaldo Brascher
A Guide to Spiritual Care in Health Care
Settings3
, publicado pela Universidade de Edimburgo, apresenta uma
abordagem sistemática para o cuidado espiritual em ambientes de saúde.
No Brasil, destacam-se o Núcleo de Estudos de Problemas Espirituais e
Religiosos (NEPER) do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São
Paulo e o Centro de Estudos em Espiritualidade e Saúde (CEES) da
Universidade Federal de Juiz de Fora.
A partir desse contexto de re
1) O documento discute a relação entre religiosidade e saúde, revisando a história de como essa relação foi vista ao longo do tempo. Inicialmente, a religiosidade era vista de forma negativa, mas pesquisas recentes apontam uma associação positiva.
2) A religião teve um papel importante no surgimento dos primeiros hospitais. Intelectuais do passado criticavam experiências religiosas, mas estudos atuais mostram associação entre maior envolvimento religioso e melhores indicadores de saúde mental.
O que é a psicologia aplicada?
A psicologia aplicada é um ramo da psicologia com objetivos específicos que faz uso de todas as descobertas e princípios científicos alcançados pela "árvore mãe", a psicologia
Este documento discute as interfaces entre psicologia, religião e ética. Apresenta definições de religião e ética e discute visões sobre como a religiosidade pode afetar a saúde mental e o tratamento psicológico de acordo com vários autores. Também resume um estudo sobre a relação entre bem-estar espiritual e qualidade de vida em universitários.
Este documento apresenta:
1) Informações biográficas sobre o autor Richard O. Straub, incluindo sua formação acadêmica e pesquisas na área de psicologia da saúde.
2) Um resumo do desenvolvimento do campo da psicologia da saúde e como ele se tornou uma abordagem interdisciplinar conhecida como modelo biopsicossocial.
3) Uma descrição das principais atualizações e melhorias realizadas na 3a edição deste livro sobre psicologia da saúde, incluindo uma cobertura
Wonca rural/sul_sbmfc_Espiritualidade e saúdeEno Filho
O documento discute como a espiritualidade e religião podem afetar positivamente a saúde e longevidade. Estudos mostram que atividades religiosas como frequentar igreja estão associadas a menores taxas de mortalidade e pressão arterial. Alguns cursos de medicina incluem espiritualidade no currículo, embora a maioria ainda não o faça. Pacientes às vezes desejam discutir suas crenças espirituais com médicos.
Projeto de Pesquisa Aconselhamento Pastoral e psicoterapeuticoMary Kay do Brasil
Este documento discute as semelhanças entre o aconselhamento pastoral e a psicoterapia. A autora observou que algumas pessoas não diferenciam os resultados dos dois tipos de atendimento. Ela investigará se existem pontos em comum nos processos de aconselhamento espiritual e psicológico e quais benefícios pode haver nesta aproximação para aqueles que são atendidos. A metodologia inclui revisão bibliográfica sobre os temas do aconselhamento psicológico e espiritual para clarificar as diferenças
Artigo apresentado (comunicação) e publicado nas Atas do 10º Congresso Nacional de Psicologia da Saúde - “Tendências em Psicologia da Saúde: Contextos e Interdisciplinaridades” - Porto - Portugal.
https://sites.google.com/site/psaude10congresso/
2011apresentacao ps epesquisassaudeespiritualidadeMario Peres
O documento apresenta um curso de pós-graduação sobre pesquisas em saúde e espiritualidade. O curso tem como objetivo capacitar pesquisadores e profissionais de saúde na metodologia de pesquisa sobre espiritualidade e saúde. Ele é composto por três partes abordando espiritualidade e religião, metodologia de pesquisa, e espiritualidade na prática clínica.
O documento discute as definições de Psicologia da Saúde e Psicologia Hospitalar. Psicologia da Saúde se refere a como fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam saúde e doença, enquanto Psicologia Hospitalar é uma especialização exclusivamente brasileira focada em instituições de saúde. Embora relacionadas, essas áreas não são equivalentes devido às diferenças nos significados de "saúde" e "hospital".
O documento discute a integração entre medicina e espiritualidade para ampliar os caminhos de cura do espírito. Ele aborda a separação histórica entre ciência e religião, a necessidade de mudança de paradigma para uma abordagem mais holística e multidimensional da saúde, e as bases científicas para a relação entre espiritualidade e bem-estar.
Acompanhamento psicológico da obesidadeDaniela Souza
O documento discute o papel do psicólogo no tratamento da obesidade, enfatizando a terapia cognitivo-comportamental para modificar pensamentos e comportamentos. O psicólogo deve avaliar fatores psicológicos, estabelecer diagnósticos e oferecer terapia individual para melhorar a auto-estima e qualidade de vida do paciente.
O documento resume uma entrevista com o Dr. Frederico Leão sobre sua dissertação de mestrado que analisou o impacto de práticas espirituais no tratamento de deficiência mental. Sua pesquisa com 650 pacientes nas Casas André Luiz mostrou benefícios significativos da prática espiritual quando combinada com tratamentos médicos convencionais. Isso fornece evidências científicas de que a prática espiritual pode ser um tratamento eficaz para a deficiência mental.
Esta dissertação investigou o percurso histórico da hipnose como objeto de estudo na saúde e sua transformação em uma prática terapêutica. Analisou como práticas culturais de cura deram origem à hipnose através da racionalização do fenômeno da "sugestão". Também examinou concepções místicas e científicas da cura pela sugestão e os obstáculos à difusão da hipnose. Finalmente, discute o potencial da hipnose para a promoção da saúde coletiva ao prior
1. O documento discute como a filosofia do Yoga vê o corpo e a mente como uma estrutura única e inseparável, e como a prática de Yoga pode melhorar a saúde física, mental e emocional.
2. A pesquisa mostra evidências crescentes dos benefícios da prática de Yoga para a saúde e bem-estar das pessoas.
3. O objetivo do trabalho é revisar estudos sobre a correlação entre Yoga e saúde com base em comprovações científicas.
Semelhante a A terapia cognitiva e o mindfulness (20)
1) O documento discute a importância do brincar para crianças hospitalizadas, permitindo que expressem sentimentos e desenvolvam-se.
2) Diferentes tipos de jogos simbólicos como representar papéis médicos ajudam as crianças a lidar com medos relacionados à doença.
3) É recomendado que brinquedotecas em hospitais contenham brinquedos realistas e de fantasia para estimular diferentes tipos de jogos.
Este artigo descreve um projeto de extensão universitária que implementou uma sala de espera em uma unidade básica de saúde no Brasil. O objetivo era fornecer um ambiente acolhedor para os usuários e desenvolver atividades educativas em saúde. Os estudantes organizaram temas e recursos para as sessões de educação na sala de espera e sensibilizaram os profissionais de saúde sobre a importância desse espaço.
Este documento discute a bioética na pesquisa em psicologia, cobrindo princípios como autonomia, beneficência, não-maleficência e justiça. Também aborda questões de confidencialidade e privacidade na pesquisa. A integração da psicologia e da bioética pode assegurar que a pesquisa em psicologia respeite a vida e a pessoa de forma ética.
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?Marta Elini Borges
1) O documento discute a evolução da Psicologia da Saúde no Brasil e a mudança para um novo paradigma biopsicossocial.
2) Argumenta-se que a Psicologia da Saúde surgiu da necessidade de promover a saúde de forma preventiva e de entender o processo saúde-doença como um fenômeno social e contextual.
3) Defende-se que a formação de psicólogos deve enfatizar a especificidade da ação no contexto da saúde pública brasileira e uma visão crítica do pap
Este documento descreve a metodologia e método de pesquisa utilizados no estudo. Ele discute pesquisa qualitativa exploratória utilizando estudo de caso. O documento explica que a pesquisa é qualitativa e exploratória com o objetivo de estudar como serviços online podem criar valor para empresas de telecomunicações.
Este documento fornece orientações sobre elaboração de referências e citações bibliográficas segundo as normas da ABNT. Apresenta modelos de referências para diversos tipos de documentos como monografias, capítulos de livros, dissertações, publicações seriadas e eventos. Também explica as regras para citação direta, indireta e de citação no texto, além de notas de rodapé.
1) O documento faz uma revisão da literatura sobre as intervenções psicológicas descritas em trabalhos sobre a Síndrome de Down. 2) Aborda temas como família, linguagem, cognição, aspectos sociais e intervenção psicológica. 3) Discute objetivos como descrição, comparação e relação encontrados nos trabalhos, além de apresentar diferentes formas de intervenção psicológica com pessoas com Síndrome de Down e suas famílias.
O documento discute a depressão na mulher, incluindo sua prevalência maior em comparação aos homens, fatores de risco como abuso e violência, e como os hormônios femininos podem afetar a vulnerabilidade. O tratamento envolve psicoterapia e medicamentos como antidepressivos.
Este artigo discute o uso de drogas no ambiente de trabalho, classificando-o em dois modos: funcional e disfuncional. No modo funcional, as drogas são usadas como "ferramentas de trabalho" sem prejudicar o desempenho, enquanto no disfuncional há uma mudança de padrão que afeta gravemente o trabalho. Mesmo no uso funcional, porém, a relação do usuário com a atividade é basicamente adaptativa e não pode ser considerada saudável.
O documento discute o uso funcional e disfuncional de drogas no contexto de trabalho. Analisa desde o uso contínuo de drogas que não traz consequências graves até o uso que leva ao desenvolvimento de dependência química. Classifica o consumo em funcional, onde a droga é usada como ferramenta de trabalho sem prejudicar o desempenho, e disfuncional, onde há mudança no padrão de consumo afetando o desempenho profissional.
Este documento fornece uma introdução ao estudo de caso como metodologia de pesquisa qualitativa. Ele define o estudo de caso, discute suas características, os tipos de conhecimento produzido e aplicações, assim como vantagens, limitações e critérios de qualidade. O documento também lista os componentes fundamentais de um estudo de caso.
1. 67
A terapia cognitiva e o mindfulness:
entrevista com Donna Sudak
The cognitive therapy and mindfulness: interview
with Donna Sudak
Renata Ferrarez Fernandes Lopes 1
Filipe Silva Castro 2
Carmem Beatriz Neufeld 3
Entrevista | InterviewEntrevista | Interview
1
Pós-doutora (Professora Associada do Insti-
tuto Psicologia da Universidade Federal de
Uberlândia - SP - Brasil).
2
Mestrando (Mestrando no programa de
Pós-Graduação em Psicologia da Universidade
Federal de Uberlândia - MG).
3
Doutora (Professora da Graduação e Pós-
Graduação em Psicologia do Departamento
de Psicologia da Faculdade de Filosofia,
Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Univer-
sidade de São Paulo).
Correspondência:
Renata Ferrarez Fernandes Lopes.
Av. Maranhão, s/n, bloco 2C, Campus
Umuarama. Bairro Jardim Umuarama.
Uberlândia - MG. Brasil. CEP: 38400-902.
Este artigo foi submetido no SGP (Sistema
de Gestão de Publicações) da RBTC em 28 de
agosto de 2012. cod. 117.
Artigo aceito em 20 de março de 2013.
Resumo
Há um crescente interesse em temas que apresentam interfaces entre espiritualidade
e saúde, entre psicologia e religião. Alguns estudos têm abordado essas aproximações
tanto na perspectiva dos clientes como dos terapeutas religiosos/espirituais, ou ainda
no que se refere às intervenções. Uma técnica que tem se destacado nas intervenções
daterapiacognitivo-comportamentaléo mindfulness,advindadobudismo.O presente
artigo tem como objetivo apresentar uma breve revisão da literatura sobre o tema e,
adicionalmente, o trabalho relata uma entrevista com Donna Sudak, psiquiatra com
diversas produções científicas na abordagem cognitivo-comportamental. Na entrevis-
ta, realizada na oportunidade de sua visita ao Brasil para o Workshop Internacional da
Federação Brasileira de Terapias Cognitivas e a II Jornada de Terapias Cognitivo-Com-
portamentais do Interior de São Paulo, Donna Sudak apresentou suas opiniões sobre a
aproximação das terapias cognitivas e a espiritualidade, sobre as técnicas de aceitação,
bem como sobre a técnica de mindfulness.
Palavras-chave: espiritualidade; mindfulness; terapia cognitivo-comportamental.
Abstract
There is a growing interest in issues with interface between spirituality and health, be-
tween psychology and religion. Some studies have discussed similarities in the context
of clients or therapists religious/spiritual and in the interventions. One technique that
has been highlighted in the interventions of cognitive-behavioral therapy is mindful-
ness. This article aims to present a brief literature review of the topic and, additionally
present an interview with Donna Sudak, a psychiatrist with many scientific productions
in cognitive-behavioral approach. In the interview due to her visit to Brazil during the
International Workshop organized by the Brazilian Federation of Cognitive Therapies
and the II Journey of Cognitive BehaviorTherapies of São Paulo, Donna Sudak exposes
her view about the approximation of cognitive therapy and spirituality, about accep-
tance, and also about the technique of mindfulness.
Keywords: cognitive-behavioral therapy; mindfulness; spirituality.
DOI: 10.5935/1808-5687.20120010
Revista Brasileira de Terapias Cognitivas
2012•8(1)•pp.67-72
2. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas
2012•8(1)•pp.00-00
68
NOVOS OLHARES SOBRE A RELIGIÃO E A
SAÚDE
Recentemente, muitas discussões na área de saúde tem
abordado o tema da religião e espiritualidade. Anteriormente
considerada como relacionada à patologia, a visão sobre a
experiência religiosa foi sofrendo mudanças recentes e hoje já
é reconhecida como um elemento capaz de fornecer equilíbrio
e melhorar a saúde em certas circunstâncias. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) seguindo esta proposta incluiu o
bem-estar espiritual como uma dimensão do estado de saúde,
junto às dimensões corporais, psíquicas e sociais, formalizando
assim o acréscimo do domínio Religiosidade, Espiritualidade e
Crenças Pessoais em seu instrumento de avaliação de quali-
dade de vida (Peres, Simão & Nasello, 2007). O Manual Diag-
nóstico e Estatístico das Doenças Mentais IV: Texto revisado
(DSM-IV-TR American Psychiatric Association, 2002) também
alterou sua maneira de contextualizar o papel da religião substi-
tuindo conotações negativas e incluindo uma categoria específica
para as questões espirituais e religiosas (Marques, 2003).
Muitas pesquisas atuais nas áreas da Medicina e da
Psicologia seguem a mesma tendência e há uma variedade de
produções relacionando saúde e espiritualidade/religião.Alguns
pesquisadores tratam das possíveis relações, outros discutem
aproximações e ainda alguns realizam esforços em avaliar o
efeito de certos hábitos religiosos na vida das pessoas.Panzini
e Bandeira (2007) mostram diversos artigos que apresentam
evidências empíricas da relação da religião/espiritualidade à
saúde física e mental, além de associações positivas com a
qualidade de vida e bem-estar. As autoras referem que há na
maioria das pesquisas a indicação de que crenças e práticas
religiosas estão correlacionadas positivamente a uma melhor
saúde física e mental. As autoras citam que existem quatro
razões para associação entre religião e saúde: crenças reli-
giosas permitem uma visão de mundo que fornece um sentido
às experiências; crenças e práticas religiosas podem evocar
emoções positivas; a religião utiliza rituais que facilitam as
principais transições de vida (nascimento de filhos, casamento,
adoecimento e morte); e crenças religiosas funcionam como
agentes de controle social direcionando os comportamentos
socialmente aceitáveis. Entretanto, as próprias autoras desta-
cam a possibilidade da religião exercer um efeito negativo na
saúde quando as crenças ou práticas religiosas são usadas
para justificar comportamentos desadaptativos ou então são
utilizados para substituir tratamentos médicos importantes.
Peres, Simão e Nasello (2007) indicam que alguns estu-
dos tem demonstrado que a valorização dos sistemas de crenças
dos clientes colabora com a adesão do paciente à terapia e que
esta obtém melhores resultados nas intervenções. Os autores
evidenciam algumas recomendações daAssociação Psiquiátrica
Americana (The American Psychiatric Association, 2006) para
abordar temas de religiosidade/espiritualidade como a identifi-
cação das variáveis religiosas e espirituais como características
das queixas e sintomas, a pesquisa do papel da religião/espiri-
tualidade no sistema de crenças do paciente específico, utilizar
a entrevista para verificar qual o envolvimento e o histórico do
paciente com a religião/espiritualidade, além de sempre utilizar
de princípios éticos para abordar estes temas ou quando se
propuser qualquer intervenção religiosa com algum paciente.
Entretanto, a posição dos pesquisadores e terapeutas
frente às relações entre saúde e religião/espiritualidade está
longe de ser consensual. Comumente, as críticas principiam
pelos problemas nas definições de religião e espiritualidade
e do uso dos termos de forma intercambiável. Alguns autores
optam pela utilização dos dois conceitos como idênticos, mas
de forma geral, no contexto atual da pesquisa na área podem
ser encontradas definições diferenciadas para cada um dos
termos.Assim, segundo Worthington Jr.e Aten (2009) a religião
é caracterizada como a associação a um sistema de crenças e
um conjunto de práticas peculiares relacionadas a uma tradição
e uma comunidade, na qual se partilham crenças e práticas co-
muns. Já no que tange à espiritualidade, apesar da dificuldade
de consenso entre os pesquisadores, o conceito mais recorrente
repousa sobre um sentimento de proximidade e ligação com
o sagrado que estimula um senso de intimidade, respeito e
admiração.Os autores sugerem quatro tipos de espiritualidade:
religiosa, humanística, natural e cósmica. Em cada tipo de
espiritualidade há uma relação com um elemento específico,
como a conexão com uma religião, com a humanidade, com a
natureza/ambiente ou então com a criação, respectivamente.
Elsass (2008) afirma que, a partir das definições e da
aproximação da ciência com os ambientes religiosos, resulta-
dos interessantes começaram a tomar forma. Apontamentos
iniciais associam uma melhor saúde física e mental a uma
maior espiritualidade e maior religiosidade. Em sua revisão,
o autor evidencia estudos que defendem que pessoas religio-
sas, frequentemente, participam mais de contextos sociais de
apoio, são menos solitárias, têm uma vida de trabalho menos
estressante, representando um número de fatores que podem
contribuir para melhorar a saúde entre as pessoas religiosas
e espirituais, em comparação com as pessoas não-religiosas.
Apesar destes estudos sofrerem algumas críticas ligadas prin-
cipalmente à formulação dos questionários e às definições de
um fenômeno que se mostra tão complexo, os mesmos têm
tomado vulto crescente na literatura.
O interesse crescente pode ser observado a partir da
publicação do periódico Journal of Clinical Psychology que
reservou um número especial para artigos que tratassem de
religião/espiritualidade em possíveis relações com a psico-
terapia. Assim, no volume 65, número 2, do ano de 2009, o
periódico trouxe artigos relacionados a intervenções orientadas
espiritualmente para o tratamento de dependência de álcool
e abuso de substâncias e também para casais religiosos a
partir de uma perspectiva adleriana. Além disso, há artigos
que discutem terapia para muçulmanos, formas de intervenção
psicodinâmica orientada espiritualmente, psicoterapia espiritual
3. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas
2012•8(1)•pp.00-00
69
teísta e intervenções cognitivo-comportamentais que perpas-
sam aspectos religiosos/espirituais como a técnica mindfulness.
Em um dos artigos, Post e Wade (2009) realizaram uma
revisão sobre psicoterapia religiosa em três níveis de análises:
os terapeutas religiosos, os clientes religiosos e as intervenções
religiosas. Os autores destacaram a importância dos terapeutas
identificarem as próprias atitudes e preconceitos sobre alguma re-
ligião evitando a imposição de valores pessoais sobre os clientes.
Além disso, os autores pontuaram que alguns clientes religiosos
podem encontrar nas discussões religiosas o desenvolvimento
da confiança e aceitação do terapeuta.Os autores ressaltam que
muitos pacientes podem querer falar sobre questões religiosas
ou espirituais em terapia, e estas podem estar inter-relacionadas
com os problemas apresentados ao longo do processo terapêu-
tico.Assim, os autores discutem a importância dos psicoterapeu-
tas avaliarem as preferências dos clientes, incluindo a história
religiosa/espiritual e as preocupações associadas. Post e Wade
(2009) ainda sugerem a busca de recursos informativos sobre a
diversidade religiosa, já que este tema não é abordado de forma
eficaz na formação dos profissionais, de forma que o conheci-
mento sobre as religiões e hábitos espirituais pode contribuir na
confiança do terapeuta em trabalhar com temas religiosos e com
clientes que seguem uma determinada linha espiritual.
Mindfulness: uma nova aproximação
Foi a partir da aproximação das ciências médicas e psi-
cológicas com a religião que surgiu uma técnica muito discutida
atualmente:o mindfulness.Jon Kabat-Zinn, aproveitando-se de
um ambiente mais aberto a essas ideias, incorporou algumas
práticas budistas (principalmente da meditação) à medicina
comportamental em seus trabalhos que visavam à redução de
estresse e manejo de dores crônicas.Assim, no grupo desenvol-
vido por ele, em um programa de gestão de estresse baseado
em mindfulness, o pesquisador começou a desenvolver a ca-
pacidade dessa atenção plena nos pacientes.Especificamente,
o mindfulness refere-se à capacidade de prestar atenção, no
momento presente, a tudo que surge interna ou externamente,
sem a realização de julgamentos ou o desejo de que as coisas
sejam diferentes (Vandenberghe & Assunção, 2009). Assim,
quando o mindfulness ocorre, o indivíduo tem uma consciência
sincera, intencional, ao que está acontecendo de momento a
momento, sem julgar, na vivência enquanto ela ocorre.
Pode-se dizer, então, que mindfulness é a habilidade de
estar consciente dos seus pensamentos, emoções, sensações e
ações, no momento presente sem julgar ou criticar a si mesmo
ou a própria experiência.É “estar no aqui e agora”.Atualmente, a
literatura tem investigado esta técnica em diversos tratamentos
e para diferentes transtornos. Hardt et al. (2011) mostram que
há evidência do mindfulness ligado à saúde física e mental,
estando associado a um menor índice de estresse e distúrbios
mentais.Além disso, o aumento na capacidade de mindfulness
sugere uma diminuição na angústia e no relato de sintomas
médicos. Os autores levantam que vários programas têm sido
desenvolvidos com o objetivo de ajudar os pacientes no trata-
mento de doenças crônicas, câncer e depressão.
McKay et al. (2007) afirmam que as habilidades em min-
dfulness ajudam no foco em um elemento em um dado momento
e isso pode auxiliar no melhor controle de emoções intensas,
visando acalmá-las. Além disso, há argumentos de que o min-
dfulness ajuda na identificação e separação de julgamentos das
experiências, além de agir sobre o equilíbrio entre o raciocínio
dos pensamentos com as necessidades das emoções.
O mindfulness é também conhecido como uma me-
ditação envolvendo o desenvolvimento da atenção plena. Há
inúmeros relatos dessa meditação e de exercícios semelhantes
em diversos sistemas religiosos como cristianismo, islamismo,
judaísmo, mas esta técnica é principalmente conhecida a partir
dos ensinamentos budistas (Mckay et al., 2007). Atualmente,
o budismo é uma das poucas religiões que ainda valoriza o
desenvolvimento dessa habilidade. Ela é muito utilizada para
o trabalho com as emoções e para que o praticante consiga
estabelecer o foco no presente.
Apesar de seu surgimento estar vinculado a um contex-
to religioso, o mindfulness começa a ocupar outros espaços.
Iniciado com os pacientes de Kabat-Zinn, hoje a técnica já
é vista em outras formas de psicoterapia, incluindo algumas
terapias cognitivas. Nestas, o mindfulness é colocado como
uma técnica sistematizada, que pode ser ensinada e que é
treinável.Giuffra (2009) destaca que apesar do mindfulness ser
considerado um componente essencial da psicologia budista
e fazer parte do Caminho Óctuplo para se alcançar o nirvana,
ele não deve ser considerado como um conceito religioso e
nem mesmo um conceito espiritual.O autor classifica como um
conceito cognitivo, usado no budismo, mas que hoje também é
reconhecido e estudado pela Psicologia e que tem se destacado
em abordagens como a Gestalterapia, e diferentes Terapias
Cognitivo-Comportamentais, tais como aTerapia de aceitação e
compromisso (ACT), aTerapia comportamental dialética (TCD),
Terapia cognitiva baseada em mindfulness (MBCT) e Programa
de redução de estresse em mindfulness (MBSR).
NaTerapiacomportamentaldialética,omindfulnessérelata-
do como uma das quatro habilidades críticas que podem ajudar na
regulação emocional, ajudando o paciente a se manter equilibrado
quandoasemoçõessurgiremdeformaintensa(McKayetal.,2007).
NaTerapia de aceitação e compromisso, o mindfulness é conside-
rado um importante recurso para ajudar o paciente no processo
de aceitação.A aceitação neste contexto é diferente da resignação.
Refere-se a um processo ativo no qual o indivíduo admite o que
acontece consigo sem se apegar aquilo que gostaria que fosse.
Trata-se de compreender a realidade percebendo o aparecimento
inevitáveldepensamentos,sentimentosesensaçõessemevitá-los,
rechaçá-los ou julgá-los (Roomer & Orsillo, 2010).
O mindfulness permite uma maior atenção, uma maior
consciência e ao mesmo tempo permite que o indivíduo entenda
sobre a impermanência daquilo que está se passando naquele
momento.O pensamento, a sensação e a emoção daquele mo-
mento irão passar e por isso o mindfulness permite uma maior
aceitação dos fatos, uma maior compreensão dos processos
4. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas
2012•8(1)•pp.00-00
70
que estão acontecendo naquele momento. Obviamente, a
aceitação não deve ser entendida como uma postura de con-
formação do indivíduo a uma determinada situação ou circuns-
tância, mas como uma postura mais aberta e compassiva que
permite a flexibilização dos pensamentos, dos comportamentos,
entendendo as ocorrências da vida como partes do caminho
que se deseja trilhar. Opta-se assim por estabelecer o foco no
que está acontecendo sem se prender em atitudes julgadoras
que normalmente são inúteis para o indivíduo.
Nas terapias, as intervenções baseadas na aceitação e
em mindfulness estabelecem o foco na habilidade em manter-se
atento ao momento presente, e atualmente esta habilidade é
apontada como um importante recurso para lidar com emoções
intensas, com dores crônicas, episódios depressivos, trans-
tornos alimentares, transtornos de personalidade borderline.
Entretanto, o fato de ter sido incorporada ao contexto das Tera-
pias cognitivo-comportamentais evidencia a tentativa de buscar
relações entre a Psicologia e a Religião, neste caso, o budismo.
Outras relações têm sido feitas. Giuffra (2009), buscando
discutir as semelhanças entre ambas, utiliza o encontro entre Dalai
Lama(14º)eAaronBecknaaberturadoVCongressoInternacional
de Psicoterapia Cognitiva ocorrido em junho de 2005, na cidade de
Gotemburgo, Suécia.O autor discute as origens daTerapia Cogniti-
va,ealgunspontosinteressantessobreobudismo,incluindoaforma
comoessesistemareligiosovêelidacomamente.Entretanto,como
ponto central nesse artigo estão as semelhanças levantadas no
diálogo por ambos os mestres.Primeiramente, a Terapia Cognitiva
e o Budismo buscam eliminar o sofrimento e gerar o bem-estar.
Ambos defendem que as emoções não são resultados de eventos
reais e sim uma forma de nossas mentes processá-los.Além dis-
so, tanto os terapeutas cognitivos quanto os praticantes budistas
buscam treinar a mente para melhorar a objetividade, diminuir as
distorções, erradicando o sofrimento e alcançando a felicidade.
Ambosvalorizamasabedoria,compaixão,entendimento,aceitação.
Porfim,ambosvalorizamométodocientíficoedãoumgrandevalor
a gerar e cultivar um estado de alerta e atenção mental.
Apesar das origens do mindfulness estarem vinculadas
ao budismo, hoje é possível perceber que ela tem sido conside-
rada, no campo científico, apenas como uma intervenção que
pode contribuir para melhorar o estado de alguns pacientes.
Como técnica ela pode ser aprendida, desenvolvida, treinada
e não precisa estar vinculada a um contexto espiritual/religio-
so. A busca principal (como se pode ver em Davis & Hayes,
2011; Foley et al., 2010; Hofmann et al., 2010, Ma & Teasdale,
2004), tem sido em verificar, de forma empírica, os efeitos e
fundamentos dessa atenção que pode se tornar uma importante
ferramenta terapêutica no futuro.Dentre esse grupo que debate
e analisa intervenções na perspectiva cognitivo-comportamental
está Donna Sudak, de quem trataremos no próximo tópico.
Donna Sudak
Donna Sudak é formada em Medicina pela Faculdade de
Medicina da Pensilvânia, com especialidade em Psiquiatria com
ênfase naTerapia Cognitivo-Comportamental.Atualmente, atua
como docente no Departamento de Psiquiatria na Faculdade de
Medicina da Universidade de Drexel e é diretora do Programa
deTreinamento em Psicoterapia na mesma universidade.Donna
Sudak aborda tópicos da Terapia Cognitivo-Comportamental
e supervisiona os residentes de psiquiatria que escolhem a
ênfase na Terapia Cognitiva. Além disso, ela é a atual presi-
dente da Academy of Cognitive Therapy. Donna faz parte do
Beck Institute for Cognitive Therapy and Research e fornece
supervisões aos residentes das Universidades Albert Einsten
e Thomas Jefferson. Ela possui uma variedade de produções
científicas, sendo autora de diversos artigos e livros que abor-
dam a Terapia Cognitivo-Comportamental.
Donna Sudak escreve sobre temas como: a Terapia
cognitivo-comportamental, sobre a combinação dessa terapia
com a utilização de medicamentos, sobre sessões breves na
abordagem cognitiva.Algumas de suas publicações envolvem o
tratamento de pacientes suicidas, com transtornos alimentares,
depressão, fobia e outros. Em seu livro “A Terapia cognitivo-
-comportamental na prática”, Sudak (2008) seguindo o modelo
cognitivo, defende uma boa conceituação de caso para que
o terapeuta possa então decidir quais técnicas sejam mais
eficientes para cada paciente.A autora discute uma variedade
de técnicas que podem ser aplicadas dependendo do problema
que o paciente apresenta. Em alguns casos, a autora sugere
a combinação do tratamento cognitivo-comportamental com a
medicação para um resultado mais rápido e eficaz. A autora
cita ainda a Terapia comportamental dialética relacionando-a
a eficácia nos estudos com indivíduos com transtorno de per-
sonalidade borderline.
Donna Sudak é pesquisadora vinculada à Universidade
de Drexel e ao Instituto Beck estando em contato com diver-
sos estudos. Na página da Universidade são colocados como
interesses da autora a avaliação psiquiátrica, tratamentos
psiquiátricos e psicoterapia.
Donna Sudak foi a convidada que ministrou o Workshop
Internacional da Federação Brasileira de Terapias Cogniti-
vas e a conferencia de abertura da II Jornada de Terapias
Cognitivo-Comportamentais do Interior de São Paulo (II
JoTCC) ocorridos no período de 23 a 26 de maio de 2012 em
Ribeirão Preto. No workshop, ministrado por ela, foi abordado
o tema: “Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Terapia
Comportamental Dialética (TCD) para circunstâncias clínicas
desafiadoras”. Além disso, ela também realizou a conferência
de abertura da II JoTCC com o tema “Utilizando a TCC com
pacientes suicidas”.
Assim, foi neste contexto que esta importante pesquisa-
dora cedeu a entrevista transcrita abaixo.Na entrevista a autora
apresenta sua visão sobre espiritualidade e religião em contato
com saúde e com as Terapias cognitivas, além de sua visão
sobre a aceitação e o mindfulness, conceitos tão recorrentes
nos estudos recentes da área.
5. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas
2012•8(1)•pp.00-00
71
Entrevista com Donna Sudak
1. Há muitas concepções quando se fala a respeito
de saúde, que foram sendo alteradas historicamente.
Atualmente, se vê uma mudança neste conceito
buscando-se incluir a espiritualidade. A Organização
Mundial da Saúde (OMS) realizou alterações incluindo
o bem-estar espiritual como uma das dimensões de
saúde, e também o DSM-IV-TR mudou sua maneira
de contextualizar o papel da religião, substituindo
conotações negativas e incluindo uma categoria
específica para as questões espirituais e religiosas. Qual
a sua concepção de saúde? E qual a relação, para você,
entre espiritualidade e saúde?
O estado geral da mente, do corpo e espírito de uma
pessoa é obtido a partir de uma combinação de bem-estar
físico, psíquico e social. Eu acredito que, para muitas pessoas,
a espiritualidade melhora a saúde, fornecendo senso de pro-
pósito, significado e conexão com outros. Dito isso, eu acredito
que religião não é o mesmo que espiritualidade.
2. As religiões, através de suas técnicas peculiares, podem
ser vistas como importantes recursos para as pessoas
buscarem sentido, paz, esperança, além de fornecer
preceitos e rituais que facilitam transições da vida ao
longo do desenvolvimento. A psicologia assim como a
medicina, através de seus métodos, buscam reestabelecer
um estado de bem-estar, equilíbrio, e em muitos casos
promovem significados para experiências pessoais. Muitas
vezes, a religião e a psicologia/medicina têm como objetivo
melhorar a condição de vida daquela pessoa em um
determinado momento.Você entende ser possível haver uma
aproximação da psicologia ou da medicina com a religião,
enquanto um corpo sistematizado de conhecimento?
Eu acredito que a psicologia e a medicina estão enrai-
zadas no método científico. Eu não me sinto qualificada para
comentar quanto ao fato de uma religião aceitar tal abordagem
às suas crenças e métodos e se essas crenças e métodos
durariam se analisados com o método científico.
3. O mindfulness em uma de suas definições é referido como
a capacidade de prestar atenção, no momento presente,
a tudo que surgir internamente ou externamente, sem se
emaranhar em julgamentos ou no desejo de que as coisas
sejam diferentes. Em que sentido você vê a ligação entre
a aceitação e o mindfulness? Visto que será desenvolvida
essa consciência e atenção ampliada, seria preciso também
desenvolver a aceitação do que se percebe?
Novamente, eu não sou uma pessoa formada na ACT
(terapia de aceitação e compromisso). Mas, mindfulness, na
minha visão, envolve “dar-se conta” (awareness) dos conteúdos
e aceitá-los sem julgamento.
4. O mindfulness é visto hoje como uma técnica capaz de
fornecer sentido, promover uma atenção ao presente e
está associado a maior bem-estar, maior qualidade de vida,
maior saúde. Entretanto, pode ser considerado também
uma filosofia de vida ligada às tradições budistas. Em que
extensão o indivíduo precisa compartilhar dessa filosofia
para se beneficiar desta técnica? E o que você acredita
que a sociedade ocidental precisa desenvolver para
alcançar as habilidades necessárias ao mindfulness?
Mindfulness, como uma técnica, não está ligada a ne-
nhuma tradição religiosa específica.A mente pode ser treinada
com a prática a obsevar, ou participar, ou descrever fenômenos
sem julgamentos, plenamente e na ausência de uma tendência
religiosa em particular.
5. Diante de uma sociedade que não valoriza essa
atenção presente e o não-julgamento, muitos pacientes
podem enfrentar dificuldades por mais treinável que a
habilidade do mindfulness possa ser. Conte-nos um pouco
como a prática de mindfulness é relatada pelos pacientes
em seu cotidiano fora do contexto do consultório?
Na verdade, há maneiras de treinar a atenção de uma
pessoa mesmo nas atividades diárias. Marsha Linehan des-
creve, por exemplo, o uso de luzes vermelhasI
para observar
a respiração. MBSR (Treinamento de redução de estresse ba-
seado em mindfulness) descreve muitas técnicas (bodyscanII
,
alimentação conscienteIII
, consciência da respiração) que
podem ser incorporadas ao cotidiano.
6. Avaliando a diversidade de pacientes que se pode ter
e percebendo que há diferentes adaptações às técnicas
propostas; quais pontos você destacaria para a escolha
dessa técnica a um determinado paciente? Existem
características peculiares que um paciente precisa ter
para ser ajudado pelo mindfulness?
Eu acredito que a questão mais importante a se con-
siderar é quais são as evidências de benefícios da prática do
mindfulness em uma circunstância particular - ele realmente só
faz sentido em ser implantado quando temos clareza que seja
benéfico (como procedimento terapêutico). Muitas pessoas po-
deriam decidir utilizar mindfulness como uma preferência pessoal
e isso não é o mesmo que a prescrição como parte da terapia.
7. O terapeuta, como participante ativo na terapia, precisa
constantemente se preocupar com a formação pessoal e
I
Treino de Marsha Linehan que sugere que ao ver as luzes vermelhas (por ex-
emplo, do semáforo) se reserve um tempo para atentar-se a própria respiração
ou mesmo as sensações que se experimenta naquele momento.
II
Exercício de investigação do corpo, que consiste em se atentar a cada parte
do corpo em suas sensações presentes, das possíveis tensões ou relaxamen-
tos, das posições estabelecidas. Escanear todo o corpo conscientizando-se de
suas partes.
III
Manter-se atento enquanto se come, observando o que está comendo, as
sensações produzidas ao longo da alimentação.
6. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas
2012•8(1)•pp.00-00
72
técnica para alcançar a eficiência em seu trabalho. Quais
as características o terapeuta precisa desenvolver para
aplicar de forma correta e adequada o mindfulness?
Alguns profissionais (incluindo Marsha Linehan) acredi-
tam que terapeutas devem ter sua própria prática em mindful-
ness para exercer a TCD (terapia comportamental dialética)
de forma eficaz. Existem alguns trabalhos que terapeutas com
treino em mindfulness tem melhores resultados com seus pa-
cientes.Assim, terapeutas que empregam mindfulness podem
ter melhores resultados se tiverem sua própria prática. Isso, no
entanto, precisa de mais dados para ser provado.
8. Qual seria o conjunto de leituras básicas que você
sugeriria a um terapeuta que quer começar a utilizar o
mindfulness?
Os livros de Kabat Zinn são maravilhosos. E várias
leituras no site behavioraltech4
também.
9. A técnica de mindfulness normalmente é muito
evidenciada em terapias como Terapia de Aceitação e
Compromisso (ACT) e Terapia Comportamental Dialética
(DBT). Você acredita que todas as terapias cognitivas
incluindo, por exemplo, a Terapia Cognitiva de Beck
e a Terapia de Esquemas de Young podem incluir o
mindfulness também como técnica?
A terapia não é sobre adição de técnicas.A conceituação
de caso individualmente pode incorporar o mindfulness como
uma técnica baseada nos dados específicos, nas necessidades
do paciente. Sempre que possível, deve-se utilizar técnicas
quando há dados que a sustentem.
10. Em 2005, na abertura do V Congresso Internacional
de Terapia Cognitiva, realizado em Gotemburgo, na
Suécia, houve o encontro entre Dalai Lama e Aaron
Beck. Neste, Dalai Lama associou a meditação
utilizando mindfulness com a identificação e registro dos
pensamentos. Como você vê esta relação?
Eu não vi esse diálogo. No entanto, quando alguém usa
a prática do mindfulness torna-se possível ser mais consciente
dos pensamentos.
11. E para finalizar, visto que a Terapia Comportamental
Dialética e também o mindfulness tem sido muito discutido
atualmente, qual caminho você pensa que as pesquisas
devem seguir para fortalecer e posteriormente
difundir ainda mais a técnica de mindfulness e a terapia
comportamental dialética? Como você imagina o futuro
desse modelo de tratamento?
A pesquisa deve determinar para quais pacientes, e
quando, os tratamentos são úteis e eficazes.
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