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Disciplina de Português - A Poesia Lírica Trovadoresca
1.1. Quando se desenvolveu esta poesia? A partir do final do séc. XII e até meados do séc. XIV.
1.2. Onde se desenvolveu? No noroeste da Península Ibérica, na região que corresponde atualmente
ao Minho e à Galiza.
1.3. Que géneros de cantigas a constituem? Cantigas de amigo, cantigas de amor e cantigas de
escárnio e maldizer.
1.4. Quem eram os trovadores e os jograis? Os trovadores eram os autores desta poesia, as
cantigas, nos seus vários géneros. Normalmente, eram nobres; escreviam a letra, por vezes a música; as
cantigas eram cantadas pelos jograis, homens de condição social mais baixa.
Cantigas de Amigo
1.5. O que é uma cantiga de amigo?
É uma composição poética dirigida a um “amigo” por um sujeito lírico ou poético feminino, a
amiga/donzela.
1.6. Quais são os temas mais frequentes?
Os temas mais frequentes são os seguintes: a saudade, pois o amigo está longe; o sofrimento por
ciúme; as queixas por promessas não cumpridas; a felicidade e a certeza de se saber amada; o
encontro amoroso junto à fonte; o baile; a espera angustiada pelo regresso do “amigo”; a ida à
romaria para encontrar um namorado; a confissão destes amores à mãe ou às amigas, ou à
natureza, etc.
1.7. Como é representado o sentimento amoroso?
O sentimento amoroso é representado de modo muito variado. Toda a gama deste sofrimento
surge nas cantigas de amigo, desde o início da paixão, com as suas esperanças e incertezas, até aos
encontros com o amigo, ao ciúme, à reconciliação.
1.8. O que é a confidência amorosa?
É a confissão dos estados amorosos, quer felizes quer infelizes, pelo sujeito poético (a amiga
apaixonada) à sua mãe, às suas amigas e, até, à natureza. A amiga conta, confessa, para desabafar,
para se libertar dos seus receios ou para partilhar as suas alegrias.
1.9. Qual a relação da mulher com a natureza?
A natureza surge frequentemente nas cantigas de amigo como confidente da amiga apaixonada
que com ela desabafa sobre os seus problemas amorosos. Também pode ser local de encontro com
o “amigo”.
1.10. O que é o paralelismo?
É a técnica de elaboração das cantigas de amigo que consiste, em primeiro lugar, na relação
evidente entre versos que se repetem, quer pelas mesmas palavras, quer por palavras de sentido
idêntico, - e assim se relacionam entre si. A cantiga de amigo apresenta, por isso, uma estrutura
fortemente repetitiva. Em segundo lugar, o paralelismo implica a presença de um refrão. O
paralelismo pode ser perfeito ou imperfeito.
1.11. O que é o refrão?
É um verso ou um conjunto variável de versos que se repete no final de cada estrofe ou cobla.
1.12. Qual é a função do paralelismo?
Intensifica a expressão das emoções através das repetições.
Cantigas de Amor
1.13. O que é uma cantiga de amor? É uma composição poética dirigida a uma “senhor”,
dama de condição superior, por um sujeito lírico (ou poético) masculino.
1.1.4. Quais são os temas mais frequentes? A coita (sofrimento) de amor e o elogio de
amor cortês.
1.15. O que é a coita de amor? É a expressão de um sentimento amoroso doloroso
provocado pela não correspondência, por parte da “senhor”, ao amor confessado pelo homem
apaixonado. Está, frequentemente, associada à morte por amor.
1.16. O que é o elogio de amor cortês? É um louvor de natureza física e psicológica à
“senhor”: ela é uma mulher única, a mais perfeita de todas em tudo.
Cantigas de Escárnio e Maldizer
1.17. O que é uma cantiga de escárnio? É uma cantiga de motivo satírico (sátira: poesia em
que o autor mete a ridículo os vícios ou defeitos de uma época ou pessoa), cuja crítica é feita
indiretamente.
1.18. O que é uma cantiga de maldizer? É uma cantiga de motivo satírico, cuja crítica é
direta e clara.
1.19. Quais são os temas mais frequentes? Parodiam o amor cortês, criticando as suas
convenções poéticas e criticam os costumes – sempre através do riso. Relativamente à paródia do
amor cortês, encontramos a crítica à expressão exagerada da coita de amor, ao ridículo da morte
de amor, ao ataque às mulheres que, sendo velhas, querem ver a sua beleza cantada… Costumes
criticados são muito variados: a infidelidade conjugal, o mau trato dado aos animais, as mentiras
dos que pretendiam ter ido em peregrinação à terra santa, freira s e frades que não cumpriam os
seus deveres, astrólogos mentirosos, etc.

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Poesia Trovadoresca 40

  • 1. Disciplina de Português - A Poesia Lírica Trovadoresca 1.1. Quando se desenvolveu esta poesia? A partir do final do séc. XII e até meados do séc. XIV. 1.2. Onde se desenvolveu? No noroeste da Península Ibérica, na região que corresponde atualmente ao Minho e à Galiza. 1.3. Que géneros de cantigas a constituem? Cantigas de amigo, cantigas de amor e cantigas de escárnio e maldizer. 1.4. Quem eram os trovadores e os jograis? Os trovadores eram os autores desta poesia, as cantigas, nos seus vários géneros. Normalmente, eram nobres; escreviam a letra, por vezes a música; as cantigas eram cantadas pelos jograis, homens de condição social mais baixa. Cantigas de Amigo 1.5. O que é uma cantiga de amigo? É uma composição poética dirigida a um “amigo” por um sujeito lírico ou poético feminino, a amiga/donzela. 1.6. Quais são os temas mais frequentes? Os temas mais frequentes são os seguintes: a saudade, pois o amigo está longe; o sofrimento por ciúme; as queixas por promessas não cumpridas; a felicidade e a certeza de se saber amada; o encontro amoroso junto à fonte; o baile; a espera angustiada pelo regresso do “amigo”; a ida à romaria para encontrar um namorado; a confissão destes amores à mãe ou às amigas, ou à natureza, etc. 1.7. Como é representado o sentimento amoroso? O sentimento amoroso é representado de modo muito variado. Toda a gama deste sofrimento surge nas cantigas de amigo, desde o início da paixão, com as suas esperanças e incertezas, até aos encontros com o amigo, ao ciúme, à reconciliação. 1.8. O que é a confidência amorosa? É a confissão dos estados amorosos, quer felizes quer infelizes, pelo sujeito poético (a amiga apaixonada) à sua mãe, às suas amigas e, até, à natureza. A amiga conta, confessa, para desabafar, para se libertar dos seus receios ou para partilhar as suas alegrias. 1.9. Qual a relação da mulher com a natureza? A natureza surge frequentemente nas cantigas de amigo como confidente da amiga apaixonada que com ela desabafa sobre os seus problemas amorosos. Também pode ser local de encontro com o “amigo”.
  • 2. 1.10. O que é o paralelismo? É a técnica de elaboração das cantigas de amigo que consiste, em primeiro lugar, na relação evidente entre versos que se repetem, quer pelas mesmas palavras, quer por palavras de sentido idêntico, - e assim se relacionam entre si. A cantiga de amigo apresenta, por isso, uma estrutura fortemente repetitiva. Em segundo lugar, o paralelismo implica a presença de um refrão. O paralelismo pode ser perfeito ou imperfeito. 1.11. O que é o refrão? É um verso ou um conjunto variável de versos que se repete no final de cada estrofe ou cobla. 1.12. Qual é a função do paralelismo? Intensifica a expressão das emoções através das repetições. Cantigas de Amor 1.13. O que é uma cantiga de amor? É uma composição poética dirigida a uma “senhor”, dama de condição superior, por um sujeito lírico (ou poético) masculino. 1.1.4. Quais são os temas mais frequentes? A coita (sofrimento) de amor e o elogio de amor cortês. 1.15. O que é a coita de amor? É a expressão de um sentimento amoroso doloroso provocado pela não correspondência, por parte da “senhor”, ao amor confessado pelo homem apaixonado. Está, frequentemente, associada à morte por amor. 1.16. O que é o elogio de amor cortês? É um louvor de natureza física e psicológica à “senhor”: ela é uma mulher única, a mais perfeita de todas em tudo. Cantigas de Escárnio e Maldizer 1.17. O que é uma cantiga de escárnio? É uma cantiga de motivo satírico (sátira: poesia em que o autor mete a ridículo os vícios ou defeitos de uma época ou pessoa), cuja crítica é feita indiretamente. 1.18. O que é uma cantiga de maldizer? É uma cantiga de motivo satírico, cuja crítica é direta e clara. 1.19. Quais são os temas mais frequentes? Parodiam o amor cortês, criticando as suas convenções poéticas e criticam os costumes – sempre através do riso. Relativamente à paródia do amor cortês, encontramos a crítica à expressão exagerada da coita de amor, ao ridículo da morte de amor, ao ataque às mulheres que, sendo velhas, querem ver a sua beleza cantada… Costumes criticados são muito variados: a infidelidade conjugal, o mau trato dado aos animais, as mentiras dos que pretendiam ter ido em peregrinação à terra santa, freira s e frades que não cumpriam os seus deveres, astrólogos mentirosos, etc.