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Dicionário de Símbolos
Cervo - O cervo simboliza a fecundidade, os ciclos de crescimento e renascimento. Devido à sua cornadura
alta, o cervo tem o seu simbolismo comparado ao da árvore da vida. O cervo simboliza também velocidade,
força selvagem e temor.
O cervo é um anunciador da luz que conduz à claridade do dia, um símbolo do sol nascente. O cervo
também possui uma simbologia que remete à amplitude cósmica e espiritual. Ele é o mediador entre céu e a
terra. Em algumas tradições, o cervo é considerado um animal solar e tem um aspecto maléfico, estando
relacionando com a seca de modo que para obter chuva é preciso sacrificar um cervo.
Para os chineses, a cornadura dos cervos possui virtudes afrodisíacas, e simboliza também longevidade e
prosperidade. Já na iconografia grega, os cervos são conduzidos com rédeas de ouro pela deusa Artémis no
seu carro. Diana, a deusa caçadora, também foi muitas vezes representada acompanhada da imagem de um
cervo. Símbolo de fervor sexual, a imagem do cervo figura junto de Afrodite e Adónis.
Na sagrada escritura, o cervo é comparado ou associado à gazela. O cervo, assim como a gazela, simboliza a
agilidade, a rapidez, os saltos. Devido ao seu gosto pela solidão, o cervo foi muitas vezes representando pela
arte para simbolizar um temperamento melancólico, prudência e prontidão. Muitas imagens representam o
cervo atingido por uma flecha e com uma erva na boca, tentando-se curar.
O cervo, assim como os animais que a ele se assemelham, como o gamo, o alce e a gazela, é um símbolo de
pureza primordial, de liberdade, de fecundidade e de vida. O cervo está associado à renovação cíclica e aos
renascimentos do Universo, do Sol ou do Homem. O cervo é também aquele que conduz para a luz divina e,
por essa razão, um revelador e um mediador entre o Céu e a Terra.
A simbologia do cervo está presente tanto nas representações cristãs como nas tradições muçulmanas,
orientais e do Novo Mundo. As suas hastes são muitas vezes associadas à Árvore da Vida, como é o caso
entre os índios americanos, cujas danças e crenças representam essa relação milenar. A pele deste animal é
sagrada em muitas destas culturas e utilizada para representar as divindades, nomeadamente o deus Sol, ou
utilizada nos rituais religiosos como representações divinas. As crenças índias também associam o cervo ao
acesso à luz divina e consideram-no, tal como o cavalo na Ásia e na Europa, um guia na passagem entre a
vida e o mundo das divindades e dos mortos.
Ao cervo está também associada a ideia de liberdade e velocidade. Na Antiguidade clássica grega e romana,
o cervo era o animal da deusa Diana. Artemisa conduzia com rédeas de ouro um carro atrelado com cervos.
Os cervos estão muito presentes também nas lendas e na iconografia celtas, onde simbolizam longevidade e
abundância, como é o caso do deus Cernunnos, que tinha cabeça de cervo. Na Irlanda, conta a tradição que
São Patrício se transformou em cervo para escapar à perseguição de um rei pagão. Entre os celtas, os cervos
são também considerados uma espécie de guias para o outro mundo.
No budismo, o cervo de ouro é uma das representações do próprio Buda, no sentido daquele que acalma os
desejos e as paixões. No Oriente, tanto na China como no Camboja, o cervo é um elemento negativo
relacionado com a seca, com os incêndios e a destruição pelo calor e pela asfixia. Na Bíblia, os cervos são
muitas vezes associados às gazelas, e simbolizam as qualidades de Cristo, como a imagem utilizada por
Origenes, em que Cristo era comparado a uma gazela na sua teoria e a um cervo nas suas ações.
Os chineses consideram ainda que as hastes dos cervos têm propriedades afrodisíacas e, por arrastamento,
têm uma simbologia de imortalidade. Os gauleses usavam talismãs feitos de chifres de cervos e ossadas
destes animais foram encontradas em sepulturas humanas, juntamente com as ossadas de cavalos. O facto do
gamo, na sua corrida, colocar as patas traseiras nas marcas das patas dianteiras leva alguns povos a verem
nesta ação um exemplo para que o homem siga a tradição dos seus antepassados. No mundo das Artes e das
Letras, o cervo é ainda o símbolo da prudência, que acompanha os ventos e reconhece as plantas medicinais,
mas também o símbolo do amor apaixonado, representado junto de Afrodite e Adónis.

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Dicionário de símbolos

  • 1. Dicionário de Símbolos Cervo - O cervo simboliza a fecundidade, os ciclos de crescimento e renascimento. Devido à sua cornadura alta, o cervo tem o seu simbolismo comparado ao da árvore da vida. O cervo simboliza também velocidade, força selvagem e temor. O cervo é um anunciador da luz que conduz à claridade do dia, um símbolo do sol nascente. O cervo também possui uma simbologia que remete à amplitude cósmica e espiritual. Ele é o mediador entre céu e a terra. Em algumas tradições, o cervo é considerado um animal solar e tem um aspecto maléfico, estando relacionando com a seca de modo que para obter chuva é preciso sacrificar um cervo. Para os chineses, a cornadura dos cervos possui virtudes afrodisíacas, e simboliza também longevidade e prosperidade. Já na iconografia grega, os cervos são conduzidos com rédeas de ouro pela deusa Artémis no seu carro. Diana, a deusa caçadora, também foi muitas vezes representada acompanhada da imagem de um cervo. Símbolo de fervor sexual, a imagem do cervo figura junto de Afrodite e Adónis. Na sagrada escritura, o cervo é comparado ou associado à gazela. O cervo, assim como a gazela, simboliza a agilidade, a rapidez, os saltos. Devido ao seu gosto pela solidão, o cervo foi muitas vezes representando pela arte para simbolizar um temperamento melancólico, prudência e prontidão. Muitas imagens representam o cervo atingido por uma flecha e com uma erva na boca, tentando-se curar. O cervo, assim como os animais que a ele se assemelham, como o gamo, o alce e a gazela, é um símbolo de pureza primordial, de liberdade, de fecundidade e de vida. O cervo está associado à renovação cíclica e aos renascimentos do Universo, do Sol ou do Homem. O cervo é também aquele que conduz para a luz divina e, por essa razão, um revelador e um mediador entre o Céu e a Terra. A simbologia do cervo está presente tanto nas representações cristãs como nas tradições muçulmanas, orientais e do Novo Mundo. As suas hastes são muitas vezes associadas à Árvore da Vida, como é o caso entre os índios americanos, cujas danças e crenças representam essa relação milenar. A pele deste animal é sagrada em muitas destas culturas e utilizada para representar as divindades, nomeadamente o deus Sol, ou utilizada nos rituais religiosos como representações divinas. As crenças índias também associam o cervo ao acesso à luz divina e consideram-no, tal como o cavalo na Ásia e na Europa, um guia na passagem entre a vida e o mundo das divindades e dos mortos. Ao cervo está também associada a ideia de liberdade e velocidade. Na Antiguidade clássica grega e romana, o cervo era o animal da deusa Diana. Artemisa conduzia com rédeas de ouro um carro atrelado com cervos. Os cervos estão muito presentes também nas lendas e na iconografia celtas, onde simbolizam longevidade e abundância, como é o caso do deus Cernunnos, que tinha cabeça de cervo. Na Irlanda, conta a tradição que São Patrício se transformou em cervo para escapar à perseguição de um rei pagão. Entre os celtas, os cervos são também considerados uma espécie de guias para o outro mundo. No budismo, o cervo de ouro é uma das representações do próprio Buda, no sentido daquele que acalma os desejos e as paixões. No Oriente, tanto na China como no Camboja, o cervo é um elemento negativo relacionado com a seca, com os incêndios e a destruição pelo calor e pela asfixia. Na Bíblia, os cervos são muitas vezes associados às gazelas, e simbolizam as qualidades de Cristo, como a imagem utilizada por Origenes, em que Cristo era comparado a uma gazela na sua teoria e a um cervo nas suas ações. Os chineses consideram ainda que as hastes dos cervos têm propriedades afrodisíacas e, por arrastamento, têm uma simbologia de imortalidade. Os gauleses usavam talismãs feitos de chifres de cervos e ossadas destes animais foram encontradas em sepulturas humanas, juntamente com as ossadas de cavalos. O facto do gamo, na sua corrida, colocar as patas traseiras nas marcas das patas dianteiras leva alguns povos a verem nesta ação um exemplo para que o homem siga a tradição dos seus antepassados. No mundo das Artes e das Letras, o cervo é ainda o símbolo da prudência, que acompanha os ventos e reconhece as plantas medicinais, mas também o símbolo do amor apaixonado, representado junto de Afrodite e Adónis.