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Conflitos Sociais na
 República Velha
     Conflitos Rurais
A Guerra de Canudos
 A situação de miséria e descaso político
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 Este arraial (Vila) era chamado pelos
 habitantes e pelo Conselheiro de Arraial
 de Belo Monte. A população das cidades
 próximas ao Arraial chamavam-no de
 Canudos, por causa do antigo nome da
 fazenda abandonada, onde ficava.
Arraial de Belo Monte:
 Os grandes fazendeiros nordestinos
 (coronéis)viam Canudos como uma
 ameaça, porque muitos trabalhadores
 deixaram o campo para seguir o
 Conselheiro, que prometia uma vida
 melhor neste mundo. Antônio Conselheiro
 era contra a República; se recusava a
 pagar impostos; acusava a Igreja Católica
 de colaborar para a exploração dos
 pobres.
Casa de Taipa em Canudos:
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 Por estas razões eles eram vistos como
 uma ameaça à ordem estabelecida
 pela República. Logo, os habitantes de
 Canudos foram atacados com toda força
 pelas tropas do governo da Bahia.
 As duas primeiras expedições enviadas
 pelo governo baiano contra o arraial entre
 1896 e 1897 fracassaram. De março a
 outubro de 1897, outras duas expedições
 enviadas pelo governo federal e
 organizadas pelo Exército, a última com 6
 mil homens e artilharia pesada, consegue
 finalmente tomar e destruir Canudos.
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 Junto com  Conselheiro morrem
  aproximadamente 20 mil pessoas. Só
  sobrevivem cerca de 400 prisioneiros,
  entre velhos, mulheres e crianças.
 Ao primeiro sinal de novas ideias, a
  República Brasileira ataca com extrema
  violência.
A Guerra do Contestado
            1912 - 1916
 A Guerra do Contestado foi um conflito
 armado que ocorreu na região Sul do
 Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de
 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil
 camponeses que enfrentaram forças
 militares dos poderes federal e estadual.
 Ganhou o nome de Guerra do
 Contestado, pois os conflitos ocorrem
 numa área de disputa territorial entre os
 estados do Parará e Santa Catarina.
 Causas da Guerra
 A estrada de ferro entre São Paulo e Rio
 Grande do Sul estava sendo construída
 por uma empresa norte-americana, com
 apoio dos coronéis (grandes proprietários
 rurais com força política) da região e do
 governo.
 Para que a estrada de ferro fosse
 construída, milhares de família de
 camponeses perderam suas terras. Isso
 criou muito desemprego entre os
 camponeses da região, que ficaram sem
 terras para trabalhar.
   Outro motivo da revolta foi a compra de uma
    grande área da região por de um grupo de
    pessoas ligadas à empresa construtora da
    estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida
    para o estabelecimento de uma grande empresa
    madeireira, voltada para a exportação. Com
    isso, muitas famílias foram expulsas de suas
    terras.
 O clima ficou mais tenso quando a
 estrada de ferro ficou pronta. Muitos
 trabalhadores que atuaram em sua
 construção tinham sido trazidos de
 diversas partes do Brasil e ficaram
 desempregados com o fim da obra.
 Eles permaneceram  na região sem
 qualquer apoio por parte da empresa
 norte-americana ou do governo.
 Nesta época, as regiões mais pobres do
 Brasil eram terreno fértil para o
 aparecimento de lideranças religiosas de
 caráter messiânico. Na área do
 Contestado não foi diferente, pois, diante
 da crise e insatisfação popular, ganhou
 força a figura do beato José Maria.
Beato José Maria:
 Ele pregava a criação de um   mundo novo,
 regido pelas leis de Deus, onde todos
 viveriam em paz, com prosperidade
 justiça e terras para trabalhar. José Maria
 conseguiu reunir milhares de seguidores,
 principalmente de camponeses sem
 terras.
 Os coronéis da região e os governos
 (federal e estadual) começaram a ficar
 preocupados com a liderança de José
 Maria e sua capacidade de atrair os
 camponeses.
 O governo passou a acusar o beato de
 ser um inimigo da República, que tinha
 como objetivo desestruturar o governo e a
 ordem da região. Com isso, policiais e
 soldados do exército foram enviados para
 o local, com o objetivo de desarticular o
 movimento.
 Os soldados e policiais começaram a
 perseguir o beato e seus seguidores.
 Armados de espingardas de caça, facões
 e enxadas, os camponeses resistiram e
 enfrentaram as forças oficiais que
 estavam bem armadas.
 Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8
 mil rebeldes, na maioria camponeses,
 morreram. Alguns historiadores chegam a
 afirmar que o número de mortes chegou à
 20 mil. As baixas do lado das tropas
 oficiais foram bem menores.
 A guerra terminou somente em   1916,
 quando as tropas oficiais conseguiram
 prender Adeodato, que era um dos chefes
 do último reduto de rebeldes da revolta.
 Ele foi condenado a trinta anos de prisão.
 A Guerra do Contestado mostra a forma
 com que os políticos e os governos
 tratavam as questões sociais no início da
 República. Os interesses financeiros de
 grandes empresas e proprietários rurais
 ficavam sempre acima das necessidades
 da população mais pobre
 Não havia espaço para a tentativa de
 solucionar os conflitos com negociação.
 Quando havia organização daqueles que
 eram injustiçados, as forças oficiais, com
 apoio dos coronéis, combatiam os
 movimentos com repressão e força militar.
O Cangaço
             1870 - 1930
 Foi uma onda de  banditismo, crime e
 violência que se alastrou por quase todo o
 sertão do Nordeste brasileiro entre o
 século XVIII e meados do século XX. Para
 alguns especialistas, o cangaço teria
 nascido como uma forma de defesa dos
 sertanejos diante da ineficiência do
 governo em manter a ordem e aplicar a
 lei.
 Mas o fato é que os bandos de
 cangaceiros logo se transformaram em
 quadrilhas que aterrorizaram o sertão,
 pilhando, assassinando e estuprando.
 O Cangaço pode ser dividido em   três
 subgrupos: os que prestavam serviços
 esporádicos para os latifundiários; os
 "políticos", expressão de poder dos
 grandes fazendeiros; e os cangaceiros
 independentes, com características de
 banditismo.
 Os cangaceiros conheciam      a caatinga e o
  território nordestino muito bem, e por isso,
  era tão difícil serem capturados pelas
  autoridades. Estavam sempre preparados
  para enfrentar todo o tipo de situação.
 Conheciam as plantas medicinais, as
  fontes de água, locais com alimento, rotas
  de fuga e lugares de difícil acesso.
 O primeiro bando de cangaceiros que se
 tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves
 de Melo Calado, "Jesuíno Brilhante", que
 agiu por volta de 1870. E o último foi de "
 Corisco" (Cristino Gomes da Silva Cleto),
 que foi assassinado em 25 de maio de
 1940.
 O cangaceiro mais famoso foi Virgulino
 Ferreira da Silva, o "Lampião",
 denominado o "Senhor do Sertão" e
 também "O Rei do Cangaço". Atuou
 durante as décadas de 1920 e 1930 em
 praticamente todos os estados do
 Nordeste brasileiro.
 As primeiras mulheres juntaram-se ao
  cangaço a partir de 1930 - a pioneira foi
  Maria Bonita, companheira de Lampião.
 Estima-se que o bando de Lampião
  chegou a matar mais de mil pessoas.
Corisco e Pancada:
 Para combater os cangaceiros, o governo
 reagia com as "volantes", grupos de
 policiais disfarçados de cangaceiros, que
 muitas vezes eram mais brutais que os
 próprios cangaceiros.
 . Em1938, Lampião e Maria Bonita foram
 mortos por uma volante. Um dos
 sobreviventes, Corisco, tentou assumir o
 lugar do chefe, mas foi morto pela polícia
 em 1940, num ataque que encerra o
 cangaço.
As Cabeças do Bando de
       Lampião:
Padre Cícero
   Cícero Romão Batista (Crato, 24 de março de
    1844 — Juazeiro do Norte, 20 de julho de 1934)
    foi um sacerdote católico brasileiro. Na devoção
    popular é conhecido como Padre Cícero ou
    Padim Ciço.
   Proprietário de terras, gado e dono de diversos
    imóveis, o Padre Cícero fazia parte da
    sociedade e política conservadora do sertão do
    Cariri.
 O médico Floro Bartolomeu seu braço
 direito e integrava o sistema político
 cearense que ficou sob o controle da
 família Accioli durante mais de duas
 décadas. Carismático, obteve grande
 prestígio e influência sobre a vida social,
 política e religiosa do Ceará e da Região
 Nordeste do Brasil.
 Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era
 devoto de padre Cícero e respeitava as
 suas crenças e conselhos. Os dois se
 encontraram uma única vez, em Juazeiro
 do Norte, no ano de 1926. Naquele ano, a
 Coluna Prestes, liderada por Luís Carlos
 Prestes, percorria o interior do Brasil
 desafiando o Governo Federal.
 Para combatê-la foram criados os
 chamados Batalhões Patrióticos,
 comandados por líderes regionais que
 muitas vezes convocavam cangaceiros.
 O certo é que ao chegaremem Juazeiro,
 Lampião e os quarenta e nove
 cangaceiros que o acompanhavam,
 ouviram padre Cícero aconselhá-los a
 abandonar o cangaço.
 Como Lampião exigia receber a patente
 que lhe fora prometida, Pedro de
 Albuquerque Uchoa, único funcionário
 público federal no município, escreveu em
 uma folha de papel que Lampião seria, a
 partir daquele momento, Capitão e
 receberia anistia por seus crimes. O
 bando deixou Juazeiro sem enfrentar a
 Coluna Prestes.
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A guerra de canudos

  • 1. Conflitos Sociais na República Velha Conflitos Rurais
  • 2. A Guerra de Canudos
  • 3.  A situação de miséria e descaso político fez nascer no sertão nordestino, no final do século XIX, um movimento messiânico de grande importância.  Liderados por Antônio Conselheiro, o grupo de miseráveis fundou em uma fazenda abandonada às margens do rio Vaza Barris, um arraial.
  • 4.
  • 5.  Este arraial (Vila) era chamado pelos habitantes e pelo Conselheiro de Arraial de Belo Monte. A população das cidades próximas ao Arraial chamavam-no de Canudos, por causa do antigo nome da fazenda abandonada, onde ficava.
  • 7.
  • 8.  Os grandes fazendeiros nordestinos (coronéis)viam Canudos como uma ameaça, porque muitos trabalhadores deixaram o campo para seguir o Conselheiro, que prometia uma vida melhor neste mundo. Antônio Conselheiro era contra a República; se recusava a pagar impostos; acusava a Igreja Católica de colaborar para a exploração dos pobres.
  • 9. Casa de Taipa em Canudos:
  • 11.
  • 12.  Por estas razões eles eram vistos como uma ameaça à ordem estabelecida pela República. Logo, os habitantes de Canudos foram atacados com toda força pelas tropas do governo da Bahia.
  • 13.  As duas primeiras expedições enviadas pelo governo baiano contra o arraial entre 1896 e 1897 fracassaram. De março a outubro de 1897, outras duas expedições enviadas pelo governo federal e organizadas pelo Exército, a última com 6 mil homens e artilharia pesada, consegue finalmente tomar e destruir Canudos.
  • 14.
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19.  Junto com Conselheiro morrem aproximadamente 20 mil pessoas. Só sobrevivem cerca de 400 prisioneiros, entre velhos, mulheres e crianças.  Ao primeiro sinal de novas ideias, a República Brasileira ataca com extrema violência.
  • 20.
  • 21.
  • 22. A Guerra do Contestado 1912 - 1916  A Guerra do Contestado foi um conflito armado que ocorreu na região Sul do Brasil, entre outubro de 1912 e agosto de 1916. O conflito envolveu cerca de 20 mil camponeses que enfrentaram forças militares dos poderes federal e estadual.
  • 23.  Ganhou o nome de Guerra do Contestado, pois os conflitos ocorrem numa área de disputa territorial entre os estados do Parará e Santa Catarina.
  • 24.
  • 25.  Causas da Guerra A estrada de ferro entre São Paulo e Rio Grande do Sul estava sendo construída por uma empresa norte-americana, com apoio dos coronéis (grandes proprietários rurais com força política) da região e do governo.
  • 26.
  • 27.  Para que a estrada de ferro fosse construída, milhares de família de camponeses perderam suas terras. Isso criou muito desemprego entre os camponeses da região, que ficaram sem terras para trabalhar.
  • 28.
  • 29. Outro motivo da revolta foi a compra de uma grande área da região por de um grupo de pessoas ligadas à empresa construtora da estrada de ferro. Esta propriedade foi adquirida para o estabelecimento de uma grande empresa madeireira, voltada para a exportação. Com isso, muitas famílias foram expulsas de suas terras.
  • 30.
  • 31.  O clima ficou mais tenso quando a estrada de ferro ficou pronta. Muitos trabalhadores que atuaram em sua construção tinham sido trazidos de diversas partes do Brasil e ficaram desempregados com o fim da obra.
  • 32.  Eles permaneceram na região sem qualquer apoio por parte da empresa norte-americana ou do governo.
  • 33.  Nesta época, as regiões mais pobres do Brasil eram terreno fértil para o aparecimento de lideranças religiosas de caráter messiânico. Na área do Contestado não foi diferente, pois, diante da crise e insatisfação popular, ganhou força a figura do beato José Maria.
  • 35.  Ele pregava a criação de um mundo novo, regido pelas leis de Deus, onde todos viveriam em paz, com prosperidade justiça e terras para trabalhar. José Maria conseguiu reunir milhares de seguidores, principalmente de camponeses sem terras.
  • 36.  Os coronéis da região e os governos (federal e estadual) começaram a ficar preocupados com a liderança de José Maria e sua capacidade de atrair os camponeses.
  • 37.  O governo passou a acusar o beato de ser um inimigo da República, que tinha como objetivo desestruturar o governo e a ordem da região. Com isso, policiais e soldados do exército foram enviados para o local, com o objetivo de desarticular o movimento.
  • 38.
  • 39.
  • 40.
  • 41.  Os soldados e policiais começaram a perseguir o beato e seus seguidores. Armados de espingardas de caça, facões e enxadas, os camponeses resistiram e enfrentaram as forças oficiais que estavam bem armadas.
  • 42.  Nestes conflitos armados, entre 5 mil e 8 mil rebeldes, na maioria camponeses, morreram. Alguns historiadores chegam a afirmar que o número de mortes chegou à 20 mil. As baixas do lado das tropas oficiais foram bem menores.
  • 43.
  • 44.  A guerra terminou somente em 1916, quando as tropas oficiais conseguiram prender Adeodato, que era um dos chefes do último reduto de rebeldes da revolta. Ele foi condenado a trinta anos de prisão.
  • 45.  A Guerra do Contestado mostra a forma com que os políticos e os governos tratavam as questões sociais no início da República. Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre
  • 46.  Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar.
  • 47. O Cangaço 1870 - 1930  Foi uma onda de banditismo, crime e violência que se alastrou por quase todo o sertão do Nordeste brasileiro entre o século XVIII e meados do século XX. Para alguns especialistas, o cangaço teria nascido como uma forma de defesa dos sertanejos diante da ineficiência do governo em manter a ordem e aplicar a lei.
  • 48.  Mas o fato é que os bandos de cangaceiros logo se transformaram em quadrilhas que aterrorizaram o sertão, pilhando, assassinando e estuprando.
  • 49.
  • 50.  O Cangaço pode ser dividido em três subgrupos: os que prestavam serviços esporádicos para os latifundiários; os "políticos", expressão de poder dos grandes fazendeiros; e os cangaceiros independentes, com características de banditismo.
  • 51.  Os cangaceiros conheciam a caatinga e o território nordestino muito bem, e por isso, era tão difícil serem capturados pelas autoridades. Estavam sempre preparados para enfrentar todo o tipo de situação.  Conheciam as plantas medicinais, as fontes de água, locais com alimento, rotas de fuga e lugares de difícil acesso.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55.  O primeiro bando de cangaceiros que se tem conhecimento foi o de Jesuíno Alves de Melo Calado, "Jesuíno Brilhante", que agiu por volta de 1870. E o último foi de " Corisco" (Cristino Gomes da Silva Cleto), que foi assassinado em 25 de maio de 1940.
  • 56.
  • 57.
  • 58.  O cangaceiro mais famoso foi Virgulino Ferreira da Silva, o "Lampião", denominado o "Senhor do Sertão" e também "O Rei do Cangaço". Atuou durante as décadas de 1920 e 1930 em praticamente todos os estados do Nordeste brasileiro.
  • 59.
  • 60.
  • 61.  As primeiras mulheres juntaram-se ao cangaço a partir de 1930 - a pioneira foi Maria Bonita, companheira de Lampião.  Estima-se que o bando de Lampião chegou a matar mais de mil pessoas.
  • 63.  Para combater os cangaceiros, o governo reagia com as "volantes", grupos de policiais disfarçados de cangaceiros, que muitas vezes eram mais brutais que os próprios cangaceiros.
  • 64.  . Em1938, Lampião e Maria Bonita foram mortos por uma volante. Um dos sobreviventes, Corisco, tentou assumir o lugar do chefe, mas foi morto pela polícia em 1940, num ataque que encerra o cangaço.
  • 65. As Cabeças do Bando de Lampião:
  • 66. Padre Cícero  Cícero Romão Batista (Crato, 24 de março de 1844 — Juazeiro do Norte, 20 de julho de 1934) foi um sacerdote católico brasileiro. Na devoção popular é conhecido como Padre Cícero ou Padim Ciço.  Proprietário de terras, gado e dono de diversos imóveis, o Padre Cícero fazia parte da sociedade e política conservadora do sertão do Cariri.
  • 67.  O médico Floro Bartolomeu seu braço direito e integrava o sistema político cearense que ficou sob o controle da família Accioli durante mais de duas décadas. Carismático, obteve grande prestígio e influência sobre a vida social, política e religiosa do Ceará e da Região Nordeste do Brasil.
  • 68.
  • 69.  Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era devoto de padre Cícero e respeitava as suas crenças e conselhos. Os dois se encontraram uma única vez, em Juazeiro do Norte, no ano de 1926. Naquele ano, a Coluna Prestes, liderada por Luís Carlos Prestes, percorria o interior do Brasil desafiando o Governo Federal.
  • 70.  Para combatê-la foram criados os chamados Batalhões Patrióticos, comandados por líderes regionais que muitas vezes convocavam cangaceiros.
  • 71.  O certo é que ao chegaremem Juazeiro, Lampião e os quarenta e nove cangaceiros que o acompanhavam, ouviram padre Cícero aconselhá-los a abandonar o cangaço.
  • 72.  Como Lampião exigia receber a patente que lhe fora prometida, Pedro de Albuquerque Uchoa, único funcionário público federal no município, escreveu em uma folha de papel que Lampião seria, a partir daquele momento, Capitão e receberia anistia por seus crimes. O bando deixou Juazeiro sem enfrentar a Coluna Prestes.