Não resta mais dúvida sobre a importância crescente dos oceanos como fonte de energia, alimentos e minerais, além de regulador do clima. É assunto obrigatório em todas as agendas do desenvolvimento sustentado (na ONU, na Comissão Europeia, etc). No Brasil, porém, o tema ainda permanece restrito à Marinha, a membros da comunidade científica e ao Itamaraty (pelas suas implicações diplomáticas).
Para ampliar o conhecimento sobre os desafios econômicos, ambientais e diplomáticos relacionados à exploração de recursos marinhos, faremos este que é o terceiro seminário dedicado ao tema. Mais uma vez, contaremos com representantes da Marinha, do Ministério das Relações Exteriores e da comunidade científica, atores-chave para o crescimento sustentável da chamada Amazônia Azul. O evento contemplará também a experiência do Ceará, que pioneiramente incorporou a economia do mar no planejamento estratégico do Estado e do município de Fortaleza.
MIGUEL MARQUES
Economista, é sócio da PwC Portugal e líder do Centro de Excelência Global da PwC para os Assuntos do Mar. Licenciado em Economia pela Universidade do Porto, é pós-graduado pela Kellogg Northwestern University (Chicago – EUA).
Ameaças e oportunidades das novas tecnologias para o desenvolvimento e a demo...
A Economia e a Geopolítica do Mar - Miguel Marques
1. PwC
O mar, quando lança o seu feitiço,
agarra-nos para sempre na sua rede
de maravilhas.
Jacques Cousteau
O Valor do Mar – Uma Visão Integrada dos Recursos do Oceano do Brasil
LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar
Circum-navegação – LEME Mundo
Bússola – PwC Arena Futuro Azul
Miguel Marques – Professor Convidado da Coimbra Business School
S. Paulo - FFHC - 10 de abril de 2019
1
5. PwC 5
Ano Internacional dos Oceanos – Momento de viragem
O ano de 1998 foi declarado pelas Nações Unidas como o Ano Internacional dos
Oceanos, por influência de vários países costeiros, incluindo Portugal. O motivo
principal desta escolha foi o de promover um maior conhecimento dos oceanos.
Nesse mesmo ano, por decisão do Bureau international des expositions (BIE)
realizou-se, na cidade de Lisboa, a Exposição Internacional - Expo 98 com o tema
“Os Oceanos: Um Património para o Futuro”.
Portugal, nestas últimas décadas, após a Expo 98, tem mantido a sua histórica
tradição marítima mas tem também incluído novos elementos relacionados com
uma visão integrada de tudo a que ao mar diz respeito, na sua plenitude
tridimensional de superfície da água, profundidade da coluna de água incluindo
leito marinho e acima da superfície da água incluindo o vento, o espaço aéreo e até
a dimensão aeroespacial, nomeadamente, no que se refere ao uso de satélites na
monitorização dos oceanos.
O ano de 1998 antecede o ano da entrega do último território ultramarino, o
território de Macau, que foi entregue por Portugal, à República Popular da China,
fechando assim, no final do século XX, que coincidiu com o final do milénio,
mais de cinco séculos de navegações.
6. PwC 6
Modelos de valorização do patrimônio do mar em economias
desenvolvidas
A União Europeia - Livro Azul - Política marítima integrada
A política marítima integrada abrange especificamente
as seguintes políticas transversais:
- Crescimento Azul
- Conhecimento e Dados sobre o Meio Marinho
- Ordenamento do Espaço Marítimo
- Vigilância Marítima Integrada
- Estratégias para as Bacias Marítimas
Na ação da Irlanda no mar destacam-se as atividades de investigação e mapeamento do seu leito
marinho e a forte cooperação com os Estados Unidos da América e com o Canadá.
O Governo Francês dispõe de um Secretariado Geral para os Assuntos do Mar, sob a dependência
direta do Primeiro Ministro.
As apostas da Noruega têm sido a energia, a fileira alimentar e a investigação e desenvolvimento.
O Japão continua a ser um país de excelente construção naval e que preserva toda a sua tradição na
fileira alimentar do mar
A China lidera os setores da Construção Naval, dos Portos, da Fileira Alimentar e da Defesa.
7. LEME
Barómetro PwC
da Economia do Mar
Circum-navegação: LEME Brasil no Mundo – edição nº4
Centro de Excelência
Global da PwC para
os Assuntos do Mar
Brasil, 10 de abril de 2019
A preservação ambiental valoriza o mar!
Contribua para uma cultura de segurança no mar!
Em lazer ou em trabalho, cumpra com as regras de
salvaguarda da vida humana no mar. Há mar e
mar, há ir e voltar.
Bússola
PwC Arena Futuro Azul
MAREECOFIN- PwC Economia e
Finanças do Mar
8. PwC
Publicações PwC
Desde 2010 a analisar quantitativamente a Economia do Mar
Cerca de 70 relatórios emitidos
LEME – Barómetro PwC da Economia
do Mar (Portugal) MAREECOFIN
PwC LEME Circum-navegação
Excellens Mare
Bússola
8
LEME no Brasil
4 edições – Brasil no Mundo
2 edições – Ceará
1 edição - Pernambuco
9. PwC
Circum-navegação:
LEME – Barómetro PwC da
Economia do Mar em detalhe
1. Sumário de informação quantitativa, incluindo
análise de tendências e rankings de países
2. Um mapa da economia do mar construído
através da sobreposição
9
10. Organizado nos seguintes temas relevantes,
os especialistas do oceano expressam
as suas visões sobre o que devemos esperar nos
próximos 12 meses , no que respeita às atividades
do mar:
Governo dos Oceanos e Abordagem Integrada;
Finanças e Economia;
Ambiente;
Conhecimento e Inovação; e
Pessoas, Cultura e Identidade.
Centro de Excelência Global da PwC
para os Assuntos do Mar
14. Transportes marítimos, portos e logística
Top 20 dos maiores registos de navios, 1 de janeiro de 2017 (DWT)
Nacionalidade de registo
Número de navios
Tonelada peso-morto Percentagem do total
mundial (DWT)(milhares DWT)
2016 2017 2016 2017 2016 2017
Panamá 8.153 8.052 334.368 343.398 18,51% 18,44%
Libéria 3.185 3.296 206.351 219.397 11,42% 11,78%
Ilhas Marshall 2.942 3.199 200.069 216.616 11,07% 11,63%
China, Hong Kong SAR 2.515 2.576 161.787 173.318 8,96% 9,31%
Singapura 3.605 3.558 127.193 124.238 7,04% 6,67%
Malta 2.101 2.170 94.992 99.216 5,26% 5,33%
Bahamas 1.450 1.440 79.541 79.842 4,40% 4,29%
China 4.052 4.287 75.850 78.400 4,20% 4,21%
Grécia 1.386 1.364 73.568 74.638 4,07% 4,01%
Reino Unido 1.167 1.551 15.192 40.986 0,84% 2,20%
Japão 5.320 5.289 31.869 34.529 1,76% 1,85%
Chipre 1.053 1.022 33.313 33.764 1,84% 1,81%
Noruega 1.561 1.585 20.697 21.900 1,15% 1,18%
Indonésia 7.843 8.782 18.117 20.144 1,00% 1,08%
Índia 1.625 1.674 16.338 17.254 0,90% 0,93%
Dinamarca 671 654 17.185 16.893 0,95% 0,91%
Itália 1.376 1.430 16.470 15.944 0,91% 0,86%
Coreia do Sul 1.906 1.907 16.820 15.171 0,93% 0,81%
Portugal 373 466 8.398 13.753 0,46% 0,74%
EUA 3.570 3.611 11.841 11.798 0,66% 0,63%
Resto do Mundo 35.063 35.248 246.691 210.653 13,65% 11,31%
Total Mundo 90.917 93.161 1.806.650 1.861.852 100% 100%
Nota: Navios mercantes de 1.000 GT e acima com propulsão; classificados por tonelada peso-morto. Para obter uma lista completa de todos os países com navios de 100 GT e acima ver http://stats.unctad.org/fleet. números do inicio do
ano (acedido em 9 de setembro de 2017)
Fonte: UNCTAD - Review of Maritime Transport 2016 e 2017
Número de navios DWT
Tx cresc. 2016-17 2,5% 3,1%
Tx cresc. 2012-17 -2,2% 3,9%
Média 0,1% 3,5%
14
15. PwC 15
Top 20 dos principais países em termos de frota marítima, a 1 de janeiro de 2017
(1.000 DWT, por país/nacionalidade do proprietário, em percentagem de frota estrangeira e nacional)
5,4% -2,2% 4,1% -6,0% 9,5% 7,2% 2,7% 11,3% 7,5% -0,6% -0,8% 1,6% -5,1% 5,8% -0,8% 15,7% 6,6% 4,6% 21,5% -9,4%
6,6% 0,6% 5,9% -2,3% 22,0% 40,1% 7,6% 4,2% 3,8% 22,6% 9,9% 0,6% -1,9% 36,3% 3,4% 37,1% 10,2% 1,2% 1,6% -3,8%
6,0% -0,8% 5,0% -4,2% 15,8% 23,7% 5,2% 7,8% 5,7% 11,0% 4,6% 1,1% -3,5% 21,1% 1,3% 26,4% 8,4% 2,9% 11,6% -6,6%
Tx cresc. 2016-17
Tx cresc. 2012-17
Média
Transportes marítimos, portos e logística
Navios mercantes de 1.000 GT e acima com propulsão.
16. PwC 16
Transportes marítimos, portos e logística
Comércio internacional marítimo, para os anos
selecionados (milhões de toneladas carregadas)
0
2,000
4,000
6,000
8,000
10,000
12,000
1980
1985
1990
1995
2000
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
Petróleo e gás Principais produtos a granel
Outra carga seca exceto os principais produtos a granel Contentores
Peso do comércio marítimo mundial, 2006-2016, por
continentes
África
2006 4%
2016 5%
Américas
2006 19%
2016 14%
Ásia
2006 48%
2016 60%
Europa
2006 27%
2016 20%
Oceânia
2006 1%
2016 2%
Fonte: UNCTAD - Review of Maritime Transport 2017
% totalanoregião
Tx cresc. 2015-16
Tx cresc. 2011-16
2,6%
3,2%
Média 2,9%
Comércio Internacional marítimo
(toneladas carregadas)
Mundo
Tx cresc. 2015-16 2,7%
Tx cresc. 2011-16 3,2%
Média 3,0%
Economias desenvolvidas
Tx cresc. 2015-16 -2,7%
Tx cresc. 2011-16 0,0%
Média -1,4%
Economias em desenvolvimento
Tx cresc. 2015-16 5,8%
Tx cresc. 2011-16 5,6%
Média 5,7%
Comércio marítimo mundial de mercadorias descarregadas, grupo
de países (toneladas)
Fonte: Cálculo PwC com base na informação incluída em “Circum-Navegação LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar (Mundo)”
17. PwC 17
Transportes marítimos, portos e logística
Fonte: UNCTAD - Review of Maritime Transport 2017
Nome do porto País 2015 2016
Variação
percentual
2015/2016
Shanghai China 36,5 37,1 1,6%
Singapura Singapura 31,0 30,9 -0,1%
Shenzhen China 24,2 24,0 -0,9%
Ningbo China 20,6 21,6 4,7%
Hong Kong Hong Kong (China) 20,1 19,6 -2,7%
Busan Coreia do Sul 19,3 19,4 0,4%
Guangzhou China 17,5 18,9 8,0%
Qingdao China 17,5 18,1 3,3%
Dubai EAU 15,6 14,8 -5,3%
Tianjin China 14,1 14,5 2,9%
Total top 10 216 219 1,4%
Principais 10 terminais de contentores e respetiva taxa
de transferência, 2015 e 2016 (milhões TEUs)
Principais 10 terminais de contentores
em volume de transferência
Tx cresc.
2015-16
Tx cresc.
2011-16
Média
1,6% 3,2% 2,4%
-0,1% 0,7% 0,3%
-0,9% 1,2% 0,2%
4,7% 8,0% 6,4%
-2,7% -4,3% -3,5%
0,4% 3,7% 2,1%
8,0% 5,6% 6,8%
3,3% 6,8% 5,05%
-5,3% 2,6% -1,35%
2,9% 4,7% 3,8%
1,4% 2,7% 2,1%
Fonte: Cálculo PwC com base na informação incluída em
“Circum-Navegação LEME – Barómetro PwC da Economia do
Mar (Mundo)”
18. PwC 18
No que respeita ao Transporte Marítimo, Portos e Logística o Brasil não se localiza no corredor de navegação com
maior intensidade de tráfego comercial a nível global, no entanto, a sua grade dimensão, o seu peso em termos de
fonte de matérias-primas de grande importância, como por exemplo o ferro, e o facto de pertencer ao top 20 de
países em termos de frota marítima atribuem um grande potencial ao Brasil em termos de transporte marítimo,
portos e logística.
Exportadores de minério de ferro % Importadores de minério de ferro %
Austrália 57% China 71%
Brasil 26% Japão 9%
África do Sul 5% Europa 7%
Canadá 3% Coreia do Sul 5%
Suécia 2% Outros 8%
Outros 7%
Transporte Marítimo, Portos e Logística
20. PwC 20
Construção Naval, Manutenção e Equipamento
Construções concluídas em estaleiros globais
(em milhões de CGT)
Resumo da atividade dos estaleiros –
Construções concluídas (CGT)
Fonte: Cálculo PwC com base na informação incluída em
“Circum-Navegação LEME – Barómetro PwC da Economia do
Mar (Mundo)”
Fonte: Sea Europe, Shipbuilding Market Monitoring, Report No 44, 2018
-2,6% 0,3%
Tx cresc.
2016-17
-1,2%
Tx cresc.
2012-17
Média
-2,0% -4,2% -3,1%
-10,0% -4,7% -7,4%
4,4% -9,7% -2,7%
4,0% -5,7% -0,9%
21. PwC
Tx cresc.
2015-16
Tx cresc.
2012-16
Média
7,2% -32,8% -12,8%
-5,9% -6,0% -5,95%
27,9% -20,8% 3,55%
230,7% 15,5% 123,1%
37,4% 13,6% 25,5%
36,1% -13,2% 11,45%
12,8% -2,6% 5,1%
-21,7% -14,0% -17,9%
326,6% 15,3% 171,0%
25,8% -5,5% 10,2%
21
Construção Naval, Manutenção e Equipamento
Tonelagem vendida reportada para demolição, principais tipos de navios e
países onde foram demolidos, 2016 (milhares de GT)
China Índia Bangladesh Paquistão
Outros
países
da Ásia
Meridional
Turquia Outros Total Mundial
2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016 2016
Petroleiros 266 142 224 448 103 7 63 1.253
Navios graneleiros 1.823 3.269 5.756 3.742 1.049 121 58 15.818
Carga geral 44 519 152 66 37 192 36 1.046
Porta-contentores 569 3.922 1.675 119 1.056 104 110 7.556
Transporte de gás 3 147 25 48 - 171 3 397
Tanques químicos 1 168 - - 28 28 1 226
Offshore 24 340 64 249 218 46 122 1.064
Ferries e navios de
passageiros
- 51 - - - 77 39 166
Outros 356 375 344 - 81 252 33 1.442
Total 3.086 8.933 8.240 4.672 2.572 998 465 28.968
Nota: Navios mercantes com propulsão de 100 GT e mais.
Fonte: UNCTAD - Review of Maritime Transport 2016 e 2017
22. PwC 22
Em 2017 o Brasil construiu 0,5% dos navios novos construídos no mundo, sendo que, colocou no mercado, nesse
mesmo ano, cerca de 1,4% do total da carteira de encomendas de navios.
Construção naval, manutenção e equipamento
País NO. 1.000 GT % 1.000 CGT %
UE-28 210 2.225 3,34% 2.179 6,30%
Outros países Europeus 115 291 0,44% 495 1,43%
Japão 485 13.137 19,72% 6.794 19,64%
Coreia do Sul 293 23.418 35,16% 10.534 30,45%
China 769 23.741 35,64% 11.860 34,28%
Brasil 21 221 0,33% 172 0,50%
Total Mundial 2.351 66.610 100,00% 34.597 100,00%
27. PwC 27
Pescas e Aquacultura
Captura total, total de aquacultura e pesca total mundial (milhões de toneladas)
Fonte: FAO - The State of the World Fisheries and Aquaculture, 2018
28. PwC 28
Pescas e Aquacultura
Principais países em termos de pesca (captura marinha)
2016
País
2003 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Peso Variação Variação
Ranking 2016 2015/2016 2003/2016
(milhões de toneladas) (Percentagem)
1 China 12,20 13,50 13,90 14,00 14,80 15,31 15,25 19,23% -0,44% 24,97%
2 Indonésia 4,30 5,30 5,40 5,60 6,00 6,22 6,11 7,71% -1,72% 42,07%
3 EUA 4,90 5,10 5,10 5,10 5,00 5,02 4,90 6,18% -2,43% -0,06%
4 Rússia 3,10 4,00 4,10 4,10 4,00 4,17 4,47 5,63% 7,05% 44,06%
5 Peru 6,10 8,20 4,80 5,80 3,50 4,79 3,77 4,76% -21,15% -38,13%
6 Índia 3,00 3,30 3,40 3,40 3,40 3,50 3,60 4,54% 2,92% 19,97%
7 Japão 4,60 3,70 3,60 3,60 3,60 3,42 3,17 3,99% -7,48% -31,15%
8 Vietname 1,60 2,30 2,40 2,60 2,70 2,61 2,68 3,38% 2,72% 67,38%
9 Noruega 2,50 2,30 2,10 2,10 2,30 2,29 2,03 2,56% -11,34% -18,68%
10 Filipinas 2,00 2,20 2,10 2,10 2,10 1,95 1,87 2,35% -4,26% -6,75%
11 Malásia 1,30 1,40 1,50 1,50 1,50 1,49 1,57 1,99% 5,92% 21,08%
12 Chile 3,60 3,10 2,60 1,80 2,20 1,79 1,50 1,89% -16,07% -58,36%
13 Marrocos 0,90 1,00 1,20 1,20 1,40 1,35 1,43 1,81% 6,08% 59,00%
14 Coreia do Sul 1,60 1,70 1,70 1,60 1,70 1,64 1,38 1,74% -16,04% -13,94%
15 Tailândia 2,70 1,60 1,60 1,60 1,60 1,32 1,34 1,69% 1,97% -50,26%
16 México 1,30 1,50 1,50 1,50 1,40 1,32 1,31 1,65% -0,30% 0,85%
17 Myanmar 1,10 2,20 2,30 2,50 2,70 1,11 1,19 1,49% 7,05% 7,73%
Total 17 principais países 56,80 62,40 59,30 60,10 59,90 59,28 57,55 72,60% -2,90% 1,33%
Resto do mundo 22,90 20,20 20,40 21,20 21,60 21,97 21,72 27,40% -1,14% -5,14%
Total mundial 79,70 82,60 79,70 81,00 81,50 81,25 79,28 100,00% -2,43% -0,53%
Quota 17 principais países (%) 71,30 75,50 74,40 73,80 73,50 72,96 72,60
Fonte: FAO - The State of the World Fisheries and Aquaculture, 2018
Tx cresc.
2015-16
Tx cresc.
2011-16
Média
-0,4% 2,5% 1,1%
-1,7% 2,9% 0,6%
-2,4% -0,8% -1,6%
7,1% 2,2% 4,7%
-21,2% -14,4% -17,8%
2,9% 1,8% 2,4%
-7,5% -3,0% -5,3%
2,7% 3,1% 2,9%
-11,3% -2,5% -6,9%
-4,3% -3,2% -3,8%
5,9% 2,3% 4,1%
-16,1% -13,5% -14,8%
6,1% 7,4% 6,75%
-16,0% -4,1% -10,1%
2,0% -3,5% -0,8%
-0,3% -2,7% -1,5%
7,1% -11,6% -2,3%
-2,9% -1,6% -2,3%
-1,1% 1,5% 0,2%
-2,4% -0,8% -1,6%
-0,5% -0,8% -0,7%
Captura marinha: principais
países em termos de pesca
(toneladas)
Fonte: Cálculo PwC com base na informação incluída em “Circum-
Navegação LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar (Mundo)”
29. PwC 29
Pescas e Aquacultura
Principais produtores em aquacultura (em milhares de toneladas e quota do total mundial)
Fonte: FAO - The State of the World Fisheries and Aquaculture, 2018
Produção total de animais aquáticos Quota
Produtor 2010 2012 2014 2016 2016
China 36.734 41.108 45.469 49.244 62%
Índia 3.786 4.210 4.881 5.700 7%
Indonésia 2.305 3.068 4.254 4.950 6%
Vietname 2.683 3.085 3.397 3.625 5%
Bangladesh 1.309 1.726 1.957 2.204 3%
Noruega 1.020 1.321 1.333 1.326 2%
Egito 920 1.018 1.137 1.371 2%
Chile 701 1.071 1.215 1.035 1%
Top 8 subtotal 49.458 56.607 63.643 69.455 87%
Resto do Mundo 9.504 9.859 10.141 10.576 13%
Mundo 58.962 66.466 73.784 80.031 100%
Tx cresc.
2014-16
Tx cresc.
2010-16
Média
4,1% 5,0% 4,6%
8,1% 7,1% 7,6%
7,9% 13,6% 10,8%
3,3% 5,1% 4,2%
6,1% 9,1% 7,6%
-0,3% 4,5% 2,1%
-7,7% 6,7% -0,5%
9,8% 6,9% 8,4%
4,5% 5,8% 5,2%
2,1% 1,8% 2,0%
4,1% 5,2% 4,7%
Fonte: Cálculo PwC com base na informação
incluída em “Circum-Navegação LEME –
Barómetro PwC da Economia do Mar (Mundo)”
30. PwC 30
Na América do Sul o consumo per capita de peixe não é elevado
Fornecimento per capita de produtos alimentares do mar
2010 2013 2015
(kg/ano)
Mundo 18,9 19,7 20,2
Mundo (exceto China) 15,4 15,3 15,5
África 9,7 9,8 9,9
América do Norte 21,8 21,4 21,6
América Latina e Caraíbas 9,7 9,4 9,8
Ásia 21,6 23,0 24,0
Europa 22,0 22,2 22,5
Oceânia 25,4 24,8 25,0
No que respeita a produtos alimentares do mar e dos rios o Brasil tem um grande potencial principalmente nas suas
águas interiores. Em 2016, o Brasil contribuiu de modo relevante para o volume de produção de animais aquáticos
das Américas:
Produtor
Peixe
Outras espéciesª
Produção total de
animais aquáticos
Quota do
total
mundialAquacultura interior Maricultura
(milhares de toneladas) (%)
África 1.954 17 11 1.982 2,48%
Américas 1.072 906 1.370 3.348 4,18%
Ásia 43.983 3.739 23.823 71.545 89,40%
Europa 502 1.830 613 2.945 3,68%
Oceânia 5 82 124 211 0,26%
Mundo 47.516 6.575 25.941 80.031 100,00%
Pescas e Aquicultura
32. PwC 32
Entretenimento, desporto, turismo e cultura
Número de passageiros de cruzeiros no mundo, em milhões
Tx cresc. 2017-18 5,4%
Tx cresc. 2013-18 5,0%
Média 5,2%
Fonte: Cálculo PwC com base na informação incluída em
“Circum-Navegação LEME – Barómetro PwC da Economia do
Mar (Mundo)”
(a) Projeção
Fonte: CLIA - State of the Cruise Industry Outlook 2017
33. PwC 33
Entretenimento, desporto, turismo e cultura
Distribuição de passageiros por região de destino, em 2017
Fonte: CLIA - State of the Cruise Industry Outlook 2017do mar.
34. PwC 34
Entretenimento, desporto, turismo e cultura
Principais países fonte de passageiros na indústria global de cruzeiros, 2016
Fonte: Cruise industry - Statista Dossier, 2017
36. PwC 36
Segurança Naval, Pirataria e desastres marítimos
Principais países em termos de frotas navais de guerra
(Soma do número de porta-aviões, fragatas, destroyers, corvetas e submarinos)
Fonte: Global Firepower – junho 2018
Pirataria: Entre 2010 e 2017, mais de 4.000 pessoas foram alvo de ataques de pirataria marítima,
sendo que mais de 3.800 foram feitas reféns e 31 foram mortas.
37. PwC 37
Conforme referido no capítulo anterior, entre 2010 e 2017, foram registados 15 ataques de piratas nos mares do
Brasil.
Segurança naval, pirataria e desastres marítimos
Localizações 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Total
Sudeste Asiático
Indonésia 40 46 81 106 100 108 49 43 573
Malásia 18 16 12 9 24 13 7 7 106
Estreito de Singapura 3 11 6 9 8 9 2 4 52
Filipinas 3 6 11 10 22 52
Outros Ásia 9 7 5 1 3 6 0 0 31
Extremo Oriente
Mar do Sul da China 31 13 2 4 1 0 0 0 51
Vietname 12 8 4 9 7 27 9 2 78
Outros Extremo Oriente 1 2 1 0 0 4 7 2 17
Subcontinente Indiano
Bangladesh 23 10 11 12 21 11 3 11 102
Índia 5 6 8 14 13 13 14 4 77
América do Sul
Brasil 9 3 1 1 1 0 0 0 15
Colômbia 3 4 5 7 2 5 4 6 36
Equador 3 6 4 3 0 0 0 2 18
Guiana 2 1 0 2 1 0 2 1 9
Haiti 5 2 2 0 0 2 4 1 16
Peru 10 2 3 4 0 0 11 2 32
Venezuela 7 4 0 0 1 1 5 12 30
Outros América do Sul 1 3 2 1 0 0 1 0 8
África
Benim 0 20 2 0 0 0 1 0 23
Egito 2 3 7 7 0 1 0 0 20
Guiné 6 5 3 1 0 3 3 2 23
Golfo de Áden a 53 37 13 6 4 0 1 3 117
Costa do Marfim 4 1 5 4 3 1 1 1 20
Nigéria 19 10 27 31 18 14 36 33 188
Mar Vermelho a 25 39 13 2 4 0 0 1 84
Somália a 139 160 49 7 3 0 1 5 364
Togo 0 6 15 7 2 0 6 0 36
Congo 1 3 4 3 7 5 1 1 25
Outros África 10 9 12 11 14 11 12 11 90
Resto do Mundo 4 2 0 0 2 1 1 4 14
Total 445 439 297 264 245 246 191 180 2.307
38. PwC 38
Conforme referido no capítulo anterior, entre 2010 e 2018, foram registados vários ataques de piratas em todo o
mundo, muitos deles em águas de países do Golfo da Guiné. A pirataria marítima tem aumentado significativamente
no Golfo da Guiné, particularmente, na Nigéria.
Segurança naval, pirataria e desastres marítimos
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Angola 0,0% 2,5% 0,0% 0,0% 2,4% 0,0% 3,6% 2,2% 0,0%
Benim 0,0% 50,0% 3,4% 0,0% 0,0% 0,0% 1,8% 0,0% 0,0%
Cabo Verde 0,0% 0,0% 1,7% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Camarões 27,8% 0,0% 0,0% 0,0% 2,4% 3,2% 0,0% 0,0% 9,0%
Costa do Marfim 22,2% 2,5% 8,6% 8,3% 7,3% 3,2% 1,8% 2,2% 1,3%
Gabão 0,0% 0,0% 0,0% 4,2% 2,4% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Gâmbia 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Gana 0,0% 5,0% 3,4% 2,1% 9,8% 6,5% 5,4% 2,2% 12,8%
Guiné 33,3% 12,5% 5,2% 2,1% 0,0% 9,7% 7,1% 6,5% 5,1%
Guiné Equatorial 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Guiné-Bissau 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Libéria 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,4% 6,5% 0,0% 0,0% 0,0%
Nigéria 0,0% 0,0% 46,6% 64,6% 43,9% 45,2% 64,3% 71,7% 61,5%
Rep. Dem. Do Congo 16,7% 10,0% 3,4% 0,0% 2,4% 9,7% 3,6% 0,0% 1,3%
Rep. Do Congo 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 17,1% 16,1% 10,7% 2,2% 7,7%
São Tomé e Príncipe 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,4% 0,0% 0,0% 2,2% 0,0%
Senegal 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,2% 0,0%
Serra Leoa 0,0% 2,5% 1,7% 4,2% 2,4% 0,0% 0,0% 8,7% 0,0%
Togo 0,0% 15,0% 25,9% 14,6% 4,9% 0,0% 1,8% 0,0% 1,3%
Sub Total 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
N.º Ataques no Golfo da Guiné 18 40 58 48 41 31 56 46 78
Mundo 445 439 297 264 245 246 191 180 201
% Golfo da Guiné no mundo 4,04% 9,11% 19,53% 18,18% 16,73% 12,60% 29,32% 25,56% 38,81%
39. PwC 39
Segurança naval, pirataria e desastres marítimos
Golfo da Guiné
Ataques pirata nos últimos 9 anos
Valores acumulados
41. PwC 41
Brasil no Mundo
Assuntos relevantes identificados em Circum-navegação: LEME Mundo:
- Está no Top 25 das ZEE;
- Embora esteja localizado fora do corredor de navegação com mais tráfego
comercial, tem dimensão, carga de matérias-primas e frota em quantidade
suficiente para potenciar os transportes marítimos, portos e logística;
- Construiu 0,50% dos navios novos construídos no mundo, sendo que, colocou
no mercado, cerca de 1,4% do total global de encomendas de novos navios;
- Está no Top 10 mundial de energia fóssil offshore (petróleo & gás). No
entanto, em termos de energia renovável offshore não tem existido uma
grande aposta;
- Figura no top 25 das maiores marinhas de guerra do mundo;
- Consta dos registos internacionais de ataques de piratas;
- A produção de produtos alimentares em águas interiores tem elevado
potencial;
- No ranking dos melhores atletas do mundo em termos de desportos náuticos,
como por exemplo a vela e o surf, é normal encontrarem-se atletas do Brasil.
O potencial do Brasil em termos de desportos náuticos, marinas e turismo
marítimo é elevado.
42. PwC
Mergulhar no ‘Azul’:
O Valor de uma visão integrada
Encontrar
benefícios mútuos
1. Pensamento ‘Azul’: é uma abordagem mais
sustentável e inclusiva, promove o crescimento
e o emprego, e acelera a inovação.
2. Estratégia para a execução Existem, pelo menos,
três elementos essenciais para implementar uma
abordagem integrada: um governance adequado,
pessoas bem preparadas, e tecnologia
e equipamentos específicos.
42
43. A economia do mar é uma visão integrada das diversas atividades do mar com o objetivo de promover
o crescimento e o desenvolvimento de uma forma sustentável.
Mapa da economia do mar construído através da sobreposição de diferentes rankings dos países,
por indústria.
Circum-navegação: LEME – Barómetro PwC da Economia do Mar (Mundo)
Edição nº4 - janeiro 2019
Ver mais informações sobre o projeto PwC de responsabilidade social relativo à economia do mar em:
http://www.pwc.pt/pt/temas-actuais/economia-mar.html