O documento discute o papel da imprensa em situações de conflito, tomando como caso de estudo a guerra civil na Síria. A pesquisadora coletou 72 matérias de veículos de imprensa de seis países envolvidos no conflito (Irã, Turquia, Arábia Saudita, Rússia, Inglaterra e EUA) para analisar se há alinhamento com as políticas governamentais. Os resultados preliminares sugerem que a imprensa desses países mantém uma homogeneidade no discurso e parece se alinhar
Os enquadramentos jornalísticos da Guerra Civil Síria: o caso dos sites de no...Gisela Cardoso Teixeira
Este artigo tem como objetivo analisar os enquadramentos da Guerra Civil Síria em alguns dos sites de notícias mais acessados pelo público brasileiro. Ou seja, o estudo busca observar quais aspectos que constituem os acontecimentos na Síria foram selecionados e enfatizados pelas mídias analisadas, contribuindo na construção das narrativas acerca da Guerra Civil como um acontecimento midiático. Para isso, foram coletadas 56 notícias dos portais informativos G1 e Uol Notícias, referentes a dois eventos específicos do conflito na Síria: o bombardeio ocidental em 14 de abril de 2018, e as ofensivas no noroeste da Síria, entre abril e agosto de 2019. Para alcançar os fins que nortearam esta análise, foi feito um diálogo teórico-metodológico entre as noções da frame analysis desenvolvidas por Goffman (1974), Gitlin (1980), Porto (2002) e Emediato (2011), e alguns conceitos sobre a especialização jornalística em conflitos armados, segundo Charaudeau (2012) e Carvalho (2013). Dessa maneira, foi possível identificar três tipos de enquadramentos: um enquadramento voltado às ofensivas bélicas em si, em que foram designados os ³personagens da guerra ́ (o vilão, o herói salvador e as vítimas), de acordo com um roteiro dramatizante (Charaudeau, 2012); o frame referente à complexidade política da guerra no cenário mundial, e um enquadramento humanitário, que passa a direcionar o olhar do leitor às vítimas do conflito.
Artigo científico apresentado na Intercom Sudeste 2018. Ele analisa o quadro RJ Móvel do telejornal RJTV da Rede Globo Rio, a fim de examinar como a emoção pode ajudar no processo de transmissão de informações
Os enquadramentos jornalísticos da Guerra Civil Síria: o caso dos sites de no...Gisela Cardoso Teixeira
Este artigo tem como objetivo analisar os enquadramentos da Guerra Civil Síria em alguns dos sites de notícias mais acessados pelo público brasileiro. Ou seja, o estudo busca observar quais aspectos que constituem os acontecimentos na Síria foram selecionados e enfatizados pelas mídias analisadas, contribuindo na construção das narrativas acerca da Guerra Civil como um acontecimento midiático. Para isso, foram coletadas 56 notícias dos portais informativos G1 e Uol Notícias, referentes a dois eventos específicos do conflito na Síria: o bombardeio ocidental em 14 de abril de 2018, e as ofensivas no noroeste da Síria, entre abril e agosto de 2019. Para alcançar os fins que nortearam esta análise, foi feito um diálogo teórico-metodológico entre as noções da frame analysis desenvolvidas por Goffman (1974), Gitlin (1980), Porto (2002) e Emediato (2011), e alguns conceitos sobre a especialização jornalística em conflitos armados, segundo Charaudeau (2012) e Carvalho (2013). Dessa maneira, foi possível identificar três tipos de enquadramentos: um enquadramento voltado às ofensivas bélicas em si, em que foram designados os ³personagens da guerra ́ (o vilão, o herói salvador e as vítimas), de acordo com um roteiro dramatizante (Charaudeau, 2012); o frame referente à complexidade política da guerra no cenário mundial, e um enquadramento humanitário, que passa a direcionar o olhar do leitor às vítimas do conflito.
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Resumo dos 40º Colóquios das Relações Internacionais 2019Bárbara Morim
1. Keynote Speaker – Portugal e a União Europeia (UE): João Gomes Cravinho
2. UNO (Ideia, processo e implementação do multilateralismo): Considerações sobre a Paz Liberal no futuro - Zaki Laidi, Kai- Olaf Lang, Tony Brenton
3. A Contestação à Ordem Mundial - O reerguer da China e da Rússia no séc. XXI - Raquel Vaz Pinto,Rafael Peréz, José Manuel Villas Boas
4. Influência dos Media na Política Internacional: Caso da Europa e da América - Tarja Laitiainen, Luís Sousa, Eva Claessen
5. Em Foco: ONU e futuro do Multilateralismo
6. ESSAY: ARTIGO DE AMITAV ACHARYA (2017) E O PAINEL I DOS 40º COLÓQUIOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 2019
Uma inteligência partilhada da situação não pode nascer de um texto só, mas de um debate internacional. E para que o debate aconteça é preciso colocar algumas peças. (Aos nossos amigos, 2015,14)
FICHAMENTO: VIANA, Bruno César Brito; LIMA, Márcia Érica de O. Além das Fronteiras: uma breve reflexão sobre a trajetória do jornalismo internacional. Revista Culturas Midiáticas. Ano VI, n. 10 – jan-jun/2013.
PROFESSOR: Professor Doutor Paulo Celso da Silva
ALUNO: Luiz Guilherme Leite Amaral. E-mail: luiz.amaral.mestrado@gmail.com
Resumo dos 40º Colóquios das Relações Internacionais 2019Bárbara Morim
1. Keynote Speaker – Portugal e a União Europeia (UE): João Gomes Cravinho
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6. ESSAY: ARTIGO DE AMITAV ACHARYA (2017) E O PAINEL I DOS 40º COLÓQUIOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS 2019
Uma inteligência partilhada da situação não pode nascer de um texto só, mas de um debate internacional. E para que o debate aconteça é preciso colocar algumas peças. (Aos nossos amigos, 2015,14)
FICHAMENTO: VIANA, Bruno César Brito; LIMA, Márcia Érica de O. Além das Fronteiras: uma breve reflexão sobre a trajetória do jornalismo internacional. Revista Culturas Midiáticas. Ano VI, n. 10 – jan-jun/2013.
PROFESSOR: Professor Doutor Paulo Celso da Silva
ALUNO: Luiz Guilherme Leite Amaral. E-mail: luiz.amaral.mestrado@gmail.com
O objetivo é produzir um jornal no em padrão de informativo para destacar as atividades de ensino, pesquisa e extensão do curso de Engenharia Ambiental.
A Agência de Comunicação Integrada do UniFOA em parceria com a Divisão de Comunicação e Marketing do UniFOA desenvolveram um informativo para o curso de Serviço Social.
Livro de conscientização acerca do autismo, através de uma experiência pessoal.
O autismo não limita as pessoas. Mas o preconceito sim, ele limita a forma com que as vemos e o que achamos que elas são capazes. - Letícia Butterfield.
Projeto de articulação curricular:
"aLeR+ o Ambiente - Os animais são nossos amigos" - Seleção de poemas da obra «Bicho em perigo», de Maria Teresa Maia Gonzalez
Sequência Didática - Cordel para Ensino Fundamental ILetras Mágicas
Sequência didática para trabalhar o gênero literário CORDEL, a sugestão traz o trabalho com verbos, mas pode ser adequado com base a sua realidade, retirar dos textos palavras que iniciam com R ou pintar as palavras dissílabas ...
livro em pdf para professores da educação de jovens e adultos dos anos iniciais ( alfabetização e 1º ano)- material excelente para quem trabalha com turmas de eja. Material para quem dar aula na educação de jovens e adultos . excelente material para professores
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A anti notícia o papel da imprensa em situações de conflito
1. VIII COlóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA
269unifoa.edu.br/editorafoa
A anti-notícia: o papel da imprensa em situações de conflito
MONTEIRO, Talissa de Angilis
UniFOA – Centro Universitário de Volta Redonda
Introdução:
A guerra na Síria, iniciada em 2011 durante a Primavera Árabe, já está em seu
terceiro ano e não mostra sinais de resolução. Definida pela ONU como uma das
maiores crises humanitárias do mundo, já deixou 190 mil mortos e cerca de dois
milhões e quinhentos refugiados, segundo o Alto Comissariado da ONU para
Direitos Humanos (ACNUDH). Suas consequências, entretanto, ultrapassam as
fronteiras do país, envolvendo diversos atores e suas políticas externas. Um dos
agravantes é que potências mundiais como Rússia e Estados Unidos assumem
posturas diferentes em relação ao conflito. No entanto, a guerra não acontece
apenas no campo de batalha, mas também no da informação. Nesse contexto, a
mídia se mostra com uma importante ferramenta na manutenção da opinião pública,
ajudando a definir os rumos da crise.
A questão deste estudo, que tem no caso da guerra síria seu leit-motiv, é a
objetividade na informação jornalística. Tomando como pressuposto básico a
discussão no âmbito das Ciências Sociais, também o jornalismo está sujeito às
controvérsias em torno da isenção nas notícias. Nas Ciências Sociais, a objetividade
é condição inerente a todo processo de conhecimento. O observador “deve por de
lado, sistematicamente, todas as prenoções antes de começar a estudar a realidade.
Estas prenoções seriam viseiras que o impediriam de ver o que realmente estaria se
passando”. No entanto, autores como Max Weber e Emile Durkheim, reconhecem a
impossibilidade prática desta postura. Assim parece ser, também, com a atividade
do repórter. Porém, mesmo sua ausência, em sociedades democráticas, pode
contribuir para a coexistência de amplo espectro de posições políticas e ideológicas,
além de permanente debate entre contrários.
Contudo, mesmo em democracias, nas situações de conflito, o nível de diversidade
reduz-se sensivelmente. A experiência tem demonstrado que a imprensa está,
quase sempre, mais comprometida com as posições adotadas por seus governos
nacionais do que com os fatos em si. Os exemplos são vários. Em seu livro “A
Próxima Vítima”, Phillip Knightley relata o caso da Primeira Guerra Mundial, onde os
correspondentes “escreviam jovialmente a respeito da vida nas trincheiras,
2. VIII COlóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA
270unifoa.edu.br/editorafoa
mantinham um silêncio deliberado a respeito da carnificina e se deixavam absorver
pela máquina da propaganda”.
Dessa forma, entendemos ser necessário investigar a relações da imprensa com as
políticas de governo em situações de conflito e optamos pelo caso da guerra na
Síria, onde há profundas diferenças de abordagem dos fatos noticiados.
Objetivos:
Avaliar se, em situações de conflito, há uma interferência dos governos nacionais na
atividade formadora de opinião exercida pela imprensa. E se esta seria favorecida
pelos sentimentos nacionalistas vigentes entre os diferentes segmentos da
sociedade.
Metodologia:
Para desenvolver a pesquisa, a opção metodológica adotada é o estudo de caso: a
guerra civil na Síria. A fim de provar a hipótese, coletamos, durante o mês de julho
(2014), dados para a pesquisa. Primeiro, selecionamos os países mais envolvidos
na guerra da Síria. Devido aos mais variados motivos, cada um dos governos destes
países têm tido papel importante no desenrolar do conflito. São eles: Irã, Turquia,
Arábia Saudita, Rússia, Inglaterra e Estados Unidos.
Em seguida, para mostrar como a imprensa atua em situações de crises
internacionais, como a guerra, escolhemos um veículo de cada um dos países
citados. São eles Iran News, Anadou Agency, Arab News, Ria Novasti, BBC e New
York Times. A partir dessa seleção, acompanhamos os veículos, durante um mês,
coletando matérias relacionadas ao conflito. Fossem elas sobre as batalhas militares
ou sobre decisões internacionais.
Agora, estamos em fase de análise dos dados coletados, a fim de investigar como
atuam os veículos de cada país, e se estão alinhados com as políticas externas de
seus governos.
Resultados:
Os resultados ainda são preliminares e por estarmos em fase de análise dos dados
coletados, podemos mostrar apenas o resultado da coleta. Ao todo, foram coletadas
72 matérias de seis veículos diferentes, um de cada país escolhido na metodologia.
Todas as notícias são relacionadas a acontecimentos no campo de batalha ou
3. VIII COlóquio Técnico-Cientifíco do UniFOA
271unifoa.edu.br/editorafoa
diplomático. Publicações maiores como New York Times apresentam
muito mais conteúdo do que as menores como o Irã News, apesar da
localização.
Conclusões:
A pesquisa ainda não está concluída, porém, com a análise de dados em
andamento podemos perceber que, em face de situações como a guerra, a
imprensa de países envolvidos no conflito mantém uma homogeneidade no
seu discurso. Nessas publicações a diversidade de opiniões reduz-se
sensivelmente, além de parecer se alinharem com a posição que seus
próprios governos nacionais assumem. Há também uma expressiva diferença
entre a divulgação de um mesmo fato por imprensas de países que possuem
objetivos opostos.
Referências:
LOWY, Michael. Ideologias e Ciência Social. São Paulo,
Cortez, 1991. KNIGHTLEY, A Próxima Vítima. Rio de Janeiro,
Nova Fronteira, 1978. GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto
Alegre, Artmed, 2005, 4ªEd.
Agradecimentos:
Ao meu orientador, Reginaldo Heller e aos meus amigos sírios Adel
Bakkour e Muaaz Ataya, por me ajudarem a entender melhor esse conflito.
Palavras-Chave: Guerra síria; jornalismo de guerra; Síria; guerra; imprensa.
monteiro.talissa@yahoo.com.br