1. 1 | Trabalho sistematizado pelos professores Eutímio Camati e Francisco M. Ndjongo ᴥ
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HISTÓRIA UNIVERSAL - 9ª CLASSE
TEMA: 1- A OCUPAÇÃO COLONIAL DE ÁFRICA
1.1 - PANORAMICA GERAL DAS SOCIEDADES AFRICANAS NAS VÉSPERAS DA
OCUPAÇÃO
Não se pode considerar a História de África como sendo a história de povos isolados,
embora África nunca tenha sido uma unidade histórica nem urna unidade geográfica,
com traços específicos e contínuos do conjunto dos povos que a integram.
O comércio de África com a Europa e com a Ásia Menor, antes da expansão
marítima europeia em África.
As ligações comerciais de África com a Europa e com a Ásia Menor tiveram o seu
iniciam ainda na época da colonização fenícia da costa mediterrânea: Ao tempo do
Império Romano a África, ou melhor, o que data se conhecia, era assumida como uma
parte integrante do espaço mediterrâneo e não um continente isolado, tendo as suas
estruturas política, administrativa e comercial sido concebidas à volta e em função do
então ponto central do mundo Roma.
As conquistas árabes e a islamização dos povos do Norte - de África; isolaram o
continente politica e religiosamente, mas ampliaram o espaço africano comercialmente
ligado ao espaço mediterrâneo. Foram criadas pré-condições para um comércio africano
muito mais amplo com a Europa da Idade Média, cujo centro já não era Roma.
Eram as povos islamizados que organizavam grandes caravanas comerciais que
abriam caminho através do deserto do Sahara e penetravam nas regiões do sul, até a
barreira natural formada pelas densas florestas tropicais.
As principais rotas comerciais utilizadas na Idade Média e as principais
mercadorias exportadas pela África de então, constituídas principalmente por escravos,
ouro, marfim, lã, peles, tâmaras, pedras preciosas e madeiras raras. Nas cidades antigas
da costa mediterrânea como Ceuta, Tunes Tripoli e outras, as mercadorias eram
negociadas com os representantes ias grandes cidades mercantis da Europa, na sua
maioria independentes e (Lisboa, Valência e Barcelona). Nos navios dos maiores
comerciantes dessas cidades, as mercadorias africanas eram conduzidas para a Europa
e para a Ásia Menor. Grande parte da mercadoria da África Oriental saía em navios de
comerciantes árabes das cidades do Indíco como Sofala, Queilmane, Kilwa, Mombaça,
Melinde e Mogadíscio, ou pelas cidades de Massawa e Suakin, na costa do Mar
Vermelho, directamente para as cidades comerciais de Aden e Mascate, na Península
Arábica, ou para as cidades portuárias da Pérsia.
As sociedades africanas tradicionais (ou pré-coloniais) tinham em suas
actividades económicas uma das formas de sobrevivência, de acordo com o meio
ambiente em que viviam, de suas necessidades materiais e espirituais, e de toda uma
tradição anterior de várias técnicas e tipos de produção.
Havia muitos povos nómadas, que precisavam se deslocar periodicamente, e
havia povos sedentários, que fundando seus territórios, chegaram a constituir grandes
reinos, desenvolvendo actividades económicas produtivas, tanto de bens de consumo
como de bens de prestígio (em que se destacam várias de suas artes de escultura e
metalurgia).
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O que a história oficial procurou velar é que os africanos desenvolveram várias
formas de governo muito complexas, baseando-se seja em uma ordem linhagens), já em
processos iniciáticos (classes de idade), seja, ainda, por chefias (unidades políticas, sob
várias formas).
Algumas grandes chefias, consideradas Estados tradicionais, são conhecidas desde o
século IV (como a primeira dinastia de Gana), mesmo assim posteriores a grandes
civilizações, cuja existência pode ser testemunhada pela arte, como a cerâmica de Nok
(Nigéria), datada do século V a.C. ao II século d.C. Aliás, ela é uma das produções mais
atingidas pelo tráfico do mercado negro das artes na África que coloca em risco toda
uma história ainda não completamente estudada.
Os impérios de Gana, Mali e outros se sucederam na África ocidental durante
toda a idade Média europeia; reinos da África oriental e central (como os Lunda e Luba)
se disputam entre os séculos XVI e XIX, sendo considerados semelhantes aos estados
de modelo monárquico ou imperial. Outros estados centralizados marcam relações de
longa data com o exterior, como o reino Kongo (a partir do século XIII). Então, é
importante relativizar o peso conferido ao continente africano enquanto um dos territórios
das ―descobertas‖, como também é o caso das Américas. Em ambos os casos, a história
dos povos que lá e aqui habitavam era considerada como inexistente pelos europeus,
como se a história fosse resultado de uma cultura — a europeia.
Normalmente se esquece de pensar que a ―acção civilizadora” europeia era para tirar
suas elites da emergência de sua própria falência económica: os europeus precisavam
se apropriar de novas terras e mercados para alcançar hegemonia. E fizeram isso na
perspectiva da exploração, sob pretexto de ―descobrir‖ o que estava ―perdido‖, tanto no
globo terrestre (como se fosse seu quintal) como na história (como se ela fosse um
produto acabado), sendo eles os sujeitos, no presente, do tempo e do espaço - passado
e futuro. Ignoraram que os africanos já mantinham contactos seculares (provavelmente
milenares) com outras civilizações: a egípcia, por exemplo, é africana, apesar das
relações estabelecidas, e reconhecidas historicamente, com o Mediterrâneo antigo.
Devemos ainda lembrar que a penetração árabe no território africano vem do século Vll
enquanto os primeiros contactos dos europeus com os africanos foram estabelecidos a
partir do século XV. E tais contactos foram de viajantes e mercenários, do lado ocidental,
e chefias bem estruturadas, do lado africano, resultando, em alguns casos, e durante
alguns séculos, num comércio activo, dada a força de grandes estados tradicionais na
África, num clima muito diferente da situação colonial que sobreveio apenas no fim do
século passado. Essa exploração teve o apoio da Etnologia da época, mas tornou-se um
dos fundamentos da Antropologia, cujo desenvolvimento, através de vareas teorias
sobre as relações do homem com a Naturea e a Cultura permite-nos perceber as
diferenças como características e valores fundamentais para a permanência e dinâmica
da Humanidade.
É através dela que se permitiu reconhecer que os estados tradicionais africanos
não foram apenas instrumentos de governo eficazes e agentes da história, mas
estimularam a produção de grandes patrimónios materiais.
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SUMÁRIO: CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS SOCIEDADES AFRICANAS (SÉC.VII E
XVI).
SURGIMENTO DE GRANDES ESTADOS
Entre os séculos VII e XVI da n.e, organizaram-se na África Subsaariana estados mais
ou menos centralizados entre eles: o Ghana, Mali, Songhai, Benin, Congo e
Monomotapa.
MEIO GEOGRAFICO: Os reino, e impérios pré- coloniais desenvolveram-se na Savana
Sudanesa
ECONOMIA: Eram caracterizados pela existência de agricultura de auto-subsistência e
o comércio a longa distância.
ARTE: Os estados do Sul do Sara possuíam um certo desenvolvimento artístico (a, arte
Kuba, do Benin).
ESTADO: Tinha funções militares, políticas e judiciais permanentes baseadas na
dominação de classe.
CLASSES SOCIAIS: A classe dominante era a aristocracia, chefiada pelo rei que
dominava os camponeses, homens livres e escravos.
Se no século XV) iniciou-se a interferência europeia na evolução histórica do continente
interferência que irá crescendo até terminar na partilha de África entre várias potências
colonizadoras, no final do século XIX - essa evolução não deixa de ser conduzida pela
capacidade de resposta das sociedades africanas as novas condições. Assim existiam
os seguintes estados
Estados/R
einos
Ghana Mali Songhai
Situação
Geografica
Situava-se entre os rios
Senegal e o Níger.
A sua capital era Saleh
Situava-se entre o rio
Níger. e Buré
A sua capital era Niani
Situava-se nas
margens do rio Níger.
A sua capital era
Kùbia, mais tarde Gão
Fundação
dos
Reinos
Foi fundado no IV milénio. É o
1º estado da África Ocidental .
no século VIII os árabes
chamaram-no de pais de ouro.
Foi fundado no século
VIII, por Sundiata keita.
Foi fundado por Askia
Mohamed, nos fins do
seculo XV.
Declínio Deu-se porque o Ghana caiu
em poder dos povos
Almorávidas em 1077.
Declinou – se porque na
2ª metade do século XIV,
surgiram conflitos no
seio da família real e as
pilhagens feitas nas
províncias pelos
Tuaregues e Songhai.
Devida a invasão de
reinos estrangeiros.
Factores económicos
,políticos e sociais.
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Estados/R
einos
Benin Kongo Monomotapa
Situação
Geografia
Situava-se ao
longo do delta do
rio Níger.
A sua capital
politica era Oyo e
a religiosa o Ife.
Situava-se na zona de transição entre o
rio Níger e da floresta equatorial para a
savana.
A sua capital era Mbanza Kongo.
Situava-se nas
margens do rio
Níger.
A sua capital era
Kùbia, mais tarde
Gão
Fundação
dos
Reinos
Foi fundado no
século XII, por
emiggrantes
Yoruba e os
povos Edo.
É o 1º estado bantu, formado na costa
ocidental. Foi fundado no século XII, por
Ntinu Wene(Nimi – a lukeni), chefe do
grupo de emigrantes bakongo.
Foi fundado por
Askia Mohamed,
nos fins do seculo
XV.
Declínio Deu-se a invasão
europeia.
Declinou – se porque António I (Mani
Mulaza), foi derrotado pelos
portugueses e seus aliados em 1665,
numa luta pela posse das minas de ouro
e prata da região.
Devido a invasão
de reinos
estrangeiros.
Factores
económicos,
políticos e sociais.
SUMÁRIO: 1.2 - FACTORES DA EXPANSÃO EUROPEIA
PENETRACÃO E A EXPSÃO DOS ÁRABES EM ÁFRICA
Os primeiros contactos dos povos árabes e africanos deram-se no século VIII com a
ocupação de Marrocos e o Egipto.
O contacto dos árabes e africanos baseou-se em trocas comerciais, Este contacto dos
árabes com os povos africanos mais antigos não trouxe vantagens porque contribuiu
para a conquista da parte norte de África no século XI e converteram os seus habitantes
ao islamismo.
SÃO FACTORES DA EXPANSÃO EUROPEIA OS SEGUINTES.
- O monopólio comercial árabe - italiano: havia encarecimento dos produtos devido ao
controlo do comércio do oriente pelos árabes e italianos.
- Necessidade de ouro para a actividade mercantil: o ouro incentivou o comércio
devido a fabricação de moedas metálicas.
- A procura de novas rotas para o oriente: o objectivo primordial era atingir a Índia e a
China centros fornecedores de especiaria.
- Desenvolvimento da ciência e da técnica: surgiram universidades a estudar e a
investigar como resultado surgiu a bússola, a astrologia, a imprensa e outras.
AS RAZÕES DA EXPANSÃO EUROPEIA EM ÁFRICA
As razões da expansão marítima europeia em África são: a curiosidade científica,
económicas, religiosas, e militares.
Curiosidade Cientifica: como consequência do movimento, renascentista que eclodiu
no século XIV na Espanha, a sabedoria antiga e os conhecimentos da grande noite
medieval foram considerados obsoletos. Por isso, a vontade de saber representava uma
nova atitude perante a natureza, o mundo e o próprio homem.
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Económico: a apetência pelo ouro, jóias preciosas, açúcar, as especiarias e a procura
de novos mercados foram decisivos na corrida para a expansão. As transformações
sociais dos fins da Idade Média, fizeram também sentir a falta de mão-de-obra para o
trabalho de campos e nas oficinas pelo que a aquisição de escravos era uma
necessidade económica tal como as matérias - primas a florescente Indústria europeia.
Religiosos: sendo o Cristianismo através da Igreja Católica, considerada a religião
oficial dos Estados europeus que para o efeito contavam com o apoio da Santa Sê que
com o apoio do papa Leão X “líder espiritual” sobre o ‗mundo o ‗espírito das cruzadas
mantivesse bastante vivo na mentalidade europeia, pois o papa concedia aos reis
cristãos que combatessem os infiéis (sobretudo muçulmanos) as chamadas bolas de
privilégios, reconhecendo - lhes a soberania sobre os territórios conquistados ou
descobertos em troca de compromisso de evangelização das gentes dos respectivos
territórios.
Militar: conheceram o poderio do inimigo e combate-lo (rivalidades entre a Europa cristã
e o Norte de África Muçulmano devido, a pirataria mourisca que servia de entrave na
conquista de estratégicas cidades do Norte de África) para garantir a livre passagem no
estreito de Gibraltar.
Questão
1- Que vantagens trouxeram os contactos dos árabes com os povos africanos mais
antigo?
SUMÁRIO: DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA E O IMPERIALISMO EUROPEU:
CAUSAS
Capitalista: regime social que o dinheiro é o factor de produção.
Imperialismo: doutrina politica que visava a expansão.
Desenvolvimento capitalista
A revolução industrial do século XVIII e XIX, deu-se em paralelo com o triunfo do
capitalismo.
O capitalismo desenvolveu-se porque existia uma burguesia detentora de capital e que
dispondo de liberdade económica consegue multiplicar os seus lucros através da
indústria, o comercio, e a banca.
CAUSAS DO DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA
Entre elas podemos destacar o surgimento da maquinação, a exploração do trabalho
assalariado, o comércio interno e externo.
IMPERIALISMO EUROPEU
Desde a expansão do século XV e XVI. que a Europa ocupava vastos territórios. Um
pouco por todo o mundo. O século X1X. O desenvolvimento do capitalismo industrial e
financeiro, levou a imposição de novas formas de domínio colonial com o objectivo de
criar novos mercados, extrair matérias-primas a baixos preço. Foi o tempo do
imperialismo domínio dos países desenvolvidos sobre os outros.
As causas do surgimento do imperialismo são de ordem económica.
SUMÁRIO: O PROCESSO DE ABOLIÇÃO DO TRÁFICO DE ESCRAVOS
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O tráfico de escravo ou escravatura: é o comércio ilegal de seres humanos que teve
como consequência a dominação de África.
As causas principais que contribuíram para o término do tráfico de escravos foram:
- A partir do século XVIII, certos europeus como filósofos e padres (Voltaire. Raynal e
Gregoire), vão comover - se com o genocídio e tomam posições contra o tráfico negreiro.
- Por interesses capitalistas, a Inglaterra e a França vão ser os primeiros países a
terminarem com o tráfico de escravos devido a industrialização.
- As constantes revoltam dos escravos
- O Brasil foi o último estado a aboli-la, pois continuou terminando em 1850, através de
um documento de autoria de Eusébio de Queirós, sob pressão do governo Inglês.
- Portugal aboliu nas suas colónias em 1869.
SUMÁRIO: 1.3 - AS EXPLORAÇÕES GEOGRÁFICAS EM AFRICA
No século XIX, as regiões interiores de África atraíram a atenção de muitos países
europeus principalmente industrializados porque procuravam:
- Matérias-primas., riquezas de África, mercados para a venda de seus produtos e a
curiosidade científica.
As explorações geográficas ao interior do continente africano foram efectuadas por
aventureiros, missionários, mercadores e cientistas.
As explorações geográficas contribuíram para um melhor conhecimento da história de
África e do próprio continente.
AS EXPLORAÇÕES GEOGRÁFICAS EM ÁFRICA
Os primeiros passos do imperialismo europeu foram dados pelas grandes companhias e
associações geográficas que exploraram e informaram aos capitalistas europeus das
riquezas que haviam em África.
Os exploradores faziam descrições minuciosas das zonas percorridas, com a elaboração
de mapas, fotografias e recolha de informações de interesse científico.
No período compreendido entre 1836 e 1865, o interior era mal conhecido e apenas nas
regiões costeiras existiam zonas de ocupação que serviam de meio para o escoamento
de produtos coloniais.
Entretanto, nas décadas de 1870 e 1890, verificou-se um aumento do interesse pelos
países europeus no continente africano. A ocupação de vastas zonas do litoral pelos
portugueses era um obstáculo às pretensões dos outros países, mas as zonas do
interior eram ainda muito pouco conhecidas.
Por toda a Europa as sociedades de geografia promoviam uma política de exploração
geográfica que vinha ao encontro das pretensões políticas de ocupação dos territórios
africanos. Países que até então não tinham interesses instalados em África, como a
França, Espanha, Alemanha, Bélgica e a Itália, começaram a cobiçar as riquezas do
continente.
As sociedades de Geografia europeias tinham sido criadas durante a primeira metade do
século XIX e desenvolveram:
• Trabalhos de exploração geográfica e científica com ampla divulgação nos periódicos e
livros da época. As informações obtidas, apresentadas de forma atractiva, com mapas,
imagens exóticas com reprodução da fauna e flora, atraíam a atenção de um público
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cada vez maior. Estas explorações chamavam também a atenção dos poderes políticos
para as possibilidades de exploração económica.
• A Sociedade propunha-se atingir os seus objectivos através da realização de sessões,
conferências, congressos científicos, subsídios de investigação, viagens de exploração e
investigação científica. As informações obtidas seriam publicadas e disseminadas em
arquivos, bibliotecas e museus.
PRINCIPAIS EXPLORADORES GEOGRÁFICOS E SUAS TRAJECTÓRIAS
Os exploradores geográficos ingleses foram os mais importantes e os mais divulgados.
Na África oriental Burton e J.Speke. em 1 857 á 1 863 reconheceram as fontes do Nilo.
Ainda destacaram-se os exploradores geográficos Clapperton René, Richard
Lander, Barth e os portugueses Serpa Pinto, Ives e outros.
O missionário David Livingstone explorou a bacia do Zambeze e as regiões
dos grandes lagos desde 1850 á 1863. Foi para as catarátas Victória, explorou
Niassa e o Congo.
Speke e Grant, em 1862 á 1864, exploraram os lagos Niassa, Víctória e o Nilo.
(1862/64)
O jornalista Henry Hamilton Morton Stanley, foi mandado encontrar Livingstone
que nega regressar á pátria. Stanley reconheceu a bacia do Congo de 1874 -1877,
última parte de África que permanecia inexplorada desde 1870. Stanley ofereceu os
seus serviços a Associação Internacional do Congo( A.LC ). Fundada por Leopoldo II.
Rei da Bélgica em 1 876.
Savorgam Brazza italiano ao serviço dos franceses explorou a região do Congo
1875-1882.
Pierre Savorgnan de Brazza - viajou até o vale do Congo ocidental e levantou a
bandeira francesa sobre o Congo Brazzaville em 1881.
Clapperton (Inglês — alcançou o Tchad e depois o Níger (1823).
Richard Lander (Inglês) — desceu do Níger ao Oceano Atlântico e provou que
os Rios Níger e Tchad não se comunicam como se acreditava.
Barth (Alemão) — percorreu do Sudão ao Tchad, estudou as línguas, história,
geografia e o comércio destes povos (1850/55).
Baker („inglês) — reconheceu as fontes do Rio Nilo (1867).
Speeke e Grant (‗Ingleses) - exploraram os lagos Niassa, Víctória e Nilo
No entanto, existem outros exploradores que viajaram no interior de Angola entre os
quais: Silva Porto, Capelo Ivens, Serpa Pinto e Henriques De Carvalho, Luciano
Cordeiro, Hermenegildo Capelo, etc.
Estes, foram os principais exploradores europeus no continente africano.
OS EUROPEUS FORAM ATRAÍDOS PELA:
• Curiosidade científica
• Procura de matérias-primas
• Instalação de mercados para a venda de produtos europeus
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AS EXPLORAÇÕES GEOGRÁFICAS NO INTERIOR DO CONTINENTE FORAM
REALIZADAS POR:
• Missionários
• Militares
• Estudiosos
• Cientistas
• Mercadores
• Curiosos, etc.
SUMÁRIO: 1.3.1 - OS PRIMEIROS CONTACTOS EUROPEUS COM ANGOLA
A partir do século XV as burguesias de alguns países europeus conduziram um vazio
movimento de expansão comercial ao longo da costa africana e lançaram-se a
exploração do litoral e das Ilhas Atlânticas.
A Costa Ocidental foi reconhecida pelos navegadores portugueses em 1482, quando os
portugueses chegaram a foz do rio Zaire e efectuaram os primeiros contactos com os
representantes do rei do Congo Nzinga Nkuvo.
Os primeiros contactos dos europeu com Angola, foram de igualdade e de aliança.
Embaixadores Europeus visitaram os reinos africanos e emissários africanos foram a
corte de Lisboa.
Estas relações diplomáticas estavam ligadas as relações comerciais.
Até tipo de relações não durou muito tempo e a responsabilidade da deterioração das /
mesmas foi iniciativa das classes dominantes europeias, interesse pelo lucro próprio do
capitalismo nascente que levou a exploração sistemática das riquezas de Africa.
RELACIONAMENTO COM O REINO DO KONGO
Quando em 1482 reinava Nzinga Nkuvu chegou a notícia a Mbanza Congo que
apareceram na foz do rio Zaire barcos de grandes velas com homens brancos que
contactaram os habitantes da província do Soyo e o Mani Soyo. A partir dai foram
trocados presentes entre os representantes do rei português e conguês e as
embaixadas sucederam-se. Em 1489, foi a Lisboa a primeira embaixada conguesa. As
relações tornaram-se intensas em 1507, no reinado de Nzinga Mbemba. Ele esperava
que os portugueses lhe concedessem auxílio técnico e económico para desenvolver o
seu reino. Mas o futuro iria revelar grandes surpresas porque as intenções dos
portugueses eram muito diversas.
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SUBTEMA: OS PRIMEIROS CONTACTOS EUROPEUS COM PORTUGAL E
ANGOLA.
A primeira povoação formada na colónia de Angola foi Luanda, em 1575, data em que
Paulo Dias de Novais chegou a Luanda.
As sociedades africanas viviam um modo de produção não capitalista.
As relações entre a sociedade colonial e a sociedade tradicional eram somente relações
de comércio, trocas de presentes e de guerra.
Ngola kiluanje, rei do Ndongo (1575) foi o primeiro a receber visita dos portugueses.
Aqueles portugueses que povoaram a colónia eram quase todos desterrados (bandidos).
Portugal precisava de povoar as terras que conquistava com bastantes portugueses,
para que estes andassem pelos matos a fazer o comércio e para que fossem soldados
logo que fosse preciso. Portugal enviava para as colónias ladrões, salteadores,
desempregados, aventureiros e prostitutas.
Síntese
dos 1ºs
contactos - Relações de comércio;
entre
Portugal - Trocas de presentes;
e Angola - Relações diplomáticas
Objectivos - Controlar o comércio (tráfico de escravos);
dos 1ºs - Evangelização;
contactos
entre - Caça ou procura de minas de prata;
Portugal
e Angola
TAREFA:
1- O que te sugere a data de 1575?
2- Como eram as relações entre a sociedade colonial e a tradicional?
3 – Quem foi Ngola Kiluanje?
4 – Que tipo de gente Portugal enviava para povoar Angola?
SUBTEMA: RELACIONAMENTO COM O REINO DO KONGO.
O Kongo foi o maior estado da África central. Foi fundado por Nimi-a-Lukeni, no século
XlII. A capital foi Mbanza Kongo (Nkumba Ngudy- umbigo da mãe).
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LIMITAÇÕES DE FRONTÉIRAS DO ESTADO A Norte; rio ogoué (actual Gabão).
A Sul: rio kwanza
A Este: rio kwangu
A Oeste: oceano Atlântico
-Mpemba;
- Soyo;
- Mbemba;
Estados Federados ou - Mbata;
Confederados do Kongo - Nsundy;
- Mpanzu;
SUMÁRIO: 1.3.2 – A CONFERÊNCIA DE BERLIM E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A CONFERÊNCIA DE BERLIM
• Foi uma reunião dos países imperialistas para dividir o continente africano entre si.
Ocorreu sem a permissão nem a participação dos africanos. Realizou-se entre 15 de
Novembro de 1884 a 26 de Fevereiro de 1885. Presidido pelo Príncipe Bismark.
INTENÇOES EUROPEIAS PARA OCUPAR O TERRITORIO EM AFRICA
1- Inglaterra: pretendia ocupar: do Cabo ao Cairo com projecto Cecil Rhodes,
territórios vastos do Limpopo ao Zambeze , do Zambeze ao lago Tanganica até
Madagáscar . Pretendia também as regiões do Sudão Oriental, Uganda e a
Etiópia.
2- França: pretendia ocupar: parte do Sudão Oriental e central, parte da Etiópia,
Uganda , o domínio do mar vermelho , domínio do lago Tchad para permitir a
extensão a norte para a Argélia e a sul para o baixo Congo e a Republica centro
Africana .
3- Alemanha: pretendia ocupar, as regiões da Africa do sudoeste (A republicas
boers ) ; o sul do Congo, o norte de Moçambique , os Camarões , as regiões
adjacentes ao longo Tchade e ao rio Chari , a ocupação do Uganda , Sudão
Oriental e as duas rodesias .
4- Itália: pretendia ocupar: O litoral mediterrâneo Tunísia, a Líbia, e a Somália.
5- Portugal: sonhava apossar-se da Rodésia do norte, a região do lago Niassa para
além das suas possessões tradicionais ou seja o mapa cor-de-rosa. (Sonho de
Portugal de unir os países que vão desde o Indico ao Atlântico ) .
CAUSA
• As rivalidades entre as potências europeias na ocupação da Bacia do Congo.
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OBJECTIVOS
• Consistiu em organizar, na forma de regras, a ocupação de África pelas potências
coloniais e resultou numa divisão que não respeitou nem a história, nem as relações
étnicas e mesmo familiares dos povos do Continente.
Portugal foi à primeira potência a chegar a África em 1482 e a primeira a praticar o
tráfico de escravos, seguida de outras potências que apenas tinham conhecimento
lateral da costa de Africana onde capturavam os escravos.
Tinham sido os primeiros a encontrar a Bacia do Congo, achavam-se donos da África e
em particular da Bacia do Congo, com a interferência de outras potencias podiam perdê-
la.
O congresso foi proposto por Portugal e organizado pelo Chanceler Otto Von Bismarck
da Alemanha, País anfitrião, que não possuía colónias na África, mas tinha esse desejo
e viu-o satisfeito, passando a administrar o ―Sudoeste Africano‖ (actual Namíbia).
• Participaram: Inglaterra, França, Espanha, itália, Bélgica, Holanda, Dinamarca,
Estados Unidos da América, Suécia. Áustria, Hungria, Alemanha, Noroega, Turquia
e Portugal.
No momento da conferência, Portugal apresentou um projecto, O Famoso Mapa Cor-
de- Rosa, que consistia em ligar a Angola e Moçambique para haver uma comunicação
entre as duas colónias, facilitando o comércio e o transporte de mercadorias. Sucedeu
que, apesar de todos concordarem com o projecto, a Inglaterra, surpreendeu com a
negação face ao projecto e fez um ultimato, conhecido como Ultimato britânico de
1890, ameaçando guerra se Portugal não acabasse com o projecto. Portugal, com medo
de uma crise, não criou guerra com Inglaterra.
RESULTADOS DA CONFERÊNCIA DE BERLIM
• Fundação do estado livre do Congo sob a direcção do rei da Bélgica Leopoldo II. Para
que toda esta região riquíssima não fosse nem para os ingleses, nem aos franceses,
mas que ficasse aberta a todos os imperialistas e ao seu comercio.
• Liberdade de comércio no rio Zaire, Níger e Zambeze para navegação de todos os
países.
• Só podia possuir colónias em África quem os ocupasse com tropas – ocupação
factual.
• Abolição dos direitos alfandegários de entrada de produtos.
• Proibição do comercio de vinho com os povos africanos. Algumas potências como a
França e Alemanha que vendiam muito este produto rejeitaram, comprometendo-se
apenas reduzir a sua venda
• Proibição completa do tráfico de escravos com os reis africanos
• Obrigação de respeitar os acordos feitos com os reis e sobas africanos
• Das possessões adquiridas na costa, as potências poderiam penetrar para o interior
ate encontrar as colónias de outros países.
Por causa da conferência de Berlim, os portugueses perderam os direitos ao norte do
Zaire, o monopólio do comércio no rio Zaire, os territórios a sul do Cunene e o território
transcontinental entre Angola e Moçambique
12. 12 | Trabalho sistematizado pelos professores Eutímio Camati e Francisco M. Ndjongo ᴥ
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Para conservar alguma parcela na zona rica a norte do Zaire, onde os franceses
ameaçavam os portugueses. O governo da colónia de Angola mandou assinar acordos
de protectorado com chefes tradicionais locais.
O tratado de Xifuma em Lândana á 29 de Setembro de 1883 por Guilherme de
Brito Capelo.
Tratado de Xikamba em 1884.
Tratado de Simulambuko assinado entre os portugueses e os príncipes de
Cabinda em 1885.
• A Grã-Bretanha passou a administrar toda a África Austral, com excepção das colónias
portuguesas de Angola e Moçambique o Sudoeste Africano, toda a África Oriental, com
excepção do Tanganica e partilhou a costa ocidental e o norte com a França, a Espanha
e Portugal (Guiné-Bissau e Cabo Verde).
• O Congo continuou como ―propriedade‖ da Associação Internacional do Congo,
cujo principal accionista era o rei Leopoldo II da Bélgica; este país passou ainda a
administrar o Ruanda e o Burundi.
DIVISÃO DO CONTINENTE, APÓS A CONFERENCIA DE BERLIM
• A Grã-Bretanha e a França foram os países que conseguiram o maior número de
territórios, em seguida veio Portugal, Bélgica, Espanha. Os demais países europeus que
não foram beneficiados na divisão da África eram potências comerciais ou industriais
que já possuíam negócios mesmo que indirectos com o continente africano.
• Espanha: llhas canárias, norte de Marrocos e Guine Equatorial
• Itália: Somália, Líbia e Etiópia
• Bélgica: Congo Kinshasa, Burundi e Ruanda
• Portugal: Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tome e Príncipe e cabo verde.
• Alemanha: Namíbia, Togo, Camarões, Burundi e Ruanda
• Inglaterra: Egipto, Sudão, Quénia, Tanzânia, Zimbabwe, África do sul, Nigéria, Ghana,
Serra Leoa, Gâmbia, Botsuana e Somália
• França: Marrocos, Argélia, Tunísia, Níger, Mauritânia, Tchad, Republica Centro
Africano, Congo Brazzavile, Benin, Ghana, Costa de Marfim, Guine - Conakry, Senegal,
Alto - Volta, Madagáscar, Gabão, Camarões e Ilhas Maurícias.
Consequências
• Na colonização, a África foi retaliada de acordo com os interesses dos europeus, tribos
aliadas foram separadas e tribos inimigas unidas. É por este motivo que nos dias de hoje
ocorrem tantas guerras civis.
• Divisão do continente sem a permissão dos africanos
• Estabelecimento de fronteiras limitadas
• Os africanos perderam a sua liberdade
• Maus- tratos e escravidão dos africanos
• Rivalidades entre africanos por parcelas de terras
13. 13 | Trabalho sistematizado pelos professores Eutímio Camati e Francisco M. Ndjongo ᴥ
ᴥ- Graduados em História, pela UKB
SUMÁRIO: APOLÍTICA COLONIAL PORTUGUESA
È uma política de assimilação, consistia em nacionalizar e evangelizar o negro,
renunciando a sua cultura, costumes, hábitos, língua, deixar de ser angolano e passar a
português. O povo era dividido em 3 escalões:
l°- Os portugueses eram os brancos
2° - Assimilados: eram os mestiços e os negros obrigados a refutar a sua cultura
3° - Indígenas: eram os negros não assimilados
No domínio económico: utilizaram o método de administração directa (pressão directa)
no sector rural: pagamento de impostos e trabalho forçado, porque o objectivo dos
portugueses era explorar o máximo e investir pouco para obterem muitos lucros.
No campo social: a educação era o principal meio de assimilação para incutir nos
angolanos a sua cultura.
ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
Tempo colonial Equivalência
Ministro das colónias Presidente
Governador-geral Primeiro-ministro
Governador distrital Governador Provincial
Administrador de circunscrições Administrador Municipal
Chefe de postos Administrador Comunal
NOMES DE ALGUMAS PROVINCIAS NA ADMINISTRAÇAO COLONIAL EM ANGOLA
Uige- Carmona Mbanza – kongo – São Salvador
Saurimo – Henrique de carvalho Lubango – Sá da Bandeira
Lwena – Luso Ndalatando – Salazar
Namibe – Moçamedes Menongue – Serpa Pinto
Huambo – Nova Lisboa Kwito Bié – Silva Porto
Sumbe – Novo redondo
Ongiva – Pereira d´Eça
Dundo – Portugália
Objectivos
Ocupar as maiores e melhores áreas de acção
Traficar
Extrair recursos para o alimentar das suas indústrias
A forma mais vulgar era a Administração Directa, segundo a qual o governo do país
colonizador, ajudado por funcionários igualmente europeus geria os assuntos políticos,
económicos, financeiros, culturais e administrativos.
Portugal, Bélgica, Holanda, Itália, Espanha e Alemanha usaram a administração directa.
Outro sistema usado foi o de Protectorado (lndirect Rule) ou Autoridade Indirecta,
respeitando a soberania das autoridades africanas e a potência colonizadora detinha a
orientação política e administrativa
A exploração que os colonialistas impunham as suas colónias consistia em:
Alargamento da rede administrativa
Aumento do controlo da Mão - de — obra barata
14. 14 | Trabalho sistematizado pelos professores Eutímio Camati e Francisco M. Ndjongo ᴥ
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Intensificar a actividade agrícola e mineira
Abertura de vias de comunicação (estradas e pontes) para a exportação de
produtos
Formas de obtenção de lucros
Obtenção de matérias - primas agrícolas ou minerais e forneciam-lhes em troca
produtos manufacturados
Forçar os africanos a trabalharem nas minas de propriedades europeias ou no
cultivo de produtos por um preço baixo.
SUMÁRIO: DA ESCRAVATURA AO TRABALHO FORÇADO
Trabalho forçado foi um método utilizado pelos europeus que os africanos eram
obrigados a trabalhar a força, contra a sua vontade.
Nos finais do século XIX, os europeus foram obrigados a parar com o tráfico de escravos
e em seu lugar utilizaram um outro tipo de exploração da mão-de-obra africana, o
trabalho forçado.
Os europeus utilizaram diferentes métodos de utilização do trabalho africano porque era
a força do africano que desenvolvia a economia colonial.
No principio os africanos eram obrigados a trabalhar para os europeus a força, homens,
mulheres e crianças eram punidos se não obedeciam era o trabalho forçado por
castigos.
Um outro método foi o de pressão directa, este sistema consistia em obrigar os africanos
a pagar impostos em dinheiro, muitos cultivadores eram obrigados a venderem as suas
culturas a preços baixos devido aos numerosos impostos que estavam sujeitos.
Outro método utilizado foi o trabalho forçado sob a forma de contrato, que assegurava
aos dominadores para além da terra, urna mão de obra barata, onde os africanos iam
trabalhar em terras distantes em roças de café e cacau.
A prática de forçar os africanos a trabalhar vigorou no império francês até ao final da 2a
guerra mundial e nas colónias portuguesas até 1974.
1- Comércio;
Actividades 2- Agricultura;
Económicas
3- Guerra
RELACIONAMENTO COM OS REINOS INDEPENDENTES
Numa altura em que reinava Nzinga Kuvo, no reino do kongo, chegou a noticia a
Mbanza kongo que apareceram que aparecera na foz do rio kongo barcos de grandes
velas com homens brancos que contactaram os habitantes da província do soyo e o
mani Soyo.
Os primeiros contactos com os europeus, deu-se em 1482 feito pelo navegador Diogo
Cão enviado de O. João II rei de Portugal. Os portugueses foram atraídos pelas
correntes das águas do rio Zaire. Houve trocas de presentes.
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Os portugueses foram os primeiros europeus a chegar ao Kongo. Desde aí o reino do
Kongo tornou-se conhecido na Europa, pois dava riqueza aos portugueses.
As relações entre o rei de Portugal e orei do Kongo, eram muito amigáveis. Eram
relações pacificas, de amizades ou diplomáticas.
Tratavam-se por irrnos nas cartas que escreviam um ao outro. O papa soberano mais
poderoso da Europa, também escrevia cartas ao rei do Kongo. O rei de Portugal o papa
e outros soberanos europeus davam muita atenção ao Kongo por causa do negócio de
escravos e por causa das minas.
Em 1489, foi a Lisboa a primeira embaixada konguesa. As relações tornaram-se
intensas em 1507.
RELAÇÕES DA ÁFRICA COM O RESTO DO MUNDO ANTES DÁ CHEGADA DOS
EUROPEUS.
Desde os tempos remotos, houve contactos comerciais entre a África e o resto do
mundo e os países do mediterrâneo através das rotas de caravanas
Mercadorias do norte de África, do próximo oriente e da Europa (espadas de aço, f,
ecidos, artigos vérios, escravos) chegavam até a África sudanesa para serem trocados
por ouro, marfim, sal, pimenta e escravos.
A África oriental (Burúndi, Quénia, Ruanda, Sómalia e Tanzânia) manteve contactos com
os países asiáticos (Árabia, India, China) através dos Árabes que trocavam, o ouro,
marfim, e alguns escravos africanos contra sedas, porcelanas e lacas do oriente.
Entre as várias regiões africanas também havia trocas comerciais que permitiam
contactos culturais e relações políticas. Os estados sudaneses (Gana, Mali, Songhai)
estavam em ligação com o Egipto; havia contactos entre o Senegal e a Somália, o
Chade e as cidades do Nilo, as cidades do litoral Indico com os estados neolíticos, a
costa com o interior.
Portanto, a ideia de um isolamento africano em relação ao mundo exterior, e de uma
ausência de contactos entre os vários povos africanos, foi uma invenção colonial para
justiçar o preconceito de urna África imóvel ―sem civilização‖, descoberta” pela
primeira vez pelos navegadores europeus que lhe teriam trazido o progresso.