1) O documento descreve a história inicial do povoamento do Espírito Santo pelos primeiros habitantes indígenas a partir de 9000 a.C.
2) Fala sobre a chegada dos portugueses e dos jesuítas no século XVI, que tiveram papel importante na catequização dos índios.
3) Menciona brevemente a presença de outros grupos religiosos como os franciscanos e beneditinos.
Até o fim do século XVI, a colonização portuguesa restringiu-se ao litoral; nos séculos seguintes, porém, ganhou o Sertão e outros pontos do litoral. Esse avanço da colonização está associado à ação dos soldados, dos jesuítas, dos bandeirantes e dos criadores de gado.
Eubiose 25 mai-2012 simbologia e fundacao de sao pauloNumeric Contadores
Palestra aborda os aspectos meta-históricos da formação de São Paulo, desde sua formação geológica e passando pelos índios, Peabiru, Itaecerá, jesuítas, Padre Anchieta, Páteo do Colégio, interpretações das bandeiras e brasões de São Paulo, escritos do Professor Henrique José de Souza, heráldica, NON DVCOR DVCO e a grandiosidade da metrópole.
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Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
1. História do Espírito Santo
Professor: Amarildo Melo
amarildomelo@gmail.com
“Viver é uma arte. A maior parte das pessoas apenas existe.”
(Nietzsche- filosofo alemão)
2. Os primeiros habitantes do Espírito Santo
• O Espírito Santo começou a ser ocupado, por volta de 9000
a.C., podendo sua pré-história ser dividida nos períodos:
Paleo-indígena (9000 a 7000 a.c.), Lítico (7000 a 4000 a.c.),
Pré-cerâmico (4000 a 1500 a.c.), Tradição Itaipu (2830 a 1500
a.C.), Cerâmico (1200 a 300 a.c.), Tupi- guarani (1200 a 300
a.c.), Tradição Aratu (1200 a 200 a.c.) e Tradição Una (1100 a
400 a.C.).3
• Quando os lusitanos chegaram ao Espírito Santo, achava-se a
região povoada pelos tupinikins, aimorés, temiminós e puris.
• O índio do Espírito Santo - como, de resto, o do Brasil-
pertence ao grupo racial mongolóide, sendo de estatura
mediana, tez amendoada, olhos oblíquos com a prega
epicântica bem acentuada, nariz levemente achatado e cabelos
pretos e lisos.
3. Os primeiros habitantes do Espírito Santo
• O índios do Espírito Santo, com exceção dos Aimorés, já
tinham atingido a fase neolítica. Alguns grupos eram
caçadores e coletores, conhecendo, ainda, técnicas
rudimentares de agricultura.
• Em função da caça, da pesca e da coleta eram nômades,
possuindo uma organização tribal sob a liderança de um
guerreiro, o tuxaua, ou morubixaba, ou principal.
Religiosamente, o "totemismo" predominava descambando
para o xamamismo, e cada tribo possuía o seu próprio
panteão.
• Ao contrário do que por muito tempo se acreditou, Tupã
não era o deus supremo, mas tão somente o deus-trovão,
ou do "grande-som". O xamã, ou pajé, acumulava as funções
de líder religioso, encarregado dos ritos e curandeiro.
4. Os primeiros habitantes do Espírito Santo
• Nas artes, os índios desenvolveram uma notável cerâmica
e plumária. No trançado, produziram cestos, peneiras,
esteiras e redes com esmero. Conheceram vários
instrumentos musicais, entre os quais a flauta, o tambor e
o maracá.
• Em suas guerras, empregavam machados de pedra, arco e
flecha, bordunas e tacapes.
• O trabalho era sexualmente dividido, cabendo às
mulheres as tarefas mais leves como a administração
doméstica e a lavoura, considerando que essa agricultura
era apenas de subsistência e, por isso mesmo, reduzida.
Aos homens cabia a manutenção do grupo, através da
caça, da pesca e da defesa.
5. Os primeiros habitantes do Espírito Santo
• Moravam em casas de palha, ou sapê, chamadas
“Ocas”, reunidas em aldeias a que chamavam de
“tabas” ou “malocas”.
• Os tupinikins se fixaram no litoral, os puris no Sul
e os aimorés - depois chamados de botocudos - na
bacia do rio Doce e no Norte.
6. Os primeiros tempos
• Depois de descoberto pelos portugueses, o Brasil ainda teria
de aguardar três decênios pelo início de sua colonização.
Após a expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza,
D. João III decidiu implantar no Brasil o sistema de
capitanias hereditárias ou donatarias, já praticado com êxito
nos Açores. Assim, foi o Brasil dividido em faixas de terra
chamadas capitanias, doadas a fidalgos da Casa Real
Portuguesa.
• A Capitania do Espírito Santo foi doada a Vasco Femandes
Coutinho, por D. João III, pela Carta de Doação, datada de
3 de julho de 1534. Sua Carta Foral seria expedida em 7 de
outubro de 1534.
7.
8.
9. • Coutinho, Assim que regressou de Portugal, em 1555, após
para lá ter viajado em vão em busca de recursos econômicos
para a capitania, organizou uma expedição de quatro naus
enviando-as ao Rio de Janeiro, para trazer o chefe temiminó
Maracaiá-Guaçu e sua gente que, em luta contra os tamoios,
desejavam transferir-se para o Espírito Santo.
• Como os índios da Capitania se tivessem confederado contra
os portugueses, Vasco Coutinho solicitou o auxílio do terceiro
governador-geral do Brasil, Mem de Sá, que mandou uma
expedição sob o comando de seu filho, Fernão de Sá.
• Em 22 de maio de 1558, travou-se a batalha do Cricaré,
onde os nativos confederados bateram os lusitanos. No
combate, pereceu Fernão de Sá. Um mês depois, já refeita a
expedição, agora sob o comando de Diogo de Morim, esta
novamente investe contra os índios, vencendo-os e
provocando grande mortandade.
• Existe a hipótese de uma terceira ausência de Coutinho,
quando este, possivelmente em 1558, teria empreendido uma
terceira viagem a Portugal, de onde retomaria em 1560.
10. Os jesuítas no Espírito Santo
• Os primeiros jesuítas chegam ao Espírito Santo em
1551. Eram eles Afonso Brás e Simão Gonçalves.
Depois, outros viriam, inclusive o padre José de
Anchieta.
• Os jesuítas realizaram, no Espírito Santo, notável
obra catequética, conseguindo pacificar os índios.
• Em 1551, o padre Afonso Brás abençoou o Colégio
de Santiago, atual Palácio Anchieta, onde funcionou
o primeiro estabelecimento de ensino da Capitania.
11. Os jesuítas no Espírito Santo
• Os jesuítas tiveram aldeias em Reritiba (Anchieta),
Guaraparim (Guarapari), aldeia da Conceição (Serra) e
aldeia dos Reis Magos (Nova Almeida).
• Para sua manutenção e a dos índios aldeados, os
jesuítas contavam ainda com as fazendas de Itapoca,
Araçatiba e Muribeca, onde produziam farinha
(Itapoca), açúcar (Araçatiba) e criavam gado
(Muribeca).
• Recentemente, o arqueólogo Celso Perota encontrou,
em Anchieta, ruínas de uma construção que se
presume tenha sido a sede de uma salina mantida
pelos jesuítas.
13. • Embora a Capitania do Espírito Santo seja citada como
exemplo da pacífica convivência que os jesuítas
conseguiram estabelecer com os índios, estes, em 1742,
na aldeia de Reritiba, ou Iriritiba como era chamada, se
revoltaram contra os jesuítas. A revolta foi tão séria que
houve combates, mortos e mesmo uma devassa, da qual
resultou a deportação dos índios Manuel Lobato e João
Lopes para a colônia de Sacramento, no Sul do BrasiI.
Mesmo assim, não foi a revolta pacificada, persistindo o
clima de hostilidades até a expulsão dos jesuítas.
• Os jesuítas foram expulsos de todo o território
português, por D. José I, durante o período em que
o marquês de Pombal era o seu primeiro ministro,
em 1759. No Espírito Santo, os inacianos embarcaram
em 22 de janeiro de 1760.
14. Franciscanos no Espírito Santo
• Responsáveis pela construção de um dos maiores
monumentos do Estado: O convento da Penha.
• Esse monumento tem sua fundação atribuída ao
Frei franciscano Pedro Palácio, que chegara ao
eEspírito Santo em 1558 e em 1591 iniciou a
construção da capela mór que deu origem ao
Convento, concluído após sua morte.
• Como os jesuítas, os franciscanos dedicavam-se ao
ensino e a catequeses, especialmente dos indígenas.
15. Beneditinos no Espírito Santo
• Desembarcaram em terras capixabas ainda no
século XVI, mas no entanto, não tiveram o
mesmo êxito que os jesuítas.
16. Peroás e Caramurus: a devoção a São Benedito
e as questões políticas no Espírito Santo
• No século XIX o pertencer a uma ordem religiosa tinha
grande influência na vida social das pessoas. No Estado um
santo de grande expressão (se não o de maior) era São
Benedito e, como outros santos, São Benedito tinha uma
irmandade que lhe era própria: a Irmandade de Nossa
Senhora do Rosário dos Pretos.
• Após uma questão interna com o Frei Manoel de santa
Úrsula, guardião da Igreja do Rosário (onde a Imagem do
santo ficava até o dia em que saía em procissão sendo
conduzida pelos membros da Irmandade) e membros da
irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
• Tal contenda levou a cisão da irmandade em duas: Uma no
convento de São Francisco e outra na Igreja do Rosário.
17. Peroás e Caramurus: a devoção a São Benedito
e as questões políticas no Espírito Santo
• Os devotos do convento de São Francisco começaram a
fazer festas de grande pompa para Humilhar os adversários
que não lhes poderiam fazer frente, devido ao seu menor
poder econômico.
• Ofendidos com esses atos de exibicionismo os irmãos da
Igreja do Rosário apelidaram os irmãos da irmandade de São
francisco de Caramurus, em alusão ao Partido Caramuru,
sempre envolto em rusgas e constantes disputas políticas.
• Os mais Humildes da ordem de São Francisco, sem
entender o motivo do apelido, e acreditando que se devia a
cor de seus manteletes (verde como peixe) apelidaram os
Irmãos do Rosário de Peroás, um peixe que á época não
possuía valor e comumente não encontrava compradores
sendo novamente lançado ao mar. Essa comparação era
devido a algumas listras azuis que esse peixe possui, sendo
esta a cor da irmandade do rosário.
18. Peroás e Caramurus: a devoção a São Benedito
e as questões políticas no Espírito Santo
• Durante os primeiros seis meses do ano os caramurus
faziam os festejos do santo, cabendo os outros seis meses
aos peroás.
• A cidade toda se dividia entre territórios peróas e caramurus.
• A disputa entre peroás e caramurus possuía reflexos em toda
a população da Cidade e não apenas nos festejos do santo
(São Benedito, o santo de sua devoção), mas também na
política ( a primeira assembléia provincial se instalou 03 anos
depois do incidente) e até mesmo nos esportes, a época
posterior das concorridas regatas na baía de Vitória. Duas
canoas ficaram célebres nessas disputas: a Borboleta, dos
Peroás, e a Mariposa, dos Caramurus.
19. Agressões estrangeiras
• A Capitania do Espírito Santo, nos primeiros decênios de sua
existência, alternou períodos de declínio com períodos de
prosperidade. E foi essa prosperidade baseada,
principalmente, no açúcar, que atraiu a atenção de piratas e
corsários.
• Em 1558, uma nau francesa atacou Itapemirim, sendo os
franceses batidos por Maracaiá-Guaçu, que, inclusive,
aprisionou vinte deles.
• Durante a interinidade de Belchior de Azeredo, duas naus
francesas bem artilhadas investem contra Vitória, em 1561.
Depois de quatro horas de intenso combate, os atacantes são
rechaçados. Em 1562, um corsário francês se acerca de
Vitória, mas se retira tão logo tem sua presença percebida.
• Três naus francesas atacam a Capitania em 1581, mas são
repelidas pelos índios aldeados.
20. Agressões estrangeiras
• A investida estrangeira mais séria, contudo, ocorreria
em 1625. Oito naus holandesas chegam à barra de
Vitória, sob o comando de Pieter Pieterson Heyn. A
luta se alonga por vários dias. Após oito dias, exaustos
e batidos, os holandeses se retiram. É nesse ataque
que emerge a lendária figura de Maria Ortiz.
• Mais uma vez, agora em 1640, os holandeses tentam a
sorte, atacando a Capitania. Dessa feita, são sete
navios e quatrocentos soldados sob o comando do
coronel Koin. Depois de três horas de violento
combate, os holandeses são batidos e se retiram.
21. A escravidão no Espírito Santo
• A força de trabalho principal utilizada na Capitania do
Espírito Santo foi, como em todo Brasil, a do escravo
negro. Em 1540 já há notícias de seis negros trabalhando
num engenho de açúcar. Aliás, a cultura da cana-de-açúcar
contribuiria decisivamente para a implantação da força de
trabalho escravo.
• A maior presença negra se faria sentir justamente nas áreas
da cultura da cana e, depois, da mandioca, em São Mateus, e
da cana e, em seguida, do café no vale do Itapemirim. Assim
é que, em 1871, enquanto havia em Vitória 14.669 livres,
3.031 eram escravos; em São Mateus, para 2.651 livres, era
de 1.951 o número de escravos; e em Cachoeiro de
Itapemirim, para 7.263 livres, havia 6.179 escravos. O
Espírito Santo foi muito utilizado para o contrabando de
escravos.
22. A escravidão no Espírito Santo
• A escravidão no Espírito Santo não foi, como querem
fazer crer alguns, mansa e pacífica. Houve, por parte
dos escravos, intensa reação exteriorizada em eventos
como a Revolta de Queimado, em 1849 na Serra, que
tem Chico prego e Elisiário a frente e como motivo as
promessas de Liberdade do padre Bené em troca do
trabalho dos escravos em seu horário de folga, ou seja, dias
santos, domingos e noites de lua cheia onde os escravos
deixavam sua lavoura de subsistência para se dedicar a
construção da Igreja. Além de revoltas o estado ainda
contou com expressivo número de quilombos, inclusive
o da Safra, em 1866.
23. Participação política no cenário nacional
(os movimentos de independência)
• Em 1817, em Pernambuco, Domingos José
Martins era preso como um dos cabeças da
Revolução Pernambucana. Em 12 de junho de
1817, era arcabuzado em Salvador.
• Balthasar de Souza Botelho de Vasconcelos
assume o governo em 20 de março de 1820.
Recebendo a incumbência de jurar a Constituição
Portuguesa, marca o juramento para o dia 14 de
julho de 1821.
24. A Julianada
• Jurada a Constituição, o povo se rebela com o apoio
da tropa exigindo a destituição de Vasconcelos e a
nomeação de José Marcelino Vasconcelos. Botelho
de Vasconcelos foge e uma Junta Provisória,
composta por José Nunes da Silva Pires, Luiz da
Silva Alves de Azambuja Suzano, José Francisco de
Andrade e Almeida Monjardim, José Ribeiro Pinto e
Sebastião Vieira Machado, assume. O episódio
passaria à história conhecido como “Julianada", em
razão do nome do coronel Julião Fernandes Leão
que fora nomeado inspetor do Corpo de Pedestres
da Capitania.
26. O pau-Brasil
• O sistema empregado pelos lusitanos na exploração
da madeira foi o do escambo: os portugueses
forneciam aos índios contas de vidro, miçangas,
pentes, espelhos, facas, machados e tecidos baratos,
e os nativos, em troca, cortavam e transportavam a
madeira até os pontos de embarque, nas feitorias. A
Coroa detinha o “estanco” (monopólio) da
exploração do pau-Brasil, primeira atividade
econômica da Colônia.
• Além disso, a exploração intensiva e desregrada, a
ascensão do açúcar e a utilização da anilina como
corante acabaram por inviabilizar, economicamente,
a exploração do pau-Brasil.
27. O açúcar
• O primeiro açúcar embarcado do Brasil para
Portugal sairia do Espírito Santo transportado por
Brás Teles.
• A cultura da cana-de-açúcar contribuiu
decisivamente para deslocar o eixo de gravitação
sócio-econômico das vilas para o meio rural,
ensejando a emergência de uma sociedade
eminentemente patriarcal, onde despontaria como
figura central o senhor-de-engenho, completamente
absoluto em sua fazenda, dono da terra e dos
escravos. Com algum tempo, o senhor-de-engenho
conseguiria converter esse poder em força política,
passando a influir decisivamente na vida política.
28. O Ouro
• Tristão de Alencar Araripe menciona um período de
exploração de ouro em Castelo. Todavia, a exploração
aurífera na região seria proibida pela Coroa, em 1710,
dentro de sua política de fazer do Espírito Santo um
estado-tampão que, em nenhum momento, pudesse
vir a representar uma ameaça à extração de ouro nas
Gerais. Na verdade, as primeiras notícias de ouro no
Espírito Santo foram dadas pelo sertanista paulista
Antônio Rodrigues Arzão, que teria descoberto ouro
em terras da Capitania, entre 1692 e 1693. Mas a
descoberta que, de fato, acabaria por provocar uma
efêmera “corrida do ouro” nas terras do Espírito Santo,
seria feita em 1705 por Pedro Bueno Cacunda.
29. A mandioca
• No período que medeia o declínio da exploração açucareira
e o advento do ouro como produto-rei da economia, o
Brasil conviveu com uma atividade econômica quase que
exclusivamente interna: a criação de gado. O Espírito Santo,
entretanto, ainda que contasse com considerável rebanho
vacum, não teve neste um grande retorno econômico, mas
tinha na mandioca seu produto principal que lhe amealhava
recursos internos.
• Em 1549, os colonos capixabas já colhiam mandioca. Os
jesuítas possuíam roças de mandioca na ilha de Santo
Antônio trabalhadas por índios catequizados.
• A plantação de mandioca para produção de farinha
alcançou enorme aceitação entre os colonos.
30. A mandioca
• O maior produtor de farinha de mandioca era São
Mateus. Em 1862, quando o café já se alojara na
posição de principal produto da economia capixaba, o
presidente Costa Pereira relatava a existência, em São
Mateus, de 250 fábricas de farinha responsáveis pela
produção de 200.000 alqueires do produto. Aliás, o
historiador Renato Pacheco costuma lembrar que a
farinha de mandioca de São Mateus era tão procurada
nos mercados do Rio de Janeiro que contava com
cotação própria, tendo um preço mais elevado que a
farinha do resto do país.
31. A madeira
• No século XIX, 85% do território capixaba era coberto por
florestas. Um mapa do Espírito Santo, de 1927, feito por
encomenda do Governo do Estado, apontava todo o vasto
território situado a noroeste do rio Doce como de
"Terrenos Desconhecidos". Contudo, a fartura de madeiras-
de-lei - jequitibá, peroba, jacarandá, cedro - acabaria, como
acabou, atraindo a atenção das primeiras madeireiras, que
foram disseminando povoados e desertos por todo o
noroeste.
• Para se ter uma noção da extração madeireira de que o
Espírito Santo foi vítima, só em Linhares, entre 1955 e
1966, foram fundadas de 130 a 180 serrarias.O processo de
devastação foi então enorme.
32. O café
• Não se sabe exatamente como o café chegou ao Espírito
Santo. José Teixeira inforna que, em 1811, quando Tovar
deixou a governança, o café já era comerciado na praça de
Vitória. Ignacio Accioli de Vasconcelos, em sua já citada
Memoria Statistica inclui o café no mapa dos gêneros
exportados pela província nos anos de 1826 e 1827, num
total de 300 arrobas equivalentes a 258$000. Se veio do
norte ou do sul, como é mais provável, pouco importa. O
que importa é que o café veio para ficar, trazendo,
sobretudo, o imigrante.
• O café passou a ser cultivado, naturalmente, no interior,
mais exatamente no sul da província e no cinturão serrano
em torno de Vitória.
33. O café
• Uma das dificuldades que o novo produto teve
de enfrentar foi a questão dos transportes. Não
havia ferrovias no Espírito Santo, e as estradas
de rodagem existentes não só não eram
suficientes, como também não possuíam a
menor conservação.
34. A Imigração no Estado do ES
• A 5 de outubro de 1812, Francisco Alberto Rubim, já
nomeado desde 12 de junho, toma posse do governo.
Rubim pacificou os botocudos, com os quais celebrou
um tratado de paz, em 1813. Levou Linhares à categoria
de freguesia e fez instalar no Santo Agostinho, trinta
casais de açorianos, cujo núcleo se transformaria no
município de Jabaeté, depois, Viana.
• Mais do que o inevitável fim da escravidão, devido as
pressões internacionais, a imigração também atendeu
aos interesses do império em seu projeto de
“Branqueamento” da população brasileira..
35. A Imigração no Estado do ES
• A cultura do café requeria numerosa força de
trabalho, o que, no caso do sul, contribuiu para
o aumento do contigente escravo, até vir este,
com a abolição, a ser substituído pela mão-de-
obra nacional e imigrante.
• O imigrante principalmente, sempre que
possível procuraria escapar ao sistema da
meação empregado na lavoura do café, vindo a
constituir a sua propriedade, ainda que pequena.
36. O Espírito Santo e a Guerra do Paraguai
• Deflagrada a Guerra do Paraguai, a província do
Espírito Santo se mobilizou, no sentido de responder
ao apelo do Governo Imperial, tendo mandado para o
teatro de guerra 966 soldados, dos quais 341 eram
“voluntários da Pátria”, e os demais, do seu corpo
policial.
• Na verdade, vale ressaltar, que muitos dos chamados
voluntários eram coagidos pela força a se alistar no
exército para a guerra. As famílias mais abastadas
enviavam escravos em lugar de seus filhos.
37. O Espírito Santo e a Guerra do Paraguai
• Na batalha de Riachuelo, travada a 11 de junho de
1865, 110 soldados do Corpo de Infantaria da
Província do Espírito Santo, sob o comando do
experimentado major João Baptista de Souza Braga,
guarneciam a corveta Beberibe. A Beberibe era movida a
hélice, possuindo 168 pés de comprimento, 27 de
boca, 11 toneladas de calado e 130 cavalos de
potência. Estava equipada com sete bocas de fogo -
seis canhões de dois em bateria e um rodízio de 68,
terceira classe. Seu comandante era o capitão-tenente
Bonifácio de Sant' Anna e integrava a Terceira Divisão
Naval Brasileira, sob as ordens do capitão-de-mar-
e-guerra Gomensoro.
38. A República no Espírito Santo
• Como província periférica, o Espírito Santo
demorou um pouco mais que as outras para
despertar para os ideais republicanos. Assim,
apenas em 1887, em São Pedro de Cachoeiro de
Itapemirim, seria fundado o primeiro clube
republicano do Espírito Santo por Bernardo Horta,
Antônio Gomes Aguirre e Joaquim Pires de
Amorim.
39. O Espírito Santo e a Guerra do Paraguai
• A 16 de setembro de 1888, reuniu-se em
Cachoeira de Itapemirim, o I Congresso
Republicano Provincial do Espírito Santo.
• Proclamada a República, Afonso Cláudio foi
empossado, em 20 de novembro de 1889, como
presidente do Estado no recinto da Câmara
Municipal de Vitória. Na ocasião, contava o
Espírito Santo com 110.137 habitantes.
40. O coronelismo
• Atravessaria os anos vinte recebendo seu golpe
de morte com a Revolução de 1930, que
inaugurou no Brasil o Estado Burguês. No
Espírito Santo, no entanto, certamente em
virtude do seu caráter periférico, o coronelismo
sobreviveu até o primeiro governo de Carlos
Lindenberg.
41. Os governos da República Velha no
Espírito Santo
• Por razões de saúde, Afonso Cláudio renunciou
em 9 de setembro de 1890, assumindo a
presidência do Estado Constante Gomes Sodré.
• As primeiras eleições republicanas foram
indiretas, elegendo o Congresso Legislativo do
Espírito Santo o barão de Monjardim para
presidente do Estado.
42. A República Velha no Espírito Santo
• Como o barão de Monjardim houvesse se solidarizado
com o Marechal Deodoro da Fonseca, em seu
malogrado golpe de 3 de novembro de 1891, não teve
como conservar-se no poder, assim como seu vice,
Antônio Aguirre, assumindo uma Junta formada pelo
coronel Inácio Henrique de Gouvêia, Graciano dos
Santos Neves e Galdino Teixeira Uns de Barros
Loreto.
• Aos 2 de maio de 1892 era promulgada a Constituição
Estadual, sendo eleito presidente do Estado José de
MeIo Carvalho Muniz Freire.
43. O primeiro governo de Muniz Freire
(1892-1896)
• Muniz Freire pode ser considerado o iniciador do
processo de industrialização e desenvolvimento do
Espírito Santo. Percebendo que os maiores problemas
que afligiam o Estado eram a precariedade das vias de
comunicações, que inviabilizava o escoamento da
produção, e a baixa densidade demográfica do
Espírito Santo, procurou viabilizar a construção de
vias férreas e o povoamento do solo, projetando para
isso construir a Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo
e estabelecer em território capixaba 20.000 imigrantes.
44. O primeiro governo de Muniz Freire
• Para realizar um plano de governo tão ambicioso,
Muniz Freire contraiu o primeiro empréstimo
externo do Espírito Santo, no valor de 17.500.000
francos franceses.
• Com esses recursos, Muniz Freire deu início à
construção da Estrada de Ferro do Sul do Espírito
Santo, chegando a inaugurar em seu governo o
primeiro trecho da ferrovia, ligando Argolas a Viana.
• Com o seu incentivo, milhares de imigrantes
italianos foram trazidos para o Espírito Santo.
45. O primeiro governo de Muniz Freire
• Muniz Freire contratou o engenheiro-sanitarista
Saturnino de Brito para o projeto do Novo
Arrabalde de Vitória (Praia do Canto e
proximidades).
• Reorganizou a Escola Normal e determinou fosse
procedido ao primeiro levantamento cadastral do
Estado.
• Tinha em projeto, ainda, a construção de um
engenho central em Itapemirim e de duas fábricas de
tecidos: uma em Vila Velha, outra em Benevente.
46. Graciano dos Santos Neves
• Graciano dos Santos Neves assumiu a presidência do
Estado num contexto de crise com a baixa do preço
do café. Não dispondo de meios para levantar
recursos, teve de suspender as obras. Como a crise
piorasse, preferiu renunciar em 16 de setembro de
1897, assumindo o vice-presidente Constante Gomes
Sodré. Como a Constituição Estadual impusesse
novas eleições, foi eleito José Marcelino Pessoa de
Vasconcelos.
• Em 1900, achava-se o Espírito Santo com 209.783
habitantes.
47. O segundo governo de Muniz Freire
(1900-1904)
• Novamente eleito presidente do Estado, José de
Melo Carvalho Muniz Freire assumiu seu
segundo mandato numa situação completamente
diversa. Os preços do café mantinham-se em
baixa e a crise campeava. Sem condições de
saldar os compromissos do Estado, solicitou e
obteve do Congresso Legislativo Estadual
autorização para declarar uma moratória.
48. Henrique da Silva Coutinho (1904-1908)
• Eleito com o apoio de Muniz Freire, Coutinho
rompeu com seu antecessor. Seu governo, ainda
com a economia estadual afetada pela crise, pouco
pôde fazer, registrando-se a aquisição - zombada
pela oposição - dos obsoletos bondes de Niterói
puxados por muares.
• Coutinho autorizou Jerônimo Monteiro a negociar a
venda da Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo,
vendida à Leopoldina Railway. Tal transação, no
entanto, acabaria por se converter num escândalo,
por ter Jerônimo Monteiro emitido mais títulos do
que os que seriam necessários.
49. A administração de Jerônimo Monteiro
(1908-1912)
• Eleito como candidato do governo em
suspeitíssima eleição na qual teve 7.989 votos
contra apenas 13 dados ao barão de Monjardim
e 10, ao Sr. José Belo de Amorim.
• Jerônimo de Souza Monteiro assumiu em 1908
com um ambicioso plano de governo, centrado
em duas prioridades fundamentais: fazer de
Vitória uma cidade moderna e construir um pólo
industrial, no sul do Estado, tendo Cachoeiro de
Itapemirim, reduto seu, como centro.
50. A administração de Jerônimo Monteiro
• Para converter Vitória numa cidade moderna, dotou-a de
serviços de luz elétrica, de bondes elétricos, de água e de
esgotos. Construiu o Parque Moscoso e o porto de Vitória.
• Para Cachoeiro de Itapemirim projetou inúmeras fábricas,
entre as quais uma de tecido, uma de cimento, uma de óleo
vegetal, uma de papel, além de uma serraria industrial, um
curtume industrial, uma usina de açúcar no vale do Itapemirim
e uma usina hidrelétrica no rio Fruteiras.
• Jerônimo Monteiro abriu estradas, fomentou a produção
agrícola, estimulou a melhoria dos rebanhos bovinos,
incentivou o ensino público, fez uma ampla reforma
administrativa e criou o Arquivo Público. Criou ainda o Banco
Hipotecário e Agrícola do Espírito Santo.
51. A administração de Jerônimo Monteiro (1908-
1912)
• Em seu governo, foi deflagrada, em 1908, pelos
trabalhadores da construção da Estrada de Ferro
Sul do Espírito Santo, em Cachoeiro de
Itapemirim, a primeira greve operária da história
do Espírito Santo.
• Foi sucedido por Marcondes Alves de Souza.
52. Marcondes de Souza (1912-1916)
• Marcondes de Souza assumiu a presidência em meio a
uma intensa crise econômica, porquanto Jerônimo
Monteiro, para executar seu plano de governo, contraiu
dívidas que chegavam a vinte e quatro mil contos de réis,
correspondentes a dez vezes as receitas fiscais do Estado.
Não teve, pois, Marcondes Alves de Souza como não
suspender as obras em curso.
• Em seu governo, o Espírito Santo entra em litígio com
Minas Gerais, em sua primeira questão de limites, em
1912. Em 12 de junho de 1916, é fundado o Instituto
Histórico e Geográfico do Espírito Santo. A 26 de
outubro de 1917 o Brasil declara guerra à Alemanha. A 3
de abril de 1918, morre Muniz Freire.
53. Bemardino de Souza Monteiro (1916-
1920)
• Bernardino de Souza Monteiro assume em meio a uma
violenta crise política. Inconformados com a derrota,
seus adversários proclamaram um governo paralelo em
Colatina, onde resistiram durante algum tempo sob a
chefia do coronel Alexandre “Xandoca” Calmon, que
emprestou seu nome à revolta (Revolta do Xandoca).
• Pacificado o Estado, Bernardino pôde executar seu
programa de governo, abrindo estradas, entre as quais
as duas mais difíceis do Estado: a de Santa Teresa a
Santa Leopoldina e a de Castelo a Muniz Freire, 'ambas
em regiões serranas.
54. As questões de limites
• O Espírito Santo teve, em sua história, três questões de
limites com Minas Gerais e Bahia.
• A primeira delas surgiu em 1912, em virtude de um
incidente fiscal. Tal questão gerou uma região disputada
pelos dois Estados e chamada de “Contestado”,
culminando com uma pendência judicial, na qual foi o
Espírito Santo defendido por Rui Barbosa. Como, em
1913, o laudo pericial do Serviço Geográfico do Exército
favorecesse Minas, o Supremo Tribunal Federal decidiu
com base nele, e o Espírito Santo perdeu os territórios de
Lajinha, Mutum, São Manoel do Mutum, Chalé,
Conceição do Ipanema, São Sebastião do Ocidente e Bom
Jardim.
55. As questões de limites
• A segunda questão com Minas eclodiu quando
regiões do noroeste do Espírito Santo
começaram a ser disputadas por Minas Gerais
num conflito conhecido como “Guerra do
Contestado”.
56. Guerra do Contestado
• A serra dos Aimorés era o legítimo e natural limite
entre os Estados de Minas Gerais e Espírito santo.
Os mineiros, no entanto, espertamente
impugnaram o laudo pericial expedido pelo Serviço
Geográfico do Exército alegando a inexistência da
serra. Não houve acordo e a região viveu períodos
conturbados de duplicidade de jurisdição, com não
poucas vezes as duas polícias se enfrentando em
violentos tiroteios. Nessa segunda pendência, o
Espírito Santo perdeu Mantena, conservando,
entretanto, Mantenópolis e Barra de São Francisco
pelo acordo definitivo de 1963.
57. O Estado União de Jeovah
• A Região do Contestado seria ainda palco de violentas
lutas pela terra. Em 1952, em Cotaxé, no município de
Ecoporanga, Udelino de Matos, num caso típico de
"messianismo tardio", fundou o Estado União de
Jeovah, atraindo contra si a fúria dos latifundiários da
região e das polícias mineira e capixaba, que
esmagaram a resistência intentada por Udelino e seus
seguidores. Novamente, em 1962, a região seria palco
de violento massacre praticado pela Polícia Militar
contra posseiros, em Itapeba.
• Com a Bahia, a questão de limites envolve a bacia do
rio Mucuri. De início, os baianos pretenderam a posse
até o rio Doce e, depois, até o São Mateus.
58. Nestor Gomes (1920-1924)
• Candidato de Bernardino Monteiro, Nestor Gomes
vence as eleições. Os adversários, sob a liderança de
Jerônimo Monteiro, não se conformam e se
revoltam, contando com a adesão de parte da Força
Pública Estadual.
• Confirmada a eleição de Nestor Gomes, este
assume em 1920. Nessa época, a população do
Espírito Santo era de 457.328 habitantes. Contava,
então, o Estado com 11 usinas hidrelétricas.
• Nestor Gomes faz de Florentino Avidos o seu
sucessor.
59. Florentino Avidos (1924-1928)
• Com o apoio de Nestor Gomes, Florentino Avidos é
eleito presidente do Estado, realizando um dos mais
brilhantes governos da história do Espírito Santo.
• Florentino Avidos construiu a ponte sobre o rio Doce,
em Colatina, e a ponte ligando Vitória ao continente,
que hoje leva o seu nome. Construiu, ainda, as pontes
sobre o rio São Mateus, em Nova Venécia, e sobre o
Itapemirim, na estação Bananal. Em convênio com o
Estado do Rio de Janeiro, construiu a ponte sobre o rio
Itabapoana. Construiu, também, o viaduto de Soturno,
na ferrovia de Cachoeiro. Inaugurou o Teatro Carlos
Gomes. Construiu o Hospital da Ilha da Pólvora, o
mercado da Capixaba e o viaduto da rua Caramuru, em
Vitória.
60. Aristeu Borges de Aguiar (1928-1930)
• Permanecendo leal ao presidente Washington Luís, Aristeu
Borges de Aguiar é obrigado a fugir quando irrompe a
Revolução de 1930.
• Vargas, como candidato à presidência da República, e o
presidente da Paraíba, João Pessoa, como candidato à vice-
presidência.
• A campanha eleitoral se desenrola num clima de paixão,
com violentos incidentes. Em Vitória, no dia 13 de fevereiro
de 1930, a Polícia Militar atira e marcha, a cavalo, sobre uma
multidão que assistia a um comício da caravana da Aliança
Liberal, provocando um saldo trágico de 4 mortos e 11
feridos.
61. A Revolução de 30 no Espírito Santo
• Nas eleições, a chapa governista vence. Os aliancistas
não absorvem a derrota e começam a conspirar. O
assassínio de João Pessoa, em julho de 1930, numa
confeitaria do Recife, aonde fora para comprar armas,
enfrentando que estava a Revolta de Princesa, na
Paraíba, converte-se no estopim para a Revolução,
cujos preparativos se ultimam.
• A 3 e 4 de outubro de 1930 levantam-se os Estados do
Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e da Paraíba.
62. A Revolução de 30 no Espírito Santo
O Espírito Santo, fiel ao Governo Central, é
invadido por três colunas revolucionárias: a de
Magalhães Barata, pelo Sul, a de Campos do
Amaral e a de João do Calhau, que penetrariam
por Minas Gerais. Depois de um combate no
Guandu, as tropas capixabas refluem para
Vitória, para melhor defendê-Ia. Todavia, as
notícias se precipitam e Aristeu Borges de
Aguiar, temendo pelo pior, abandona o governo
fugindo no cargueiro italiano Atlanta .
63. O govemo Bley
• João Punaro Bley governaria o Espírito Santo em
três fases distintas: a da primeira interventoria (1930-
1935), a do governo constitucional (1935-1937) e a
da segunda interventoria (1937-1943).
• Bley pode ser considerado um modernizador no
Espírito Santo. Assumindo em 1930, na crista de
uma intensa crise econômica, Bley cortou 67% do
orçamento de 1931, priorizando, mesmo assim, a
saúde, a educação e a reforma do aparelho do
Estado.
64. O govemo Bley
• Na educação, aumentou de 5 para 20 o número de grupos
escolares. Estabilizada a economia, construiu hospitais: o
dos Servidores, o Infantil (Nossa Senhora da Glória), o
Sanatório Getúlio Vargas, o Asilo dos Velhos e o
Preventório Alzira Bley.
• Tentou diversificar a economia capixaba, estimulando a
cultura do cacau, do feijão, do milho e da mandioca.
Estimulou o desenvolvimento da pecuária e criou a Escola
Prática de Agricultura de Santa Teresa.
• Criou o Instituto de Crédito Agrícola do Espírito Santo, do
qual se originaria o Banestes e reaparelhou o porto de
Vitória. Nomeado para uma diretoria da recém-criada
Companhia Vale do Rio Doce, deixou o governo, sendo
sucedido por Jones dos Santos Neves.
65. Jones dos Santos Neves (1943-1945)
• Nomeado interventor em substituição a João
Punaro Bley, Jones dos Santos Neves assumiu
em 27 de outubro de 1943, governando até 27
de outubro de 1945. Em apenas dois anos Jones
dos Santos Neves já revelava a tônica que, mais
tarde, como governador eleito, procuraria
imprimir ao seu governo, numa clara opção pelo
modelo do welfare state.
66. Carlos Lindenberg (1947-1950)
• Convocadas eleições para o governo do Estado em
1947, Jones indicou, como seu candidato pelo Partido
Social Democrático - PSD -, Carlos Fernando
Monteiro Lindenberg. Pela "Coligação" o candidato
seria Attilio Vivacqua. Sem nenhum plano de governo,
Lindenberg baseou toda a sua campanha sobre apenas
um tema: o "cancelamento de todos os impostos
sobre a lavoura".
67. O primeiro governo Lindenberg (1947-1950)
• Embora adotasse uma postura austera e, de fato,
lograsse estabilizar a situação econômica do
Estado, o primeiro governo Lindenberg pode
ser visto com um retrocesso, na medida em que
restabeleceu "o caráter personalista e autoritário"
, remanescente do coronelismo jeronimista, com
nuances de clientelismo e perseguições.
68. O Segundo governo Jones (1951-1954)
• Vitorioso no pleito eleitoral de 1950 contra Afonso
Schwab por ampla margem (58,8% a 41,2%), Jones
dos Santos Neves assume em 1951.
• Com uma visão muito à frente do seu tempo, Jones
era adepto do "Estado do bem-estar social" e do
planejamento econômico, tendo concebido para o
Espírito Santo o Plano de Valorização Econômica
do Estado, baseado no trinômio saneamento,
produção e transportes.
69. O Segundo governo Jones (1951-1954)
• Executando o plano projetado, Jones ampliou o
porto de Vitória, construiu as usinas hidrelétricas de
rio Bonito e Suiça e aumentou consideravelmente a
rede escolar do Estado. Contudo, em educação, não
atendeu apenas ao segundo grau, fundando a Escola
de Belas Artes, a Faculdade de filosofia, Ciências e
Letras, a Escola Politécnica, a Escola de Música do
Espírito santo e a Universidade do Espírito Santo,
esta última através da Lei n 806, de 5 de maio de
1954.
70. O Segundo governo Jones (1951-1954)
• Criou também a empresa Espírito Santo
Centrais Elétricas - Escelsa, destinada a gerir o
complexo energético do Espírito Santo. Mas a
sua obra mais impressionante foi a criação do
Instituto de Bem-estar Social - IBES, e do seu
conjunto residencial para trabalhadores
construído em Aribiri, em Vila Velha.
71. O primeiro governo Francisco Lacerda de Aguiar
(1955-1958)
• À frente de uma coligação com os
pequenos partidos, o candidato do PTB,
Francisco Lacerda de Aguiar, o
“Chiquinho”, bateu, eleitoralmente, Eurico
de Aguiar Sales, o candidato do PSD, por
55,2% a 44,8% dos votos.
72. Francisco Lacerda de Aguiar
• Chiquinho, como era chamado, inaugurou para o
Espírito Santo um estilo todo próprio de governar: o
agropopulismo, porquanto, ao contrário de Jones que via
no Espírito Santo uma franca vocação industrial,
Chiquinho acreditava assentar-se sobre a agricultura a
base da prosperidade deste Estado, mesclando-a com
práticas que virtualmente o situavam acima das classes,
compondo uma “administração de compromissos” . Na
verdade, seu governo representou um enorme
retrocesso para o Espírito Santo.
• Chiquinho encerraria o seu mandato com um atraso de
sete meses no pagamento do funcionalismo estadual,
quase numa antevisão profética de uma malsinada
vocação estadual.
73. O segundo governo Lindenberg
(1959-1962)
• Vitorioso no pleito de 1958, Carlos Fernando
Monteiro Lindenberg iniciou seu segundo
mandato como governador em 1959, com uma
visão bem mais identificada com o projeto jonista
de desenvolvimento, ainda que eminentemente
conservadora.
74. O segundo governo Lindenberg (1959-1962)
• Mais uma vez, Carlos Lindenberg estabilizou a
economia estadual, afastando a crise e colocando e
mantendo em dia, o pagamento aos servidores
públicos estaduais.
• Em seu governo, Lindenberg sofreu pesado
desgaste político com a rumorosa concessão de 20
anos de isenção de impostos estaduais à Fábrica de
Cimento Portland, a “Barbará” de Cachoeiro, pelo
prazo de vinte anos, através da Lei n 1.531, de 24
de outubro de 1960.
• Lindenberg também expandiu as operações da
Companhia Ferro e Aço de Vitória (COFAVI).
75. O segundo governo Lindenberg (1959-1962)
• Vitorioso no pleito de 1958, Carlos Fernando
Monteiro Lindenberg iniciou seu segundo mandato
como governador em 1959, com uma visão bem
mais identificada com o projeto jonista de
desenvolvimento, ainda que eminentemente
conservadora.
• Mais uma vez, Carlos Lindenberg estabilizou a
economia estadual, afastando a crise e colocando e
mantendo em dia, o pagamento aos servidores
públicos estaduais.
76. O segundo governo Lindenberg (1959-1962)
• É também em seu governo que ocorre o
chamado Programa Nacional de
erradicação dos cafezais improdutivos.
Entre outras coisas essa política ocasionou
êxodo Rural; Inchaço populacional da
grande vitória, que recebeu a maior parte
dos migrantes do interior; substituição da
cafeicultura pela pecuária o que na prática
significou a substituição do modelo da
pequena propriedade para o do latifúndio.
77. O segundo governo Lacerda de Aguiar
(1963-1966)
• Para o pleito de 1962, entre o projeto desenvolvimentista
e o welfare state de Jones dos Santos Neves e o
agropopulismo de Chiquinho, o eleitorado capixaba optou
pelo último, na mais disputada eleição da História do
Estado (52% x 48%).
• O segundo período de governo de Lacerda de Aguiar é
atropelado pelo golpe militar de 1º de abril de 1964, que
introduz a ditadura castrense no Brasil. Para não ser
cassado, Chiquinho renuncia em 1966, sendo substituído
pelo vice, Rubens Rangel, que governa de 5 de abril de
1966 a 31 de janeiro de 1967, quando transmite o cargo ao
primeiro governador nomeado pela ditadura.
78. A ditadura no Espírito Santo
• A ditadura implantada pela quartelada de 1º de abril de 1964
(ou 31 de março como queiram alguns), iria impor ao Brasil
uma série de generais-presidentes, que nomeariam ao seu
bel prazer os governadores dos Estados.O primeiro
governador nomeado do Espírito Santo foi Christiano Dias
Lopes filho, que assumiu em 31 de janeiro de 1967.
• Como reação ao Golpe no Estado surgiu a Guerrilha do
Caparaó, um grupo de militares que se opuseram ao regime,
fundaram o Movimento Nacional Revolucionário(MNR) e
sob o comando do sargento Amadeu Felipe da Luz ferreira
se instalaram na Serra do caparó, divisa entre Minas e
Espírito santo. Foram presos pelas forças do regime Militar
em 1967.
79. Christiano Dias Lopes filho (1967-1971)
• Christiano, prejudicado pela política federal de
erradicação dos cafezais, lutou o tempo todo para
compensar o Espírito Santo, por meio da
implementação de uma política de recuperação
econômica do Estado, fundada na execução dos
chamados "grandes projetos".
• Para dar sustentabilidade a esses grandes projetos
foram criados na sua gestão:
FUNRES- fundo de recuperação econômica do
Espírito santo.
GERES- Grupo executivo de recuperação
econômica.
80. Christiano Dias Lopes filho (1967-1971)
BANDES – Banco de desenvolvimento.
BANESTES – em substituição ao banco de crédito agrícola.
Expansão do complexo portuário, com a melhoria de toda a
estrutura portuária, visando atender as demandas futuras das
grandes empresas a serem instaladas no estado.
• É claro que a posição geográfica do estado (próximo aos
grandes mercados nacionais da região sul-sudeste); a grande
extensão litorânea e a política de incentivos fiscais foram os
agentes decisivos para a implantação dessa súbita
industrialização do Espírito santo.
• Em seu governo os revoltosos da Guerrilha do Caparaó
foram presos (1967).
81. Arthur Carlos Gerhardt Santos
• O engenheiro Arthur Carlos, dando seguimento à política
iniciada por Christiano Dias Lopes filho, desenvolveu uma
bem articulada política econômica, com ênfase para a
implantação, em território capixaba, de grandes indústrias
como a Companhia Siderúrgica de Tubarão - CST e a
Aracruz Celulose, tendo construído ainda a Segunda Ponte
de Vitória.
• Arthur Carlos também investiu na formação de mão-de-
obra para as indústrias com a criação de várias escolas de
ensino profissionalizante, as chamadas escolas
polivalentes..
• CIVIT- Centro Industrial de Vitória. Política de incentivo
fiscal a empresas que se instalassem nessa região.
82. Élcio Álvares
• Álvares foi o responsável pela construção
da nova rodoviária de Vitória, o início do
funcionamento da CEASA e pelo início
da Terceira Ponte de Vitória. Foi
substituído, em 1979, por Eurico Vieira de
Rezende.
83. Eurico Vieira de Rezende
• Egresso do Senado, onde era um dos líderes do
governo, Eurico Rezende teimosamente se recusou a
dar seguimento às obras da Terceira Ponte. Tornou-
se grotescamente célebre, a exemplo de um ministro
da ditadura, Arnaldo Prieto, ao apresentar, com sua
família, um consumo mensal de quase uma tonelada
de carne, merecendo denúncia do deputado
oposicionista Dílton Lyrio Neto, que o chamou de
“governador-jaguatirica”.
• Com Eurico Rezende se encerra o ciclo dos
governadores nomeados, restabelecidas que foram as
eleições diretas para os executivos estaduais, em
1982.
84. O governo Camata (1983-1986)
• Gerson Camata, depois de vinte anos de ditadura,
tornou-se o primeiro governador diretamente eleito no
Espírito Santo.
• Preocupado com o interior, Camata abriu inúmeras
estradas e pavimentou as existentes. Retomou as obras
da Terceira Ponte, deixando-a quase concluída.
• Em seu governo, foi prefeito de Vitória o poeta e
jurista Ferdinand Berredo de Menezes, que deu início
ao processo de reurbanização de Camburi e do aterro
da Comdusa.
• Camata foi substituído por Max Mauro.
85. O governo Max Mauro (1987-1990)
• Max Freitas Mauro, como Camata, era egresso da
oposição (PMDB), vencendo nas eleições, o candidato
Élcio Álvares.
• Embora com dificuldades, o governo Max conseguiu
manter em dia o pagamento dos servidores.
• Inciou os projetos de criação do sistema TRANSCOL.
• Concluiu as obras da terceira ponte.
• Foi substituído por Albuino Azeredo.
86. O governo Albuino (1991-1994)
• O engenheiro Albuino Azeredo, embora fosse
da área do planejamento, não conseguiu evitar a
profunda crise econômica que se abateu sobre o
Estado refletindo-se na paralisação das obras e
no atraso crônico do pagamento do
funcionalismo estadual.
• No seu governo é implantado o Corredor de
Transporte Centro leste (CTC).
• Foi sucedido por Vitor Buaiz.
87. Corredor de Transporte Centro leste (CTC).
• Implantado em 1991,é uma integração de portos
capixabas com rodovias e ferrovias,
principalmente com estradas de ferro Vitória a
Minas, com o objetivo de exportar parte da
produção agrícola e industrial dos Estados
consorciados e importar produtos destes.
• Integram o CTC, além do ES, os Estados de
MG, GO, TO, MT, MS, BA e o distrito Federal.
88. As privatizações no Espírito santo
• 1989 – COFAVI (Companhia de Ferro e Aço de
vitória).
• 1992- CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão).
• 1997 – CVRD (Companhia Vale do Rio Doce).
• Ainda foram privatizados o sistema de telefonia
estadual (Telest) e de fornecimento de energia
(Escelsa)
89. O governo Buaiz (1995-1998)
• Eleito pelo Partido dos Trabalhadores, o médico
Vitor Buaiz recebeu um Estado endividado e
com o pagamento do funcionalismo atrasado.
• Sem recursos para colocar em dia o pagamento
do funcionalismo, Buaiz transferiu o governo a
seu sucessor, o então senador José Inácio
Ferreira, para o período de 1999-2002. tendo
este último um governo marcado por suspeitas
de desvio de dinheiro público.
90. José Inácio Ferreira (1999-2002)
• Além dos escândalos políticos de desvio de
dinheiro, o Governo de José Inácio ficou
marcado pela Implantação do Corredor de
Segurança, que fazia parte de um conjunto de
ações do programa do PROPAS, que mapeou as
regiões mais violentas da grande vitória e passou
a sufocar essas manifestações criminosas. A idéia
de uma parceria entre a Polícia e a comunidade
também foi inovadora no Estado.
91. Governo Paulo Hartung (2002-2010)
• Salário dos funcionários públicos em dia.
• Investimentos em educação e saúde.
• Atração de grandes investimentos para o estado, como
destaque o petróleo e a atuação da PETROBRAS que
destinou 05 Bilhões de Dólares para serem aplicados
em investimentos no Espírito santo no período de
2005-2010.
• Distribuição das rendas do petróleo entre a maioria dos
municípios do estado, através de uma lei de iniciativa
do governador, visando a distribuição de renda.
• Crescimento econômico estadual acima da Média
nacional.
• Subsídios na área de transporte (o TRANSCOL Social).
• Descoberta do pré-sal durante a gestão.