O documento discute os conceitos de periodização da história e contagem do tempo, descrevendo as principais divisões periódicas usadas ao longo da história, incluindo as propostas por Hesíodo, Políbio e a concepção cristã, além de explicar a evolução dos calendários grego, juliano e gregoriano. Também apresenta as principais idades em que a história é dividida - Pré-História, Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
2. CONCEITOCONCEITO
• Denomina-se de periodização da
História à divisão, para fins didáticos, da
História em épocas, períodos ou idades.
• Estas divisões podem ter pontos-de-vista
como: culturais, etnográficos e
ideológicos.
3. HISTÓRIA ANTIGAHISTÓRIA ANTIGA
• Na Grécia Antiga, Hesíodo, em
Os Trabalhos e os Dias, propôs uma
articulação por épocas, a as cinco idades
(Ouro, Prata, Bronze, Heróis e Ferro).
• Posteriormente, Políbio, um dos primeiros
historiadores a encarar a História como
uma sequência lógica de causas e efeitos,
por outras razões, optou por uma teoria
de rígida sucessão das instituições
políticas.
4. CONCEPÇÃO CRISTÃCONCEPÇÃO CRISTÃ
• O Cristianismo trouxe uma concepção de devir
histórico linear, uniforme, que, estendendo-se
da Criação até ao Juízo Final
• A articulação em - Antiguidade – Idade Média –
Idade Moderna – foi enunciada pelo alemão
Cristoph Cellarius (1634-1707) que, de início,
correspondia à interpretação e valorização
pelos Humanistas de uma história cultural
européia ocidental.
5.
6. A contagem do tempoA contagem do tempo
• A necessidade de contar
o tempo surgiu durante
o Neolítico, quando os
primeiros agricultores
notaram a importância do
exato conhecimento das
estações do ano para o
sucesso de suas
plantações. A partir daí,
cada cultura desenvolveu
seu próprio sistema de
contagem do tempo.
9. A era cristã e a divisão da HistóriaA era cristã e a divisão da História
• referência de maior aceitação para se contar
o tempo, atualmente, é o "nascimento de
Cristo". Mas já houve outras referências
importantes no Ocidente: os gregos antigos
tinham como base cronológica o início dos
jogos olímpicos; os romanos, a fundação de
Roma. Ainda hoje, os árabes contam seu
tempo pela Hégira, a emigração (não fuga)
de Maomé de Meca para Medina
10. Unidades de tempoUnidades de tempo
• O calendário atual, estabelecido em 1582,
incorporou unidades de tempo de diferentes
origens históricas. A mais antiga divisão do
tempo, o dia, definida pela alternância cíclica da
luz solar e da escuridão da noite é,
provavelmente, anterior a 8000 a.C.
• Mais tarde surgiram os meses, definidos
originalmente pelas fases da lua, e depois oano,
baseado no movimento aparente do sol e no
ciclo das estações.
11. • O mais antigo calendário solar foi
desenvolvido no Egito por volta de 2773
a.C. Esse calendário tinha 365 dias e era
ainda usado pelos gregos do Egito
Ptolemaico durante o Período Helenístico.
• A divisão do mês em 4 semanas de 7
dias, invenção babilônica baseado em
conceitos astrológicos e desenvolvida no
século VII a.C., foi adotada pelos romanos
na época do Império, provavelmente no
século I d.C.
12. O calendário gregoO calendário grego
• O início do ano e o nome dos meses
variava de pólis para pólis e Tucídides,
em sua obra sobre a Guerra do
Peloponeso, dá uma idéia da
complexidade desse sistema.
• O calendário mais conhecido é o
ateniense ou ático. O ano ático tinha doze
meses lunares, com número variável de
dias, e durava apenas 354 dias.
13. • No século IV a.C., os gregos tomaram
como base comum da contagem do
tempo osjogos olímpicos, disputados a
cada quatro anos. Hípias de Élis, de
acordo com listas de vencedores das
provas atléticas, calculou que a primeira
Olimpíada teria ocorrido no ano que nós,
modernos, chamamos de 776 a.C.
14. O calendário julianoO calendário juliano
• Os romanos utilizavam primitivamente um
calendário lunar, com adição periódica de um
mês suplementar para compensar o atraso em
relação às estações do ano, dependentes do
ano solar. O método, extremamente rudimentar,
acumulou em 47 a.C. uma diferença de 80 dias,
gerando enorme confusão na vida civil e
religiosa.
• No ano seguinte, 46 a.C., o ditador romano Júlio
César (100-44 a.C.) instituiu ocalendário juliano,
conforme as recomendações do astrônomo
Sosígenes de Alexandria (séc. I a.C.):
15. • o ano de 46 a.C. teve a duração prolongada:
445 dias;
• o ano passou a ser calculado em 365,25 dias;
• os doze meses passaram a ter duração
diferente, quase igual à que têm até hoje;
• o primeiro dia do ano, antes situado em 15 de
março, foi fixado em 1º de janeiro;
• a cada quatro anos, para compensar a fração
anual excedente (0,25 dias), foi instituído o ano
de 366 dias, chamado de ano bissexto até hoje.
16. CALENDARIO GREGORIANOCALENDARIO GREGORIANO
• Em 1582, tornou-se necessário um pequeno
ajuste, instituído pelo Papa Gregório III(1502-
1585 d.C.), conforme as recomendações do
astrônomo bávaro Christoph Clavius(1537-
1612 d.C.):
• 10 dias do ano de 1582 foram suprimidos (o dia
4 de outubro foi seguido do dia 15 de outubro);
• os anos terminados em "00" e não divisíveis por
400 deixaram de ser considerados bissextos
(1700, 1800 e 1900 d.C., não foram bissextos;
2000 d.C., sim).
17. ERA CRISTÃERA CRISTÃ
• Em 523, o monge católico Dionísio, o Pequeno, decidiu
efetuar a contagem a partir do nascimento de Jesus
Cristo. Ele calculou que o nascimento de Cristo havia
ocorrido em 753 AVC, no dia 25 de dezembro, e fixou o
início da "nova era" no dia 1º de janeiro do ano seguinte,
o 754º da fundação de Roma.
• O novo sistema cronológico não foi aceito de imediato,
nem mesmo pela Igreja Católica. Finalmente admitido
no século X d.C. pela Cúria Romana, foi gradualmente
adotado pelas nações cristãs, assim como o calendário
gregoriano
18. ERRO DO NASCIMENTO DEERRO DO NASCIMENTO DE
CRISTOCRISTO
• Sabe-se, hoje, que Dionísio, o Pequeno,
cometeu um pequeno erro de cálculo:
Jesus Cristo, na verdade, nasceu pouco
antes de 749 AVC, quatro a oito anos
antes da data "oficial". No entanto, por
tradição, até hoje o ano 754 AVC continua
sendo o "Ano 1" da Era Cristã.
19. Pré história:Pré história:
• No Período Paleolítico ou Idade da Pedra
Lascada: tivemos a descoberta do fogo;
• No Período Neolítico ou Idade da Pedra
Polida, ocorreu a revolução agrícola:
domesticaram-se animais, e começou-se a
praticar a domesticação de espécies
vegetais;
•
• Na Idade dos Metais: fundição dos metais e
utilização deste no fabrico de instrumentos, o
último período da Pré-Historia demarca o
conjunto de transformações que dão início ao
aparecimento das primeiras civilizações da
Antiguidade, Egito e Mesopotâmia.
•
20. Idade AntigaIdade Antiga
• A Antiguidade compreende-se de cerca de4000
a.C. até 476 d.C., quando ocorre a queda do
Império Romano do Ocidente. É estudada com
estreita relação ao Próximo Oriente, onde
floresceram as primeiras civilizações, sobretudo
no chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas
possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes
do Egito, Palestina, Mesopotâmia, Irão e
Fenícia. Abrange, também, as chamadas
civilizações clássicas: Grécia e Roma.
21. Idade MédiaIdade Média
• A Idade Média é limitada entre o ano de
476 d.C. até 1453, quando ocorre a
conquista de Constantinopla pelos turcos
otomanos e consequente queda do
Império Romano do Oriente. Seu estudo
ocorre em relação às três culturas em
confronto em torno da bacia do mar
Mediterrâneo. Caracterizou-se pelo modo
de produção feudal em algumas regiões
da Europa.
22. Idade ModernaIdade Moderna
• A Idade Moderna é o
período que inicia-se em
1453 e termina em 1789,
com a eclosão da
Revolução Francesa.
Compreende o período da
invenção da Imprensa, os
descobrimentos marítimos
e o Renascimento.
Caracteriza-se pelo
nascimento do modo de
produção capitalista.
•
23. Idade ContemporâneaIdade Contemporânea
• A Idade
Contemporânea
compreende-se de
1789 até aos dias
atuais. Envolve
conceitos tão diferentes
quanto o grande
avanço da tecnologia,
os conflitos armados de
grandes proporções e a
Nova Ordem Mundial.
24. Documentos e fontes históricasDocumentos e fontes históricas
• Crítica Objetiva - Verifica o valor extrínseco,
externo de um documento; se é original ou
apenas uma cópia.
• Crítica Subjetiva - Verifica o valor intrínseco,
interno, de um documento. É um trabalho
especializado, comparativo, que só pode ser
realizado pelas ciências auxiliares da História:
Arqueologia (estuda ruínas, objetos antigos);
Paleontologia (fósseis); Heráldica (emblemas e
brasões); Epigrafia (inscrições lapidares);
Numismática (moedas); Genealogia (linhagens
familiares); Paleografia (estudo da escrita
antiga)
25. FONTES HISTÓRICASFONTES HISTÓRICAS
• O estudo da História foi dividido em dois períodos: a
Pré-História (antes do surgimento da escrita) e a História
(após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C).
Para analisar a Pré-História, os historiadores e
arqueólogos analisam fontes materiais (ossos,
ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e
fósseis) e artísticas (arte rupestre, esculturas, adornos).
Já o estudo da História conta com um conjunto maior de
fontes para serem analisadas pelo historiador. Estas
podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais,
registros orais, documentos, moedas, jornais,
gravações, etc.