1. O texto de comentário:
referencialidade, accionalidade e
linearização
Ana Sousa Martins
CLUNL
17WGT ● 19 de janeiro
2. Puigdemont, o errático
DN, 14 DE NOVEMBRO DE 201700:00
Leonídio Paulo Ferreira
1. EXPOSIÇÃO - Asserção dos factos da atualidade noticiosa imediata
que versam sobre a atuação de Puigdemont
a) Ações verbais e físicas contraditórias entre si:
a) declaração de independência vs. asserção de possibilidade de outra solução
b) autodeclaração como presidente vs. não presidente ao deslocar-se para a Bélgica
b) (In)ação verbal
atribuição integral de culpas a outrem
silêncio quanto a responsabilidades próprias
3. 2. AVALIAÇÃO
A independência da Catalunha não tem sustentabilidade
2.1. FUNDAMENTAÇÃO
a) a especificidade da língua, cultura e história é um móbil insuficiente
b) insuficiente apoio popular
c) motivação política/económica/humanitária inexistente
d) inexistente apoio da EU
e) reação negativa do mundo empresarial
4. 3. REASSERÇÃO DA AVALIAÇÃO
a) Insustentabilidade da Catalunha independente
b) Comportamento inconsistente de Puigdemont
5. ESTRUTURA ACCIONAL
ATO PRINCIPAL: acusação de Puigdemont
ATOS SUBORDINADOS:
Acusação 1: Puigdemont é imprevisível, inconstante, incoerente, absurdo => invocação de
tábua de valores, doxa, ordem racional do mundo
A escalada de ações absurdas desenvolvida no tempo
“agora” (2vx) “continua a surpreender”
Acusação 2: Puigdemont é responsável pelos resultados: “situação caótica”; “caos
prolongado [prolongável]”: “imponderáveis”, “balcanização do país”
Acusação 3: Puigdemont é desonesto: verbo psicológico “percebeu” + ativação de Warrant
(= todos já perceberam) a insustentabilidade da independência da Catalunha.
6. ATO PRINCIPAL: objeção à viabilidade e justificação da independência da Catalunha
ATOS SUBORDINADOS:
a) Acusação de Puigdemont:
Acusação 1
Acusação 2
Acusação 3
b) Refutação de argumentos (vozes refletidas no discurso):
Há especificidade linguística, cultural, histórica
O povo quer
Há abusos do poder central
A UE pode apoiar
É bom para a prosperidade da Catalunha
7. Ambiguidade na determinação da
intencionalidade comunicação
Resulta de generalização abusiva:
Puigdemont = Independência da Catalunha
Abaixamento da eficácia comunicativa:
→Qual o ato ilocutório dominante?
→ Possibilidade de refutação: admissão da viabilidade de
independência com outro protagonista
8. A fuga de Puigdemont
Diana Soller
3/11/2017
1. EXPOSIÇÃO – asserção dos factos da atualidade noticiosa imediata
Resultados da ação judicial:
a) 14 acusados => 13 acusados com medidas de coação imediatas:
prisão efetiva + preventiva
b) 1 acusado em fuga
9. 2. AVALIAÇÃO – Puigdemont falhou
2.1. FUNDAMENTAÇÃO
a) Declaração de independência + ausência de resposta
robusta de Madrid (razão 1) O que aconteceu para eu, locutor,
poder dizer que ele falhou
b) Refém de partidos da coligação (razão 2)
c) Não tem apoio popular (razão 3)
d) Fugiu (razão 4)
Consequência de ele ter falhado
e) Descrédito Consequência da fuga
10. 3. REASSERÇÃO DA AVALIAÇÃO
Falhou => descrédito
“próprias escolhas” (razões 1,2 e 4)
11. ESTRUTURA ACCIONAL
ATO ILOCUTÓRIO DOMINANTE (Único)
Acusação de Puigdemont: cobardia – “[não está] disposto a pagar o
preço dos seus atos”
ATOS SUBORDINADOS
a) condenação da fuga 1: contraposição com os restantes 13 arguidos
b) condenação da fuga 2: explicação da causa “moldura penal que pode ir até 30 anos”
c) condenação da fuga 3: ao fugir não reconhece que falhou
Elaboração sobre as ações
falhadas de Puigdemont
12. Referências
• Badger, R. & G. White (2000) A process genre approach to teaching writing. ELT Journal,
54(2): 153-160.
• Belmonte, I.A. (2007) Newspaper editorial and comment articles: A Cinderella genre?.
Rael: Revista Electronica de Linguística Aplicada 1:1-9.
• Fonseca, J.1994, Dimensão accional da linguagem e construção do discurso. In J. Fonseca
(ed.) Pragmática Linguística. Introdução, Teoria e Descrição do Português, Porto, Porto
Editora: 105-131.
• Charolles, M. (1988) Les plans d'organisation textuelle: périodes, chaînes, portées et
sequences. Pratiques 57: 3-13.
• Van Dijk, T.A. (1980) The semantics and pragmatics of functional coherence in discourse.
In J. Boyd & A. Ferrara (eds.) Speech acts: ten years after. Bologne, Bompiani: 49-65.
• Viehweger, Dieter (1990): Savoir illocutoire et interprétation des textes. In: M. Charolles;
S. Fisher; J. Jayez (éd.) Le discours - représentations et interprétations, Nancy, Presses
Universitaires de Nancy: 41-51.