O documento descreve a fuga da corte portuguesa para o Brasil em 1807 e o desenvolvimento deste território durante os 14 anos seguintes. Quando D. João VI regressou a Portugal, D. Pedro declarou a independência do Brasil. Após a morte de D. João VI, D. Pedro tornou-se rei de Portugal, mas D. Miguel assumiu o poder de forma absoluta, dando início a uma guerra civil entre liberais e absolutistas que só terminou com a derrota deste último na Convenção de Évora Monte.
A Guerra Civil Portuguesa entre Liberais e Absolutistas (1828-1834
1.
2. Em 27 de Novembro de
1807 a rainha e o príncipe
regente fugiram para o
Brasil acompanhados por
muitos elementos da Corte.
Militares ingleses dão apoio
aos portugueses na luta
contra os invasores
franceses.
3. • A corte portuguesa permaneceu
no Brasil perto de 14 anos.
Durante esse tempo o Brasil
sofreu algumas alterações
profundas:
a) A cidade do Rio de Janeiro
tornou-se a Sede do Governo;
b) Foram criadas repartições de
finanças, justiça e polícia;
c) Foram criadas escolas, hospitais,
teatros e bibliotecas;
d) Foram criadas indústrias e
fizeram-se estradas;
e) Os portos brasileiros foram
abertos aos comerciantes
estrangeiros, o que desenvolveu o
comércio externo.
4. • Como vimos, D. João VI
regressou a Portugal. Quem
ficou a governar o Brasil foi o
seu irmão, o príncipe D. Pedro.
Com o regresso de D. João VI a
Portugal as Cortes
Constituintes ordenaram:
1. Que o Brasil voltasse a ter
condição de colónia;
2. Que o comércio externo
voltasse a fazer-se passando
por Portugal;
3. Que D. Pedro viesse viver
para Portugal.
5. • D. Pedro, apoiado pela
burguesia, decidiu ficar no
Brasil. Como resposta as
Cortes Constituintes
enviaram para o Brasil novas
ordem a anular todos os
poderes de D. Pedro.
• Quando D. Pedro recebeu a
notícia decidiu declarar a
independência do Brasil. Foi
no dia 7 de Setembro de 1822.
• Conta-se que D. Pedro correu
as margens do Rio Ipiranga
gritando: «Independência ou
Morte!»
6. Com a Revolução de 1820 a Nobreza e o Clero
perderam muitos privilégios e nunca aceitaram as
ideias liberais. D. Miguel, filho segundo de D. João VI
era apoiante deste descontentamento…
7. D. João VI morre…
D. Pedro (I do Brasil, IV de Portugal) é imperador do
Brasil e não quer regressar a Portugal…
8. • D. Pedro pensou numa solução que garantisse a
sucessão ao trono e ao mesmo tempo unisse liberais e
absolutistas…
1. Abdicou do trono português em favor da sua filha, D.
Maria, que tinha apenas 7 anos.
2. D. Miguel (seu irmão) ficaria a governar Portugal
como regente de acordo com as leis liberais e casaria
com D. Maria logo que ela fosse maior de idade…
9. D. Miguel começou por aceitar as condições de D.
Pedro mas em 1828 dissolveu as cortes e fez-se
aclamar Rei absoluto!
Nessa altura já existiam dois grupos rivais: os liberais
e os absolutistas.
10. • Os liberais eram, na sua maioria, burgueses
(comerciantes, proprietários, juízes, médicos…) que
defendiam a monarquia liberal.
• Os absolutistas eram na sua maioria nobres e
clérigos que chefiados por D. Miguel queriam
regressar à monarquia absoluta.
11. • Os Absolutistas começam
então a perseguir os Liberais.
Os que não conseguem fugir
são mortos ou presos.
• Ao saber do que se passa em
Portugal, D. Pedro resolve
deixar o Brasil e juntando-se
com os liberais que tinham
fugido para os Açores
organizou um exército.
12. D. Pedro IV - Liberal
Vs D. Miguel I - Absolutista
13. • Em 8 de Junho de 1832, o
exército liberal
comandado por D. Pedro
desembarcou na praia de
Pampelido - Mindelo e
seguiu para a cidade do
Porto que ocupou sem
resistência…
14. D. Miguel organizou as suas tropas e cercou a cidade
do Porto. Foram tempos difíceis: faltou comida, houve
muitas doenças e morreu muita gente.
15. • Perante uma derrota quase que
certa, D. Pedro e os militares
liberais decidiram que a solução
passava por uma nova frente de
combate. Organizaram uma
nova armada comandada pelo
Duque da Terceira que
desembarcou no Algarve.
• D. Miguel ao saber desta
armada levantou o cerco do
Porto e enviou parte do seu
exército para o sul…
16. Após um conjunto de derrotas de D. Miguel,
principalmente nas batalhas de Almoster e Asseiceira,
os Absolutistas foram obrigados a assinar um acordo
de paz – a Convenção de Évora Monte.
17. Durante 2 anos, Portugal viveu numa guerra civil.
D. Miguel foi expulso de Portugal. Quando D. Pedro
IV morreu foi D. Maria quem ficou no trono de
Portugal.
A derrota de D. Miguel contribuiu para o triunfo da
monarquia constitucional que se manterá em
Portugal até 1910.
18. A corte portuguesa ficou cerca de 14 anos no Brasil e este território
desenvolveu-se em todas as áreas.
Com a vinda de D. João VI para Portugal, D. Pedro, seu filho, ficou a
governar o Brasil e quando as cortes exigiram o seu regresso este, com o
apoio da burguesia, declarou a independência daquela território.
No entanto, quando D. João VI morreu D. Pedro é declarado rei de Portugal
e tenta negociar com o seu irmão, D. Miguel, uma forma de governar
Portugal que fosse do agrado dos dois grupos que se opunham – Liberais e
Absolutistas. Deixou o trono para a sua filha e D. Miguel como regente. No
entanto este, rapidamente, deixou de respeitar as condições de D. Pedro e
corou-se rei absoluto.
Os absolutistas começaram a perseguir os liberais e D. Pedro organizou um
exército que desembarcou em Portugal vindo dos Açores e tomou a cidade
do Porto. Estava iniciada uma guerra civil. O exército de D. Miguel cercou o
Porto e obrigou D. Pedro a começar uma nova frente de combate pelo
Algarve.
D. Miguel perdeu a guerra e assinou a Convenção de Évora Monte. D. Pedro
venceu e com ele as ideias liberais.