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TEORIA PSICANALÍTICA II
2019/1
Prof.Liege Bertolini Fasolo
Email:liege.fasolo@fsg.edu.br
CONCEITOS EM FREUD
A SEXUALIDADE A
PARTIR DA
PSICANÁLISE
• Para Freud, sexual não diz respeito ao
fisiológico, anatômico.
• Houve um antes e um depois, a partir das
construções de Freud acerca da sexualidade.
• SEXOLOGIA: apoiada na biologia, na anatomia
do corpo. A sexualidade para a sexologia tem a
finalidade da procriação da espécie, a
reprodução. Baseada no conceito de instinto.
• Pulsão: uma força que nos “cutuca” o tempo
todo.
• Para a psicanálise, a sexualidade não se
reduz a relação sexual.
• Sexualidade infantil: tem a ideia de prazer,
desprazer, satisfação e insatisfação.
• Imagem inicial é a do bebê na sua primeira
mamada, seja no seio ou mamadeira, que é
oferecido pelo outro.
• Necessidade fisiológica : fome
• Registro do alívio da necessidade do corpo,
mas também o registro de uma satisfação à
mais que ele recebeu do outro.
• Esse “à mais” que acompanha o registro da
satisfação da necessidade biológica, é
denominado por Freud de “SEXUAL”.
• Sexual: Registro psíquico de algo que marca
uma satisfação que não se reduz à
necessidade fisiológica.
Ex: satisfação no “chuchar” – bico, dedo, etc.
Precisa estimular a região da boca (zona erógena
oral), que é a primeira a interagir com o outro, com
o mundo.
[...] Falando sério, não é fácil delimitar aquilo que
abrange o conceito de “sexual”. Talvez a única
definição acertada fosse tudo o que se relaciona
com a distinção entre os dois “sexos”. [...] Se
tomarem o fato do ato sexual como ponto central,
talvez definissem como sexual tudo aquilo que,
com vistas a obter prazer, diz respeito ao corpo e,
em especial, aos órgãos sexuais de uma pessoa
do sexo oposto, e que, em última instância, visa à
união dos genitais e à realização do ato sexual.
[...] Se, por outro lado, tomarem a função de
reprodução como núcleo da sexualidade, correm o
risco de excluir toda uma série de coisas que não
visam à reprodução, mas certamente são sexuais,
como a masturbação, e até mesmo o beijo
(FREUD, 2006, p. 309)
REFERÊNCIAS:
- FREUD, Sigmund. Um caso de histeria. Três
ensaios sobre sexualidade e outros trabalhos
(1901/1905)
_________________. Conferências introdutórias
sobre psicanálise. XX Conferência de Viena
(1915/1916)
OBRIGADA!
fsg.edu.br
R. Treze de Maio, 1130
Bento Gonçalves - RS
95702-002
(54) 3055.4135

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  • 1. TEORIA PSICANALÍTICA II 2019/1 Prof.Liege Bertolini Fasolo Email:liege.fasolo@fsg.edu.br
  • 3. A SEXUALIDADE A PARTIR DA PSICANÁLISE
  • 4. • Para Freud, sexual não diz respeito ao fisiológico, anatômico. • Houve um antes e um depois, a partir das construções de Freud acerca da sexualidade. • SEXOLOGIA: apoiada na biologia, na anatomia do corpo. A sexualidade para a sexologia tem a finalidade da procriação da espécie, a reprodução. Baseada no conceito de instinto. • Pulsão: uma força que nos “cutuca” o tempo todo.
  • 5. • Para a psicanálise, a sexualidade não se reduz a relação sexual. • Sexualidade infantil: tem a ideia de prazer, desprazer, satisfação e insatisfação. • Imagem inicial é a do bebê na sua primeira mamada, seja no seio ou mamadeira, que é oferecido pelo outro. • Necessidade fisiológica : fome • Registro do alívio da necessidade do corpo, mas também o registro de uma satisfação à mais que ele recebeu do outro.
  • 6. • Esse “à mais” que acompanha o registro da satisfação da necessidade biológica, é denominado por Freud de “SEXUAL”. • Sexual: Registro psíquico de algo que marca uma satisfação que não se reduz à necessidade fisiológica. Ex: satisfação no “chuchar” – bico, dedo, etc. Precisa estimular a região da boca (zona erógena oral), que é a primeira a interagir com o outro, com o mundo.
  • 7. [...] Falando sério, não é fácil delimitar aquilo que abrange o conceito de “sexual”. Talvez a única definição acertada fosse tudo o que se relaciona com a distinção entre os dois “sexos”. [...] Se tomarem o fato do ato sexual como ponto central, talvez definissem como sexual tudo aquilo que, com vistas a obter prazer, diz respeito ao corpo e, em especial, aos órgãos sexuais de uma pessoa do sexo oposto, e que, em última instância, visa à união dos genitais e à realização do ato sexual.
  • 8. [...] Se, por outro lado, tomarem a função de reprodução como núcleo da sexualidade, correm o risco de excluir toda uma série de coisas que não visam à reprodução, mas certamente são sexuais, como a masturbação, e até mesmo o beijo (FREUD, 2006, p. 309)
  • 9. REFERÊNCIAS: - FREUD, Sigmund. Um caso de histeria. Três ensaios sobre sexualidade e outros trabalhos (1901/1905) _________________. Conferências introdutórias sobre psicanálise. XX Conferência de Viena (1915/1916)
  • 11. fsg.edu.br R. Treze de Maio, 1130 Bento Gonçalves - RS 95702-002 (54) 3055.4135