A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou para baixo as perspectivas de crescimento da economia brasileira neste ano. A estimativa de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) recuou de 3,2% em março para 2%, e a projeção para o PIB industrial caiu de 2,6% para 1%. "As mudanças no ambiente econômico, tanto interno quanto externo, condicionam um desempenho pouco satisfatório em 2013: crescimento reduzido e inflação elevada", avalia o Informe Conjuntural do segundo trimestre, que a CNI divulga nesta quinta-feira, 4 de julho.
CNI revisa previsões para cima e estima crescimento de 2,4% para a economia em 2013. Informe Conjuntural do terceiro trimestre prevê que investimentos aumentarão 8% e terão uma participação maior do que o consumo na expansão do PIB.
1) A economia brasileira deve crescer 1,8% em 2014, menos que os 1,9% de 2013, com a indústria crescendo 1,5% devido à baixa confiança de empresários e aumento de custos.
2) O investimento terá crescimento modesto de 2,5% limitado por restrições fiscais e taxa de juros mais alta.
3) O consumo das famílias deve crescer 1,7%, menos que os anos anteriores, com desaceleração do crédito e inflação alta
A taxa de crescimento da economia brasileira é uma das baixas dentre todos os países em desenvolvimento. Apesar dos avanços significativos nas áreas econômica e social nos últimos anos, ainda restam alguns ajustes estruturais fundamentais para assegurar o crescimento sustentado. O cenário é favorável, em especial, em alguns setores, como a petroquímica, mineração, telecomunicações, bancário, papel e varejo, em geral
Boletim 57 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento analisa o desempenho da economia brasileira em 2017 e perspectivas para 2018, afirmando que houve uma saída da recessão mas com crescimento econômico fraco e estagnação esperada para os próximos anos.
2) A política econômica do governo Temer se concentrou em ajuste fiscal mas não implementou medidas para estimular o crescimento.
3) Os sinais de recuperação em 2017 se deveram a fatores pontuais como liberação de recursos do FGTS mas não são sustentáveis.
O PIB brasileiro cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2012 em relação ao trimestre anterior e 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Dados fracos da China e da Índia aumentaram o pessimismo nos mercados asiáticos. O dólar continuou em alta contra o real devido às preocupações com a economia mundial.
Em recente palestra proferida num seminário promovido pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal em homenagem a Werner
Baer, o Prof. Edmar Bacha declarou: "Todas as grandes economias mundiais são
abertas, mas o Brasil não. […] Somos um gigante de 3% do PIB global, mas um anão
com apenas 1,5% das exportações."
Bacha reintroduz, um quarto de século após o seu lançamento original, a
noção de que a abertura comercial permitirá ao Brasil ganhar produtividade:
"O encaminhamento das medidas fiscais vai tirar o fantasma fiscal que existe hoje, e
posteriormente poderemos enfrentar a falta de produtividade com a abertura da economia.
[…] Essa é a medida para elevar a produtividade"
1) A economia brasileira desacelerou no segundo trimestre de 2014, com previsão de crescimento do PIB de apenas 1% no ano.
2) A indústria sofre retração em 2014, com queda prevista de 0,5% no PIB industrial.
3) A falta de confiança dos empresários e a queda do investimento são os principais fatores limitando a recuperação econômica.
1. O documento analisa a conjuntura econômica brasileira no primeiro trimestre de 2013, com crescimento do PIB de apenas 0,6%.
2. A agropecuária cresceu, mas outros setores como indústria e construção civil tiveram pequenas quedas. O consumo das famílias permaneceu estagnado.
3. As exportações caíram e as importações aumentaram, piorando o déficit da balança comercial. A recuperação econômica em 2013 encontra-se adiada.
CNI revisa previsões para cima e estima crescimento de 2,4% para a economia em 2013. Informe Conjuntural do terceiro trimestre prevê que investimentos aumentarão 8% e terão uma participação maior do que o consumo na expansão do PIB.
1) A economia brasileira deve crescer 1,8% em 2014, menos que os 1,9% de 2013, com a indústria crescendo 1,5% devido à baixa confiança de empresários e aumento de custos.
2) O investimento terá crescimento modesto de 2,5% limitado por restrições fiscais e taxa de juros mais alta.
3) O consumo das famílias deve crescer 1,7%, menos que os anos anteriores, com desaceleração do crédito e inflação alta
A taxa de crescimento da economia brasileira é uma das baixas dentre todos os países em desenvolvimento. Apesar dos avanços significativos nas áreas econômica e social nos últimos anos, ainda restam alguns ajustes estruturais fundamentais para assegurar o crescimento sustentado. O cenário é favorável, em especial, em alguns setores, como a petroquímica, mineração, telecomunicações, bancário, papel e varejo, em geral
Boletim 57 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) O documento analisa o desempenho da economia brasileira em 2017 e perspectivas para 2018, afirmando que houve uma saída da recessão mas com crescimento econômico fraco e estagnação esperada para os próximos anos.
2) A política econômica do governo Temer se concentrou em ajuste fiscal mas não implementou medidas para estimular o crescimento.
3) Os sinais de recuperação em 2017 se deveram a fatores pontuais como liberação de recursos do FGTS mas não são sustentáveis.
O PIB brasileiro cresceu 0,2% no primeiro trimestre de 2012 em relação ao trimestre anterior e 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Dados fracos da China e da Índia aumentaram o pessimismo nos mercados asiáticos. O dólar continuou em alta contra o real devido às preocupações com a economia mundial.
Em recente palestra proferida num seminário promovido pela Comissão de
Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal em homenagem a Werner
Baer, o Prof. Edmar Bacha declarou: "Todas as grandes economias mundiais são
abertas, mas o Brasil não. […] Somos um gigante de 3% do PIB global, mas um anão
com apenas 1,5% das exportações."
Bacha reintroduz, um quarto de século após o seu lançamento original, a
noção de que a abertura comercial permitirá ao Brasil ganhar produtividade:
"O encaminhamento das medidas fiscais vai tirar o fantasma fiscal que existe hoje, e
posteriormente poderemos enfrentar a falta de produtividade com a abertura da economia.
[…] Essa é a medida para elevar a produtividade"
1) A economia brasileira desacelerou no segundo trimestre de 2014, com previsão de crescimento do PIB de apenas 1% no ano.
2) A indústria sofre retração em 2014, com queda prevista de 0,5% no PIB industrial.
3) A falta de confiança dos empresários e a queda do investimento são os principais fatores limitando a recuperação econômica.
1. O documento analisa a conjuntura econômica brasileira no primeiro trimestre de 2013, com crescimento do PIB de apenas 0,6%.
2. A agropecuária cresceu, mas outros setores como indústria e construção civil tiveram pequenas quedas. O consumo das famílias permaneceu estagnado.
3. As exportações caíram e as importações aumentaram, piorando o déficit da balança comercial. A recuperação econômica em 2013 encontra-se adiada.
O artigo analisa a rápida desaceleração da economia brasileira para os anos de 2011-2014, no qual esta cresceu apenas 2,1% em média anual, em comparação a média de crescimento de 4,4% do
período 2004-2010. O crescimento do período 2004-2010 foi mais do que o dobro da média anual
dos 23 anos anteriores. Dessa forma, é importante entender por que essa maior taxa de crescimento – embora bastante menor que a do período anterior a década de 80 – não se sustentou nos últimos 4 anos.
O documento discute o crescimento econômico decepcionante do Brasil nos últimos 3 anos, com expansão do PIB de apenas 2% em média. A economia brasileira tem crescido menos que a média mundial e que outros países emergentes durante esse período. Embora os investimentos tenham se recuperado em 2013, eles ainda são baixos em comparação internacional, limitando o potencial de crescimento do Brasil.
Este documento discute o crescimento econômico e a distribuição de renda no Brasil na década de 2000. A autora argumenta que a melhoria dos indicadores macroeconômicos resultou da interação entre mudanças externas favoráveis desde 2003 e pequenas mudanças na política econômica doméstica desde 2005. A autora também avalia os limites deste modelo de crescimento e propõe alternativas de política econômica.
Boletim 46 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O Brasil saiu da recessão no segundo trimestre de 2009 com crescimento de 1,9% do PIB, após três meses de queda devido à crise mundial.
2. A indústria e o emprego começaram a se recuperar, mas problemas como apreciação do Real e deterioração fiscal podem ameaçar a continuidade da recuperação.
3. Os índices de inflação como IPCA e IGP-DI apresentaram desaceleração nos últimos meses, ficando abaixo do centro da meta, mas há riscos de alta dev
O documento discute o desempenho econômico brasileiro em 2013. Apesar de uma melhora no quadro econômico, o crescimento do PIB foi limitado pela inflação próxima do teto da meta e pela competitividade ainda baixa. O investimento foi o principal motor do crescimento do PIB no primeiro semestre, enquanto o consumo das famílias desacelerou. A política fiscal expansionista e o aperto monetário continuaram para controlar a inflação.
O documento discute as perspectivas econômicas do Brasil e do Rio Grande do Sul para 2015 e 2016. A economia brasileira está passando por um momento de estagflação com crescimento baixo e inflação elevada, enquanto os fundamentos macroeconômicos se deterioraram. A desaceleração chinesa e a queda nos preços das commodities também impactam negativamente o cenário.
O documento analisa o desempenho econômico da América do Sul no primeiro trimestre de 2017, notando que houve sinais melhores do que o esperado, mas problemas estruturais permanecem. As perspectivas para o segundo trimestre são piores que as do primeiro, e instabilidades políticas adicionam viés negativo.
O documento discute a crise econômica no Brasil, seus motivos e consequências. Ele identifica a falta de investimento em infraestrutura e de planejamento estratégico de longo prazo como principais causas. A crise econômica de 2015 é vista como inevitável e trará como consequências a retomada da inflação, a disparada do dólar e problemas para a população e empresas.
O documento analisa as perspectivas econômicas do Brasil e do Rio Grande do Sul para 2015 e 2016. Apresenta o cenário internacional de recuperação nas economias desenvolvidas e queda no preço do petróleo, e discute como isso impacta a economia brasileira, onde o modelo de crescimento baseado no consumo está esgotado e levou a desequilíbrios macroeconômicos.
Boletim 30 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
- O governo Lula encerrou seu primeiro ano com queda de 0,2% no PIB e taxa de inflação de 9,3%, acima da meta. A política econômica continuará focada em austeridade fiscal e juros altos.
- O crescimento no quarto trimestre foi impulsionado pelo setor agropecuário e os serviços tiveram pouco crescimento. A taxa de desemprego permanece alta em 12,3% em média.
- A inflação foi impulsionada principalmente pelos preços administrados das concessionárias. A meta para 2004 é
1) O Brasil enfrenta ameaças como desequilíbrios nas contas externas, declínio no crescimento do PIB e poupança interna insuficiente que impedem seu desenvolvimento econômico. 2) A balança comercial brasileira está no maior déficit histórico e há risco de desequilíbrios nas contas externas se o cenário internacional não melhorar. 3) A taxa de crescimento do PIB vem declinando e é necessário elevar os investimentos públicos e privados para atingir taxas sustent
1. O documento analisa a conjuntura econômica e social do Paraná e da categoria de trabalhadores rurais, discutindo o crescimento econômico do Brasil e fatores que impactaram o aumento do consumo como o salário mínimo. 2. Apresenta dados sobre ocupação rural no Paraná entre 2003-2008, mostrando queda no número de ocupados e aumento da formalização dos empregados. 3. Discutem-se também os desafios de manter a política de valorização dos salários e reduzir desigualdades sociais
Projetamos recuo de 0,3% para o PIB do Brasil no terceiro trimestre de 2013, com queda da produção agropecuária e industrial, e contração do investimento. Indicadores mostram crescimento econômico moderado, e projetamos aceleração gradual no quarto trimestre, levando o PIB a crescer 2,4% em 2013.
Primeiro Semestre de 2016 - Nível de Atividade - Conjuntura UFESeconomiaufes
O Brasil vem enfrentando grandes dificuldades para a retomada de seu crescimento, diante de cenário de crise interna de ordem política e econômica paralelamente à redução do ritmo de crescimento da economia mundial como um todo. Se em 2014 o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ficou praticamente estagnado, haja vista a insignificante expansão de 0,1% em relação a 2013, o ano de 2015 foi marcado pela contração de 3,8% do PIB, a maior da série histórica iniciada em 1996. Além disso, a inflação voltou a incomodar, fechando o ano de 2015 em 10,67%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
A economia brasileira crescerá 2,1% no próximo ano, menos do que os 2,4% estimados para 2013. A indústria deverá ter uma expansão de 2,0% em 2014, superior ao 1,4% previstos para 2013. As estimativas estão na edição especial do Informe Conjuntural, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira, 19 de dezembro.
O documento resume as perspectivas econômicas do Brasil para 2016. A economia mundial deve crescer mais em 2016, porém a Europa terá crescimento baixo e a China desacelerará. No Brasil, a política econômica do primeiro mandato resultou em baixo crescimento, alta inflação e déficit fiscal. Em 2016, o ajuste fiscal continuará afetando a economia, com contração do PIB e inflação acima da meta, apesar de melhoras no setor externo. Mudanças estruturais no estado são necessárias para retomada sust
Boletim 40 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) A economia brasileira encerrou 2007 com bons resultados, como crescimento do PIB de 5,4% e superávit na balança de pagamentos, porém o governo enfrenta desafios como a desaceleração da economia mundial e riscos inflacionários internos.
2) A inflação medida pelo IPCA atingiu 4,46% em 2007, dentro da meta de 4,5%, porém o Banco Central mostrou preocupação com o aumento no último trimestre, principalmente devido aos alimentos.
3) Apesar de alguns itens terem
1. A economia mundial deve apresentar discreto aumento em 2013, com retomada gradual da Zona do Euro e sinais de reaquecimento dos EUA. O desemprego nos países avançados deve se manter elevado.
2. No Brasil, o PIB cresceu discretamente no primeiro trimestre, puxado pela agropecuária. A inflação pressiona os juros para cima, enquanto o câmbio se desvaloriza. Há risco de déficit na balança comercial.
3. Em Pernambuco, o c
Não é hora de subir a taxa de juros
Neste trabalho, a Fiesp reúne argumentos que mostram que não há motivos para acréscimos na Selic.
Depecon/Fiesp
Departamento de Pesquisas e Estudos Econônicos
O documento discute o crescimento econômico decepcionante do Brasil nos últimos 3 anos, com expansão do PIB de apenas 2% em média. Apesar de melhorias em alguns setores em 2013, o consumo das famílias desacelerou e o setor externo contribuiu negativamente. Os investimentos começaram a se recuperar, mas ainda são baixos em comparação a outros países emergentes, limitando o potencial de crescimento do Brasil.
Acompanhamento Conjuntural - Economia Brasileira - Outubro 2011Sistema FIEB
O documento resume que a economia brasileira está desacelerando, com projeções de crescimento do PIB reduzidas para 3,5%. A indústria tem sido o setor mais afetado, com queda na produção. A inflação aumentou em setembro, pressionada por alimentos, e há incerteza sobre a política monetária diante da desaceleração da economia e da inflação.
O artigo analisa a rápida desaceleração da economia brasileira para os anos de 2011-2014, no qual esta cresceu apenas 2,1% em média anual, em comparação a média de crescimento de 4,4% do
período 2004-2010. O crescimento do período 2004-2010 foi mais do que o dobro da média anual
dos 23 anos anteriores. Dessa forma, é importante entender por que essa maior taxa de crescimento – embora bastante menor que a do período anterior a década de 80 – não se sustentou nos últimos 4 anos.
O documento discute o crescimento econômico decepcionante do Brasil nos últimos 3 anos, com expansão do PIB de apenas 2% em média. A economia brasileira tem crescido menos que a média mundial e que outros países emergentes durante esse período. Embora os investimentos tenham se recuperado em 2013, eles ainda são baixos em comparação internacional, limitando o potencial de crescimento do Brasil.
Este documento discute o crescimento econômico e a distribuição de renda no Brasil na década de 2000. A autora argumenta que a melhoria dos indicadores macroeconômicos resultou da interação entre mudanças externas favoráveis desde 2003 e pequenas mudanças na política econômica doméstica desde 2005. A autora também avalia os limites deste modelo de crescimento e propõe alternativas de política econômica.
Boletim 46 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1. O Brasil saiu da recessão no segundo trimestre de 2009 com crescimento de 1,9% do PIB, após três meses de queda devido à crise mundial.
2. A indústria e o emprego começaram a se recuperar, mas problemas como apreciação do Real e deterioração fiscal podem ameaçar a continuidade da recuperação.
3. Os índices de inflação como IPCA e IGP-DI apresentaram desaceleração nos últimos meses, ficando abaixo do centro da meta, mas há riscos de alta dev
O documento discute o desempenho econômico brasileiro em 2013. Apesar de uma melhora no quadro econômico, o crescimento do PIB foi limitado pela inflação próxima do teto da meta e pela competitividade ainda baixa. O investimento foi o principal motor do crescimento do PIB no primeiro semestre, enquanto o consumo das famílias desacelerou. A política fiscal expansionista e o aperto monetário continuaram para controlar a inflação.
O documento discute as perspectivas econômicas do Brasil e do Rio Grande do Sul para 2015 e 2016. A economia brasileira está passando por um momento de estagflação com crescimento baixo e inflação elevada, enquanto os fundamentos macroeconômicos se deterioraram. A desaceleração chinesa e a queda nos preços das commodities também impactam negativamente o cenário.
O documento analisa o desempenho econômico da América do Sul no primeiro trimestre de 2017, notando que houve sinais melhores do que o esperado, mas problemas estruturais permanecem. As perspectivas para o segundo trimestre são piores que as do primeiro, e instabilidades políticas adicionam viés negativo.
O documento discute a crise econômica no Brasil, seus motivos e consequências. Ele identifica a falta de investimento em infraestrutura e de planejamento estratégico de longo prazo como principais causas. A crise econômica de 2015 é vista como inevitável e trará como consequências a retomada da inflação, a disparada do dólar e problemas para a população e empresas.
O documento analisa as perspectivas econômicas do Brasil e do Rio Grande do Sul para 2015 e 2016. Apresenta o cenário internacional de recuperação nas economias desenvolvidas e queda no preço do petróleo, e discute como isso impacta a economia brasileira, onde o modelo de crescimento baseado no consumo está esgotado e levou a desequilíbrios macroeconômicos.
Boletim 30 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
- O governo Lula encerrou seu primeiro ano com queda de 0,2% no PIB e taxa de inflação de 9,3%, acima da meta. A política econômica continuará focada em austeridade fiscal e juros altos.
- O crescimento no quarto trimestre foi impulsionado pelo setor agropecuário e os serviços tiveram pouco crescimento. A taxa de desemprego permanece alta em 12,3% em média.
- A inflação foi impulsionada principalmente pelos preços administrados das concessionárias. A meta para 2004 é
1) O Brasil enfrenta ameaças como desequilíbrios nas contas externas, declínio no crescimento do PIB e poupança interna insuficiente que impedem seu desenvolvimento econômico. 2) A balança comercial brasileira está no maior déficit histórico e há risco de desequilíbrios nas contas externas se o cenário internacional não melhorar. 3) A taxa de crescimento do PIB vem declinando e é necessário elevar os investimentos públicos e privados para atingir taxas sustent
1. O documento analisa a conjuntura econômica e social do Paraná e da categoria de trabalhadores rurais, discutindo o crescimento econômico do Brasil e fatores que impactaram o aumento do consumo como o salário mínimo. 2. Apresenta dados sobre ocupação rural no Paraná entre 2003-2008, mostrando queda no número de ocupados e aumento da formalização dos empregados. 3. Discutem-se também os desafios de manter a política de valorização dos salários e reduzir desigualdades sociais
Projetamos recuo de 0,3% para o PIB do Brasil no terceiro trimestre de 2013, com queda da produção agropecuária e industrial, e contração do investimento. Indicadores mostram crescimento econômico moderado, e projetamos aceleração gradual no quarto trimestre, levando o PIB a crescer 2,4% em 2013.
Primeiro Semestre de 2016 - Nível de Atividade - Conjuntura UFESeconomiaufes
O Brasil vem enfrentando grandes dificuldades para a retomada de seu crescimento, diante de cenário de crise interna de ordem política e econômica paralelamente à redução do ritmo de crescimento da economia mundial como um todo. Se em 2014 o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro ficou praticamente estagnado, haja vista a insignificante expansão de 0,1% em relação a 2013, o ano de 2015 foi marcado pela contração de 3,8% do PIB, a maior da série histórica iniciada em 1996. Além disso, a inflação voltou a incomodar, fechando o ano de 2015 em 10,67%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
A economia brasileira crescerá 2,1% no próximo ano, menos do que os 2,4% estimados para 2013. A indústria deverá ter uma expansão de 2,0% em 2014, superior ao 1,4% previstos para 2013. As estimativas estão na edição especial do Informe Conjuntural, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta quinta-feira, 19 de dezembro.
O documento resume as perspectivas econômicas do Brasil para 2016. A economia mundial deve crescer mais em 2016, porém a Europa terá crescimento baixo e a China desacelerará. No Brasil, a política econômica do primeiro mandato resultou em baixo crescimento, alta inflação e déficit fiscal. Em 2016, o ajuste fiscal continuará afetando a economia, com contração do PIB e inflação acima da meta, apesar de melhoras no setor externo. Mudanças estruturais no estado são necessárias para retomada sust
Boletim 40 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
1) A economia brasileira encerrou 2007 com bons resultados, como crescimento do PIB de 5,4% e superávit na balança de pagamentos, porém o governo enfrenta desafios como a desaceleração da economia mundial e riscos inflacionários internos.
2) A inflação medida pelo IPCA atingiu 4,46% em 2007, dentro da meta de 4,5%, porém o Banco Central mostrou preocupação com o aumento no último trimestre, principalmente devido aos alimentos.
3) Apesar de alguns itens terem
1. A economia mundial deve apresentar discreto aumento em 2013, com retomada gradual da Zona do Euro e sinais de reaquecimento dos EUA. O desemprego nos países avançados deve se manter elevado.
2. No Brasil, o PIB cresceu discretamente no primeiro trimestre, puxado pela agropecuária. A inflação pressiona os juros para cima, enquanto o câmbio se desvaloriza. Há risco de déficit na balança comercial.
3. Em Pernambuco, o c
Não é hora de subir a taxa de juros
Neste trabalho, a Fiesp reúne argumentos que mostram que não há motivos para acréscimos na Selic.
Depecon/Fiesp
Departamento de Pesquisas e Estudos Econônicos
O documento discute o crescimento econômico decepcionante do Brasil nos últimos 3 anos, com expansão do PIB de apenas 2% em média. Apesar de melhorias em alguns setores em 2013, o consumo das famílias desacelerou e o setor externo contribuiu negativamente. Os investimentos começaram a se recuperar, mas ainda são baixos em comparação a outros países emergentes, limitando o potencial de crescimento do Brasil.
Acompanhamento Conjuntural - Economia Brasileira - Outubro 2011Sistema FIEB
O documento resume que a economia brasileira está desacelerando, com projeções de crescimento do PIB reduzidas para 3,5%. A indústria tem sido o setor mais afetado, com queda na produção. A inflação aumentou em setembro, pressionada por alimentos, e há incerteza sobre a política monetária diante da desaceleração da economia e da inflação.
Entenda por que o crescimento do brasil não deslanchaRemo Nnt
O crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre de 2014 foi de apenas 0,2%, impactado pela inflação, endividamento das famílias, queda do consumo e da indústria, falta de investimentos e competitividade. Apesar da alta de 3,6% na agropecuária, houve perda geral de produtividade no setor no período, com exceção de arroz e algodão. A taxa de poupança atingiu o menor nível desde 2000, indicando problemas para investimentos que freiam o crescimento econômico.
1) A economia brasileira desacelerou no segundo trimestre de 2011 devido a medidas de restrição de crédito e aumento de juros.
2) A produção industrial cresceu pouco no período, enquanto as importações aumentaram significativamente.
3) A geração de empregos formais diminuiu o ritmo, mas a formalização do trabalho continuou.
A economia brasileira desacelerará em 2011, com crescimento do PIB projetado em 3,4%. A indústria enfrenta dificuldades com fraca demanda externa e perda de competitividade, levando a projeção de crescimento do PIB industrial para 2,2%. O mercado de trabalho está criando menos vagas em meio à desaceleração, porém os empregos criados tendem a ser mais formais.
A indústria brasileira crescerá menos que o esperado para o PIB em 2011 devido à desaceleração das exportações causada pela valorização do Real e falta de ganhos em competitividade, levando a um déficit comercial crescente; A economia como um todo desacelera no segundo trimestre por fatores como restrição ao crédito e taxa de juros alta, mas a demanda interna continua a crescer.
O artigo analisa o crescimento de 0,5% da indústria no primeiro trimestre de 2013 em comparação ao ano anterior, mas argumenta que será difícil ter bons resultados futuros devido a problemas internos e externos como a fraqueza do comércio mundial, crise na Europa e condições desfavoráveis na América do Sul e México. Além disso, a indústria brasileira continua pouco competitiva por questões como custo elevado de trabalho e infraestrutura problemática.
Acompanhamento Conjuntural - Dezembro 2011Sistema FIEB
O documento resume:
1) O PIB brasileiro registrou estagnação no 3o trimestre de 2011, sinalizando desaceleração econômica.
2) O Copom reduziu a taxa Selic para 11%, visando estímulo econômico diante da crise externa.
3) A inflação medida pelo IPCA acelerou em novembro para 0,52%, acumulando 6,64% em 12 meses.
Análise Econômica - 1° Trimestre 2019 Seed Digital Sidnei Raulino
O documento analisa indicadores econômicos do Brasil no 1o trimestre de 2019, mostrando queda na intenção de compra no varejo físico e revisão para baixo das projeções de crescimento do PIB. A inflação subiu e a taxa de desemprego se manteve alta, enquanto a confiança do consumidor caiu. A desaceleração reflete dificuldades do governo em implementar reformas, principalmente da previdência.
Este relatório da CNI discute o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre de 2012. Em 3 frases:
1) A economia brasileira desacelerou no segundo trimestre, com a indústria em queda e o PIB crescendo menos do que o esperado.
2) Embora o mercado de trabalho continue aquecido, com baixo desemprego, há sinais de enfraquecimento do consumo das famílias.
3) A CNI projeta crescimento de apenas 2,1% do PIB em 2012, abaixo
Este relatório da CNI discute o desempenho da economia brasileira no segundo trimestre de 2012. Em 3 frases:
1) A economia brasileira desacelerou no segundo trimestre, com a indústria em queda e o PIB crescendo abaixo do esperado.
2) Embora o mercado de trabalho continue aquecido, com baixo desempenho, os estoques industriais elevados e a demanda fraca prejudicam a produção e faturamento da indústria.
3) A CNI projeta crescimento do PIB de
O documento discute os desafios da indústria brasileira para retomar o crescimento econômico. Apesar de condições econômicas favoráveis internas, a indústria vem apresentando desempenho decepcionante, com queda da produtividade e aumento dos custos. Isso ocorre devido à perda de competitividade em relação às importações e estagnação dos investimentos, comprometendo a retomada do setor e do crescimento econômico como um todo.
O documento apresenta o cenário econômico brasileiro e de Minas Gerais em setembro de 2014. O PIB brasileiro recuou 0,6% no segundo trimestre e há expectativa de recessão técnica. A produção industrial vem caindo nos últimos meses tanto no Brasil quanto em Minas Gerais. As vendas no varejo também apresentaram desempenho irregular com queda no volume total ampliado.
O Relatório “Economia Brasileira em Perspectiva”, publicado pelo Ministério da Fazenda, consolida e atualiza as principais variáveis econômicas do Brasil.
O documento é coordenado pela Secretaria de Política Econômica (SPE), com a contribuição dos seguintes órgãos deste Ministério: Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Secretaria de Assuntos Internacionais (SAIN), Secretaria de Acompanhamento Econômico (SEAE) e Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Nesta edição, os dados estão atualizados até 12 de abril de 2013.
Boletim 52 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento descreve a situação econômica do Brasil em 2014 e início de 2015. A economia brasileira estagnou em 2014 e apresentou piora em vários indicadores como inflação, contas públicas, conta externa e atividade industrial. Em 2015, o governo anunciou um ajuste fiscal, mas sem medidas para estimular o crescimento, o que pode aprofundar a recessão.
O documento apresenta uma análise da conjuntura econômica brasileira no mês de outubro de 2014. A economia atravessa um momento complexo com fraco crescimento da atividade econômica, pressões inflacionárias e déficit nas contas externas. A desaceleração da demanda levou à recessão técnica no primeiro semestre, diferente de crises anteriores que tiveram causas externas. O desemprego permanece baixo, mas há desaceleração no mercado de trabalho.
Boletim 48 - Grupo de conjuntura econômica da UFESeconomiaufes
O documento resume o desempenho da economia brasileira em 2012. Apesar das políticas econômicas expansionistas do governo para estimular o crescimento, o PIB cresceu apenas 0,9% em 2012, sustentado principalmente pelo consumo das famílias. A indústria e os investimentos tiveram queda. A política econômica enfrenta agora o desafio de estimular investimentos para gerar crescimento sustentável, sem causar aumento da inflação.
1) A economia brasileira cresceu apenas 2,8% em 2011, impulsionada principalmente pelo fraco desempenho da indústria, que cresceu apenas 1,8%.
2) A desaceleração das economias avançadas e a mudança do eixo dinâmico mundial para a Ásia impactaram negativamente a indústria brasileira.
3) Novos temores de efeitos da crise financeira global surgiram em 2011, com previsões de desaceleração do crescimento mundial e das principais economias
1) A economia brasileira desacelerou no 2o trimestre, com crescimento de 0,8% frente ao trimestre anterior.
2) O Copom surpreendeu e reduziu a taxa Selic de 12,5% para 12% ao ano, motivado pela piora do cenário externo.
3) A inflação medida pelo IPCA acelerou em agosto para 0,37%, ficando acima da meta para o ano.
Calendário Econômico Pine: Momento de decisão, o retornoBanco Pine
O documento analisa indicadores econômicos brasileiros e projeções para o PIB do primeiro trimestre de 2013. Projeta-se que o PIB cresça 0,8% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2012, impulsionado principalmente pelos investimentos. A decisão do Copom sobre a taxa Selic em maio também é discutida.
Semelhante a Informe Conjuntural | 2º Trimestre de 2013 | Divulgação 04/07/2013 (20)
Lee Magpili is a designer, educator, and AFOL (Adult Fan of LEGO) who works at LEGO. The document discusses Magpili's work in waste management and sustainability at LEGO, including sorting office waste into organic, paper, plastic bags, plastic bottles, and other categories, and ensuring LEGO trash is recycled or reused when possible rather than sent to landfills. It also mentions awards Magpili has received for their design and robot performance work.
O documento apresenta dados de uma pesquisa realizada entre 5 e 8 de dezembro de 2014 em 142 municípios brasileiros com 2002 entrevistados. Os dados mostram que o índice de medo do desemprego caiu 2,6% entre setembro e dezembro de 2014, enquanto o índice de satisfação com a vida caiu 0,6% no mesmo período.
A maioria dos brasileiros reconhece que a baixa qualidade da educação prejudica o desenvolvimento econômico do país e a renda individual. Eles consideram que a educação privada é de melhor qualidade que a pública em todos os níveis. Os principais problemas da educação pública, segundo a população, são a segurança, as atividades extracurriculares e o relacionamento dos professores com os pais.
O índice de expectativa do consumidor (INEC) caiu 2,1% em novembro, revertendo o crescimento do mês anterior e ficando abaixo da média histórica. Isso ocorreu principalmente devido ao aumento do endividamento e do pessimismo em relação à inflação e desemprego no futuro. A única parte do índice que cresceu foi compras de maior valor, influenciada pela proximidade das festas de fim de ano.
A atividade da indústria da construção continuou em queda em setembro. O nível de atividade e o número de empregados recuaram ainda mais, enquanto a utilização da capacidade operacional se manteve estável. As perspectivas também são negativas, com expectativa de maior redução da atividade nos próximos meses.
O relatório apresenta os resultados da Sondagem Industrial de setembro de 2014 realizada pela CNI. A produção industrial ficou estável em setembro após meses de queda, e os estoques e ociosidade diminuíram. As condições financeiras melhoraram, mas o acesso ao crédito ficou mais difícil. As expectativas do empresário permanecem pouco otimistas.
O índice de confiança do empresário industrial (ICEI) caiu para 45,8 pontos em outubro, o menor valor da série histórica e abaixo da linha de 50 pontos que separa a confiança da falta de confiança. Todos os segmentos industriais e portes de empresas também apresentaram índices abaixo de 50 pontos, indicando falta generalizada de confiança entre os empresários da indústria.
A atividade industrial brasileira caiu novamente em agosto, com reduções na utilização da capacidade instalada, horas trabalhadas e emprego. Apesar do crescimento do faturamento em agosto, os níveis ainda estão abaixo do registrado em agosto de 2013. As empresas continuam demitindo trabalhadores diante da fraca atividade.
O índice de expectativa do consumidor (INEC) cresceu 1,3% em setembro, revertendo a queda do mês anterior. Todos os componentes do INEC, como expectativas de inflação, desemprego e renda pessoal, mostraram aumento na comparação mensal. O INEC de setembro atingiu 109,7 pontos, próximo ao valor do mesmo mês do ano passado, mas 0,4% menor.
1) O documento apresenta os resultados da Sondagem Industrial da CNI de agosto de 2014, mostrando a continuidade do cenário negativo na indústria com queda na produção, estoques indesejados e alta ociosidade.
2) Os índices apontam redução no número de empregados na indústria em agosto e expectativa de que as demissões continuem, com o índice de expectativas no nível mais baixo desde 2009.
3) As expectativas dos empresários também são de continuidade da queda nas exportações nos
O documento apresenta os resultados de uma pesquisa eleitoral e de avaliação do governo Dilma em setembro de 2014. Dilma lidera as intenções de voto com 39% na pesquisa estimulada, seguida por Marina com 31%. Uma simulação de segundo turno entre elas mostra empate técnico. A avaliação do governo Dilma melhorou em relação a junho, com 38% considerando o governo ótimo ou bom.
1. A atividade industrial voltou a crescer moderadamente em julho após quatro meses de retração, com aumento de 2,6% nas horas trabalhadas e de 1,2% no faturamento real.
2. No entanto, o mercado de trabalho industrial continuou enfraquecido, com queda de 0,2% no emprego e na massa salarial real pelo quinto mês consecutivo.
3. A utilização da capacidade instalada industrial avançou 0,6 ponto percentual em julho, para 81%, interrompendo quatro meses
O documento apresenta diversas profissões da indústria, divididas em categorias como tecnologias de manufatura e engenharias, construção e edificações, moda e criatividade, tecnologias da informação e comunicação, serviços e transporte e logística. São descritas brevemente algumas dessas profissões, suas atividades, requisitos e perspectivas de carreira.
Este documento resume os resultados de uma pesquisa sobre a gestão de resíduos sólidos na indústria brasileira. A pesquisa entrevistou profissionais de 55 empresas entre junho e julho de 2014. Os setores industriais com maior participação na amostra foram mineração, têxtil e indústria química. A maioria das empresas entrevistadas atribui grande importância à gestão de resíduos sólidos e acredita que a Política Nacional de Resíduos Sólidos teve impacto positivo, emb
O índice de confiança do empresário industrial manteve-se estável em 46,5 pontos em agosto, ligeiramente acima de julho mas abaixo da média histórica. A confiança continua fraca na indústria de transformação, mas melhora na construção e extrativa. Grandes empresas mostram falta de confiança, enquanto pequenas e médias têm índices próximos.
O documento discute os resultados de uma pesquisa sobre terceirização na indústria brasileira em três frases:
1) Cerca de 70% das empresas industriais utilizam serviços terceirizados, principalmente montagem/manutenção de equipamentos, segurança e logística.
2) A insegurança jurídica é a principal dificuldade na terceirização, citada por 60% das empresas, e mais da metade seria negativamente afetada sem ela.
3) Embora a maioria pretenda manter os níveis de terce
O coeficiente de exportação da indústria extrativa se mantém estável em 65,1% no segundo trimestre de 2014. Já o coeficiente de penetração de importações registra nova queda, de 50,1% para 49,9%. Na indústria de transformação, o coeficiente de exportação permanece em 15,5% e o de importações sobe para 20,3%.
O documento resume os resultados dos indicadores industriais de junho de 2014 no Brasil. A atividade industrial continuou em queda no período, com redução de 3% nas horas trabalhadas, 5,7% no faturamento real e queda da utilização da capacidade instalada para o menor nível desde 2009. Além disso, o emprego e a massa salarial também recuaram pelo quarto mês consecutivo, indicando os efeitos da fraca atividade sobre o mercado de trabalho.
O índice de expectativa do consumidor (INEC) aumentou 3% em julho revertendo parte da queda anterior. A melhora se deve às expectativas de inflação, desemprego e renda que mostraram menos consumidores esperando piora. No entanto, as expectativas de compras de bens maiores caíram 3,3% indicando redução no consumo desses bens.
O documento propõe mudanças nas áreas de tributação, relações de trabalho, infraestrutura e estratégia internacional para tornar a economia brasileira mais competitiva. A tributação precisa ser simplificada e desonerar investimentos e exportações. As leis trabalhistas devem ser modernizadas para atender novas formas de trabalho. É necessário aumentar os investimentos em infraestrutura e privatizar setores como portos. Uma estratégia internacional ativa também é proposta.
Apresentação | Propostas da Indústria para as Eleições 2014
Informe Conjuntural | 2º Trimestre de 2013 | Divulgação 04/07/2013
1. Ano 29 Número 02 abril/junho de 2013 www.cni.org.br
Exaustão do modelo de
crescimento orientado
pelo consumo
Mercado de trabalho perde
dinamismo
Pág. 4
Pressões inflacionárias
acionam alta nos juros
Deterioração das contas
públicas se acentua
Déficit em transações
correntes segue em alta
Pág. 10
A economia
brasileira no segundo
trimestre de 2013O segundo semestre se inicia com expectativas
menos positivas para a economia brasileira.
As mudanças no ambiente econômico, tanto
interno quanto externo, condicionam um desem-
penho pouco satisfatório em 2013: crescimento
reduzido e inflação elevada. A CNI estima um
crescimento do PIB de 2,0%; e de apenas 1,0%
para o PIB da indústria (contra 3,2% e 2,6% pro-
jetados em abril). Por sua vez, a inflação deverá
ficar em 6%, mais alta que no ano passado.
A economia encontra dificuldades para superar
o baixo crescimento. Os fundamentos econô-
micos mostram deterioração: alta da inflação,
elevado déficit em conta corrente e piora das
contas fiscais. Esse quadro é agravado pelas
mudanças na economia mundial que a tornaram
mais adversa: sinalização de reversão na política
monetária americana e redução do crescimento
na China. Esses movimentos dificultam a capta-
ção externa de recursos e provocam desvalori-
zação da moeda brasileira.
A desvalorização tem, no médio prazo, impacto
favorável na competitividade. De imediato,
porém, gera pressão adicional sobre a inflação,
o que pode acentuar a alta dos juros e dificultar
a retomada do crescimento. Dessa forma, para
viabilizar um ciclo menos intenso de alta de
juros, é indispensável eliminar a ambiguidade
da política macroeconômica e impor sintonia às
políticas fiscal e monetária, revertendo o caráter
expansionista da política fiscal.
A rota de saída passa necessariamente pelo
aumento da competitividade (redução de
custos) e retomada do investimento, posto que
o modelo baseado na expansão do consumo,
que sustentou o crescimento do ciclo anterior,
mostra exaustão. A alta do investimento neste
ano ainda é modesta e insuficiente para elevar a
atual taxa de investimento a um patamar além
de 20% do PIB.
A fraca resposta do investimento se deve às
dificuldades de competitividade da economia
brasileira. A queda da produtividade nos últimos
anos, a elevação dos salários reais, as distorções
Superar baixo crescimento exige coordenação
de políticas e foco no investimento
INFORME CONJUNTURAL
do sistema tributário e os gastos associados
à infraestrutura deficiente geram pressões de
custos insuperáveis pelas empresas.
O destravamento do investimento exige ações
em duas dimensões. De um lado, é necessário
intensificar os estímulos da política econômica
para o setor industrial, que ainda não se mos-
traram suficientemente potentes para reverter
o quadro de aumento contínuo dos custos
domésticos. De outro, na agenda da infraestru-
tura, há atrasos na implantação de projetos e na
definição de marcos regulatórios importantes.
No médio prazo, as chances de recuperação
do crescimento estão associadas a uma ação
incisiva e coordenada na área de infraestrutura.
Sem tempestividade e determinação nas ações
visando eliminar as adversidades que restringem
o investimento e limitam a competitividade, o
potencial de crescimento da economia brasileira
permanecerá baixo, replicando os resultados
dos últimos anos.
PIB e inflação
Variação (%) anual
Menor crescimento e alta dos preços compõem o
quadro dos últimos anos
Informativo da Confederação Nacional da Indústria
Fonte: IBGE *Estimativa: CNI
Pág. 2
Pág. 6
Pág. 8
5,7
3,2
4,0
6,1
5,2
7,5
2,7
0,9
2,0
7,6
5,7
3,1
4,5
5,9
4,3
5,9
6,5
5,8 6,0
-0,3
2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*
Crescimento do PIB Taxa de inflação anual
ISSN 1983-621X
2. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
2
Exaustão do modelo de crescimento
orientado pelo consumo
A economia brasileira deverá crescer
apenas 2,0% em 2013. As estimativas
de crescimento do PIB se deterioram
à medida que novos indicadores
conjunturais apontam morosidade na
recuperação da atividade industrial. No
final do primeiro trimestre, a expectativa
da CNI era de um crescimento do PIB de
3,2% para este ano.
A ênfase no consumo das famílias como
alavanca para impulsionar o crescimento
econômico, por estar desacompanhado
de investimentos, contribui cada vez
menos para o crescimento dos últimos
anos. A continuidade desse modelo se
mostra insustentável.
atividade econômica
O reflexo da fraca atividade econômica
já se evidencia no mercado de trabalho,
que não cria mais empregos na
velocidade dos últimos anos. O menor
crescimento dos rendimentos, em um
cenário de maior endividamento das
famílias, inibe o aumento do consumo
doméstico. No primeiro trimestre de
2013 o consumo das famílias ficou
praticamente estagnado: 0,1% frente
ao trimestre anterior. A CNI reduziu sua
expectativa de crescimento do consumo
das famílias de 3,5% para 2,3%.
Após retração em quase todo o ano
de 2012, os investimentos cresceram
4,6% no primeiro trimestre de 2013,
frente ao trimestre anterior. O aparente
bom resultado dos investimentos deve
ser analisado com cautela, pois não há
indícios de continuidade desse ritmo. O
crescimento do primeiro trimestre foi
determinado por duas razões:
i) Como os investimentos cresceram
em cima de uma fraca base de
comparação, há um efeito de
carregamento estatístico muito
positivo (acima de 4,0%), o que
garante uma expansão mais intensa
desse componente do PIB do que o do
consumo das famílias em 2013.
ii) Parte preponderante dos
investimentos foi concentrada em
equipamentos de transporte (alta
de 25,2% no acumulado do primeiro
trimestre de 2013 frente ao mesmo
período do ano anterior), dado o bom
desempenho da agropecuária e pelas
alterações na legislação Proconve
P7 (Euro 5) no ano passado, que
impactaram as vendas naquele período
– ambos fatores pontuais que não se
repetirão nos próximos trimestres.
Crescimento da indústria
será de apenas 1,0%
A situação do lado da oferta é
preocupante. A indústria total iniciou
o ano em queda de 0,3% frente ao
último trimestre de 2012. Na indústria
de transformação, mesmo com o fato
de a produção física ter crescido 1,7%
no primeiro trimestre, o PIB desse
segmento avançou apenas 0,3%
no mesmo período. A indústria de
transformação foi o único segmento
Investimento precisa liderar o crescimento
-3
-2
-1
0
1
2
3
4
5
I II III IV I II III IV I II III IV I
2010 2011 2012 2013
Consumo das famílias Investimentos
Variação do consumo das famílias e investimentos (FBKF)
Variação (%) do trimestre frente ao trimestre anterior – dessazonalizado
Desbalanceamento entre o crescimento do
consumo e dos investimentos
Fonte: IBGE
3. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
3
da indústria com variação positiva no
primeiro trimestre.
Após dois meses de crescimento
importante – março e abril –, a
produção industrial voltou a cair em
maio. O indicador dessazonalizado
mostrou retração de 2,0% em maio
frente ao mês anterior. No acumulado
do ano até maio, a produção industrial
registra aumento de 1,7%.
A ociosidade do parque industrial vem
se reduzindo de forma gradual, o que
não incentiva os investimentos no setor.
Em abril a utilização da capacidade
instalada (dessazonalizada) ficou em
83,3% (Indicadores Industriais CNI). Esse
indicador ainda está mais de 1,0 ponto
percentual abaixo do pico histórico.
A confiança do empresário industrial,
medida pelo ICEI/CNI, entrou em
trajetória de queda desde março. O ICEI
recuou 0,7 ponto, para 58,4 pontos em
junho. Esse é o menor nível de confiança
do empresário industrial desde agosto
de 2012.
A tendência de queda da confiança
do empresário industrial se deve às
dificuldades de competitividade que
a indústria enfrenta no ambiente
de negócios e põe em dúvida uma
recuperação mais vigorosa da atividade
industrial. A CNI estima uma expansão
de apenas 1,0% do PIB da indústria
para 2013.
Perspectivas
As perspectivas para o segundo
semestre são pouco otimistas. O
ciclo de alta dos juros para conter
a inflação irá condicionar um
desempenho mais fraco da economia.
A indústria de transformação mostra
uma trajetória de recuperação com
interrupções, sinalizando dificuldades
de retomar em um ritmo mais robusto
de crescimento (estimativa de alta de
1,5% em 2013).
A indústria extrativa não deverá crescer
em 2013. A queda de 2,1% no PIB
desse segmento no primeiro trimestre
deste ano frente ao trimestre anterior
representou a quarta retração dos
últimos cinco trimestres. Com um efeito
carregamento de -2,2%, e mesmo
considerando que esse setor cresça a
passos lentos nos próximos trimestres, é
possível que a indústria extrativa registre
queda perto de 1,0% em 2013.
A indústria da construção também
recuou nos últimos dois trimestres,
frente aos trimestres anteriores. A
Sondagem Indústria da Construção
(CNI) mostra que a atividade do setor
recuou em todos os meses de 2013.
A CNI estima um avanço de apenas
1,0% do PIB da construção em 2013.
Há possibilidade de que esse setor não
consiga registrar crescimento neste ano.
O crescimento dos investimentos em
ritmo mais que o dobro da expansão
do PIB fará com que a participação
dos investimentos no PIB se eleve
para 18,7% em 2013.
As adversidades no cenário
macroeconômico são maiores do que
as chances de surpresas positivas. A
expectativa de alteração da política
monetária do FED (Banco Central
americano), com perspectiva de
aumento nos juros, aumentou o
ambiente de incertezas, trazendo
impactos na aversão ao risco e na
taxa de câmbio.
O setor externo deverá exercer uma
contribuição negativa de 0,8 ponto
percentual no crescimento do PIB em
2013. As exportações (no conceito das
Contas Nacionais/IBGE) deverão cair
1,0% – a despeito da desvalorização
do real – e as importações deverão
crescer 5,0% no ano.
Estimativa da CNI para o PIB
Variação percentual e contribuição dos componentes do PIB
2013
Componentes do PIB Taxa de
crescimento (%)
Contribuição
(p.p.)
Ótica da
demanda
Consumo das famílias 2,3 1,4
Consumo do governo 2,0 0,4
FBKF 5,1 0,9
Exportações -1,0 -0,1
(-) Importações 5,0 -0,7
Ótica da
oferta
Agropecuária 9,0 0,5
Indústria 1,0 0,3
Indústria extrativa -1,3 -0,1
Indústria de transformação 1,5 0,2
Construção civil 1,0 0,1
SIUP 1,9 0,1
Serviços 2,2 1,5
PIB pm 2,0
4. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
4
emprego e renda
Mercado de trabalho perde dinamismo
Criação de empregos desacelera e volta ao ritmo de 2009
emprego e renda
Do lado da informalidade, o emprego
sem carteira do setor privado recuou
4,9% e as ocupações por conta própria
cresceram apenas 0,6% nos cinco
primeiros meses do ano frente ao
mesmo período do ano anterior.
A indústria de transformação, assim
como os serviços, mantém o mesmo
padrão de redução do número de
geração de vagas. A indústria de
transformação, entretanto, que criou
apenas 25 mil vagas nos doze meses
terminados em agosto de 2012, passou
a mostrar maior ritmo de contratação:
o setor aumentou o número de novas
vagas para 117 mil no acumulado de
doze meses até maio de 2013.
O setor serviços ainda mantém a perda
de ritmo na criação de vagas desde
março de 2011 (quando criou quase um
milhão de vagas). Após esse período,
a criação de empregos foi se reduzindo
até atingir 259 mil nos doze meses até
maio de 2013 – fluxo três vezes menor
do que o registrado em 2010 e 2011.
A CNI estima que a manutenção do
baixo ritmo de crescimento do emprego
se estenderá nos próximos meses, mas
descarta a ocorrência de um processo
de retração da ocupação em 2013,
mesmo com a redução na projeção de
crescimento do PIB para o ano.
Pleno emprego pode criar
dificuldades à frente
Mesmo com a perda de ritmo na
criação de vagas, o mercado de trabalho
mantém a taxa de desemprego em
patamar historicamente baixo. As razões
para a manutenção de baixas taxas
de desemprego vão desde o menor
Fonte: CAGED/MTE
Há claros sinais de perda de dinamismo
no mercado de trabalho em 2013, o
que interrompe um período de dois
anos consecutivos de crescimento
do emprego em um cenário de fraca
atividade econômica.
A menor expansão do emprego e o
avanço cada vez mais modesto dos
rendimentos médios reais reduzem o
ritmo de crescimento do consumo das
famílias. No primeiro trimestre de 2013,
o consumo das famílias praticamente
não cresceu – variação de apenas 0,1%
frente ao trimestre anterior.
Menor geração de vagas
em todas as categorias de
emprego
Em todos os cinco primeiros meses de
2013, o emprego metropolitano (PME/
IBGE) cresceu a taxas decrescentes
até atingir variação de 0,1% em maio,
na comparação com o mesmo mês do
ano anterior. Essa é a menor expansão
anual do emprego desde outubro
de 2009. No acumulado dos cinco
primeiros meses do ano, o emprego
aumentou 1,3% frente ao mesmo
período do ano anterior.
O emprego formal segue o mesmo
padrão de desaceleração, porém ainda
registra crescimento em velocidade
acima das demais categorias de
ocupação. No acumulado de janeiro
a maio de 2013, o emprego com
carteira assinada do setor privado
aumentou 1,8% comparativamente ao
mesmo período do ano anterior (PME/
IBGE). O contingente de trabalhadores
estatutários e militares – também
modalidade de trabalho formal –
aumentou 0,1% no mesmo período.
Criação líquida de empregos formais
Em milhares (no acumulado em 12 meses)
Constante redução no ritmo de criação de empregos
0
500
1.000
1.500
2.000
2.500
ago/10 nov/10 fev/11 mai/11 ago/11 nov/11 fev/12 mai/12 ago/12 nov/12 fev/13 mai/13
Total Indústria de transformação Serviços
5. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
5
crescimento populacional até a retenção
de mão de obra pelas empresas –
principalmente no caso da indústria.
No primeiro caso, o menor crescimento
populacional, e por consequência, do
número de pessoas no mercado de
trabalho em busca de emprego frente
ao ritmo de criação de vagas, por
construção, reduz a pressão sobre a taxa
de desemprego.
O segundo caso decorre da falta de
trabalhador qualificado e dos custos
oriundos da rigidez nas leis que regem
o mercado de trabalho brasileiro, o que
incentiva a retenção de mão de obra pelas
empresas.
O fato de o mercado de trabalho estar em
pleno emprego – ou muito perto disso
– em um ambiente de fraca atividade
econômica levanta preocupações em
um eventual cenário de expansão mais
acentuada do PIB. Haverá pressão para
maiores elevações dos salários. Dada a
atual estrutura de custos da indústria,
esse processo seria de difícil absorção
pelo setor, o que agravaria ainda mais os
problemas de competitividade.
O acréscimo da produtividade é a
solução para evitar a pressão de custos.
No entanto, esse processo também tem
limitações dada a falta de trabalhador
qualificado. Sondagens e Pesquisas da
CNI mostram que esse problema está
entre os principais enfrentados pelas
empresas industriais.
Os dados sobre variação da
produtividade não são animadores. A
CNI construiu um índice de produtividade
utilizando a relação entre produção
industrial (PIM-PF/IBGE) e emprego
(Indicadores Industriais CNI) da indústria
de transformação. No período entre
2004 e 2008, a produtividade da
indústria cresceu 4,5%. Entre 2008 e
2012 – quando a indústria passou a
ter grande dificuldade para crescer – a
produtividade recuou 4%.
Taxa de desemprego
Em (%) da PEA
Tendência de redução nos próximos meses é sazonal
Fonte: PME/IBGE
4,5
5,0
5,5
6,0
6,5
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
2011 2012 2013
-10
-8
-6
-4
-2
0
2
4
6
8
10
out/08 abr/09 out/09 abr/10 out/10 abr/11 out/11 abr/12 out/12 abr/13
Com carteira Sem carteira
Emprego por posição na ocupação
Variação (%) frente ao mesmo mês do ano anterior
Modalidade de emprego com carteira cresce em detrimento
dos empregos sem carteira
Fonte: PME/IBGE
6. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
6
Pressões inflacionárias acionam alta nos juros
inflação, juros e crédito
O nível de inflação brasileira segue em um
cenário preocupante. Em maio, o acumu-
lado em 12 meses do IPCA alcançou o
teto da meta (6,5%) e a tendência é que
essa barreira seja ultrapassada já com os
dados de junho. Esse cenário reativou o
ciclo de alta de juros pelo Copom.
Para o fim do ano, o IPCA deverá
manter-se dentro da meta, mas alguns
fatores conjunturais ditarão qual o
nível de inflação do ano. Mesmo com
a reação da política monetária, o nível
dependerá do tamanho do repasse da
desvalorização cambial sobre os preços
finais, do impacto da redução nos preços
do transporte público e da capacidade de
recuperação da economia.
Entre os quatro grandes grupos do IPCA
(administrados, produtos industriais,
alimentação e serviços), os preços dos
alimentos seguem com a maior pressão
sobre a inflação. O acumulado em 12
meses do grupo alcançou 13,5% em maio.
A tendência é de desaceleração,
principalmente em função de reajustes
inferiores aos praticados no fim de 2012,
movimento este já observado em maio.
Por outro lado, a desvalorização cambial
tende a fazer com que o efeito esperado
de desaceleração nesses preços seja
inferior ao estimado anteriormente. Os
preços do grupo tendem a terminar 2013
com um acumulado superior a 10,0%.
Os preços dos produtos industriais
apresentam, até maio, baixa pressão
sobre o IPCA agregado. O acumulado em
12 meses encontra-se em 3,7% – abaixo
do centro da meta. Contudo, é possível
que nos próximos meses haja aceleração
desses preços.
Em junho de 2012, o grupo apresentou
queda próxima a 1,0%, em função
da redução no IPI dos automóveis. A
substituição desse percentual por uma
alta em junho (ainda que amena) levará o
acumulado em 12 meses do grupo para
próximo de 5,0%. Esse patamar deve
se sustentar até o fim do ano, também
em função de eventuais aumentos nos
preços dos produtos importados como
repasse da desvalorização cambial.
A inflação dos serviços mantém-se em
alto patamar, em função da própria inércia
inflacionária do grupo e dos aumentos
reais no salário mínimo. Em maio, o
acumulado em 12 meses dos preços do
grupo alcançou 8,5%, contribuindo para
maior pressão sobre o IPCA. Até o fim do
ano espera-se ligeira desaceleração, em
função da redução no nível de atividade
da economia. Ainda assim, o grupo deve
terminar o ano com acumulado em 12
meses próximo aos 8,0%.
Os preços administrados apresentam
comportamento atípico, em função
de desonerações tributárias pontuais.
A redução nos preços da energia
elétrica contribuiu fortemente para
desaceleração do grupo. O acumulado
em 12 meses alcançou em maio 1,5%,
sendo o grupo com a menor contribuição
para a inflação atual.
O congelamento e, em alguns casos,
até redução no preço das tarifas de
transporte público deve aprofundar ainda
mais essa desaceleração. A expectativa
é que o acumulado em 12 meses no ano
não supere 1,0%, sendo componente
chave para o cumprimento da meta de
IPCA por grupos
Acumulado em 12 meses (%)
Desonerações pontuais desaceleram inflação dos administrados
Desvalorização cambial pressiona inflação
Fonte: IBGE Elaboração: CNI
0
2
4
6
8
10
12
14
16
mai/08 nov/08 mai/09 nov/09 mai/10 nov/10 mai/11 nov/11 mai/12 nov/12 mai/13
Administrados Industriais Alimentação
Serviços IPCA
7. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
7
inflação no ano. Cabe ressaltar que essa
desaceleração é pontual, contribuindo
para menor pressão sobre a inflação
apenas em 2013.
Nesse ambiente, o IPCA terminará pelo
quarto ano consecutivo acima do centro
da meta de 4,5%. A estimativa da CNI é
de inflação em 6,0% em 2013, superior
ao observado em 2012 e sem perspectiva
de convergência para o centro da meta.
Elevação de juros é a opção
adotada para conter pressão
inflacionária
As pressões inflacionárias nos primeiros
meses do ano (mais fortes do que o
esperado) e o cenário mais negativo em
termos de inflação para os próximos
meses fizeram o Copom rever sua política
de estabilidade dos juros. A percepção do
Copom foi de que, sem uma política mais
incisiva, haveria risco ao cumprimento do
teto da meta de inflação.
O Copom iniciou o movimento de
elevação na Selic em maio, passando de
7,25% a.a. para 8,00% a.a.. A opção pela
elevação nos juros é o ônus da utilização
de uma política fiscal expansionista como
alternativa de impulsionar a economia.
Dada a defasagem usual dos efeitos da
política monetária sobre a inflação, o
impacto em termos de nível de preços
irá ocorrer gradualmente, estimulando a
expectativa de novos aumentos na Selic.
Esse cenário se torna ainda mais provável
à luz da pressão que a desvalorização
cambial tende a praticar sobre a inflação.
Nesse sentido, a CNI estima que novas
elevações ocorram nas próximas
reuniões, gerando uma alta adicional de
1,5 p.p. na taxa básica de juros, fazendo
com que a Selic encerre o ano em 9,50%
a.a. Ainda assim, a taxa de juros real
média do ano deve voltar a cair, passando
a 1,7% em 2013.
Alta da Selic ainda não
afetou as taxas de juros
bancárias
O movimento de elevação na taxa básica
de juros ainda não afetou a taxa de juros
da concessão de crédito. Os indicadores
do Banco Central mostram que as taxas
de juros encontram-se nos patamares
mais baixos da nova série, iniciada em
março de 2011.
Em maio (último dado disponível), a
taxa de juros média para pessoa jurídica
alcançou 13,5% a.a.. Como comparação,
em maio do ano anterior essa mesma
taxa era de 16,2% a.a.. Para pessoa
física, a queda foi de 3,6 p.p. nesse
mesmo período, passando de 27,6% a.a.
para 24,0% a.a. em maio de 2013.
Essa queda se deu independentemente
do tipo de crédito, tanto em empréstimos
com recursos livres (em geral, de curto
prazo) como em financiamentos de
recursos direcionados (essencialmente
BNDES para empresas e financiamentos
imobiliários e rural para pessoas físicas).
A taxa de juros média do financiamento
ao investimento do BNDES, em maio, caiu
a 6,4% a.a.. Como comparação, em abril
de 2012 essa taxa era de 11,3% a.a.. Para
pessoa física, a taxa de juros média dos
financiamentos imobiliários em maio foi
de 7,8% a.a., sendo que esta chegou a
ser de 11,0% a.a. em julho de 2011.
Esse movimento tende a se reverter
nos próximos meses. As taxas de juros,
principalmente com recursos livres
(negociados livremente no mercado
bancário), devem apresentar elevação,
em linha com o novo ciclo de alta de juros.
Do ponto de vista da concessão de crédito,
essa alta é negativa. Um aumento nas
taxas de juros, aliado aos atuais níveis de
inadimplência, contribui para desacelerar
ainda mais a expansão do saldo de crédito
bancário, fundamental para sustentar o
financiamento do consumo.
Taxa de juros de financiamentos de longo prazo
Percentual ao ano
Taxas de juros de longo prazo caem no ano
Fonte: Banco Central do Brasil
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2
4
6
8
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12
mar
2011
mai jul set nov jan
2012
mar mai jul set nov jan
2013
mar mai
Pessoa jurídica - Investimento (BNDES) Pessoa física (imobiliário)
8. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
8
política fiscal
O ritmo lento de expansão da atividade
econômica continua contribuindo para a
deterioração dos resultados fiscais do setor
público. Por um lado, tem levado o Governo
Federal a manter uma política fiscal
fortemente expansionista, com aumento de
despesas e desonerações tributárias. Por
outro lado, tem feito com que as receitas
permaneçam quase estáveis em relação
ao observado em 2012. Por sua vez, os
resultados fiscais dos governos estaduais
e municipais têm sido mais afetados pelo
fraco desempenho das receitas, dado
que as despesas crescem em ritmo mais
reduzido do que no nível federal.
No Governo Federal, as despesas totais
registraram aumento real de 6,0% nos
primeiros cinco meses de 2013, quando
comparados com o mesmo período do
ano anterior. O forte crescimento real das
despesas discricionárias – o item outras
despesas de custeio e capital cresceu
9,8% nessa base de comparação –
indica a intenção do Governo Federal de
utilizar a política fiscal para evitar uma
redução maior do ritmo de expansão da
atividade econômica.
Entretanto, ao invés de se concentrar em
investimentos, essa ação do Governo
Federal tem privilegiado o crescimento
dos gastos de custeio. Dentro do item
outras despesas de custeio e capital, as
despesas com custeio foram elevadas
em 10,3% nos cinco primeiros meses
de 2013. Já os investimentos (GND 4
do SIAFI) tiveram crescimento real de
8,4% na mesma base de comparação.
Portanto, dado que o Governo Federal está
dispostos a aceitar os riscos inerentes à
deterioração dos resultados fiscais, seria
melhor que a composição do aumento
das despesas fosse alterada no sentido
de privilegiar os investimentos.
No caso dos estados e municípios, a
CNI estima que as despesas tenham
apresentado expansão bem inferior ao
observado no Governo Federal, com
crescimento real de 2,3% nos primeiros
quatro meses de 2013, na comparação
com o mesmo período do ano anterior.
Esse ritmo de aumento, bem inferior
ao registrado em 2012 (5,4%), está
sendo contido pelo fraco desempenho
das receitas. Embora tenham mostrado
ligeira aceleração no crescimento nos
últimos meses, as receitas de estados e
municípios cresceram apenas 0,6% em
termos reais entre janeiro e abril de 2013.
Resultados fiscais mostram
quedas significativas
Assim como nos estados e municípios,
a receita líquida do Governo Federal
também avança em ritmo lento, tendo
registrado aumento real de apenas
0,8% entre janeiro e maio de 2013, na
comparação com o mesmo período de
2012. Ainda assim, esse crescimento só
foi obtido pela arrecadação de receitas
extraordinárias que somaram R$ 4,0
bilhões em maio. Sem esses recursos
a receita líquida estaria mostrando uma
ligeira queda em termos reais.
O aumento dos gastos, especialmente no
Governo Federal, e o baixo crescimento
das receitas levaram a forte redução
do superávit primário que calculamos
como estrutural. Esse cálculo exclui os
fatores atípicos que afetaram o resultado
primário no final de 2012, que foram o
regaste de R$ 12,4 bilhões do Fundo
Soberano do Brasil e a antecipação de
Superávit primário do setor público consolidado e por níveis de governo
Em relação ao PIB nos últimos 12 meses (%)
Resultado primário do setor público se reduziu em mais de 0,4 ponto
percentual do PIB entre dez/12 e mai/13
Fonte: Banco Central do Brasil Elaboração: CNI
Deterioração das contas públicas se acentua
Receitas estáveis e aumento de gastos levam a queda do superávit primário
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1
2
3
4
dez/11 fev/12 abr/12 jun/12 ago/12 out/12 dez/12 fev/13 abr/13
Setor Público Total Governo Federal Governos Regionais
(%doPIB)
9. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
9
R$ 7,0 bilhões em dividendos do BNDES e
da Caixa Econômica Federal que entraram
como receita do Governo Federal em
dezembro de 2012.
No Governo Federal, o resultado primário
estrutural acumulado em 12 meses caiu
de 1,5%, em dezembro de 2012, para
1,2% do PIB, em maio de 2013. No caso
dos estados e municípios, o superávit
primário passou de 0,45% para 0,38% do
PIB nessa mesma base de comparação.
Assim, o superávit primário estrutural do
setor público consolidado caiu de 1,9%,
em dezembro de 2012, para 1,5% do PIB,
em maio de 2013.
A queda do superávit primário provocou
forte elevação do déficit nominal, que,
ajustado para o superávit primário
estrutural, no acumulado nos últimos 12
meses passou de 2,9%, em dezembro
de 2012, para 3,3% do PIB, em maio de
2013. Entretanto, o aumento do déficit
nominal não se refletiu em aumento do
endividamento público líquido em relação
ao PIB, pois a desvalorização da taxa de
câmbio fez com que o ajuste nas dívidas
interna e externa levou a relação Dívida
Líquida/PIB a cair de 35,2%, em dezembro
de 2012, para 34,8%, em maio de 2013.
Por sua vez, a relação Dívida Bruta/PIB
permanece se elevando e alcançou 59,6%
do PIB em maio de 2013, contra 58,7%
registrado em dezembro de 2012.
Despesas e receitas em alta
nos próximos meses
A tendência é que o ritmo de crescimento
das despesas do Governo Federal se
eleve nos próximos meses. A expectativa
da CNI de que o Governo Federal faria
um contingenciamento de despesas
discricionárias em torno de R$ 35,0
bilhões não se confirmou e as restrições
a despesas autorizadas no Orçamento
foram de apenas R$ 23,0 bilhões.
Dessa forma, caso não seja anunciado
contingenciamento adicional, a CNI projeta
(0,4% do PIB). Entretanto, o impacto do
cancelamento de determinados reajustes
de preços administrados pode levar a um
resultado inferior. De qualquer forma, o
superávit primário dos governos regionais
deve ficar bem abaixo da meta de R$ 47,8
bilhões estipulada pelo Governo Federal.
Dessa forma, o superávit primário do setor
público consolidado previsto pela CNI
para 2013 é de R$ 73,0 bilhões (1,5% do
PIB). Esse resultado ficaria abaixo tanto da
meta ajustada (R$ 110,9 bilhões) como do
resultado estrutural observado em 2012
(1,9% do PIB).
A queda esperada para o superávit primário
e a pequena elevação prevista para as
despesas com juros devem elevar o déficit
nominal para 3,4% do PIB. Essa elevação
não deve, contudo, se transformar em
aumento da relação Dívida Líquida/PIB, pois
deve ser mais que compensada pelos efei-
tos da desvalorização da taxa de câmbio
nos ajustes cambiais nas dívidas interna e
externa. Assim, a relação Dívida Líquida/
PIB deve encerrar 2013 em 34,9% do PIB,
contra os 35,2% registrados em 2012.
Evolução da Dívida Bruta do Setor Público
Em relação ao PIB (%)
Relação Dívida Bruta/PIB acumula aumento de quase 1,0 ponto
percentual do PIB em 2013
Fonte: Banco Central do Brasil
que as despesas do Governo federal
cresçam 8,1%, em termos reais, em 2013.
Aceleração ainda maior do que no caso
das despesas deve ser verificada no
crescimento da receita líquida do Governo
Federal. A CNI estima aumento real de
4,9% em 2013. Essa aceleração deve ser
puxada pelas receitas com impostos, com
o fim de algumas reduções de tarifa no
caso do IPI, e receitas não administradas
pela Receita Federal.
Nesse cenário, o superávit primário
estimado para o Governo Federal e suas
estatais em 2013 é de R$ 54,0 bilhões
(1,1% do PIB projetado pela CNI). Tal
resultado ficaria R$ 9,0 bilhões abaixo da
meta com a qual o Governo Federal se
comprometeu ao anunciar que utilizaria
apenas R$ 45,0 bilhões das deduções
de gastos com investimentos e de
desonerações tributárias autorizadas pela
Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2013.
Nos governos regionais, o resultado
primário deve melhorar ligeiramente até
o fim do ano e atingir R$ 19,0 bilhões
50
52
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60
62
dez/11 fev/12 abr/12 jun/12 ago/12 out/12 dez/12 fev/13 abr/13
10. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
10
Déficit em transações correntes segue em alta
Investimento estrangeiro direto é inferior ao déficit
setor externo e câmbio
Câmbio encontra-se
instável em patamar mais
depreciado
Nos primeiros meses de 2013, a taxa
de câmbio obedeceu a uma banda de
flutuação administrada, ainda que não
de forma aberta. A partir do final de
maio, contudo, pôde ser percebida uma
significativa desvalorização do real.
Rapidamente, o dólar ultrapassou o
“teto” de R$ 2,10/US$, superando R$
2,25/US$ no fechamento em alguns dias
da última quinzena de junho.
Cabe ressaltar que a depreciação para
muito além da banda de flutuação não
significa que a preocupação com a
trajetória de preços se reduziu. O Banco
Central interviu no mercado na tentativa
de conter a alta do dólar através da
venda da moeda norte-americana no
mercado de derivativos. Além disso,
promoveu o desmonte de políticas que
no passado haviam sido tomadas para
estimular a depreciação do real, como
o Imposto sobre Operações Financeiras
(IOF) sobre a posição cambial
“vendida”, sobre aplicações de renda
fixa para investidores estrangeiros e
alterações nas regras de depósitos
compulsórios de bancos. As medidas
contribuem para alguma entrada de
capitais, mas não são suficientes para
reverter a depreciação.
A depreciação do real tem origens
internas e externas. Do lado doméstico,
há a deterioração das contas externas
brasileiras (mais sobre isso ainda
nesta seção). Do lado estrangeiro, a
possibilidade de crescimento mais
acelerado da economia norte-americana
gera expectativas de elevação da taxa
de juros dessa economia, o que tem
gerado um fortalecimento do dólar norte-
americano em todo mundo. Ressalte-se
que o impacto sobre a moeda brasileira
ainda é difícil de ser projetado, o que
torna a cotação da taxa de câmbio
bastante instável.
Até o fim de 2013 os dois vetores que
pressionam pela depreciação do real
seguem presentes. Dessa maneira, a CNI
projeta que a taxa de câmbio média de
2013 deverá situar-se em torno de R$
2,10/US$.
Adicionalmente, dois fatores importantes
devem ser considerados. Primeiro, a
avaliação da economia brasileira por
investidores externos e, principalmente,
agências de risco, que está cada vez
menos favorável. Segundo, o ciclo
de alta dos juros, que provoca maior
rentabilidade dos títulos brasileiros e pode
estimular a entrada de capitais.
Déficit comercial de
manufaturados supera US$
100 bilhões em 12 meses
No primeiro trimestre de 2013 a balança
comercial brasileira registrou déficit
comercial recorde para o período. A partir
de maio houve recuperação, mas não
o suficiente para evitar que esse saldo
permanecesse negativo no acumulado
do ano. Ao fim do primeiro semestre de
2013, a balança comercial está negativa
em US$ 3 bilhões. Em 2012, registrava-
se superávit de US$ 7,2 bilhões no
acumulado até junho.
Saldo comercial brasileiro de manufaturados
Em US$ bilhões
Déficit comercial de manufaturados continua se ampliando
Fonte: Funcex *Acumulado em 12 meses até maio
5,1
-9,2
-39,8
-36,5
-71,2
-92,5 -94,1
-101,6
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*
11. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
11
O saldo comercial acumulado em 12
meses recuou de US$ 27,5 bilhões em
maio de 2012 para US$ 7,7 bilhões em
maio de 2013. No mesmo período, o
déficit de petróleo e derivados aumentou
US$ 8 bilhões. Ou seja, da queda de
quase US$ 20 bilhões do saldo comercial
nos últimos 12 meses, 41% pode ser
explicado pelo aumento do déficit da
conta de petróleo e derivados.
Embora petróleo e derivados
representem significativa fatia do
déficit, é importante salientar que o mau
desempenho não é exclusividade desse
grupo de produtos. O déficit da balança
de manufaturados acumulado em 12
meses aumentou 4,1% na comparação
entre maio de 2013 e maio de 12
meses, alcançando US$ 101,6 bilhões,
ou 4,5% do PIB. Os produtos básicos
também apresentam desempenho mais
fraco, decorrente da desaceleração da
China, principal parceiro comercial deste
tipo de produto.
É esperada alguma recuperação das
exportações de petróleo no segundo
semestre, o que reduz, em alguma
medida, o primeiro impacto. A queda no
saldo comercial dos demais produtos
(em especial o aumento do déficit de
manufaturados) deriva de um problema
de competitividade da indústria brasileira
que é amplificado por uma queda na
demanda desses produtos, sobretudo
em países desenvolvidos.
Os problemas de competitividade e
o cenário externo adverso não serão
revertidos no curto prazo. Com isso,
as exportações não deverão mostrar
recuperação até o fim do ano, reagindo
somente no caso de o câmbio manter-se
depreciado durante algum tempo. Dessa
forma, as exportações deverão crescer
pouco, atingindo US$ 249,3 bilhões,
valor próximo ao de 2012.
Déficit em transações correntes
Em US$ bilhões
Déficit alcançará novo valor recorde em 2013
As importações seguem em crescimento,
mas deverão reduzir seu ritmo até o fim
do ano. O câmbio menos favorável com-
binado com a desaceleração da economia
deverá afetar, sobretudo, a importação de
intermediários e matérias-primas – que
correspondem à maior parte das importa-
ções brasileiras. As importações alcança-
rão, ao fim de 2013, US$ 240,1 bilhões,
valor 7,6% maior que o registrado em
2012. Com isso, o saldo comercial será de
apenas US$ 9,2 bilhões, praticamente a
metade do registrado em 2012.
Baixo saldo comercial
contribui para aumentar
déficit em transações
correntes
No acumulado em 12 meses até maio de
2013, o déficit em transações correntes
atingiu US$ 72,9 bilhões, ante US$ 50,7
bilhões em 12 meses findos em maio de
2012 (crescimento de 43,8%). No perí-
odo, o déficit externo passou de 2,13%
para 3,20% do PIB. Quase a totalidade
(88,9%) desse crescimento é explicada
pela queda no superávit comercial no
período. O restante é explicado pelo
maior déficit de serviços, que aumentou
10,6%, alcançando US$ 43,7 bilhões no
acumulado em 12 meses até maio.
No mesmo período, o investimento
estrangeiro direto (IED) manteve-se
praticamente estável. O IED alcançou
US$ 64,2 bilhões ao fim de maio de
2013, aumento de apenas 1,1% ante os
12 meses anteriores. Desde março o IED
em 12 meses é menor que o déficit em
transações correntes no mesmo período
- e essa diferença está crescendo.
Para o restante do ano, o déficit em
transações correntes deve reduzir seu
ritmo de crescimento. Tanto a conta de
serviços quanto o saldo comercial não
deverão manter o ritmo de forte piora
observado no início de 2013. O câmbio,
instável e depreciado, conterá em parte
o déficit de serviços. Não obstante,
estimamos que déficit em transações
correntes deverá alcançar novo valor
recorde: US$ 74,2 bilhões, um cresci-
mento de 36,6%.
-24,2 -23,2
-7,6
4,2
11,7 14,0 13,6
1,6
-28,2
-24,3
-47,3
-52,5 -54,2
-74,2
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013*
Fonte: Banco Central do Brasil *Estimativa CNI
12. Ano 29, n. 02, abril/junho de 2013
INFORME CONJUNTURAL | Publicação trimestral da Confederação Nacional da Indústria - CNI | Gerência Executiva de Política Econômica | Gerente
executivo: Flávio Castelo Branco | Equipe técnica: Danilo César Cascaldi Garcia, Fábio Bandeira Guerra, Isabel Mendes de Faria, Marcelo de Ávila, Marcelo
Souza Azevedo e Mário Sérgio Carraro Telles | Informações técnicas: (61) 3317-9468 | Supervisão gráfica: DIRCOM | Impressão e acabamento: Reprografia
Sistema Indústria | Normalização bibliográfica: ASCORP/GEDIN | Assinaturas: Serviço de Atentimento ao Cliente SAC: (61) 3317-9989 - sac@cni.org.br
SBN Quadra 01 Bloco C Ed. Roberto Simonsen Brasília, DF - CEP: 70040-903 www.cni.org.br. | Autorizada a reprodução desde que citada a fonte.
Documento elaborado em 02 de julho de 2013.
perspectivas da economia brasileira
2011 2012
2013
projeção
anterior
(março/13)
2013
(projeção)
Atividade econômica
PIB
(variação anual)
2,7% 0,9% 3,2% 2,0%
PIB industrial
(variação anual)
1,6% -0,8% 2,6% 1,0%
Consumo das famílias
(variação anual)
4,1% 3,1% 3,5% 2,3%
Formação bruta de capital fixo
(variação anual)
4,7% -4,0% 4,0% 5,1%
Taxa de Desemprego
(média anual - % da PEA)
6,0% 5,5% 5,4% 5,3%
Inflação
Inflação
(IPCA - variação anual)
6,5% 5,8% 5,7% 6,0%
Taxa de juros
Taxa nominal de juros
(taxa média do ano) 11,76% 8,63% 7,25% 8,25%
(fim do ano) 11,00% 7,25% 7,25% 9,50%
Taxa real de juros
(taxa média anual e defl: IPCA)
4,8% 3,1% 0,9% 1,7%
Contas públicas
Déficit público nominal
(% do PIB)
2,61% 2,47% 3,20% 3,40%
Superávit público primário
(% do PIB)
3,11% 2,38% 1,70% 1,50%
Dívida pública líquida
(% do PIB)
36,4% 35,2% 35,4% 34,9%
Taxa de câmbio
Taxa nominal de câmbio - R$/US$
(média de dezembro) 1,83 2,08 2,00 2,18
(média do ano) 1,67 1,95 1,98 2,10
Setor externo
Exportações
(US$ bilhões)
256,0 242,6 253,4 249,3
Importações
(US$ bilhões)
226,2 223,2 242,1 240,1
Saldo comercial
(US$ bilhões)
29,8 19,4 11,3 9,2
Saldo em conta corrente
(US$ bilhões)
-52,5 -54,2 -68,1 -74,3