A Bauhaus, escola fundada na Alemanha em 1919, revolucionou o design do século XX ao promover a união entre arte e técnica. Sob a direção de Walter Gropius, a escola passou por diferentes fases, desde a expressão individual até o funcionalismo, influenciando diversos movimentos de vanguarda. A mudança para Dessau em 1925 e a saída de Gropius marcaram uma ênfase no funcionalismo e na produção industrial.
Bauhaus: nova arquitetura e seus reflexos. Matheus Garcia
O objetivo desse seminário é analisar o papel da Escola de Bauhaus, criada por Walter Gropius (1883 – 1969), nas áreas do design, da arte e da arquitetura, em que se buscou casar a produção industrial com o bom design. Com isso será possível destacar que a arquitetura reflete o contexto social, político e econômico da época que está inserida, já que o dinamismo da Bauhaus trazia um certo conforto do prestigio racional da Alemanha, derrotada pós I Guerra. Entendendo esse contexto do passado, podemos analisar as influências presentes e refletir o futuro da arquitetura.
Bauhaus: nova arquitetura e seus reflexos. Matheus Garcia
O objetivo desse seminário é analisar o papel da Escola de Bauhaus, criada por Walter Gropius (1883 – 1969), nas áreas do design, da arte e da arquitetura, em que se buscou casar a produção industrial com o bom design. Com isso será possível destacar que a arquitetura reflete o contexto social, político e econômico da época que está inserida, já que o dinamismo da Bauhaus trazia um certo conforto do prestigio racional da Alemanha, derrotada pós I Guerra. Entendendo esse contexto do passado, podemos analisar as influências presentes e refletir o futuro da arquitetura.
Trabalho desenvolvido para a disciplina de Seminários Multimídia, no curso de Sistemas e Mídias Digitais - UFC, por Mateus Pinheiro e Nayana Carneiro. 2015.1
Trabalho acadêmico para a Faculdade de Estudos Avançados do Pará - FEAPA, sobre os movimentos do design gráfico.
Este é sobre o movimento High Tech, produzido pela aluna e Art Déco Lila Quezada.
2. Desenho de Lyonel Feininger
para a capa do manifesto da
Bauhaus, 1919.
BAUHAUS
Esta famosa escola estabeleceu os
conceitos do design funcionalista e da
didática desta nova actividade.
Nenhuma outra instituição teve tão
forte impacto no design e na tipografia
do século XX.
Manifesto - Antes de fundar a escola
da Bauhaus, Walter Gropius foi
membro da Werkbund.
Gropius conciliou o melhor das
tendências do Muthesius e do Van de
Velde com o programa que foi o
Manifesto da Bauhaus.
Esta escola foi o maior centro do
modernismo e do funcionalismo.
3. BAUHAUS
Gropius via na experimentação
artesanal e artística os instrumentos
de pesquisa, ensino e aprendizagem
ideais para criar um novo design,
dirigindo o projeto para a produção
em série.
Gropius acreditava que as tecnologias
industriais voltadas para a produção
em massa efetivariam uma eficaz
democratização do design.
Tinham como lema utópico:
“Construindo um futuro”
1º Logotipo da Bauhaus, 1919 - 22
4. 2º Logotipo da Bauhaus
Oskar Schlemmer, 1922
BAUHAUS
Bauhaus = casa estatal de construção
A intenção primária era fazer da Bauhaus
uma escola combinada de arquitetura,
artesanato, e uma academia de artes,
e isso acabou sendo a base de muitos
conflitos internos e externos que se
passaram ali.
5. BAUHAUS
A Bauhaus, escola fundada em 1919 na Alemanha,
contribuiu de forma significativa para a
definição do papel do designer.
Implementada com a missão de promover a
união entre a arte e a técnica, apresentou nos
seus primeiros anos de funcionamento uma
orientação mais individualista, valorizando a
expressão pessoal do artista na concepção do
produto.
Neste período, a escola começou a ocupar-se da
produção de modelos de produtos para a indústria,
consolidando a linguagem estética que caracteriza
a Bauhaus até os dias de hoje, chamada por
Maldonado “funcionalismo técnico-formalista”.
6. BAUHAUS
Graças ao caráter anti-acadêmico da Bauhaus, estudantes com
padrões de educação anteriores extremamente diversificados, foram
inscritos: um aluno de ensino fundamental poderia trabalhar ao lado
de um acadêmico.
A fim de fornecer uma base comum de trabalho, incluindo uma
introdução aos princípios da escola - muito própria - como para a
criação de objetos, a Bauhaus desenvolveu um curso específico
preliminar.
Isso permitiu que os alunos fossem treinados em como trabalhar com
materiais, e de se familiarizar com as características das cores e
formas.
Este curso foi dirigido por personalidades das mais conhecidas na
Bauhaus, tais como Paul Klee e Vassily Kandinsky.
7. BAUHAUS
Curso preliminar de Itten. Estudos de Material por Vincent
Weber (1920-21). Resíduos metálicos, casca de árvore, raízes,
plantas, e outros elementos montados em contraplacado
11. BAUHAUS
Laboratório - A Bauhaus procurava uma síntese das vanguardas
artísticas.
No Dadaísmo, Futurismo, Construtivismo e no movimento De Stijl.
Capa da Dadaphone Capa de uma
edição futurista
Cartaz construtivista russo Capa de uma publicação
do
Movimento De Stijl
12. BAUHAUS
Aulas:
A idéia básica de ensino da Bauhaus era a
unidade do conceito e da aula prática artística.
Todos os estudantes tiveram que completar um
curso obrigatório preliminar, após o que ele ou
ela teve que entrar em uma oficina de sua
escolha. Esta foi chefiada por um mestre
artesão e/ou artista.
Aqui, a mediação dos principais alicerces da
embarcação, juntamente com a concepção e
parâmetros, foram diretamente combinada com
a experiência prática.
Isto poderia envolver o desenvolvimento de
protótipos, e depois de ser feito em serie, quer
diretamente nos workshops da Bauhaus, ou
então - a maioria, em especial, durante o
período Dessau – na indústria para a produção
sob licença.
Oficina de metal, Dessau, 1923
13. BAUHAUS
Oficinas:
Metal
Tecelagem
Ceramica
Mobiliario
Tipografia
Pintura de Ambientes
Artes Graficas
Joost Schmidt, Poster para a
Exposicao da Bauhaus em Weimar,
1923. Litografia Colorida
14. BAUHAUS
Arte:
A Bauhaus nunca foi uma escola de arte no
sentido tradicional do termo. "Arte por si só
não pode ser ensinada" é o credo postulado no
Manifesto Bauhaus de 1919.
O objetivo do curso era formar um designer
universal capaz de trabalhar com a mesma
criatividade nas áreas da arquitectura,
artesanato, ou indústria.
Foi o princípio básico de Walter Gropius a
"fecundidade dos estudantes das duas partes,
tanto nas artes como nos ofícios". Ele
considerou que a intuição é tão indispensável
como a análise racional e sólidas habilidades
artesanais. O potencial criativo da arte de
vanguarda era para ele a base para um trabalho
animado e com perspectivas de futuro em sua
nova escola.
15. BAUHAUS
Paul Klee, The bright side,
Cartao Postal para a exibicao
de verao da Bauhaus em 1923
Artes Graficas:
Um workshop para impressão existia apenas na
Bauhaus, em Weimar. Em 1921, Lyonel
Feininger era diretor artístico, quem a ministrou
foi o litografo e mestre artesão Carl Zaubitzer.
A produção de séries gráficas e de portfolios
dos mestres da Bauhaus, iniciada em 1921, se
situava como pico de atividade da oficina.
Entre eles estavam “Twelve woodcuts" do
Feininger e o portfolio do Kandinsky “Small
Worlds".
Um “Portfolio Master do Estado Bauhaus", foi
publicado como o primeiro título da "Bauhaus
Verlag" (Bauhaus edição).
16. BAUHAUS
Em 1921, paralelamente a estas obras, o ambicioso projeto de "Neue
Europäische Graphik" ( "Nova Gráfica Europeia") começou: cinco
portfolios com os quais a Bauhaus quis reunir não só as formas de
expressão artística da escola, mas, além disso , todas as importantes
tendências da vanguarda internacional – do Futurismo ao Dadaismo,
Construtivismo e Surrealismo - foram produzidas.
O primeira portfolio apresenta os Mestres da Bauhaus; as obras
apresentadas por artistas alemães, italianos e russos. Um portfolio
com estampas francesas permaneceu incompleto.
Os nomes dos artistas que passaram pela escola - desde Chagall a
Schwitters, de Chirico a Kokoschka, Archipenko a Severini - torna
claro a qualidade deste compêndio de artes graficas para o seculo XX.
18. A primeira exposição. Weimar,
1923
BAUHAUS
1919: A primeira etapa — a Bauhaus
expressionista
Em 1919, a Bauhaus abre as suas portas
na cidade de Weimar. Esta escola
estatal assenta nos conceitos do
Werkbund.
O arquitecto Walter Gropius (1883-1969)
é apontado para dirigir a nova «Schule
für Gestaltung».
Esta primeira etapa será posteriormente
chamada a «fase expressionista»,
porque nos primeiros anos se dá
prioridade à expressão emocional e à
individualidade dos estudantes.
O primeiro Grundkurs (Curso Básico) é
leccionado pelo pintor e ‘monge asceta’,
o místico suíço Johannes Itten
(conhecido pela sua obra «Teoria das
Cores»). Em Weimar pretende-se fazer a
síntese do trabalho dos artistas e dos
artesãos, ignorando a produção em
série industrial e capitalista.
A ideologia dos primeiros anos está
próxima do movimento Arts and Crafts.
19. BAUHAUS
1923: Os funcionalistas marcam o novo
rumo
Sob a pressão de Gropius, o esotérico Johannes
Itten é levado a abandonar o Grundkurs; o
artista húngaro László Moholy-Nagy passa a ser
o novo docente deste curso.
Neste «Curso Básico», também deram aulas
Wassily Kandinsky, Paul Klee e Josef Albers.
A influência do movimento de vanguarda
holandês De Stijl e o vitalismo do Suprematismo
e do Construtivismo da vanguarda soviética
russa marcam a estética geral e a tipografia
professa dentro da Bauhaus.
László Moholy-Nagy
20. BAUHAUS
Moholy-Nagy entra na Bauhaus em 1923.
Nos seus manifestos, o conceito de uma
nova tipografia («neue typographie»)
ocupava um papel central.
«die neue typographie» foi o título
programático de um artigo de Moholy-Nagy,
publicado já em 1923 no bauhausbuch —
artigo que articulou ideias essenciais; pouco
depois, Jan Tschichold faz ressonância às
teses de Moholy-Nagy, ampliando a sua
divulgação.
Em 1923, é organizada a primeira exposição
da Bauhaus, um esforço de promoção das
ideias e práticas do instituto junto do
grande público. O catálogo foi desenhado
por Herbert Bayer.
Cartaz de cinema de Jan Tschichold
"Die Frau ohne Namen. Zweiter Teil",
1927
1923: Os funcionalistas marcam o novo
rumo
22. BAUHAUS
László Moholy-Nagy
"Staatliches Bauhaus Weimar
Joost Schmidt, 1919-1923", 1923.
Poster for the Bauhaus
exhibition in Weimar, 1923
23. BAUHAUS
Mestres - Foram também professores
na Bauhaus pintores famosos como
Paul Klee e o emigrante russo
Wassily Kandinski.
Marianne Brandt na oficina de
equipamento; Schlemmer que dirigiu
a oficina de teatro; Gunta Stölzl na
tecelagem; Marcel Breuer no
mobiliário; Heartfield que utiliza a
fotomontagem nos seus cartazes.
Na tipografia a Bauhaus deu uma
enorme contribuição para a construção
da "imagem do século", através da sua
oficina de tipografia e publicidade,
dirigido por Herbert Bayer o qual
criou novos tipos de letra sem serifas.
Oficina de metal, Weimar, 1923
31. BAUHAUS
1925: Mudança para Dessau
Os dirigentes da Bauhaus cedem à
pressão da «opinião pública» e
mudam a Escola para Dessau, uma
cidade industrial em rápida expansão,
na periferia de Berlim.
Herbert Bayer e Joost Schmidt,
estudantes concludentes, são
admitidos no corpo docente.
É criado o curso de Tipografia e
Publicidade, associado à Oficina
Gráfica e dirigido por Bayer.
Herbert Bayer
32. BAUHAUS
Bauhaus, Dessau, 1925
Em Dessau, o arquiteto
Walter Gropius, diretor da
Bauhaus, constrói para a
nova sede edifícios
funcionais, adequados aos
propósitos da Escola
Bauhaus.
33. BAUHAUS
1928: Gropius, Meyer, van der
Rohe
Gropius abandona a Bauhaus.
Sucede-lhe o arquitecto suíço Hannes Meyer.
O Funcionalismo é estabelecido como ideologia-mestre.
Herbert Bayer e Moholy-Nagy saem.
Albers passa a dirigir o Grundkurs.
Joost Schmidt dirige a Oficina Gráfica.
1930: o arquitecto Mies van der Rohe é nomeado director da
Bauhaus.
Paul Klee sai da escola em 1931, mas Josef Albers e Kandinsky
permanecem até ao fim.
34. BAUHAUS
Em 1928 Gropius sai da escola e assume Hannes Meyer que é
substituído em 1930 por Ludwig Mies van der Rohe.
Em 1932 muda-se para Berlim e em 1933 o governo nazista
fecha a escola que “reabre” em Chicago em 1937 com o
nome de New Bauhaus in Chicago.
A Bauhaus encerra no dia 10 de Agosto de1933.
Josef Albers, Hinnerk Scheper, Georg Muche, László Moholy-Nagy, Herbert Bayer,
Joost Schmidt, Walter Gropius, Marcel Breuer, Vassily Kandinsky, Paul Klee, Lyonel
Feininger, Gunta Stölzl and Oskar Schlemmer.
35. BAUHAUS
Mestres - Johannes Itten, responsável em
grande parte pela concepção do programa
curricular; Lyonel Feininger, o qual
desenhou a capa do manifesto; e Gerhard
Marcks.
Os professores eram os "mestres" e os
alunos "discípulos".
O ensino preliminar na Bauhaus centrava-se
na experimentação com a cor, a forma e os
materiais.
Dava-se igual importância à arte e ao
artesanato.
Marianne Brandt, 1924
Josef Hartwig, 1923
36. BAUHAUS
Walter Gropius
Josef Albers
Marcel Breuer
Lyonel Feininger
Johannes Itten
Wassily Kandinsky
Paul Klee
Gerhard Marks
László Moholy-Nagy
Georg Muche
Hinnerk Scheper
Oskar Schlemmer
Joost Schmidt
Lothar Schreyer
Gunda Stölzl
Marianne Brandt
Principais artistas e professores:
37. BAUHAUS
1937: A New Bauhaus em
Chicago
Com o fechamento da Bauhaus, os docentes
optam pelo exílio, fugindo às represálias do
Nazismo.
A evolução continua nos EUA, país para onde
tinha emigrado boa parte dos exilados da
Bauhaus.
Um grupo de industriais norte-americanos
decide fundar em 1937 em Chicago uma escola
de Design e chama Moholy-Nagy para dirigi-la.
Esta instituição, a New Bauhaus, virá depois a
ser designada por School of Design e mais tarde
Institute of Design.
Hoje, a instituição Bauhaus pode ser visitada em
Dessau:
László Moholy-Nagy, "the new
bauhaus", Chicago 1937/1938