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A Staatliches Bauhaus, comummente conhecida como Bauhaus, foi uma escola de arte
vanguardista na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do
que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do
mundo. A escola foi fundada por Walter Gropius em 12 de Abril de 1919, a partir da reunião da
Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas. A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola
combinada de arquitetura, artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de
muitos conflitos internos e externos que se passaram ali. A maior parte dos trabalhos feitos
pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial. A Bauhaus tinha
sido grandemente subsidiada pela República de Weimar. Após uma mudança nos quadros do
governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naquele momento
era de esquerda. Uma nova mudança ocorre em 1932, para Berlim, devido à perseguição do
recém-implantado governo nazista. Em 1933, após uma série de perseguições por parte do
governo nazista, a Bauhaus é fechada, também por ordem do governo. Os nazistas opuseram-se
à Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que não seguisse sua
orientação política. A escola foi considerada uma frente comunista, especialmente porque
muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali. Escritores nazistas como Wilhelm Frick e
Alfred Rosenberg clamavam diretamente que a escola era “antigermânica," e desaprovavam o
seu estilo modernista. Contudo, a Bauhaus teve impacto fundamental no desenvolvimento das
artes e da arquitetura do ocidente europeu, e também dos Estados Unidos, Israel e Brasil nas
décadas seguintes — para onde se encaminharam muitos artistas exilados pelo regime nazista. A
Cidade Branca de Tel Aviv, em Israel, que contém um dos maiores espólios de arquitetura
Bauhaus em todo o Mundo, foi classificada como Património Mundial em 2003. A escola
Bauhaus também influenciou imensamente a América do Sul, tendo como seu principal
representante o arquiteto Oscar Niemeyer. A jovem capital brasileira, Brasília, foi projetada em
1957 sob as tendências modernas e funcionalistas inauguradas pelo bauhasianismo. Todo o
plano-piloto, incluindo tanto os edifícios residenciais quanto as construções públicas, são
exemplos e ícones desta arte, em sua excelência. O principal campo de estudos da Bauhaus era a
arquitetura (como fica implícito até pelo seu nome), e procurou estabelecer planos para a
construção de casas populares baratas por parte da República de Weimar. Mas também havia
espaço para outras expressões artísticas: a escola publicava uma revista chamada Bauhaus e
uma série de livros chamados Bauhausbücher. O diretor de publicações e design era Herbert
Bayer.
Apesar de ter passado por diversas alterações em seu perfil de ensino à medida que a direção da
escola evoluía, a Bauhaus, de uma forma geral, acreditava que os seus próprios métodos de
ensino deveriam estar relacionados às suas propostas de mudanças nas artes e no design. Um
dos objetivos principais da Bauhaus era unir artes, produzir artesanato e tecnologia. A máquina
era valorizada, e a produção industrial e o desenho de produtos tinham lugar de destaque. O
Vorkurs — literalmente curso preparatório — era um curso exigido a todos os alunos e
ministrado nos moldes do que é o moderno curso de Desenho Básico, fundamental em escolas
de arquitetura por todo o mundo. Não se ensinava história na Bauhaus durante os primeiros
anos de aprendizado, porque acreditava-se que tudo deveria ser criado por princípios racionais
ao invés de ser criado por padrões herdados do passado. Só após três ou quatro anos de estudo
o aluno tinha aulas de história, pois assim não iria influenciar suas criações.
Após a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial e o estabelecimento da República de
Weimar, um espírito liberal renovado permitiu um surto de experimentação radical em todas as
artes, que havia sido suprimido pelo antigo regime. Muitos alemães de visão de esquerda foram
influenciados pela experimentação cultural que se seguiu à Revolução Russa, como o
construtivismo. Essas influências podem ser exageradas: Gropius não compartilhava essas visões
radicais e disse que Bauhaus era totalmente apolítica. Foi tão importante a influência do
designer inglês do século 19 William Morris (1834-1896), que argumentou que a arte deveria
atender às necessidades da sociedade e que não deveria haver distinção entre forma e função.
Assim, o estilo Bauhaus, também conhecido como Estilo internacional, era marcado pela
ausência de ornamentação e pela harmonia entre a função de um objeto ou edifício e seu
design. No entanto, a influência mais importante em Bauhaus foi o modernismo, um movimento
cultural cujas origens remontam à década de 1880 e que já havia feito presença na Alemanha
antes da Guerra Mundial, apesar do conservadorismo prevalecente. As inovações de design
comumente associadas a Gropius e a Bauhaus (as formas radicalmente simplificadas, a
racionalidade e funcionalidade e a ideia de que a produção em massa era reconciliável com o
espírito artístico individual) já estavam parcialmente desenvolvidas na Alemanha antes da
Bauhaus ser fundada. A organização de designers nacionais alemães Deutscher Werkbund foi
formada em 1907 por Hermann Muthesius para aproveitar os novos potenciais da produção em
massa, com o objetivo de preservar a competitividade económica da Alemanha com a Inglaterra.
Em seus primeiros sete anos, a Werkbund passou a ser considerada o órgão competente em
questões de design na Alemanha e foi copiada em outros países. Muitas questões fundamentais
de artesanato contra a produção em massa, a relação entre utilidade e beleza, o propósito
prático da beleza formal em um objeto comum e se uma única forma adequada poderia existir
ou não, foram discutidas entre seus 1.870 membros (em 1914). O modernismo arquitetónico
alemão era conhecido como Neues Bauen. Começando em junho de 1907, o trabalho pioneiro
de Design industrial de Peter Behrens para a companhia elétrica alemã AEG integrou com
sucesso a arte e a produção em massa em grande escala. Ele projetou produtos de consumo,
peças padronizadas, criou designs de linhas simples para os gráficos da empresa, desenvolveu
uma identidade corporativa consistente, construiu o marco modernista da AEG Turbine Factory
e fez uso total de materiais recém-desenvolvidos, como concreto derramado e aço exposto.
Behrens foi um membro fundador da Werkbund, e tanto Walter Gropiuse como Adolf Meyer
trabalharam para ele neste período. Bauhaus foi fundada numa época em que o zeitgeist alemão
passara do Expressionismo emocional para a prática Nova Objetividade. Um grupo de arquitetos
ativos, incluindo Erich Mendelsohn, Bruno Taut e Hans Poelzig, abandonou a experimentação
fantasiosa e se voltou para a construção racional, funcional, às vezes padronizada. Além da
Bauhaus, muitos outros arquitetos de língua alemã importantes na década de 1920
responderam às mesmas questões estéticas e possibilidades materiais da escola. Eles também
responderam à promessa de uma "moradia mínima" escrita na nova Constituição de Weimar.
Ernst May, Bruno Taut e Martin Wagner, entre outros, construíram grandes blocos habitacionais
em Frankfurt e Berlim. A aceitação do design modernista na vida cotidiana foi o assunto de
campanhas publicitárias, exposições públicas bem-frequentadas como a propriedade de
Weissenhof, filmes e, às vezes, acirrado debate público.
História de Bauhaus - Weimar
A escola foi fundada por Walter Gropius em Weimar a 1 de abril de 1919, como uma fusão da
Academia Saxônica Grão-Ducal de Belas Artes e a Escola Saxônica Grande Ducal de Artes e
Ofícios para um departamento de arquitetura recém-afiliado. As suas raízes estão na escola de
artes e ofícios fundada pelo Grão-Ducado de Saxe-Weimar-Eisenach em 1906 e dirigida pelo
arquiteto belga Art Nouveau Henry Van de Velde. Quando van de Velde foi forçado a renunciar
em 1915 por ser belga, ele sugeriu Gropius, Hermann Obrist e August Endell como possíveis
sucessores. Em 1919, após os atrasos causados pela Primeira Guerra Mundial e um longo debate
sobre quem deveria chefiar a instituição e os significados socioeconómicos de uma reconciliação
das artes plásticas com as artes aplicadas (uma questão que permaneceu definidora ao longo da
existência da escola), Gropius foi nomeado diretor de uma nova instituição que integra os dois,
chamada Bauhaus. No panfleto para uma exposição de abril de 1919 intitulada Exhibition of
Unknown Architects, Gropius proclamou seu objetivo como sendo "criador de uma nova classe
de artesãos, sem as distinções de classe que levantam uma barreira arrogante entre artesão e
artista." O neologismo de Gropius Bauhaus faz referência à construção e à Bauhütte, uma classe
pré-moderna de pedreiros. A intenção inicial era que a Bauhaus fosse uma combinação de
escola de arquitetura, escola de artesanato e academia de artes. O pintor suíço Johannes Itten, o
pintor germano-americano Lyonel Feininger e o escultor alemão Gerhard Marcks, junto com
Gropius, compunham o corpo docente da Bauhaus em 1919. No ano seguinte, suas fileiras
haviam crescido para incluir o pintor, escultor e designer alemão Oskar Schlemmer que dirigiu a
oficina de teatro, e o pintor suíço Paul Klee, ingressou em 1922 pelo pintor russo Wassily
Kandinsky. Um ano tumultuado na Bauhaus, 1922 também viu a mudança do pintor holandês
Theo van Doesburg para Weimar para promover De Stijl ("O Estilo"), e uma visita à Bauhaus pelo
artista construtivista russo e arquiteto El Lissitzky.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bauhaus
As mudanças na Bauhaus
Em 1925, a Bauhaus saiu de Weimar e migrou para Dessau, onde o governo municipal era de
esquerda. Foi lá que atingiu a sua maturidade, tanto em termos estruturais como em termos
pedagógicos. Sete anos mais tarde, em 1932, a Bauhaus mudou para Berlim devido à
perseguição nazista. No ano a seguir, a Escola teve seu fim decretado por ordem dos nazistas.
Mesmo após o encerramento, muitos docentes, alunos e funcionários continuaram sendo
perseguidos pelo regime totalitário. Além das alterações de espaço físico, a Escola passou por
mudanças estruturais. Walter Gropius, o fundador, ficou a frente do projeto até 1927. Quem o
sucedeu foi Hannes Meyer, que comandou a instituição de ensino até 1929. Por fim, quem
tomou posse foi Mies van der Rohe.
Características da Bauhaus
A Escola tinha uma proposta inovadora e rompeu com o ensino clássico da arte ao estimular a
produção de objetos que tivessem como prioridade um resultado. Conheça abaixo algumas das
principais características da instituição de ensino multidisciplinar:
 Foco no funcionalismo: a obra deve ter um propósito e atender a ele;
 Uma obra deve ser capaz de ser produzida em grande escala e para qualquer tipo de
público;
 Segundo a orientação da própria Escola, o importante era estimular “o hábito de pensar,
idealizar e projetar o processo produtivo por inteiro”;
 O artesanato deve deixar de ser um meio isolado para passar a ser um meio
imprescindível para se chegar a um fim;
 Apesar da escola presar o funcionalismo, o intuito era criar obras que se mantivessem
distantes de qualquer espécie de tédio ou cansaço. Embora os produtos tivessem muitas
vezes contornos simples, era suposto surpreenderem o utilizador, por exemplo, através
das cores.
https://www.culturagenial.com/bauhaus/
Apesar das propostas de projetos radicais dos construtivistas na Rússia e dos futuristas na Itália,
por volta da I Guerra Mundial, o estilo que veio dominar a arquitetura no mundo e definir o
modernismo nasceu na Alemanha. A Bauhaus (Casa da Construção), uma escola estatal fundada
em 1º de abril de 1919, em Weimar, que foi sucessivamente transferida para Dessau e Berlim, e,
por fim, em 1933, foi fechada a mando de governo nazista.
O modernismo da Bauhaus foi um movimento, um método, não um estilo. Propôs casas simples
e modestas para trabalhadores que seriam eficientes, acessíveis e bem projetadas. Somente
componentes padronizados seriam viáveis para atender à necessidade urgente de construção
em larga escala de casas, com rapidez e a baixo custo. Para isso, a produção em série era a
chave.
Os arquitetos consideravam-se líderes de uma revolução social. Eles criariam uma sociedade na
prancheta – reforma social, e não somente estética. Pela primeira vez, grandes arquitetos se
concentravam não em projetar palácios para a realeza ou monumentos para a Igreja e o Estado,
mas casas comuns para o homem comum.
A Bauhaus foi pioneira no ensino de novas técnicas e recursos que se tornaram elementos
básicos da cultura visual dos tempos futuros. Fotografia, fotomontagem, arte de vanguarda,
colagem, tipografia, ergonomia, funcionalidade e muito mais se tornariam parte do seu
conteúdo. Além disso, o plano educacional da Bauhaus oferecia uma educação abrangente que
envolvia tanto o conhecimento técnico quanto a educação artística, social e humana. Foi, de
facto, seu abrangente programa de treinamento social uma das causas da perseguição sofrida
por eles.
https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/bauhaus/
Resumo sobre a Bauhaus
Considerada a primeira escola de design no mundo, a Bauhaus despontou na cidade de Weimar,
Alemanha.
Ela foi fundada pelo arquiteto e diretor alemão da “Escola de Artes Aplicadas”, Walter Gropius
(1883-1969), em 1919.
A instituição surgiu após a fusão das "Escolas de Artes e Ofício" e "Belas Artes de Weimar". Além
das artes plásticas, arquitetura, escultura e design, a escola oferecia cursos de teatro, dança e
fotografia.
A primeira exposição dedicada ao novo estilo, ocorreu em 1923.
Os termos em alemão “Sttatliches Bauhaus”, cunhados pelo próprio fundador, significa "casa de
construção".
Tinha como fundamento a reintegração das artes e artesanatos, além de uma preocupação
estética, social e política.
A Bauhaus foi realmente inovadora e muito alinhada com o contexto histórico, trazendo uma
proposta totalmente nova de ensino. Segundo Frederico Flósculo, professor de arquitetura e
urbanismo da Universidade de Brasília (UnB): “Eles ensinavam a construir, mas também a
dançar, costurar, pintar, soldar, esculpir. Todas as artes eram questionadas com relação ao novo
século industrial que começava. Desenvolveram um modelo de ensino altamente experimental,
voltado ao uso humanista das tecnologias. Inspirador!”
Diante disso, ela aproximou o mundo da arte ao mundo da produção industrial, trazendo à tona
a expansão da industrialização e, portanto, diversos aspetos da modernidade.
Sendo assim, a Escola focou nas artes consideradas “menores”, por exemplo, a escultura, o
artesanato, cerâmica, tecelagem, metalurgia, marcenaria.
Podemos observar no seguinte trecho extraído do Manifesto da Bauhaus (1919): “Arquitetos,
escultores, pintores, todos devemos retornar ao artesanato, pois não existe "arte profissional".
Não há nenhuma diferença essencial entre artista e artesão, o artista é uma elevação do artesão,
a graça divina, em raros momentos de luz que estão além de sua vontade, faz florescer
inconscientemente obras de arte, entretanto, a base do "saber fazer" é indispensável para todo
artista. Aí se encontra a fonte de criação artística”.
A partir de 1925, a Bauhaus foi transferida para a cidade de Dessau, instalada num edifício de
arquitetura industrial moderna, projetado por Walter Gropius.
https://www.todamateria.com.br/escola-de-bauhaus/
Antecedentes
A Bauhaus é reconhecida como uma escola moderna, mas seus antecedentes históricos
remontam a Werkbund e, consequentemente, ao Arts and Crafts e ao Art Nouveau de Van de
Velde, uma vez que ela se formou pela união de duas instituições, a Escola de Belas Artes e a de
Artes Aplicadas, existentes em Weimar.
(https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/6486/6486_6.PDF)
Os antecedentes do Bauhaus são encontrados nas consequências que tiveram a
industrialização ocorrido primeiramente em Inglaterra e em MNo final da Alemanha
durante o século XIX e as mudanças que se originaram nas condições de vida e produção
dos artesãos e da classe trabalhadora. Esta industrialização crescente teve seu crítico principal
no escritor inglês John Ruskin que propôs renunciar o trabalho com máquinas e retornar a um
passado onde a produção tivesse uma cara mais humana; desta vez, coloca-o no período
medieval, como refletido em seu livro as pedras de Veneza. Seu mais importante seguidor e
admirador foi o versátil William Morris, que foi encarregue de fazer as ideias de Ruskin uma
realidade. Para isso, ele estabeleceu um workshop onde colocou em prática aforma de produção
artesanal da idade média, tornando-se tão influente que deu lugar a um estilo: Artes e ofícios
(artes e ofícios). Da mesma forma, um importante acontecimento da época foi a reformado
ensino de comércios e a ensinada em academias que foi orientada para uma maior expressão
subjetiva do artesão tentando, desta forma, unir seus trabalhos com a essência do povo.
Enquanto isso, no continente, eles procuraram imitar o progresso britânico no campo da
produção através dos reformados sistemas educativos. Isso deu origem ao surgimento de
museus e instituições que foram o germe para diferentes escolas. O governo prussiano, depois
de ouvir relatórios sobre o sucesso inglês e seguindo a recomendação de Hermann Mutheius
decide expandir com oficinas as escolas de artes e escritórios prussiano e para chamar como
professores de artistas de prestígio reconhecido. É assim que a Academia de Düsseldorf, Berlim e
a escola de arte de Weimar são reformadas entre outros com uma diferença fundamental que
consiste no apoio à produção com máquinas em contraste com o que aconteceu na Inglaterra
com as escolas agrupadas em torno da movi Artes e ofícios. Do mesmo modo, a fim suportar o
nascimento de uma língua estilística alemão, o Werkbund (liga da oficina) foi criado em o que
era a fusão a mais importante da arte e da economia do período antes da primeira guerra de
mundo. O arquiteto Walter Gropius foi nomeado membro da liga em 1912 após ter conseguido
o renome com a construção de uma fábrica de calçados perto de Hanover. A atmosfera dos anos
que antecederam a primeira guerra mundial desencadeou a demissão do fundador e diretor da
escola de arte de Weimar o arquiteto belga Henry Van de Velde por causa de fortes
tendências xenofónicas em direção a sua pessoa. Walter Gropius (1883-1969), de 31 anos, foi
uma das três pessoas que recomendou o Grão-Duque de Saxe-Weimar como seu possível
substituto. Durante os anos da guerra a escola remanesceu fechada e não era até depois que o
fim do conflito armado, aquele Gropius foi confirmado como o diretor novo. Ele decidiu
amalgamar as três artes aplicadas que orientaram a escola de artes e ofícios de Weimar com
uma escola das belas-artes e formam a Academia de arte de Weimar. Gropius chamou a nova
escola das Staatliches Bauhaus, e abriu em 12 de abril de1919 em um momento em que a
Alemanha estava em um estado de grande efervescência. A derrota catastrófica na guerra para
acabar com todas as guerras levou a uma violenta luta econômica, política e cultural. O mundo
pré-guerra do Kaiser estava morto e a busca para construir uma nova ordem social penetrou
em todos os aspetos da vida. No Manifesto Bauhaus, publicado nos jornais alemães,
estabeleceu-se a filosofia da nova escola: a construção completa é o objetivo de todas as artes
visuais. Antes, a mais nobre função das belas artes era embelezar os prédios, constituíam
componentes essenciais da grande arquitetura. Hoje as artes existem isoladas... O Arquitetos,
pintores e escultores devem estudar novamente o caráter composicional do edifício como uma
entidade... O artista é um
artesão exaltado. Nos poucos momentos de inspiração, a graça divina motiva seu
trabalho para florescer como uma arte que transcende sua vontade consciente. Mas o
refinamento de seu ofício é essencial para qualquer artista. Nesta reside a principal fonte de
imaginação criativa. Gropius procurou uma nova unidade entre arte e tecnologia reconhecendo
as raízes comuns de ambas as artes plásticas e artes aplicadas, como ele aderiu à geração de
artistas, a fim de resolver os problemas de Design Visual criado pelo Industrialismo. Como
Gropius pensou que apenas as ideias mais brilhantes eram bons o suficiente para justificar a
sua multiplicação através da indústria, esperava-se que um designer artisticamente
educado poderia "fazer viver um espírito dentro do produto inerte de A máquina.
(https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-paulista/historia-da-arte/os-
antecedentes-do-bauhaus/3385213)
Fases
Nasceu na Alemanha, em Weimar após a junção da Escola Superior de Belas Artes e da Escola de
Arte Aplicada em 1919. Walter Gropius era o director da nova escola.A bauhaus dividiu-se em 3
fases.
1º Fase (1919-23) - nesta fase era pretendido um trabalho criativo. O objectivo era tornar a
Bauhaus numa instituição educacional que atendia ao comércio e á indústria, exercendo
influência no design e no mundo. Nesta fase o ensino era o fundamento da própria Bauhaus,
onde os estudantes eram libertos de qualquer pré-conceito em relação ao belo e à estética.
2º fase (1923-28) - tinha como principal objectivo a aproximação da indústria e da produção em
série. Procuravam uma viabilização económica através da produção nas oficinas. Aqui eram
desenvolvidos projectos mais complexos e diversificados. Concluída esta segunda fase, os alunos
recebiam um diploma e começavam o curso de arquitectura.
Em 1926 a escola mudou-se para Dessau.
3º fase (1929-33) - fase da desintegração da bauhaus. a escola fechou definitivamente em 1933.
(http://arcdesigners.blogspot.com/2009/11/nasceu-na-alemanha-em-weimar-apos.html)
Ver
(https://prezi.com/tx7fgmygrcrn/as-fases-da-bauhaus/)
As 3 Fases da escola
A Bauhaus, em sua breve existência, pode ser dividida em três fases, a partir de acontecimentos
que marcam a sua história, os quais também foram influenciados pelas ideologias políticas e
pela mudança de localidade de sua sede.
As fases se dividem pelos períodos de fundação, consolidação e desintegração e representam os
que os nomes já indicam. A fase de fundação, iniciada com a junção da Escola de Artes e Ofícios
de Weimar e a Academia de arte de Weimar, se fixou exatamente nessa cidade, centro cultural
da Alemanha na época; seus trabalhos eram intensamente visionários e marcados por
características de expressionismo, com um ideal utópico de criar uma sociedade espiritual após
a primeira guerra, unindo artistas e artesãos.
Desde o início da escola, a relação com o governo era marcada por tensões, intensificando
quando um regime ainda mais conservador chegou ao poder e impôs condições consideradas
inaceitáveis. Sendo assim, o diretor, Walter Gropius, mestre e alunos decidiram deixar a
instituição frente às exigências descabidas, o que fez com que fosse negociada a mudança da
Bauhaus para a cidade de Dessau. Lá, foi construída um prédio próprio para desenvolver as
atividades. Possuindo mais liberdade em seu novo endereço, a escola pôde buscar o seu estilo,
através de projetos inovadores para época que buscavam a simplicidade funcional com formas
simples e geométricas, como o primeiro móvel de metal. Nessa segunda fase, dá-se ainda mais
atenção à funcionalidade do objeto - quando Hannes Meyer assume a diretoria no lugar de
Gropius, em 1928 – proporcionado uma consolidação maior da influência dos pensamentos da
Bauhaus através da integração com a indústria. Certamente, se ela tivesse permanecido em
Weimar, atendendo às exigências políticas, o estilo teria sido completamente alterado, ou talvez
nem tivesse sido fomentando.
Aqui, já se pode perceber características que definem bem essas duas fases: em Weimar, a
posição da instituição voltava-se para o artístico-artesanal, e em Dessau, assumia um contexto
técnico-industrial. Isso acontece, provavelmente, pela influência das belas-artes no primeiro
período, referente às escolas que compunham a Bauhaus e pelo desejo de transforma a
realidade social pós-guerra. Já com o crescimento do mercado, tem-se uma preocupação maior
em atender às necessidades do que era considerado mais produto do que arte.
Por fim, tem-se a fase de desintegração, quando o que estava fundamentado começa a se
desintegrar. A sociedade do então município em que estava localizada começa a fazer críticas
aos projetos desenvolvidos pelo artistas e artesãos, os quais buscavam uma arte democrática,
aonde a população pudesse participar. Contudo, essa ideia não agradava a maioria, e, sendo
municipal, a Bauhaus dependia financeiramente de Dessau, que passava por dificuldades, assim
como todo o país. Dessa forma, pela pressão desses fatores, a linha de pensamento passou para
o construtivismo e racionalismo, dificultando o enlaçamento da criatividade e do produto físico.
Cada vez mais críticas foram surgindo, prejudicando a existência da escola, e Mies Van der Rohe
assume a diretoria no lugar do Meyer, em um perído de crise financeira. Enfraquecida, a
influente Bauhaus se muda para um galpão desocupado em Berlim, aonde não passa mais que
um ano, tendo o seu fim, em julho de 1933.
(https://escolaeestilobauhaus.wixsite.com/blog/single-post/2017/10/30/a-bauhaus-e-suas-3-
fases)
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  • 1. A Staatliches Bauhaus, comummente conhecida como Bauhaus, foi uma escola de arte vanguardista na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo. A escola foi fundada por Walter Gropius em 12 de Abril de 1919, a partir da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas. A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura, artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali. A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial. A Bauhaus tinha sido grandemente subsidiada pela República de Weimar. Após uma mudança nos quadros do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naquele momento era de esquerda. Uma nova mudança ocorre em 1932, para Berlim, devido à perseguição do recém-implantado governo nazista. Em 1933, após uma série de perseguições por parte do governo nazista, a Bauhaus é fechada, também por ordem do governo. Os nazistas opuseram-se à Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que não seguisse sua orientação política. A escola foi considerada uma frente comunista, especialmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali. Escritores nazistas como Wilhelm Frick e Alfred Rosenberg clamavam diretamente que a escola era “antigermânica," e desaprovavam o seu estilo modernista. Contudo, a Bauhaus teve impacto fundamental no desenvolvimento das artes e da arquitetura do ocidente europeu, e também dos Estados Unidos, Israel e Brasil nas décadas seguintes — para onde se encaminharam muitos artistas exilados pelo regime nazista. A Cidade Branca de Tel Aviv, em Israel, que contém um dos maiores espólios de arquitetura Bauhaus em todo o Mundo, foi classificada como Património Mundial em 2003. A escola Bauhaus também influenciou imensamente a América do Sul, tendo como seu principal representante o arquiteto Oscar Niemeyer. A jovem capital brasileira, Brasília, foi projetada em 1957 sob as tendências modernas e funcionalistas inauguradas pelo bauhasianismo. Todo o plano-piloto, incluindo tanto os edifícios residenciais quanto as construções públicas, são exemplos e ícones desta arte, em sua excelência. O principal campo de estudos da Bauhaus era a arquitetura (como fica implícito até pelo seu nome), e procurou estabelecer planos para a construção de casas populares baratas por parte da República de Weimar. Mas também havia espaço para outras expressões artísticas: a escola publicava uma revista chamada Bauhaus e uma série de livros chamados Bauhausbücher. O diretor de publicações e design era Herbert Bayer. Apesar de ter passado por diversas alterações em seu perfil de ensino à medida que a direção da escola evoluía, a Bauhaus, de uma forma geral, acreditava que os seus próprios métodos de ensino deveriam estar relacionados às suas propostas de mudanças nas artes e no design. Um dos objetivos principais da Bauhaus era unir artes, produzir artesanato e tecnologia. A máquina era valorizada, e a produção industrial e o desenho de produtos tinham lugar de destaque. O Vorkurs — literalmente curso preparatório — era um curso exigido a todos os alunos e ministrado nos moldes do que é o moderno curso de Desenho Básico, fundamental em escolas de arquitetura por todo o mundo. Não se ensinava história na Bauhaus durante os primeiros anos de aprendizado, porque acreditava-se que tudo deveria ser criado por princípios racionais ao invés de ser criado por padrões herdados do passado. Só após três ou quatro anos de estudo o aluno tinha aulas de história, pois assim não iria influenciar suas criações. Após a derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial e o estabelecimento da República de Weimar, um espírito liberal renovado permitiu um surto de experimentação radical em todas as artes, que havia sido suprimido pelo antigo regime. Muitos alemães de visão de esquerda foram influenciados pela experimentação cultural que se seguiu à Revolução Russa, como o construtivismo. Essas influências podem ser exageradas: Gropius não compartilhava essas visões radicais e disse que Bauhaus era totalmente apolítica. Foi tão importante a influência do designer inglês do século 19 William Morris (1834-1896), que argumentou que a arte deveria atender às necessidades da sociedade e que não deveria haver distinção entre forma e função.
  • 2. Assim, o estilo Bauhaus, também conhecido como Estilo internacional, era marcado pela ausência de ornamentação e pela harmonia entre a função de um objeto ou edifício e seu design. No entanto, a influência mais importante em Bauhaus foi o modernismo, um movimento cultural cujas origens remontam à década de 1880 e que já havia feito presença na Alemanha antes da Guerra Mundial, apesar do conservadorismo prevalecente. As inovações de design comumente associadas a Gropius e a Bauhaus (as formas radicalmente simplificadas, a racionalidade e funcionalidade e a ideia de que a produção em massa era reconciliável com o espírito artístico individual) já estavam parcialmente desenvolvidas na Alemanha antes da Bauhaus ser fundada. A organização de designers nacionais alemães Deutscher Werkbund foi formada em 1907 por Hermann Muthesius para aproveitar os novos potenciais da produção em massa, com o objetivo de preservar a competitividade económica da Alemanha com a Inglaterra. Em seus primeiros sete anos, a Werkbund passou a ser considerada o órgão competente em questões de design na Alemanha e foi copiada em outros países. Muitas questões fundamentais de artesanato contra a produção em massa, a relação entre utilidade e beleza, o propósito prático da beleza formal em um objeto comum e se uma única forma adequada poderia existir ou não, foram discutidas entre seus 1.870 membros (em 1914). O modernismo arquitetónico alemão era conhecido como Neues Bauen. Começando em junho de 1907, o trabalho pioneiro de Design industrial de Peter Behrens para a companhia elétrica alemã AEG integrou com sucesso a arte e a produção em massa em grande escala. Ele projetou produtos de consumo, peças padronizadas, criou designs de linhas simples para os gráficos da empresa, desenvolveu uma identidade corporativa consistente, construiu o marco modernista da AEG Turbine Factory e fez uso total de materiais recém-desenvolvidos, como concreto derramado e aço exposto. Behrens foi um membro fundador da Werkbund, e tanto Walter Gropiuse como Adolf Meyer trabalharam para ele neste período. Bauhaus foi fundada numa época em que o zeitgeist alemão passara do Expressionismo emocional para a prática Nova Objetividade. Um grupo de arquitetos ativos, incluindo Erich Mendelsohn, Bruno Taut e Hans Poelzig, abandonou a experimentação fantasiosa e se voltou para a construção racional, funcional, às vezes padronizada. Além da Bauhaus, muitos outros arquitetos de língua alemã importantes na década de 1920 responderam às mesmas questões estéticas e possibilidades materiais da escola. Eles também responderam à promessa de uma "moradia mínima" escrita na nova Constituição de Weimar. Ernst May, Bruno Taut e Martin Wagner, entre outros, construíram grandes blocos habitacionais em Frankfurt e Berlim. A aceitação do design modernista na vida cotidiana foi o assunto de campanhas publicitárias, exposições públicas bem-frequentadas como a propriedade de Weissenhof, filmes e, às vezes, acirrado debate público. História de Bauhaus - Weimar A escola foi fundada por Walter Gropius em Weimar a 1 de abril de 1919, como uma fusão da Academia Saxônica Grão-Ducal de Belas Artes e a Escola Saxônica Grande Ducal de Artes e Ofícios para um departamento de arquitetura recém-afiliado. As suas raízes estão na escola de artes e ofícios fundada pelo Grão-Ducado de Saxe-Weimar-Eisenach em 1906 e dirigida pelo arquiteto belga Art Nouveau Henry Van de Velde. Quando van de Velde foi forçado a renunciar em 1915 por ser belga, ele sugeriu Gropius, Hermann Obrist e August Endell como possíveis sucessores. Em 1919, após os atrasos causados pela Primeira Guerra Mundial e um longo debate sobre quem deveria chefiar a instituição e os significados socioeconómicos de uma reconciliação das artes plásticas com as artes aplicadas (uma questão que permaneceu definidora ao longo da existência da escola), Gropius foi nomeado diretor de uma nova instituição que integra os dois, chamada Bauhaus. No panfleto para uma exposição de abril de 1919 intitulada Exhibition of Unknown Architects, Gropius proclamou seu objetivo como sendo "criador de uma nova classe de artesãos, sem as distinções de classe que levantam uma barreira arrogante entre artesão e artista." O neologismo de Gropius Bauhaus faz referência à construção e à Bauhütte, uma classe
  • 3. pré-moderna de pedreiros. A intenção inicial era que a Bauhaus fosse uma combinação de escola de arquitetura, escola de artesanato e academia de artes. O pintor suíço Johannes Itten, o pintor germano-americano Lyonel Feininger e o escultor alemão Gerhard Marcks, junto com Gropius, compunham o corpo docente da Bauhaus em 1919. No ano seguinte, suas fileiras haviam crescido para incluir o pintor, escultor e designer alemão Oskar Schlemmer que dirigiu a oficina de teatro, e o pintor suíço Paul Klee, ingressou em 1922 pelo pintor russo Wassily Kandinsky. Um ano tumultuado na Bauhaus, 1922 também viu a mudança do pintor holandês Theo van Doesburg para Weimar para promover De Stijl ("O Estilo"), e uma visita à Bauhaus pelo artista construtivista russo e arquiteto El Lissitzky. https://pt.wikipedia.org/wiki/Bauhaus As mudanças na Bauhaus Em 1925, a Bauhaus saiu de Weimar e migrou para Dessau, onde o governo municipal era de esquerda. Foi lá que atingiu a sua maturidade, tanto em termos estruturais como em termos pedagógicos. Sete anos mais tarde, em 1932, a Bauhaus mudou para Berlim devido à perseguição nazista. No ano a seguir, a Escola teve seu fim decretado por ordem dos nazistas. Mesmo após o encerramento, muitos docentes, alunos e funcionários continuaram sendo perseguidos pelo regime totalitário. Além das alterações de espaço físico, a Escola passou por mudanças estruturais. Walter Gropius, o fundador, ficou a frente do projeto até 1927. Quem o sucedeu foi Hannes Meyer, que comandou a instituição de ensino até 1929. Por fim, quem tomou posse foi Mies van der Rohe. Características da Bauhaus A Escola tinha uma proposta inovadora e rompeu com o ensino clássico da arte ao estimular a produção de objetos que tivessem como prioridade um resultado. Conheça abaixo algumas das principais características da instituição de ensino multidisciplinar:  Foco no funcionalismo: a obra deve ter um propósito e atender a ele;  Uma obra deve ser capaz de ser produzida em grande escala e para qualquer tipo de público;  Segundo a orientação da própria Escola, o importante era estimular “o hábito de pensar, idealizar e projetar o processo produtivo por inteiro”;  O artesanato deve deixar de ser um meio isolado para passar a ser um meio imprescindível para se chegar a um fim;  Apesar da escola presar o funcionalismo, o intuito era criar obras que se mantivessem distantes de qualquer espécie de tédio ou cansaço. Embora os produtos tivessem muitas vezes contornos simples, era suposto surpreenderem o utilizador, por exemplo, através das cores. https://www.culturagenial.com/bauhaus/ Apesar das propostas de projetos radicais dos construtivistas na Rússia e dos futuristas na Itália, por volta da I Guerra Mundial, o estilo que veio dominar a arquitetura no mundo e definir o modernismo nasceu na Alemanha. A Bauhaus (Casa da Construção), uma escola estatal fundada em 1º de abril de 1919, em Weimar, que foi sucessivamente transferida para Dessau e Berlim, e, por fim, em 1933, foi fechada a mando de governo nazista.
  • 4. O modernismo da Bauhaus foi um movimento, um método, não um estilo. Propôs casas simples e modestas para trabalhadores que seriam eficientes, acessíveis e bem projetadas. Somente componentes padronizados seriam viáveis para atender à necessidade urgente de construção em larga escala de casas, com rapidez e a baixo custo. Para isso, a produção em série era a chave. Os arquitetos consideravam-se líderes de uma revolução social. Eles criariam uma sociedade na prancheta – reforma social, e não somente estética. Pela primeira vez, grandes arquitetos se concentravam não em projetar palácios para a realeza ou monumentos para a Igreja e o Estado, mas casas comuns para o homem comum. A Bauhaus foi pioneira no ensino de novas técnicas e recursos que se tornaram elementos básicos da cultura visual dos tempos futuros. Fotografia, fotomontagem, arte de vanguarda, colagem, tipografia, ergonomia, funcionalidade e muito mais se tornariam parte do seu conteúdo. Além disso, o plano educacional da Bauhaus oferecia uma educação abrangente que envolvia tanto o conhecimento técnico quanto a educação artística, social e humana. Foi, de facto, seu abrangente programa de treinamento social uma das causas da perseguição sofrida por eles. https://www.historiadasartes.com/nomundo/arte-seculo-20/bauhaus/ Resumo sobre a Bauhaus Considerada a primeira escola de design no mundo, a Bauhaus despontou na cidade de Weimar, Alemanha. Ela foi fundada pelo arquiteto e diretor alemão da “Escola de Artes Aplicadas”, Walter Gropius (1883-1969), em 1919. A instituição surgiu após a fusão das "Escolas de Artes e Ofício" e "Belas Artes de Weimar". Além das artes plásticas, arquitetura, escultura e design, a escola oferecia cursos de teatro, dança e fotografia. A primeira exposição dedicada ao novo estilo, ocorreu em 1923. Os termos em alemão “Sttatliches Bauhaus”, cunhados pelo próprio fundador, significa "casa de construção". Tinha como fundamento a reintegração das artes e artesanatos, além de uma preocupação estética, social e política. A Bauhaus foi realmente inovadora e muito alinhada com o contexto histórico, trazendo uma proposta totalmente nova de ensino. Segundo Frederico Flósculo, professor de arquitetura e urbanismo da Universidade de Brasília (UnB): “Eles ensinavam a construir, mas também a dançar, costurar, pintar, soldar, esculpir. Todas as artes eram questionadas com relação ao novo século industrial que começava. Desenvolveram um modelo de ensino altamente experimental, voltado ao uso humanista das tecnologias. Inspirador!” Diante disso, ela aproximou o mundo da arte ao mundo da produção industrial, trazendo à tona a expansão da industrialização e, portanto, diversos aspetos da modernidade. Sendo assim, a Escola focou nas artes consideradas “menores”, por exemplo, a escultura, o artesanato, cerâmica, tecelagem, metalurgia, marcenaria.
  • 5. Podemos observar no seguinte trecho extraído do Manifesto da Bauhaus (1919): “Arquitetos, escultores, pintores, todos devemos retornar ao artesanato, pois não existe "arte profissional". Não há nenhuma diferença essencial entre artista e artesão, o artista é uma elevação do artesão, a graça divina, em raros momentos de luz que estão além de sua vontade, faz florescer inconscientemente obras de arte, entretanto, a base do "saber fazer" é indispensável para todo artista. Aí se encontra a fonte de criação artística”. A partir de 1925, a Bauhaus foi transferida para a cidade de Dessau, instalada num edifício de arquitetura industrial moderna, projetado por Walter Gropius. https://www.todamateria.com.br/escola-de-bauhaus/ Antecedentes A Bauhaus é reconhecida como uma escola moderna, mas seus antecedentes históricos remontam a Werkbund e, consequentemente, ao Arts and Crafts e ao Art Nouveau de Van de Velde, uma vez que ela se formou pela união de duas instituições, a Escola de Belas Artes e a de Artes Aplicadas, existentes em Weimar. (https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/6486/6486_6.PDF) Os antecedentes do Bauhaus são encontrados nas consequências que tiveram a industrialização ocorrido primeiramente em Inglaterra e em MNo final da Alemanha durante o século XIX e as mudanças que se originaram nas condições de vida e produção dos artesãos e da classe trabalhadora. Esta industrialização crescente teve seu crítico principal no escritor inglês John Ruskin que propôs renunciar o trabalho com máquinas e retornar a um passado onde a produção tivesse uma cara mais humana; desta vez, coloca-o no período medieval, como refletido em seu livro as pedras de Veneza. Seu mais importante seguidor e admirador foi o versátil William Morris, que foi encarregue de fazer as ideias de Ruskin uma realidade. Para isso, ele estabeleceu um workshop onde colocou em prática aforma de produção artesanal da idade média, tornando-se tão influente que deu lugar a um estilo: Artes e ofícios (artes e ofícios). Da mesma forma, um importante acontecimento da época foi a reformado ensino de comércios e a ensinada em academias que foi orientada para uma maior expressão subjetiva do artesão tentando, desta forma, unir seus trabalhos com a essência do povo. Enquanto isso, no continente, eles procuraram imitar o progresso britânico no campo da produção através dos reformados sistemas educativos. Isso deu origem ao surgimento de museus e instituições que foram o germe para diferentes escolas. O governo prussiano, depois de ouvir relatórios sobre o sucesso inglês e seguindo a recomendação de Hermann Mutheius decide expandir com oficinas as escolas de artes e escritórios prussiano e para chamar como professores de artistas de prestígio reconhecido. É assim que a Academia de Düsseldorf, Berlim e a escola de arte de Weimar são reformadas entre outros com uma diferença fundamental que consiste no apoio à produção com máquinas em contraste com o que aconteceu na Inglaterra com as escolas agrupadas em torno da movi Artes e ofícios. Do mesmo modo, a fim suportar o nascimento de uma língua estilística alemão, o Werkbund (liga da oficina) foi criado em o que era a fusão a mais importante da arte e da economia do período antes da primeira guerra de mundo. O arquiteto Walter Gropius foi nomeado membro da liga em 1912 após ter conseguido o renome com a construção de uma fábrica de calçados perto de Hanover. A atmosfera dos anos que antecederam a primeira guerra mundial desencadeou a demissão do fundador e diretor da escola de arte de Weimar o arquiteto belga Henry Van de Velde por causa de fortes tendências xenofónicas em direção a sua pessoa. Walter Gropius (1883-1969), de 31 anos, foi uma das três pessoas que recomendou o Grão-Duque de Saxe-Weimar como seu possível
  • 6. substituto. Durante os anos da guerra a escola remanesceu fechada e não era até depois que o fim do conflito armado, aquele Gropius foi confirmado como o diretor novo. Ele decidiu amalgamar as três artes aplicadas que orientaram a escola de artes e ofícios de Weimar com uma escola das belas-artes e formam a Academia de arte de Weimar. Gropius chamou a nova escola das Staatliches Bauhaus, e abriu em 12 de abril de1919 em um momento em que a Alemanha estava em um estado de grande efervescência. A derrota catastrófica na guerra para acabar com todas as guerras levou a uma violenta luta econômica, política e cultural. O mundo pré-guerra do Kaiser estava morto e a busca para construir uma nova ordem social penetrou em todos os aspetos da vida. No Manifesto Bauhaus, publicado nos jornais alemães, estabeleceu-se a filosofia da nova escola: a construção completa é o objetivo de todas as artes visuais. Antes, a mais nobre função das belas artes era embelezar os prédios, constituíam componentes essenciais da grande arquitetura. Hoje as artes existem isoladas... O Arquitetos, pintores e escultores devem estudar novamente o caráter composicional do edifício como uma entidade... O artista é um artesão exaltado. Nos poucos momentos de inspiração, a graça divina motiva seu trabalho para florescer como uma arte que transcende sua vontade consciente. Mas o refinamento de seu ofício é essencial para qualquer artista. Nesta reside a principal fonte de imaginação criativa. Gropius procurou uma nova unidade entre arte e tecnologia reconhecendo as raízes comuns de ambas as artes plásticas e artes aplicadas, como ele aderiu à geração de artistas, a fim de resolver os problemas de Design Visual criado pelo Industrialismo. Como Gropius pensou que apenas as ideias mais brilhantes eram bons o suficiente para justificar a sua multiplicação através da indústria, esperava-se que um designer artisticamente educado poderia "fazer viver um espírito dentro do produto inerte de A máquina. (https://www.studocu.com/pt-br/document/universidade-paulista/historia-da-arte/os- antecedentes-do-bauhaus/3385213) Fases Nasceu na Alemanha, em Weimar após a junção da Escola Superior de Belas Artes e da Escola de Arte Aplicada em 1919. Walter Gropius era o director da nova escola.A bauhaus dividiu-se em 3 fases. 1º Fase (1919-23) - nesta fase era pretendido um trabalho criativo. O objectivo era tornar a Bauhaus numa instituição educacional que atendia ao comércio e á indústria, exercendo influência no design e no mundo. Nesta fase o ensino era o fundamento da própria Bauhaus, onde os estudantes eram libertos de qualquer pré-conceito em relação ao belo e à estética. 2º fase (1923-28) - tinha como principal objectivo a aproximação da indústria e da produção em série. Procuravam uma viabilização económica através da produção nas oficinas. Aqui eram desenvolvidos projectos mais complexos e diversificados. Concluída esta segunda fase, os alunos recebiam um diploma e começavam o curso de arquitectura. Em 1926 a escola mudou-se para Dessau. 3º fase (1929-33) - fase da desintegração da bauhaus. a escola fechou definitivamente em 1933. (http://arcdesigners.blogspot.com/2009/11/nasceu-na-alemanha-em-weimar-apos.html) Ver (https://prezi.com/tx7fgmygrcrn/as-fases-da-bauhaus/) As 3 Fases da escola
  • 7. A Bauhaus, em sua breve existência, pode ser dividida em três fases, a partir de acontecimentos que marcam a sua história, os quais também foram influenciados pelas ideologias políticas e pela mudança de localidade de sua sede. As fases se dividem pelos períodos de fundação, consolidação e desintegração e representam os que os nomes já indicam. A fase de fundação, iniciada com a junção da Escola de Artes e Ofícios de Weimar e a Academia de arte de Weimar, se fixou exatamente nessa cidade, centro cultural da Alemanha na época; seus trabalhos eram intensamente visionários e marcados por características de expressionismo, com um ideal utópico de criar uma sociedade espiritual após a primeira guerra, unindo artistas e artesãos. Desde o início da escola, a relação com o governo era marcada por tensões, intensificando quando um regime ainda mais conservador chegou ao poder e impôs condições consideradas inaceitáveis. Sendo assim, o diretor, Walter Gropius, mestre e alunos decidiram deixar a instituição frente às exigências descabidas, o que fez com que fosse negociada a mudança da Bauhaus para a cidade de Dessau. Lá, foi construída um prédio próprio para desenvolver as atividades. Possuindo mais liberdade em seu novo endereço, a escola pôde buscar o seu estilo, através de projetos inovadores para época que buscavam a simplicidade funcional com formas simples e geométricas, como o primeiro móvel de metal. Nessa segunda fase, dá-se ainda mais atenção à funcionalidade do objeto - quando Hannes Meyer assume a diretoria no lugar de Gropius, em 1928 – proporcionado uma consolidação maior da influência dos pensamentos da Bauhaus através da integração com a indústria. Certamente, se ela tivesse permanecido em Weimar, atendendo às exigências políticas, o estilo teria sido completamente alterado, ou talvez nem tivesse sido fomentando. Aqui, já se pode perceber características que definem bem essas duas fases: em Weimar, a posição da instituição voltava-se para o artístico-artesanal, e em Dessau, assumia um contexto técnico-industrial. Isso acontece, provavelmente, pela influência das belas-artes no primeiro período, referente às escolas que compunham a Bauhaus e pelo desejo de transforma a realidade social pós-guerra. Já com o crescimento do mercado, tem-se uma preocupação maior em atender às necessidades do que era considerado mais produto do que arte. Por fim, tem-se a fase de desintegração, quando o que estava fundamentado começa a se desintegrar. A sociedade do então município em que estava localizada começa a fazer críticas aos projetos desenvolvidos pelo artistas e artesãos, os quais buscavam uma arte democrática, aonde a população pudesse participar. Contudo, essa ideia não agradava a maioria, e, sendo municipal, a Bauhaus dependia financeiramente de Dessau, que passava por dificuldades, assim como todo o país. Dessa forma, pela pressão desses fatores, a linha de pensamento passou para o construtivismo e racionalismo, dificultando o enlaçamento da criatividade e do produto físico. Cada vez mais críticas foram surgindo, prejudicando a existência da escola, e Mies Van der Rohe assume a diretoria no lugar do Meyer, em um perído de crise financeira. Enfraquecida, a influente Bauhaus se muda para um galpão desocupado em Berlim, aonde não passa mais que um ano, tendo o seu fim, em julho de 1933. (https://escolaeestilobauhaus.wixsite.com/blog/single-post/2017/10/30/a-bauhaus-e-suas-3- fases)